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Fotoenvelhecimento avançado: discromia óbvia; ceratoses visíveis; rugas presentes mesmo sem movimento; idade 50 anos ou mais.

Fotoenvelhecimento grave; pele amarelo-acinzentado; lesões malignas cutâneas anteriores; rugas por toda parte, sem pele normal; idade 60 a 70 anos.

2.3 A FISIOTERAPIA DERMATOFUNCIONAL

Há alguns anos, os fisioterapeutas perceberam os recursos utilizados na prática estética verificando que estes recursos eram plenamente dominados pela fisioterapia, tanto no aspecto teórico quanto no prático. Sendo assim a classe da Fisioterapia iniciou uma nova área de atuação profissional, conhecida atualmente como dermatofuncional. Tem como principal objetivo promover a recuperação dos distúrbios do sistema tegumentar, como endrocrinometabólicos, dermatológico e muscular além de tratar questões estéticas, ou seja, o Fisioterapeuta passou a ter uma nova área que tem como responsabilidade resolver as disfunções da pele e contribuir para a restauração da funcionalidade e estética (MINISTÉRIO DA SAÚDE; BORGES, 2015).

Os pacientes com tais distúrbios podem apresentar dores, parestesias, limitações funcionais, pruridos, edemas importantes, feridas abertas que favorecem infecções, além de alterações psicoemocionais. O fisioterapeuta pode utilizar uma série de recursos próprios, objetivando a reabilitação e retorno às atividades de vida diária o mais precoce possível, mesmo quando se trata de alterações estéticas (TACANI et al, 2013, p 352).

A Fisioterapia dermatofuncional age no tratamento das disfunções e doenças da pele, fazendo com que esse tecido se apresente de forma mais normalizada possível. As alterações da pele acometem diferentes faixas etárias e no idoso elas tornam-se mais evidentes devido a perda da capacidade funcional, assim como são acometidos os outros tecidos. A Fisioterapia tem diversos recursos fisioterapêuticos que são usados para tratar diversas disfunções da pele, tendo como base os recursos que envolvem equipamentos como Radiofrequência, microagulhamento entre outros diversos recursos (BORGES; SCORZA, 2016).

2.4 ULTRASSOM MICROFOCADO

25 O ultrassom é um aparelho eletroterápico que permite através de cabeçote transdutor a emissão de oscilações tanto cinéticas como mecânicas. Durante a aplicação sobre a pele tem a função de permear sobre este organismo alcançando diferentes profundidades na pele e causando efeitos térmicos e não térmicos (AGNE, 2013).

Em 2009 o ultrassom microfocado foi aprovado pelo Food and Drud Administration do EUA em seguida foi aprovado no Brasil, sendo ele usado para elevação de sobrancelhas de forma não invasiva, porém rotineiramente utilizado em tratamentos faciais. A depender do tecido podem ser usados parâmetros com profundidades variáveis;

● 1,5 mm e 3,0 mm que tem como tecido alvo a derme profunda;

● 4,5 mm que fornece energia com foco no sistema musculo aponeurótico (SMAS).

O sistema fornece energia transcutânea que é controlado através do operador, peça de mão, sendo visualizado pelo monitor. Este permite visualizar onde esta sendo fornecida a energia (GUTOWSKI, 2016).

O aparelho de ultrassom foi implantado no ambiente ambulatorial sendo este uma tecnologia de alta eficácia em tratamentos estéticos faciais e corporais. Uma de suas características de relevância na aplicabilidade em face é a sua capacidade de atingir profundidades precisas e promover micro lesões de forma térmicas tanto na derme reticular como na camada mais profunda denominada de SMAS- Sistema Musculo Aponeurótico Superficial (BAZZO, 2016).

Para atender ao público e a demanda crescente que busca alcançar o levantamento relevante e de forma não invasiva da pele, o ultrassom microfocado é próximo ao ultrassom que são usados na imagem médica. Portanto é muito convergente e emprega diversas frequências de energia acústica. Os transdutores de energia produzida pelo ultrassom em direção focalizada, onde a alta temperatura pode causar coagulação do tecido alvo. Semelhante ao ultrassom usado na medicina, o feixe de energia produzido passa pela pele de maneira inofensiva contribuindo para atingir um ponto focal até o sistema muscular aponeurótico superficial (SMAS) atingindo diretamente as proteínas que estão ao redor do ponto focal chegando a 65 °C desnaturando a proteína em milissegundos (FABI, 2015).

O ultrassom microfocado transmite ondas sonoras que não são perceptíveis pela audição do ser humano, por apresentar frequência muito alta. A audição humana tem a percepção capaz

26 de perceber ondas de frequência entre 20Hz e 20.000Hz (20KHz), se a frequência for superior a 20Khz, podemos dizer que é um ultrassom é ondas inferior a 20Hz infrassom. Sendo assim para ter resultados terapêuticos deve-se ter frequência superior a 500.000Hz. Na realidade prática da terapêutica usamos US que tem frequências que vão de 1 a 3MHZ. Essa onda não é visível, sendo assim promove vibrações nas estruturas moleculares alterando o meio por onde se propaga a onda (CALÇADA; SILVA, 2017).

Ao direcionar a derme reticular intensa e os músculos superficiais e os planos faciais, como o sistema músculo aponeurótico superficial, o platisma e a fáscia do músculo peitoral, essa tecnologia não ablativa aumenta a neocolagênese e a neoelastogênese de uma maneira nova, evitando muitas das complicações relacionadas ao aquecimento epidérmico observados em vários outros dispositivos não ativos. Ainda que os resultados não sejam equivalentes aos de uma ritidoplastia, o ultrassom microfocado fornece um excelente meio não invasivo para obter um efeito regenerativo no rosto, pescoço e decote quando realizado na população de pacientes apropriada (MACGREGOR, 2013).

A aplicação do ultrassom microfocado gera um efeito de contratura imediata na estrutura do colágeno possibilitando a neocolagênese e remodelamento em sua estrutura. Esse efeito acontece devido ao rompimento das pontes intramoleculares do hidrogênio contribuindo para o dobramento das cadeias de colágenos resultando na sua estabilidade tornado esse o colágeno mais espesso (SILVA; FERREIRA; NASCIMENTO, 2016).

O tempo de tratamento é normalmente inferior aos 90 minutos para rosto e pescoço, podendo variar de acordo com a experiência pratica do Fisioterapeuta, conforto do paciente, variações da superfície aplicada e o protocolo agressivo estabelecido. Sendo assim a região do rosto com o tempo de aplicabilidade de 30 a 60 minutos e pescoço de 30-40 minutos, o tempo pode variar de acordo com os fatores intrínseco e extrínseco do paciente (GUTOWSKI, 2016).

Para a utilização do ultrassom o profissional precisa utilizar um aplicador de mão que normalmente é chamado de cabeçote. Os autores não fazem descriminação entre aplicador e transdutor, porém o aplicador é composto por duas partes que é o transdutor e cabeçote sendo o transdutor o responsável pela emissão da energia (BÉLANGER, 2012).

O transdutor pode ser definido como um dispositivo que tem a capacidade de transformar um tipo de energia em outra sendo mais especificamente capaz de transforma a energia eletromagnética em energia mecânica. Esse transdutor é formado por um tipo de material piezoelétrico que permite que ele possa emitir as ondas ultrassônicas. Portanto os mais

27 rotineiramente utilizados são os compostos por cerâmicas como o Zirconato-Titanato de Chumbo (ZTP) ou ainda o Titanato de Bário (AGNE, 2013).

Esses tipos de cerâmicas tem a capacidade de formar campos elétricos, sendo capaz de transforma a energia de forma mecânica em energia elétrica ou vice versa. Esse tipo de material é introduzido dentro dos transdutores de ultrassom, objetivando formar ondas sonoras que serão administradas durante a terapia (BORGES, 2016).

No momento da aplicação é necessário o uso de substâncias que aumentam a condição de condução, para essa condução é utilizado gel de ultrassom entre a pele do paciente e o transdutor. Para que seja eficiente o gel precisar ter em sua formulação três substâncias com propriedades físicas que sejam aproximadas da água por ela ser a melhor solução que permite a transmissão das ondas de ultrassom (AGNE, 2013).

O ultrassom gera um feito de cavitação que é um fenômeno que acontece de forma física no ultrassom esse tipo de fenômeno foi analisado por Lord Rayleigh em 1917, foi quando ele teve a percepção de que as ondas formadas por uma hélice de um navio poderia gerar gás na água com capacidade tal que poderia corroer a hélice do navio. Sendo esse processo de formação de bolhas de gás denominado de cavitação. Durante a formação das ondas ultrassônicas as bolhas de gás produzidas, tende a aumentar e implodem gerando cavidades de vapor e gases em um líquido, que é exatamente o fenômeno que denominamos de cavitação.

Quando as ondas passam pelos tecidos formam um ciclo de compressão e expansão. A origem da cavitação acontece durante a expansão (AGNE, 2013).

A depender da intensidade e frequência da onda ultrassônica ela pode gerar dois tipos diferentes de cavitação sendo ela a estável e instável. Sendo que a cavitação estável gerada quando as bolhas de gás são comprimidas no tempo de ondas de alta pressão e com expansão logo durante as de baixa pressão, gerando assim a vibração entre as moléculas sem alterar a estrutura. A cavitação instável é gerada durante o processo de expansão e compressão das bolhas que podem sofrer esse tipo de fenômeno e assim permitindo que aconteça o colapso ou implosão, tendo com isso a liberação de oscilações de temperaturas elevadas e também de pressões dentro das imediações dos fluidos (BÉLANGER, 2012).

2.4.3 Indicações e contraindicações

Esse recurso não invasivo deve ser usado com muito cuidado mesmo com poucos efeitos adversos descritos nas evidências científicas, sendo a maioria em sua totalidade efeitos que

28 podem ser evitáveis pelo profissional. Diferentemente dos recursos invasivos o ultrassom microfocado, possibilita alta segurança em sua aplicabilidade, contribuindo assim para uma aplicação segura. As possíveis alterações que descritas são, equimose, eritema, paralisia transitória, edema, perda da sensibilidade e dor desta forma é necessário tomar alguns cuidados preventivos para não gerar danos na pele do paciente (PETKEVICIUS, 2017).

Quadro 2- Indicação e Contraindicações do ultrassom microfocado.

INDICAÇÕES CONTRAINDICAÇÃO

É indicado em casos de pacientes com hipotonia cutânea leve a moderada.

Este recurso é contraindicado para pacientes que apresentam infecção ativa, que esteja gravida, apresentação de acne, feridas abertas e no local onde deverá ser aplicado, queloides, implantes, tabagista, preenchimento e medicação que não contribui para a cicatrização de feridas.

Fonte: Petkevicius, 2017

3 METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, desenvolvida a partir da questão norteadora, com objetivo em fornecer um entendimento mais abrangente dos resultados em particular, esse método de pesquisa objetivou traçar uma análise sobre os resultados já

29 construídos em pesquisas anteriores. Para responder à questão norteadora, buscou-se artigos disponíveis em periódicos nacionais e internacionais indexados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS),Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica é a base de dados bibliográficos da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos da América (Medline) e Biomedical Literature Citattions and Abstracts – Norte Americanas (PUBMED) com recorte temporal de 2010 a 2020.A pesquisa foi realizada no intervalo de tempo de agosto a outubro de 2020, desta forma foi buscada a maior quantidade de artigos científicos que atendessem aos critérios de elegibilidade. Sendo selecionadas palavras chaves qualificadas por Descritores em Ciência da Saúde (DECS) e no MeSH (Medical Subject Headings) os seguintes descritores utilizados em português pele, envelhecimento e ultrassom, e em inglês skin, aging e ultrasound no entanto utilizando a combinação de booleano AND, incluso no vocabulário estruturado e trilíngue (DECS) para indexação dos artigos. Para a inclusão dos artigos foram usados estudos publicados em âmbito nacional e internacional com relação científica a temática proposta, no idioma português e inglês, sendo eles artigos livres e na integra, além de outros artigos que contribuíram com a pesquisa. Sendo excluídos estudos duplicados, artigos pagos, revisão de literatura, estudos de coorte, publicações que não tem formato de artigos cientifico, como livros, teses, dissertações, resenhas, cartas e editorias. A busca com os descritores em português não foi satisfatória uma vez que não foi encontrado nenhum artigo na base de dados. Os dados foram coletados a partir da seguinte combinação de descritores em inglês: ´´ultrasoud`` AND ´´skin``

AND ´´aging`` e em português pele AND envelhecimento AND ultrassom encontrou-se 336 artigos no Medline, 471 no Pubmed e 7 no Lilacs, conforme descrição abaixo ( Fuxograma 1).

Seguindo o princípio das orientações necessárias para a seleção dos artigos científicos por meio dos critérios de elegibilidades: descritores em saúde, ano da publicação, tipo de estudo e locais sendo assim feito a visita nas bases de dados eletrônicas cientificas nacional e internacional, sendo realizando o procedimento de busca dos artigos. A análise dos dados que foram executadas por meio de uma abordagem do tipo narrativa obtida durante a pesquisa, no qual permitiu analise da coleta para descrever e assim classificar os dados coletados.

Fluxograma 1- Processo de seleção dos artigos por etapas de inclusão e exclusão para o referido estudo.

Bases de dados (MEDLINE, PUBMED E LILACS) Questão Norteadora

30 Palavras - chaves

Construiu- se

Por

Sendo Sendo

Fonte: dados da pesquisa 2020.

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