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NBR-iso um marco para a Gestão de Ativos

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um marco para a

Gestão de ativos

IMPRESSO. PODE SER ABERTO PELA ECT

a n o 2 7 e d iç ã o 15 4 I S S N 0 1 0 2 - 9 4 0 1

NBr-iso 55000

Leia também:

Infra

Novas tecnologias

ajudam no plano

de manutenção

de elevadores

CarreIra

MBAs e Cursos de

curta duração para

romper fronteiras

profissionais

requisitos da norma

buscam aprimorar a atuação

das empresas brasileiras e

são aplicáveis a qualquer

tipo de organização

(2)

2 REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS

(3)

3

Palavra do Presidente

REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS

João RicaRdo BaRusso LafRaia, presidente da ABRAMAN

NBR-ISO 55000

aBRe uma

NOva eRa

çou-se sobre a nova norma, em português, no

âmbito da Comissão de estudo especial de

Ges-tão de ativos, coordenada pela abraman e pelo

Instituto Brasileiro do Cobre, para adequação da

ISO 55000:2014 a nossa realidade e disseminação

dos seus conceitos.

a abraman foi pioneira na matéria ao publicar,

no Brasil, a PaS 55, o embrião da ISO 55000:2014,

desenvolvida pelo Instituto de Gestão de ativos

do Reino unido (Iam) e pela British Standards

Institution e liderou os esforços para que a

publi-cação da NBR-ISO 55000 fosse simultânea à

nor-ma internacional.

O processo é irreversível e a publicação da série

ISO 55000:2014 demandará a formação de

audi-tores credenciados, com conhecimento específico

em Gestão de ativos, para conduzir o processo

de certificação de empresas, algo que teve início

com a PaS 55 e que, a partir de agora, adquire uma

nova dinâmica com a norma internacional.

ativos e valores que formam a base para a

sus-tentação e sucesso dos negócios. a certificação

pela NBR-ISO 55000:2014 será a chancela com

reconhecimento internacional para atestar

exce-lência de gestão e abrir para as empresas o

exclu-sivo clube das organizações de classe mundial.

entramos, definitivamente, na nova era de

Gestão de ativos.

a

publicação da nova norma ISO 55000:2014

é um marco histórico no desenvolvimento

da gestão de excelência nas empresas e

sinaliza uma mudança de patamar para a

comuni-dade de manutenção e Gestão de ativos.

Fundada no pós-guerra com o objetivo de

pa-dronizar normas e procedimentos e oferecer

es-pecificações no estado da arte para produtos,

ser-viços e boas práticas, a International Organization

for Standardization (ISO) tem impactado

decisi-vamente a indústria, a nível mundial, tornando-a

mais eficiente e ajudando a romper barreiras para

o comércio global.

mais de 19500 normas internacionais já foram

publicadas pela organização, desde sua fundação,

com foco em aspectos tecnológicos e empresariais

em, virtualmente, todos os segmentos econômicos.

a grande novidade da nova norma é que, pela

primeira vez em sua história, a ISO envereda pela

seara da Gestão de ativos, ao propor princípios e

terminologias padrão, que irão ajudar a desenhar

e equalizar modelos avançados de

administra-ção para organizações de todos os tipos e

tama-nhos, desde a fase de planejamento de plantas

e produtos, até o descarte final de máquinas e

equipamentos.

a associação Brasileira de Normas Técnicas

(aBNT), que representa a ISO no Brasil,

(4)

notas

F

oi apresentado em janeiro, na estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro, o primeiro trem, com oito carros, adquirido e fabricado no Brasil. A previsão é que esta composi-ção inicie sua operacomposi-ção plena até o fim de março.

“A renovação da frota dos trens do Rio será acelerada pela aquisição das composi-ções fabricadas no País e que adquirimos com quatro anos de antecedência. Os nos-sos investimentos para revitalizar o sistema ferroviário do Rio de Janeiro contemplam a aquisição de novos trens, além de reformas de estações, troca de trilhos e dormen-tes e a renovação da rede aérea”, afirmou o presidente da SuperVia, Carlos José Cunha. Todos os 80 novos carros nacionais contarão com design inovador, ar-condiciona-do, passagem interna entre os vagões, sistema que não permitirá a abertura de portas durante as viagens, circuito interno de câmera e painéis de LED, e capacidade para transportar até 2.600 passageiros por composição. O investimento total é de R$ 280 milhões e contempla, também, a construção de uma fábrica de montagem de trens nas dependências da empresa, em Deodoro, que será utilizada para concluir a produ-ção das composições.

SuPERViA APRESEnTA TREm nACiOnAL COm OiTO VAgõES

Filiais

8

Carreira

10

Sustentabilidade

13

Infraestrutura

14

Capa

18

é uma publicação bimestral da abraman associação Brasileira de Manutenção e Gestão de ativos

Av. Marechal Câmara 160, grupo 320, Edifício Orly - Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20 020-080 Tel: (21) 3231-7000 / Fax: (21) 3231-7002 / www.abraman.org.br

Críticas, dúvidas e sugestões: revistamanutencao@abraman.org.br

MEMBRO FUNDADOR DO GLOBAL FORUM

ANO 27 - EDiçãO 154

ÍnDICE / ExpEDIEntE

Opinião -

Jorge L. Videira

22

Coluna Internacional

23

Artigo -

João Ricardo Barusso Lafraia

24

Trabalho Técnico

26

ConsElho EDItorIal: Alexandre Fróes (NSK); Antonio Carlos Vaz Morais (PETROBRAS); Arlete Paes (SKF); Bruno Ferreira (CEGELEC);

Carlos Alberto Barros Gutiérrez (NM ENGENHARiA); Eduardo de Santana Seixas (RELiASOFT); Fabiana Gimenez (SKANSKA); Fabio Gomes (ABRAMAN); Joazir Nunes Fonseca (ELETROBRÁS - UNiSE); Renata Gonçalves Ramos (COMAU); Wagner Gorza (ARCELORMiTTAL);

proDução: Comunicação interativa Editora - Tel: (11) 3032.0262 - JORNALiSTA RESPONSÁVEL: Jackeline Carvalho (MTB 12456);

CONSULTOR EDiTORiAL: Antonio Alberto Prado (AAPrado & Associados); REPORTAGEM: Murilo Tomaz, Jackeline Carvalho, Luciana Robles e Mayra Feitosa; DiREçãO COMERCiAL: Marcelo Leite Augusto; DiREçãO DE ARTE: Ricardo Alves de Souza; FOTO DA CAPA: Dreamstime

REViSTA

investimento de R$ 280 milhões inclui a construção

de uma fábrica de montagem das composições

(5)

5 REViSTA MANUTENçãO & GESTãO DE ATiVOS

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(7)
(8)

8

FILIAIS

REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS

Encontro também abordou a importância da Manutenção

como elemento de sustentabilidade das organizações, além de

discussões técnicas sobre as normas PAS 55 e ISO 55000.

FIlIAl X PrOMOvE EvEntO SObrE A

IMPOrtâncIA dA GEStãO dE AtIvOS

FIlIAl X (MA-PI)

A

Filial X (MA-PI) da Abraman promoveu, no dia 9 de dezembro, o 7o Seminário Maranhense de

Manuten-ção, na cidade de São luís, no Hotel luzeiros.

O tema do evento foi “A importância da Gestão dos

Ativos na competitividade das empresas”, e sua

pro-gramação incluiu apresentações sobre o tema, sobre a importância da Manutenção como elemento de susten-tabilidade das organizações, além de discussões técnicas sobre as normas PAS 55 e ISO 55000.

O gerente executivo da Abraman, Athayde tell ribeiro, proferiu palestra representando o presidente da

Abra-man, João ricardo barusso lafraia. cerca de 50 pessoas participaram do evento, entre técnicos, engenheiros, ge-rentes, diretores e demais profissionais ligados direta ou indiretamente a área de Manutenção.

Esses profissionais tiveram a oportunidade de partilhar experiências, além de poderem estar em contato com te-mas relativos ao progresso tecnológico e as modernas técnicas de gerenciamento e execução da Manutenção.

O evento contou com o patrocínio da cEMAr (com-panhia Energética do Maranhão) e o apoio da Funda-ção Gorceix. l

(Acima) Alan Kardec, coordenador da comissão de Gestão de Ativos da Abraman, João Esmeraldo, professor da Fundação Gorceix, chrysthian Almeida, diretor da cemar, e césar lobato, diretor da Filial X da Abraman.

(9)

9 REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS

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REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS 10

CARREIRA

A

lgumas das mais tradicionais instituições universitárias bra-sileiras têm mantido parce-rias com a Abraman para a oferta de cursos de graduação, pós-graduação e MBA em Manutenção, com preços especiais para os associados.

Na lista dos melhores programas oferecidos, destacam-se a Escola Politécnica da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro, que

rea-Abraman renova aliança com universidades em todo o País

para oferecer oportunidade de formação aos associados

INVESTINDO NA CARREIRA

liza o MBA-ENGEMAN também em conjunto com o COPIMAN; a UFF – Universidade Federal Fluminense; a PUC, de Minas Gerais e a INPG/ Sustentare, de Santa Catarina. Nes-tes cursos, além dos descontos nas mensalidades, são oferecidas outras vantagens para os associados indivi-duais da Abraman que estiverem em dia com suas anuidades.

Os cursos de pós-graduação lato

sensu (MBA e Especialização) têm

car-ga mínima de 360 horas, conforme exigência do MEC. Como exemplo, o

MBAENGEMAN – Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção,

está com as matrículas abertas para sua 28ª Turma, com início marcado para 15 de março de 2014, com dura-ção de 400 horas (veja mais na repor-tagem “28ª turma da UFRJ”).

Outras instituições empenhadas

(11)

REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS 11

28

a

TURMA dA FEdERAl dO RIO dE JANEIRO

O

MBA-ENGEMAN - Pós-Graduação Lato Sensu em Engenharia de Manutenção, realizado em parceria

pela Escola Politécnica da UFRJ e o COPIMAN, com apoio institucional da Abraman, está com as matrículas abertas para sua 28a Turma, com início marcado para 15 de

mar-ço de 2014. O MBA-ENGEMAN tem uma duração de 400

horas e as aulas são ministradas aos sábados, nas instala-ções do Centro de Tecnologia da UFRJ, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro, com estacionamento assegurado.

Este curso, que já se tornou um referencial de exce-lência no mercado, está estruturado em 40 disciplinas distribuídas por 8 Módulos e um conjunto de atividades suplementares, abordando: Administração Estratégica da Engenharia de Manutenção; Planejamento e Contro-le da Função; Gerência Otimizada de Pessoal; Gestão de Recursos Materiais; Técnicas e Procedimentos da Manu-tenção Moderna; Controle Avançado de Custos; Modelos de Gestão da Qualidade para Alavancagem da

Ativida-de; Papel da Manutenção na Preservação da Segurança, Meio Ambiente e Saúde. Contando com um corpo do-cente altamente qualificado, constituído por professo-res, mestres e doutores formados nas mais conceituadas universidades do Brasil e exterior, além de especialistas com larga experiência em grandes empresas nacionais e estrangeiras, o MBA-ENGEMAN promove maior produti-vidade, competitividade e sustentabilidade empresariais, incremento dos níveis de qualidade, segurança, saúde e respeito ambiental e otimização dos índices de confiabili-dade e disponibiliconfiabili-dade, favorecendo ainda o aumento da empregabilidade e a ascensão profissional. Tais resultados são atestados pelos 810 profissionais pós-graduados nas 27 Turmas realizadas desde 1995, oriundos de mais de 400 renomadas empresas e instituições, e estão respaldados na concepção do programa ministrado sempre com gran-de sucesso, agran-dequando as monografias gran-de conclusão do Curso à aplicação direta nas organizações participantes. nestes programas avançados são a

Unicastelo, de Campinas, SP - que já mantém, em associação com a Pragma Academy, parceria com a

Abraman para a realização de seu

MBA em Gerenciamento da Enge-nharia de Manutenção e concede

viagem-prêmio à África do Sul, sede

da Pragma, para o melhor Trabalho de Conclusão de Curso – a FGV, do Rio de Janeiro, e a UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná. l

PÓS GRADUAÇÃO EM MANUTENÇÃO (Latu Sensu) APOIADAS PELA ABRAMAN

Universidades Cidade Curso Início e Turma (2014) Especiais para Condições

ABRAMAN Mais Informações Website

UFRJ (Escola Politécnica)

Rio de Janeiro

(RJ) (MBA - ENGEMAN)Eng. Manutenção 15 de março28ª turma Desconto para Associados Individuais mba_engeman@poli.ufrj.br; jhbenzecry@yahoo.com.br (21) 2562-7280 / 25627290 www.poli.ufrj.br Unicastelo Campinas

(SP) MBA Gerenciamento da Engenharia de Manutenção

12 de abril

8ª turma Desconto para Associados Individuais pragma.academy@ pragmabrasil.com.br (11) 3395-8081 /(19) 3327-1719 www.pragmabrasil.com.br UFF

(LATEC) Niterói (RJ) Produção e Manutenção Gestão Estratética da (MBA - GPM)

2ª semana de abril

14ª turma Desconto para Associados Individuais

mba@latec.uff.br

(21) 2629-5619 / 2629-5621 www.latec.uff.br

INPG Joinville

(SC) Engenharia da Manutenção 21 ou 22 de fevereiro 16ª turma Desconto para Associados Individuais

sustentare@sustentare.net

(47) 3026-4950 www.sustentare.net

UNIVIX Vitoria

(ES) Engenharia da Manutenção 7ª turmaAbril especificamente Contrapartida compactuadas

posgraduacao@univix.br

(27) 3335-5616 www.univix.br

PUC-MG Belo Horizonte

(MG) Engenharia da Manutenção 31 de Março21ª turma especificamente Contrapartida compactuadas

atendimento@pucminas.com.br

(31) 3319-4444 / 3269-3259 www.pucminas.br/iec

(12)

12

CARREIRA

REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS

MBA em Gestão de Ativos está em linha com exigências do Global Forum

CURSOS DE CURTA DURAÇÃO EM GESTÃO DE ATIVOS

A

lém dos cursos de MBA, a Abraman, através da Comissão de Educação Continuada – CEC, concluiu o modelo e o acordo de parceria com instituições de ensino para a realização de sete cursos de curta duração, com disciplinas e ementas extraídas do curso de MBA. O lançamento destes cursos ocorrerá ainda neste primeiro semestre.

ABRAMAN INVESTE NA

FORMAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO

DE PROFISSIONAIS

O ano de 2013 marcou uma nova etapa para a Abraman e toda a co-munidade de Manutenção do Bra-sil. Foi o ano da consolidação de todo o processo prepa-ratório para a definição do curso de MBA em Gestão de Ativos que a entidade está conduzindo em sintonia com o “Global Forum”, organização constituída pela Austrália, África do Sul, Brasil (Abraman), Canadá, Estados Unidos, França e Inglaterra.

O Congresso Brasileiro e o Congresso Mundial de Manu-tenção e Gestão de Ativos, realizados em Salvador (BA), ano passado, além do foco em Gestão de Ativos, contou com reconhecidos conferencistas internacionais e brasileiros que brindaram os congressistas com o que há de mais atual neste importante e indispensável novo processo de gestão. A Abraman, através da comissão de Gestão de Ativos – CGA, formatou as ementas e a programação de cada disciplina em sintonia com o Global Folrum, composta

de 32 disciplinas, agrupadas em seis grandes blocos. Como última etapa do processo, a Abraman já firmou acordo de parceria com duas importantes instituições de ensino do Brasil e está negociando um terceiro acor-do. As duas instituições já formalizadas são: a Fundação

Gorceix, ligada à Universidade Federal de Ouro Preto,

em Minas Gerais, que foi a primeira instituição a formali-zar o acordo; e a Universidade Tecnológica Federal do

Paraná (UTFPR). Estas instituições já abriram o processo

de inscrições, estando previsto o início das aulas para o primeiro semestre de 2014.

Contato para informações:

• FUNDAÇÃO GORCEIX: Tel.: (31) 3551-3886 / 8828-9091 www.acttmg.com.br • UTFPR Tel.: (41) 3310.4934 email: rigoni@utfpr.edu.br rodrigo@utfpr.edu.b CURSOS DISPONÍVEIS

• CONCEITOS BÁSICOS E SISTEMAS DE GESTÃO DE ATIVOS – 40h • ATIVIDADES TÉCNICAS DA GESTÃO DE ATIVOS – 24h

• ORGANIZAÇÃO E PESSOAS EM GESTÃO DE ATIVOS – 24h

• GESTÃO DE COMPRAS E DE ESTOQUE EM GESTÃO DE ATIVOS – 16h • GESTÃO OPERACIONAL DE ATIVOS – 32h

• FUNDAMENTOS ECONÔMICOS PARA A GESTÃO DE ATIVOS – 32h • GESTÃO DA CONFIABILIDADE E RISCOS EM GESTÃO DE ATIVOS – 40h

(13)

SUSTENTABILIDADE

O

Ministério do Meio Ambiente (MMA) realiza anualmente, desde 1992, a pesquisa “O que o brasileiro pensa do meio am-biente e do consumo sustentável”. Em 1992, 46% não mencionavam um problema ambiental em sua cidade por desconhecimento. Em 2012, a por-centagem caiu para 10%. O resultado mostra o aumento da preocupação do brasileiro com problemas ambientais.

E como a nova forma de pensar o meio ambiente atinge todas as áreas da economia, as empresas e indús-trias veem-se cada vez mais compe-lidas a adotarem soluções e políticas voltadas para o desenvolvimento sustentável. Mas as empresas, antes, analisam o custo-benefício.

“A maioria delas olha o custo da solução, o meio ambiente entra como segundo plano. Ainda é pre-ciso uma mudança cultural”, afirma Marcos Camasso, sub-gerente de Vendas Químicas da Walter, empresa criadora de uma solução de limpeza para manutenção que está ganhan-do espaço no mercaganhan-do.

O sistema em questão é o Bio--Circle, solução que visa substituir alguns produtos utilizados durante a limpeza de peças para a manutenção por uma solução à base de água com microorganismos vivos.

Isso porque, nas indústrias, a área de manutenção geralmente lida com produtos que trazem malefício ao ambiente e ao trabalhador: áci-dos graxos, óleos, lubrificantes. E, para a limpeza, solventes.

Líquido com microorganismos vivos transforma óleo e graxa em água e CO

2

SOLuçãO pArA LIMpEzA E MAnutEnçãO

fOCA EM SuStEntABILIdAdE

O documento “diretrizes para a vigilância do câncer relacionado ao trabalho”, divulgado pelo Instituto nacional do Câncer (InCA) em 2012, aponta que entre os fatores ambien-tais e ocupacionais relacionados com o câncer, destacam-se os sol-ventes, o tetracloroetileno e o estire-no, comumente utilizados para lim-peza. Ainda segundo o documento, “o foco da prevenção para o câncer do pâncreas é a identificação e a eli-minação da exposição”.

Avanços tecnológicos e químicos permitem que a exposição seja mi-nimizada. um exemplo é o sistema defendido por Camasso. A solução é composta de uma cuba, de 1,10 m, que pode ser adaptada. “Ela pode ser adaptada a qualquer ambiente, des-de que o cliente queira fazer limpeza

manual”. Esta cuba contém um líqui-do com microorganismos vivos, que transformam óleo e graxa em água e gás carbônico.

“normalmente, o pessoal usa sol-vente para fazer a limpeza, que é agressivo ao ambiente, para o ope-rador, e você tem desgaste e res-secamento de borracha. A solução limpa tão bem quanto o solvente, mas é um produto à base de água”, diferencia Camasso. “O microorga-nismo é aeróbico e tem inibidor de corrosão”.

Soluções com foco em meio-am-biente tendem a ser cada vez mais adotadas, até mesmo como forma de preservação da imagem frente aos clientes. Competitividade, lem-bra Camasso, também passa pela construção da imagem. l

(14)

14

Infra

REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS

NOVAS TECNOLOGIAS

AJUDAM NO PLANO

DE MANUTENÇÃO DE

ELEVADORES

Qualidade dos serviços passa pela manutenção preventiva periódica dos

equipamentos; e modernização pode ser alternativa para elevadores antigos

D

isponibilidade e segurança são as principais palavras quando se trata de elevado-res, e a garantia destes requisitos pas-sa, antes de tudo, por um plano de ma-nutenção bem estabelecido. Hoje, as empresas que trabalham com eleva-dores dispõem de novas tecnologias que auxiliam na avaliação

de desempenho dos equi-pamentos. Elas também oferecem alternativas que modernizam as funções do ativo. No entanto, na hora de fechar o contrato com uma empresa do ramo é importante conhecer e se certificar sobre o seu plano de manutenção preventiva periódica.

De acordo com o diretor comercial e de operações da Atlas Schindler, Francis-co BosFrancis-co, a manutenção periódica é essencial, por-que é neste momento em que são verificados tanto os itens responsáveis pelo bom funcionamento do

equipamento, como, principalmente, pelos aspectos relacionados à segu-rança dos usuários.

Ele explica que nas grandes metró-poles, como São Paulo e Rio de Janei-ro, a periodicidade das manutenções preventivas é definida por Leis Muni-cipais, sendo realizadas

mensalmen-te. Independente disso, a Atlas Schin-dler definiu como padrão a realização das manutenções preventivas men-sais em todos os equipamentos sob seus cuidados técnicos, mesmo nas cidades em que não há lei a respeito deste assunto.

A empresa possui um Centro de Treinamento, com simula-dores, em São Paulo, e mini centros em cada regional. Em todo o Brasil, são cerca de três técnicos em cada um dos 150 postos de atendimento. Além disso, é realizada uma auditoria de qualidade na manutenção feita pelos técnicos.

O gerente nacional de serviços da ThyssenKrupp Elevadores, Luciano Barros, informa que a empresa se-gue um cronograma anual de manutenções preventi-vas programadas com revi-sões técnicas (que podem ocorrer eventualmente) para redimensionar essa manutenção. Ele

comen-Técnico Atlas Schindler D iv u lg A ç ã o / A tl A S Sc h in D le r 14-15_INFRAESTRUTURA_[Elevadores].indd 14 27/02/2014 20:18:02

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15 REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS

D iv u lg A ç ã o / th yS Se n Krup p el ev AD o re S

ta que todos os serviços oferecidos pela empresa são cobertos por um contrato que engloba a manutenção preventiva, corretiva, vistorias anuais e, dependendo da modalidade, tam-bém inclui a troca de peças.

Os colaboradores da empresa têm à disposição centros de treinamentos locais responsáveis por sua capacita-ção. “Os centros estão localizados em nossa fábrica em Guaíba, no Rio Gran-de do Sul, e também em cada uma das nossas unidades de negócios em todo o Brasil. É importante destacar que existe uma grade de conteúdo técnico que deve ser seguida pelos colaboradores. Além da parte teórica, os técnicos são acompanhados por supervisores de campo durante vi-sitas aos clientes e são avaliados por indicadores de desempenho e segu-rança”, afirma o gerente.

ATivos vAliosos

O elevador, como todos sabem, é um dos equipamentos mais valio-sos e necessários de um condo-mínio. Segundo o diretor da Atlas Schindler, a maioria dos síndicos e administradores dos condomínios entende a importância de uma manutenção adequada para a pre-servação deste patrimônio. “Se o equipamento passar por adequada manutenção, troca de componen-tes necessários e utilização de for-ma correta, ele continuará em uso por muitos anos”.

O gerente da ThyssenKrupp tam-bém aponta que a qualidade no ser-viço da manutenção é que garante a valorização do ativo, pois quanto maior a qualidade dos serviços, me-nor será a quantidade de problemas dos equipamentos. Além disso, exis-te a preocupação com a segurança pelo responsável legal, pois há

res-ponsabilidade civil e criminal caso ocorra algum acidente.

“Alguns administradores buscam uma oferta supostamente melhor para reduzir custos sem uma visão em longo prazo. Nesses casos, é responsa-bilidade da empresa demonstrar a im-portância da manutenção preventiva e corretiva que é realizada de acordo com padrões estabelecidos pelo fa-bricante e por pessoas devidamente qualificadas, para que os equipamen-tos funcionem adequadamente e com segurança”, alerta Barros.

TecnologiAs

As novas tecnologias desenvolvidas especificamente para elevadores são as maiores aliadas nos planos de manutenção. Luciano Barros destaca que a ThyssenKrupp possui um siste-ma de gestão chasiste-mado GUS (Siste-ma de Gestão das Unidades) que faz o monitoramento dos defeitos e su-gere como deve ser feita a interven-ção preventiva. Fora isso, também existe o sistema de monitoramento

Técnico thyssenKrupp

elevadores

luciAno BArros, gerente nacional de

serviços da thyssenKrupp elevadores

“Além da parte

teórica, os técnicos

são acompanhados

por supervisores

de campo durante

visitas aos clientes

e são avaliados

por indicadores

de performance e

segurança”

remoto (telemetria) 24 horas por dia. Esse sistema, ao detectar uma ano-malia no elevador, automaticamente envia as ocorrências de defeito para a central de serviços, que direciona de forma precisa a equipe.

Na mesma linha, Francisco Bosco revela que os equipamentos mais modernos da empresa trabalham com sistemas que identificam o tipo de falha e informam o técnico de manutenção. Um deles é o Schindler FieldLink, ferramenta utilizada por meio de um smartphone e capaz de transmitir voz, dados e imagens em tempo real. “Com ele, os técni-cos de manutenção do atendimento avançado têm acesso on-line a todas as informações necessárias para a realização da manutenção de eleva-dores, escadas e esteiras rolantes de nossos clientes”, indica. l

(16)

16

Infra

REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS

ANÁLISE ANTECIPADA É ESSENCIAL

NO PLANO DE GESTÃO DO ASFALTO

PROFESSORA DA USP EXPLICA A IMPORTÂNCIA DA

MANUTENÇÃO ASFÁLTICA PARA AS PREFEITURAS SE

ANTECIPAREM AOS PROBLEMAS E ECONOMIZAREM COM OBRAS

A

grandes cidades brasileiras têm quase a totalidade de suas vias pavimentadas. Po-rém, a qualidade do asfalto e os inú-meros buracos que aparecem, prin-cipalmente, na época de chuvas, são transtornos permanentes. A adoção de um plano de manutenção asfál-tica, que trabalhe de forma sistêmi-ca e preventiva, é a solução para os municípios economizarem, pois au-menta a durabilidade das pistas e evita que sejam reconstruídas em curto prazo.

O Instituto Brasileiro de Geo grafia e Estatística (IBGE), com base no ma-terial colhido no Censo Demográfi-co de 2010, divulgou o estudo “Ca-racterísticas Urbanísticas do Entorno dos Domicílios”, onde é possível ob-servar dados sobre a pavimentação de áreas urbanas. A pesquisa aponta que a cidade de São Paulo tem 97,2% das suas vias asfaltadas e o Rio de Ja-neiro 93,8%, enquanto o Brasil, como um todo, tem 81,7% de cobertura. No entanto, os números não refletem a conservação do asfalto, sendo que as queixas são muitas em todo o país e representam um grande problema para administrações municipais.

A cidade de São Paulo é um exemplo desse desafio. Com uma frota de 7.577.216 veí-culos emplacados na capital paulista, pelos dados do DETRAN-SP

(Departamento Estadual de Trânsi-to de São Paulo), de dezembro de 2013, a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras de São Paulo (SMSP), informa que no início da dé-cada de 70, a cidade tinha uma po-pulação estimada em 5,9 milhões de habitantes e com 14 mil quilômetros de ruas pavimentadas, a frota paulis-tana era de 965 mil veículos. Em 44 anos, a malha viária apresentou uma expansão de mais de 20%, chegan-do, em 2014, a 17 mil quilômetros de vias pavimentadas.

A quantidade de concreto asfálti-co aplicado na cidade, em 2013, al-cançou 105.000 toneladas, utilizadas em mais de 85 trechos de vias. Cal-cula-se que, em média, são

utiliza-dos 120 kg de concreto asfáltico por 1 m² de recapeamento.

Porém, trabalhar para tapar bura-cos não é o jeito adequado. Confor-me a professora do DepartaConfor-mento de Engenharia de Transportes e pes-quisadora do laboratório de tecnolo-gia de pavimentação da Escola Poli-técnica da USP, Rosângela Motta, an-tecipar a ocorrência dos problemas é a melhor solução para as prefeituras.

“Quando chega o verão, percebe-mos que começam os problemas, muitas vezes porque não se tem uma gestão preventiva. Com fissu-ração no asfalto a água vai entrar, aí começam a surgir dificuldades que vão crescendo exponencialmente. O melhor é trabalhar no sentido de não deixar as coisas chegarem a esse ponto”, alerta a pesquisadora.

MANUTENÇÃO PREVENTIVA

Investir em equipamentos e mate-riais com maior durabilidade é obri-gatório em um planejamento de ma-nutenção. Com essa mentalidade é possível realizar esse processo e con-siderar as condições que envolvem a pista e o clima. A gestão preventi-va, segundo a pesquisadora, permi-te permi-ter um custo menor de manupermi-ten- manuten-ção asfáltica ao impedir que o mate-rial chegue a um estágio avançado de deterioração.

Na opinião de Rosângela Motta, “o

ROsâNgElA MOTTA, profa. do

DET e pesquisadora do laboratório de tecnologia de pavimentação da Poli/USP

(17)

17 REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS

ideal é que se trabalhe de maneira preventiva, não tendo que chegar a um estágio de reconstrução”. Ela en-xerga que não existe o costume de se fazer manutenção preventiva no País, situação que gera mais prejuí-zo para as administrações públicas. “Não temos essa cultura preventiva no Brasil, mas precisamos trabalhar para que isso mude, para evitar que os problemas se repitam ano a ano”.

Projetos de via para tráfego pesado são feitos para terem vida útil entre 10 e 15 anos, revela a professora. Mas tudo isso depende do material utili-zado. Por exemplo, no caso do con-creto, a durabilidade é maior. Essas condições determinam o prazo em que a via precisa ser reavaliada, mas Rosângela indica uma média de dois anos para avaliações, com um tempo menor para vias de tráfego intenso.

“É preciso ter em mente a manuten-ção da via desde o seu projeto de cons-trução, onde sempre se faz uma proje-ção com base no tipo de pista, de uso e na expectativa de vida útil”, explica.

A Secretaria de Coordenação das Subprefeituras da cidade de São Paulo informa que a manutenção preventiva é realizada, principal-mente, nas vias que comportam os micro-revestimentos asfálticos, fei-tos no “Minhocão” e na Marginal Tie-tê (trecho próximo a divisa de Gua-rulhos), com o objetivo de prolongar a vida útil do pavimento em 4 anos, evitando a desagregação e fissuras.

EQUIPAMENTOs

Como exemplos de equipamentos de análise que as Prefeituras podem adotar para posterior manutenção das pistas estão: o Perfilômetro a Laser, pa-ra avaliação funcional; e o Defletôme-tro FWD, para avaliação estrutural, am-bos utilizados nas vias paulistanas.

Segundo a Rosângela Motta, estes equipamentos são indicados para realizar o levantamento das condi-ções do asfalto, já que em uma ava-liação é preciso verificar se a superfí-cie apresenta algum trincamento ou ondulação – nesse caso se utiliza o Perfilômetro a Laser – e também se a parte estrutural está comprometida com a necessidade de uma interven-ção mais profunda – que pode ser detectada pelo Defletômetro FWD.

Outra condição importante, não avaliada por essas tecnologias, é a aderência. “A textura em cima do asfalto é importante, porque a se-gurança é maior quando a superfí-cie tem maior atrito com os pneus. É interessante pensar nisso para vias com uma velocidade mais alta, quando chove e fica aquela lâmina d’água”, diz a professora.

Uma solução para a aderência po-de estar no material empregado. Na capital paulista, nas vias de tráfego pesado, é usado o asfalto permeá-vel chamado de CPA – Camada Poro-sa de Atrito. A Secretaria de Infraes-trutura Urbana e Obras normatizou o material com o objetivo de ter as funções mecânicas e estruturais de

resistência impostas pelos tráfegos de veículos, associadas à função hi-dráulica que se caracteriza pelo ar-mazenamento temporário de água no interior de suas camadas. A CPA evita a formação de poças d’água na superfície do pavimento, aumentan-do a segurança aumentan-dos usuários, redu-zindo os riscos de aquaplanagem, o que melhora a aderência entre pneu e pavimento.

BANCO DE DADOs

Em 2012, foi elaborada uma avalia-ção funcional e outra estrutural do vi-ário principal (2.000 km) da cidade de São Paulo, pelo Laboratório de Mecâ-nica de Pavimentação da EPUSP, em contrato com a SPUA (Superinten-dência das Usinas de Asfalto). O resul-tou em relatórios de priorização de trechos para manutenção em função do benefício dos usuários.

Rosângela Motta opina que estu-dos como esse podem ser integra-dos à formação de um banco de da-dos para ajudar a estabelecer uma rotina de manutenção, porém, ela observa esse tipo de abordagem co-mo pouco utilizada e complicada de implantar em grandes cidades.l

Percentual de vias asfaltadas, segundo o iBge:

CAMADA ASFÁLTICA

97,2

% São Paulo

93,8

% Rio de JaneiRo

81,7

% BRaSil 16-17_INFRAESTRUTURA_[Asfalto].indd 17 27/02/2014 20:22:24

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REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS

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um marco para a Gestão de ativos

NBr-iso 55000

Requisitos da norma buscam aprimorar

a atuação das empresas brasileiras e são

aplicáveis a qualquer tipo de organização

(19)

19 REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS

N

asce um novo cenário para o setor de Manutenção e Gestão de Ativos: a Associação Brasi-leira de Normas Técnicas (ABNT) pu-blicou as normas de gestão de ativos do País. “A implantação da NBR-ISO 55-0000 é um marco histoórico. Surge um modelo seguido por todos os países, quando a questão for a aplicação dos conceitos universais da gestão de ati-vos”, diz o engenheiro João R. Lafraia, presidente da Abraman.

As NBR ISO 55000 (Visão Geral, prin-cípios e vocabulário), 55001 (Requi-sitos do Sistema de Gestão) e 55002 (Guidelines de aplicação da ISO 55001), que ficaram sob consulta pú-blica até o dia 2 de janeiro, foram for-muladas pela Comissão Especial de Es-tudo sobre Gestão de Ativos. “O inte-resse no assunto foi grande. No final de 2013 havia mais de 60 membros na comissão, representando cerca de 40 empresas. O trabalho foi realizado em tempo recorde: apenas dez meses de trabalho”, conta a engenheira Marisa Zampolli, secretária-executiva da co-missão e consultora da International Copper Association (ICA).

Os padrões ISO retratam a experi-ência e o consenso internacional das mais importantes organizações sobre o que seriam requisitos mínimos para se montar um sistema de gestão que, através da conscientização, documen-tação, treinamento e, principalmente, planejamento, ação e monitoramen-to, favoreça o alcance dos objetivos traçados em relação aos ativos. “Poder aproveitar os cerca de 20 anos de ex-periência internacional em gestão de ativos, que estão materializados na NBR-ISO 55000, é um enorme be-nefício”, afirma Henrique Eduardo Pinto Diniz, da Gerência de Planeja-mento da Operação e Manutenção da Distribuição da CEMIG.

Entre os requisitos da norma es-tão: Contexto da organização; Li-derança (Comprometimento, Polí-ticas, Papéis e Responsabilidades); Planejamento do Sistema de gestão de ativos; Suporte (Informações, re-cursos, competências, comunica-ção etc.); Operações (Planejamen-to e controle operacional, terceiriza-ção etc.); Avaliaterceiriza-ção de Desempenho de Ativos; e Melhoria no Sistema de Gestão de Ativos.

Sobre a integridade dos requisi-tos, Francilei Pereira, consultor de Confiabilidade da Meridium, ex-plica que não podemos dizer que existe um requisito mais importante ou mais crítico que o outro, “pois se o sistema de gestão não estiver traba-lhando com todos os seus pilares em sinergia, os ativos não estarão agre-gando o valor esperado ao acionista”. A opinião é endossada por Wantuil Dionísio Teixeira, superintendente da Coordenação Executiva para Moder-nização de Usinas da Cemig: “é impor-tante que os elementos do sistema de gestão de ativos sejam vistos como um conjunto de ferramentas, que

in-cluem: políticas, planos, processos de negócios e sistemas de informação, que são integrados. Acredito que in-tegração seja a palavra chave para dar garantia que as atividades de gestão de ativos serão entregues”.

Assim, tratar a NBR-ISO 55000 como somente mais um Sistema de Gestão ou uma “certificação” não é o melhor caminho. “Acredito que seja uma oportunidade das organiza-ções repensarem seus modelos de gestão, tendo como pano de fundo esse novo padrão de gestão de ati-vos”, diz Teixeira. É importante iden-tificar os ‘gaps’ do modelo de gestão que a organização utiliza e adequar--se a esse novo padrão no escopo e velocidade que ela definir.

Unanimidade entre os especialis-tas, no entanto, é a importância da liderança ser a principal motivado-ra do processo a fim de estabele-cer as diretrizes na busca do aten-dimento aos requisitos da norma. “O grande ponto para a implanta-ção da ISO é que a alta direimplanta-ção das empresas assuma a gestão de ati-vos como um dia-a-dia. Se você

WaNtuil dioNísio teixeira,

superintendente da Coordenação Executiva para Modernização de Usinas da Cemig

HeNrique eduardo piNto diNiz, da Gerência de Planejamento

da Operação e Manutenção da Distribuição da CEMIG

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20

capa

REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS não tiver alta direção engajada em

implantar uma gestão de ativos efi-ciente, ela não vai ter sucesso”, de-fende Ítalo Freitas, diretor de Ope-rações e Manutenção da AES Tietê. “Não é possível atingir os objetivos sem uma liderança comprometida, competência das pessoas, informa-ções completas e confiáveis, cons-cientização e participação de to-dos”, endossa Diniz.

Para o executivo da Cemig, tam-bém são destaques os requisitos que abordam o contexto organizacional e o planejamento. “Sabe-se que a cultura brasileira é de planejamen-to mínimo e ação estabanada, o que quase sempre resulta em retraba-lhos, desperdícios, muita pressão e até acidentes”, diz. Ao colocar tais re-quisitos como os primeiros a serem considerados, a ISO reafirma para to-dos o que começou há 26 anos com a ISO 9000: “planejar é preciso, pa-dronizar é preciso”.

ítalo Freitas, diretor de

Operações e Manutenção da AES Tietê

VANTAGENS DA NBR-ISO 55000

Principais benefícios para os acionistas:

• Aumenta a Garantia de Retorno: RAV e ROI • Diminuição dos riscos e redução de passivos; • Transparência, segurança e rastreabilidade

dos investimentos;

• Permite comparação de segmentos de negócio de forma globalizada.

Para as companhias

• Melhoria da reputação

• Melhoria da sustentabilidade da empresa; • Aumento da eficiência e redução dos custos dos

processos do ciclo de vida dos ativos e de terceiros; • Aprendizado organizacional e criação de conhecimento; • Melhorias na captação e distribuição de investimentos; • Consolidação e utilização de informações

sobre os ativos;

• Maior engajamento dos colaboradores.

• Confiança dos órgãos reguladores

Para os colaboradores

• Redução dos imprevistos e dos incêndios • Melhoria do relacionamento entre áreas

e com fornecedores • Mais resultados • Valorização

• Melhoria da qualidade de trabalho

(trabalho flui mais fácil, diminuição expressiva dos eventos não programados)

Para os clientes

• Garantia de receber o contratado • Melhores produtos e serviços; • Preços mais justos;

• Práticas empresariais mais responsáveis perante a comunidade;

• Menores impactos ambientais.

iso 55000 x pas 55

A PAS não é uma norma interna-cional, e sim um padrão de referên-cia consolidado pelo IAM (Institu-te Asset Management), BSI (British Standards Institution) e empresas do Reino Unido, que está sendo

adota-do pelo mercaadota-do. Foi a primeira re-ferência para a elaboração da ISO, mas está focada na gestão de ativos físicos. Ela apresenta requisitos que, quando seguidos, garantem as orga-nizações um melhor desempenho, especialmente àquelas cujos ativos físicos são fatores críticos para alcan-çar seus objetivos de negócio.

“Já as normas NBR-ISO 5500x, são muito mais abrangentes (são normas que se referem a um ‘sistema de ges-tão’ para a gestão de ativos). Nestas normas a gestão de ativos está vincu-lada ao plano estratégico da empresa e a uma estratégia de sistema de ges-tão para atingir as metas das organiza-ções”, explica Marisa Zampolli, do ICA. A norma ISO 55000 segue a mesma estrutura das demais NBR-ISO (9000, 14000, 31000), o que possibilita a to-tal integração dos sistemas de gestão e uma forma holística de administrar o negócio – as diretrizes nelas conti-das são tão importantes para o CEO

Fonte: Claudio Spanó e José Venâncio Monteiro, da Reliasoft

(21)

21 REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS

de uma empresa como para os forne-cedores e prestadores de serviço.

Isso porque, segundo as normas, as decisões de gestão de ativos de-verão considerar as implicações eco-nômicas, ambientais e sociais futu-ras. “Adotando as normas, as orga-nizações que tiverem o sistema de gestão de ativos, transformarão a intenção estratégica em atividades técnicas, econômicas e financeiras, o que possibilitará melhor lucrativida-de”, completa Marisa.

oBteNdo a certiFicação

Atualmente, a Abraman e o ICA/Pro-cobre elaboram junto à ABNT o pla-no de trabalho para 2014, pois agora o objetivo da comissão é atender às ne-cessidades de temas específicos ain-da não tratados pelas normas recen-temente publicadas, além das deman-das do comitê internacional da ISO. A comissão prevê o lançamento nacio-nal das normas de gestão de ativos ainda neste primeiro trimestre.

Mas como as empresas devem se preparar para obter a certificação? Primeiramente, segundo os

especia-listas entrevistados, as empresas de-vem considerar a NBR-ISO 55000 não como uma meta final, mas como uma oportunidade de repensar o seu ne-gócio do ponto de vista de seus ativos e internalizar uma cultura de planeja-mento e de trabalhar riscos. “Se forem capazes disso, certamente potenciali-zarão os benefícios que podem ex-trair dos mesmos; e farão isso de for-ma sustentável, o que é de sufor-ma im-portância”, diz Diniz, da CEMIG.

O desafio então é utilizar a nor-ma para desafiar os padrões atuais de desempenho e introduzir no-vas ferramentas e metodologias que melhorem a eficiência operacio-nal (mudar o modelo mental atual). “Atualmente, a grande maioria dos profissionais está reclamando do ex-cesso de trabalho, e da necessidade constante em absorver mais e mais atividades para serem realizadas em um curto espaço de tempo. E a ten-dência é que os desafios aumentem nos próximos anos. Desse modo, se as empresas não buscarem mudar seu modelo mental e agir de forma inovadora e diferenciada, esses pro-blemas irão aumentar exponencial-mente”, defende Claudio Spanó, di-retor executivo da ReliaSoft.

Para José Venâncio Monteiro, di-retor da ASSET 55, nova unidade de negócios da ReliaSoft voltada para aprendizagem organizacional, siste-mas de gestão estratégica e desen-volvimento de lideranças e equipes, é “também fundamental não ten-tar fazer tudo de uma vez, mas co-meçar agora”. A empresa deve fazer um diagnostico técnico e comporta-mental da organização, focado nos padrões da norma e nos seus obje-tivos estratégicos e começar a revi-sar e a introduzir as praticas, de for-ma evolutiva, motivando as pessoas

a buscarem resultados.

O executivo também ressalta que benchmarking é uma ferramenta in-teressante, mas copiar não é. “É pre-ciso tomar cuidado em se comparar com indicadores de desempenho de outras empresas, pois os critérios de medição normalmente não são claros, e já vimos muitas empresas deixando profundas cicatrizes na organização ao tentar copiar modelos não adequa-dos a sua realidade”, explica. Mais im-portante que os referenciais compa-rativos numéricos, são os referenciais comparativos de práticas e como é a sua implementação, pois cada empre-sa possui uma cultura diferente.

A comunicação também é ponto--chave, lembrando que comunicar não é informar. Informar é uma parte, co-municar envolve falar e ouvir, conside-rar e dar feedback, explicar, alinhar, in-formar e assim sucessivamente, de for-ma continua e sistemática, para todas as partes envolvidas e interessadas. “A comunicação deve ser foco, se a em-presa quer melhorar seu desempenho, e é um dos elementos chave da NBR--ISO 55000”, finaliza Monteiro. l

José veNâNcio moNteiro,

diretor da ASSET 55 diretor executivo da ReliaSoftclaudio spaNó,

(22)

REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS 22

opinião

Cedo ou tarde as indústrias terão que

adotar as melhores prátiCas em gestão

de ativos, Com objetivos bem Claros para

atingir a efiCiênCia operaCional

H

á muito tempo os gestores de ativos produtivos e ou da engenharia da manuten-ção perseguem o que denominamos de “Zero parada não programada”. bem, isso não é tarefa das mais fáceis de conseguir, pois exige uma série de cuidados, metodologias, disciplina e foco para chegarmos lá ou bem próximos.

na verdade, pelo menos na américa do sul, a maioria das corporações ainda não está atenta à verdadeira gestão de ativos físicos e/ou produtivos. porém, cedo ou tarde terão que adotar as melhores práticas, com objetivos bem claros para atingir o que chamamos de eficiência operacional de excelência.

tudo é uma questão de cultura, que deve ser disseminada por toda a corporação. afinal, de que adianta o gestor da manutenção especificar um componente de excelente qualida-de, se o departamento de suprimentos, por uma questão de “saving”, adquirir um similar, com preço muito inferior, mas sem a durabilidade e resistência requerida na especificação? pronto. aí estará bem próxima uma parada não programada no processo produtivo, mesmo que estejam praticando manutenção de classe mundial.

toda planta de processos deve ter somente paradas programadas, onde as metas de pro-dução estão preservadas. as paradas programadas são planejadas com antecedência, com o intuito de não haver perda na produtividade ou, em caso negativo, que seja recuperada em poucas horas.

metodologias desenvolvidas por consultorias especializadas em gestão de ativos, e que promovem a excelência operacional, já estão disponíveis na américa latina. mas não é um caminho de curtíssimo prazo. primeiro porque a alta direção da empresa precisa abraçar a causa e publicar seus objetivos a todos os gestores, e estes devem passar às suas equipes. um processo de disciplina e muito trabalho focado em mudança cultural, que leva de 18 a 24 meses ou até 36 meses para chegar a patamares comparáveis aos praticados no japão, eua, alemanha e outros países com alta produtividade em suas plantas de manufatura e ou de processos.

É verdade que na américa latina algumas corporações estão bem perto do estado da arte em gestão de ativos e excelência operacional. algumas, inclusive, estão no caminho da certificação na iso 55000, que acaba de ser publicada oficialmente. mas ainda temos um longo caminho a percorrer até que a maioria das médias e grandes corporações pensem seriamente em perdas invisíveis com mão de obra, peças de reposição, paradas não plane-jadas etc. e digo mais: talvez esteja aí à saída para minimizar o custo brasil. l

Zero paradas não

programas. sim, É possÍvel!

*Jorge L. Videira é

economista, pós–graduado em Marketing pela PUC-RJ; possui MBA em engenharia Industrial – UFRJ; MBA em Marketing – ESADE – Madrid; e diversas especializações na FGV. É Diretor Comercial para a América do Sul – da Pragma Brasil Consulting, com sede na África do Sul e operação em oito países

Por Jorge L. Videira*

Toda planta de

processos deve

ter somente

paradas

programadas?

22_OPINIAO_[Pragma].indd 22 27/02/2014 20:32:31

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REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS 23

Coluna InternaCIonal

Por Celso de Azevedo*

ELES ANDAM SOZINHOS

E

ntre 1958 e 2025, a automóvel – este eterno brinquedo dos adultos – terá evoluído da direção assistida ao veículo 100% autônomo (autonomia completa de movimentos sem motorista). Esta é a análise feita pelos organizadores do Customer Eletronic Show (CES), em sua edição de 2014, em Las Vegas. Em 1958, a Chrysler experimentou, com sucesso, o pri-meiro regulador de velocidade. Depois, entre os anos 1960 e 2000, surgiram os pripri-meiros GPS (“global positioning System”), seguidos dos controles de trajetória e das assistências a frenagens de urgência. Nosso século deu a vez ao estacionamento automático e aos dete-tores de hipovigilância do condutor (sonolência).

Com todas estas inovações, o motorista que, inicialmente era o único no comando de seu automóvel, passou a utilizar assistências múltiplas. Esta evolução levou os construtores eu-ropeus a aceitar a ideia de que o motorista, no futuro, não somente não terá mais o controle do seu carro, como ele não mais precisara tê-lo, visto que os acionamentos automáticos ge-ridos pela rede de sensores e inteligência eletrônica embarcada nos veìculos levam a uma velocidade de reação sensivelemente melhor do que a de qualquer humano no volante em situação de decisão.

Isto dito, o veículo 100% autônomo não estará disponível tão cedo. 2025 é a data, ainda assim otimista, visto as questões de custos e de riscos destas novas tecnologias que ainda devem ser solucionadas corretamente.

E O ASSET MANAGEMENT

PEGOU A ESTRADA...

A

Federal Highway Administration nos Estados Unidos está promovendo, com gran-de ênfase, uma modalidagran-de gran-de gestão diferenciada para as agências gran-de transpor-tes de todos estados americanos na distribuição de seus recursos financeiros, face às opções de investimentos necessàrias. Esta nova modalidade de se administrar os recur-sos públicos, segundo a Direção da FHA no US Department of Transportation, se chama “Asset Managemet” !

Não se trata somente de se imaginar infraestruturas rodoviárias assim geridas, mas de constatar localmente inúmeras empresas operadoras e agências de regulação liderando um verdadeiro movimento de integração da abordagem do Asset Management no me-canismo interno de preparação de novos projetos e investimentos. A título de exemplo, há dossiers em curso sobre: economia na gestão dos ativos a curto e longo prazo (“the hi-ghway economic requirements system-state version”) ou então a cenarização de momen-tos ótimos de regenerações de estradas e pontes baseadas no Life-Cycle Costing (aplicação mandatoria). Resultado: muito pode ser aprendido com aqueles que estão preparando suas organizações para o uso de rotinas do Asset Management neste setor.

Para estimular esta iniciativa federal, espera-se que, nos próximos anos, novos casos de sucesso darão lugar a relatórios de Estado. Acredita-se que a exemplaridade destes casos de sucesso criará uma espriral virtuosa para que as agências de todo o país implementem programas de Asset Management em seus sistemas de gestão.

Leia mais em www.dot.state.ny.us l

* Celso de Azevedo é

Diretor da Abraman e Diretor Presidente da Assetsman. Assina esta coluna com noticias internacionais recentes e relevantes para os profissionais brasileiros da Manutenção e da Gestão de Ativos

(24)

24

artigo

REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS

“V

ivendo Gestão de Ativos” enfatiza o imenso potencial para desenvolver e mudar os estilos de liderança, a cultura e os comportamentos de forma que a Gestão de Ativos possa produzir os resultados que esperamos.

Os ativos físicos e os sistemas de gestão são visíveis e tangíveis como o tronco de uma árvore. Liderança, emoções, cultura e comportamento são invisíveis e intangíveis. Mesmo assim, eles são essenciais para as organizações. Assim como uma árvore não é somente um conjunto de tronco, galhos e folhas, uma organização também não é uma mera coleção de ativos, processos e planos.

ViVendO GestãO de AtiVOs

A Abraman e o Asset Management Council da Austrália

(AMC) estão empolgados em anunciar a publicação

do livro “Vivendo Gestão de Ativos”. O livro é de nossa

co-autoria com John Hardwick (Presidente do AMC e

do GFMAn) e trata da necessidade de se ter liderança e

cultura adequadas à Gestão de Ativos

João RicaRdo BaRusso LafRaia – É

autor dos livros “Manual de Confiabilidade, Mantenabilidade e Disponibilidade”, “Liderança para SMS” e

co-autor dos livros “Gestão Estratégica e Confiabilidade”, “Criando o Hábito da Excelência” e “Liderança baseada em Valores”. É autor de vários artigos e palestras em Gestão da Excelência em Confiabilidade, Segurança, Saúde e Meio Ambiente. É atualmente gerente geral de Eficiência Operacional do Refino na Petrobras. É Presidente da Abraman e faz parte do Comitê Executivo do Global Fórum para Manutenção e Gestão de Ativos (GFMAM). John haRdwick – É executivo da Estratégia de Redes da NWW. John tem mais de 30 de experiência na indústria de energia Elétrica. Completou seu MBA na escola Australiana de Gestão. É responsável por toda manutenção e programa de investimento e substituição dos ativos de distribuição na Ausgrid (Energia da Austrália). Atualmente é presidente do GFMAM e da AMCouncil (Associação Australiana de Gestão de Ativos).

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25 REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS

sem adequar liderança, cultura e comportamentos as organizações não conseguem produzir os resultados almejados, assim como uma árvore não produz frutos se não possuir solo, nutrientes, meio ambiente e jardineiros adequados.

não está se dizendo que o lado tangível e “duro” da gestão de ativos não seja importante. ele é. O uso eficaz e eficiente dos ativos físicos é um habilitador chave que permite às organizações desempenharem bem: elas podem baixar os custos e os riscos e elevar o desempenho e o valor das ações quando gerenciados corretamente.

Ativos existem para fornecer valor para as organizações e suas partes interessadas. e a forma como as organizações gerenciam seus ativos

determinará o valor obtido. entretanto, determinantes chaves para apoiar o gerenciamento dos ativos físicos são liderança e comportamentos associados à cultura organizacional corretos.

Gestão de ativos é mais do que ativos e sistemas de gestão. Gestão de ativos engloba segurança, preservação da saúde humana e do meio ambiente como também o desempenho organizacional e o valor agregado.

O desafio da gestão de ativos envolve questões de mudanças culturais e de liderança. Muitas destas questões demandam mudanças em hábitos, modelos mentais, emoções e comportamentos. estes envolvem uma dinâmica de mudança cultural e seu relacionamento estreito com o desenho organizacional, estilos de liderança, processos e procedimentos, sistemas de gestão e maturidade organizacional.

“Vivendo Gestão de Ativos” fornece uma visão geral sobre os fundamentos da gestão de ativos e também explora o impacto que o desenho organizacional, estilos de liderança processos e procedimentos, emoções, comportamento e cultura podem ter no desempenho organizacional e no valor entregue.

Martin Kerr, estrategista em Gestão de Ativos e mudança e líder em melhorias de negócios, com 20 anos de experiência em indústrias de transporte e fabricação, faz os seguintes comentários sobre o livro Vivendo Gestão de Ativos:

“eu realmente gostei da lógica da organização do livro e como está alinhado com as normas isO 55.00x. A analogia com os frutos, as árvores e a plantação fornecem uma estrutura para o livro, que é ao mesmo tempo neutro e não mecânico.” Os inúmeros exemplos

e associações com o lado “macio” são robustos e existem vários ganchos para os praticantes mais experientes da gestão de ativos, bem como para os iniciantes no assunto. O tema liderança atinge a todos que leem o livro, pela maneira simples como é tratada. Um dos grandes aprendizados que tive é que a liderança pode ser acionada em qualquer lugar e em qualquer tempo e, uma vez acionada ela contribui para uma visão ampla.

executivos irão gostar da natureza holística de “Vivendo Gestão de Ativos”e o seu alinhamento aos resultados e à sustentabilidade. O livro oferece conteúdo para quem quer se lançar na jornada da liderança ou para aqueles que desejam avaliar seu grau de experiência nesta atividade, e apoia a ambos a seguirem adiante. Para os gerentes de áreas operacionais é um tiro na “mosca” do alvo, porque o livro trata sobre pessoas e como elas podem fazer diferença (como elas fazem com segurança no dia a dia). Para as pessoas da área técnica, o livro traz muitas informações, que são apresentadas de modo prático e encorajador.

Os estudos de casos apresentam um método simples de unir o lado “macio” com o lado “duro”, e indicam que o uso do gerenciamento visual é uma mensagem mensagem simples e poderosa.

As fases de maturidade em gestão de ativos estão bem explicadas e, mesmo sem um método de avaliação formal, as pessoas saberão onde se encontram nestas fases.

As figuras do livro propiciam uma ligação com cada tópico e, ao mesmo tempo, fornecem referências adicionais se o leitor assim desejar.”

Para maiores informações, ou para reservar a sua cópia do livro Vivendo Gestão

de Ativos, contate a

Abraman.

(26)

26

MCI - MANUTENÇÃO, CIÊNCIA E INFORMAÇÃO

REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS

RESUMO

O

objetivo principal deste trabalho é demonstrar o processo de tratamento de perdas desenvolvido em 2012 através da identificação e priorização das perdas re-lacionadas à manutenção em falhas nos equipamentos da área do Embarque no Porto da Ponta da Madeira em São Luis-Maranhão. O método aplicado ao sistema de em-barque de minério de ferro da VALE usa a engenharia de confiabilidade para atacar e eliminar pequenas falhas de forma imediata e definitiva. O trabalho começou em maio de 2012 quando o sistema de embarque apresentava uma

DI (Disponibilidade Intrínseca) de 71% e um total de 300h de HMC (Horas de Manutenção Corretiva). Com o trabalho diário do GPF (Grupo de Pequenas Falhas) e a aplicação da Engenharia de Confiabilidade, foi possível obter uma DI de 91% e alcançar o recorde de HMC de 80 horas. Será mostrada a implementação do método RCA (Análise de Causa Raiz) na eliminação/redução de pequenas falhas do embarque no Porto Norte a fim de garantir menor núme-ro de horas corretivas na manutenção, assegurando maior confiabilidade nos equipamentos, bem como seus respec-tivos resultados.

MÉTODO DE ELIMINAÇÃO

DE PEQUENAS FALHAS

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O

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27 REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS

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