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Realidade virtual na prevenção de quedas em idosos

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSO DE FISIOTERAPIA

TAYANE DIAS CRAPANZANI

Realidade Virtual Na Prevenção De Quedas em Idosos

Virtual reality in prevention of elderly falls

Artigo apresentado na Unidade de Aprendizagem Relatório em Fisioterapia para obtenção parcial do bacharelado em Fisioterapia.

Orientador (a): Professora Clarissa Niero Moraes.

Tubarão 2019

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RESUMO

Introdução: O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo, gerando alterações bioquímicas, funcionais e morfológicas sendo estes importantes fatores que tornam o idoso suscetível as quedas. As quedas são uma preocupação em saúde pública, ocasionando a diminuição da qualidade de vida, e um alto índice de morbidade e mortalidade entre os idosos. O Nintendo Wii® é um dos exemplos de Exergames mais utilizados, devido ao baixo custo e pela capacidade de transformar movimentos reais em comandos na tela do videogame, estes melhoram o desempenho físico desenvolvendo a atenção, concentração, além de trabalhar a autoconfiança dos idosos. Objetivo: analisar a eficácia da realidade virtual através do Nintendo Wii na prevenção de quedas em idosos. Métodos: O presente estudo foi composto por 10 participantes, divididos em dois grupos, o grupo experimental foi composto por idosos com histórico de quedas e o grupo controle foi composto por idosos que nunca sofreram quedas e foram avaliados por meio da escala de equilíbrio de Berg, escala de marcha de Tinetti, escala de risco de queda de time up and go (TUGT) e questionário de qualidade de vida SF-36. Resultados: de acordo com os resultados obtidos nesse estudo foi possível identificar que a intervenção foi benéfica no equilíbrio em 50%, a mobilidade em 7% e a marcha em 33%. Demonstrando melhora em ambos os grupos, porém com nenhum resultado estatístico (p>0,05). Conclusão: as quedas geram grande impacto na qualidade de vida dos idosos, sendo assim os tratamentos fisioterapêuticos devem atuar na prevenção das mesmas. Descritores: Realidade Virtual; Modalidades de Fisioterapia; Acidentes por Quedas.

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ABSTRACT

Introduction: Aging is a dynamic and progressive process, generating biochemical, functional and morphological changes, being important factors that make the elderly susceptible to falls. Falls are a public health concern, leading to decreased quality of life, and a high rate of morbidity and mortality among the elderly. Nintendo Wii® is one of the most used examples of Exergames, because of the low cost and ability to turn real movements into on-screen game controls, they improve physical performance by developing attention, concentration and self-confidence. Objective: To analyze the effectiveness of virtual reality through Nintendo Wii in preventing falls in the elderly. Methods: The present study consisted of 7 participants, divided into two groups, where the experimental group was composed of elderly people with history of falls and the control group was composed of elderly people who never suffered from falls, were evaluated using the balance scale. Berg, Tinetti gait scale, time up and go fall risk scale (TUGT), and SF-36 quality of life questionnaire. Results: According to the results obtained in this study, it was possible to identify that the intervention was beneficial in balance in 50%, mobility in 7% and gait in 33%. Demonstrating improvement in both groups, but no statistical results (p> 0.05). Conclusion: falls have a great impact on the quality of life of the elderly, so physical therapy treatments should act to prevent them. Keywords: Virtual reality; Physical therapy modalities; Accidents by falls.

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1. INTRODUÇÃO

Com o envelhecimento surgem problemas sensoriais e motores, como alterações visuais, vestibulares e proprioceptivas secundárias a um processo dinâmico e progressivo, que gera alterações bioquímicas, funcionais e morfológicas1. Os ossos vão enfraquecendo, as articulações enrijecendo, a musculatura e a força muscular diminuindo, levando ao prejuízo do controle postural2. O controle postural está diretamente relacionado com vários sistemas do corpo humano, sendo que um deles é o sistema vestibular, e nessa fase há um declínio de todos eles, favorecendo as modificações de equilíbrio e na marcha2.

Devido às alterações presentes no envelhecimento, as quedas são uma grande preocupação por estarem ligadas a diminuição da qualidade de vida, uma maior morbidade e mortalidade entre idosos3. As consequências diretas, ocasionadas pelas quedas são: fraturas, depressão, incapacidade funcional4; os idosos passam a restringir seus movimentos e atividades, por conta da dor e até mesmo pelo medo de cair novamente1,5,6. Elas podem levar a uma imobilização, que acaba se tornando ainda maiores que o problema primário, pois os idosos são suscetíveis a complicações devido ao declínio de habilidades e deterioração dos sistemas orgânicos7.

As quedas podem ocorrer por diversos fatores, dentre elas os fisiológicos (efeitos adversos de medicamentos), ou ambientais (calçados inadequados). Os fatores fisiológicos estão ligados á idade avançada, doenças crônicas, história prévia de quedas e incapacidade funcional5,8. Visto que a maioria das quedas ocorre devido a esses fatores associados ao sistema responsável pela manutenção do equilíbrio6. Cerca de 20 a 30% das quedas levam a ferimentos leves, 10% a 15% de todas as consultas aos serviços de emergência, sendo na maioria das vezes por fratura do quadril, lesões traumáticas do encéfalo e ferimentos dos membros superiores (MMSS), e mais de 50% dos hospitalizados possuem idade superior a 65 anos9,10.

Dentro da gama de tratamentos fisioterapêuticos, a realidade virtual (RV) tem ganhado destaque11,12. Considerada uma técnica lúdica e atrativa, vem se tornando de grande valia no tratamento fisioterapêutico, por se mostrar um recurso eficaz e um meio de estimulação para os idosos, estimulando suas atividades encefálicas, aumentando sua capacidade e diminuindo as recidivas de quedas10,13,14. A RV consiste na interação de imagens através do videogame com o indivíduo, essa interação se dá de um modo tridimensional, e agem por meio da ativação dos sistemas

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sensórios motores, transformando movimentos reais em comandos na tela do videogame14.

O Nintendo Wii® (NW®) é um dos recursos de RV, sendo o mais utilizado no meio terapêutico devido ao custo baixo e aos meios que ele proporciona a transformação de movimentos reais em comandos na tela do videogame, os exercícios fazem com que as células nervosas enviem mensagens aos membros para manter o equilíbrio8,14,15.

Dentre os diversos benefícios que essa técnica proporciona podemos citar, correção da postura, melhora do equilíbrio, confiança em realizar as atividade de vida diária (AVD), aumento da funcionalidade16,17, trabalhando a dissociação de cintura escapular e pélvica e equilíbrio de tronco, fazendo com que o paciente realize rotações, e deslocamentos associados com a dinâmica de cada jogo abordado18.

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2. OBJETIVOS

O objetivo geral deste estudo é analisar a eficácia da realidade virtual através do NW® na prevenção de quedas em idosos. Tem-se como objetivos específicos: Analisar através de questionários específicos os fatores responsáveis pelas quedas nos idosos, constatar a freqüência com que ocorrem estas quedas, avaliar a marcha dos idosos através do teste de Tinetti na primeira e na última consulta de fisioterapia, aplicar a escala de equilíbrio de Berg na primeira e na última consulta de fisioterapia, identificar por meio da escala de Time Get Up and Go Test (TUGT) o risco de quedas em idosos e mensurar o índice de qualidade de vida através do questionário de qualidade de vida SF-36.

3. MÉTODOS

Esta é uma pesquisa exploratória do tipo quali-quantitativa. A pesquisa foi realizada através do ensaio clínico randomizado (experimental) no qual os indivíduos foram alocados de acordo com as quedas sofridas, sendo 5 para o grupo experimental (GE) com aqueles que haviam sofrido quedas, e 5 para o grupo controle (GC) os que não haviam sofrido com quedas, totalizando 10 indivíduos. A presente pesquisa foi constituída por indivíduos que preenchessem os seguintes critérios de inclusão: idosos de ambos os sexos, na faixa etária de 60 a 90 anos, ativos, com o cognitivo preservado, que residam em Tubarão – SC, e que concordem em participar da pesquisa.

Foram excluídos os idosos acamados, impossibilitados de se deslocarem até a clínica escola de fisioterapia da Unisul (CEFU), que realizem atividade física, voluntário que não seja capaz de deambular independente ou com o mínimo de dependência possível (muleta e bengala), que faltem a mais de duas (02) consultas, que esteja realizando algum tratamento fisioterapêutico, que tenham realizado alguma cirurgia nos últimos 6 meses, ou que possua algum distúrbio neurológico ou cardíaco. Os instrumentos utilizados para registrar a coleta de dados foram: ficha de avaliação fisioterapêutica contendo dados pessoais, freqüência de quedas, quando foi a última ocorrência, se pratica atividade física e medicamentos em uso, na escala de equilíbrio de Berg foi utilizada para determinar as quedas em idosos, pois avalia o equilíbrio de diversas formas, sendo constituída por 14 itens comuns nas AVD’s.

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Essa escala possui cinco sub-escalas alternativas que variam de 0 a 4 pontos, totalizando 56 pontos, e quanto menos pontos o idoso fizer maior é sua chance de vir a ter uma queda19.

A escala de risco de quedas Timed Up and Go Test (TUGT) que analisa o nível de mobilidade funcional, tendo como objetivo avaliar o equilíbrio funcional e a mobilidade, realizada através de tarefas diárias, como levantar de uma cadeira, andar, dar a volta e sentar novamente, sendo essa tarefa cronometrada e a capacidade é avaliada através do tempo que o idoso leva para realizá-la19.

Teste de marcha de Tinetti que avalia a mobilidade e equilíbrio dos idosos, determinando a probabilidade de queda, possui 14 tarefas, sendo 8 dela sobre equilíbrio e 6 relacionadas a marcha e cada exercício equivale de 0 á 1 ou 0 á 2 pontos, totalizando 28 pontos, os escores menores que 19 classificam um grande risco de queda20.

E o questionário de qualidade de vida (SF-36) que avalia dentro de 8 campos a qualidade de vida dos indivíduos e seu escore varia de 0 a 100, para cada um dos campos, sendo 0 um pior estado de saúde e 100 um melhor estado de saúde21.

Os resultados da pesquisa foram obtidos através das respostas dos voluntários por meio da ficha de avaliação, escore da escala de Berg, da escala TUGT, do teste de Tinetti e do questionário SF-36. A marcha, o equilíbrio e a qualidade de vida desses participantes foram avaliados na primeira e na última consulta.

Os voluntários do GE e do GC realizaram 12 consultas de fisioterapia por meio do NW®, a primeira foi uma avaliação dos participantes, e a última a reavaliação dos mesmos, e as outras 10 consultas de atendimento com duração de 30 minutos, com freqüência de duas (02) vezes por semana. O atendimento ocorreu na Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina (CEFU), com ciência da instituição envolvida.

O protocolo de tratamento com o NW® foi realizado com modalidades de jogos que trabalhassem o equilíbrio e a mobilidade dos pacientes, fazendo parte do pacote Wii Sports®. As modalidades utilizadas foram: golfe para o equilíbrio e dissociação de cintura pélvica e escapular, boliche e boxe para dissociação de cintura pélvica e escapular, deslocamento do centro de gravidade, e flexão de tronco e flexão lateral de tronco, tênis e basebol para rotações de tronco.

O tempo da intervenção foi dividido do seguinte modo: cada partida durou 5 minutos com intervalo de 1 minuto de descanso, sendo realizadas 2 partidas para os

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movimentos de rotações de tronco, 2 partidas para dissociação de cintura pélvica e escapular, 1 partida para equilíbrio e deslocamento do centro de gravidade.

Os resultados foram organizados em tabelas no Microsoft Excell. A análise dos dados dessa pesquisa foi realizada no Microsoft Excell e no software SPSS 20.0, sendo utilizado o teste estatístico de teste T pareado para comparar antes e após o tratamento e o teste T para amostras independentes, para comparar as variáveis entre os grupos. Também foi utilizado média e desvio padrão, assim como porcentagem para a análise dos resultados. O nível de significância foi de p< 0,05.

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4. RESULTADOS

Os resultados demonstraram que os entrevistados foram todos do sexo feminino (100%), sendo que o GE foi formado por 5 indivíduos com a faixa etária de 67 ± 7,52 anos. E no GC foram 2 indivíduos com faixa etária de 62,5 ± 2,5 anos. Em ambos os grupos houve desistência, sendo que no GE foram 2 e no GC 1, ambas por falta de interesse, ou por procurarem um tratamento mais convencional.

Para avaliar o risco de quedas foi utilizada a Escala de Tinetti em ambos os grupos. Esta escala possui um escore total de 28 pontos, correspondendo a uma boa mobilidade e equilíbrio através da avaliação da marcha. O GE foi composto por indivíduos que sofreram quedas, e o GC por indivíduos que não sofreram quedas, conforme a Quadro 1.

Quadro 1 – Pontuação obtida através da Escala de Tinetti.

GE Avaliação Reavaliação % Valor de p

1 23 24 3,57 2 28 27 -3,57 3 26 27 3,57 4 28 28 0,00 5 24 26 7,14 Total 0,30

GC Avaliação Reavaliação % Valor de p

1 28 27 -3,57 2 28 28 0,00 Total 0,17 Total entre grupos 0,27

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Em relação à mobilidade e equilíbrio determinados através da escala de Tinetti, observou-se melhora nos indivíduos do GE após a intervenção, sendo que no GE o participante 5 melhorou 7%, os participantes 1 e 3 do GE melhoraram 3,5%, a participante 4 do GE e a participante 2 do GC mantiveram o mesmo escore (28 e 28, respectivamente). Duas participantes apresentaram redução do aspecto 17 (percurso de 3m) que se relaciona com a marcha. O resultado total entre grupos não foi significativo (p>0,05) devido á pequena quantidade de voluntários e da diferença da amostra entre os grupos, porém o GE obteve melhores resultados.

O equilíbrio dos voluntários foi avaliado em ambos os grupos através da escala de Berg que possui um escore total de 56 pontos, correspondendo ao equilíbrio testado em diferentes tarefas dinâmicas (Quadro 2). Foi observada melhora em ambos os grupos após as intervenções quando avaliado através do percentual. O participante 1 do GE apresentou melhora de 50%, saindo de uma pontuação de alto risco de queda para baixo ou nenhum risco de queda de acordo com a escala. O participante 5 do GE uma melhora de 10%, o participante 1 do GC melhorou cerca de 7%, e os demais participantes tiveram uma melhora menos visível ou se mantiveram com o mesmo escore, indicando baixo ou nenhum risco de queda, porém os resultados gerais não foram estatisticamente significativos (p>0,05).

Quadro 2 – Avaliação do equilíbrio pela Escala de Berg

GE Avaliação Reavaliação % Valor de p

1 32 48 50,00 2 52 54 3,84 3 51 53 3,92 4 51 54 5,88 5 48 53 10,41 Total 0,10

GC Avaliação Reavaliação % Valor de p

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1 51 55 7,84 2 55 55 0,00 Total 0,50 Total entre grupos 0,50

A velocidade da marcha foi avaliada através da escala de TUGT, que determina o risco de queda por meio de seu tempo de realização, onde um tempo maior para completar o percurso caracteriza uma chance aumentada de queda, e um menor tempo caracteriza baixo risco de queda (Quadro 3).

Quadro 3– Pontuação obtida pelo TUGT

GE Avaliação Reavaliação % Valor de p

1 17 17 0,00 2 14 13 7,14 3 14 12 14,28 4 15 10 33,33 5 14 11 21,42 Total 0,06

GC Avaliação Reavaliação % Valor de p

1 16 12 25,00

2 10 9 10,00

Total 0,34

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Na escala que avaliou a velocidade e precisão da marcha, demonstrou melhora no GE no qual houve redução do tempo utilizado para realizar o percurso determinado, sendo que o participante 4 melhorou 33%, saindo de um risco moderado de queda para baixo ou nenhum risco de queda. O participante 5 melhorou 21%, o participante 3 melhorou 14%, e os demais tiveram uma melhora menor ou se mantiveram iguais. No GC também se observou uma melhora na velocidade e precisão da marcha, no participante 1 de 25%, determinando um baixo risco de quedas após a intervenção. Sendo que o valor geral entre os grupos não foi significativo(p=0,83).

Em relação ao aspecto sono avaliado na ficha de anamnese através de um questionamento de como era normalmente o sono dessas participantes, considerando se durava a noite inteira, e se era necessário a utilização de medicamentos para dormir, 3 indivíduos do GE possuíam um sono bom, que durava a noite toda, e 2 indivíduos apresentavam sono razoável, porém não constante durante toda noite. E dentre os indivíduos do GC todos apresentaram um ótimo sono que dura a noite inteira. Já para o GE em relação as quedas sofridas nos últimos 12 meses estão descritas no Quadro 4, tendo como principal local de quedas a rua.

Quadro 4 – Quedas sofridas pelo grupo experimental Pacientes GE Quantidade de quedas em 12 meses Consequências dessas quedas Local da queda

1 1 Arranhões Calçada irregular

2 1 Dolorido Em casa

3 1 Olho roxo Pátio de casa

4 1 Luxação Na rua

5 1 Arranhões e

hematoma

Na rua

Para avaliar a qualidade de vida dos indivíduos foi utilizado o questionário SF – 36, que é composto por domínios separados por capacidade funcional, aspecto

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físico, dor, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental (quadro 5).

Quadro 5 – Questionário de qualidade de vida SF-36 Domínios da qualidade Grupos Número de participantes Média Desvio Padrão Teste T (valor de p) Capacidade Funcional GE 5 70 5,2 0,604724 GC 2 71,25 1,25 Aspecto físico GE 5 75 15 0,896637 GC 2 62,5 0 Dor GE 5 62,25 6,44 0,684279 GC 2 58,75 0,25 Estado Geral de Saúde GE 5 79,5 4,64 0,668398 GC 2 69 3 Vitalidade GE 5 70 6,6 0,364704 GC 2 45 2,5 Aspectos Sociais GE 5 81,25 9,5 0,524969 GC 2 75 0 Aspecto emocional GE 5 66,66 14,66 0,27292 GC 2 91,66 8,33 Saúde Mental GE 5 84 5,44 0,738744 GC 2 63 3

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Observando que no GE a média dos aspectos de estado de saúde geral foi de 79,5 pontos, aspectos sociais 81,25 pontos e saúde mental 84 pontos; foram os mais próximos de 100 pontos. Já o GC apenas o aspecto emocional atingiu 91,66 pontos, os demais ficaram todos abaixo de 75 pontos.

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5. DISCUSSÃO

O processo de envelhecimento altera uma gama de fatores, como o controle postural e o equilíbrio, que agem em associação e são responsáveis por manter o indivíduo em pé22. Observa-se também um declínio da postura estática e dinâmica desses idosos, em conjunto com compensações de movimentos, os quais levam as quedas. Sendo que estas são responsáveis pela redução da qualidade de vida e maior morbidade na terceira idade, associado com o declínio dos sistemas que controlam a manutenção da estabilidade corporal, que também possuem grande conexão com a qualidade de vida desses idosos, comprometendo funcionalmente os mesmos22,23. No presente estudo as quedas foram de 1 (queda) dentro de um período de 12 meses, ocorrendo em situações como na rua e em casa.

Na pesquisa foram utilizadas escalas e questionários para avaliar o risco de queda dentro dessa população, logo uma das escalas utilizadas foi a de Tinetti que classifica aspectos da marcha como a velocidade, a distância do passo, a simetria e o equilíbrio em pé, o girar sobre o próprio eixo e também as mudanças com os olhos fechados, porém a análise da mesma não apresentou resultado significativo. Apenas um indivíduo apresentou melhora de 7% em relação ao aspecto da marcha. Em um estudo20 realizado com 83 idosas com o objetivo de verificar quais os fatores que se associam com quedas em idosas independentes e autônomas, as mesmas também foram submetidas a escala de Tinetti, e os resultados demonstraram que o equilíbrio corporal visto nas idosas, estava associado com a ocorrência de quedas, indicando que esse teste é um instrumento eficiente para predispor o risco de quedas.

Em outro ensaio clínico randomizado24 com 16 idosos foi realizado treinamento de equilíbrio e coordenação no GE durante 12 semanas, 3 vezes por semana. Os idosos foram avaliados pela escala de Tinetti e TUGT; comparado ao grupo que realizou apenas exercícios cardiorrespiratórios (GC), os idosos do GE tiveram melhor desempenho nas escalas utilizadas que o grupo controle. Estes resultados vão de acordo com o presente estudo onde o grupo que sofreu quedas obteve melhores resultados em função da mobilidade, equilíbrio e velocidade da marcha.

No estudo de Nogueira (2017)25 foi realizado uma análise de 25 prontuários de idosos entre 65 e 95 anos, e o risco de quedas desses indivíduos foi avaliado através da escala de Tinetti, ao qual apresentou média de 21 pontos, mostrando que desses 16 indivíduos 25% possuem risco aumentado de quedas.

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Para Sozzo et al (2017)26 essa escala é a mais utilizada por avaliar vários aspectos funcionais do equilíbrio, por mais que haja uma compensação devido a utilização de um membro de preferência do paciente, ainda é considerada uma escala de boa aplicabilidade na avaliação do equilíbrio, no monitoramento do estado geral do paciente, do curso de uma doença, predizendo seus riscos de queda.

Destaca-se a hipótese de que ocorre uma visível perda de massa muscular no envelhecimento, propondo que inicialmente perde-se força nos membros inferiores, e depois em membros superiores e tronco. Ou seja, com essa função prejudicada apresentam grandes chances dos idosos sofrerem com quedas e suas complicações27. O estudo de Dias et al (2009)27 foi composto por 55 idosos, divididos em dois grupos de acordo com a faixa etária, sendo um grupo composto por idosos de 65 a 79 anos e o outro por idosos entre 80 e 94 anos, e objetivou observar qual a faixa etária, o agrupamento e a tarefa do teste em que os idosos apresentavam maior déficit de equilíbrio, e para isso foi utilizada a escala de equilíbrio de Berg. De acordo com a avaliação realizada pela escala de Berg idosos acima de 80 anos apresentaram maior desequilíbrio27. A faixa etária do estudo atual chegou a próximo dos 70 anos, não ultrapassando esta idade, podendo justificar o baixo número de quedas sofrida pelos participantes.

O estudo de Paiva (2017)26 compara o risco de quedas de idosos ativos e sedentários através da escala de Berg, para determinar a influência da atividade física no desempenho de tarefas avaliadas na escala, e no mesmo observaram que os idosos que não praticam atividade física têm mais risco de queda se comparado com aqueles que praticam. No presente estudo os idosos eram sedentários, a RV é uma das opções lúdicas de proporcionarem a estes idosos um exercício físico diferenciado. Em relação a TUGT, em um estudo29 realizado com 5 idosos avaliados através do teste de levantar e andar e o equilíbrio através da escala de Berg, indicou que no teste de TUGT 40% dos indivíduos apresentavam lentidão para realizar o teste, e em relação ao equilíbrio 20% dos indivíduos apresentaram déficit de equilíbrio, indicando que ambos os testes são eficientes como auxiliares na avaliação da mobilidade e equilíbrio, detectando eficientemente alterações referentes ao equilíbrio29. No estudo em questão observou-se uma redução do tempo de realização do teste, sendo que o tempo maior observado no GE foi de 17 segundos na avaliação, e na reavaliação o tempo mínimo observado foi de 10 segundos. No estudo de Santos (2013)30 apresentaram a comparação de idosos caidores e não caidores, relacionando o tempo

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médio de ambos os grupos, visto que os idosos que eram considerados caidores apresentaram uma média razoavelmente maior que os não caidores. Sendo assim esse teste é considerado importante preditor em detectar o risco aumentado de quedas em idosos.

Não foi observado melhora significativa em relação a nenhum aspecto dos domínios avaliados do questionário SF-36, porém estudos31,32 demonstram que a atividade física tem efeito positivo em todos os aspectos desse questionário de qualidade de vida, sendo que o mesmo é aplicado em qualquer tipo de paciente. Considerando que o processo de envelhecimento é um grande desafio uma vez que se associa com a dependência e a perda do controle sobre a própria vida, confirmado através de critérios médicos, biológicos e psicológicos31,32.

Segundo Silva (2009) a qualidade de vida na velhice se relaciona a diversos aspectos que se referem ao processo de envelhecimento, esse mesmo autor define quatro principais pilares que se relacionam, ambiente, competência comportamental, qualidade de vida percebida e bem-estar subjetivo33. Em relação ao aspecto emocional nesse estágio, observa-se frequentes alterações por ser considerada uma fase que se relaciona intimamente com a depressão, por sentirem-se incapazes. Devido a esse estado estudos tem mostrado que os idosos possuem desempenho ruim em testes de memória, diminuição na velocidade de processar informações, seguido por déficits de atenção31. De acordo com o presente estudo o GC apresentou as menores médias na maioria dos aspectos, excluindo o emocional, isso se deve a estes indivíduos ainda não terem apresentado nenhuma queda até o momento presente e ainda não terem traumas ou maior receio.

Em um ensaio clínico controlado randomizado34 foi aplicado a realidade virtual através do Nintendo Wii® Fit, três vezes por semana, durante seis semanas, com 40 indivíduos entre 60 e 95 anos. Os resultados demonstraram que após a intervenção esses idosos apresentaram melhora significativa em relação ao equilíbrio. O estudo de Jesus (2015)35 foi composto por 26 indivíduos, com idade igual ou acima de 60 anos, utilizando o Nintendo Wii®, com o objetivo de melhorar os desequilíbrios apresentados pelos mesmos, como resultados observou-se no estudo a redução de tonturas e desequilíbrios, bem como aumento da qualidade de vida dos indivíduos. O equilíbrio também foi um dos dados avaliados no presente estudo e os resultam estão de acordo, pois foi observado melhora em ambos os grupos após as intervenções quando avaliado através do percentual.

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Jorgensen et al. (2013)36 realizou um ensaio clínico controlado randomizado com 58 idosos de aproximadamente 75 anos, e os dividiu em grupo experimental utilizando Nintendo Wii® e o grupo controle apenas palmilhas, a intervenção do GE durou 70 minutos, 2 vezes por semana, durante 10 semanas, foi avaliada a marcha dos voluntários por meio do TUGT, demonstrando que no GE houve melhora significativa da marcha após a intervenção com o Nintendo Wii®.

Bieryla e Dold (2013)37 também realizaram um ensaio clinico controlado randomizado utilizando o Nintendo Wii® em 9 idosos entre 70 e 92 anos, com duração de 35 a 45 minutos, 3 vezes por semana, por 3 semanas, no qual os idosos foram avaliados através da escala de Berg para equilíbrio e mobilidade e da escala de TUGT para marcha, evidenciando que após a intervenção houve melhora significativa em relação ao equilíbrio e mobilidade avaliados pela escala de Berg, observou redução do tempo de realização do teste de TUGT porém não houve aumento significante. Ambos estudos corroboram com os resultados obtidos na pesquisa em questão relacionados com a melhora do equilíbrio e da marcha apresentada por esses idosos pós intervenção.

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6. CONCLUSÃO

De acordo com as estatísticas a população está envelhecendo e a expectativa de vida aumentando, onde demanda ações preventivas que controlem os fatores de risco apresentados nesse processo, sendo um dos maiores dos fatores e que causa importantes complicações e redução da qualidade de vida são as quedas.

Visto que os resultados desse estudo demonstraram que durante o envelhecimento nos deparamos com um declínio das funções, tanto físicas quanto cognitivas, apresentando a queda como um dos principais limitadores funcionais e psicológicos, devido ao grande impacto que causa na qualidade de vida dos idosos.

E demonstraram que a aplicabilidade da realidade virtual na população idosa como meio de prevenção para futuras quedas age positivamente contribuindo para uma melhora do equilíbrio, mobilidade e desempenho de atividades diárias. Além de ser considerado de baixo custo e fácil acesso, pode e vem se tornando um importante meio de tratamento e prevenção.

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APÊNDICE

APÊNDICE A

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

Você está sendo convidado (a) para participar como voluntário (a), em uma pesquisa que tem como título “Realidade virtual na prevenção de quedas em idosos’’. A pesquisa tem como objetivo avaliar o efeito da realidade virtual através do Nintendo Wii na prevenção de quedas em idosos.

Esta pesquisa é importante pois irá avaliar quais os efeitos dos jogos virtuais que estão sendo estudados. Para a presente pesquisa serão selecionados pacientes com saudáveis, com a capacidade intelectual preservada, com registro na lista de espera por atendimentos Clínica Escola de Fisioterapia da Unisul da cidade de Tubarão-SC, entre os anos de 2017 e 2019, possuindo idade entre 65 e 80 anos, de ambos os sexos e que aceitarem participar da pesquisa mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Os pacientes escolhidos poderão ser ou não pacientes que já participaram de atendimentos ou pesquisas na Clínica escola de Fisioterapia da Unisul da cidade de Tubarão -SC, contudo que estejam dentro dos critérios de exclusão e inclusão da pesquisa, sendo que se os mesmos não aceitarem participar da pesquisa este motivo não implicará no atraso do atendimento aguardado. Esclarecendo que os atendimentos para a pesquisa serão ofertados pelas pesquisadoras em horários extras.

O início dos atendimentos estará condicionado a fazer parte do estudo, caso o participante necessite continuar seu tratamento fisioterapêutico o mesmo terá acesso gratuito e por tempo indeterminado de outras intervenções na Clínica Escola de Fisioterapia da Unisul da cidade de Tubarão-SC. Neste estudo será realizada uma avaliação composta por dados pessoais, história da doença atual (HDA), história da doença pregressa (HDP), histórico familiar e medicações que utiliza, a ser respondido pelo paciente, uma avaliação da marcha, e do equilíbrio através da escala de Tinetti e de Berg, respectivamente.

Ao final das 10 consultas do GE o GC possui o direito de realizar o mesmo tratamento adequando os horários com os pesquisadores.

A Reabilitação virtual traz benefícios importantes para a prevenção de quedas em idosos, pois auxilia na realização das atividades domiciliares, a motivação, estímulos de funções

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cognitivas, correções posturais, melhora do equilíbrio, funcionalidade dos membros superiores e inferiores entre outros.

Os riscos que a Reabilitação virtual pode oferecer é uma possível dor na musculatura e cansaço devido a alguns exercícios, será respeitado o limite de dor, sendo que a mesma não causa maior dor que os recursos convencionais.

Caso os resultados não sejam satisfatórios, será oferecido o tratamento tradicional aos participantes da pesquisa.

Quanto ao monitoramento de segurança dos dados, o estudo obedecerá á recomendação de guardar os instrumentos utilizados na coleta de dados por um período de cinco anos, a contar a partir do término da pesquisa, os quais estarão sob guarda do pesquisador responsável.

Sua participação no estudo é voluntária, sendo assim, você poderá desistir a qualquer momento. Você poderá, quando quiser, pedir informações sobre o estudo ao pesquisador. Esse pedido pode ser feito pessoalmente, antes ou durante a entrevista, ou depois dela, por telefone, a partir dos contatos do pesquisador que constam no final deste documento.

Todos os seus dados de identificação serão mantidos em sigilo e sua identidade não será revelada em momento algum. Em caso de necessidade, serão adotados códigos de identificação ou nomes fictícios. Dessa forma, os dados que você fornecer serão mantidos em sigilo e, quando utilizados em eventos e artigos científicos, a sua identidade será sempre preservada. Lembramos que sua participação é voluntária, o que significa que não poderá ser pago, de nenhuma maneira, por participar desta pesquisa.

Eu, _______________________________, abaixo assinado, concordo em participar desse estudo como sujeito. Fui informado (a) e esclarecido (a) pelo pesquisador sobre o tema e o objetivo da pesquisa, assim como a maneira como ela será feita e os benefícios e os possíveis riscos decorrentes de minha participação. Recebi a garantia de que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto me traga qualquer prejuízo.

Nome por extenso: ________________________________________________ RG: ________________________________________________ Local e Data: ________________________________________________ Assinatura: ________________________________________________ Orientadora: Profª: Clarissa Niero de Moraes

Telefone para contato: (48) 9 99568518 Pesquisadora: Tayane Dias Crapanzani Telefone para contato: (48) 9 96711243

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ANEXO

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Referências

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