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MA111 - Cálculo I. Primeiro semestre de Ricardo M. Martins

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Academic year: 2021

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(1)

MA111 - C´

alculo I

Primeiro semestre de 2021

Ricardo M. Martins rmiranda@unicamp.br

http://www.ime.unicamp.br/~rmiranda

(2)

Exemplo

Mostre que a fun¸c˜ao abaixo n˜ao ´e cont´ınua na origem:

h(x ) = (

x2 , x < 0, 1 , x ≥ 0.

(3)

Fun¸c˜

oes e limites de a(n) com n ∈ N

Vamos estudar um pouco fun¸c˜oes a : N → R.

Essa fun¸c˜oes s˜ao definidas pelos seus valores nos naturais: a(1), a(2), etc.

`

As vezes vamos usar a nota¸c˜ao de sequˆencia para representar essas fun¸c˜oes: an= a(n). Assim, ao inv´es de a(1), usaremos a1.

Importante: como a : N → R, n˜ao existe a(1/2), a(7/8), etc, s´o podemos calcular a fun¸c˜ao a nos naturais.

(4)

Seja k(n) =  1 +1 n n , com n ∈ N. Note que

# k1 =  1 +1 1 1 = 2 # k2 =  1 +1 2 2 = 9/4 ≈ 2, 25 # k10=  1 + 1 10 10 = 64/27 ≈ 2, 59 # k1000 =  1 + 1 1000 1000 ≈ 2, 71692 # k1000000 =  1 + 1 1000000 1000000 ≈ 2, 71828

(5)

Limites com n → ∞

Se f : N → R, diremos queo limite de f (n) quando n tende a infinito ´e igual a αse para todo ε > 0, existe n0 ∈ N tal que se n ≥ n0 temos |f (n) − α| < ε. Neste caso diremos que f (n) converge para α.

A nota¸c˜ao para isto ser´a lim

n→∞f (n) = α ou ent˜ao

f (n) → α,

poisno caso da vari´avel ser natural, a ´unica possibilidade ´e que n → ∞.

(6)

limn→∞f (n) = α separa todo ε > 0, existe n0 ∈ N tal que se

(7)

Exemplos

Exemplo

1 n → 0

(8)

Exemplo

n + 1 2n + 2 →

1 2

(9)

Exemplos

Exemplo

(10)

Exemplo

 1 +1

n n

converge para um n´umero real denotado por e.

Teorema da Convergˆencia Mon´otona: se an ´e uma sequˆencia mon´otona e limitada ent˜ao ela converge.

Isto define o n´umero neperiano:

e = lim n→∞  1 +1 n n

(11)

A fun¸c˜

ao exponencial

O n´umero definido no slide anterior ser´a usado para definir a fun¸c˜ao exponencial f (x ) = ex (ou f (x ) = exp(x )).

Outra forma de definir esta fun¸c˜ao ´e f (x ) = ex = lim n→∞  1 +x n n .

Assim f (1) = e e f (0) = 1. Note que f (x ) > 0 para todo valor de x ∈ R.

Esta fun¸c˜ao ´e invert´ıvel, e sua inversa ser´a denotada por ln(x ) = loge(x ).

(12)

Exerc´ıcio Considere a fun¸c˜ao f (x ) =      ex +1 , x ≤ −1, 2ax2 , −1 < x < 1, b + ln(x ) , x > 1.

Determine, se existirem, valores de a, b para os quais a fun¸c˜ao ´e cont´ınua.

(13)

e

x

e os juros

Eli Maor, e: the story of a number, Princeton University Press, 1994

Juros compostos

# Comece com M reais.

# Aplique este dinheiro a r % de juros anuais. # No final do primeiro ano, vocˆe ter´a M(1 + r ) reais. # No final do segundo ano, vocˆe ter´a

M(1 + r )(1 + r ) = M(1 + r )2 reais.

# No final de t anos, vocˆe ter´a M(1 + r )t reais.

Problema: o que acontece se vocˆe precisar o dinheiro antes de um ano? Precisamos calcular os juros em per´ıodos menores. E aqui´ que seu banco fica rico e vocˆe pobre.

(14)

Exemplo pr´atico: R$ 100, 00 investidos a uma taxa de 6% ao ano. # taxa anual: ao final de um ano, vocˆe ter´a R$ 106, 00.

# taxa semestral de 3, 0%:

◦ final do primeiro semestre: R$ 103, 00

◦ final do segundo semestre: R$ 106, 09

# taxa bimestral de 1, 0%:

◦ final do primeiro bimestre: R$ 101, 00

◦ final do segundo bimestre: R$ 102, 01

◦ final do terceiro bimestre: R$ 103, 0301

◦ final do quarto bimestre: R$ 104, 060401

◦ final do quinto bimestre: R$ 105, 10100501

(15)

e

x

e os juros

Se a taxa anual de r % for decomposta n vezes ao ano, ent˜ao o montante inicial M se tornar´a

S = M  1 + r n nt ,

onde t ´e medido na menor unidade (t semestres, ou t bimestres, etc). Se n = 1, voltamos `a f´ormula inicial.

Considere agora r = 1 (taxa de 100 %) e t = 1. Se n = 1, ou seja, se o taxa for aplicada s´o no final do ano, o capital ir´a dobrar (esperado, concorda?). Se a taxa for aplicada em per´ıodos menores, ´e esperado que o capital mais que dobre. Qual seria a maior varia¸c˜ao poss´ıvel do capital?

(16)

Ou seja: se calcularmos S (n) = M  1 +1 n n

para valores muito grandes de n, onde chegamos? Certamente passamos de 2M, mas ser´a que chegamos a 3M?

N˜ao! Coloque M = 1 para simplificar.

# S (n) < S (n + 1) para todo n ≥ 1 (use binomial) # S (n) < 3 (´e limitada)

# Logo limn→∞S (n) existe e ´e um n´umero real, que denotamos por e (= 2, 71828182845904523536028747135...)

(17)
(18)

Seja f (x ) uma fun¸c˜ao e a ∈ R tal que (a, ∞) est´a contido no dom´ınio de f . A nota¸c˜ao

lim

x →∞f (x ) = L

significa que para todo ε > 0, existe δ > a tal que x > δ > a implica

|f (x) − L| < ε.

Ou seja: quando x vai ficando muito grande, f (x ) vai se aproximando de L.

(19)

Vamos falar sobre o infinito.

Exemplo Calcule lim x →∞ 1 x.

(20)

Exemplo Calcule lim x →∞ x5+ x4+ 1 2x5+ x + 1.

(21)

Vamos falar sobre o infinito.

Exemplo

Determine os valores de α para os quais existe o limite lim

x →∞

αx4− x2+ 3 x3− x + 3 .

(22)

Dentre os v´arios casos em que n˜ao existe o limite, um deles ´e especial. ´E quando o limite “d´a infinito”.

Seja f (x ) uma fun¸c˜ao tal que o intervalo (a, ∞) est´a contido em seu dom´ınio. Denotaremos

lim

x →∞f (x ) = ∞

se para todo M > 0, existe N > a > 0 com f (x ) > M sempre que x > N.

Ou seja: quando os valores de x aumentam muito, os de f (x ) tamb´em aumentam.

(23)

Vamos falar sobre o infinito.

Exemplo

(24)

O outro caso ´e quandof (x ) aumenta muito conforme x se aproxima de p:

lim

x →pf (x ) = ∞,

que ´e quando dado um M > 0, existe ε > 0 tal que f (x ) > M sempre que |x − p| < ε.

(25)

Vamos falar sobre o infinito.

Exemplo Calcule lim x →0+ 1 x.

(26)

Diremos que uma reta r ´e uma ass´ıntota do gr´afico de f (x ) quando o gr´afico de f (x ) fica arbitrariamente pr´oximo de r a medida que x → ∞ (casos (a) e (c)) ou x → p (caso (b)). Isto pode acontecer, basicamente, de trˆes formas “distintas”:

(a) se aproximando de uma reta horizontal, (b) se aproximando de uma reta vertical ou (c) se aproximando de uma reta inclinada (obl´ıqua)

(27)

Ass´ıntotas

(a): a retay = L´e umaass´ıntota horizontal: lim

x →±∞f (x ) = L. (b): a retax = p ´e uma ass´ıntota vertical: lim

x →pf (x ) = ±∞. (c): a retay = mx + n´e uma ass´ıntota obl´ıqua/inclinada:

lim x →∞  f (x ) − [mx + n]  = 0.

(28)

Observa¸c˜ao

As propriedades utilizadas nos c´alculos dos limites quando x → p tamb´em valem no caso de x → ∞, lembrando que cada limite envolvido nas “separa¸c˜oes” precisa existir (por exemplo

limx →∞ f (x ) + g (x ) = (limx →∞f (x )) + (limx →∞g (x ))se cada um destes limites existe).

Exerc´ıcio

A fun¸c˜ao g (x ) =√x2+ 1 − x possui ass´ıntotas? Exerc´ıcio

Dˆe exemplos de fun¸c˜oes com ass´ıntotas (dois exemplos para cada tipo).

(29)

Pr´oxima aula:

# Teorema do Sandu´ıche.

# Teorema do Valor Intermedi´ario. # Teorema do Anulamento. # Teorema do Weierstrass. # Limites fundamentais.

Referências

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