ESTUDO 4
O DEUS DA REDENÇÃO
INTRODUÇÃOPela escolha do primeiro casal (na qual todos nós estamos in-cluídos, como humanidade) fo-mos atingidos pelo mal. Mas o nosso Deus, que é Redentor, continuou nos oferecendo, des-de o início, um glorioso des-destino, dependendo, é claro, da nossa escolha.
Pensamos, às vezes, que Deus se manifestou como Redentor apenas na pessoa de Jesus, que há 2000 anos viveu neste mun-do de forma perfeita e entregou Sua vida pela humanidade. Já no Antigo Testamento, no en-tanto, Deus é reconhecido como Redentor (Sl. 19.14, 103.3-4). Muito antes ainda, Ele já se manifestava como Redentor, procurando o primeiro casal, fazendo perguntas a Caim, para que examinasse a si mesmo e se afastasse do mal. E depois ma-nifestou-se a Noé, a Abraão e a muitos outros (Hb.1.1-2).
Aplicação a sua vida: Durante toda a história, Deus tem busca-do o ser humano, para resgatá -lo de seu pecado. Você já fez a escolha de tê-lo como seu reden-tor? Comente. LEITURAS DIÁRIAS Segunda Gn.4.1-16 Terça Gn.9.8-16 Quarta Gn.9.12-15 Quinta Gn.12.1-3, Sexta Ex.19.5-6 Sábado Sl.103.3-4 Domingo Hb.1.1-2
1. O DEUS QUE DESEJA RESGATAR O PRIMEIRO CASAL - GÊNESIS 3.6 -14
Quando o primeiro casal deso-bedeceu à ordem dada, lá no início de tudo, o que primeiro se manifestou neles foi uma desor-ganização do seu comportamen-to e de suas emoções. Medo, vergonha, culpa, passaram a fa-zer parte de sua vida. Depois da escolha feita, eles, que privavam de uma intimidade especial com Deus, agora sentiam medo dEle. A Bíblia diz que ouviram a Sua voz no jardim, e se esconderam (Vs. 8-10). Já não queriam a in-timidade e proximidade com o Criador.
A Bíblia nos revela Deus como Redentor já no cap. 3 de Gêne-sis. Logo após o pecado do
pri-meiro casal, Ele age com amor e graça. Vejamos alguns fatos que nos mostram isso:
• Deus não espera ser pro-curado por Adão e Eva, mas é Ele que vai à pro-cura deles (Gn.3.8-10); • Embora soubesse o que
acontecera, Deus não lhes faz acusações. Faz-lhes perguntas dando-lhes a oportunidade de contar o que havia acontecido (Gn.3.11). Mas às per-guntas, cada um respon-de, colocando no outro a responsabilidade pelo seu ato. Não há manifestação do reconhecimento de que transgrediram uma lei co-nhecida. Na confi ssão, no reconhecimento do erro, estaria o perdão para o
ser humano , mas o
ca-sal humano foge de uma relação sincera e aberta com Deus. Mesmo assim, confi ra o que Deus faz no versículo 21.
• Vendo os apertos pelos quais eles passam para se esconder e se cobrir (v.7), procura aliviar-lhes essa consequência do seu erro. Basta haver alguém atingi-do pelo mal, para que Deus se manifeste como Redentor. Mas Deus é também justiça e todo pecado praticado receberá, pela
própria ação da lei infalível da semeadura, as suas consequ-ências (Gn.3.14-24). Mas mes-mo neste texto, Deus anuncia, através de Gn.3.15, o plano de uma redenção futura para a hu-manidade. Como alguém pode pensar que o Deus do Antigo Testamento não é o Deus cheio de graça e misericórdia? É as-sim que Ele se revela desde o começo.
Aplicação a sua vida: Você deseja reconhecer as manifes-tações da graça de Deus sobre sua vida e agradecer cada uma delas? Comente.
2. O DEUS QUE BUSCA O DIÁLOGO COM CAIM GN 4.3-13
Através deste diálogo, vemos Deus atuando como Reden-tor desde o começo da criação. Está sendo alguém atingido pelo pecado? Lá está Ele tentando resgatar sua criatura amada. No tópico anterior, vimos o seu diá-logo com Adão e Eva e agora ve-mos um não menos tocante com Caim. Os dois irmãos, Caim e Abel, haviam oferecido uma oferta ao Senhor do fruto do seu trabalho, mas Deus sentiu pra-zer na oferta de Abel e não na de Caim. Não sabemos muito bem qual foi a diferença entre os dois, quanto à sua sinceridade ao trazerem tal oferta. O que
sa-bemos é que Caim não parecia ter um coração humilde e con-trito, não apenas pela reação que teve ao ser rejeitado, mas também pelo que Deus lhe diz em Gn. 4.7. Em Gn. 4.4, lemos que Abel trouxe, como oferta, o melhor do seu rebanho. O fato é que Caim não procurou saber de Deus porque rejeitara a sua oferta. Em vez disso revoltou-se contra o irmão.
Ao ver Caim afundado em triste-za, em inveja, cobiçando a apre-ciação dirigida ao seu irmão, Deus que, onde há o mal, se manifesta como Redentor, sabe que ele precisa de ajuda. Vai então em seu socorro e lhe fala à consciência: “Por que andas ira-do e por que descaiu o teu sem-blante?” (Gn.4.6). Caim deve ter engolido seco. Não quer pensar sobre isto, enxergar seu senti-mento pecaminoso e, por isso, malcriadamente não responde à pergunta divina. Deus não para em seu obstinado amor, em Sua superabundante graça. Indaga ainda: “se fi zeres o bem não é certo que serás aceito? (v.7a)”. Deus lhe mostra o caminho, mas Caim não quer trilhá-lo. Por isso não dá qualquer res-posta. Silencia. Foge da relação com Deus. Como é possível a redenção de alguém que foge do relacionamento com o único que pode redimi-lo? Deus ain-da lhe avisa do perigo que cor-re ao dizer-lhe: “o pecado jaz à
porta. Cabe a ti dominá-lo” (Gn. 4.7b). Por não haver dialogado com Deus, Caim vai para o cam-po e mata Abel. Por não haver acalmado o seu coração, aberto a sua alma, cheio de raiva, Caim se torna assassino. E agora o que vai acontecer? Desistirá Deus de resgatar sua criatura amada? Nunca!
Aplicação a sua vida: Como você entende a expressão “o pe-cado jaz à porta, cabe a ti domi-ná-lo”? Comente.
Novamente Deus aborda Caim. Quer confrontá-lo com o que ele fez. Deus não desiste dele. Per-gunta-lhe: Onde está teu irmão? Não quer acusá-lo. Quer que ele abra o seu coração e chore pelo que fez. Caim dá uma res-posta malcriada. Não quer uma relação com Deus. A Bíblia diz: “Caim retirou-se da presença do Senhor” (v.16). Fugiu por não querer enxergar a si mesmo. Ele diz: “É tamanho o meu castigo, não posso suportá-lo.” (v.13). O castigo e a consequência do pe-cado se misturam. Caim mesmo se condena... “Retirou-se Caim da presença do Senhor” (16a).
Aplicação a sua vida: Median-te seus erros de trajetória, qual deve ser sua postura diante de Deus, para que Ele traga você para dentro da Sua vontade? Comente.
3. EXPRESSÃO DA GRAÇA DE DEUS PARA A REDEN-ÇÃO DA HUMANIDADE - GN.3.15
A narração da queda e suas consequências está junto com a primeira promessa de reden-ção para a humanidade. Deus promete aquele que será o dentor. Deus não se torna Re-dentor a partir deste fato ou promessa. Ele faz a promessa por ser Redentor. “Ele é o mes-mo ontem, hoje e eternamente”. Deus estende a mão a qualquer pessoa, oferecendo-lhe perdão e ajuda para sair do erro em que se encontra. Em qualquer tem-po e lugar. A redenção só não está disponível para o pecador impenitente. Em Gn. 3.15, no entanto, vemos que Ele tem um plano futuro especial para a hu-manidade. Um projeto grandio-so que mostra a infi nitude do Seu amor, da Sua graça pela humanidade pecadora!
Quem conhece um pouco do An-tigo e do Novo Testamento per-cebe que o projeto de Deus se desenvolve até atingir o ápice da revelação de Sua graça, com a vinda de Cristo Jesus ao mun-do. Ele é Aquele que esmagaria a cabeça da serpente, do mal. Veja alguns passos para o cum-primento desta promessa que está em Gn 3.15.
• Várias menções de fatos e pessoas que nos mostram que Deus não abandonou a humanidade Gn.5.22, 7.1, 9.12-15, 12.1-3, etc.; • Em Gn.12.1-3, Deus cha-ma Abraão para ucha-ma ca-minhada de fé, pois de-seja fazê-lo bênção para todas as famílias da ter-ra Gn.12.3. Este texto nos mostra o início de uma história que culmi-na em Cristo Jesus, que é do povo descendente de Abraão – o povo judeu. • Deus faz uma aliança com
Abrão e seus descenden-tes, para que sejam nação santa e sacerdotal para outras nações (Ex.19.5-6). Isto signifi ca que, atra-vés de sua obediência às leis da aliança, deveria ele servir de exemplo para as outras nações, levando-as a Deus, o Senhor. Mesmo com as falhas deste povo, Deus o usou para trans-mitir a revelação do seu amor em Jesus Cristo e nos legou o Antigo Testa-mento, que é por demais precioso para que enten-damos o Novo Testamen-to.
• Em Jesus Cristo temos a maior manifestação-da graça de Deus como Redentor. Ele é o cum-primento da promessa encontrada em Gênesis 3.15.
Aplicação a sua vida: Você já experimentou a graça redento-ra de Deus? O que você tem fei-to para que outros percebam e também escolham se entregar a Ele? Comente.
CONCLUSÃO
Deus, que desde o início se manifestou como Redentor às Suas criaturas, “na plenitude dos tempos”, como diz Paulo, em Gálatas 4.4, manifestou-se da maneira mais plena, pela qual Ele poderia falar à huma-nidade, através do “Verbo” que se fez carne, na pessoa de Jesus Cristo.
Suporte para pequenos grupos:
1. O que é redenção?
2. Por que Deus, apesar do pe-cado do homem, procura se manifestar como Redentor às suas criaturas?
3. O que mais chamou a sua atenção neste estudo? 4. Como você pode experimentar
a graça redentora do Criador, a partir do que aprendeu? 5. Que mudanças precisa fazer
em sua vida, para adequar-se à vontade de Deus?