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ULTRASSOM MICROFOCADO NO REJUVENESCIMENTO FACIAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

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Academic year: 2022

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA – UNIPÊ PRO REITORIA ACADÊMICA - PROAC

CURSO DE BACHARELADO EM FISIOTERAPIA

JEFERSSON DA SILVA FRANÇA JESSICA NATHALIA CHAGAS FRANÇA

ULTRASSOM MICROFOCADO NO REJUVENESCIMENTO FACIAL:

UMA REVISÃO INTEGRATIVA

JOÃO PESSOA 2020

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2 JEFERSSON DA SILVA FRANÇA

JESSICA NATHALIA CHAGAS FRANÇA

ULTRASSOM MICROFOCADO NO REJUVENESCIMENTO FACIAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Monografia apresentada ao componente curricular TCC, do curso de Fisioterapia do Centro Universitário de João Pessoa- UNIPÊ, em cumprimento aos requisitos necessários para obtenção do grau de bacharel em Fisioterapia. Linha de Pesquisa: Dermatofuncional.

ORIENTADORA: Msª Veruschka Ramalho Araruna.

JOÃO PESSOA 2020

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3 FICHA CATALOGRÁFICA

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4 JEFERSSON DA SILVA FRANÇA

JESSICA NATHALIA CHAGAS FRANÇA

ULTRASSOM MICROFOCADO NO REJUVENESCIMENTO FACIAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Monografia apresentada ao componente curricular TCC, do curso de Fisioterapia do Centro Universitário de João Pessoa- UNIPÊ, em cumprimento aos requisitos necessários para obtenção do grau de bacharel em Fisioterapia. Linha de Pesquisa: Fisioterapia Dermatofuncional

APROVADA EM: _____15_____/____12______/_____2020_____.

BANCA AVALIADORA

_______________________________________________________________

ORIENTADOR - PROFª MSª VERUSCHKA RAMALHO ARARUNA.

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ

_______________________________________________________________

EXAMINADOR - PROFª ANNUSKA VIEIRA DA FONSECA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ

_______________________________________________________________

EXAMINADOR - PROFª ANA CRISTINA NÓBREGA MARINHO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ

JOÃO PESSOA 2020

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5 A Deus, que nos criou e deu o fôlego da vida e que sempre deu forças pra eu nunca desistir.

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6 “ Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina!’’ Cora Coralina

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7 RESUMO

O processo de envelhecimento acontece de forma gradual e natural, e com o passar do tempo vai ficando mais evidente. É um processo cronológico, dependente de fatores intrínsecos e extrínsecos. O tratamento com o uso do ultrassom microfocado surgiu com objetivo de depositar altas quantidades de energia em um ponto focal, sem apresentar alterações em tecidos adjacentes. Uma das características importantes do ultrassom microfocado é que ele se diferencia de outras técnicas já existentes no mercado, por apresentar a função de produzir microlesões de forma térmica em profundidades significantes, na derme reticular e também na camada fibromuscular, determinada de Sistema Muscular Aponeurótico Superficial (SMAS).

O objetivo desta pesquisa é verificar por meio da literatura o efeito do ultrassom microfocado no rejuvenescimento facial. Trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa de literatura sendo desenvolvida a partir da questão norteadora, qual o resultado da aplicabilidade do ultrassom microfocado no rejuvenescimento facial? Esse método de pesquisa objetiva traçar uma análise sobre os resultados já construídos em pesquisas anteriores. Os artigos científicos tiveram como pauta à coleta por meio das bases de dados Medline, Pubmed e Lilacs. Sendo selecionadas palavras chaves qualificadas no (DECS) e no MeSH os seguintes descritores utilizados em português e em inglês, no entanto utilizando a combinação de booleano AND, incluso no vocabulário estruturado e trilíngue (DECS) para indexação dos artigos. Para a inclusão dos artigos foram usados estudos publicados em âmbito nacional e internacional que estavam disponíveis em sua totalidade publicados nos anos de 2010 a 2019 e que atenderam aos critérios de elegibilidade. A pesquisa foi realizada no intervalo de tempo agosto a outubro de 2020 a análise dos dados coletados em artigos foi elaborada em uma abordagem do tipo narrativa adquirida durante a pesquisa, no qual possibilitou verificar, descrever e assim classificar os dados coletados. No mais as evidências encontradas são bastante significativas apontando a eficiência do Ultrassom Microfocado no rejuvenescimento facial, porém se fazem necessários mais estudos na área tendo em vista que a tecnologia é nova no mercado e a base científica para indicações clínicas é limitada.

Palavras- chave: Envelhecimento. Sistema tegumentar. Terapia com HIFU.

ABSTRACT

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8 The aging process happens gradually and naturally, and over time it becomes more evident. It is a chronological process, dependent on intrinsic and extrinsic factors. The treatment with the use of microfocused ultrasound appeared with the objective of depositing high amounts of energy in a focal point, without showing changes in adjacent tissues. One of the important characteristics of microfocused ultrasound is that it differs from other techniques already on the market, as it has the function of producing microlesions in a thermal manner at significant depths, in the reticular dermis and also in the fibromuscular layer, determined by the Superficial Aponeurotic Muscular System ( SMAS). The objective of this research is to verify through the literature the effect of microfocused ultrasound on facial rejuvenation. It is an integrative literature review research being developed based on the guiding question, what is the result of the applicability of microfocused ultrasound in facial rejuvenation ?, this research method aims to trace an analysis of the results already built in previous research. The scientific articles were guided by the collection through the Medline, Pubmed and Lilacs databases. Qualified keywords were selected in (DECS) and MeSH the following descriptors used in Portuguese and in English, however using the combination of Boolean AND, included in the structured and trilingual vocabulary (DECS) for indexing the articles. For the inclusion of articles, studies published nationally and internationally were used, which were available in their entirety published in the years 2010 to 2019 and which met the eligibility criteria. The research was carried out from August to October 2020, the analysis of data collected in articles was elaborated in a narrative approach acquired during the research, in which it was possible to verify, describe and thus classify the collected data. Furthermore, the evidence found is quite significant, pointing out the efficiency of Microfocused Ultrasound in facial rejuvenation, however further studies in the area are necessary, considering that the technology is new in the market and the scientific basis for clinical indications is limited.

Keywords: Aging. Integumentary system. HIFU therapy.

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9

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 10

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 11

2.1 Anatomia da pele 11

2.1.1 Epiderme 12

2.1.2 Junção Dermoepidérmica 14

2.1.3 Derme 14

2.1.4 Substância Fundamental Amorfa 15

2.1.5 Sistema Muscular Aponeurótico 15

2.2 Envelhecimento 16

2.2.1 Teoria dos Radicais Livres 17

2.2.2 Teoria do Encurtamento dos Telômeros 18

2.2.3 Radiação Ultravioleta 19

2.2.4 Sinais do Envelhecimento 21

2.3 Fisioterapia Dermatofuncional 24

2.4 Ultrassom Microfocado 25

2.4.1 Indicações e contraindicações 28

3 METODOLOGIA 29

4 RESULTADOS E DISCURSÃO 31

5 CONCLUSÃO 41

REFERÊNCIAS 42

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10 1 INTRODUÇÃO

O processo de rejuvenescimento facial não cirúrgico e o minimamente invasivo resultaram no aumento do uso de neurotoxinas e preenchimentos injetáveis, além de tratamentos e reafirmação da pele com recursos eletrotermofototerapêuticos. Indivíduos com flacidez da pele do rosto geralmente buscam rejuvenescimento com diversos tratamentos não invasivos, seguros, eficazes e rápidos. Essa busca gerou também um interesse especial por radiofrequência ou ultrassom microfocado por fazer parte do plano geral de melhorar o tônus da pele e promover um lifting nas estruturas faciais (SHOME, 2019).

Trata-se de um novo tratamento estético, que provoca aquecimento do tecido. Pode ser aplicado na pele do rosto além de outras áreas do corpo. Diferente da energia de outros recursos como a radiofrequência, o HIFU pode penetrar mais profundamente nos tecidos sem aquecer as estruturas superficiais da pele, permitindo temperaturas mais altas de tratamento com maior profundidade, chegando até o sistema músculo aponeurótico superficial (SMAS) para produzir desnaturação térmica focalizada do colágeno e subsequente neocolagênese (CALÇADA:

SILVA, 2017).

O ultrassom microfocado é marcado pelo fornecimento preciso de energia do ultrassom em profundidades predefinidas e mapeamento da pele. Essa tecnologia consente a indução de coagulação térmica precisa com calor em pontos de 65 ° C sem danificar a epiderme, camada mais superficial da pele. Estudos clínicos demonstraram que o ultrassom microfocado é eficaz como dispositivo de levantamento e escultura não invasivos, especialmente, da face superior, face inferior e o pescoço (FABI, 2015).

Estudos recentes afirmam que os tratamentos não invasivos, especialmente aqueles destinados ao rejuvenescimento facial, sejam eficazes e seguros com um tempo de recuperação mínima. Embora o processo de envelhecimento cutâneo facial seja parte natural do envelhecimento humano, pesquisas apontam que, em associação com a expectativa de vida, houve aumento da procura por meios de intervenções que prometem melhorar a aparência e atenuar os sinais de envelhecimento cutâneo (PUJOL, 2011). Pelo fato da literatura afirmar que existem benefícios no rejuvenescimento da face, esse estudo se justifica em querer saber qual o resultado da aplicabilidade do ultrassom microfocado no rejuvenescimento facial? E tem como objetivo principal elencar os efeitos do ultrassom microfocado no rejuvenescimento facial.

(11)

11 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2 .1 ANATOMIA DA PELE

A pele encontra-se localizada logo a acima do tecido de gordura, fáscias, músculos e ossos apresenta características que vão além da dinâmica com atividade constante das células ao decorrer dos anos, sendo este o órgão que tem a função de regulação do organismo, barreira mecânica, percepções sensoriais e sexuais, regulação da temperatura, imunidade cutânea além de desempenhar função social (BORGES; SCORZA, 2016).

A pele é responsável pelo revestimento do corpo sendo formada por duas porções, uma conjuntiva de origem ectodérmica, denominada epiderme localizada superficialmente e a porção conjuntiva de origem mesodérmica, a derme sendo mais profunda. Em continuidade com a derme encontra-se a hipoderme ou tecido subcutâneo (Figura 1). A pele representa 16%

do peso do corpo sendo um dos maiores órgãos do corpo humano (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017).

Figura 1- Pele e seus anexos.

Fonte: MOORE; DALLEY (2007).

A pele humana é composta pelo sistema epitelial composto por pelos, unhas e glândulas, além de limitar o meio interno do corpo para o meio externo, promove a termo regulação

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12 corporal, sintetiza vitamina D, tem a função de barreira para agentes invasores é também responsável pela secreção e absorção de substâncias, além de desempenhar um papel fundamental do ponto de vista estético e cutâneo sensorial. É um órgão que mostra a personalidade, exala odores e estão relacionadas ao comportamento e sensações do ser humano.

Sendo assim a procura por uma pele perfeita tem sido o objetivo do ser humano desde os primórdios (ALBANO; PEREIRA; ASSIS, 2018).

2.1.1 Epiderme

A epiderme é a parte mais externa da pele que pode ser identificada ao toque. A epiderme origina-se do ectoderma, de acordo com a localização seu espessamento varia sendo formado estruturalmente por quatro diferentes tipos de células, sendo os queratinócitos, merkel, melanócitos e langerhans essas células tem diferentes funções sendo elas as principais células que contribuem para a estrutura da pele (Figura 2). Em média o ciclo de vida das células que compõe a estrutura da epiderme é de aproximadamente três semanas. A estrutura da epiderme é constituída por um tecido epitelial do tipo estratificado pavimentoso queratinizado (BORGES;

SCORZA, 2016; AGUIAR, 2017).

Figura 2- Os quatros tipos de células que formam a epiderme.

Fonte: BORGES; SCORZA (2016).

A epiderme é constituída por células que desempenham diferentes funções são elas:

queratinócitos (corneócitos) que correspondem a 80% dos números de células que

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13 compreendem a epiderme e desempenha o papel fundamental da renovação celular (descamação) da epiderme, outros tipos de células que fazem parte da estrutura da epiderme são as células de Langerhans sendo representada na epiderme por (2% a 8%), responsáveis pela imunidade da pele, as células de Merkel estão presentes em (3%), responsáveis pela percepção tátil e os melanócitos que estão entre (5% a 10%), fundamentais na produção do pigmento da pele, a melanina (BORGES; SCORZA, 2016).

A epiderme é constituída por camadas, sendo a camada córnea formada por células mortas, anucleadas e superficiais (Figura 3). Nessa camada os queratinócitos se transformam em placas e estão em constante descamação. A camada lúcida possui núcleo e pode apresenta- se visível em tecido cutâneo espesso. A camada granulosa é formada por núcleo, querato-hialina e células achatadas é nesta camada onde é formada a barreira contra invasores e hidratação. A camada espinhosa é constituída por tonofilamentos, células-troncos, queratinócitos e desmossomos. E por último, a camada basal é formada por dois tipos de células que são os melanócitos e as células basais que dão origem as demais camadas da epiderme pelo processo de diferenciação celular (CALÇADA; SILVA, 2017).

Figura 3- Esquema do tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado.

Fonte: BORGES; SCORZA (2016).

A camada basal é a camada mais profunda da epiderme ricamente composta por células- tronco. É destacada entre as demais camadas por apresentar alta atividade mitótica que tem por finalidade formar as camadas adjacentes, segundo Rivitti, (2014, p. 5) a camada basal “é

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14 essencialmente germinativa, originando as demais camadas da epiderme, por meio de progressiva diferenciação celular”.

A barreira epidérmica protege a pele de microrganismos, substâncias químicas, traumatismos físicos e ressecamento por perda transepidérmica de água. Essa barreira é criada pela diferenciação dos queratinócitos à medida que se movem da camada de células basais para o estrato córneo. Os queratinócitos da epiderme são produzidos e renovados por células-tronco existentes na camada basal, o que resulta em substituição da epiderme a aproximadamente cada 28 dias (BOHJANEN, 2017, p.

05).

2.1.2 Junção dermoepdérmica

A junção dermoepdérmica ou membrana basal é responsável pela união da estrutura da epiderme e derme, é estruturalmente formada por uma composição de moléculas que tornam essa junção diferente dos tecidos adjacentes. O hemidesmossomo fixa estruturalmente os queratinócitos na membrana basal e o colágeno é encontrado na camada mais profunda da derme sendo suas fibras organizadas longitudinalmente. Nesta região também se encontram as estruturas emaranhadas que apresentam aberturas que são: os canais sudoríferos e infundíbulos onde estão os folículos pilossebáceos. Segundo Aguiar (2017, p. 21) “a face epidérmica do bloco dérmico é papilomatosa, apresentando grandes cílios que separam as estruturas das papilas, sendo essa estrutura mantida por uma rede de colágeno da membrana basal”.

2.1.3 Derme

É formada por tecidos conjuntivos sendo responsáveis pelo estabelecimento e manutenção da estrutura do corpo. É um tecido composto por matriz extracelular sendo este tecido originado da formação embrionária do mesoderma. É a camada vital da pele, responsável pela sustentação, é onde muitos dos sinais ocorridos se manifestam. É estruturalmente composta por elastina, que é responsável pelo tônus e elasticidade da pele, colágeno, responsável pelo alongamento e estrutura da pele, vasos sanguíneos, responsáveis por promover a nutrição e remoção de toxinas, nervos, que caracterizam a pele como o maior órgão sensível do corpo humano, glândulas sebáceas, responsáveis pela hidratação e glândulas sudoríparas que fazem parte da regulação da temperatura do corpo (AGUIAR et al.,2017; JUQUEIRA; CARNEIRO, 2017).

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15 É generosamente formada por vasos sanguíneos e vasos linfáticos, além de estruturas do sistema nervoso periférico sensorial e de musculatura lisa. É geneticamente formada por duas camadas: a superficial denominada camada papilar, sua estrutura é composta por tecido conjuntivo do tipo frouxo e está localizada logo abaixo da epiderme, em seguida abaixo da camada papilar encontra-se a camada reticular, que é a camada profunda da derme. Sendo formada estruturalmente por tecido conjuntivo do tipo denso não modelado (BORGES;

SCORZA, 2016).

Apresenta variações de sua espessura, podendo alcançar até 3 mm em algumas regiões do corpo. A derme superficial é estruturalmente irregular, onde podem ser observadas proeminências que são as papilas dérmicas que conduzem as reentrâncias equivalentes da epiderme. As papilas tem por objetivos unir as duas camadas da pele, a superficial epiderme e a profunda derme (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017).

2.1.4 Substância Fundamental Amorfa

Tem por finalidade desempenhar a resistência frente às compressões aplicadas sobre a pele, sendo um complexo viscoso e altamente composto por macromoléculas de glicosaminoglicanas, proteocglicanos e de glicoproteínas que permitem o turgor da pele. Tem propriedade de tixotropia assim como demais componentes do tecido conjuntivo, ou seja, tem a capacidade de passar do estado líquido para a capacidade gel. Por tanto quando esse tecido sofre um aumento de temperatura como com recursos fototerápicos, ele aumenta o grau de viscosidade contribuindo para a diminuição da resistência da pele frente ao aumento do calor sobre a pele e quando se tem diminuição da temperatura a viscosidade tende a aumentar assim diminui a maleabilidade do tecido (BORGES; SCORZA, 2016).

2.1.5 Sistema Muscular Aponeurótico.

O Sistema Muscular Aponeurótico (SMAS) é uma camada presente em toda a estrutura corporal sendo mais disposta na face, dependendo do local podem ser finas ou espessas. Em 1825 o Sistema Muscular Aponerótico foi descrito pela primeira vez por Velpeau. Pode ser considerada uma continuação da fáscia temporal superficial da face ou a camada temporoparietal sendo participante das expressões faciais agindo como um distribuidor das

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16 contrações musculares da face para pele. Sendo assim o SMAS é de fundamental importância nas cirurgias de ritidoplastias, conhecida como lifting facial (CALÇADA: SILVA, 2017).

Está em contato direto com o tecido subcutâneo, envolvendo os músculos que são responsáveis pela mímica facial, formada por colágeno e fibras elásticas, idênticas às fibras da derme, porém existe a diferença de ser responsável pela sustentação da pele. As fibras de colágeno são contraídas devido ao processo de coagulação térmica assim contribui para o modelamento do contorno facial e ao mesmo tempo possibilita que quantidades pequenas de tecido adiposo sejam removidas, resultando em uma melhora do contorno da face. O colágeno presente no SMAS diminui cerca de 6% a cada década sendo este o fator que contribui para a dobra nasolabial e capuz da testa e mandíbula (TADISINA; PATEL; CHOPRA, 2013; LEE et al.,2015).

2.2 ENVELHECIMENTO

De acordo com Organização Mundial da Saúde, entre os anos de 1950 e 2025, a população brasileira que está acima dos 60 anos de idade vai aumentar 16 vezes, no entanto a população geral brasileira crescerá cinco vezes. A elevação da expectativa de vida é uma realidade que também acontece em países que estão em desenvolvimento, sendo assim tem-se aumentando o desejo por estudos do processo de envelhecimento. A pele humana caracteriza visivelmente a ação causada pelo tempo que por ele é alterado. Sendo, então, o envelhecimento intrínseco que pode ser considerado cronológico. No entanto, há, ainda, o envelhecimento extrínseco causado pelos fatores ambientais, fundamental no resultado final do processo (MONTAGNER; COSTA, 2009).

O envelhecimento humano é um processo natural do corpo, que tem a pele como o principal marcador dos sinais da idade cronológica (ORTOLAN et al.,2013).

A percepção da etnia, idade, estado de saúde e atratividade é afetada pelo aspecto da pele e do cabelo. Fotodano, erupções, distúrbios do cabelo, distúrbios pigmentares e acne podem produzir efeitos profundos na autoimagem e em como o indivíduo é percebido pelos outros (BOHJANEN, 2017, p. 05).

A sociedade atual tem apresentado cada vez mais interesse em cuidados com a beleza facial e corporal, porém o envelhecimento cutâneo é um processo gradual e natural do ser humano. Conforme a expectativa de vida tem aumentado a preocupação em cuidados tem

(17)

17 andado juntos, os aspectos envelhecidos da pele caracterizam o avanço da idade dando ênfase principalmente quando se tratamos de face. Sendo esse o principal motivo pelo qual os indivíduos procurem por procedimentos faciais de rejuvenescimento cutâneo. O envelhecimento ocorre devido a alterações celulares, que tende a ser causado pelo déficit do organismo exercer as funções normais que resultam em morte celular (FERREIRA;

CAPOBIANCO, 2016).

A pele sofre dois tipos de envelhecimento simultaneamente, conhecidos como envelhecimento intrínseco, que acontece cronologicamente e devido aos fatores genéticos, o segundo tipo é o extrínseco, que acomete o tecido da pele através dos fatores externos ao qual o ser humano encontra-se exposto. Sendo assim, diversos tratamentos são encontrados visando diminuir os impactos ocorridos no envelhecimento da pele. Alguns fatores como pressão atmosférica, remodelamento das estruturas ósseas, contração muscular facial e exposições ao sol sem proteção são os fatores desencadeantes do aspecto enrugado da pele (SANTOS;

MANOEL, 2018).

Uma das transformações mais evidentes é a perda da elasticidade causada principalmente pela degeneração do colágeno, que origina as rugas e a flacidez. O desgaste das glândulas sudoríparas e das glândulas sebáceas acarreta a perda da umidade e da lubrificação da epiderme, provocando a transformação da epiderme em uma pele seca. (GOMES; DAMAZIO, 2013, p.86).

O processo intrínseco e extrínseco do envelhecimento cutâneo facial contribui para uma diminuição do volume facial. Assim a epiderme e derme sofrem com o resultado da degeneração que acentua cada dia, devido aos resultados do tempo e também do estresse oxidativo. A radiação ultravioleta causa desordem nas fibras de colágeno e modificações na formação da elastina, gerando uma eventual redução na quantidade de fibroblastos que produzem essas células (SINIGAGLIA; FÜHR, 2019).

2.2.1 Teoria dos radicais livres

A teoria dos radicais livres baseia-se na definição das moléculas instáveis e com alta ação reativa em sua estrutura elas possuem menos um elétron (Figura 4). Sendo assim a molécula atacada, se transforma em um radial livre podendo fazer o mesmo com outras moléculas que estão estáveis, dando início a uma reação em conjunto denominada de estresse

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18 oxidativo. Se um radical livre reagir com outra molécula que está normal, logo vai ser desencadeada uma reação em cadeia, que forma uma quantidade de radicais livres sem fim, ele termina quando o radical livre que tem um elétron desemparelhado liga sua extremidade com outro elétron desemparelhado de outro radical livre (BORGES, 2016).

Figura 4- Formação dos radiais livres.

Fonte: BORGES; SCORZA (2016).

Para eliminar os radicais livres ou diminuir as alterações causadas no corpo por ele, temos os antioxidantes. Que são agentes químicos, que tem por finalidade reagir entre os radicais livres e por limite aos efeitos no organismo devido às atividades dos radicais livres (CANNIATTIBRAZACA; COUTO, 2010).

2.2.2 Teoria do Encurtamento dos Telômeros.

Os telômeros são formados estruturalmente por conjuntos de proteínas e várias repetições de DNA que tem por finalidade promover a proteção do final dos desmossomos, para garantir que o DNA esteja em perfeitas condições copiando e permitindo assim que a células se dupliquem, assim preserva os genomas e evita que aconteça a fusão com outros cromossomas. Quando as células se dividem acontece o encurtamento dos telômeros, portanto quando esses telômeros alcançam seu cumprimento mínimo, acontece à sinalização que define a senescência celular que segundo Guariento e Teixeira (2010, p. 2850), “o encurtamento do telômero seria o “relógio molecular” que sinaliza a eventual senescência replicativa”. Pra que seja evitado o encurtamento, temos uma enzima denominada de telomerase ela é uma

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19 transcriptase reversa que constitui uma sequência de RNA que serve como molde na formação dos telômeros e evita o encurtamento de cada telômero durante a divisão celular (Figura 5).

Figura 5- Representação de um telômero.

Fonte: BORGES; SCORZA (2016).

2.2.3 Radiação ultravioleta (UV).

A radiação ultravioleta é uma radiação que é emitida pelo sol, que é formada pelo espectro eletromagnético com a mesma velocidade de uma radiação visível, sendo diferente apenas no comprimento de onda. A radiação ultravioleta possui seu comprimento de onda menor que a radiação visível (RUIVO; 2014).

Quando nos referimos à intensidade da radiação ultravioleta, podemos concluir que quanto maior for seu comprimento de onda maior será sua intensidade, sendo que no organismo humano isso acontece de maneira contrária, sendo maior a agressividade da onda ao organismo quando esta tiver um comprimento de onda menor (OLIVEIRA, 2013).

Essa radiação tem o comprimento de onda que varia de 100nm, a 400nm, sendo de grande função energética que mais preocupa em relação ao foto envelhecimento cutâneo.

Divide-se em três faixas; UVC (100nm-290nm), UVB (290nm-320nm) e UVA (320nm- 400nm) (Figura 6). A pele esta constantemente exposta a esse tipo de radiação assim como a radiação ionizante, ozônio e poluentes ambientais que podem causar o aumento do estresse oxidativo levando a pele a um processo de degeneração de forma precoce. O envelhecimento

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20 extrínseco acontece devido à exposição excessiva aos raios solar, denominado de foto envelhecimento (BORGES, 2016).

Figura 6- Faixa Ultravioleta no espectro eletromagnético

Fonte: BORGES; SCORZA (2016).

A radiação que constitui uma penetração maior na pele é a UVA devido ao seu comprimento de onda ser maior, conseguindo atingir a derme. Por apresenta um comprimento de onda que penetra da derme ela afeta diretamente a elasticidade natural da pele gerando um agravamento na fotodermatose. Sendo assim essa radiação estimula a diminuição da quantidade de células de Langerhans e aumenta a quantidade das células que trabalham no processo inflamatório da derme (CALÇADA; SILVA, 2017).

A radiação UVA esta associada indiretamente à formação de radicais livres que são responsáveis por promover ativação de fatores ligados à mutação do DNA. É um tipo de radiação que não causa eritema, porém ela penetra na derme com facilidade, sendo ela responsável por escurecer a pele por meio da melanina. Essa radiação é muito abundante sendo ela emitida na presença do sol ou não durante todo o dia (BORGES, 2016).

A UVB apresenta em sua capacidade um comprimento de onda menor, dessa forma emite energia que interage diretamente com o DNA, sendo esta a causadora da mutação que pode levar à pele a formação de um câncer de forma não melanoma podendo causar também eritema cutâneo (CALÇADA; SILVA, 2017).

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21 Devido à mutação causada que pode ser fatal apresentando–se em forma de câncer de pele, essa atividade reduz as chances do reconhecimento de células malignas, dificultando assim que a célula seja destruída pelo organismo (BORGES, 2016).

A radiação UVC é a que mais causa prejuízo ao organismo humano, porém esse tipo de radiação não consegue chegar até a atmosfera terrestre por ficar completamente retida na camada de ozônio (RUIVO; 2014).

A exposição ao sol de forma duradoura sem a proteção adequada danifica a estrutura das fibras colágenas e elásticas, contribuindo para uma pele flácida e desvitalizada. Além de causar danos na permeabilidade da membrana causando um déficit na absorção de água e dos nutrientes necessários para a vitalidade da pele. Sendo assim a pele se apresenta ressecada e com a tonalidade levemente amarelada e alteração na resposta imunológica da pele (BORGES, 2016).

A exposição ao sol não é apenas causadora de problema ao organismo, quando a exposição acontece de forma moderada e dentro dos horários considerados ideais, como início da manhã e final da tarde ela possibilita a homeostase, ou seja, o equilíbrio do organismo, promoção da vitamina D e ajuda na síntese de melanina em nossa pele (OLIVEIRA, 2013).

É fundamental o uso diário de produtos cosméticos que apresente em sua formula filtros solares para assim reduzir o risco de efeitos nocivos à pele e prevenindo os riscos de alteração na sua estrutura. Como forma de prevenção a exposição ao sol, em 1975 o americano Thomas B. Fitzpatrick médico da escola de Medicina de Harvard desenvolveu uma classificação que possibilita identificar o tipo de pele do ser humano baseando-se na tonalidade da pele frente às reações causadas pela exposição ao sol. (BORGES; SCORZA, 2016).

2.2.4 Sinais do envelhecimento.

Os fatores desencadeantes dos sinais do envelhecimento podem apresentar efeitos em áreas isoladas ou conjuntamente sendo em sua maioria rugas profundas e superficiais e dimensões com rapidez de menor ou maior intensidade (Figura 7). Elas podem ser estáticas ou dinâmicas a ruga nasogeniana localiza-se desde a parte inferior da extremidade do nariz até a lateral da boca. Sendo formada principalmente pelos músculos risórios e o músculo elevador do lábio superior (BORGES, 2016).

O fotoenvelhecimento, que é ocasionado pela radiação solar, é o principal fator pela degradação das fibras elásticas e colágenas, sendo responsável por aproximadamente 85% das

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22 rugas presentes na derme dos pacientes mais maduros. Sendo assim é possível observar uma significativa relação entre o aparecimento das rugas e a exposição à luz solar, principalmente a exposição ao sol sem proteção adequada durante a maior parte da vida, dessa forma contribui para a evolução do envelhecimento extrínseco que compõe os fatores ambientais que estão relacionados aos aparecimentos das alterações cutâneas (SILVA, 2013).

Figura 7– Representação das alterações cutâneas ocorridas ao longo da vida.

Fonte: HUBER; HESS (2011).

A hipotonia cutânea é o resultado de fatores decorrentes do processo de envelhecimento é uma disfunção estética que apresenta uma maior dificuldade para ser tratada, apesar de ser uma característica comum do envelhecimento. A flacidez da pele é causada pela falta de fibras de sustentação, como o colágeno e elastina. O termo flacidez tissular caracteriza o estado flácido da pele, ou seja, mole ou frouxo que pode esta associada ou não a flacidez muscular. Acontece quando o colágeno gradualmente torna-se mais rígido, associado à perda da característica principal da elastina. Sendo assim a flacidez esta diretamente associada à atividade do tecido de sustentação da pele conhecido como tecido conjuntivo (CAVALERI et al.,2017).

As rugas surgem devido ao declínio da junção dermoepidérmica, que aos poucos perde sua adesão com as fibras elásticas da porção mais superficial da derme, que são responsáveis pela sobtensão da rede de fibras de colágenos. A rede de fibras de colágenos se altera causando

(23)

23 a perda progressiva da elasticidade da pele. O tecido conjuntivo, progressivamente torna-se mais rígido juntamente com a elastina que perde sua capacidade elástica. Sendo assim com a diminuição da função do tecido conjuntivo, resulta na incapacidade da camada de gordura se manter uniforme, que juntamente com a diminuição da elasticidade diminui a velocidade da oxigenação resultando na desidratação da pele dando origem ao aparecimento das rugas (PEREIRA et al.,2019).

Assim como a pele torna-se delgada e menos elástica, os tecidos subcutâneo, muscular e osteocartilaginoso, também sofrem alterações do tipo atrofia, a pele distrófica e inelástica por sua vez, não consegue acompanhar a redução do conteúdo resultando em um envoltório excessivo e consequente flacidez. (KEDE; SABATOVICH, 2015, p. 95).

A formação das rugas e linhas de expressão está diretamente relacionada ao adelgaçamento do tecido cutâneo facial, juntamente com os músculos da face. Estes contribuem de forma permanente para os movimentos que compreendem a mímica facial, que por sua vez exigem da pele uma dinâmica que forçam a formação de dobras que futuramente originaram os vincos na pele. As rugas fazem parte do processo de envelhecimento cutâneo facial causado de forma natural ou pelo fotoenvelhecimento da pele. Sendo assim as rugas são o resultado da degradação dos componentes que dão estrutura a derme (colágeno e elastina) é uma diminuição no número de células que compreende a pele, além de se depositar inadequadamente queratinócitos e gravitacionais nas rugas causadas pela ação da gravidade sendo um fator da flacidez resultando no envelhecimento (CAVALERI et al.,2017).

Quadro 1.0- Classificação de Glogau de fotoenvelhecimento cutâneo.

Lesão Descrição Características

I

(Leve) Sem rugas

Fotoenvelhecimento precoce: discreta alteração na pigmentação;

sem ceratoses; rugas mínimas; idade de 20 a 30 anos.

II (Moderada)

Rugas dinâmicas

Fotoenvelheciemento precoce e moderado: lentigos senis precoce visíveis; ceratoses palpáveis, mas não visíveis; linha paralela ao sorriso começando a aparecer; idade de 30 a 40 anos.

(24)

24 III

(Avançada)

Rugas Dinâmicas e estáticas

Fotoenvelhecimento avançado: discromia óbvia; ceratoses visíveis; rugas presentes mesmo sem movimento; idade 50 anos ou mais.

IV (Grave)

Rugas dinâmicas e estáticas

Fotoenvelhecimento grave; pele amarelo-acinzentado; lesões malignas cutâneas anteriores; rugas por toda parte, sem pele normal; idade 60 a 70 anos.

2.3 A FISIOTERAPIA DERMATOFUNCIONAL

Há alguns anos, os fisioterapeutas perceberam os recursos utilizados na prática estética verificando que estes recursos eram plenamente dominados pela fisioterapia, tanto no aspecto teórico quanto no prático. Sendo assim a classe da Fisioterapia iniciou uma nova área de atuação profissional, conhecida atualmente como dermatofuncional. Tem como principal objetivo promover a recuperação dos distúrbios do sistema tegumentar, como endrocrinometabólicos, dermatológico e muscular além de tratar questões estéticas, ou seja, o Fisioterapeuta passou a ter uma nova área que tem como responsabilidade resolver as disfunções da pele e contribuir para a restauração da funcionalidade e estética (MINISTÉRIO DA SAÚDE; BORGES, 2015).

Os pacientes com tais distúrbios podem apresentar dores, parestesias, limitações funcionais, pruridos, edemas importantes, feridas abertas que favorecem infecções, além de alterações psicoemocionais. O fisioterapeuta pode utilizar uma série de recursos próprios, objetivando a reabilitação e retorno às atividades de vida diária o mais precoce possível, mesmo quando se trata de alterações estéticas (TACANI et al, 2013, p 352).

A Fisioterapia dermatofuncional age no tratamento das disfunções e doenças da pele, fazendo com que esse tecido se apresente de forma mais normalizada possível. As alterações da pele acometem diferentes faixas etárias e no idoso elas tornam-se mais evidentes devido a perda da capacidade funcional, assim como são acometidos os outros tecidos. A Fisioterapia tem diversos recursos fisioterapêuticos que são usados para tratar diversas disfunções da pele, tendo como base os recursos que envolvem equipamentos como Radiofrequência, microagulhamento entre outros diversos recursos (BORGES; SCORZA, 2016).

2.4 ULTRASSOM MICROFOCADO

(25)

25 O ultrassom é um aparelho eletroterápico que permite através de cabeçote transdutor a emissão de oscilações tanto cinéticas como mecânicas. Durante a aplicação sobre a pele tem a função de permear sobre este organismo alcançando diferentes profundidades na pele e causando efeitos térmicos e não térmicos (AGNE, 2013).

Em 2009 o ultrassom microfocado foi aprovado pelo Food and Drud Administration do EUA em seguida foi aprovado no Brasil, sendo ele usado para elevação de sobrancelhas de forma não invasiva, porém rotineiramente utilizado em tratamentos faciais. A depender do tecido podem ser usados parâmetros com profundidades variáveis;

● 1,5 mm e 3,0 mm que tem como tecido alvo a derme profunda;

● 4,5 mm que fornece energia com foco no sistema musculo aponeurótico (SMAS).

O sistema fornece energia transcutânea que é controlado através do operador, peça de mão, sendo visualizado pelo monitor. Este permite visualizar onde esta sendo fornecida a energia (GUTOWSKI, 2016).

O aparelho de ultrassom foi implantado no ambiente ambulatorial sendo este uma tecnologia de alta eficácia em tratamentos estéticos faciais e corporais. Uma de suas características de relevância na aplicabilidade em face é a sua capacidade de atingir profundidades precisas e promover micro lesões de forma térmicas tanto na derme reticular como na camada mais profunda denominada de SMAS- Sistema Musculo Aponeurótico Superficial (BAZZO, 2016).

Para atender ao público e a demanda crescente que busca alcançar o levantamento relevante e de forma não invasiva da pele, o ultrassom microfocado é próximo ao ultrassom que são usados na imagem médica. Portanto é muito convergente e emprega diversas frequências de energia acústica. Os transdutores de energia produzida pelo ultrassom em direção focalizada, onde a alta temperatura pode causar coagulação do tecido alvo. Semelhante ao ultrassom usado na medicina, o feixe de energia produzido passa pela pele de maneira inofensiva contribuindo para atingir um ponto focal até o sistema muscular aponeurótico superficial (SMAS) atingindo diretamente as proteínas que estão ao redor do ponto focal chegando a 65 °C desnaturando a proteína em milissegundos (FABI, 2015).

O ultrassom microfocado transmite ondas sonoras que não são perceptíveis pela audição do ser humano, por apresentar frequência muito alta. A audição humana tem a percepção capaz

(26)

26 de perceber ondas de frequência entre 20Hz e 20.000Hz (20KHz), se a frequência for superior a 20Khz, podemos dizer que é um ultrassom é ondas inferior a 20Hz infrassom. Sendo assim para ter resultados terapêuticos deve-se ter frequência superior a 500.000Hz. Na realidade prática da terapêutica usamos US que tem frequências que vão de 1 a 3MHZ. Essa onda não é visível, sendo assim promove vibrações nas estruturas moleculares alterando o meio por onde se propaga a onda (CALÇADA; SILVA, 2017).

Ao direcionar a derme reticular intensa e os músculos superficiais e os planos faciais, como o sistema músculo aponeurótico superficial, o platisma e a fáscia do músculo peitoral, essa tecnologia não ablativa aumenta a neocolagênese e a neoelastogênese de uma maneira nova, evitando muitas das complicações relacionadas ao aquecimento epidérmico observados em vários outros dispositivos não ativos. Ainda que os resultados não sejam equivalentes aos de uma ritidoplastia, o ultrassom microfocado fornece um excelente meio não invasivo para obter um efeito regenerativo no rosto, pescoço e decote quando realizado na população de pacientes apropriada (MACGREGOR, 2013).

A aplicação do ultrassom microfocado gera um efeito de contratura imediata na estrutura do colágeno possibilitando a neocolagênese e remodelamento em sua estrutura. Esse efeito acontece devido ao rompimento das pontes intramoleculares do hidrogênio contribuindo para o dobramento das cadeias de colágenos resultando na sua estabilidade tornado esse o colágeno mais espesso (SILVA; FERREIRA; NASCIMENTO, 2016).

O tempo de tratamento é normalmente inferior aos 90 minutos para rosto e pescoço, podendo variar de acordo com a experiência pratica do Fisioterapeuta, conforto do paciente, variações da superfície aplicada e o protocolo agressivo estabelecido. Sendo assim a região do rosto com o tempo de aplicabilidade de 30 a 60 minutos e pescoço de 30-40 minutos, o tempo pode variar de acordo com os fatores intrínseco e extrínseco do paciente (GUTOWSKI, 2016).

Para a utilização do ultrassom o profissional precisa utilizar um aplicador de mão que normalmente é chamado de cabeçote. Os autores não fazem descriminação entre aplicador e transdutor, porém o aplicador é composto por duas partes que é o transdutor e cabeçote sendo o transdutor o responsável pela emissão da energia (BÉLANGER, 2012).

O transdutor pode ser definido como um dispositivo que tem a capacidade de transformar um tipo de energia em outra sendo mais especificamente capaz de transforma a energia eletromagnética em energia mecânica. Esse transdutor é formado por um tipo de material piezoelétrico que permite que ele possa emitir as ondas ultrassônicas. Portanto os mais

(27)

27 rotineiramente utilizados são os compostos por cerâmicas como o Zirconato-Titanato de Chumbo (ZTP) ou ainda o Titanato de Bário (AGNE, 2013).

Esses tipos de cerâmicas tem a capacidade de formar campos elétricos, sendo capaz de transforma a energia de forma mecânica em energia elétrica ou vice versa. Esse tipo de material é introduzido dentro dos transdutores de ultrassom, objetivando formar ondas sonoras que serão administradas durante a terapia (BORGES, 2016).

No momento da aplicação é necessário o uso de substâncias que aumentam a condição de condução, para essa condução é utilizado gel de ultrassom entre a pele do paciente e o transdutor. Para que seja eficiente o gel precisar ter em sua formulação três substâncias com propriedades físicas que sejam aproximadas da água por ela ser a melhor solução que permite a transmissão das ondas de ultrassom (AGNE, 2013).

O ultrassom gera um feito de cavitação que é um fenômeno que acontece de forma física no ultrassom esse tipo de fenômeno foi analisado por Lord Rayleigh em 1917, foi quando ele teve a percepção de que as ondas formadas por uma hélice de um navio poderia gerar gás na água com capacidade tal que poderia corroer a hélice do navio. Sendo esse processo de formação de bolhas de gás denominado de cavitação. Durante a formação das ondas ultrassônicas as bolhas de gás produzidas, tende a aumentar e implodem gerando cavidades de vapor e gases em um líquido, que é exatamente o fenômeno que denominamos de cavitação.

Quando as ondas passam pelos tecidos formam um ciclo de compressão e expansão. A origem da cavitação acontece durante a expansão (AGNE, 2013).

A depender da intensidade e frequência da onda ultrassônica ela pode gerar dois tipos diferentes de cavitação sendo ela a estável e instável. Sendo que a cavitação estável gerada quando as bolhas de gás são comprimidas no tempo de ondas de alta pressão e com expansão logo durante as de baixa pressão, gerando assim a vibração entre as moléculas sem alterar a estrutura. A cavitação instável é gerada durante o processo de expansão e compressão das bolhas que podem sofrer esse tipo de fenômeno e assim permitindo que aconteça o colapso ou implosão, tendo com isso a liberação de oscilações de temperaturas elevadas e também de pressões dentro das imediações dos fluidos (BÉLANGER, 2012).

2.4.3 Indicações e contraindicações

Esse recurso não invasivo deve ser usado com muito cuidado mesmo com poucos efeitos adversos descritos nas evidências científicas, sendo a maioria em sua totalidade efeitos que

(28)

28 podem ser evitáveis pelo profissional. Diferentemente dos recursos invasivos o ultrassom microfocado, possibilita alta segurança em sua aplicabilidade, contribuindo assim para uma aplicação segura. As possíveis alterações que descritas são, equimose, eritema, paralisia transitória, edema, perda da sensibilidade e dor desta forma é necessário tomar alguns cuidados preventivos para não gerar danos na pele do paciente (PETKEVICIUS, 2017).

Quadro 2- Indicação e Contraindicações do ultrassom microfocado.

INDICAÇÕES CONTRAINDICAÇÃO

É indicado em casos de pacientes com hipotonia cutânea leve a moderada.

Este recurso é contraindicado para pacientes que apresentam infecção ativa, que esteja gravida, apresentação de acne, feridas abertas e no local onde deverá ser aplicado, queloides, implantes, tabagista, preenchimento e medicação que não contribui para a cicatrização de feridas.

Fonte: Petkevicius, 2017

3 METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, desenvolvida a partir da questão norteadora, com objetivo em fornecer um entendimento mais abrangente dos resultados em particular, esse método de pesquisa objetivou traçar uma análise sobre os resultados já

(29)

29 construídos em pesquisas anteriores. Para responder à questão norteadora, buscou-se artigos disponíveis em periódicos nacionais e internacionais indexados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS),Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica é a base de dados bibliográficos da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos da América (Medline) e Biomedical Literature Citattions and Abstracts – Norte Americanas (PUBMED) com recorte temporal de 2010 a 2020.A pesquisa foi realizada no intervalo de tempo de agosto a outubro de 2020, desta forma foi buscada a maior quantidade de artigos científicos que atendessem aos critérios de elegibilidade. Sendo selecionadas palavras chaves qualificadas por Descritores em Ciência da Saúde (DECS) e no MeSH (Medical Subject Headings) os seguintes descritores utilizados em português pele, envelhecimento e ultrassom, e em inglês skin, aging e ultrasound no entanto utilizando a combinação de booleano AND, incluso no vocabulário estruturado e trilíngue (DECS) para indexação dos artigos. Para a inclusão dos artigos foram usados estudos publicados em âmbito nacional e internacional com relação científica a temática proposta, no idioma português e inglês, sendo eles artigos livres e na integra, além de outros artigos que contribuíram com a pesquisa. Sendo excluídos estudos duplicados, artigos pagos, revisão de literatura, estudos de coorte, publicações que não tem formato de artigos cientifico, como livros, teses, dissertações, resenhas, cartas e editorias. A busca com os descritores em português não foi satisfatória uma vez que não foi encontrado nenhum artigo na base de dados. Os dados foram coletados a partir da seguinte combinação de descritores em inglês: ´´ultrasoud`` AND ´´skin``

AND ´´aging`` e em português pele AND envelhecimento AND ultrassom encontrou-se 336 artigos no Medline, 471 no Pubmed e 7 no Lilacs, conforme descrição abaixo ( Fuxograma 1).

Seguindo o princípio das orientações necessárias para a seleção dos artigos científicos por meio dos critérios de elegibilidades: descritores em saúde, ano da publicação, tipo de estudo e locais sendo assim feito a visita nas bases de dados eletrônicas cientificas nacional e internacional, sendo realizando o procedimento de busca dos artigos. A análise dos dados que foram executadas por meio de uma abordagem do tipo narrativa obtida durante a pesquisa, no qual permitiu analise da coleta para descrever e assim classificar os dados coletados.

Fluxograma 1- Processo de seleção dos artigos por etapas de inclusão e exclusão para o referido estudo.

Bases de dados (MEDLINE, PUBMED E LILACS) Questão Norteadora

(30)

30 Palavras - chaves

Construiu- se

Por

Sendo Sendo

Fonte: dados da pesquisa 2020.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram encontrados em sua totalidade de 814 publicações, no Medline 336, no Pubmed 471 e no Lilacs 7, resultando em 5 artigos. Estando os artigos organizados em ordem crescente de acordo com o ano de publicação, conforme o quadro abaixo (Quadro 1). Os artigos nacionais

´´ultrasoud`` AND ´´skin`` AND ´´aging``

´´ultrassom``´´envelhecimento`` pele ´´

MEDLINE

N= 336

PUBMED N= 471

LILACS N= 7

Corpus do Estudo: 814 publicações

Critérios de:

Inclusão Exclusão

ARTIGOS

Artigos disponíveis na integra, estudo de intervenção, estudo de

casos, e estudos transversais.

PUBLICAÇÕES

Duplicados, pagos, revisão de literatura, estudos de coorte, livros,

teses, dissertações, resenhas.

Constituiu-se (Base empírica: 05 artigos)

(31)

31 não atenderam aos critérios de elegibilidade e seleção, sendo assim, inclusos apenas artigos no idioma inglês. Para conseguir os resultados dos artigos que foram selecionados teve uma leitura minuciosa de cada problemática em questão, logo em seguida foi realizada a formação dos quadros que descrevem e demostram cada tipo de pesquisa estando em sua ordem: Nome do autor e ano, tema do artigo, áreas de tratamento, metodologia e resultados das pesquisas. Esses artigos científicos fundamenta-se no resultado da aplicabilidade do ultrassom microfocado no rejuvenescimento facial, onde foi observado a melhora do aspecto da pele com aumento de colágeno e elastina melhorando assim os sinais do envelhecimento facial.

Quadro 1- Estudos clínicos avaliando o resultado do ultrassom microfocado no rejuvenescimento facial.

Autor/

ano

Tema / objetivo Área de tratamento

Metodologia Resultado

Suh el al (2011)

Tonicidade da

pele por

ultrassom

microfocado na pele asiática:

resultados

clínicos e patológicos.

Região de procedimento têmpora, testa, bochechas e submento.

-Vinte e dois pacientes coreanos com frouxidão facial foram analisados após um único tratamento HIFU. As avaliações dos pacientes foram registradas,

constatando a melhora das dobras nasolabiais e o aperto da mandíbula. – Foram avaliadas as fotografias dos

pacientes e

classificação do grau de

flacidez da pele;

-Foi realizada uma avaliação objetiva em 2 meses após o procedimento: 91%

dos pacientes 20 de 22, tiveram uma melhora do sulco nasolabial e linha da mandíbula e

9% dos pacientes 2 de 22 tiveram uma leve melhora do sulco nasolabial e linha da mandíbula.

-Avaliação do paciente em 2 meses:

dobras nasolabiais:

77% dos pacientes

17 de 22,

(32)

32 -Biópsias de pele

foram retiradas de 11 pacientes antes e 2 meses após o tratamento.

melhoraram muito, 23% melhoraram levemente.

-Histologicamente a espessura média da derme em 2 meses antes de realizar o tratamento era 1,32 T 0,18 mm, após a realização do tratamento passou a ser 1,63 T 0,31 mm ou seja

23,7% de aumento de colágeno na derme reticular.

Sasaki e Tevez (2012)

Eficácia clínica e segurança do ultrassom

microfocado:

uma experiência de 2 anos.

Região de procedimento sobrancelhas e sulco

lábiomentonia nos.

-Neste estudo prospectivo de 2 partes, os pacientes foram tratados com profundidade de tratamento único ou duplo com diferentes direções de linhas de tratamento, o

número de linhas de tratamento e quantidade de energia fornecida às sobrancelhas ou linhas de marionete permaneceram constantes (Estudo 1)

No estudo 1- Logo após 6 meses tratamento das sobrancelhas e sulco lábiomentonianos que passaram por tratamento com linhas na vertical resultaram em elevação maior em comparação com o lado contralateral que foi tratado com linhas dispostas na horizontais.

(33)

33 ou com energia joule

mais baixa ou mais alta

para áreas opostas

enquanto as

profundidades duplas e o número de linhas vetorizadas

permaneceram constantes (Estudo 2).

O levantamento foi medido usando a orientação

combinada

função de software de espelhamento específico. Os resultados clínicos foram avaliados com escalas globais de melhora estética.

No estudo 2: Logo após 6 meses de tratamento, as linhas da sobrancelha e do sulco

lábiomentoniano tratados com uma maior energia os pacientes

perceberam maior levantamento em comparação com os passos menores e energias menores.

Não foi possível encontrar efeitos colaterais

significativos.

Suh et al (2012)

Aumento da tonicidade da

pele por

ultrassom

microfocado para o tratamento da frouxidão

infraorbital.

Região de procedimento Pálpebra inferior.

Estudamos 15 pacientes que foram tratados com um dispositivo HIFU aplicado em ambas às pálpebras inferiores. O desfecho primário foi

uma melhora

objetiva em uma comparação pareada

Houve uma melhora objetiva logo após 6 meses depois de uma a duas sessões.

Melhora objetiva média (escala de classificação do quartil): 2,20 T 0,46

-13,33% que

correspondem 2 de

(34)

34 de pré-tratamento e

fotografias pós- tratamento (6 meses).

Um desfecho

secundário foi à satisfação do paciente medida por um questionário.

15 dos pacientes melhorou muito;

-73,33% que

correspondem a 11 de 15 dos pacientes melhorou, 13,33%

que correspondem a 2 de 15 dos pacientes deu inalterado.

Pontuação média de melhora subjetiva:

2,20 T 0,41

-20,00%, 3 de 15 dos pacientes - melhorou muito

-80,00%, 12 de 15 dos pacientes – melhorou.

Pak et al (2014)

Segurança e eficácia do ultrassom

microfocado no rejuvenescimento do

envelhecimento da pálpebra inferior: um ensaio clínico fundamental.

Região de procedimento pálpebras inferiores.

Os indivíduos foram tratados com sondas Ulthera 1,5 e 3,0 mm.

A sonda de 1,5 mm é usada para tensionar à pele da pálpebra solta e a derme profunda, enquanto a sonda de 3,0 mm é usada para tensionar o músculo orbicular do olho e o septo orbital. Os pacientes foram avaliados para reações alérgicas e

Foi realizado exame de imagem de TC com objetivo de comparar o pré e pós- procedimento na região inferior do ponto suprarobital direito e superior Mais o ponto da borda infraorbital, teve uma diferença de 0,51 0,23 mm no olho direito e 0,54 0,17 mm no olho esquerdo após 12

(35)

35 outros efeitos

colaterais. A satisfação dos sujeitos com as fotografias clínicas e o grau de dor foi avaliada. Além disso, foram realizados

exames de

tomografia computadorizada (TC) orbital e oftalmologia. O estudo usou a TC tanto como uma ferramenta de pesquisa quanto como um sistema de pontuação clínica para avaliar o envelhecimento das pálpebras inferiores e realizou uma análise estatística.

semanas e com pontuação de satisfação do paciente do assunto:

score 3,85 0,69

Pontuação de satisfação objetiva:

3,45 0,69

(observador cego 1) e 3,25 1,43

(observador cego 2).

Park et al (2015)

Ultrassom

focalizado de alta intensidade para o tratamento de Rugas e flacidez da pele em sete áreas faciais diferentes.

Região do procedimento supraorbital, zigomático, infraorbital, perioral, bochecha, preauricular e linha da

Vinte pacientes coreanos com rugas e flacidez facial foram analisados após uma única sessão de tratamento com HIFU. Dois médicos independentes e cegos avaliaram a

Foram avaliadas todas as sete áreas tratadas e todas mostraram melhora clínica em 3 e 6

meses em

comparação com a linha de base. A

melhora foi

(36)

36 mandíbula,

excluindo o

nariz e

periorbitalárea s.

melhora clínica em sete áreas da face, comparando as fotografias

padronizadas obtidas antes e 3 e 6 meses após o tratamento.

Avaliação da satisfação subjetiva e efeitos adversos do tratamento foram feitas por meio de questionários.

significativa aos 3 meses após o tratamento, e a eficácia foi mantida ao longo de 6 meses.

A média de rugas e flacidez da pele pontuação diminuiu mais nas áreas da

mandíbula e

periorbital.

Nas pesquisas de satisfação do paciente por áreas, as pontuações aos 3 e 6 meses eram 3 ou mais. A mandíbula, perioral e as bochechas

apresentaram os maiores escores de satisfação.

Observou-se que após 6 meses, a satisfação diminuiu em todas as áreas, exceto a área da bochecha, que em vez disso mostrou melhoria.

Eficácia do Ultrassom Microfocado no Rejuvenescimento

(37)

37 O envelhecimento da estrutura da derme é influenciado tanto por fatores intrínsecos assim como fatores extrínsecos. Portanto não é possível confirmar que todas as pessoas sofram um processo de envelhecimento do mesmo modo, sendo esta uma característica de cada pessoa (RUIVO; 2014).

O Ultrassom Microfocado recentemente foi implementado em ambiente ambulatorial sendo este uma tecnologia de qualidade para o rejuvescimento facial. Uma importante característica do Ultrassom Microfocado no tratamento facial é sua capacidade de atingir profundidades precisas capaz de estimular o colágeno em pontos focais (BAZZO, 2016).

A cirurgia no rosto continua sendo o método mais eficaz para alcançar um melhor rejuvenescimento cutâneo facial. Portanto de acordo com Sasaki e Tevez (2012) “apesar da grande vantagem da eficácia, informado por pacientes geralmente preferem dispositivos e procedimentos não invasivos porque eles estão associados com pós-tratamento com mínimo tempo de inatividade e menor morbidade”. O Ultrassom Microfocado tem ondas precisas que penetram profundamente na pele formando pontos de coagulação térmica, produzindo assim eventual levantamento não cirúrgico do tecido sem danificar a superfície da pele. Sendo assim as fibras de colágeno se contraem e estimulam a formação de colágeno novo, melhorando o aspecto da flacidez ocasionando o levantamento da curvatura da pele facial dando um aspecto de melhora na aparência das rugas que pode ser alcançado visando o Sistema Musculo Aponeurótico Superficial (SMAS).

Ao contrário do que acontece no método invasivo, o rejuvenescimento cutâneo facial de forma não invasiva tem como mecanismo o calor como manipulação. Segundo Sasaki e Tevez (2012) “acredita-se que ocorram após a aplicação de lesões térmicas suficientes (65 ° C- 70 ° C) às fibras de colágeno, o que permite que eles se reorganizem e contratem mais tarde, geralmente aliado aos 3 meses pós-tratamento, com resultados que duram até 1 ano”.

Temperaturas acima de 80C° evolui com coagulação térmica e fibrose das fibras de colágenos.

Ainda assim, a inexistência de peso facial e um tecido facial pleno, contribuem para o levantamento facial após tecnicamente ser induzido ao tensionamento.

O aparelho de Ultrassom Microfocado, aquece através de energia acústica levando o tecido de forma focal a perda da celularidade, possibilitando assim iniciar uma cascata inflamatória que resulta em remodelação do tecido tratado. Este aparelho apresenta características que despertam interesse por sua aplicação tratando assim os sinais do envelhecimento e contribuindo para o rejuvenescimento facial da pele (ONI et al ., 2014).

(38)

38 Foi notável na avaliação por médicos a satisfação de pacientes quanto aos benefícios do Ultrassom Microfocado em cada região da face, assim sendo semelhantes em todos os momentos. Isso pode ter acontecido porque o Ultrassom Microfocado não apenas resultou em lifting facial mais também na melhora do aspecto das rugas, além da melhora da tonalidade da pele assim como o contorno facial como aperto ou tensionamento da pele da face (Park et al.,2015).

O SMAS é formado por fibras viscosas e elástica estando este associado aos músculos faciais, sendo assim o SMAS tende a diminuir 6% a cada década. Esta diminuição do colágeno gera a formação da dobra do sulco nasolabial assim como outras alterações na face, para diminuir os efeitos adversos pós-tratamento, os médicos desenvolveram diversos recursos pensando no tensionamento da pele de forma não ablativa para contribuir na remodelação do colágeno. Ainda assim o ultrassom tem a capacidade de penetrar na estrutura da camada subderme além do SMAS, e assim gerar a coagulação térmica tendo como objetivo evitar após o tratamento efeitos indesejáveis. O Ultrassom Microfocado fornece energia adequada para realizar um levantamento e tensionamento da pele (Lee et al, 2015).

Segundo Sasaki e Tevez a reação ao HIFU comparado ao ultrassom, rádio frequência e laser é similar no que diz respeito a desnaturação do colágeno, gerando a contração da pele no primeiro trimestre e duração das respostas de elevação pelo período de 1 ano, o que difere o ultrassom microfocado dos demais é o seu método que permite a liberação de 17 a 23 pontos de coagulação térmica (TCP) em uma ou mais linhas nos diferentes níveis fibromusculares e/ou dérmicos da pele. Sendo a aplicação em vetores verticais e com maior quantidade de energia (joule) mais eficaz comparada à utilização de linhas horizontais e cruzada.

Em um estudo realizado por Suh et al (2011), com uma amostra de 22 pacientes coreanas com presença de flacidez facial, tendo como objetivo avaliar a eficácia de uma aplicação de Ultrassom Microfocado. O presente estudo possibilitou observar resultado na linha da mandíbula e nasolabial. Diante de uma amostra de biópsia com avaliação histológica foi possível observar que houve o aumento do colágeno assim como o espessamento da derme além da qualidade do direcionamento das fibras de elásticas, sendo assim este recurso apresenta segurança em sua aplicabilidade estando diretamente relacionada ao aumento da formação de colágeno na derme.

O desconforto causado por esse tipo de procedimento varia bastante, ano de 2012 houve uma alteração do software além da recomendação de procedimento visando diminuir o desconforto causado pelo Ultrassom Microfocado. Essas alterações tiveram como inclusão

(39)

39 procedimentos com níveis de energia mais baixos e que tivessem maior quantidade de linhas de tratamento. De acordo com Sasaki e Tevez (2012) a experiência clínica revelou a dor submentoniana e nas áreas submandibulares, pois são mais sensíveis à terapia do que as bochechas, provavelmente devido à proximidade das proeminências ósseas subjacentes e à menor espessura do tecido.

Os pacientes não apresentaram desconforto que impossibilitasse o procedimento de acordo com Suh et al (2011) os pacientes sentiram apenas dor mínima durante a sessão, nenhum paciente relatou dor intensa requerendo alívio adicional da dor com analgesia ou sedação. Isso contribui significativamente para adesão ao procedimento não invasivo e que apresenta desconforto mínimo com menor tempo de inatividade.

Porém, conforme Sasaki e Tavez (2012) para poucos pacientes que reconheceram um baixo limiar de dor ou que sentiram um desconforto moderado durante o tratamento, um programa de gerenciamento de dor foi iniciado de forma gradativa. Que consistiu na administração de sedativos ou analgésicos de forma oral, e se necessário, bloqueios nervosos de forma seletiva em quantidades limitadas de lidocaína. A maior parte dos pacientes que receberam tratamento em região localizada no meio da face, não foi necessária administrar bloqueios nervosos devido à espessura do tecido ser adequada ao tratamento com Ultrassom Microfocado.

Sendo assim, o tratamento apresenta satisfação entre as pacientes que receberam a aplicação de Ultrassom Microfocado de acordo Park et al (2015) nas pesquisas realizadas da satisfação dos pacientes por áreas de aplicação com Ultrassom Microfocado, as pontuações logo após os 3 e 6 meses eram satisfatórias. Em algumas regiões da face apresentaram maiores scores como a mandíbula, perioral e as bochechas. Porém foi possível observar que logo após os 6 meses, a satisfação teve uma diminuição em todas as respectivas áreas da face, exceto a região da bochecha, que em vez disso apresentou melhora significativa.

Uma vantagem do Ultrassom Microfocado é a sua possibilidade de natureza não invasiva é bem caracterizado pela literatura sobre sua segurança nas práticas clínicas. A maioria dos efeitos adversos documentados tem efeitos transitórios, porém esse recurso não é isento de risco, como eritema pós-procedimento, edema, equimoses, paralisia transitória, dor e alterações pigmentares pós-inflamatórias todos foram descritos na literatura. De acordo com Sasaki e Tavez (2012), não foi possível observar efeitos colaterais significativos como alterações sensoriais, paresia, paralisia permanente, bolhas, ulceração, cicatrizes, discromia ou atrofia de gordurosa durante o período de acompanhamento.

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5 CONCLUSÃO

A procura por procedimentos estéticos não invasivos vem crescendo anualmente, entre as diversas técnicas e métodos existentes no mercado o Ultrassom Microfocado se destaca por diversos fatores, entre eles o resultado rápido e duradouro. Este equipamento é capaz de atingir camadas profundas e consideráveis da pele capazes de provocar microlesões sem danificar o tecido epitelial superficial e adjacências.

Referências

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