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VISITA DOMICILIAR: ATUAÇÃO DA EQUIPE DE SAÚDE BUCAL NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

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Bruno Ricardo Bertoldo Ferreira*

Hillany Evelyn de Oliveira*

Lays Nara Barbosa Siman*

Lorena de Paula Feitosa*

Rafaella Rosa da Silva*

Ayla Norma Ferreira Matos**

RESUMO

O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão da literatura sobre a visita domiciliar no processo de trabalho da Equipe de Saúde Bucal (ESB), em sua atuação na Estratégia de Saúde da Família (ESF). A ESF tem desempenhado um papel estratégico na reorientação do modelo de atenção à saúde no Brasil. Entre as atividades realizadas no processo de trabalho da ESF, a visita domiciliar é considerada uma atividade comum a todos os profissionais, inclusive para os integrantes da ESB. A realização da visita permite conhecer as condições de vida do individuo/população, o que favorece a criação de vínculo com elaboração de projetos terapêuticos mais voltados à sua realidade. A realização das visitas domiciliares visa ampliar o acesso de usuários às ações de saúde bucal, em especial aos impossibilitados de ir a unidade, com os acamados. Entre as atividades desenvolvidas durante a visita domiciliar, as principais são as ações coletivas, de promoção em saúde e prevenção, tais como o estímulo à prática de hábitos saudáveis, instrução de higiene oral, escovação supervisionada e aplicação tópica de flúor. A realização da visita deve ser pautada em uma necessidade identificada, e não de forma compulsória. Pode-se concluir que, a realização da visita domiciliar pela equipe de saúde bucal é importante, pois amplia o acesso aos serviços de saúde bucal, fortalece o vínculo com a comunidade e, promove práticas mais humanizadas.

Palavras-chave: Estratégia Saúde da Família. Saúde Bucal. Visita Domiciliar.

*Acadêmicos do 8º Período do curso de Odontologia da FACS/UNIVALE.

**Profª. Adjunta da FACS/UNIVALE. Mestre em Odontologia/Saúde Coletiva/FOUFMG.

Coordenadora do Estágio Curricular Supervisionado na Estratégia Saúde da Família, do curso de Odontologia da FACS/UNIVALE.

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INTRODUÇÃO

No sistema de saúde brasileira a Estratégia Saúde da Família (ESF) tem desempenhado um papel estratégico na consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) (FIGUEIREDO et al., 2010).

Para estruturar e reorientar o modelo de atenção à saúde, a ESF trouxe complexos desafios a serem superados para implementar um modelo de atenção que valorize a promoção de saúde, a prevenção das doenças e, atenção integral as pessoas (ALBUQUERQUE; BOSI, 2009).

A Equipe de Saúde Bucal (ESB) na ESF representa a possibilidade de criar um espaço de práticas e relações a serem construídas para a reorientação do processo de trabalho e para a própria atuação da saúde bucal no âmbito dos serviços de saúde. Dessa forma, o cuidado em saúde bucal passa a exigir a conformação de uma equipe de trabalho que se relacione com usuários e que participe da gestão dos serviços, visando dar resposta às demandas da população e ampliar o acesso às ações e serviços de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal, por meio de medidas de caráter coletivo, e mediante vínculo territorial (BRASIL, 2013).

O Ministério da Saúde definiu que a Visita Domiciliar (VD) é uma atividade comum a todos os profissionais da equipe que atuam na ESF. Dessa forma, deve ser realizada, também, pela ESB. Se configura como oportunidade diferente de cuidado, que se desenvolve em um espaço extra unidade de saúde e, visa a promoção de saúde. Se caracteriza por utilizar tecnologia leve, permite o cuidado à saúde de forma mais humana, acolhedora, estabelece laços de confiança entre os profissionais e os usuários, a família e a comunidade. Portanto, amplia o acesso à saúde utilizando o domicílio da família (BRASIL, 2012a; ANDRADE et al., 2014).

De acordo com dados do Ministério da Saúde, a visita domiciliar apresenta-se como uma forma de acesso do usuário às ações e serviços de saúde da ESF. É uma atividade que se caracteriza pela visita das equipes Saúde da Família (eSF) no domicílio dos usuários assistidos, com o objetivo de reconhecer o ambiente familiar, onde tem oportunidade de diagnosticar as dificuldades pertinentes à realidade das famílias, para que, posteriormente, possa servir de subsídios para um adequado planejamento de ações em saúde, além de recuperação dos indivíduos necessitados (BRASIL, 2012b)

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O objetivo desse estudo é realizar uma revisão da literatura sobre a visita domiciliar no processo de trabalho da Equipe de Saúde Bucal (ESB), em sua atuação na Estratégia de Saúde da Família (ESF).

REVISÃO DA LITERATURA

O PROCESSO DE TRABALHO DA EQUIPE DE SAÚDE BUCAL NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

Para Albuquerque; Bosi (2009) a ESF é um modelo de atenção que valoriza a promoção de saúde, a prevenção das doenças e atenção integral as pessoas.

A Estratégia de Saúde da Família foi criada para melhorar o relacionamento do paciente e toda a sua família com o profissional de saúde, desenvolvendo uma cumplicidade entre ambos (ARRUDA, 2011).

A ESF mantém como núcleo a família e busca a promoção da saúde e prevenção de doenças por meio de um conjunto de ações individuais e coletivas, por meio de atuação multiprofissional voltada para proporcionar acesso aos serviços de saúde de qualidade (SOUZA, 2013).

A inserção da ESB na ESF foi definida, a partir da Portaria nº 1444, de 28 de dezembro de 2000 do Ministério da Saúde. Nessa portaria, foram estabelecidos incentivos financeiros para a reorganização da atenção à saúde bucal no SUS, buscando a consolidação das ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal da população brasileira (BRASIL, 2004).

O Ministério da Saúde recomenda que a ESF seja composta por um médico, um enfermeiro, auxiliar de enfermagem, agentes comunitários de saúde e uma equipe de saúde bucal. A organização das ESB pode ocorrer por meio de duas modalidades: a modalidade I, que compreende um cirurgião-dentista (CD) e um Atendente de Consultório Dentário (ACD) – designado por Auxiliar de Saúde Bucal (ASB) – e modalidade II, que compreende um CD, um ASB e um Técnico em Higiene Dental (THD) – designado por Técnico em Saúde Bucal (TSB) (BRASIL, 2012a)

A ESB tem por objetivo atuar indo ao encontro dos usuários, conhecendo o território, os problemas as condições sócio- econômicas de cada indivíduo e com isso, mudar a maneira de conduzir seu trabalho. Além do tratamento curativo, deve oferecer ações preventivas e promocionais, visando atender as reai necessidades da comunidade (PIMENTEL et al., 2012).

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Mattos et al. (2014) citaram que muitos são os motivos que tem estimulado a incorporação das equipes de saúde bucal na ESF. Entre eles, destacam-se os incentivos financeiros fornecidos pelo Ministério da Saúde; a crença dos gestores de que esse novo modelo pode melhorar a saúde bucal da população; a possibilidade de reorganizar as ações em saúde bucal baseadas na promoção, prevenção e recuperação da saúde.

O Ministério da Saúde, por meio da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), Portaria Nº 2.488, de 21 de outubro de 2011, definiu como atribuições comuns a todos os profissionais que atuam na ESF, inclusive os profissionais que integram a ESB: identificar as necessidades e expectativas da população em relação à saúde bucal; estimular e executar medidas de promoção de saúde, atividades educativas e preventivas em saúde bucal;

sensibilizar as famílias para a importância da saúde bucal na manutenção da saúde; programar e realizar visitas domiciliares de acordo com as necessidades identificadas. Além disso, consta, também, as atribuições que regulamentam o exercício da profissão de cada um dos componentes da ESB (BRASIL, 2012a).

De acordo com Moura et al. (2013), entre as atividades desenvolvidas pelos cirurgiões dentistas na ESF, há ainda uma elevada carga de necessidades ligadas às ações de assistência odontológica clínica individual, sobressaindo os procedimentos restauradores, periodontais e cirúrgicos (exodontias), que são provocados pela negligência histórica de atendimento odontológico público e universal. As ações de assistência odontológica, com atuação centrada na demanda espontânea, sobrecarregam o cirurgião dentista, limitando o vinculo e o desenvolvimento de ações pertinentes a equipe, tais como reuniões e visitas domiciliares.

As ações da ESB vão muito além de procedimentos restauradores e reabilitadores. As ações devem também ser de promoção e proteção em saúde bucal, podendo ser chamadas de ações coletivas. As ações coletivas são aquelas desenvolvidas com o intuito de atingir o maior número de pessoas, através da promoção e proteção da saúde em diferentes espaços sociais (escolas, creches, associações, unidades de saúde, entre outras), ou seja, confere um caráter não formal ao processo ensino/aprendizagem em saúde (SANTOS, 2006).

A ESB na ESF desenvolve um trabalho em equipe multiprofissional que leva a integralidade da atenção, através de ações que valorizam o acolhimento, o vinculo com a população e as ações continuadas de saúde (FACCIN; SEBOLD; CARCERERI, 2010).

Segundo Mattos et al. (2014) o trabalho em equipe, com integração e inter-relação entre os profissionais da unidade de saúde, é o pior entrave. A inexistência do trabalho em equipe, na formação do profissional de saúde, aponta para a necessidade de uma mudança radical no sistema de formação de recursos humanos para a saúde, no Brasil.

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Em estudo realizado por Costa et al. (2012), ao questionarem os cirurgiões dentistas sobre as atividades desenvolvidas pela ESB, em parceria com os demais profissionais e junto à comunidade adscrita, tais como ações de saúde na escolar, atividade em grupo com a comunidade, atividade em grupo na unidade saúde da família e visita domiciliar, os autores identificaram uma tímida realização de atividades desenvolvidas em equipe pelo CD. Tanto as atividades na comunidade, quanto as realizadas na unidade de saúde.

Arruda (2011) afirmou que a demora na inserção da ESB pode ter contribuído para dificultar o envolvimento do cirurgião dentista no cotidiano de trabalho da equipe como um todo, uma vez que sua chegada se deu quando a ESF já apresentava uma rotina de trabalho formada. Além do fato que o cirurgião dentista estava acostumado apenas a atender entre quatro paredes, restrito ao seu consultório odontológico.

Para a consolidação da saúde da família como novo modelo de atenção à saúde, a inclusão da saúde bucal na estratégia exige uma reorganização da prática odontológica, com equipes mais preparadas para prestar assistência individual e desenvolver ações coletivas, sempre voltando sua atuação para a promoção de saúde, controle e tratamento das doenças bucais (MATTOS et al., 2014).

A VISITA DOMICILIAR NA ATUAÇÃO DA EQUIPE DE SAÚDE BUCAL

De acordo com Marin et al. (2009) a VD pode ser apontada como um eixo que passa pela universalidade, integralidade e equidade, o que está de acordo com o modelo de atenção à saúde do SUS. Pode ser entendida como um método, técnica e instrumento que proporciona um momento rico, estabelecendo relações com grupos familiares, de forma a escutá-los, criar vínculo e acolhimento. Uma ressalva se faz ao fato de que a visita domiciliar se estabeleça no lugar cotidiano do indivíduo, permeando o mundo vivido por ele e por isto, é possível entender sua visão de mundo.

No trabalho desenvolvido pela ESF, a visita domiciliar representa uma forma de interação no cuidado à saúde. É um instrumento de intervenção fundamental utilizado pelas equipes de saúde como meio de inserção e de conhecimento da realidade de vida da população, favorecendo o estabelecimento de vínculos com a mesma e a compreensão de aspectos importantes das relações familiares (ALBUQUERQUE; BOSI, 2009).

Segundo Andrade et al. (2014) a visita domiciliar é um instrumento que permite conhecer a família, suas formas de trabalho e vida, os padrões de solidariedade desenvolvidos entre seus membros e, como eles podem contribuir para o cuidado, cura ou recuperação da

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saúde. São atividades potenciais para o acompanhamento da saúde das famílias no domicílio, além de reconhecer a importância do registro, planejamento, avaliação e monitoramento das visitas realizadas no território.

A visita domiciliar na ESF tem como objetivo geral proporcionar vigilância, assistência e promoção à saúde no domicilio, dentro dos princípios do SUS, em uma área geográfica adscrita. Os motivos específicos para realização da VD, devem ser estabelecidos considerando que as solicitações estejam em consonância com a finalidade para a qual a atividade foi proposta, com os princípios do SUS de acesso e equidade. Cada equipe deve priorizar e organizar as visitas de modo a dar cobertura a todos os indivíduos e famílias que por algum agravo, ou situação permanente ou provisória, estejam incapacitados de buscar a atenção à saúde na unidade (SILVA, 2011).

Antes de qualquer proposta de trabalho com as famílias, é imprescindível que o profissional procure conhecer cada um dos membros, respeitar a organização familiar, o modo como cada um enfrenta seus problemas e adaptar-se à forma de comunicação daquela família.

Os resultados dessa integração entre profissional e família serão observados no dia a dia das equipes e no resultado de ações que possam ser realizadas pelo profissional (COSTA et al., 2012).

Silva (2011) afirmou que a visita domiciliar é uma das principais ferramentas da ESF e, precisa ser planejada e sistematizada. Ela aproxima a equipe de saúde à família, onde a equipe passa a conhecer melhor as condições de vida e saúde da comunidade, e os recursos de que a família dispõe, propiciando a co-responsabilidade do indivíduo ou família, tornando-o sujeito para decidir junto com a equipe sobre problemas de saúde e agravos. Outra característica que deve ser valorizada na VD é o trabalho em equipe. A troca de informações e conhecimentos sobre o paciente, o respeito profissional são imprescindíveis para a resolutividade efetiva.

Entre as atribuições consideradas comuns a todos os profissionais da ESF, está previsto que o CD realize visita domiciliar, conforme regulamentado na Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) (BRASIL, 2012a).

Bizerril et al. (2015) afirmaram que a visita domiciliar apresenta-se como uma forma de acesso ao usuário às ações e serviços de saúde da ESF e, se caracteriza pela visita das equipes de saúde da família e de saúde bucal ao domicílio dos usuários assistidos, com o objetivo de reconhecer o ambiente familiar. Assim, têm condições de diagnosticar os nós críticos pertinentes à realidade das famílias e, posteriormente servir de subsídios para um adequado planejamento de ações em saúde.

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Assim como o médico e o enfermeiro, o cirurgião-dentista (CD) tem também como competência realizar visitas domiciliares no propósito de oferecer atenção em saúde bucal individual e coletiva às famílias, além de contribuir para a promoção e prevenção em saúde (BRASIL, 2012a; BIZERRIL et al., 2015).

Em relação à organização de visitas domiciliares realizadas pelas ESB, verifica-se que é uma forma de se ampliar e qualificar ações de saúde bucal, onde são alcançadas pessoas acamadas ou com dificuldades de locomoção, visando a identificação de riscos e propiciando o acompanhamento e tratamento necessários. No entanto, as visitas domiciliares não devem ter caráter compulsório, sendo que este instrumento só faz sentido se estiver pautada numa necessidade explícita. Deve-se assim, haver otimização dos recursos humanos em saúde, não sendo, portanto, admissível que um profissional da saúde realize uma visita domiciliar sem mesmo saber o que vai, ou para que vai utilizar-se dela (SANTOS, 2006).

Silva (2011) demonstrou que a VD é um método eficaz, pois pode despertar na população a preocupação para as questões de sua saúde, orientá-la na articulação com outros serviços para a resolução de seus problemas e fornecer-lhe subsídios educativos para torná-la independente. Grande parte da população beneficiada constitui-se de idosos com doenças crônicas que impossibilitam ou dificultam seus deslocamentos aos centros de atendimento e unidades de saúde.

Silva (2011) ainda afirmou que, a principal atuação da equipe de saúde bucal na visita domiciliar se dá nas ações educativas, orientação sobre o auto-cuidado, prevenção e assistência odontológica. Deve-se considerar que os cuidados domiciliares em saúde bucal na maior parte das vezes exigem equipamentos, instrumentais, condições de biossegurança e de ergonomia que dificilmente serão alcançadas plenamente no domicílio. Que estas visitas devem ser planejadas e sistematizadas.

Para a realização da visita domiciliar primeiramente deve ser feita uma coleta de dados pelas ACS, visando identificar a relação de pacientes acamados, idosos com mais de sessenta anos, portadores de necessidades especiais, pessoas com dificuldade de locomoção.

Com esses dados em mãos, o cirurgião dentista e a Auxiliar de Saúde Bucal darão início as visitas, de acordo com uma seleção de prioridades, como os mais idosos, depois os acamados, sempre intercalando com algum pedido feito pelas ACS, que por estarem em constante contato na área, detectam algum caso mais urgente. As ações a serem desenvolvidas durante as visitas, devem ser para um primeiro exame clínico, avaliando as necessidades e, em seguida, agendando novas visitas para tratamento, de acordo com as necessidades dos mesmos. Deverá ser feito um planejamento para essas visitas posteriores, visando saber qual

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instrumental será necessário para o bom desempenho da atividade, e intercalando-se com outros exames de avaliação de outros pacientes, de acordo com as prioridades estabelecidas (ARRUDA, 2011).

No trabalho desenvolvido na Unidade de Atenção Primária à Saúde (UAPS) do município de Fortaleza, verificou que nas visitas domiciliares as equipes de saúde bucal tiveram oportunidade de conhecer a realidade de vida da população, favorecendo o estabelecimento de vínculos, e a compreensão dos hábitos e relações familiares daquela comunidade. Foram priorizados os domicílios que tinham pacientes incapacitados de se locomover até a UAPS, como os acamados, idosos com dificuldades motoras, gestantes no final da gestação, dentre outras situações. No decorrer das visitas domiciliares, os cirurgiões dentistas desenvolveram trabalho de educação em saúde. As visitas visaram também à redução de custos por meio da substituição ou abreviação da internação hospitalar (BIZERRIL et al., 2015).

Para Mattos et al. (2012) a visita é uma oportunidade para estreitamento de laços entre profissional/profissional e profissional/usuário, a resolutividade de algum fato que esteja causando sofrimento ao paciente impossibilitado de comparecer à UBS, o desenvolvimento de vínculo e a produção de cuidado. Consideraram ser um momento que deveria ser muito bem aproveitado por todos os membros das equipes da ESF, inclusive da ESB.

No estudo realizado por Rodrigues et al. (2009), em Feira de Santana (BA), envolvendo 25 cirurgiões-dentistas inseridos na ESF, evidenciaram que 96% dos profissionais realizavam visitas domiciliares. E que estas visitas aproximam os profissionais das pessoas, estabelecem um contato com a população, reforçam o vínculo entre eles e contribuem assim, para a acessibilidade aos serviços.

Os integrantes da ESB, além de suas atividades específicas, de acordo com Rodrigues et al. (2011), devem programar e realizar visitas domiciliares de acordo com as necessidades identificadas. Pois, observaram que a falta de estrutura necessária para atendimentos clínicos nos domicílios, ainda, empecilhos no deslocamento da equipe por falta de transporte. Para tanto, destacaram a necessidade de reorganizar estas práticas, com vistas à ampliação e qualificação das ações de saúde bucal, mediantes sistematização de visitas da ESB principalmente à pessoas acamadas ou com dificuldades de locomoção, propiciando acompanhamento e tratamentos, o que se configura numa estratégia para ampliar o cuidado em saúde bucal.

Costa et al. (2012) salientaram que as visitas domiciliares, quando executadas pela ESB, são realizadas mais ocasionalmente na presença dos demais membros da equipe, tais

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como, agentes comunitários de saúde (ACS), médico, enfermeira, etc., ou não são realizadas.

Além disso, questionam se o dentista sabe de fato o seu papel dentro do ambiente familiar ou se participa apenas como mero acompanhante.

Knapik (2010) ensina que a principal diferença do atendimento domiciliar para um consultório dentário comum é basicamente o conceito. No consultório dentário o atendimento é extremamente tecnificado, muito preocupado com a questão estética. O atendimento domiciliar é mais humanista e se preocupa, em primeiro lugar, em atender a necessidade principal do paciente.

Na visita domiciliar é papel do cirurgião dentista realizar diagnóstico de saúde bucal;

orientações sobre higiene oral, prevenção de doenças bucais, cuidado com próteses ao doente e/ou cuidador; prescrição terapêutica; aplicação tópica de flúor; aplicação de cariostático;

aplicação de verniz com flúor; escariação/selamento de cavidades com cimento provisório ou ionômero de vidro; raspagem coronária e radicular; curetagem sub-gengival; capeamento pulpar direto/ selamento da cavidade (em situações de urgência); exodontia de dente decíduo;

exodontia de dente permanente com grau de mobilidade III; remoção de resto radicular;

intervir em situações de urgência como: abcessos, dor, sangramentos, etc; biópsia/ citologia esfoliativa; pequenas cirurgias em tecidos moles; tratamento de hemorragia; tratamento de alveolite; remoção de sutura; gengivectomia; ulotomia; ulectomia; outros procedimentos de urgência; estabelecer redes de comunicação participativa com a família e, registrar os atendimentos (SILVA, 2011).

A presença do profissional no domicilio o faz ter o conhecimento das condições de habitação, higiene e hábitos de vida, podendo realizar educação em saúde para o paciente e sua família. O planejamento e a execução dos cuidados necessários à promoção de saúde é compartilhada pelo paciente e sua família, já que neste ambiente menos formal é melhor o relacionamento e favorece a exposição dos problemas e dificuldades no trata bucal do paciente, pela família ou cuidador (BARROS et al., 2006).

No estudo de Bizerril et al. (2015) citaram como resultados alcançados com a realização de VD o acesso aos usuários incapacitados de se dirigirem à UAPS (por vários motivos como barreiras físicas, socioeconômicas e de operacionalização dos serviços de saúde); a rapidez no processo de cura com cuidado continuado no domicílio; a minimização de intercorrências clínicas; a diminuição de riscos de infecções hospitalares por oferecer atendimento odontológico no domicílio; a minimização dos efeitos das incapacidades ou doenças; o incentivo à aproximação profissional-paciente favorecendo o vínculo.

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A visita domiciliar pode ser considerada como conjunto de ações com aspectos educativos, que traz no seu bojo atuações que priorizam orientações para o autocuidado, manutenção e promoção da saúde, monitoramento dos agravos, situações específicas ,temporárias ou não, bem como acompanhamento das demais situações presente no contexto familiar (DRULLA et al., 2009).

Resultados de um estudo realizado no município de Aracaju, estado de Sergipe, revelaram que os profissionais planejam a VD, mas não registram, devido à ausência de um instrumento específico desenhado com essa finalidade (MACHADO, 2010).

Para Barros et al. (2006), o atendimento domiciliar engloba muito mais do que o simples fornecimento de um tratamento. É um método que amplia a dimensão do assistir, tendo seu enfoque não somente na doença, mas também na promoção, manutenção e recuperação da saúde bucal do paciente na perspectiva de sua família; além da busca da participação do paciente e seus familiares no processo do cuidado.

Knapik (2010) ensinou que as relações interpessoais dos profissionais, paciente e família se fortalecem cada vez mais; e nisso criam-se vínculos que fazem com que os familiares adquiram maior segurança e confiança no profissional. Permitem ainda maior aceitação da família em relação às responsabilidades de tratamento e de cuidado do dentista o que é, sem dúvida, fator positivo na recuperação da saúde bucal do paciente. No momento da visita, o profissional deve desprender-se de seus preconceitos, analisar criticamente suas concepções, valores e atitudes, buscando sempre a compreensão do outro.

O trabalho realizado no ambiente domiciliar permite ao profissional conhecer a realidade e adentrará a subjetividade do indivíduo, o que vai ao encontro dos objetivos da visita. A compreensão do espaço domiciliar proporciona um olhar sobre as diferentes dimensões do cuidado familiar, promovendo assim um cuidado individualizado. Essa captação da dimensão singular da família subsidia intervenções voltadas às necessidades reais desta (DRULLA et al., 2009).

De acordo com Marin et al. (2009) o desenvolvimento das visitas promove uma efetiva interação, vínculo e reflexão junto às famílias em relação às necessidades de saúde sentidas por eles, além do reconhecimento da efetividade dos serviços de saúde. Os autores ressaltaram ainda que, o horário de trabalho, os afazeres domésticos dos usuários, o tempo gasto pelo profissional na locomoção e a falta de integração entre as ações realizadas na VD e aquelas realizadas na unidade, dificultam a sua operacionalização.

Existem vários nós críticos no processo de realização de visitas domiciliares, tais como a dificuldade de acesso aos domicílios por inúmeros motivos, como malha viária urbana

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precária, violência urbana, tráfico de drogas e falta de transporte. Há, ainda, outros fatores como a recusa de profissionais de saúde e agentes comunitários de saúde a realizar tal atividade, priorização da assistência à saúde na UAPS pela gestão municipal, entre outros (BIZERRIL et al., 2015)

A visita domiciliar ainda não está adequadamente incorporada na rotina dos CD. Tem periodicidade muito variada e os locais selecionados para a mesma são em sua maioria designados pelo ACS. Entre os vários obstáculos para a visita domiciliar acontecer de forma conjunta no cotidiano das equipes, destaca-se a prioridade que cada equipe particularmente confere à atividade; a disponibilidade de veículos para conduzir os profissionais (e o equacionamento de quais profissionais devem participar), entre outros. A visita domiciliar é ainda uma atividade pouco executada/explorada pelos cirurgiões dentistas e, que não conferem a ela a devida importância (MOURA et al., 2013).

Rodrigues et al. (2011) observaram que a diminuição na realização de VD está relacionada a falta de estrutura necessária para atendimentos clínicos domiciliares e a uma necessidade clara de fornecimento de materiais e transporte. Dessa forma, muito terá que ser feito apara que a saúde bucal seja de fato um direito de todos e dever do Estado, conforme previsto na Constituição Federal.

DISCUSSÃO

Autores como Pimentel et al. (2012) e Mattos et al. (2014) reconheceram que a equipe de Saúde Bucal foi inserida na ESF visando expandir e reorganizar as atividades de saúde bucal e ampliar o acesso da população às ações de saúde bucal. No entanto, na opinião de Costa et al. (2012) para que a atenção à saúde bucal seja reorganizada, dependerá de profissionais mais preparadas para atuar não só na assistência individual, mas em especial no trabalho em equipe e junto à comunidade.

Sobre o processo de trabalho desenvolvido pela ESB na ESF, o mesmo requer profissionais com foco de atuação centrado no território-família-comunidade (BRASIL, 2013), desenvolvendo um trabalho multiprofissional (FACCIN; SEBOLD E CARCERERI, 2010), fundamentado na humanização da atenção, responsabilização, vínculo e acolhimento (FACCIN, SEBOLD E CARCERERI, 2010; BRASIL, 2013; ANDRADE et al., 2014), preparados para prestar assistência individual e coletiva (SANTOS, 2006; MATTOS et al.,

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2014). Entretanto, Mattos et al. (2014) e Costa et al. (2012) ressaltaram que o trabalho em equipe e interdisciplinar é o pior entrave na atuação da ESB.

Em virtude da negligência histórica de atendimento odontológico à população, ocorrido por muitas décadas, Moura et al. (2013) afirmaram que existe elevada carga de necessidades de assistência clínica individual na ESF, desenvolvida pelo cirurgião dentista.

Frente a esta realidade, Costa et al. (2012) salientou que, o trabalho em equipe deixa a desejar, tanto nas atividades junto à comunidade quanto nas realizadas na unidade. No entanto, Santos, (2006); Barros et al., (2006) e Drulla et al. (2009) lembraram que a atuação na estratégia vai muito além do que desenvolver apenas atividades clínicas de tratamento odontológico, é necessário investir nas ações coletivas.

Entre as atividades realizadas na ESF, não há dúvida sobre a importância das visitas domiciliares no trabalho cotidiano da equipe. Inclusive, Silva (2011) destacou que a visita domiciliar se constitui em uma das principais ferramentas utilizadas no trabalho da estratégia.

No referente à participação da ESB, essa importância também é percebida por vários autores (MARIN et al., 2009; KNAPIK, 2010; RODRIGUES et al., 2009; MATTOS et al. (2012), BIZERRIL et al., 2015), pois segundo eles as visitas possibilitam o conhecimento da situação de saúde das famílias, estreitamento de laços entre os profissionais e o profissional/usuário, contribui para o desenvolvimento de ações promocionais; reforça o vínculo entre profisisonal e o usuário; ampliam o acesso aos serviços; proporciona equidade e, um atendimento humanizado a uma parcela da população distanciada da Odontologia tradicional

De acordo com esta import6ancia, Silva (2011) e Bizerril et al. (2015) salientaram muito bem que as visitas devem ser organizadas de modo a atender os indivíduos e famílias que necessitam da visita, quer seja por algum agravo, ou situação permanente ou provisória, estejam incapacitados de se deslocar até a unidade. Corroborando com este pensamento, Arruda (2011) recomendou que, antes de realização da mesma, seja levantado dados para conhecer os usuários que de fato se enquadram neste perfil.

Tão importante quanto ter a definição do público a receber visita, é que a mesma seja planejada e sistematizada visando resolutividade e efetividade (SILVA, 2011 e RODRIGUES et al., 2011). Neste contexto, Santos (2006) foi taxativo enfatizando que as visitas domiciliares não podem ser compulsórias, devem ser pautadas em necessidades explícitas. É inadmissível que um profissional da saúde realize visita domiciliar sem saber o que vai fazer, ou qual sua finalidade. Nesta direção, Costa et al. (2012) afirmaram ser imprescindível, antes de qualquer proposta de trabalho com as famílias, que o profissional conheça seus membros e respeite a organização familiar. .

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Como bem colocado por Rodrigues et al. (2009); Silva (2011); Andrade et al. (2014) e Bizerril et al. (2015), a ESB vem realizando as visitas domiciliares em seu trabalho cotidiano, na ESF. Mostrando assim, que atende a uma determinação do Ministério da Saúde (BRASIL, 2012). Em contrapartida, Moura et al. (2013) discordaram deste pensamento, evidenciando que ela é ainda pouco executada, não está adequadamente incorporada na rotina da equipe, não dão a ela a devida importância. O que é reforçado por Machado (2010), ao destacar o fato de que algumas visitas nem registradas são.

Inclusive, alguns autores também reconheceram a existência de dificuldades na realização da visita e, relataram que este fato vêm contribuindo para que esta não ocorra ou reduza a sua realização (MARIN et al., 2009; RODRIGUES et al., 2011; COSTA et al., 2012;

BIZERRIL et al., 2015). Entre as dificuldades, Moura et al. (2013) salientaram o grande investimento de tempo nas ações clinicas individuais pelo cirurgião dentista e, Rodrigues et al. (2011) indicaram a falta de estrutura para atendimentos clínicos domiciliares e uma necessidade de fornecimento de materiais e transporte, que nem sempre existe.

Sobre as atividades que a ESB pode realizada nas visitas domiciliares, estão as ações individuais e coletivas. Em relação as atividades individuais, Silva (2011) e Moura et al.

(2013) indicaram vários procedimentos clínicos que podem ser executados em uma visita.

Entretanto, autores como Barros et al. (2006); Drulla et al. (2009); Silva (2011); Pimentel et al. (2012) e Bizerril et al. (2015) indicaram muito bem que, a principal atuação deve ser por meio das ações coletivas, voltadas para a promoção e prevenção em saúde bucal, tais como orientação sobre o auto cuidado e monitoramento dos agravos. Pois, para Silva (2011) os cuidados domiciliares em saúde bucal, na maior parte das vezes, exigem equipamentos, instrumentais, condições de biossegurança e de ergonomia que dificilmente serão alcançadas plenamente no domicílio.

CONCLUSÕES

Frente à literatura revisada, pode-se concluir que:

• A visita domiciliar é uma atribuição de todos os profissionais que atuam na Estratégia Saúde da Família, inclusive os que integram a Equipe de Saúde Bucal;

• A realização da visita domiciliar pela equipe de saúde bucal é importante, pois amplia o acesso aos serviços de saúde bucal, fortalece o vínculo com a comunidade e, promove práticas mais humanizadas;

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• A equipe de saúde bucal ainda encontra dificuldades para realizar visita domiciliar, no trabalho cotidiano da Estratégia Saúde da Família. Assim, é necessário instituí-la entre as atividades desenvolvidas pela equipe, mas sempre pautada em uma necessidade explícita, nunca de forma compulsória.

ABSTRACT

THE IMPORTANCE OF HOME VISITS IN THE PERFORMANCE OF THE ORAL HYGIENE TEAM IN THE STRATEGY OF FAMILY HEALTH

The objective of this study was to conduct a summary of the literature in relation to the importance of home visits in the working processes of the oral hygiene team (ESB), in their performance of family health strategy (ESF). The ESF has released a strategic paper consolidated by SUS. Between the activities highlighted in the ESF's working processes, home visits mate considered a normal activity amongst every profession, including the ESB.

Between the simultaneous actions and efforts, there still exists a necessity to conduct individual case studies, but the priority should be the collective case studies, to promote health, the stimulation of good habits, the teaching of good hygiene, supervised brushing and the topical application of fluoride. By conducting home visits, it allows for the discovering of the conditions and realities of the person, and with this necessary information we can create the necessary bonds for the development of therapeutic projects more appropriate and aligned with reality. This represents a methods of collecting and strengthening not bonds with the community and aims to expand the access to oral healthcare for its users, specifically those with disabilities and those who are bedridden. The visits are not planned or systemised. The home visits should be guided by an identified necessity and not in the compulsory form. One can conclude that home visits by the oral hygiene team is important, it expands the access of oral hygiene services, strengthens bonds with the community and promotes more humane practices.

Key-words: Strategy do family health. Oral hygiene. Home visits.

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Endereço para correspondência:

Bruno Ricardo Bertoldo Ferreira

Endereço: Rua Alvaro Reis, 190, apto 104, Esplanadinha.

Cidade: Governador Valadares – MG CEP: 35010-110

Tel: (31) 992828124

E-mail: bertoldobruno@hotmail.com

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