Navegando na Crise: Vantagens e
Desvantagens
- Brasil: Vulnerável à Crise?
- Por que Ainda Estamos Positivos? - Onde Estamos Pior?
Balanço de Pagamentos: muito melhor que nas crises de 1997, 1998, 2001 e 2002
NFE está num patamar menor;
Reservas Internacionais acima de US$ 200 bi;0 50,000 100,000 150,000 200,000 250,000
jan/99 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08
-10,000 0 10,000 20,000 30,000 40,000 50,000
Reservas Internacionais NFE (-1) D
Reservas Internacionais e NFE (US$ Mi)
Necessidade de Financiamento Externo (NFE) = IED - Déficit em CC
Condições Fiscais: Menor Vulnerabilidade
Relação dívida/PIB segue em queda (16% do PIB em seis anos);
Composição: Tesouro agora é credor líquido em dólar e dívida ficoupredominantemente prefixada (60%); -20% 0% 20% 40% 60% 80% 100%
Câmbio Pré Preços Selic Outros
Composição da Dívida Mobiliária por Indexador
2002 2008
Fonte: STN, CS Fonte: BCB e CSHG
Depreciação do câmbio ajudará a conter déficit da Conta Corrente
Fonte: BCB e CSHG
A Conta Corrente está, de fato, ficando mais cíclica Î perda de importância da conta de juros e ganho do saldo comercial e das remessas. Com isso, o próprio
saldo da conta corrente está mais elástico ao câmbio.
BP Privado = Conta de Capital e Financeira Mudou Definitivamente Para Pior
Fonte: BCB e CSHG
Colocando um padrão de rolagem apenas ligeiramente melhor do que 2002 (50%) e supondo o resto das fontes de financiamento em condições também próximas ao visto naquele ano, os
juros das reservas zeram o Hiato Privado (US$7,0 bi).
Com um câmbio em R$2,50, há sobras de fluxo, mesmo considerando como padrão de financiamento o observado em 2002.
Queda no Preço de Commodities X Novo Patamar do Câmbio: Receita ainda é maior do que em 2007!
Importância do Câmbio para Exportações Líquidas: mesmo que as commodities caiam mais 20% e que a quantidade caia 10%, o câmbio a R$2,2 deixa as Receitas Líquidas de Commodities acima de 2007. (Incluindo Exportação e Importação de todas as Commodities, combustíveis inclusive).
52,5 71,4 81,4 86,2 90,6 87,5 101,5 93,1 0 20 40 60 80 100 120 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Receita Líquida de Commodities em R$ Bi - Brasil
Crédito: comparação internacional
Crescimento do Crédito no Brasil foi puxado pelo Crédito ao ConsumidorFonte: BBM,
Crédito: comparação internacional
Crédito Imobiliário: apesar da melhora no marco regulatório, ainda muito baixo no Brasil; Não existe alavancagem;
Deverá enfrentar período mais difícil em 2008-09;Fonte: BBM,
Crédito: comparação internacional
Credito Corporate Brasil: considerando apenas recursos livres, é de 12,6% PIB;
Risco: operações com derivativos das empresas;Fonte: BBM,
Distorções ajudam neste momento....
Crédito vai arrefecer (e ajudar na desaceleração da atividade), mas não teremos crise bancária;
BC já reduziu compulsório em R$160 bi e ainda temos alíquota de 47% sobre Depósitos à Vista;Fonte:
Demanda por Crédito também vai diminuir ...
-Crescimento do crédito vai diminuir: taxas de juros mais altas e prazos menores.
- Considerando prazo médio de 15,3 meses em 2008 e 9,3 em 2009 e taxa de juros média de 49% em 2008 e 62% em 2009.
Fonte: BCB, IBGE e CSHG
* Massa Real/Prestação Mensal Total (Valores IPCA Ago/08)
60 70 80 90 100 110 120
mar/02 mar/03 mar/04 mar/05 mar/06 mar/07 mar/08 mar/09 Affordability (Valores IPCA Ago/08) *
Banco Central mais Hawkish do Mundo
Fonte: Bloomberg
Juros de 2 Anos (% ano)
0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00 12.00 14.00 16.00 18.00
nov/06 fev/07 mai/07 ago/07 nov/07 fev/08 mai/08 ago/08
Brasil Rússia India China
A Oportunidade do Ciclo: Demanda Doméstica Acima de 4%
Fonte: IBGE e CSHG
Mesmo com Aumento da Taxa de Juros, a Demanda Doméstica vai Crescer a 4%, muito acima do ciclo de 2005 e 1999-2003.
O “Crowding-In” do Setor Privado: Mesmo na Crise
Fonte: IBGE e CSHG Fonte: BC e CSHG
Queda na Taxa de Juros
Reduz Necessidade FinanciamentoSetor Público
Sobra Mais Recursos para Investimento PrivadoPara Ter uma Dimensão Histórica: Estamos Muito Além do Ciclo
Taxa de Investimento e a Importância do Setor Público
Brasil: Formalização das Empresas e Mercado de Trabalho
Brasil: economia informal era muito grande, estamos virando um país formalMais Crescimento de Longo Prazo Investimento e
Produtividade Maiores Mais Crescimento de LP
Onde estamos Pior: Paralisação Reformas Política Fiscal Expansionista Falta Infra-Estrutura
4 1 4 2 4 2
3 9
1 8
2 1 2 2 2 4
1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2
Longa Agenda de Reformas em Períodos Difíceis
- Fim do Monopólio Estatal na Mineração, Óleo, Gás, Telecom - Equiparação Capital Estrangeiro e Local - Privatização da VALE - Ajuste Fiscal dos Estados: Renegociaç ão Dívidas Estaduais - Criação das Agências Reguladoras - Expansão do Programa de Privatizações - Reforma da Previdência I: idade mínima para novos servidores, limites à aposentadoria proporcional - Privatização do Sistema Telebras - Reforma da Previdência I instituição do fator previdenciário - Sistema de Metas de Inflação - Lei de Responsabilidade Fiscal
Reformas e Avaliação Ótimo/Bom dos Governos
FHC I
Popularidade Alta, Crises Econômicas: Agenda Reformista
FHC II
Popularidade Baixa, Crises Econômicas: Agenda Interrompida no Fim do Mandato
45 34 32 43 50 58 2003 2004 2005 2006 2007 2008 ... Interrompida na Bonança - Reforma da Previdência II: - Crédito Consignado - Fim da Cumulativid ade PIS/Cofins - Reforma do Judiciário - Reformulação Mercado Imobiliário
Reformas e Avaliação Ótimo/Bom dos Governos
- MP 281
“... como eu tenho sorte, se Deus quiser, eu vou arrecadar os 40 bilhões que eles (a oposição) me tiraram, vou fazer todos os programas que eu queria fazer na área da Saúde e eles vão ficar com mais raiva ainda, porque as coisas vão acontecer da mesma forma.”
Crescimento Econômico e Escala das Políticas Sociais Explicam a Alta Popularidade do Governo
Percentual de Domicílios que Receberam Dinheiro de Programas Sociais do Governo
Duas Conseqüências:
1) Fim do Coronelismo;
2) Movimentos Sociais Enfraquecidos
Queda nas Tensões Sociais
Governo Federal Ocupa o Espaço das Lideranças Regionais e dos Movimentos Sociais Fonte: IBGE, PNAD 2006
Sem Reforma Tributária: Entulho Tributário Permanece
Brasil: uma das maiores cargas tributárias dos emergentes, ao lado de Rússia (petróleo) e Israel (guerra);
Espaço para elevar carga tributária é muito reduzido;
Concentração em Tributos para Previdência (Salários) e Bens e Serviços
Tributos sobre Bens e Serviços: mais elevado em toda A.Latina com estrutura complexa (IPI, ICMS, ISS, PIS/COFINS e IOF). Geração de ineficiência e estímulo à informalidade.
Brasil Média EM
Carga Tributária Total 32,4% 23,3%
Tributos Previdência 7,8% 2,9%
Tributos Bens e Serviços 14,5% 7,9%
Tributos Renda/Lucro 5,8% 5,8%
Tributos Propriedade 0,9% 1,1%
Tributos Comércio Internacional 0,9% 1,1%
Demais 2,5% 4,5%
Carga Tributária: Brasil e Demais Emergentes (%PIB)
Emergentes: Chile, China, Israel, Coréia, México, Rússia, África Sul, Tailândia, Colômbia, Argentina, Bolívia, Indonésia, Uruguai, Venezuela e Peru.
Farra Fiscal no Funcionalismo
Quando reajustes forem incorporados, Gastos com Pessoal terá retomado maior patamar desde 1997;
Aumento de Gastos Obrigatórios deixou pouco espaço para política fiscal anti-cíclica.
Principais Gastos Governo: Previdência e Benefícios Sociais, acima de nossos pares e limitando os Investimentos Públicos
Gastos com Benefícios Sociais (% do PIB)
0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% 16% 18% 20% H ungr ia P o lôni a Br as il No va Ze lâ n d ia Au st rá lia U rugua i R ú ssia Co lô m b ia A rge nt in a Á fr ica d o Su l Co ré ia Ve n ez u el a C in g apur a Tur q u ia Ta ilâ ndi a Ch ile Ma lá si a Indo né si a F ili pi na s Fonte: FMI e STN Fonte: FMI e STN
Gastos com Pessoal (% do PIB)
0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% Hu n g ri a Á fr ica d o Su l C o lô m b ia Po lô n ia B rasil Au st rá lia No va Ze lâ nd ia Ar g en ti n a R ú ssia Ta ilâ n di a Ur u g u ai Ma lá si a Tur q u ia Ch ile Fi lipi n as Ci n g ap u ra Ve n ez u el a Co ré ia In d o n ésia
Despesas Discricionárias: Não há espaço para política fiscal anti-cíclica
Do Total de Despesas do Tesouro, apenas 8,5% são realmente Discricionárias, incluindo Investimentos;
Todas as Demais Despesas são Obrigatórias, não podem ser cortadas ou redirecionadas.
A Questão da Infra-Estrutura
Ficamos para Trás na Oferta de Infra-Estrutura
Fonte: Afonso, Schuknecth e Tanzi (2003), (2006) e Banco Mundial
IPCA: Câmbio, Inércia, Mercado de Trabalho e Política Fiscal Expansionista
Diferentemente do resto do mundo, inflação no Brasil não irá cair com queda da commodities: será amortecida pela depreciação do câmbio;
Pass-through do câmbio vai elevar inflação: com R$2,2/US$, IPCA 2008 a 6,8% e 2009 a 5,3% Cada 10% depreciação, impacto de 0,55 pp no IPCA;
Inflação Headline e Serviços YoY: Inflação Persistente
-4 -2 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
jan/98 jan/99 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08
IPCA
Inflação de Serviços
Câmbio e Inflação de Tradables YoY
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 jul/0 2 nov/02mar /03 jul/0 3 nov/03mar /04 jul/0 4 nov/04mar/0 5 jul/0 5 nov/05mar /06 jul/0 6 nov/06mar /07 jul/0 7 nov/07mar /08 jul/0 8 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60
Tradables Ex-Food Items (E) Câmbio YoY (D)
Fonte: IBGE e CSHG Fonte: IBGE e CSHG
IPCA: Inércia, Câmbio, Mercado de Trabalho Apertado e Política Fiscal Expansionista
Serviços e Administrados: Inércia elevada no IPCA; Redução Gradual da Inflação;
Choque no melhor momento do mercado de trabalho: Dissídios Elevados Política Fiscal Expansionista;
Incertezas Políticas à Frente (Pós-Lula): inflação longa tem que ter prêmio.
E Tudo Reequilibra com Mais Inflação BRASIL = ___________________________________________________________ + Governo Gastador + Dissídios Elevados + Depreciação do Câmbio + Setores Oligopolizados + Falta de Infra-Estrutura
+ Indexação Ainda Muito Forte (“Agflation is Inflation” no Brasil) ___________________________________________________________ = INFLAÇÃO
Comparação entre os Emergentes - GS
Fundamentos do Brasil na visão do mercado
Notas para Exposição Relativa dos Países à Crise Financeira:
Notas de 0 a 10 foram criadas, sendo que a nota 10 reflete o país mais exposto. Fonte: GS Global Economics Weekly - Issue No.: 08/34 - October 8, 2008
Comparação entre os Emergentes - UBS
Fundamentos do Brasil na visão do mercado
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