NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003
(Em milhares de reais)
NOTA 01 - CONTEXTO OPERACIONAL
A Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A - SANASA é uma sociedade de economia mista, de capital aberto desde 29 de abril de 1997, constituída de acordo com a Lei Municipal 4.356 de 28 de dezembro de 1973, regulamentada pelo Decreto 4.437 de 14 de março de 1974, com participação majoritária da Prefeitura Municipal de Campinas, tendo como finalidades principais planejar , executar e operar serviços públicos de abastecimento de água e coleta de esgotos sanitários no município de Campinas.
NOTA 02 - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
As demonstrações contábeis dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2003 e 2002 estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis emanadas da legislação societária e com normas e procedimentos determinados pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM.
NOTA 03 - RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS ADOTADAS a) Apuração do Resultado
O resultado é apurado pelo regime de competência de exercícios para apropriação de receitas, custos e despesas correspondentes.
b) Ativos Circulante e Realizável a Longo Prazo
Os fornecimentos de água e coleta de esgoto a faturar são calculados e contabilizados de forma a possibilitar a contraposição de custos e receitas dentro do exercício.
As aplicações financeiras são demonstradas ao custo, acrescidas dos rendimentos auferidos de acordo com as taxas pactuadas com as instituições financeiras, calculadas “pro-rata” dia e apropriadas mensalmente.
Foi constituída provisão sobre os créditos vencidos há mais de três meses, face aos riscos envolvidos (com exceção dos valores já contabilizados como perdas, conforme determinam os artigos 9 a 14 da Lei n.º 9.430/96), sendo considerada suficiente para cobrir eventuais perdas na realização desses créditos.
Os materiais dos almoxarifados estão avaliados pelo custo médio de aquisição, inferiores aos preços de reposição ou de realização.
Os demais ativos ta mbém são apresentados pelo valor de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias auferidas.
c) Imobilizado
Está registrado ao custo de aquisição ou construção corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, inclusive pela correção monetária especial de acordo com a Lei n.º 8.200/91. A depreciação é calculada pelo método linear, de acordo com a vida útil estimada dos bens, acelerada em alguns itens em função dos turnos de trabalho.
d) Imposto de renda diferido
Está relacionado ao saldo de lucro inflacionário e à reserva credora de correção monetária especial registrada de acordo com a Lei n.º 8.200/91. Sua realização, de no mínimo 10% ao ano, é baseada na realização dos itens consignados no ativo permanente, a qual se encerrou em abril de 2003.
e) Lucro por ação
Foi calculado com base no número de ações em circulação na data do balanço.
NOTA 04 - CONTAS A RECEBER E FORNECIMENTOS A FATURAR O saldo é composto como segue:
2003 2002
Consumidores 62.906 53.230
Fornecimentos a faturar 7.456 3.663
Contratos de prestação de serviços 6.132 4.279
Contratos de parcelamento de débitos de consumidores 3.900 3.132 80.394 64.304
NOTA 05 - ALMOXARIFADOS
O saldo é composto como segue:
2003 2002
Matéria-prim a 429 371
Materiais de aplicação em redes de água e esgoto 4.226 2.864 Materiais de manutenção de redes de água e esgoto 922 926
Materiais de expediente e consumo 643 476
Outros 226 191
6.446 4.828
NOTA 06 – CONVÊNIO DAEV / VALINHOS
Em 31 de março de 2003, foi firmado Termo de Convênio de Participação entre o Departamento de Água e Esgoto de Valinhos – DAEV e a SANASA, com a interveniência da Agência Nacional de Águas – ANA e intermediação do Consórcio Intermunicipal das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, tendo como objeto o compromisso do DAEV em acelerar a execução das obras da Estação de Tratamento de Esgotos – ETE Capuava, as quais propiciarão uma melhoria na qualidade das águas do Ribeirão Pinheiros, que recebe os efluentes de esgoto “in natura” da cidade de Valinhos, destinando-os ao Rio Atibaia, onde são captados 95% da água destinada à população de Campinas. Isso, possibilitado pelo repasse de recursos pela SANASA, correspondente a 10 parcelas fixas de R$ 419 e a 11ª e última, relativa à atualização monetária do período de uma conta especial na CAIXA. Quando da plena operacionalização da ETE Capuava, o DAEV transferirá em caráter definitivo à SANASA, os créditos provenientes do Contrato de Compra de Esgoto Tratado nº 05/2001, celebrado com a ANA. Em 06 de fevereiro de 2004, foi contratado um seguro no valor de R$ 4.190, garantindo a plena operacionalização da ETE Capuava, tendo como beneficiária a SANASA. Em 10 de fevereiro de 2004, tal seguro foi elevado em mais R$ 1.010, correspondente à atualização monetária do contrato, perfazendo o total de R$ 5.200.
NOTA 07 – BANCOS – CONTAS VINCULADAS
O saldo refere-se às aplicações financeiras CEF – FIF Despoluição Bacias Hidrográficas, cujos resgates iniciais estarão vinculados à entrada em operação das Estações de Tratamento de Esgoto – Santa Mônica, Sousas e Piçarrão, conforme Contratos de Pagamento do Esgoto Tratado, firmados com a Agência Nacional de Águas – ANA:
Contrato
PRODES nº Data E.T.E.
Previsão de
Resgate 2003 2002
002/2001 09/10/2001 Santa Mônica Janeiro/2004 a
Outubro/2007 (*) 2.175 1.776 034/2002 13/12/2002 Sousas Dezembro/2005 a Setembro/2012 1.095 893 036/2002 13/12/2002 Piçarrão Abril/2005 a Janeiro/2008 10.293 0 13.563 2.669 Curto prazo (725) (296) Longo prazo 12.838 2.373
(*) Conforme solicitação à Agência Nacional de Águas – ANA, através do Ofício nº 008/03, de 12/02/2003, foi aditado o contrato, prorrogando o início de operação de abril de 2003 para outubro de 2003, o que afetou os saldos de curto e longo prazo.
NOTA 08 - PARTES RELACIONADAS O saldo é com posto como segue:
ATIVO PASSIVO
2003 2002 2003 2002
Prefeitura Municipal de Campinas 0 0 11.095 11.647 Empresa Municipal de Desenvolvimento
de Campinas – EMDEC 77 73 0 0 77 73 11.0 95 11.647
Provisão para devedores duvidosos (27) (26) 0 0 50 47 11.095 11.647 Prefeitura Municipal de Campinas
O saldo a pagar é representado por juros remuneratórios do capital próprio, contabilizados nos termos da Lei n.º 9.249/95 e disposições legais posteriores, para efeito de dedutibilidade, limitados à variação, “pro-rata” dia, da Taxa de Juros a Longo Prazo – TJLP e demonstrados contabilmente de acordo com a deliberação da CVM n.º 207/96. A Assembléia Geral Extraordinária, realizada em 17 de dezembro de 2001, determinou a forma de atualização desses juros pela variação do Índice Geral de Preços do Mercado - IGP-M.
Em 24 de abril de 2003, através da realização das Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária, foi aprovado o repasse à Prefeitura Municipal de Campinas do montante de R$ 6.000, a título de dividendos e a integralização do valor de R$ 5.646 ao capital social.
Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas - EMDEC
O saldo refere-se a faturas vencidas de serviços prestados, cujos valores são atualizados pela variação da Taxa Referencial – TR. O equivalente a 35% desse montante encontra-se provisionado como crédito duvidoso.
NOTA 09 - IMOBILIZADO
Taxas de
Depreciação 2003 2002
Terrenos 0% 18.220 14.496
Edificações 4% 30.695 29.821
Sistema operativo de esgoto 4% 151.724 146.579
Sistema operativo de água 4% 117.064 113.930
Instalações - ETA 4 e outras 10% 100.745 100.264
Móveis, máquinas e equipamentos 10% 14.286 13.627
Equipamentos – ETA 4 20% 11.278 11.717
Computadores, periféricos e softwares 20% 5.976 5.342
Veículos e máquinas operatrizes 20% a 25% 8.019 4.290 Benfeitorias em imóveis de terceiros e outros Até 20% 402 348 458.409 440.414
Depreciação acumulada (250.122) (237.401)
Obras em andamento 52.467 19.392
260.754 222.405 Correção Monetária Complementar:
Em 1991, a Sociedade registrou a correção monetária complementar baseada no artigo 3º da Lei 8.200/91. Adicionalmente, conforme facultado pelo Artigo 2º da citada Lei, foi procedido naquele ano, o registro da correção monetária especial das contas do ativo imobilizado, tendo como contrapartida a rubrica Correção Monetária Especial no Patrimônio Líquido. Os encargos de depreciação da correção monetária especial são reconhecidos no resultado, considerando a estimativa de vida útil dos bens relacionados. Tais encargos totalizaram R$ 453 em 31 de dezembro de 2003 (R$ 4 57 em 2002).
NOTA 10 - ATIVO DIFERIDO
Em 31 de março de 1999, de conformidade com a Medida Provisória n.º 1.818, de 25/03/1999 e Deliberação da Comissão de Valores Mobiliários – CVM n.º 294, de 26/03/1999, a Sociedade contabilizou no Ativo Diferido a reversão das despesas financeiras oriundas dos ajustes dos valores das obrigações em dólar norte -americano, em virtude da variação nas taxas de câmbio ocorrida no primeiro trimestre daquele ano. Em janeiro de 2000, com o refinanciamento das dívidas junto à Caixa Econômica Federal – CEF e Banco Interamericano para Reconstrução e Desenvolvimento – BIRD, com base na Medida Provisória n.º 1.969 -12/2000 e por intermédio da Prefeitura Municipal de Campinas, houve baixa extraordinária no montante líquido de R$ 5.696, resultando no saldo de R$ 1.142 em 31 de dezembro de 2003. O saldo de encargos a amortizar de R$ 71, foi totalmente realizado no período de janeiro a abril de 2003.
NOTA 11 - IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
A provisão para o imposto de renda foi constituída à razão de 15% sobre o lucro tributável e adicional de 10% quando aplicável, conforme estabelece a legislação vigente.
A provisão para a contribuição social foi constituída à razão de 9% sobre o lucro tributável, conforme estabelece a legis lação vigente.
A composição no resultado do período apresenta os seguintes valores:
Imposto de renda e Contribuição Social 2003 2002
Imposto de renda (2.271) (3.781)
Imposto de renda – exercícios anteriores (80) 0
Contribuição social (671) (1.129)
Imposto de renda e Contribuição social diferidos 2003 2002 Realização de imposto de renda diferido 325 1.139
Constituição de imposto de renda diferido (818) (1.531)
Constituição de contribuição social diferida (398) (403)
Totais (891) (795)
NOTA 12 - IMPOSTOS DIFERIDOS SOBRE ATIVOS E PASSIVOS COM REALIZAÇÃO FUTURA
A Administração da Sociedade adota como prática o reconhecimento dos efeitos contábeis sobre os ativo s e passivos diferidos e prejuízos compensáveis. Este procedimento está em conformidade com o
Pronunciamento do IBRACON, aprovado pela Deliberação CVM n.º 273, de 20 de agosto de 1998, tendo sido sua realização contabilizada no resultado do período.
A composição das provisões para imposto de renda e contribuição social diferidas, sobre ativos e passivos com realização futura é a seguinte:
Em atendimento à Instrução CVM nº 371/2002, A Administração efetuou análises que demonstram serem estes impostos recuperáveis pelas suas operações futuras. As contingências cíveis, trabalhistas e outras e o excesso de provisão para devedores duvidosos são revertidos no início do exercício seguinte, constituindo -se novas provisões que servirão de base de cálculo do imposto de renda e contribuição social diferidos ativos. De acordo com as projeções elaboradas pela Administração da Sociedade, a contribuição social diferida ativa incidente sobre a base negativa de contribuição social, será realizada nos seguintes prazos:
Ano Base Negativa de Contribuição Social 2004 389 2005 396 2006 484 2007 189 Totais 1.458 2003 2002 Prazo Médio de Realização Base de Cálculo Imposto De Renda Contrib. Social Total Total BASES ATIVAS
Contingências cíveis e trabalhistas 1 ano 9.798 2.450 882 3.332 3.309 Excesso de provisão para devedores
duvidosos
1 ano
5.909 1.477 531 2.008 2.448
Prejuízo fiscal - 0 0 0 0 512
Base de Cálculo Negativa Contribuição Social
4 anos
16.199 0 1.458 1.458 1.745 Total das Provisões Ativas:
3.927 2.871 6.798 8.014 BASES PASSIVAS
Lucro inflacionário – Alíquota Normal (25%) - 0 0 0 0 108 Lucro inflacionário – Alíquota Reduzida
(6%)
-
0 0 0 0 3
Saldo credor Correção Monetária – IPC/BTNf (25%)
-
0 0 0 0 217
Saldo credor Correção Monetária – IPC/BTNf (6%)
-
0 0 0 0 4
Total das Provisões Passivas:
NOTA 13 - EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS Os saldos são compostos como segue:
Vencimento
Final Encargos 2003 2002
Prefeitura Municipal de Campinas – Assunção e Refinanciamento de Dívidas – Medida Provisória nº 1.969-12/2000
2011 Variação do IGP-DI mais
juros de 9,00% a.a. 62.405 61.702
Banco do Brasil 2014 Variação da BTN-TR mais
juros de 11,5% a.a. 33.502 33.566
Caixa Econômica Federal 2019 Variação da UPF e da UPR mais juros de 6,5% a 12,0% a.a.
15.314 12.347
Banco do Estado de São Paulo S. A 2004 Variação da Taxa de Juros de Longo Prazo -TJLP mais
juros de 6,00% a.a. 363
804
Banco ABN AMRO Real S.A. 2008 Variação da Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP mais
juros de 5,99% a.a. 2.138 0
113.722 108.419
Curto prazo (10.449) (8.501)
Longo prazo 103.273 99.918
Através da Medida Provisória n.º 1969-12, de 6 de janeiro de 2000, que estabelece critérios para a consolidação, a assunção e o refinanciamento, pela União, da dívida pública mobiliária e outras que especifica, de responsabilidade dos Municípios, foi celebrado o Contrato de Confissão, Consolidação e Refinanciamento de Dívidas entre a União e a Prefeitura Municipal de Campinas, em 28 de janeiro de 2000. Uma vez que a Sociedade é controlada pela Prefeitura Municipal de Campinas, também usufruiu deste benefício, refinanciando suas dívidas junto às instituições financeiras.
Com base na Lei Municipal n.º 10.147, de 30 de junho de 1999, foram refinanciadas dívidas no montante de R$ 70.201. Este valor refere -se aos financiamentos da Sociedade junto à Caixa Econômica Federal e Banco Interamericano para Reconstrução e Desenvolvimento – BIRD, devidamente atualizado até 31 de dezembro de 2000.
Esta dívida foi repassada para a Prefeitura Municipal de Campinas, conforme Contrato de Confissão e Pagamento de Dívida assinado com a Sociedade, naquela data.
Em 3 de dezembro de 2001, através do Aditamento n.º 01/2001 ao citado contrato, efetuou-se uma amortização extraordinária no montante de R$ 35.137, por intermédio do acordo de compensação de dívidas entre a Sociedade e a Prefeitura Municipal de Campinas. Isso resultou na alteração do vencimento final, que passou de 2030 para 2011, ou seja, a dívida remanescente será paga em 116 parcelas.
Em 28 de abril, 14 de maio e 18 de agosto de 2003, foram assinados contratos de abertura de crédito fixo com o agente Banco ABN AMRO Real S.A., através do programa FINAME, tendo como objeto o financiamento de 27 caminhões, 5 retroescavadeiras, 2 tratores pás carregadeiras e 2 escavadeiras hidráulicas.
Os empréstimos e financiamentos estão garantidos por notas promissórias, cauções de duplicatas, ativos imobilizados (que compõem os sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário de Campinas), arrecadação tarifária, avais e quotas do Fundo de Participação dos Municípios da Prefeitura Municipal de Campinas.
NOTA 14 – RETENÇÕES CONTRATUAIS
Refere-se ao disposto no Instrumento de Cessão e Transferência de Direitos e Obrigações, assinado em 16 de agosto de 1996, entre a Sociedade, a Companhia Brasileira de Projetos e Obras (CBPO), e a Prefeitura Municipal de Campinas, no que tange às retenções efetuadas nas medições das obras referentes à implantação do Sistema de Esgotos da Bacia do Ribeirão Anhumas, por força de uma ação popular em andamento na 3ª Vara Cível da Comarca de Campinas, conforme Termo de Ajuste de Contas, celebrado em 16 de setembro de 1994 entre a Prefeitura Municipal de Campinas e a Companhia Brasileira de Obras e Projetos (CBPO).
NOTA 15 - TRIBUTOS E ENCARGOS SOCIAIS
Tributos Encargos Sociais Total
2003 2002 2003 2002 2003 2002 Parcelados 2.168 4.532 0 0 2.168 4.532 Vencidos 4.173 4.270 0 0 4.173 4.270 A vencer 1.709 1.331 1.852 1.730 3.561 3.061 Diferidos 1.060 601 0 0 1.060 601 Total 9.110 10.734 1.852 1.730 10.962 12.464 Curto Prazo (6.789) (6.478) Longo Prazo 4.173 5.986
Em 26 de agosto de 1998, a Sociedade obteve sentença favorável parcial, em última instância, referente aos recolhimentos do FINSOCIAL, efetuados acima da alíquota de 0,5%, no período de setembro de 1989 a março de 1992. Sobre esse crédito, no montante de 906.527,78 UFIRs, a empresa, em 6 de agosto de 1999, impetrou, junto à Secretaria da Receita Federal, pedido administrativo de atualização. O valor do crédito atualizado resultou no montante de R$ 5.138 em dezembro de 2000. Assim, com base nessa apuração, a empresa procedeu, também em 6 de agosto de 1999, ao pedido de compensação com a COFINS, a pagar entre o período de abril de 1999 a março de 2000. A empresa está aguardando o posicionamento da Secretaria de Receita Federal a este respeito.
NOTA 16 - PROCESSOS EM ANDAM ENTO, CONTINGÊNCIAS
Diversos processos judiciais envolvendo causas trabalhistas e cíveis estão sendo movidos contra a Sociedade. A Administração da Sociedade, consubstanciada na opinião de seus assessores legais, decidiu constituir, em 31 de dezembro de 2003, provisões, para fazer frente a possíveis perdas com os processos que apresentam poucas possibilidades de êxito, conforme demonstradas a seguir: 2003 2002 Cíveis 2.919 3.438 Trabalhistas 4.731 4.118 Fiscais e previdenciárias 1.879 2.016 Ambientais 269 159 9.798 9.731
NOTA 17 - CAPITAL SOCIAL E RESERVAS a) Capital social autorizado
A Sociedade está autorizada a aumentar o seu capital social até o limite de R$ 175.000 mil, correspondentes a 175.000.000 ações ordinárias nominativa s, sem valor nominal.
b) Capital social subscrito e integralizado
O capital social é composto de 121.521.444 ações ordinárias, sem valor nominal, em 31 de dezembro de 2003 (108.452.100 ações em 31 de dezembro de 2002).
A natureza da empresa é a de capital aberto, desde 29 de abril de 1997, conforme registro obtido perante a Comissão de Valores Mobiliários – CVM, sob o código n.º 1.624-1.
c) Remuneração aos acionistas
O Estatuto da Sociedade prevê a distribuição de dividendos obrigatórios de 6% do resultado l íquido, ajustado de acordo com a legislação societária.
A Administração da Sociedade atribuiu no exercício de 2003, a título de juros sobre o capital próprio, o montante de R$ 13.720, incluindo os dividendos mínimos obrigatórios estabelecidos em seu Esta tuto Social. Os juros sobre o capital foram calculados de acordo com o artigo 9º da Lei n.º 9.249/95, artigos 78, 87 e 88 da Lei n.º 9.430/96, com remuneração acumulada através da variação do Índice Geral de Preços para o Mercado da Fundação Getúlio Vargas - IGP-M/FGV, devidamente acordada em Assembléia Geral Extraordinária de acionistas, realizada em 17 de dezembro de 2001. A base de cálculo é correspondente à posição patrimonial de 31 de dezembro de 2002 e ao lucro líquido relativo ao exercício em curso, excluído o ajuste de exercícios anteriores.
A contabilização dos juros sobre o capital próprio foi registrada no resultado do exercício, conforme requerido pela legislação fiscal. Para efeito destas demonstrações contábeis, os juros foram ajustados no resultado do exercício e estão sendo apresentados na conta de lucros acumulados, de acordo com a Deliberação CVM n.º 207/96.
Abaixo demonstramos o cálculo da remuneração dos acionistas:
2003
Lucro líquido do exercício 29.105
( - ) Prejuízos acumulados 0
( - ) Reserva legal 1.455
Base de cálculo dos dividendos 27.650
Dividendos mínimos (6%) 1.659
Parcela complementar 12.061
Juros sobre o Capital Próprio 13.720
d) Reservas de lucros • Reserva Legal
Foi constituída com base em 5% do lucro líquido do exercício, antes de qualquer distribuição, conforme prevê a legislação societária.
• Reserva para Investimentos
A Administração da Sociedade propõe a retenção do montante de R$ 13.930 do lucro líquido remanescente após as distribuições legais e societárias, necessário para assegurar o programa de investimentos constantes do orçamento de 2004, conforme preceitua o artigo 196 da Lei nº 6.404/76.
NOTA 18 - CUSTOS DAS VENDAS E DOS SERVIÇOS PRESTADOS A composição dos custos, por natureza, é a s eguinte:
2003 2002
Sistema Sistema
Descrição Água Esgoto Água Esgoto
Salários e encargos 38.440 12.488 31.451 12.015
Materiais de tratamento 9.179 62 7.769 0
Materiais gerais 7.271 2.447 5.037 2.504
Serviços terceirizados 5.096 2.800 3.578 1.823
Depreciações 6.817 6.029 6.605 5.852
Aluguéis de veículos e máquinas 1.021 925 1.256 1.126
Energia elétrica 10.242 819 8.690 705
Impostos, taxas e contribuições 913 63 800 74
Outros custos 2.133 448 1.081 42
Despesas ativadas (*) (2.093) (2.239) (2.229) (2.363)
Totais 79.019 23.842 64.038 21.778
(*) Esses valores referem -se aos gastos imobilizados, por se relacionarem com obras e serviços executados com recursos própri os.
NOTA 19 – DESPESAS COMERCIAIS E ADMINISTRATIVAS
A composição destas despesas, por natureza, é a seguinte:
Descrição 2003 2002 Comerciais Salários e encargos 8.195 5.732 Materiais 642 455 Serviços terceirizados 256 262 Depreciações 73 70
Provisões para devedores duvidosos (1.293) (667) Perdas no recebimento de créditos (art. 9º - Lei n.º 9.430/96) 11.711 11.708
Impostos, taxas e contribuições 23 2
Despesas gerais 185 187
Totais das despesas comerciais 19.792 17.749
Descrição 2003 2002 Administrativas Salários e encargos 17.991 18.453 Materiais 915 1.650 Serviços terceirizados 9.558 9.106 Depreciações 641 786
Provisões para devedores duvidosos do Realizável a L. Prazo 1 1
Aluguéis de veículos 1.159 1.297
Aluguéis de equipamentos de informática e copiadoras 1.699 991
Impostos, taxas e contribuições 2.925 2.019
Despesas bancárias 1.697 1.698
Outras contingências 67 1.572
Despesas gerais 4.365 3.987
Totais das despesas administrativas 41.018 41.560
Outras receitas e despesas operacionais
Recuperação das perdas no recebimento de créditos 2.878 3.304
Demais receitas operacionais 500 866
Totais das outras receitas e despesas operacionais 3.378 4.170
NOTA 20 – RESULTADO FINANCEIRO
Descrição 2003 2002 Receitas financeiras
Juros ativos de mútuos 0 0
Juros de moras sobre arrecadações 2.837 2.921
Variações monetárias de mútuos 0 0
Variações monetárias de arrecadações 2.170 1.607
Rendimentos de aplicações financeiras 8.054 3.833
Outras 256 173
Totais das receitas financeiras 13.317 8.534
Despesas financeiras
Juros passivos 10.431 9.756
Variações monetárias passivas 12.313 17.567
Juros – encargos sociais e fiscais 858 789
Descontos concedidos 1.522 1.549
Juros sobre capital próprio 13.720 9.919
Variações cambiais (art. 1º M.P. 1.818/99) 71 285
Outras 427 410
Totais das despesas financeiras 39.342 40.275
NOTA 21 - INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Conforme estabelece a Instrução CVM n.º 235/95, acha-se evidenciado, a seguir, o valor contábil dos instrumentos financeiros reconhecidos nas demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2003:
Ativo R$ Passivo R$
Disponibilidades 1.363 Financiamentos de curto prazo 10.449 Aplicações financeiras 5.717 Financiamentos de longo prazo 103.273 Bancos – contas vinculadas 12.838 Partes relacionadas 11.095
Partes relacionadas 50
Investimentos 50
Total 20.018 Total 124.817
Os valores contábeis dos ativos e passivos financeiros acima correspondem substancialmente ao seu valor estimado de mercado.
Derivativos Financeiros
A Sociedade não atua nos mercados de derivativos, bem como não possui instrumentos financeiros que não estejam reconhecidos no seu balanço patrimonial.
NOTA 22 – COMUNICADOS AO MERCADO
Nos termos da Instrução CVM nº 3 58, de 03 de janeiro de 2002, a Sociedade publicou, em jornais de grande circulação, os seguintes Comunicados ao Mercado:
a) Em 15 de janeiro de 2003, comunicando a assinatura do Contrato de Financiamento e Repasse dos recursos do FGTS, tendo como agente financeiro a Caixa Econômica Federal. O objeto deste contrato refere-se ao empréstimo no valor de R$ 40.000, equivalente a 80% do investimento previsto para a construção da Estação de Tratamento de Esgoto Anhumas, estimada em R$ 50.000.
b) Em 23 de julho de 2003, comunicando através da Resolução Tarifária nº 01/03, o reajuste das tarifas de serviços de abastecimento de água, coleta e afastamento de esgoto, aplicando-se o percentual de 19,64%, a vigorar a partir desta data.
c) Em 29 de agosto de 2003, comunicando a nomeação para membro do Conselho de Administração do Sr. Ari Vicente Fernandes, em substituição a Conselheira Ernestina Gomes de Oliveira, através de Reunião de seu Conselho de Administração, realizada em 27 de agosto de 2003.
d) Em 06 de outubro de 2003, comunicando a destituição pela acionista majoritária, Prefeitura Municipal de Campinas, do Sr. Vicente Andreu Guillo de suas atribuições como Presidente do Conselho de Administração e Diretor Presidente, publicada no Diário Oficial do Município de Campinas de 04 de outubro de 2003. Esta decisão foi submetida à apreciação de Assembléia Geral Extraordinária do dia 23 de outubro de 2003.