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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO M3 D3 PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE II

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Academic year: 2021

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1 CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA

DE SEGURANÇA DO TRABALHO

M3 D3 – PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE II

GUIA DE ESTUDO PARTE I – ALTERAÇÕES AMBIENTAIS E AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA DE PRODUTOS E SERVIÇOS

AULA 34

PROFESSOR AUTOR: ENGª RUTHE REBELLO PIRES

PROFESSOR TELEPRESENCIAL: ENGª RUTHE REBELLO PIRES

COORDENADOR DE CONTEÚDO: ENG. JOSEVAN URSINE FUDOLI

DIRETORA PEDAGÓGICA: MARIA UMBELINA CAIAFA SALGADO

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2 EMENTA DA DISCIPLINA: PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE II

A Disciplina “Proteção ao Meio Ambiente II” está organizada em duas partes, nas quais são tratados os conteúdos descritos a seguir.

27/03/2012 – Alterações ambientais e Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) de produtos

e Serviços. Conceito de ACV. Objetivos da ACV. Aplicação da ACV. Histórico da ACV. Primeira Avaliação do Ciclo de Vida. Análise do Ciclo de Vida x Avaliação do Ciclo de Vida. Normas para Avaliação do Ciclo de Vida. Primeiras Normas. ISO 14040 e ISO 14044. Rotulagem ambiental. Avaliação do Ciclo de Vida. Fontes de energia e uso de energia. Software. Aula 34

03/04/2012 – Introdução à Gestão Integrada de Segurança, Qualidade e Meio Ambiente. Conceito de sistema de gestão integrada. Principais tópicos da gestão

ambiental (ISO 14.000/2004). Principais tópicos da ISO 9001/2008. Principais tópicos da OHSAS 18.001/2007. Requisitos gerais do sistema de gestão. Metas e Objetivos. Plano de Ação para cumprimento dos objetivos. Certificação. Política de gestão. Matriz de Responsabilidades. Legislação aplicada. Auditoria do sistema. Aula 35

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CALENDÁRIO

O calendário atualizado da disciplina encontra-se no quadro a seguir. Datas

Aulas 2012

Guia de

Estudo Textos Complementares de Leitura Obrigatória

No Lista Exercícios Data Postagem Data final Resposta 27 mar Parte I Aula 34

I Simpósio de Resíduos Sólidos. Avaliação do Ciclo de Vida. Prof. Aldo R. Ometto. Disponível em:http://www.eesc.usp.br/shs/neper/isimposio/pal

estras/03122009-tarde/ALDO_OMETTO-AvaliacaoDeCicloDeVida.pdf 34 27 mar 10 abril

03 abril Parte II

Aula 35 35 03 abril 17 abril

Prova do Módulo 3: 15 de maio de 2012

Parte I - Descrição de Avaliação do Ciclo de Vida:

Após o estudo da Parte I desta Disciplina, esperamos que o aluno seja capaz de:

 Ganhar interesse e conscientizar-se das questões ambientais relativas à manufatura de produtos e serviços necessários nos dias atuais.

 Estabelecer os limites do estudo em uma Avaliação de Ciclo de Vida.

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4 SUMÁRIO

1. DEFINIÇÃO DE AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA (ACV) ... 06

2. OBJETIVOS DA ACV ... 06

3. APLICAÇÃO DA ACV ... 06

4. HISTÓRICO DA AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA ... 07

5. NORMAS PARA AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA DE PRODUTOS E SERVIÇOS... 08

6. ROTULAGEMAMBIENTAL... 10

7.AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA NO BRASIL- HISTÓRICO... 11

8. FONTES DE ENERGIA E USO DE ENERGIA... 12

9. AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA... 13

10. ANÁLISE DAS ETAPAS DA ACV... 16

11. SOFTWARE PARA AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA... 22

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5 1. DEFINIÇÃO DE AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA (ACV)

A avaliação do Ciclo de Vida: é uma técnica para a compilação e a avaliação das entradas, das saídas e dos impactos ambientais potenciais de sistema de produto ao longo de seu ciclo de vida (ABNT).

2. OBJETIVOS DA ACV

 Subsidiar a identificação de oportunidades de melhoria dos aspectos ambientais de produtos em vários pontos de seu ciclo de vida.

 Auxiliar a tomada de decisões na indústria, governo e ONGs no planejamento estratégico, na definição de prioridades e no desenvolvimento de projetos de processos e produtos.

 Subsidiar a seleção de indicadores de desempenho ambiental, incluindo técnicas de quantificação.

3. APLICAÇÃO DA ACV

 Comparar materiais genéricos.

 Comparar produtos funcionalmente equivalentes.

 Comparar diferentes opções com relação a processos objetivando a minimização de impactos ambientais.

 Identificar processos, ingredientes e sistemas que tenham contribuição sobre impactos ambientais.

 Fornecer informações para processos de auditorias.

 Suportar estratégias de planejamento a longo prazo relacionadas com desenvolvimento e projetos de novos produtos.

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 Fornecer informações para políticas de regulamentos e leis quanto a restrição de uso de materiais.

 Reunir informações ambientais.

 Fornecer informações para avaliar e diferenciar produtos em programas de rotulagem.

 Avaliar efeitos sobre a disponibilidade de recursos e técnicas de gestão de resíduos.

 Ajudar ao desenvolvimento de políticas de longo prazo com relação ao uso de materiais, conservação de recursos e redução de impactos ambientais durante o ciclo de vida destes.

4. HISTÓRICO DA AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA 4.1-PRIMEIRA AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA

O primeiro estudo de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) de que se tem referência foi desenvolvido no início dos anos 70 para uma tradicional fábrica de refrigerantes, pelo Midwest Research Institute (1) – MRI. O objetivo deste estudo era comparar os diferentes tipos de embalagens de refrigerante e selecionar qual deles era o mais adequado do ponto de vista ambiental. Era um processo de quantificação da utilização dos recursos naturais e de emissões que ficou conhecido como Resource and Environmental Profile Analysis – REPA (Perfil de Análise Ambiental e Recursos).

4.2-ANÁLISE DO CICLO DE VIDA X AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA

De acordo com Mourad et. al. (2002), inicialmente os estudos eram voltados para o uso de energia e conhecidos como “análise de energia” (energy analysis). No entanto, os cálculos para ACV necessitavam da construção de um fluxograma de processo com balanço de matérias-primas, combustíveis e resíduos sólidos gerados, que eram contabilizados automaticamente. Então, alguns analistas passaram a ser referir ao estudo como “análise de recursos” (resource analysis) ou “análise de perfil ambiental” (environmental profile analysis). Quando cálculos de balanço de massa e

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Do inglês: Instituto de Pesquisa Centro Oeste. Criado em 1944, o MRI é um centro internacional de pesquisa aplicada e desenvolvimento tecnológico.

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de energia foram incorporados à metodologia, a Society of Environmental Toxicology and Chemistry (2) (SETAC) utilizou pela primeira vez o termo “Avaliação do Ciclo de

Vida” (Life Cycle Assessment-LCA), relacionando a etapa de inventário já existente “Inventário do Ciclo de Vida” (Life Cycle Inventory- LCI) a duas novas etapas: “Avaliação de Impactos do Ciclo de Vida” (Life Cycle Impact Assessment – LCIA) e “Análise de Melhorias” (Improvement Analysis).

Lembram Lange (2007) e Miranda (2007) que os estudos seguintes ao da fábrica de refrigerantes, aparentemente iguais, chegavam a conclusões diferentes devido às considerações feitas quanto às fronteiras adotadas, idade dos dados, tecnologias e logística de abastecimento de matérias-primas. Com a evidente necessidade de uma padronização, a SETAC publicou em 1993 que o Guidelines for Life Cycle Assesment: a Code of Practice (Guia para Avaliação do Ciclo de Vida - Código de Práticas), voltado à padronização da metodologia e que orientou os trabalhos de normalização internacional da ISO.

5. NORMAS PARA AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA DE PRODUTOS E SERVIÇOS

5.1-PRIMEIRAS NORMAS

As normas são necessárias para assegurar transparência na metodologia, relatos precisos, e, como completa Chehebe (1997), para estabelecer critérios na divulgação dos resultados.

Até o ano de 2006, a série das normas relativas à ACV era composta por quatro normas: ISO 14040, ISO 14041, ISO 14042 e ISO 14043. Estas quatro e o vocabulário (ISO 14050) foram aprovados a partir de 1997, e traduzidos para o português pela ABNT a partir de 2001, na sequência mostrada na FIG.2.

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Do inglês: Sociedade para o meio ambiente toxicológico e químico. É uma organização sem fins lucrativos composta por instituições dedicadas ao estudo, análise e solução de problemas ambientais, gestão e regulação dos recursos naturais, investigação e desenvolvimento e educação ambiental

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Norma Ano de publicação Título

NBR ISO 14040 2001 Gestão ambiental- Avaliação do Ciclo de Vida- Princípios e estrutura.

NBR ISO 14041 2004 Gestão ambiental- Avaliação do Ciclo de Vida- Definição de objetivo e escopo e análise de inventário.

NBR ISO 14042 2004 Gestão ambiental- Avaliação do Ciclo de Vida- Avaliação do impacto do ciclo de vida

NBR ISO 14050 2004 Gestão Ambiental- Vocabulário

NBR ISO 14043 2005 Gestão ambiental- Avaliação do Ciclo de Vida- Interpretação do ciclo de vida

FIGURA 1 – Normas ISO traduzidas pela ABNT vigentes até 2006

Fonte: NBR ISO 14040 (2001), NBR ISO14041 (2004), NBR ISO 14042 (2004), NBR ISO 14050 (2004) e NBR ISO 14043 (2005).

5.2-ISO14040 E ISO14044

Em 2006, estas normas foram analisadas e revisadas pelo TC-207, tornando-se apenas duas, ISO 14040 e ISO 14044, sem alterações significativas em relação à versão anterior. Em junho de 2007, em Beijing na China, foi realizada a 14ª Reunião Plenária da ISO/TC 207, quando o subcomitê 05 discutiu tanto a evolução na ciência de ACV dos produtos, como a necessidade de mudanças nas normas ISO 14040 e ISO 14044 (confira as traduções na FIG.3) com inclusão de potenciais aspectos (como econômico e social).

Os aspectos econômicos não foram ainda incluídos, apesar de a NBR ISO 14040 (2009) enfatizar que a ACV não enfoca aspectos econômicos ou sociais de

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um produto, mas a abordagem de ciclo de vida e as metodologias podem ser aplicadas a esses outros aspectos.

NBR ISO 14040

Gestão ambiental – Avaliação do Ciclo de Vida – Princípios e estrutura: a norma descreve os princípios e estrutura para a ACV, incluindo definição do objetivo e a extensão da ACV, a análise do inventário do ciclo de vida, a avaliação do impacto do ciclo de vida e a fase de interpretação (que informa a revisão crítica do estudo da avaliação do ciclo de vida). Porém não

descreve em detalhes a técnica da ACV, nem especifica metodologia para as fases individuais do estudo.

NBR ISO 14044

Gestão ambiental – Avaliação do Ciclo de Vida – Requisitos e orientações: A norma especifica as exigências e provê diretrizes para a ACV, incluindo definição da meta e extensão da ACV, a fase de Avaliação do Impacto do Ciclo de Vida- AICV, a fase de interpretação do ciclo de vida, informando ainda a necessidade de uma revisão crítica da ACV, suas limitações e a relação entre suas fases.

FIGURA 2 – Normas ISO publicadas em 2006 para Avaliação do Ciclo de Vida Fonte: NBR ISO 14040 (2009) e NBR ISO 14044 (2009).

6. ROTULAGEM AMBIENTAL

De acordo com Barreto et. al. (2007), entende-se como rotulagem

ambiental um mecanismo de comunicação com o mercado consumidor, sobre os

aspectos ambientais do produto ou serviço com características benéficas, cujo objetivo é diferenciá-lo da concorrência.

De acordo com Barboza (2001), rotulagem ambiental é a certificação ambiental de produtos adequados ao uso e que apresentam menor impacto ao meio ambiente em relação a outros produtos dispostos no mercado.

O programa de rotulagem ambiental no Brasil é representado pela ABNT, e foi desenvolvido com base nas experiências de programas mundiais de rotulagem

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ambiental das normas ISO 14020 (2000), traduzida pela ABNT como NBR ISO 14020 (2002): Rótulos e declarações ambientais - Princípios gerais.

São três os tipos de rotulagem ambiental:

 Rotulagem Tipo I: NBR ISO 14024 (2004) – Programa Selo Verde. Relaciona os princípios e procedimentos para o desenvolvimento de programas de rotulagem ambiental, incluindo: seleção de categorias, critérios ambientais e características funcionais dos produtos, para avaliar e demonstrar sua conformidade. Relaciona também os procedimentos de certificação para a concessão do rótulo.

 Rotulagem Tipo II: NBR ISO 14021(2004) – Autodeclarações ambientais. Especifica os requisitos para autodeclarações ambientais, incluindo textos, símbolos e gráficos, no que se refere aos produtos. Descreve termos selecionados usados comumente em declarações ambientais e fornece qualificações para seu uso. Apresenta uma metodologia de avaliação e verificação geral para autodeclarações ambientais, citando em diversos momentos a NBR ISO 14040.

 Rotulagem Tipo III: ISO TR 14025 – Esta norma ainda não foi traduzida pela ABNT. Tem alto grau de complexidade devido à inclusão da ferramenta Avaliação do Ciclo de Vida. Estabelece os princípios e especifica os procedimentos para o desenvolvimento de programas de declaração do tipo III.

7. AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA NO BRASIL - HISTÓRICO

 1993: a ISO estabeleceu o Comitê Técnico 207 - Gestão Ambiental (TC207) para desenvolver a série de normas internacionais de gestão ambiental;

 1994: ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas criou o Grupo de Apoio à Normalização Ambiental (GANA) para acompanhar e analisar os trabalhos desenvolvidos pelo TC 207;

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 1997: O Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea), do Instituto Técnico de Alimentação (Ital), desenvolveu um estudo denominado “Análise do Ciclo de Vida de embalagens para o mercado brasileiro”, de 1997 a 1999;

 1997: “Grupo de Prevenção da Poluição (GP2)”. O grupo iniciou suas atividades em 1997 e foi estruturado em duas vertentes, uma para estabelecer banco de dados nacional e a outra para estudar os usos e as aplicações da ACV;

 1998: Livro do Chehebe “ACV de Produtos”;

 2001: Norma ABNT ISO 14040;

 2002: Criação da Associação Brasileira de Ciclo de Vida (ABCV);

 2002: Livro do Mourad “ACV - Princípios e Aplicações;

 2004: ABNT ISO 14041 e 14042;

 2005: Livro do Caldeira- Pires “ACV ISO 14040 na América Latina”;

 2005: ABNT ISO 14043;

 2009: ABNT ISO 14040 e 14044.

8. FONTES DE ENERGIA E USO DE ENERGIA 8.1-ENERGIA E MEIO AMBIENTE

Qual é a relação energia e meio ambiente? Do grego, energia ergos: trabalho.

“As leis básicas da natureza não foram revogadas, apenas suas feições e relações quantitativas mudaram, à medida que a população humana mundial e seu prodigioso consumo de energia aumentaram nossa capacidade de alterar o ambiente.” (ODUM, 1988 p.1)

8.2-FONTES DE ENERGIA

Para muitas matérias-primas, como petróleo, gás natural e carvão, o principal uso é para energia. O montante total destes materiais pode ser visto como uma piscina de energia de reserva, como pode ser visto na Fig 4 a seguir:

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FIGURA 3 – Pool energético

Fonte: FRANKLIN ASSOCIATES, 2010

O uso de certa quantidade desses materiais como matérias primas para os produtos, ao invés de combustíveis, remove a mesma quantidade de material a partir do pool de energia, reduzindo assim a quantidade de energia disponível para consumo. É uma energia de recurso material que é reduzido através do consumo de materiais combustíveis, matérias primas em produtos e é quantificada em unidades de energia. Trata-se de conteúdo energético do material combustível, matérias primas ou insumos.

De acordo com a NBR ISO 14044 (2009), as entradas e saídas de energia devem ser tratadas como qualquer outra entrada ou saída.

9. AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA

Sinteticamente, a ACV é uma avaliação sistemática que quantifica os fluxos de energia e de materiais no ciclo de vida do objeto de estudo. O ciclo de vida é a história do produto, desde a fase de extração das matérias primas, passando pela fase de produção, distribuição, consumo, uso e até sua transformação em lixo ou resíduo.

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9.1-AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA E INVENTÁRIO DO CICLO DE VIDA

De acordo com a NBR ISO 14040 (2009) e NBR ISO 14044 (2009), uma ACV contém quatro etapas: objetivo e escopo, análise do inventário, avaliação de impactos e interpretação.

Já o Inventário de Ciclo de Vida, ICV, envolve o objetivo e escopo, a análise do inventário e a interpretação, ou seja, a coleta de dados e procedimentos de cálculo para quantificar as entradas e saídas de um sistema de produto (3).

O ICV é um banco de dados que requer uma grande quantidade de pontos a serem levantados, além de conhecimento da área a ser avaliada. É um balanço contábil-financeiro, só que medido em termos energéticos e de massa.

9.2-ETAPAS DA AVALIAÇÃO DE CICLO DE VIDA -METODOLOGIA

A metodologia da ACV aborda os fluxos de matéria e energia entre os meios natural e antrópico, com o objetivo de comparar ambientalmente produtos de função equivalente, e assim proceder a ações de planejamento para minimização do consumo de insumos naturais.

Para realização de estudos referentes à Avaliação do Ciclo de Vida, há etapas a serem seguidas a fim de se obter uma visão geral do processo. A norma NBR ISO 14040 (2009) apresenta a ACV estruturada em quatro fases, como mostrada na Fig 5 a seguir.

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FIGURA 4 – Fases de uma ACV

Fonte: NBR ISO 14040, 2009

As etapas foram estabelecidas para o desenvolvimento do Ciclo de Vida no intuito de se realizar o inventário, a análise do impacto e a melhoria do ganho ambiental.

Sucintamente, a Fig 6 mostra estas etapas com suas principais atribuições.

Objetivo e Escopo Análise do Inventário Avaliação de Impacto Interpretação

*Propósito *Escopos (limites) *Unidade funcional *Definição dos requisitos de qualidade *Entradas + saídas *Coleta de dados *Aquisição de matéria-prima e energia *Manufatura *Transportes Classificação: *Saúde ambiental *Saúde humana *Exaustão dos recursos naturais *Caracterização *Valoração *Identificação dos principais problemas *Avaliação *Análise de *sensibilidade *Conclusões

FIGURA 5 – Fases de uma ACV

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Entretanto, uma ACV pode ser elaborada englobando todas ou algumas das etapas do ciclo de vida do objeto em estudo. O que determina onde começar a avaliação e onde terminar é o denominado “critério de corte”.

De acordo com Lima (2007) existem três tipos de “critérios de cortes” que podem ser executados em uma ACV sem prejudicar a avaliação, como mostrados na Fig.7.

Cradle-to-gate4 Eliminação de etapas posteriores: todos os processos após a manufatura

do produto são excluídos.

Gate-to-grave5 Eliminação de etapas anteriores: todos os processos anteriores à

manufatura do produto são excluídos.

Gate-to-gate6 Somente o estágio de fabricação é considerado

FIGURA 6 – Tipos de “cortes” de uma ACV

Fonte: LIMA, 2007.

10. ANÁLISE DAS ETAPAS DE ACV

Na etapa de definição dos objetivos deve ser estabelecida a razão principal para a condução do estudo, sua abrangência e o público-alvo. Na definição do escopo são considerados os aspectos metodológicos como o estabelecimento de parâmetros como função, unidade funcional e fluxo de referência do produto, fixação de fronteiras, critérios para a alocação de cargas ambientais, bem como as categorias de impacto a serem usadas na etapa de nome correspondente. Devem ser considerados aspectos geográficos, temporais e tecnológicos do sistema de produto em estudo: onde iniciar e onde parar.

Tipos, fontes e qualidade de dados

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Do inglês: berço a portão. 5

Do inglês: portão ao túmulo. 6

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De acordo com a NBR ISO 14044 (2009), os dados a serem selecionados dependem do objetivo e escopo do estudo. Podem ser coletados nos locais de produção associados aos processos elementares, dentro da fronteira do sistema, ou podem ser obtidos (ou calculados) a partir de outras fontes.

Unidade funcional e fluxo de referência

A quantificação da função identificada é chamada unidade funcional. De acordo com Justino (2006), a unidade funcional “provê uma medida de desempenho ou de referência para a qual as quantificações das entradas e saídas do sistema em termos ambientais serão retratadas”.

Fronteiras do sistema

As fronteiras do sistema determinam quais processos elementares devem ser incluídos, ou seja, estabelece os limites para o estudo. Apesar deste estabelecimento de fronteiras ser feito no início da fase de definição do objetivo e escopo, a fronteira final do sistema é definida somente quando, durante a análise do inventário, forem coletadas informações suficientes.

A Fig.8 ilustra um sistema de produto para avaliação do ciclo de vida, o que inclui processos elementares, fluxos elementares, fluxos de produto através de fronteiras do sistema e fluxos de produtos intermediários dentro do sistema.

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FIGURA 7 – Exemplo de um sistema de produto

Fonte: NBR ISO 14040, 2009

Análise do Inventário de Ciclo de Vida

Como já mencionado, o objetivo e escopo são um plano para a condução do ICV. A análise do inventário é a coleta de dados, com o estabelecimento dos procedimentos de cálculo, utilizáveis e comparáveis, de modo semelhante a um balanço contábil.

Coleta de dados

No intuito de evitar a duplicação ou falhas de contagem, A NBR ISO 14044 (2009) recomenda que cada processo elementar incluído na fronteira do sistema seja registrado. Este registro deve ser executado em uma descrição quantitativa e qualitativa, tanto das entradas como das saídas necessárias para determinar onde o processo começa e termina.

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FIGURA 8 – Exemplo de planilha para coleta de dados

Fonte: adaptado de CHEHEBE, 1997.

Procedimentos de alocação

Alocação é a repartição dos fluxos de entrada ou de saída de uma unidade de processo no sistema de produto em estudo.

A soma das entradas e saídas alocadas de um processo elementar deve ser igual à soma dessas entradas e saídas antes da alocação. Segundo Justino (2006), uma alocação física (ou mássica) deve ser mais frequente, pois ACV é uma metodologia que se baseia na medição de parâmetros físicos.

Procedimento de cálculo e refinamento das fronteiras do sistema

Após a coleta de dados, faz-se necessário a execução de cálculos com o intuito de adequá-los ao processo elementar e à unidade funcional, além de avaliar sua qualidade. De acordo com Ribeiro (2003), isto envolve verificações do tipo de balanços de massa e energia, assim como análises comparativas.

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Quanto ao refinamento de fronteiras, a NBR ISO 14044 (2009) recomenda que as fronteiras do sistema sejam revistas, identificando as necessidades de novos refinamentos e dados adicionais, baseando-se em uma análise de sensibilidade.

Omissões de dados e estágios

Quaisquer decisões de omitir estágios do ciclo de vida, processos ou entradas e saídas, de acordo com a NBR ISO 14044 (2009), devem ser claramente declaradas e justificadas, pois o grau de confiabilidade dos resultados do estudo é determinado pelos critérios usados para fixar as fronteiras do sistema.

A Fig 10 a seguir mostra uma planilha hipotética completa após a coleta e refinamento de dados.

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FIGURA 9 – Exemplo de planilha para coleta de dados

Fonte: adaptado de CHEHEBE, 1997.

Interpretação

A interpretação deve incluir uma avaliação da qualidade dos dados, tais como análises de sensibilidade de entradas e saídas, e escolhas metodológicas significativas. Também deve ser avaliado se foram apropriadas as definições das funções do sistema, e da unidade funcional, assim como também as definições das fronteiras dos sistemas.

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21 Avaliação do Impacto do Ciclo de Vida

A Avaliação do Impacto do Ciclo de Vida é um processo tanto qualitativo como quantitativo que, baseando-se nos resultados da análise do inventário, avalia a magnitude e significância dos impactos ambientais (danos ao meio ambiente e à saúde do homem).

A análise do impacto faz uma conversão dos resultados do inventário para um grupo selecionado de impactos como, por exemplo, efeito estufa, mortalidade, destruição da camada de ozônio, eutrofização, formação fotoquímica de ozônio, toxicidade, ocupação de área etc.

Seleção e definição das categorias

Na seleção das categorias são identificadas as preocupações ambientais, as categorias e os indicadores que serão utilizados no estudo.

Classificação

Onde os dados do inventário são classificados e agrupados nas diversas categorias selecionadas como, por exemplo, aquecimento global, destruição da camada de ozônio, acidificação, toxicidade humana, exaustão dos recursos naturais etc.

Caracterização

É a transposição dos aspectos ambientais em seus impactos correspondentes, realizada por meio da aplicação de índices de conversão denominados fatores de equivalência. Com a caracterização completa tem-se o Perfil de Impactos Ambientais do produto estudado.

A FIG.11 apresenta os elementos da etapa de Avaliação do Inventário de Ciclo de Vida.

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FIGURA 10 – Elementos da etapa de Avaliação do Inventário de Ciclo de Vida

Fonte: NBR ISO 14040, 2009

11. SOFTWARE PARA AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA E ECOINVENT CENTRE

Várias ferramentas computacionais (softwares) foram desenvolvidas para tornar o processamento de cálculo da ACV mais fácil. Um bom software oferece ferramentas que possibilitam a orientação de cálculo para qualquer processo dentro da cadeia.

A FIG.12 mostra as principais ferramentas computacionais utilizadas para ACV.

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FIGURA 11 – Principais ferramentas computacionais para cálculos de ACV.

Existem centros internacionais de auxílio aos inventários que utilizam a metodologia ACV. O mais conhecido é o banco de dados do Ecoinvent Centre (FIG. 13). Ele foi criado em 1997 e é de competência do Centre of the Swiss Federal Institute of Technology Zürich (7), e de outras entidades suíças.

http://www.ecoinvent.ch/

FIGURA 12 – Banco de dados para cálculos de ACV- Ecoinvent Centre.

Com a importação dos dados do Ecoinvent pelo Umberto, há necessidade de uma adaptação à fronteira geográfica deste ICV (e.g. ausência de litoral,

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grande densidade populacional, água de poços artesianos) e uma seleção de parâmetros ambientais.

A FIG.14 ilustra uma série de parâmetros ambientais que podem ser usados. Parâmetros: emissões líquidas Parâmetros: emissões atmosféricas 8

Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) 9

Demanda Química de Oxigênio (DQO) 10 Ácidos 11 Sólidos dissolvidos (SD) 12 Hidrocarbonetos Metano CH4 Amônia NH4 13 Sólidos suspensos (SS) 14 Fenol Alumínio Al3+ Cálcio Ca2+ Sódio Na+ Cloretos Cl- Sulfato SO4- Trióxido de carbono CO3 15 Detergentes 16

Matéria orgânica dissolvida (MOD)

Poeira Monóxido de carbono CO Dióxido de carbono CO2 Dióxido de enxofre SOx 17 Dióxido de azoto NOx Hidrocarbonetos Metano CH4 18 Sulfeto de hidrogênio H2S Ácido clorídrico HCl 19 Metais 20 Hidrocarbonetos aromáticos Hidrogênio H 8

DBO: parâmetro que mede a quantidade de oxigênio necessária para estabilizar a matéria orgânica. 9

DQO: parâmetro que mede a quantidade de matéria orgânica suscetível de ser oxidada por meios químicos que existam em uma amostra líquida.

10

Toda substância que, em solução aquosa, libera única e exclusivamente íons H+. 11

SD: conjunto de todas as substâncias orgânicas e inorgânicas contidas num líquido sob formas moleculares, ionizadas ou microgranulares.

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Compostos químicos constituídos apenas por átomos de carbono (C) e de hidrogênio (H). 13

SD: pequenas partículas sólidas que se mantém em suspensão em água, como um colóide ou devido ao movimento da água.

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Ou ácido carbólico é uma função orgânica caracterizada por uma ou mais hidroxilas ligadas a um anel aromático.

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Substâncias que possuem a propriedade de acumularem-se em interfaces de dois líquidos imiscíveis ou na superfície de um líquido.

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MOD: conjunto de substâncias provenientes da excreção, secreção e de processos intermediários da decomposição e organismos terrestres e aquáticos.

17

Juntamente com o SOx produz a chuva ácida. 18

Muito tóxico, inflamável e mal cheiroso. 19

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Enxofre S

FIGURA 13 – Parâmetros para emissões líquidas e atmosféricas Fonte: ANDRADY, 2003.

12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADY, Anthony L. Plastic and the Environment. John Wiley & Sons

Publications. New Jersey, 2003

 BARBOZA, Elza M. F. Rotulagem Ambiental- Rótulos ambientais e Análise do Ciclo de Vida (AVC). Instituto Brasileiro de Informação em Ciências e Tecnologia-

IBIVT. São Paulo, 2001. Disponível:

http://acv.ibict.br/publicacoes/realtorios/Rotulagem%20Ambiental.pdf. Acesso 21/06/2009.

BARRETO, Angela P. L. et al. Ciclo de Vida dos Produtos: Certificação Ambiental.

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Referências

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