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Análise comparativa entre dois sistemas estruturais : laje treliçada e laje maciça

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Academic year: 2023

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FERNANDO JOSÉ LEITE

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE DOIS SISTEMAS ESTRUTURAIS:

LAJE TRELIÇADA E LAJE MACIÇA

Projeto de Conclusão de Curso submetido ao curso de engenharia civil da Universidade do Sul de Santa Catarina como parte dos requisitos para obtenção do título de Engenheiro civil.

Professor Orientador: MSc. Auro Cândido Marcolan Júnior.

FLORIANÓPOLIS, 2022

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AGRADECIMENTOS

Venho agradecer a todos os professores e colegas de classe envolvidos em todo este percurso.

A minha esposa Jô,

companheira em todas as horas.

As empresas novaempreendimentos, Hexa engenharia e parceiras que contribuíram nos dados para este trabalho.

Um agradecimento especial ao professor orientador, Auro Cândido Marcolan Júnior

por toda atenção e auxílio prestados em todo o processo.

(3)

“Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se você não fizer nada, não existirão resultados”.

Mahatma Gandhi

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RESUMO

Durante a pandemia do covid-19, devido às restrições de produção e logística, os insumos da construção civil foram impactados com altas significativas no custo. Devido a isso em uma obra em construção no centro de Florianópolis houve a troca do sistema estrutural projetado com lajes maciças para treliçadas com a mesma em andamento. Os insumos que mais impactaram nessa mudança foram as madeiras e o aço. Neste trabalho faz-se uma análise comparativa de dois tipos de sistemas estruturais, as lajes treliçadas e as lajes maciças. Adotando um projeto de um pavimento tipo de uma edificação, estes dois sistemas estruturais serão analisados para gerar dados sobre o processo construtivo e custos dos insumos e mão de obra. Conclui-se que a execução das lajes com treliçadas permite reduzir o tempo de execução e diminuir os custos em relação ao sistema de laje maciça.

Palavras-chave: Laje treliçada, laje maciça, custo.

(5)

ABSTRACT

During the covid-19 pandemic, due to production and logistics restrictions, civil construction inputs were impacted with significant increases in cost. Due to this, in a work under construction in the center of Florianópolis, the structural system designed with solid slabs was changed to latticework with the same in progress. The inputs that most impacted this change were wood and steel. This work makes a comparative analysis of two types of structural systems, lattice slabs and solid slabs.

Adopting a design of a typical floor of a building, these two structural systems will be analyzed to generate data on the construction process and costs of inputs and labor.

It is concluded that the execution of the slabs with lattices allows to reduce the execution time and to reduce the costs in relation to the solid slab system.

Keywords: Lattice slab, solid slab, cost.

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LISTA DE ABREVIATURAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR – Norma Brasileira

TCPO – Tabela de composição de preços para orçamento

SINDUSCON – Sindicato das indústrias da construção civil da grande Florianópolis SITICOM. - Sindicato dos trabalhadores nas indústrias da construção, mobiliário, de artefatos de cimento de Florianópolis e região.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01: Esquema da forma da laje maciça ... 15

Figura 02: Montagem das formas de lajes utilizando-se longarinas de madeira de pinus (8x16 cm) apoiadas em escoras metálicas ... 16

Figura 03: Colocação dos barrotes sobre as longarinas e as chapas compensadas sobre os barrotes de pinus (8x8 cm). ... 17

Figura 04: Armadura positiva da laje maciça ... 18

Figura 05: Armadura negativa das lajes maciças nos apoios das vigas ... 18

Figura 06: Eletrodutos e caixas de passagem ... 19

Figura 07: Marcação dos arranques dos pilares nas lajes ... 20

Figura 08: Adensamento do concreto ... 21

Figura 09: Laje com vigota treliçada e enchimento cerâmico ... 23

Figura 10: Elementos constituintes da vigota treliçada ... 24

Figura 11: Elementos de enchimento cerâmico ... 25

Figura 12: Tabela de fabricação de elemento cerâmico ... 26

Figura 13: Montagem da estrutura de apoio das lajes treliçadas ... 28

Figura 14: Montagem das vigotas e elementos de enchimento ... 29

Figura 15: Passagem de tubulações e dutos de passagem ... 29

Figura 16: Armadura de distribuição e negativa nos apoios. ... 30

Figura 17: Concretagem do capeamento do concreto ... 31

Figura 18: Planta de forma do pavimento para lajes treliçadas ... 36

Figura 19: Recorte de dados do projeto de forma. ... 37

Figura 20: Planta arquitetônica do 1º pavimento. ... 38

Figura 21: Quadro de área do projeto arquitetônico aprovado. ... 39

Figura 22: Planta de formas alteradas para treliçadas. ... 40

Figura 23: Sequência de montagem do planejamento de execução das lajes maciças e treliçadas.. ... 41

Figura 24: Forma em laje maciça do 1 º pavimento. ... 43

Figura 25: Recorte do resumo do aço do projeto estrutural das lajes maciças.. ... ... 44

Figura 26: Composição de custo da TCPO para forma de laje maciça. ... 46

Figura 27: Produtividade pela TCPO dos armadores para laje maciça. ... 48

(8)

Figura 28: Projeto das lajes treliçadas para o 1º pavimento. ... 50

Figura 29: Armaduras negativas aplicadas em todas as lajes do pavimento.... ... ... 52

Figura 30: Composição de custo da TCPO para forma de laje treliçada ... 53

Figura 31: Fluxograma dos insumos das lajes maciças do comparativo...56

Figura 32: Recorte do quadro de salários da construção civil...57

Figura 33: Fluxograma dos insumos das lajes treliçadas do comparativo...59

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01: Lajes maciças do projeto original ... 42

Tabela 02: Somatório do aço nas lajes maciças ... 45

Tabela 03: Programação de montagem da forma da laje maciça. ... 47

Tabela 04: Programação de montagem das armaduras da laje maciça ... 48

Tabela 05: Programação de execução da laje maciça ... 49

Tabela 06: Lajes treliçadas do 1º pavimento ... 51

Tabela 07: Lajes maciças do 1º pavimento ... 51

Tabela 08: Programação de execução da laje treliçada do 1º pavimento ... 54

Tabela 09: Custo dos principais insumos das lajes maciças...56

Tabela 10: Custo simplificado da mão de obra das lajes maciças...58

Tabela 11: Custo dos principais insumos das lajes treliçadas ... 60

Tabela 12: Custo simplificado da mão de obra das lajes treliçadas ... 61

Tabela 13: Produtividade na montagem das lajes maciças ... 61

Tabela 14: Custo de mão de obra simplificado das lajes maciças ... 62

Tabela 15: Custo dos principais insumos das lajes maciças ... 62

Tabela 16: Produtividade na montagem das lajes treliçadas ... 63

Tabela 17: Custo da mão de obra simplificado para lajes treliçadas ... 63

Tabela 18: Custo dos principais insumos das lajes treliçadas...64

Tabela 19: Comparativo de custos entre lajes maciças e treliçadas...65

Tabela 20: Comparativo do custo total das lajes...65

(10)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 11

1.1 JUSTIFICATIVA ... 12

1.2 OBJETIVO GERAl ... 13

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 13

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 14

2.1 LAJE MACIÇA ... 14

2.1.1 Processo construtivo ... 15

2.1.2 Vantagens da laje maciça ... 22

2.1.3 Desvantagens da laje maciça ... 22

2.2 LAJE TRELIÇADA ... 23

2.2.1 Vigotas treliçadas ... 24

2.2.2 Elementos de enchimento ... 25

2.2.3 Concreto de capeamento ... 26

2.2.4 Processo construtivo ... 27

2.2.5 Vantagens das lajes treliçadas... 31

2.2.6 Desvantagens das lajes treliçadas... 32

2.3 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL... 33

2.3.1 Levantamento dos quantitativos dos materiais ... 33

2.3.2 Mão de obra ... 34

2.3.3 Composição de custo ... 34

3 METODOLOGIA ... 35

3.1 Ojeto de estudo ... 35

3.2 Análise das informações sobre os dois sistemas ... 37

4 COMPARAÇÃO DO SISTEMA DE LAJE MACIÇA E LAJE ... TRELIÇADA ... 37

4.1 ETAPAS DE EXECUÇÃO DAS LAJES MACIÇAS E TRELIÇADAS EM UM PAVIMENTO TIPO ... 38

4.1.1. Laje maciça ... 41

4.1.2. Laje treliçada ... 49

4.2 ETAPAS DE LEVANTAMENTO DE CUSTOS DOS INSUMOS E MÃO DE OBRA ... 54

(11)

4.2.1. Laje maciça ... 55

4.2.2. Laje treliçada ... 58

5. RESULTADOS ... 61

6. CONCLUSÃO ... 66

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 67

ANEXO A ... 69

(12)

1.INTRODUÇÃO

Diante do cenário da pandemia do corona vírus (covid-19) que atingiu o Brasil no início de 2020, toda a economia brasileira foi impactada devido as restrições de produção e logística. Praticamente o preço de todos os insumos na construção civil foram afetados, o aço e madeira tiveram variações significativas, que impactaram principalmente o custo nas fases de fundação e supraestrutura da obra a ser estudada.

Mesmo antes da pandemia do coronavírus no início do ano de 2020, algumas empresas do setor da construção civil já vinham investindo no conhecimento de novas técnicas que permitissem minimizar o desperdício e, consequentemente, o custo total da obra.

Quando se trata de lajes essa economia pode ser ainda maior considerando que uma redução poderá ser replicada em vários pavimentos o que resultará vantagens financeiras consideráveis. Tais vantagens não ficarão apenas ligadas à economia de materiais, mas também na redução do tempo de execução que a escolha pode proporcionar.

De acordo com Albuquerque (1999), a evolução do processo construtivo começa pela quantidade dos projetos, e entre os projetos elaborados para a construção civil, destaca-se o estrutural. O projeto estrutural, individualmente, responde pela etapa de maior representatividade no custo total da construção (15 a 20% do custo total). Justifica-se então um estudo prévio para a escolha do sistema adotado, pois sabe-se que uma redução de 10% no custo da estrutura pode representar, no custo total, uma diminuição de 2%. Em termos práticos, 2% do custo total correspondem, por exemplo, à execução de toda etapa de pintura ou a todos os serviços de movimento de terra, soleiras, rodapés, peitoris e cobertura juntos.

Na obra analisada neste artigo as lajes seriam maciças, já com todos os projetos executados e aprovados, mas devido à alta significativa dos preços, em especial da madeira (chapas de compensado naval), depois da concretagem da laje do térreo como maciça optou-se por mudar a partir da 2º laje a ser concretada para o sistema de lajes treliçadas.

(13)

Muitos critérios envolveram essa mudança de metodologia construtiva, ainda mais com a obra em execução, como custos em função dos insumos, mão de obra, tempo de execução e as interferências de cada alternativa na execução da obra. Devido ao grande número de alternativas estruturais encontradas no mercado os engenheiros devem optar pelo tipo mais adequado para a situação em questão.

Os fatores econômicos gerados pela pandemia acrescentaram mais variáveis a escolha dos sistemas estruturais à equipe de engenharia.

Diante disso, neste trabalho será apresentada uma comparação entre lajes treliçadas e maciças com base nos projetos aprovados para as mesmas lajes dos dois sistemas construtivos e dos insumos envolvidos em sua execução como também a mão de obra empregada. Neste trabalho serão apresentados resultados para um determinado edifício com o propósito de servir como parâmetro no momento de decidir qual sistema adotar na edificação

.

1.1 JUSTIFICATIVA

Novas tecnologias construtivas vêm sendo desenvolvidas na área da construção civil. Devido à pandemia do COVID 19, os custos dos insumos tiveram alta significativa. Na obra analisada, percebeu-se que com a variação do preço do aço e madeira as lajes maciças previstas em projeto excederiam em muito o orçamento previsto. Diante desse cenário, buscou-se alternativas mais viáveis economicamente, mas que atendessem as exigências técnicas e padrões de qualidade do empreendimento.

Atualmente existem diversos sistemas estruturais que empregam lajes de concreto armado como lajes maciças, nervuradas (pré-fabricadas ou moldadas “in loco”), protendidas (alveolares), mistas etc. Onde cada sistema possui sua especificidade de aplicação com vantagens e desvantagens. Devido ao crescente número de alternativas de soluções no mercado, aumenta também a incerteza de qual método construtivo melhor se adequa a determinada edificação. Diante das alternativas, optou-se em substituir as lajes maciças previstas inicialmente para lajes treliçadas com tavela cerâmica.

(14)

O trabalho trará uma análise comparativa entre dois tipos de lajes, a treliçada e a maciça, utilizando-se como referência uma planta baixa de um pavimento tipo, o qual dispomos de projetos para os dos dois tipos de estrutura. O presente trabalho destina-se não somente ao meio acadêmico, mas também aos profissionais da área, trazendo dados regionais e atualizados sobre essas tecnologias construtivas.

Utilizou-se como principal fonte de pesquisa trabalhos realizados sobre o tema no Brasil, pesquisas realizadas por meios digitais, normas técnicas e livros técnicos.

1.2 OBJETIVO GERAL

Comparar dois tipos de lajes, treliçadas e maciças, apresentando vantagens e desvantagens na utilização dos sistemas estruturais.

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Reunir e analisar dados sobre as etapas construtivas de dois tipos de lajes, maciça e treliçada;

• Comparar custos de dois tipos de lajes, maciça e treliçada;

• Comparar produtividade de dois tipos de lajes, maciça e treliçada.

(15)

2.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Neste capitulo, serão abordadas bibliografias e embasamentos teóricos sobre os processos construtivos das lajes maciças e treliçadas, e também sobre orçamentos na construção civil.

2.1 LAJE MACIÇA

Segundo Pinheiro et al. (2003) as lajes são elementos planos, em geral horizontais, com duas dimensões muito maiores que a terceira, sendo esta denominada espessura. A principal função das lajes é receber os carregamentos atuantes no andar, provenientes do uso da construção (pessoas, móveis e equipamentos), e transferi-los para os apoios.

Lajes maciças são placas com espessura uniforme, sendo apoiadas ao longo do seu contorno. Esses apoios podem ser constituídos por alvenarias ou por vigas, sendo muito utilizada onde os vãos são relativamente pequenos em predominância nos edifícios residenciais (ARAÚJO,2003).

De acordo com a NBR 6118 (ABNT,2014) as lajes maciças devem respeitar os seguintes limites mínimos para a espessura:

- 5 cm para lajes de cobertura não em balanço;

- 8 cm para lajes de piso ou de cobertura em balanço;

- 10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou igual a 30 KN;

-12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que 30 KN;

-15 cm para lajes com protensão apoiadas em vigas, l/42 para lajes de piso biapoiadas e l/50 para lajes de piso contínuas; (l=vãos considerados, cm);

-16 cm para lajes lisas e 14 cm para lajes-cogumelo.

A estrutura que compõem as formas das lajes, conforme (Figura 01) tem a função de dar forma ao concreto (molde), conter o concreto fresco e sustentá-lo até que tenha resistência suficiente para se sustentar por si só e proporcionar à superfície do concreto a textura requerida.

(16)

Figura 01– Esquema da forma da laje maciça.

Fonte: Autor

2.1.1 Processo construtivo

A execução pode ser dividida basicamente em sete etapas baseadas na NBR 6118:2014: Montagem da fôrma de madeira e escoras; Colocação das armaduras; Instalação de caixas, tubos e eletrodutos; Preparação e lançamento do concreto; Adensamento do concreto; Cura do concreto; Retirada das fôrmas e escoras. Descreve-se a seguir as etapas na execução das estruturas de lajes maciças na sequência do andamento dos processos até sua finalização.

A primeira etapa é a preparação do escoramento, que segundo Correa (2011) tem por função transmitir a carga ao solo sem deformar a estrutura.

Basicamente são utilizados três tipos de escoras: pontaletes de madeira de secção quadrada, escoras de eucalipto com diâmetros médios de 10 cm, e escoras metálicas, sendo estas, em geral, locadas. Quando as escoras forem posicionadas diretamente no solo, devem apoiar-se em bases de madeira, cuja dimensão deve ser inversamente proporcional à resistência do solo. O espaçamento entre as escoras é usualmente de 50 centímetros para as de madeira e 100 centímetros para as metálicas.

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De acordo com NBR 14931 (ABNT,2004) o escoramento deve ser projetado e executado para suportar o seu próprio peso, o peso da estrutura e das cargas acidentais que possam atuar durante o processo construtivo evitando as deformações prejudiciais não previstos no projeto. No topo das escoras são afixadas as longarinas, elementos lineares, sobre as longarinas são apoiadas vigas secundárias (travessas), como indicado na (Figura 02), onde serão fixados os painéis.

Figura 02 - Montagem das formas de lajes utilizando-se longarinas de madeira de pinus (8 x 16 cm) apoiadas em escoras metálicas.

Fonte: Autor

Após toda a estrutura de escoramento e barroteamento montada e travada, inicia-se a colocação dos painéis de assoalho, segundo Correa (2011) os painéis são colocados lado a lado e pregados nas vigas secundárias (travessas), conforme (Figura 03). Deve haver o cuidado para não se deixar espaço entre os painéis a fim de não haver perda de material durante a concretagem. De acordo com Brandalise et al. (2015) o assoalho das lajes é geralmente construído por madeira compensadas plastificadas.

(18)

Figura 03 - Colocação dos barrotes sobre as longarinas e as chapas compensadas sobre os barrotes de pinus (8x8 cm).

Fonte: Autor

Após a colocação dos painéis, faz-se a limpeza geral e aplicação do desmoldante visando ampliar a vida útil dos painéis da forma e liberação da forma para a colocação da armadura.

Na montagem das armaduras positivas e negativas na forma, segundo Correa (2011), primeiro ocorre o posicionamento das armaduras positivas com seus espaçadores, que evitam o contato entre elas e o fundo da fôrma, garantindo o recobrimento do aço, conforme (Figura 04). Depois são montadas as armaduras negativas, que se apoiam sobre “caranguejos” (pequenos cavaletes confeccionados com aço e que dão apoio à armadura garantindo seu posicionamento em relação à altura da laje) como indicado na (Figura 05). De acordo com Brandalise et al. (2015) as barras de aço devem possuir as dimensões de comprimento e dobramento que atendem as indicações do projeto respeitando suas tolerâncias.

As lajes maciças deste estudo foram armadas em duas direções, no geral com vinculações do tipo engaste nas quatro bordas, sendo as armaduras positivas distribuídas em todo o comprimento das lajes e as armaduras negativas em trechos nos apoios das lajes nas vigas, resistindo aos momentos fletores negativos.

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Figura 04: Armadura positiva da laje maciça.

Fonte: Autor

Figura 05: Armadura negativa das lajes maciças nos apoios das vigas.

Fonte: Autor

(20)

Com as armaduras montadas inicia-se as instalações elétricas e hidráulicas, segundo Correa (2011) nesta etapa faz-se o posicionamento e fixação de caixas de passagem, dutos e eletrodutos que ficarão embutidos na laje e por onde passará a fiação elétrica; Previsão de passagem de tubulação hidrossanitária e posicionamento de shafts e caixas de inspeção, como indicado na (Figura 06).

Figura 06 – Eletrodutos e caixas de passagem

Fonte: Autor

No nivelamento das formas de laje, de acordo Correa (2011) faz-se com teodolito a laser, quando todos os painéis da forma da laje estiverem concluídos.

Pode-se usar também linhas de nylon neste nivelamento, esticando linhas e verificando as medidas por baixo das estruturas e quando necessário faz-se o ajuste na regulagem das escoras. Este nivelamento deve ser realizado a fim de garantir que todo o pé direito do pavimento inferior estipulado em projeto seja garantido e também que a contra-flecha da laje seja a prevista no cálculo estrutural e também se aproveita para marcar o arranque de pilares na laje com acompanhamento topográfico (Figura 07).

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Figura 07: Marcação de arranque de pilares nas lajes.

Fonte: Autor

Na conferência final, segundo Correa (2011) faz-se a verificação de todas as formas e armaduras, assim como limpeza da laje, retirando todos os restos de armadura, instalações hidráulicas e elétricas provenientes da colocação a fim de que as formas fiquem prontas para serem concretadas.

Tendo finalizado toda a etapa da montagem da estrutura da forma da laje e feitas todas as verificações faz-se a liberação para a etapa da concretagem.

Segundo Brandalise et al. (2015) para a concretagem normalmente é utilizado concreto usinado fornecido por empresas especializadas sendo que todas as características do concreto especificadas em projeto, como módulo de elasticidade, condições de lançamento, adensamento e cura devem ser atendidas para que se obtenha a durabilidade da estrutura.

Em Barros e Melhado (2006) recomendam-se os seguintes procedimentos para o lançamento do concreto nas vigas e lajes: Lançar o concreto diretamente sobre a forma da laje e espalhar com o auxílio de pás e enxadas.

(22)

De acordo com a NBR 14931 (ABNT,2004), o molde da fôrma deve ser preenchido de maneira uniforme, evitando o lançamento em pontos concentrados, que possa provocar deformação do sistema de fôrmas. O concreto deve ser lançado com técnica que elimine ou reduza significativamente a segregação entre seus componentes, observando-se maiores cuidados quanto maiores forem a altura de lançamento e a densidade da armadura.

Adensamento com vibrador conforme (Figura 08) e sarrafeamento do concreto. Segundo a NBR 14931 (ABNT,2004) deve haver uma relação entre as operações de lançamento e adensamento, de forma que seja suficientemente elevada para evitar a formação de juntas frias e baixa o necessário para evitar sobrecarga nas fôrmas e escoramentos.

Figura 08: Adensamento do concreto

Fonte: Autor

Acabamento com desempenadeira e início da cura das lajes logo que for possível andar sobre o concreto fazendo-se verificações com a ajuda de nível eletrônico.

De acordo com a NBR 14931 (ABNT,2004) enquanto não atingir endurecimento satisfatório, o concreto deve ser curado e protegido contra agentes

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prejudiciais para evitar a perda de água pela superfície exposta, assegurar uma superfície com resistência adequada e assegurar a formação de uma capa superficial durável.

Após a concretagem a próxima etapa é a desforma, segundo a NBR 14931 (ABNT.2004) recomenda-se que escoramento e fôrmas não devam ser removidos até que o concreto esteja suficientemente endurecido para resistir às ações que sobre ele atuarem e não conduzir a deformações inaceitáveis, tendo em vista o baixo valor do módulo de elasticidade do concreto e a maior probabilidade de grande deformação diferida no tempo quando o concreto é solicitado com pouca idade. A retirada do escoramento e das fôrmas deve ser efetuada sem choques e obedecer ao plano de desforma elaborado.

2.1.2 Vantagens da laje maciça

As lajes maciças são muito utilizadas no meio técnico, devido à algumas vantagens. No que se refere a parte projetual esse sistema possibilita conforme Albuquerque (1999), a existência de muitas vigas formando pórticos, que acabam garantindo uma rigidez à estrutura de contraventamento, e com relação a parte de execução esse sistema possibilita, segundo Faria (2010), facilidade de adensamento do concreto e segundo Sphor (2008) por ser um dos sistemas mais utilizados nas construções de concreto tem disponibilidade de mão-de-obra treinada facilitando a execução da obra.

2.1.3 Desvantagens da laje maciça

Relacionado a parte técnica e projetual de acordo com Albuquerque (1999) a laje maciça geralmente necessita de uma grande quantidade de vigas, deixando a forma do pavimento muito recortada, diminuindo a produtividade da construção e também apresenta grande consumo de concreto, aço e fôrmas;

segundo Vizotto et al. (2010) possui elevado peso próprio implicando em maiores reações nos apoios (vigas, pilares e fundações). Quanto aos insumos aplica-se

(24)

grande quantidade de madeiras (chapas de compensado naval) usadas nas formas, de escoramento e também de armaduras cortadas e montadas no local, e no que se refere à mão de obra conforme Vizotto et al. (2010) possui elevado consumo de mão-de-obra, referentes as atividades dos profissionais: carpinteiro, armador, pedreiro e servente.

2.2 LAJE TRELIÇADA

Segundo Muniz (1991) as lajes treliçadas surgiram a partir da Segunda Guerra Mundial e tiveram larga utilização em países europeus, ajudando-os na reconstrução e na diminuição do déficit habitacional subsequente. Segundo a NBR 6118 (ABNT,2014), diz que “as lajes nervuradas são as lajes moldadas no local ou com nervuras pré-moldadas, cuja zona de tração para momentos positivos está localizada nas nervuras entre as quais pode ser colocado material inerte”. As lajes formadas por vigotas pré-moldadas são constituídas por elementos pré-fabricados lineares, elementos de enchimento e concreto moldado no local.

Este estudo comparativo restringe-se às lajes treliçadas com nervuras unidirecionais, compostas de vigotas com armação treliçada, elemento de enchimento de blocos cerâmicos e capeamento de concreto (Figura 09).

Figura 09 – Laje com vigota treliçada e enchimento cerâmico

(25)

2.2.1 Vigotas treliçadas

As vigotas treliçadas são formadas por: base de concreto e armação treliçada. Quando necessário é possível inserir uma armação adicional referente ao dimensionamento da laje (Figura 10).

As treliças utilizam fios de aço CA-60 soldados por eletrofusão e são constituídos por um fio superior (banzo superior), dois fios inferiores (banzo inferior) e diagonais, chamadas também de sinusóides.

A medida da base de concreto das vigotas com armação treliçada varia de 12 a 13 cm de largura e 3 a 4 cm de altura. O concreto estrutural utilizado deve ter no mínimo uma resistência característica a compressão de 20 Mpa, para concretos com armadura passiva. Há a possibilidade de conter uma armadura adicional, encomendada e colocada a pedido do engenheiro civil responsável pelo cálculo estrutural.

Figura 10 – Elementos constituintes da vigota treliçada

Fonte: http://www.trelicon.com.br

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2.2.2 Elementos de enchimento

Os elementos de enchimento são formados por materiais inertes, leves, mas suficientemente rígidos, podendo ser vazados ou maciços, normalmente possuem as dimensões padronizadas e devem atender aos requisitos de norma quanto ao desempenho, propriedades e utilização (Cruz, 2018). O material de enchimento apesar de não ser considerado um material estrutural na laje, deve possuir qualidades que propiciem segurança durante a fase de montagem e devem resistir ao peso do concreto no momento da concretagem. Os elementos de enchimento possuem, em suas laterais, uma saliência que permite o seu apoio nas vigotas, transferindo o peso do concreto fresco as mesmas e dessas as linhas de escoramento. Sua função é de reduzir o peso-próprio da laje aliviando carga na estrutura.

Os elementos mais utilizados são os blocos cerâmicos e de poliestireno expandido (EPS). Esses blocos possuem tamanhos padronizados e variáveis com a espessura da laje a ser executada, nas abas possuem encaixes para apoio nas vigotas, permitindo o nivelamento da laje e evitar a fuga do concreto durante a concretagem. Limitou-se esta pesquisa aos elementos de enchimento cerâmico que serão objeto do estudo comparativo (Figura 11).

Figura 11 – Elementos de enchimento cerâmico.

Fonte: https://grupopresence.com.br/laje-trelicada

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Existem tabelas de fabricação de blocos cerâmicos e seus respectivos capeamentos de concreto, no geral padronizado para os diversos fabricantes (figura 12).

Figura 12 – Tabela de fabricação de enchimento cerâmico.

Fonte: Cruz ,2018

2.2.3 Concreto de capeamento

De acordo com a NBR 14859-1 (ABNT,2002), concreto de capeamento pode ser definido como uma placa superior da laje, cuja espessura é medida a partir da face superior do elemento de enchimento. Considera-se que o capeamento deva ter uma resistência mínima característica à compressão de 20 Mpa, aos 28 dias de idade. Devido à perfeita solidarização entre o elemento treliçado e o concreto lançado em obra, a estrutura resultante pode ser considerada como uma estrutura monolítica (CAIXETA, 1998).

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2.2.4 Processo construtivo

De acordo com Flório (2004), durante a montagem das lajes pré- fabricadas a estrutura está submetida aos esforços oriundos do peso próprio das vigotas pré-moldadas, dos elementos de enchimento, dos operários e durante a concretagem também tem que resistir ao peso dos equipamentos e ao peso do concreto, que irá formar a capa e o restante da nervura, que ainda não foi espalhado formando concentrações de carregamento em algumas regiões. Ainda segundo Flório (2004), temos algumas etapas para a execução das lajes pré-moldadas que serão descritas a seguir.

O nivelamento do piso servirá de base para a execução do escoramento, que normalmente é composto por pontaletes (metálico ou de madeira) e uma tábua que é a guia mestre que deve ser posicionada em espelho, exceto nos casos de escoramentos destinados às nervuras transversais, quando deverão ser posicionados horizontalmente e pontaletadas, conforme apresentado na figura 13.

Nas bordas dos apoios das lajes, são colocadas réguas de madeiras de 10 ou 15 cm, de acordo com o projeto, para formar um maciço neste ponto denominado como mesa de compressão. Durante esta etapa são executadas as contra-flechas quando necessárias.

(29)

Figura 13 – Montagem da estrutura de apoio das lajes treliçadas

Fonte: Autor.

No posicionamento das vigotas e dos elementos de enchimento, as tavelas servem como gabarito para a montagem das vigotas, garantindo o espaçamento entre as mesmas (Figura 14).

Para a colocação das vigotas, as armaduras das vigas já devem estar posicionadas nas formas assim com as réguas para as mesas de compressão quando previstas em projeto. As vigotas devem ser colocadas sobre a forma, após a verificação se estão niveladas, alinhadas, escoradas e já com a armadura toda posicionadas, as vigotas devem penetrar pelo menos 5 (cinco) cm, e no máximo até a metade da largura da viga.

Nos apoios de parede sobre laje, coloca-se duas ou mais vigotas justapostas para reforço nessa região e também quando os panos das lajes são superiores a 4 (quatro) metros, são posicionadas nervuras perpendiculares as vigotas com posições detalhadas em projeto.

(30)

Figura 14: Montagem das vigotas e elementos de enchimento.

Fonte: Autor

.

Na instalação da tubulação elétrica e hidráulica, após a colocação dos elementos de enchimento, inicia-se a colocação das tubulações e dutos de passagem (Figura 15).

Figura 15: Passagem de tubulações e dutos de passagem.

Fonte: Autor

(31)

Após todos os eletrodutos e caixas de passagem colocados, inicia-se colocação das armaduras de distribuição e negativa, respeitando o projeto estrutural (bitola, quantidade e posição). A armadura de distribuição tem como função principal distribuir a carga sobre a laje, e evitar o aparecimento de trincas e fissuras na capa de concreto. A armadura negativa deve ser apoiada e amarrada sobre a armadura de distribuição, sua utilização acontece quando houver cargas concentradas ou balanços, essa armadura é sempre distribuída no sentido das vigas, seu uso é importante nos apoios, garantindo a continuidade nos encontros, cuidados especiais devem ser tomados durante a execução e concretagem para que ela fique na posição especificada próxima a face superior da capa e respeitando os cobrimentos exigidos (Figura 16).

Figura 16: Armadura de distribuição e negativa nos apoios.

Fonte: Autor

Finalizando armadura, faz-se a limpeza das áreas a serem concretadas, retirando a areia, pó, terra, óleo ou qualquer substância que possa prejudicar a transferência de cisalhamento pela superfície de contato. Sempre deve ser feito o umedecimento da interface antes da concretagem.

Antes da liberação para a concretagem, realiza-se uma conferência de toda a estrutura montada, escoramento, níveis, armaduras e limpeza em geral.

(32)

A concretagem da capa de concreto deve ser realizada tomando alguns cuidados como: tratamento da interface, adensamento e cura (Figura 17). Molhar adequadamente a superfície da laje, antes de lançar o concreto. Adensar o concreto suficientemente para que ele penetre nas juntas entre as vigotas e os elementos de enchimento. Efetuar uma boa cura, molhando abundantemente a superfície da laje de concreto.

Figura 17: Concretagem do capeamento de concreto.

Fonte: Autor

A retirada do escoramento, Só poderá ser realizada após o concreto adquirir resistência suficiente estipulada em projeto, com controle tecnológico, entre 15 e 28 dias após a concretagem, quando houver múltiplos pavimentos deve-se elaborar um plano de reescoramento das lajes inferiores.

2.2.5 Vantagens das lajes treliçadas

Tem-se como principal vantagem do uso de lajes treliçadas uma significante redução e economia de fôrmas para vigas, exigindo somente para os pilares e lajes.

(33)

Devido a isso, deve-se ter atenção sobre as ações do vento na estrutura quanto a estabilidade global, pelo fato de não haver vigas que participem dos pórticos que ajudam a enrijecer a estrutura (GIONGO, 2007).

A quantidade de escoramento para a execução é menor em relação às lajes maciças similares. A quantidade de aço cortado e montado no canteiro é muito menor, toda a armadura positiva das lajes está embutida nas vigotas, sendo montando no local apenas as armaduras de distribuição e negativa, como também as nervuras quando detalhadas em projeto.

O sistema pode apresentar menor volume de concreto e armaduras, o que representa uma significativa redução do peso próprio da laje, de modo que suas vigas de sustentação podem ter dimensões menores, bem como pilares e mesmo as fundações.

2.2.6 Desvantagens das lajes treliçadas

A principal desvantagem é que há uma maior propensão a atingir o estado limite por deformações excessivas comparado às lajes maciças. Na maioria dos casos a verificação da flecha é mais importante que a verificação sobre o estado limite último de ruína da laje, seja pelas ações do momento fletor ou do esforço cortante. Deve-se fazer uma série de análises estruturais e arquitetônicas para tomar a decisão de se usar as lajes pré-fabricadas em edifícios. Por exemplo: em prédios de múltiplos andares (mais que cinco) há de se planejar como será o transporte dos elementos. Isso pode acarretar em acréscimo de custos (com elevadores especiais, por exemplo), e principalmente de segurança na obra.

O lançamento do concreto pode tornar-se mais lento em decorrência da própria movimentação dos operadores e equipamentos na estrutura, podendo ocorrer quebras de elementos de enchimento durante o processo.

(34)

2.3 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Orçamento é a parte de um plano financeiro estratégico que compreende a previsão de receitas e despesas futuras para a administração de determinado exercício, aplica-se tanto ao setor governamental quanto ao privado, pessoa jurídica ou física. “O Orçamento é o cálculo dos custos para executar uma obra ou um empreendimento, quanto mais detalhado, mais se aproximará do custo real”

(SAMPAIO; 1989).

Por meio do orçamento, conforme afirma Sampaio (1989), “é possível analisar a viabilidade econômico-financeira do empreendimento, efetuar o levantamento dos materiais e dos serviços e mão de obra, necessários para cada etapa de serviço”, elaborar o cronograma físico e efetuar o acompanhamento sistemático da aplicação da mão de obra e materiais no empreendimento.

Tisaka (2011), afirma que o orçamento, ao ser elaborado, deverá conter todos os serviços a serem executados na obra, compreendendo o levantamento dos quantitativos físicos do projeto e da composição dos custos unitários de cada serviço, das leis sociais e encargos complementares apresentados em planilha.

2.3.1 Levantamento dos Quantitativos dos Materiais

“O início da orçamentação de uma obra requer o conhecimento dos diversos serviços que a compõe. Não basta saber quais os serviços, é preciso saber também o quanto de cada um deve ser feito.” (MATTOS,2006)

O levantamento quantitativo dos materiais para execução estrutural de uma obra são o volume de concreto, a quantidade de aço utilizado na armação dos elementos estruturais e as formas utilizadas nesses elementos na hora da concretagem. Esses insumos são discriminados através de projetos pelo engenheiro calculista, no entanto, na prática são gerados desperdícios que também devem ser incluídos no orçamento.

Segundo Silva (2006), “Os custos diretos unitários dos serviços de construção são conhecidos pela consulta a tabelas de composições de consumo diário”.

(35)

2.3.2 Mão de obra

O custo da mão de obra é obtido através da consideração entre os salários dos colaboradores em conjunto com a carga horária necessária para a execução de certa parcela da obra, ainda devem ser considerados encargos sociais, e demais perspectivas legais que venham a se enquadradas (MATTOS,2006).

Ainda segundo Mattos (2006), quando se admite um pedreiro que gasta 1h (uma hora) para fazer 1 m2 de alvenaria de bloco cerâmico, será por meio dessa premissa que o total de mão de obra de alvenaria será calculado. A produtividade afeta diretamente a composição de custo.

2.3.3 Composição de custo

Segundo Mattos (2006), a composição de custo é definida como sendo o processo para estabelecer o custo de um serviço ou atividade, sendo esses divididos em categorias de acordo com as suas características, mão-de-obra, materiais ou equipamentos. A composição de custo deve ser realizada antes da execução da obra, tornando-se assim uma estimativa do que será gasto no futuro, sendo assim caracterizada como um controle dos custos, podendo desta forma, identificar erros e prevenir desperdícios em uma próxima obra, conforme Mattos (2006). Uma maneira mais detalhada de se obter todo esse processo é especificando cada unidade de serviço. Nesse momento o uso da Tabela de Composição de Preço para Orçamento (TCPO) faz se necessário para ter acesso ao custo unitário de cada um dos serviços ou o detalhamento dos insumos presente no SINAPI, o Sistema Nacional de Preços e Índices para a Construção Civil. A soma dos custos unitários dos serviços necessários para a construção, mais os custos de infraestrutura para a realização do empreendimento, são os fatores que constituem os custos diretos e os custos indiretos. (TISAKA, 2011, apud SANTOS; SILVA;

OLIVEIRA, 2012).

(36)

3 METODOLOGIA

3.1 OBJETO DE ESTUDO

Neste trabalho realizou-se uma análise comparativa entre dois sistemas estruturais, um parcialmente industrializado, a laje treliçada e outro convencional, a laje maciça.

Utilizou-se como referência para este estudo comparativo, o projeto de um pavimento tipo de uma edificação residencial multifamiliar. O prédio foi todo projetado e orçado com lajes maciças para todos os pavimentos, mas depois da concretagem da laje do piso do térreo, optou-se por alterar os projetos das demais estruturas para lajes treliçadas com enchimento cerâmico.

O que motivou essa mudança foram os aumentos dos custos dos insumos das lajes maciças, em especial das madeiras, utilizadas no assoalhamento (chapa de compensado naval) e no barroteamento (pernas de serra de pinus). Com essa alteração, temos os projetos das lajes maciças e das treliçadas para o mesmo pavimento.

O projeto de forma do pavimento usado com referência praticamente permaneceu o mesmo após a mudança para lajes treliçadas (Figura 18), com relação às dimensões das lajes de um sistema para o outro só mudaram as espessuras. Aconteceram mudanças de detalhamento de vigas e pilares com redução de seções e aço, mas que serão desconsiderados neste estudo comparativo. No projeto de formas temos dados das áreas das lajes e volume de concreto das mesmas (Figura 19).

(37)

Figura 18: Planta de forma do pavimento para lajes treliçadas.

Fonte: Projeto estrutural

(38)

Figura 19: Recorte de dados do projeto de forma.

Fonte: Projeto estrutural

3.2 ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES SOBRE OS DOIS SISTEMAS

Caracterizou-se os detalhes dos processos construtivos das lajes maciças e treliçadas na revisão bibliográfica, portanto nesta etapa não se dará enfoque em detalhes construtivos. Nesta análise faz-se a definição das equipes de trabalho e a sua produtividade nas etapas de execução de cada sistema e também o custo de cada laje.

Todos os dados dos sistemas construtivos desse comparativo, como projetos, materiais, estimativa de tempo de execução, custos, foram conseguidos junto a administradora da obra de um edifício residencial no centro de Florianópolis.

Esse edifício ainda se encontra em execução e a previsão de entrega será para dezembro de 2023. O autor deste estudo integra a equipe técnica da administradora desse empreendimento, atuando como técnico residente. Alguns dados de produtividade foram adquiridos no acompanhamento dos planejamentos e controle das atividades na obra.

4. COMPARAÇÃO DO SISTEMA DE LAJE MACIÇA E LAJE TRELIÇADA

Neste capítulo apresenta-se o comparativo de tempo de execução e custos entre as lajes maciças e treliçadas.

(39)

4.1 ETAPAS DE EXECUÇÃO DAS LAJES MACIÇAS E TRELIÇADAS DE PAVIMENTO TIPO

O edifício da qual realizamos o estudo das lajes do 1º pavimento, localiza- se no centro de Florianópolis, e tem os seguintes pavimentos: subsolo, térreo, mezanino ,1º e 2 º pavimentos tipos, 3º,4º,5º pavimentos tipos e ático, com área total construída de aproximadamente 7.000 m2. O projeto arquitetônico do 1º pavimento é constituído de 5 apartamentos e 8 estúdios (Figura 20).

Figura 20: Planta arquitetônica do 1º pavimento.

Fonte: Projeto arquitetônico

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Figura 21: Quadro de área do projeto arquitetônico aprovado.

Fonte: Projeto Arquitetônico aprovado

Na alteração da execução das lajes maciças para treliçadas algumas continuaram como maciças, seja pela pouca espessura (10 cm) que tornou inviável a mudança, pelo recorte dos panos das lajes que dificultava a modulação das vigotas treliçadas, ou por motivo de reforço estrutural, as áreas hachuradas na Figura 22, seriam essas lajes que não alteraram para treliçadas. No somatório total dos panos das lajes alteradas a área ficou praticamente a mesma nos dois sistemas, as nomenclaturas das lajes maciças e treliçadas tiveram algumas alterações, já que alguns travamentos de vigas entre lajes deixaram de existir nas treliçadas. Devido a isso teremos uma planilha das lajes maciças e treliçadas, com suas respectivas áreas, dimensões e volume de concreto.

(41)

Figura 22: Projeto de formas alteradas para treliçadas.

Fonte: Autor

No comparativo usou-se os projetos de forma e armadura para as lajes maciças do 1º pavimento para quantitativos de insumos, e com a mudança para lajes treliçadas, os projetos de forma e armadura dessa laje para os seus quantitativos. Com relação ao tempo de execução das etapas, usamos os acompanhamentos e planejamentos de curto prazo da obra e dados de tabelas de custos e orçamentos usados como referências para vários tipos de empreendimentos.

(42)

Na montagem dos dados para a elaboração do planejamento de curto prazo, tanto das lajes maciças como treliçadas, usou-se uma sequência de dados dos projetos, conforme o fluxograma da Figura 23.

Figura 23: Sequência de montagem do planejamento de execução das lajes maciças e treliçadas.

Fonte: Autor

4.1.1 Laje maciça

Projetou-se a laje do primeiro pavimento originalmente como maciça (Figura 24), mas depois foi alterada e executada como treliçada. Para o levantamento dos dados da sequência de execução e estimativa de tempo de produção dessa laje, usou-se os dados da laje do térreo executada como maciça, os insumos orçados para a obra, planejamento original da obra e planilhas de referência para montagem de orçamentos. Na Tabela 01 tem-se as áreas e espessuras das lajes maciças consideradas neste comparativo, com suas respectivas espessuras e o volume total de concreto para essas lajes.

(43)

Tabela 01 – Lajes maciças do projeto original.

Fonte: Autor

TIPO ÁREA ( m²) e ( m) TIPO ÁREA ( m²) e (m)

1 13,84 0,15 30 4,1 0,10

2 11,9 0,15 31 21,84 0,15

3 4,07 0,10 32 36,63 0,15

4 2,37 0,15 33 28,21 0,15

5 35,93 0,15 34 9,3 0,15

6 29,6 0,15 35 6,53 0,15

7 34,52 0,15 36 15,32 0,15

8 10,79 0,15 37 22,01 0,15

9 14,25 0,15 38 15,32 0,15

10 6,43 0,15 39 6,37 0,15

11 5,26 0,15 40 15,22 0,15

12 23,4 0,15 41 15,19 0,15

13 9,3 0,15 42 6,43 0,15

14 43 13,95 0,15

15 44 9,42 0,15

16 1,94 0,15 45 9,32 0,15

17 3,28 0,15 46 3,99 0,10

18 7,26 0,15 47 4,03 0,10

19 15,9 0,1 48 21,85 0,15

20 4,19 0,10 49 20,58 0,15

21 45,43 0,15

22 17,77 0,15

23 3,27 0,15

24 6,48 0,15

25 36,67 0,15

26 3,03 0,15

27 1,28 0,15

28 11,94 0,10

29 4,1 0,15

ÁREA TOTAL ( m²) VOLUME TOTAL (m³)

LAJES MACIÇAS

649,81 71,18

(44)

Figura 24: Forma em laje maciça do 1 º pavimento.

Fonte: Projeto estrutural de laje maciça

(45)

No projeto estrutural original do prédio para lajes maciças, obtém-se os dados referentes às armaduras das lajes, na Figura 25 tem-se os recortes dos resumos dos aços para o detalhamento das armaduras negativas e positivas das lajes maciças.

Figura 25: Recorte do resumo do aço do projeto estrutural das lajes maciças.

Armadura negativa em X Armadura negativa em Y

Armadura positiva em X Armadura positiva em Y

Fonte: Projeto estrutural de laje maciça

Com os recortes do resumo do aço das lajes, elaborou-se uma planilha para se obter o somatório do peso de aço por bitola, dados que nos levaram a produtividade dos armadores. Na Tabela 02, tem-se o somatório dos aços e suas respectivas bitolas.

(46)

Tabela 02 – Somatório do aço das lajes maciças

Fonte: Autor

No projeto de laje maciça temos 649,81 m² de área de forma, 71,18 m³ de concreto e 3.961Kg de aço. Com esses dados conseguiu-se mais precisão no tempo de execução de acordo com o número de profissionais dimensionados para as equipes de trabalho. Detalhamos os passos na execução das lajes, tempo decorrido para realizar cada atividade do processo construtivo. Para a análise do tempo decorrido para a montagem das formas das lajes maciças, considerou-se a mesma equipe que montou as treliçadas, no total de 07 carpinteiros.

Como a montagem da laje acontece em paralelo com outras atividades relacionadas a estrutura, por vezes há o revezamento dos profissionais em outras atividades de suporte das lajes, que seriam os pilares e vigas. Fizemos essa estimativa considerando apenas a execução da laje com dados de acompanhamento em obra e com a tabela da TCPO. Nas formas das lajes maciças consideramos os assoalhos com sendo chapas de compensado naval plastificado de 20 mm, barrotes de pinus de 8x8 cm e longarinas de 8 x16 cm, com escoramento metálico locado. Na tabela da TCPO, utilizou-se para verificação um item que se aproxima mais desses materiais que utilizamos na obra, conforme Figura 26.

BITOLA (mm) PESO (Kg) 5,0 995,90 6,3 764,50 8,0 1.312,10 10,0 646,90 12,5 198,90 16,0 42,70 PESO TOTAL 3.961,00

LAJES MACIÇAS

(47)

Figura 26: Composição de custo da TCPO para forma de laje maciça

Fonte: TCPO.

Com base na tabela da TCPO (Figura 26) a produção do carpinteiro por metro quadrado de forma da laje seria 0,726 h, como temos o total de 649,81m², com um carpinteiro levaríamos 502,27 horas para montar a laje. Como temos 7 carpinteiros, dividimos 502,27 h por 7 carpinteiros e teremos 71,75 horas.

(48)

Como num dia de produção da construção civil temos 8,8 horas, dividiu-se 71,75 horas por 8,8 horas e tem-se 8,15 dias de produção da laje de 649,81m² com 7 carpinteiros. Devido as probabilidades de chuva e intempéries arredondamos para cima e ficamos com 10 dias de produção. Na Tabela 03 temos um planejamento de curto prazo utilizado nas programações da obra, com o recorte somente para lajes maciças, estimando um prazo para a conclusão das lajes e as divisões das atividades.

Tabela 03 – Programação de montagem da forma da laje maciça

Fonte: Autor

Para a montagem da armadura da laje maciça tem-se um total de aço de 3.961 kg, tivemos nessa laje o total de 04 armadores no corte e dobra de aço e na montagem do aço na forma. Na tabela da TCPO (Figura 27) temos uma estimativa de produtividade dos armadores por kg de aço da laje.

S T Q Q S S D S T Q Q S

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

ESCORAMENTO E BARROTEAMENTO DAS LAJES MACIÇAS P

BARROTES DE 8X8 CM E LONGARINAS 8 X 16 CM R

ASSOALHAMENTO DAS LAJES MACIÇAS E VAZIOS P

C/ CHAPA DE COMPENSADO NAVAL PLASTIFICADA DE 20 mm R P R

LEGENDA

P PROGRAMADO R REALIZADO

3 NIVELAMENTO DAS LAJES 03 CARPINTEIROS

2 04 CARPINTEIROS

1 03 CARPINTEIROS

LAJE MACIÇA DO 1 º PAVIMENTO

ITENS ATIVIDADES EQUIPE

(49)

Figura 27: Produtividade pela TCPO dos armadores para laje maciça.

Fonte: TCPO

Segundo a tabela (Figura 26), a produtividade de um armador seria 0,051 h por kg de aço, como nessa laje temos 3.961 Kg, multiplicando 0,051 por 3.961, teremos 202,01 h, como estipulamos 04 armadores para montar essa laje, dividimos 202,01h por 04 armadores chegando a 50,50 h. Como o dia de produção tem 8,8 h, dividindo 50,50 h por 8,8 h, obtemos o resultado de 5,73 dias de produção, arredondando para 6 dias de produção. Na Tabela 04 temos o recorte de planejamento de curto prazo para o corte, dobra e montagem das lajes maciças.

Tabela 04: Programação de montagem das armaduras da laje maciça

Fonte: Autor

As etapas de colocação de caixas de passagem e dutos da parte hidráulica e eletrodutos e caixas da elétrica, como a produtividade é praticamente a mesma nos dois tipos de lajes não foram incluídos neste comparativo.

S T Q Q S S D S T Q Q S

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

p R p R

LEGENDA

P PROGRAMADO

R REALIZADO

2 MONTAGEM DAS ARMADURAS DA LAJE NA FORMA 04 ARMADORES 1 CORTE E DOBRA DOS AÇOS NO CANTEIRO 04 ARMADORES

LAJE MACIÇA DO 1 º PAVIMENTO

ITENS ATIVIDADES EQUIPE

(50)

Conseguimos montar nossa tabela de programação das etapas de forma e armadura de uma laje maciça de 649,81m² de área de forma, 3.961Kg de aço e 71,18 m³ de concreto, conforme Tabela 05.

Tabela 05: Programação de execução da laje maciça

Fonte: Autor

Como nessa obra tivemos uma concretagem da laje maciça do piso térreo com volume total de concreto de 453 m³ (junto com as vigas), utilizamos os dados da produção tanto dos carpinteiros e armadores junto com a análise de dados da TCPO para a definição programação das atividades tanto dos carpinteiros como dos armadores.

4.1.2 Laje treliçada

Para a laje treliçada tem-se o acompanhamento de toda a execução estrutural do 1 º pavimento, sendo concretados nessa etapa os pilares, vigas e lajes. Na programação de curto prazo fez-se o recorte da montagem das lajes sendo a maioria treliçada, mas algumas permaneceram com maciças. No projeto das lajes treliçadas (Figura 28), tem-se lajes com espessuras de 13 cm e 17 cm, com capeamento de 5 cm.

S T Q Q S S D S T Q Q S

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

ESCORAMENTO E BARROTEAMENTO DAS LAJES MACIÇAS P

BARROTES DE 8X8 cm E LONGARINA 8 X16 cm R

ASSOALHAMENTO DAS LAJES MACIÇAS E VAZIOS P

C /CHAPA DE COMPENSADO NAVAL PLASITIFICADA DE 20 mm R P R P R P 5 MONTAGEM DAS ARMADURAS DA LAJE NA FORMA 04 ARMADORES R

CORTE E DOBRA DE AÇO NO CANTEIRO NIVELAMENTO DAS LAJES

03 CARPINTEIROS

04 CARPINTEIROS

03 CARPINTEIROS

4 04 ARMADORES

2 1

3

LAJE MACIÇA DO 1 º PAVIMENTO

ITENS ATIVIDADES EQUIPE

(51)

Figura 28: Projeto das lajes treliçadas para o 1º pavimento

Fonte: Fabricante de laje treliçada.

De acordo com o projeto das lajes treliçadas (Figura 28) montamos uma planilha com a numeração das lajes, suas áreas e respectivas espessuras (Tabela 06), como também das que continuaram como maciças (Tabela 07).

(52)

Tabela 06: Lajes treliçadas do 1º pavimento.

Fonte: Autor

Tabela 07: Lajes maciças do 1 º pavimento

Fonte: Autor

TIPO ÁREA ( m²) e ( m) TIPO ÁREA ( m²) e (m)

1 12,41 0,13 30 4,82 0,13

2 11,87 0,13 31 4,18 0,13

3 4,07 0,13 32

4 2,37 0,13 33

5 35,93 0,17 34 4,62 0,13

6 29,6 0,17 35 28,14 0,13

7 35,52 0,17 36 9,3 0,13

8 10,79 0,13 37 6,46 0,13

9 21,8 0,17 38 15,32 0,13

10 6,45 0,13 39 22 0,13

11 5,26 0,13 40 15,43 0,13

12 23,4 0,13 41 6,39 0,13

13 9,3 0,13 42 12,4 0,13

14 43 2,66 0,13

15 3,28 0,13 44 6,44 0,13

16 45 5,26 0,13

17 46 1,48 0,13

18 47 9,41 0,13

19 4,18 0,13 48 9,22 0,13

20 7,17 0,13 49 4 0,13

21 17,67 0,13 50 4 0,13

22 3,25 0,13 51

23 52 1,48 0,13

24 6,31 0,13 53 12,4 0,13

25 11,75 0,13 54 2,68 0,13

26 5,86 0,17 55 12,35 0,13

27 2,91 0,13 56 31,63 0,13

28 57 37,15 0,17

29 58 29,95 0,17

ÁREA TOTAL ( m²) VOLUME TOTAL (m³)

maciça

maciça maciça

maciça LAJES TRELIÇADAS

570,32 81,43 maciça

maciça maciça maciça

maciça

maciça

TIPO ÁREA ( m²) e ( m)

14 19,3 0,15

16 7,71 0,2

17 9,91 0,1

18 5,66 0,1

23 7,43 0,15

28 12,7 0,15

29 5,75 0,1

32 19,35 0,15

33 5,44 0,1

51 8 0,1

ÁREA TOTAL ( m²) 101,25 VOLUME TOTAL (m³) 13,835

LAJES MACIÇAS

(53)

Somando as áreas das lajes treliçadas e maciças do projeto temos uma área total de lajes de 671,57 m². A área permaneceu praticamente a mesma do projeto original com laje maciça, o volume na laje treliçada aumentou um pouco em relação ao projeto original. No entanto estamos considerando o enchimento também nesse volume, estimamos o concreto das lajes treliçadas como sendo 60 % de sua espessura, considerando o capeamento de 5 cm mais o concreto que preenche os vazios dos elementos cerâmicos. O volume de concreto foi então 60 % de 81,43 m³ mais o volume dos trechos em maciça, 13,83 m³, ficando o total de volume do projeto de treliçada do 1 º pavimento em torno de 62,68 m³.

Nos projetos estruturais das lajes treliçadas (Anexo A), a armadura positiva está embutida nas vigotas treliçadas, e na execução usou-se as mesmas armaduras negativas do projeto original das maciças (Figura 29) e mais uma armadura de distribuição constante no projeto do fabricante das lajes treliçadas (Anexo A). Foram detalhadas algumas nervuras perpendiculares às vigotas quando os panos das lajes são maiores do que 3,90 m, mas como são barras retas e praticamente sem nenhuma amarração foram desconsideradas neste comparativo.

Figura 29: Armaduras negativas aplicadas em todas as lajes do pavimento

Armadura negativa em X Armadura negativa em Y

Fonte: projeto estrutural da laje maciça

Na armadura de distribuição armada nos dois sentidos com aço de 5,0 mm, espaçados a cada 20 cm chegou-se num total de 1000 kg. Com o somatório das armaduras negativas, positivas (dos trechos de laje maciça) e a armadura de distribuição tem-se o peso de 2.673,78 Kg para corte, dobra e montagem da estrutura. Temos a produtividade da equipe na montagem das lajes treliçadas em

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