• Nenhum resultado encontrado

DICAS MAIO 2019 SEMANA 1

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "DICAS MAIO 2019 SEMANA 1"

Copied!
21
0
0

Texto

(1)

Sumário

DICAS MAIO 2019 SEMANA 1 ... 2

CONSTITUCIONAL ... 2

#Dicas - Terras Quilombolas (maio 2019) ... 2

#Dica- Organização do Estado- Federalismo – Cespe (maio 2019) ... 2

# Simulado - Jurisprudência sobre direitos fundamentais (maio 2019) ... 3

#Simulado - Finanças públicas na CF88 e Princípios Orçamentários (parte 1) (maio 2019) ... 5

(FCC 2018- PGM CARUARU) 1- Costumes constitucionais não são admitidos, pois não apresentam solenidade e forma equivalentes às do texto constitucional. (C/E) ... 7

ADMINISTRATIVO ... 8

Contratos de franquia podem ser firmados com a Administração Pública? (maio 2019) ... 8

Termo de fomento x Termo de colaboração x Acordo de cooperação (PGEPE, PGMFOR e PGM MANAUS) (maio 2019) ... 9

#Dicas - Processo Administrativo Federal (maio 2019) ... 9

Importante! Informativo 645, STJ: ... 12

AMBIENTAL ... 12

#Dicas - Ambiental - Saneamento Básico (maio 2019) ... 12

URBANÍSTICO ... 15

DIREITO URBANÍSTICO - MINI SIMULADO (maio 2019) ... 15

TRABALHO ... 15

Ministro suspende norma que admite que trabalhadoras grávidas e lactantes desempenhem atividades insalubres (maio 2019) ... 15

Revisão - Direito do Trabalho - Pontos importantes (maio 2019) ... 16

DISCURSIVAS ... 17

(CPC) – Discursiva, maio 2019: ... 17

(2)

DICAS MAIO 2019 SEMANA 1

CONSTITUCIONAL

#Dicas - Terras Quilombolas (maio 2019)

1. Marco Constitucional sobre o tema: "Art. 68. Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos".

Veja que a CRFB fala em PROPRIEDADE, não em posse.

*Importante ressaltar que a legislação infraconstitucional permite que as pessoas remanescentes das comunidades dos quilombos indiquem representantes para participar do processo administrativo de reconhecimento de titularidade das terras quilombolas por elas ocupadas.

*Vale lembrar que o decreto que regulamenta o tema já foi alvo de ADI, visto que é autônomo e independente. Vejamos a explicação do Dizer o Direito: "Por fim, o STF não acolheu a tese de que somente poderiam ser consideradas terras de quilombolas aquelas que estivessem sendo ocupadas por essas comunidades na data da promulgação da CF/88 (05/10/1988). Em outras palavras, mesmo que na data da promulgação da CF/88 a terra não mais estivesse sendo ocupada pelas comunidades quilombolas, é possível, em tese, que seja garantido o direito previsto no art. 68 do ADCT".

*A explicação completa do julgado pode ser vista aqui:

"https://www.dizerodireito.com.br/2018/02/constitucionalidade-do-decreto-48872003.html". *O tema é importante para PGEs? Sim! Já caiu na segunda fase da PGEMT e primeira fase da PGEPR.

#Dica- Organização do Estado- Federalismo – Cespe (maio 2019)

A banca CESPE considera que o federalismo brasileiro é de terceiro grau (*e não de segundo), seguindo a doutrina de Marcelo Novelino. Nesse sentido, duas questões, todas duas consideradas corretas:

(MPE-RN, Promotor de Justiça, 2009): Existia no Brasil um federalismo de segundo grau até a promulgação da CF, após a qual o país passou a ter um federalismo de terceiro grau.

(CD, 2014): O município, como entidade político-administrativa de terceiro grau, na ordem descendente do sistema federal brasileiro, é entidade intraestatal rígida, tal qual a União e o estado-membro.

O que significa então federalismo de terceiro grau? Seria aquele em que existem três níveis federativos: União, Estados (DF) e Municípios. Vale ressaltar que existe doutrina que classifica em segundo grau, mas é minoritária.

(3)

# Simulado - Jurisprudência sobre direitos fundamentais (maio 2019)

1) É constitucional a lei de proteção animal que, a fim de resguardar a liberdade religiosa, permite o sacrifício ritual de animais em cultos de religiões de matriz africana.

2)É dispensável o registro do sindicato no Ministério do Trabalho para poder ingressar em juízo na defesa de seus filiados.

3) São inconstitucionais os atos judiciais ou administrativos que determinem ou promovam o ingresso de agentes públicos em universidades públicas.

4) A cobrança de contribuição obrigatória dos alunos matriculados nos Colégios Militares do Exército Brasileiro não viola a CF88.

5) É constitucional lei estadual que assegure, nas instituições particulares de ensino superior, a livre organização dos Centros Acadêmicos, Diretórios Acadêmicos e Diretórios Centrais dos Estudantes.

6) É assegurada a estabilidade da empregada gestante, desde que, no momento da demissão, ela tivesse inequívoco conhecimento da gravidez.

7) Dentre os requisitos para a concessão de medicamentos não incorporados em atos normativos do SUS, está o de registro do medicamento na ANVISA. Tal requisito afasta a possibilidade de fornecimento de medicamento para uso off-label, salvo se autorizado pela própria ANVISA.

8) O ensino domiciliar somente pode ser implementado no Brasil após uma regulamentação por meio de lei na qual sejam previstos mecanismos de avaliação e fiscalização, devendo essa lei respeitar os mandamentos constitucionais que tratam sobre educação.

9) A ADPF 130/DF, que julgou não recepcionada a Lei de Imprensa, pode ser utilizada como parâmetro para ajuizamento de reclamação que verse sobre conflito entre a liberdade de expressão e de informação e a tutela das garantias individuais relativas aos direitos de personalidade.

10) É lícita a requisição pelo Ministério Público de informações bancárias de contas de titularidade da Prefeitura, com o fim de proteger o patrimônio público, não se podendo falar em quebra ilegal de sigilo bancário.

11) A divulgação de elementos cadastrais dos beneficiários de decisão proferida em ação civil pública que determinou o pagamento dos expurgos inflacionários decorrentes de planos econômicos não configura quebra de sigilo bancário.

12) A garantia constitucional da gratuidade de ensino obsta a cobrança por universidades públicas de mensalidade em cursos de especialização.

13) A mera intuição acerca de eventual traficância praticada pelo agente, embora pudesse autorizar abordagem policial, em via pública, para averiguação, não configura, por si só, justa

(4)

causa a autorizar o ingresso em seu domicílio, sem o seu consentimento e sem determinação judicial.

14) A incitação ao ódio público contra quaisquer denominações religiosas e seus seguidores não está protegida pela cláusula constitucional que assegura a liberdade de expressão.

15) Um dos aspectos da liberdade religiosa é o direito que o indivíduo possui de não apenas escolher qual religião irá seguir, mas também o de fazer proselitismo religioso.

1) CORRETO. O STF decidiu recentemente (info 935), entendendo não haver violação ao art. 225, CF88, ao princípio da igualdade, ao princípio da laicidade e, tampouco, à competência da União para editar normas gerais de proteção ao meio ambiente.

2) ERRADO. O STF entende ser indispensável, como forma de respeitar o princípio da unicidade sindical, nos termos do art.8º, II, CF88.

3) CORRETO. Aponta-se aqui para uma afronta ao preceito fundamental da liberdade de expressão, na qual se incluem a livre manifestação do pensamento e de cátedra e a autonomia universitária.

4) CORRETO. O STF firmou entendimento no sentido de que os Colégios Militares apresentam peculiaridades que fazem com que eles sejam instituições diferentes dos estabelecimentos oficiais de ensino, por razões éticas, fiscais, legais e institucionais.

Podem, assim, ser qualificados como instituições educacionais sui generis.

5) ERRADO. É inconstitucional, uma vez que lei estadual não pode ser aplicada para instituições federais, nem particulares de ensino superior considerando que elas integram o

sistema federal , de competência da União.

Obs: no caso de estabelecimentos de ensino superior estadual e municipal, Lei Estadual pode sim assegurar a organização dos Centros acadêmicos e Diretórios.

6) ERRADO. A incidência da estabilidade prevista no art. 10, II, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) somente exige a anterioridade da gravidez à dispensa sem justa causa. O único requisito exigido é de natureza biológica. Exige-se apenas a comprovação de que a gravidez tenha ocorrido antes da dispensa arbitrária, não sendo necessários quaisquer outros requisitos, como o prévio conhecimento do empregador ou da própria gestante.

7) CORRETO. Perfeito! Off-Label diz respeito à utilização do medicamento para uma finalidade que não consta expressamente em seu registro, na bula. O STJ entende que, em regra, não é possível que o paciente exija do poder público o fornecimento de medicamento para uso off-label. Contudo, excepcionalmente é possível caso haja autorização pela ANVISA.

Informativo 633, STJ de leitura obrigatória!!

(5)

9) CORRETO, nos termos da assertiva.

10) CORRETO. O sigilo de informações necessário à preservação da intimidade é relativizado quando há interesse da sociedade em conhecer o destino dos recursos públicos.

11) ERRADO. O STJ entende que sim (info 605). Deve-se buscar a conciliação do direito dos beneficiários a receberem o crédito a que fazem jus com o sigilo bancário dos poupadores que, além de não terem participado da lide, não podem ter seus dados bancários tornados públicos, escancarados, sem sua expressa autorização. Sendo assim, a convocação pública dos beneficiários da ação deverá ser feita sem mencionar os seus nomes e nenhum outro dado cadastral.

12) ERRADO. A universidade não pode cobrar valores dos estudantes de graduação (art. 206, IV, CF88). Por outro lado, o conceito de "manutenção e desenvolvimento do ensino" (art. 212 da CF/88) não abrange as atividades de pós-graduação. A pós-graduação está relacionada com a pesquisa e extensão. Além disso, por não ser taxa, a cobrança de mensalidade para os cursos de especialização não está sujeita à legalidade estrita.

13) CORRETO. O ingresso regular da polícia no domicílio, sem autorização judicial, em caso de flagrante delito, para que seja válido, necessita que haja fundadas razões (justa causa) que sinalizem a ocorrência de crime no interior da residência.

14) CORRETO. Liga-se ao que a doutrina chama de "Hate Speech", manifestações de pensamento que ofendam, ameacem ou insultem determinado grupo de pessoas com base na raça, cor, religião, nacionalidade, orientação sexual, ancestralidade, deficiência ou outras características próprias. No Brasil, ao contrário dos EUA, prevalece que o hate speech não é protegido pela ordem constitucional. Isso porque o direito à liberdade de expressão não é absoluto, podendo a pessoa que proferiu o discurso de ódio ser punida, inclusive criminalmente, em caso de abuso.

15) CORRETO. Proselitismo religioso significa empreender esforços para convencer outras pessoas a também se converterem à sua religião.

Desse modo, a prática do proselitismo, ainda que feita por meio de comparações entre as religiões (dizendo que uma é melhor que a outra) não configura, por si só, crime de racismo. Só haverá racismo se o discurso dessa religião supostamente superior for de dominação, opressão, restrição de direitos ou violação da dignidade humana das pessoas integrantes dos demais grupos.

#Simulado - Finanças públicas na CF88 e Princípios Orçamentários (parte 1) (maio

2019)

1) Em razão de os Municípios não estarem abrangidos pela atribuição de competência concorrente, não podem legislar sobre direito financeiro.

2) (PGE-BA) De acordo com a CF, os municípios podem legislar sobre direito financeiro, de forma concorrente com os demais entes da Federação.

(6)

3) Operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades dos Municípios podem ser veiculadas por lei ordinária.

4) A Lei de Diretrizes Orçamentárias, por ser uma Lei Ordinária, pode ser delegada, tendo em vista que a matéria de direito financeiro é de competência concorrente.

5) Não é cabível a edição de Medida Provisória em relação a planos plurianuais, salvo para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública.

6) O orçamento é considerado lei formal no Brasil, em razão de sua capacidade de veicular direitos subjetivos.

7) Pode-se afirmar que o Orçamento, via de regra, é autorizativo, tendo em vista que não cria gastos, mas apenas os autoriza.

8) Não há, no Brasil, despesas impositivas, mesmo aquelas advindas de normas pré-orçamentárias.

9) Um exemplo de orçamento impositivo seria o percentual de 1,2% da RCL da União, previsto no art. 166, §9º, CF/88.

10) O modelo de orçamento anual adotado na CF é meramente autorizativo, apesar da existência de dispositivos constitucionais que tornam obrigatória a despesa nas áreas de saúde e educação.

11) A lei orçamentária poderá ser objetivo de controle concentrado de constitucionalidade, não impostando se é lei de efeito concreto ou não.

12) Orçamento tradicional é aquele que dá ênfase limitada no resultado, sem vinculação a um programa ou planejamento governamental central das ações do governo. Não há uma vinculação entre planejamento e orçamento.

13) Orçamento programa consiste em um verdadeiro instrumento de planejamento da ação do governo, por meio de programas de trabalho, projeto e atividades, com o estabelecimento de objetivos e metas a serem implantados. Tal modelo foi adotado no Brasil apenas com o advento da Constituição de 1988.

14) O orçamento base zero contrapõe-se à lógica do orçamento programa, adotado pelo Brasil.

15) A única hipótese em que um instrumento, que não a lei, pode ser utilizado, para a realização de gastos, é a da medida provisória, para gastos extraordinários em caso de calamidade e afins.

1) ERRADO. O STF aplica aqui uma interpretação sistemática, afirmando que a CF incluiu competências locais para os Municípios, além de competências comuns e complementares extensíveis a estes entes (art. 30, II, CF88).

(7)

2) CORRETO.

3) ERRADO, nos termos do art. 163, VI, CF/88. Exige-se Lei Complementar.

4) ERRADO, nos termos do art. 68, §1º, CF/88 esta espécie de lei ordinária não pode ser delegada.

5) CORRETO, nos termos do art. 167, §3º, CF/88.

6) ERRADO. Embora o orçamento seja considerado lei, ele é meramente lei formal, que apenas prevê as receitas públicas e autoriza os gastos.

7) CORRETO.

8) ERRADO. Há despesas que são impositivas. Todavia, tal imposição não surge por força da norma orçamentária, mas sim das normas pré-orçamentárias que vinculam o Executivo ao seu cumprimento.

9) CORRETO. É a lição de Harrison Leite. Tal percentual está vinculado por uma norma constitucional às emendas individuais parlamentares. Nesse ponto, temos um orçamento impositivo.

10) CORRETO.

11) CORRETO. Esse é o entendimento do STF atualmente após uma virada jurisprudencial (ADIs 4048 e 4049).

12) ERRADO. Esse é o conceito do orçamento de desempenho.

13) ERRADO. O conceito de Orçamento programa está perfeito! Contudo, tal modelo foi adotado no Brasil a partir da Lei nº 4.320/64, ou seja, antes do advento da CF/88.

14) ERRADO, pois o orçamento base zero é uma técnica que ajuda na elaboração do orçamento programa.

15) CORRETO, tendo em vista que diversos dispositivos constitucionais proíbem a realização de qualquer despesa ou obtenção de empréstimo sem a autorização legal.

(FCC 2018- PGM CARUARU) 1- Costumes constitucionais não são admitidos, pois

não apresentam solenidade e forma equivalentes às do texto constitucional. (C/E)

Resposta: Errada

(É perceptível um aumento do tema Teoria da Constituição nas provas de procuradorias. Hoje é dia de dar atenção a um tópico interessante: costumes constitucionais. Tema cobrado recentemente na banca FCC).

De acordo com Marcelo Novelindo, há três tipos de costumes constitucionais. 1- Costume secundum constitutionem

(8)

3- Costume contra constitutionem

Afirma o autor que a formação de um costume decorre da prática reiterada de certos atos com capacidade de criar a convicção de sua obrigatoriedade.

Detalhadamente as três espécies:

Costume secundum constitutionem: é aquele que está em consonância com uma norma da Constituição, contribuindo para sua maior efetividade. Pode ser considerado apenas como FONTE SUBSIDIÁRIA, pois, existindo norma constitucional escrita, esta é que deverá ser aplicada.

Costume praeter constitutionem: pode ser utilizado na interpretação das normas constitucionais ou na integração de eventuais lacunas existentes, devendo ser reconhecido como FONTE AUTÔNOMA do Direito Constitucional.

Costume contra constitutionem: é o que surge em sentido oposto ao de uma norma da Constituição formal. Apesar da possibilidade de sua formação e existência, NÃO DEVE SER ACEITO COMO FONTE.

Professora Ilanna Soeiro

ADMINISTRATIVO

Contratos de franquia podem ser firmados com a Administração Pública? (maio

2019)

Sim! Vejamos lição de Maria Sylvia: "a franquia empresarial é perfeitamente compatível o Direito Público, podendo ser utilizada pela Administração Pública Indireta para viabilizar a descentralização de suas atividades comerciais e industriais sem os custos de criação de agências, filiais ou subsidiárias".

Um bom exemplo disso são os correios, em que há legislação tratando do tema. Como isso foi cobrado? (CESPE - 2019) "pode ocorrer no âmbito da administração pública indireta e visa à prestação de serviço uti singuli, aplicando-se ao contrato, subsidiariamente, as regras da Lei de Franquia Empresarial". CORRETO!

(CESPE - 2019) pode ocorrer no âmbito da administração pública direta e visa à prestação de serviço público uti universi, aplicando-se ao contrato as regras da Lei de Franquia Empresarial. FALSO!

Ainda sobre o contrato de franquia, podemos afirmar que é válida a cláusula de eleição de foro (TJSP - Juiz), bem como se trata de um contrato tipicamente empresarial e que (via de regra) não há incidência do CDC (REsp 1602076/SP).

(9)

Termo de fomento x Termo de colaboração x Acordo de cooperação (PGEPE,

PGMFOR e PGM MANAUS) (maio 2019)

� Termo de colaboração: proposto pela Administração e com recursos financeiros. � Termo de fomento: proposta pela OSC e com recursos financeiros.

� Acordo de cooperação: sem recursos financeiros. Texto legal:

VII - termo de colaboração: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pela administração pública que envolvam a transferência de recursos financeiros;

VIII - termo de fomento: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pelas organizações da sociedade civil, que envolvam a transferência de recursos.

VIII-A - acordo de cooperação: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco que não envolvam a transferência de recursos financeiros;

#Dicas - Processo Administrativo Federal (maio 2019)

1. O recurso administrativo pode piorar a situação do particular, o mesmo não acontece com a revisão. Neste sentido (CESPE): "Recurso e revisão, instrumentos que permitem o reexame de fatos e provas juntados no processo administrativo, se diferenciam quanto à possibilidade de agravamento da situação do processado: no julgamento do recurso, o órgão competente não agravará a situação do recorrente; na revisão, há expressa determinação legal que permite o aumento da sanção imposta".

1.1 (PGE-PE) Órgão competente para o julgamento de recursos no processo administrativo poderá agravar a situação do recorrente, desde que lhe seja garantida a oportunidade para a apresentação de alegações.

2. Os atos do processo devem ser produzidos por escrito.

3. Não é possível renunciar a competência, mas somente delegá-la ou avocá-la, conforme o caso. De acordo com as lições de Rafael Oliveira: "A competência é a prerrogativa atribuída pelo ordenamento jurídico às entidades administrativas e aos órgãos públicos, habilitando os respectivos integrantes (agentes públicos) para o exercício da função pública. Vale destacar que a norma jurídica (Constituição, lei e atos regulamentares) exerce dupla função em relação à competência: de um lado, habilita a atuação do agente e, de outro lado, limita essa mesma

(10)

atuação. A competência é improrrogável (o agente incompetente não se transforma em competente) e irrenunciável (o agente tem o dever de exercer a função pública)".

4. Caso o recurso seja interposto perante a autoridade incompetente, será indicada a autoridade competente ao recorrente e devolvido o prazo recursal.

5. Não ofende a garantia do devido processo legal decisão da administração que indefere a produção de provas consideradas não pertinentes pelo administrador (PGMBH).

6. Súmula 510 STF - Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela cabe o mandado de segurança ou a medida judicial. Caiu em Fortaleza.

7. No processo administrativo, vige o princípio do formalismo moderado, rechaçando-se o excessivo rigor na tramitação dos procedimentos, para que se evite que a forma seja tomada como um fim em si mesma, ou seja, desligada da verdadeira finalidade do processo (PGM-FOR).

8. Qual o prazo para interpor recurso administrativo? 10 dias.

9. Qual o prazo de antecedência mínima para comparecimento? 3 dias. Importante ressaltar que se o prazo não for respeitado, mas não existir prejuízo, não deve ser anulado. Neste sentido (CESPE): "A ciência dos atos praticados em processo administrativo, a ser dada ao interessado, deve ser pessoal, e o comparecimento voluntário da parte não suprirá a falta ou irregularidade da intimação". Falso!

10. Nos processos administrativos, a divulgação oficial dos atos é obrigatória, ressalvadas as hipóteses constitucionais de sigilo.

11. No processo administrativo, deve-se observar a adequação entre meios e fins, de modo que não sejam impostas medidas superiores às necessárias ao atendimento do interesse público. O processo é apenas um meio para alcançar a finalidade pública.

12. Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, poderá ser aberto período de consulta pública para a manifestação de terceiros, se não houver prejuízo para a parte interessada.

13. Súmula Vinculante nº 5 - STF: não é obrigatória defesa elaborada por advogado em processo administrativo disciplinar. Caiu na PGE-AM.

14. Via de regra, o recurso não tem efeito suspensivo. No entanto, a autoridade competente poderá conferir efeito suspensivo se presente os requisitos legais.

15. O recurso pode ser sobre legalidade ou mérito.

16. O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas, salvo disposição legal diversa.

17. A convalidação dos atos administrativos que apresentem defeitos sanáveis pode ser feita pela administração, desde que esses atos não acarretem lesão ao interesse público ou prejuízo a terceiros.

(11)

18. O direito da administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que forem praticados, salvo comprovada má-fé.

18.1 Na PGM CWB (2015), foi considerada correta a seguinte alternativa sobre o prazo decadencial: "Protege a boa-fé e a segurança jurídica dos particulares que se relacionam com a Administração Pública".

19. Para os fins legais, também existem órgão na Adm. Indireta, cuidado!

20. A intimação para os atos devem acontecer com antecedência mínima de 3 dias (Câmara de Goiânia).

21. (FCC) O PAF pode se movimentar de ofício, inexistindo a mesma formalidade do processo judicial, não sendo imprescindível a presença de advogado para defesa técnica do servidor ao qual se imputa conduta antijurídica.

22. Atos que não podem ser delegados: CENORA. CE -> Competência exclusiva; NO -> Normativos e RA -> Recursos Administrativos (Decisões).

22.1 (CRF-SC) A edição de atos de caráter normativo não pode ser objeto de delegação. 23. As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais, mas o comparecimento do administrado supre sua falta ou irregularidade.

24. Deve ser observada a interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.

25. Não ofende a garantia do devido processo legal decisão da administração que indefere a produção de provas consideradas não pertinentes pelo administrador (PGM-BH).

26. Segundo entendimento dos tribunais superiores, a substituição de juízo de valor de efeito suspensivo a recurso administrativo, por se situar na esfera discricionária da autoridade administrativa competente, não é da alçada do Poder Judiciário.

27. (PGM-Maringá) A Lei nº. 9.784/99 poderá ser aplicada, por analogia integrativa, a Estados e Municípios que não possuírem norma específica, conforme entendimento jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça.

28. Atenção: Parecer vinculante x não vinculante:

§ 1o Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo não terá seguimento até a respectiva apresentação, responsabilizando-se quem der causa ao atraso.

§ 2o Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento.

(12)

29. No Processo Administrativo Disciplinar não é permitido o uso de provas ilícitas. Vejamos a questão que a UFPR considerou CORRETA: "O raciocínio acima conduz à interpretação de que são inadmitidas as provas ilícitas no processo administrativo disciplinar por razões também morais, para além da questão da legalidade formal".

30. Via de regra, não é preciso reconhecer firma. Vejamos como a UFPR considerou CORRETA: "Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido quando houver dúvida de autenticidade".

31. O rol das modalidades de intimação tem natureza exemplificativa, não taxativa (UFPR).

Importante! Informativo 645, STJ:

"É constitucional a remarcação de curso de formação para o cargo de agente penitenciário feminino de candidata que esteja lactante à época de sua realização, independentemente da previsão expressa em edital do concurso público".

Lembrar que o STF tinha tese parecida sobre o tema: "É constitucional a remarcação do teste de aptidão física de candidata que esteja grávida à época de sua realização, independentemente da previsão expressa em edital do concurso público".

Fundamentos: "Com efeito, a candidata, ao ser convocada para o Curso de Formação para o cargo de Agente penitenciário feminino, encontrava-se em licença maternidade, com apenas um mês de nascimento da sua filha, período em que sabidamente todas as mulheres estão impossibilitadas de praticar atividades físicas, estando totalmente voltadas para amamentação e cuidados com o recém-nascido".

AMBIENTAL

#Dicas - Ambiental - Saneamento Básico (maio 2019)

1. Atenção: O tema foi recentemente alterado por medida provisória, de forma que será o texto que irá vigorá na prova.

2. (MP/MS) Sob o regime de vigência da Lei Federal n. 11.445/2007, é vedada a contratação de prestação de serviços públicos de saneamento básico sem que haja prévio plano de saneamento básico no Município. Vejamos: "Art. 11. São condições de validade dos contratos que tenham por objeto a prestação de serviços públicos de saneamento básico: I - a existência de plano de saneamento básico".

3. (SANEAGO) É objetivo da política federal de saneamento básico priorizar planos, programas e projetos que visem à implantação e à ampliação dos serviços e das ações de saneamento básico nas áreas ocupadas por populações de baixa renda, incluídos os núcleos urbanos informais consolidados, quando não se encontrarem em situação de risco. Obs: Redação atualizada conforme MP 844.

(13)

4. O Sistema Nacional de informações de saneamento básico tem como objetivo: coletar e sistematizar dados relativos às condições da prestação dos serviços públicos de saneamento básico; disponibilizar estatísticas, indicadores e outras informações relevantes para a caracterização da demanda e da oferta de serviços públicos de saneamento básico; permitir e facilitar o monitoramento e avaliação da eficiência e da eficácia da prestação dos serviços de saneamento básico.

4.1. Essas informações ficarão disponíveis para todos, via internet. De acordo com a MP 844, compete ao Ministério das Cidades a organização, a implementação e a gestão do Sinisa, além de estabelecer os critérios, os métodos e a periodicidade para o preenchimento das informações pelos titulares, pelas entidades reguladoras e pelos prestadores dos serviços e para a auditoria do Sinisa.

5. Atenção: Os serviços públicos de saneamento básico não incluem o acesso a recursos hídricos (DPE/AC - CESPE).

5.1. (PGM/POA) Os recursos hídricos não integram os serviços públicos de saneamento básico. 5.2. (ALE/GO - Procurador) Q: os recursos hídricos integram os serviços públicos de saneamento básico e sua utilização está sujeita à outorga de direito de uso. Falso!

6. Ação de saneamento executada por usuário mediante recursos individuais, sem participação de terceiros na operação dos serviços, não constitui serviço público (DPE/AC - CESPE).

7. Quem são os entes titulares do saneamento básico? Os Municípios e o Distrito Federal são os titulares dos serviços públicos de saneamento básico.

8. É possível a cobrança de serviço de manejo de águas pluviais urbanas (DPE/AC - ADAPTADA). 9. Os parâmetros mínimos para a potabilidade da água devem ser definidos pela União (DPE/AC - ADAPTADA). Vejamos previsão legal: "A União definirá parâmetros mínimos para a potabilidade da água".

10. (VUNESP) Na ausência de redes públicas de saneamento básico, serão admitidas soluções individuais de abastecimento de água, observadas as normas legais.

10.1. (PGM/POA) Apenas na ausência de redes públicas de saneamento serão admitidas soluções individuais de abastecimento de água e de afastamento e destinação final de esgotos sanitários.

11. Os princípios fundamentais da prestação de serviço público de saneamento básico incluem a universalização do acesso e o controle social (CESPE - FUB).

12. (CESPE - FUB) Q: O citado marco regulatório considera que saneamento básico se refere tão somente a abastecimento de água potável e esgotamento sanitário. Falso! Para a lei, os serviços de abastecimento de água potável e esgotamento sanitário incluem: abastecimento de água potável; esgotamento sanitário; limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.

(14)

13. (FCC - PGE/MT - Analista) O serviço de esgoto sanitário é considerado como de interesse local. Exatamente por isso é de titularidade municipal, conforme item 7.

14. Os serviços públicos de saneamento básico devem adotar métodos, técnicas e processos que considerem as peculiaridades locais e regionais.

15. O abastecimento de água, o esgotamento sanitário, a limpeza urbana e o manejo dos resíduos sólidos devem ser realizados de forma adequada à saúde pública e à proteção do meio ambiente.

16. Desde que previsto nas normas de regulação, grandes usuários poderão negociar suas tarifas com o prestador dos serviços, mediante contrato específico, ouvido previamente o regulador.

17. Em situação crítica de escassez ou contaminação de recursos hídricos que obrigue à adoção de racionamento, declarada pela autoridade gestora de recursos hídricos, o ente regulador poderá adotar mecanismos tarifários de contingência, com objetivo de cobrir custos adicionais decorrentes, garantindo o equilíbrio financeiro da prestação do serviço e a gestão da demanda.

17.1. Atenção: Vejamos o parágrafo que a MP 844 acrescentou: Sem prejuízo da adoção dos mecanismos referidos no caput, a ANA poderá recomendar, independentemente da dominialidade dos corpos hídricos que formem determinada bacia hidrográfica, a restrição ou a interrupção do uso de recursos hídricos e a prioridade do uso para o consumo humano e para a dessedentação de animais.

18. (ALE/GO - Procurador) O Poder Público poderá valer-se das tarifas, dos preços públicos e das taxas para os serviços de saneamento básico enquanto elemento de inibição do consumo supérfluo e do desperdício de recursos.

19. (FGV) Q: Os serviços públicos de saneamento básico doméstico são cobrados de acordo com a faixa do valor atualizado do IPTU. Falso! Não há correspondência com o IPTU previsto em lei.

19.1: O IPTU não é base de cálculo para o valor do serviço de saneamento doméstico.

20. A instalação hidráulica predial ligada à rede pública de abastecimento de água não poderá ser também alimentada por outras fontes.

21. Cuidado! A competência para fiscalizar poços artesianos e de águas subterrâneas é do Estado e não do Município.

(15)

URBANÍSTICO

DIREITO URBANÍSTICO - MINI SIMULADO (maio 2019)

(Analisando a banca: UFPR tem preferência pelos seguintes temas: urbanístico na CF, desapropriação, usucapião e plano diretor)

1- O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de cinquenta mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana. (C/E)

2- A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos requisitos de aproveitamento racional e adequado; utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; observância das disposições que regulam as relações de trabalho e exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. (C/E)

3- As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro. (C/E)

1- E 2- E 3- C

1- ERRADO. Assertiva vai de encontro ao Art. 182, § 1º, da CF, que estabelece: ''O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de VINTE MIL habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.'' Essa é uma das questões mais clássicas de urbanístico, não se confunda: 20 mil

2- ERRADO. O disposto na assertiva se refere à propriedade rural. Nos simulados, já teste sua percepção aos detalhes, principalmente pelo perfil da banca. Conforme artigo 182, § 2º: ''A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.''

3- CORRETO. Assertiva simples que corresponde a transcrição do artigo 182, § 3º, da CF. ''As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro.'' Professora Ilanna Soeiro

TRABALHO

Ministro suspende norma que admite que trabalhadoras grávidas e lactantes

desempenhem atividades insalubres (maio 2019)

Em análise preliminar do caso, o ministro Alexandre de Moraes entendeu que a legislação questionada afronta diversas normas constitucionais que asseguram proteção à maternidade e a integral proteção à criança.

(16)

Revisão - Direito do Trabalho - Pontos importantes (maio 2019)

1. Não será permitido estipular duração de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho superior a dois anos, sendo vedada a ultratividade;

2. Em relação ao aviso prévio, o mesmo é devido na despedida indireta e as horas extras prestadas o integram;

3. O aviso prévio é devido da seguinte forma: 30 dias e mais 3 dias a cada ano trabalhado. Limite de 90 dias;

4. A greve é modalidade de suspensão, não interrupção do CT;

5. O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, será reduzido de 2 (duas) horas diárias, sem prejuízo do salário integral;

6. A comissão de representação é para empresas com mais de 200 empregados; as decisões são colegiadas, observada a maioria SIMPLES;

7. O transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público, não será considerado como salário. Cuidado com essas questões das horas in intinere;

8. Não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: educação em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos à matrícula, mensalidade, anuidade, aos livros e ao material didático.

9. Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum, será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.

10. Intermitente: Deve ser celebrado por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não.

10.1 A inatividade não se considera tempo à disposição do empregador; 11. Grau de reparação danos morais:

11.1 Leve -> 3x salário; 11.2 média -> 5x salário; 11.3. grave -> 20x salário; 11.4. gravíssima -> 50x o salário

(17)

11.6 Cuidado! Esse dispositivo pode ser importante em eventual contestação trabalhista em segunda fase.

12. Nova hipótese de interrupção contratual (2018): "até 3 (três) dias, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de realização de exames preventivos de câncer devidamente comprovada".

13. Extinção do CT por meio de acordo - verbas devidas: pela metade: o aviso prévio, se indenizado, e a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço; e na integralidade, as demais verbas trabalhistas.

13.1: Pode movimentar 80% FGTS e não autoriza a ingressar no seguro desemprego. 14. A mera identidade de sócios não caracteriza grupo econômico.

15. É proibida a contratação de trabalho temporário para a substituição de trabalhadores em greve, salvo nos casos previstos em lei. Atenção! Estudem as alterações da lei do trabalho temporário!

16. Trabalhador de motocicleta tem direito ao adicional de periculosidade. 17. Atenção! Não é possível cumular adicional de periculosidade e insalubridade.

18. Atenção! Adicional de periculosidade = 30% sem os adicionais; insalubridade pode ser 10, 20 ou 40%.

19. As férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a 14 dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a 5 dias corridos, cada um. 20. Perde direito às férias: quem receber benefício previdenciário por mais de 6 meses; quem for demitido e não conseguir readmissão em 60 dias.

21. Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.

22. Atenção! As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.

23. Leiam os artigos 611-A e B.

DISCURSIVAS

(CPC) – Discursiva, maio 2019:

“O art. 976 e seguintes do CPC delimitam o instituto do incidente de resolução de demandas repetitivas. Pergunta-se: aplica-se tal incidente no âmbito dos Juizados Especiais Estaduais e Federais? Por qual razão?”

(18)

Conforme dispõe o art. 976 do CPC/2015, é cabível a instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas quando houver efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente de direito e risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica.

Ademais, considerando que a finalidade do procedimento é fixar tese jurídica a ser aplicada a casos futuros, a doutrina também aponta como pressuposto a pendência, perante o respectivo Tribunal, da causa que ensejou o incidente (Enunciado 344 do Fórum Permanente de Processualistas Civis).

É que, além de a hipótese concreta representar uma "amostra" das demandas repetitivas, a ela deverá será aplicada, desde logo, a solução firmada pela Corte sobre a questão de direito controversa, nos termos do art. 978, parágrafo único, do CPC/2015.

Diante disso, conclui-se não ser possível suscitar o referido incidente nos processos que tramitam perante os Juizados Especiais e Federais, porquanto o órgão competente para apreciar os recursos interpostos em tal seara são as Turmas Recursais, e não os respectivos Tribunais. Ou seja, haveria usurpação de competência caso a Corte fixasse tese jurídica em processo oriundo de juizado, já que também teria que apreciar o caso concreto.

De todo modo, julgado o incidente, este será aplicável a todos os casos individuais ou coletivos, em andamento ou futuros, que versem sobre idêntica questão de direito e tramitem na área de jurisdição do Tribunal, inclusive aos dos Juizados Especiais.

Obs: Vale salientar que a doutrina ainda não é unânime sobre o tema. Fonte: materiais, doutrina de Didier, Léo, outras fontes.

(Discursiva – PENAL – maio 2019)

O atual modelo de organização social caracteriza-se pelo desenfreado avanço tecnológico, científico e econômico, que tem provocado novas e complexas agressões a interesses da sociedade contemporânea. A criminalização de atos de lavagem de dinheiro atendeu a reclamos globais no tocante ao tratamento jurídico da chamada “sociedade de risco”. Considerando o crime de lavagem de dinheiro, responda as perguntas abaixo:

a) Quais as fases da lavagem de capitais?

b) Em que consiste a atuação dos “gatekeepers” no combate à lavagem de dinheiro? c) Qual a relação entre a Teoria da Cegueira Deliberada e o crime de lavagem de dinheiro?

ESPELHO: a) São 3 as fases:

(19)

Colocação (placement): consiste na introdução do dinheiro ilícito no sistema financeiro, dificultando a identificação da procedência dos valores de modo a evitar qualquer ligação entre o agente e o resultado obtido com a prática do crime antecedente.

Dissimulação ou Mascaramento (layering): nesta fase são realizados diversos negócios ou movimentações financeiras, a fim de impedir o rastreamento e encobrir a origem ilícita dos valores.

Integração (integration): com a aparência lícita, os bens são formalmente incorporados ao sistema econômico.

b) Gatekeepers (torres de vigia) é um termo usado para definir pessoas físicas ou jurídicas que, por desempenharem atividades sensíveis à lavagem de dinheiro, são obrigadas a comunicar qualquer movimentação atípica que possa caracterizar lavagem de capitais (arts. 9º a 13 da Lei 9.613/98).

c) Como o tipo penal da lavagem de capitais traz como elementar a infração penal antecedente, na hipótese de o agente desconhecer a procedência ilícita dos bens, faltar-lhe-á o dolo de lavagem, com a consequente atipicidade de sua conduta, ainda que o erro de tipo seja evitável, porquanto não se admite a punição da lavagem a título culposo.

Por isso, é extremamente comum que o terceiro responsável pela lavagem de capitais procure, deliberadamente, evitar a consciência quanto à origem ilícita dos valores por ele mascarados. Daí a importância da denominada teoria da cegueira deliberada (willful blindness), a ser aplicada nas hipóteses em que o agente tem consciência da possível origem ilícita dos bens por ele ocultados ou dissimulados, mas, mesmo assim, deliberadamente cria mecanismos que o impedem de aperfeiçoar sua representação acerca dos fatos. Por força dessa teoria, aquele que renuncia a adquirir um conhecimento hábil a subsidiar a imputação dolosa de um crime responde por ele como se tivesse tal conhecimento, a título de dolo eventual, porque reflete grau de indiferença quanto aos riscos ao bem jurídico equiparável a esse.

Há, contudo, que se esclarecer que a aplicação da referida teoria ainda é divergente na jurisprudência pátria.

APROFUNDAMENTO DO TEMA

a) Colocação (placement): consiste na introdução do dinheiro ilícito no sistema financeiro, dificultando a identificação da procedência dos valores de modo a evitar qualquer ligação entre o agente e o resultado obtido com a prática do crime antecedente. Diversas técnicas são utilizadas nesta fase, tais como o fracionamento de grandes quantias em pequenos valores, que escapam do controle administrativo imposto às instituições financeiras – procedimento

(20)

esse conhecido como smurfing ou estruturação, em alusão aos pequenos personagens da ficção na cor azul -.

Dissimulação ou mascaramento (layering): nesta fase são realizados diversos negócios ou movimentações financeiras, a fim de impedir o rastreamento e encobrir a origem ilícita dos valores. De modo a dificultar a reconstrução da trilha do papel (paper trail) pelas autoridades estatais, os valores inseridos no mercado financeiro na etapa anterior são pulverizados através de operações e transações financeiras variadas e sucessivas, no Brasil e em outros países, muitos dos quais caracterizados como paraísos fiscais, que dificultam o rastreamento dos bens. São exemplos de dissimulação: transferências eletrônicas, envio do dinheiro já convertido em moeda estrangeira para o exterior via cabo;

Integração (integration): com a aparência lícita, os bens são formalmente incorporados ao sistema econômico, geralmente por meio de investimentos no mercado mobiliário ou imobiliário, transações de importação/exportação com preços superfaturados (ou subfaturados), ou aquisição de bens em geral (v.g. , obras de arte, ouro, joias, embarcações, veículos automotores). Em alguns casos, os recursos monetários, depois de lavados, são reinvestidos nas mesmas atividades delituosas das quais se originaram, perpetuando-se, assim, o ciclo vicioso.

b) Gatekeepers (torres de vigia) é um termo usado para definir pessoas físicas ou jurídicas que, por desempenharem atividades sensíveis à lavagem de dinheiro, são obrigadas a comunicar qualquer movimentação atípica que possa caracterizar lavagem de capitais. A lei fixa para essas pessoas físicas ou jurídicas um dever-prestativo para com o Estado. Citar os arts. 9º a 13 da Lei 9.613/98.

c) Como o tipo penal da lavagem de capitais traz como elementar a infração penal antecedente, depreende-se que, na hipótese de o agente desconhecer a procedência ilícita dos bens, faltar-lhe-á o dolo de lavagem, com a consequente atipicidade de sua conduta, ainda que o erro de tipo seja evitável, porquanto não se admite a punição da lavagem a título culposo.

Por isso, é extremamente comum que o terceiro responsável pela lavagem de capitais procure, deliberadamente, evitar a consciência quanto à origem ilícita dos valores por ele mascarados. Afinal, assim agindo, se acaso vier a ser responsabilizado pelo crime de lavagem de capitais, poderá sustentar a ausência do elemento cognitivo do dolo, o que pode dar ensejo a eventual decreto absolutório em virtude da atipicidade da conduta.

Daí a importância da denominada teoria da cegueira deliberada (willful blindness) –também conhecida como doutrina das instruções da avestruz (ostrich instructions) ou da evitação da consciência (conscious avoidance doctrine) -, a ser aplicada nas hipóteses em que o agente tem consciência da possível origem ilícita dos bens por ele ocultados ou dissimulados, mas, mesmo assim, deliberadamente cria mecanismos que o impedem de aperfeiçoar sua

(21)

representação acerca dos fatos. Por força dessa teoria, aquele que renuncia a adquirir um conhecimento hábil a subsidiar a imputação dolosa de um crime responde por ele como se tivesse tal conhecimento.

Basta pensar no exemplo de comerciante de joias que suspeita que alguns clientes possam estar lhe entregando dinheiro sujo para a compra de pedras preciosas com o objetivo de ocultar a origem espúria do numerário, optando, mesmo assim, por criar barreiras para não tomar ciência de informações mais precisas acerca dos usuários de seus serviços.

Segundo a doutrina, essa teoria fundamenta-se na seguinte premissa: o indivíduo que, suspeitando que pode vir a praticar determinado crime, opta por não aperfeiçoar sua representação sobre a presença do tipo objetivo em um caso concreto, reflete certo grau de indiferença em face do bem jurídico tutelado pela norma penal tão elevado quanto o daquele que age com dolo eventual, daí por que pode responder criminalmente pelo delito se o tipo penal em questão admitir a punição a título de dolo eventual.

Restará configurado o delito, a título de dolo eventual, quando comprovado que o autor da lavagem de capitais tenha deliberado pela escolha de permanecer ignorante a respeito de todos os fatos quando tinha essa possibilidade. Em outras palavras, conquanto tivesse de aprofundar seu conhecimento quanto à origem dos bens, direitos ou valores, preferiu permanecer alheio a esse conhecimento, daí por que deve responder pelo crime a título de dolo eventual. Afinal, nos mesmos moldes que a actio libera in causa, positivada no art. 28, II, do CP, ninguém pode beneficiar-se de uma causa de exclusão da responsabilidade penal provocada por si próprio.

No Brasil, a teoria da cegueira deliberada foi efetivamente utilizada para fundamentar as condenações por lavagem de capitais nos autos do Processo Criminal n° 2005.81.00.014586-0. No entanto, a despeito da condenação dos dois empresários na 1 a instância da Justiça Federal do Ceará, o Tribunal Regional Federal da 5a Região acabou reformando a sentença condenatória para fins de absolvê-los, in verbis: “(...) a transposição da doutrina americana da cegueira deliberada (willful blindness), nos moldes da sentença recorrida, beira, efetivamente, a responsabilidade penal objetiva; não há elementos concretos na sentença recorrida que demonstrem que esses acusados tinham ciência de que os valores por ele recebidos eram de origem ilícita, vinculada ou não a um dos delitos descritos na Lei n° 9.613/98.”

Portanto, o candidato deve mencionar que a aplicação da referida teoria ainda é divergente na jurisprudência pátria.

Por último, saliente-se que o STJ já enfrentou um caso concreto em que não admitiu a aplicação da cegueira deliberada:

(…)”CEGUEIRA DELIBERADA". NÃO APLICAÇÃO NO CASO. (…). (STJ; AgRg-HC 407.500; Proc. 2017/0166747-1; AL; Quinta Turma; Rel. Min. Felix Fischer; Julg. 26/06/2018; DJE 02/08/2018; Pág. 6641

Referências

Documentos relacionados

Entre os fatores explicativos para este diferencial esta tanto o efeito renda, pois esta opção tem uma preferência mais acentuada por aqueles que declararam maior renda familiar,

Meunier ajuda a melhor compreender essa “compulsão de saber” quando afirma que “A melancolia sabe que o mundo é mortal e entra em contato com ele através desta dimensão. Nada

Apesar das alterações ambientais ocorridas na fauna e flora, muitas espécies de plantas da caatinga são amplamente conhecidas e utilizadas na medicina popular e para a

Os benefícios esperados ao tratamento da hipertensão pulmonar são melhora na capacidade de exercício, melhora da classe funcional, melhora dos parâmetros

3ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação Parceria Público- Privada Participação das ICTs em Inovação Incentivos à Inovação na Empresa. Lei da

A espectrofotometria é uma técnica quantitativa e qualitativa, a qual se A espectrofotometria é uma técnica quantitativa e qualitativa, a qual se baseia no fato de que uma

Consoante à citação acima, destaca-se mais uma vez a contraposição de Pascal em relação ao racionalismo hegemônico no século XVII, pois, enquanto os filósofos implicados

O modelo Booleano baseia-se na combinação de vários mapas binários, em cada posição x,y para produzir um mapa final, no qual a classe 1 indica áreas que