• Nenhum resultado encontrado

COMPUTAÇÃO EVOLUTIVA E METAHEURÍSTICA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "COMPUTAÇÃO EVOLUTIVA E METAHEURÍSTICA"

Copied!
3
0
0

Texto

(1)

Verificar dimensões da capa/lombada MANUAL DE COMPUTAÇÃO EVOLUTIVA E METAHEURÍSTICA

ANTÓNIO GASPAR-CUNHARICARDO TAKAHASHICARLOS HENGGELER ANTUNESCOORDENADORES

IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA COIMBRA UNIVERSITY PRESS

COMPUTAÇÃO EVOLUTIVA

E META HEURÍS

TICA

ANTÓNIO GASPAR-CUNHA RICARDO TAKAHASHI CARLOS HENGGELER ANTUNES

COORDENADORES

MANUAL DE

SÉRIE ENSINO

IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA COIMBRA UNIVERSITY PRESS

2012

9789892601502

António Gaspar-Cunha obteve o grau de Doutor em Ciência e Engenharia de Polímeros na Universidade do Minho em 2000, sendo atualmente Professor Auxiliar no Departamento de Engenharia de Polímeros na Universidade do Minho. As suas principais áreas de atividade científica são a modelação de processos de processamento de polímeros e a otimização e design multiobjectivo de sistemas multidisciplinares.

Ricardo Takahashi obteve o grau de Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas em 1998, sendo actualmente Professor Associado do Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais. Tem trabalhado predominantemente em temas na área da otimização, incluindo computação evolutiva e optimização multiobjectivo, teoria do controle e inteligência artificial baseadas em otimização. Possui também interesse pela área de filosofia da ciência e da tecnologia.

Carlos Henggeler Antunes obteve o grau de Doutor em Engenharia Electrotécnica (Otimização e Teoria dos Sistemas) pela Universidade de Coimbra em 1992, sendo actualmente Professor Catedrático no Deptº. de Engenharia Electrotécnica e de Computadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra e Director da Unidade de I&D INESC Coimbra. As suas principais áreas de atividade científica são os modelos e métodos de investigação operacional, a otimização multiobjectivo, o apoio multicritério à decisão, as meta-heurísticas multiobjectivo e as respectivas aplicações a problemas no sector energético.

As técnicas computacionais que são hoje denominadas por Computação Evolutiva e por Metaheurísticas se desenvolveram, de maneira relativamente independente, durante os últimos 40 anos do século XX, no seio de duas comunidades científicas que mantiveram relativamente pouco contato ao longo desse período. Durante esse tempo, ambos os conjuntos

de técnicas se consolidaram, sendo hoje reconhecidos como parte integrante do repertório fundamental de ferramentas da Computação e da Engenharia que possibilitam a síntese de muitos dos sistemas tecnológicos hoje existentes. Apenas no decorrer da última década do século XX se formou, nas respectivas comunidades científicas, uma consciência das conexões existentes entre esses dois corpos de conhecimento, que partilham muitos dos seus princípios e fundamentos.

O presente livro foi escrito com o objetivo de constituir uma obra de referência em Língua Portuguesa, abrangendo os níveis de graduação e pós-graduação do nosso ensino universitário e politécnico, na sequência das edições já realizadas da Escola Luso-Brasileira de Computação Evolutiva.

Versão integral disponível em digitalis.uc.pt

(2)

MANUAL DE COMPUTAC¸ ˜AO EVOLUTIVA E METAHEUR´ISTICA 380

ser muito pequena, para problemas com um grande n´umero de objetivos, ficando cada vez menor `a medida em que aumenta a dimens˜ao do espa¸co de objetivos. Isso explica a perda da eficiˆencia dos algoritmos evolutivos quando o n´umero de objetivos cresce.

V´arios trabalhos publicados nos ´ultimos anos tˆem procurado compreender, de maneira mais precisa, a natureza das dificuldades relacionadas com os problemas com muitos objetivos. Tem sido tentada a proposi¸c˜ao de t´ecnicas diferentes de sele¸c˜ao, de atribui¸c˜ao de aptid˜ao, ou ainda de busca local, ou ainda t´ecnicas de redu¸c˜ao da dimens˜ao do espa¸co de objetivos, para tratar esse tipo de problema.

Citamos aqui as referˆencias (Purshouse e Fleming, 2007; Adra e Fleming, 2011; Bader e Zitzler, 2011;

Lopez-Jaimes et al., 2011; Pasia et al., 2011; Purshouse et al., 2011; Schutze et al., 2011), que em conjunto apresentam um panorama da quest˜ao.

381

CAP´ITULO 18

Algoritmos Gen´ eticos em Problemas de Classifica¸c˜ ao

M´arcio P. Basgalupp Andr´e Rossi∗∗

Ana C. Lorena∗∗ Andr´e C. P. L. F. de Carvalho ∗∗

Instituto de Ciˆencia e Tecnologia Universidade Federal de S˜ao Paulo

∗∗Instituto de Ciˆencias Matem´aticas e de Computa¸c˜ao Universidade de S˜ao Paulo - S˜ao Carlos

Muitas t´ecnicas de Aprendizado de M´aquina (AM) utilizam conhecimentos da Inteligˆencia Artificial e da Estat´ıstica para constru¸c˜ao de modelos capazes de adquirir conhecimento a partir de um conjunto de dados. Os exemplos desse conjunto s˜ao chamados de dados de treinamento e a partir desses faz-se a inferˆencia indutiva, que pode gerar hip´oteses verdadeiras ou n˜ao (Alpaydin, 2004; Monard e Baranauskas, 2003). Todo algoritmo de aprendizado, ou algoritmo de indu¸c˜ao, ou simplesmente indutor, possui um vi´es (bias) indutivo, que ´e a preferˆencia de uma hip´otese sobre outra, que n˜ao s˜ao igualmente prov´aveis. Os exemplos de um conjunto de dados s˜ao formados por atributos e cada atributo especifica uma caracter´ıstica particular para esse conjunto. O aprendizado indutivo pode ser dividido em aprendizado supervisionado e n˜ao-supervisionado. Atualmente o aprendizado semi- supervisionado tamb´em tem atra´ıdo consider´avel aten¸c˜ao da comunidade de AM (Chapelle et al., 2006).

Versão integral disponível em digitalis.uc.pt

(3)

MANUAL DE COMPUTAC¸ ˜AO EVOLUTIVA E METAHEUR´ISTICA 382

No aprendizado supervisionado, cada exemplo apresentado ao algoritmo de aprendizado possui um atributo especial que especifica o r´otulo da classe real `a qual este exemplo pertence. Se os r´otulos das classes forem discretos, o problema ´e conhecido como classifica¸c˜ao; se forem cont´ınuos, como regress˜ao ou aproxima¸c˜ao de fun¸c˜oes.

No aprendizado n˜ao-supervisionado ou agrupamento, o algoritmo de aprendizado n˜ao tem conhe- cimento dos r´otulos das classes reais. Dessa maneira, o algoritmo agrupa os exemplos por meio de extra¸c˜ao de padr˜oes nos valores de seus atributos.

No aprendizado semi-supervisionado, exemplos em que os r´otulos das classes s˜ao conhecidos e tamb´em exemplos em que os r´otulos das classes n˜ao s˜ao conhecidos s˜ao apresentados ao algoritmo de aprendizado. O algoritmo utiliza, assim, tanto os exemplos rotulados como os n˜ao rotulados durante o aprendizado.

Neste cap´ıtulo ser˜ao discutidas algumas alternativas para o uso de computa¸c˜ao evolutiva, especi- ficamente algoritmos gen´eticos, no projeto e combina¸c˜ao de modelos de classifica¸c˜ao. Segundo (Ye, 2003), o objetivo da classifica¸c˜ao ´e construir um modelo conciso de distribui¸c˜ao do atributo classe (ou alvo) em fun¸c˜ao demais atributos, denominados atributos preditivos. O resultado desse modelo pode ser utilizado para atribuir valores a exemplos onde somente seus atributos preditivos s˜ao conhecidos.

Em um problema de classifica¸c˜ao, os dados de entrada podem ser descritos pelo par ordenado (X, y), em queX ´e um vetor que representa os atributos preditivos, X = (x1, x2, x3, ..., xn), ey ´e o r´otulo da classe `a qual esse exemplo pertence. Na Tabela 18.1 tem-se um conjunto de dados para classifica¸c˜ao do estado de sa´ude de um paciente. Nessa tabela, cada linha representa um exemplo do conjunto de dados e cada coluna um atributo desse exemplo. O atributoDiagn´ostico ´e especial, pois possui o r´otulo da classe para cada exemplo, ou seja, doente ou saud´avel.

Tabela 18.1: Conjunto de dados para o diagn´ostico da sa´ude de pacientes.

Exemplo Febre Enjˆoo Manchas Dor Diagn´ostico

T1 sim sim pequenas sim doente

T2 n˜ao n˜ao grandes n˜ao saud´avel

T3 sim sim pequenas n˜ao saud´avel

T4 sim n˜ao grandes sim doente

T5 sim n˜ao pequenas sim saud´avel

T6 n˜ao n˜ao grandes sim doente

T´ecnicas de AM tˆem sido utilizadas em problemas de classifica¸c˜ao e cada uma utiliza um algoritmo de aprendizado para construir um modelo (classificador) que relaciona os atributos e os r´otulos das classes. Um ponto importante dos algoritmos de aprendizado ´e construir modelos que possuam boa capacidade de generaliza¸c˜ao, ou seja, consigam predizer, com alta taxa de acerto, r´otulos das classes para exemplos que n˜ao foram apresentados anteriormente (Tan et al., 2005).

Outra caracter´ıstica dos classificadores a ser observada diz respeito `a interpretabilidade do conhe- cimento adquirido. Os classificadores do tipo caixa-preta s˜ao aqueles que possuem uma representa¸c˜ao interna que, geralmente, n˜ao se consegue interpretar facilmente, ou seja, ´e dif´ıcil conhecer as carac- ter´ısticas do problema que o levaram a uma determinada dedu¸c˜ao. Um exemplo de classificador desse tipo s˜ao as Redes Neurais Artificiais (RNs). Os classificadores orientados a conhecimento, como as Arvores de Decis˜´ ao (ADs) e sistemas fuzzy, criam estruturas simb´olicas que normalmente s˜ao mais compreens´ıveis do que os classificadores do tipo caixa-preta (Monard e Baranauskas, 2003).

Na Figura 18.1 ´e ilustrado um diagrama do processo de indu¸c˜ao de um classificador e posteri- ormente a sua utiliza¸c˜ao. Primeiro o conjunto de treinamento, no qual os r´otulos das classes dos exemplos s˜ao conhecidos, ´e utilizado por um algoritmo de aprendizado para construir um modelo.

Ap´os a constru¸c˜ao, esse classificador pode ser aplicado para predizer os r´otulos das classes para exem-

Versão integral disponível em digitalis.uc.pt

Referências

Documentos relacionados

Ainda segundo Gil (2002), como a revisão bibliográfica esclarece os pressupostos teóricos que dão fundamentação à pesquisa e às contribuições oferecidas por

A meta prevista para este indicador era garantir a realização de exames complementares em dia a 100% de hipertensos e diabéticos do programa, por tanto não foi atingida,

Local de realização da avaliação: Centro de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação - EAPE , endereço : SGAS 907 - Brasília/DF. Estamos à disposição

2016: SEMINÁRIO EM ANTA GORDA: INÍCIO DO PLEITO PARA CÂMARA SETORIAL E PROGRAMA Seminário e reuniões na SEAPI para construção.. do

◦ Os filtros FIR implementados através de estruturas não recursivas têm menor propagação de erros. ◦ Ruído de quantificação inerente a

Desta maneira, observando a figura 2A e 2C para os genótipos 6 e 8, nota-se que os valores de captura da energia luminosa (TRo/RC) são maiores que o de absorção (ABS/RC) e

ABSTRACT: The toxicological effects of crude ethanolic extracts (CEE) of the seed and bark of Persea americana have been analyzed on larvae and pupae of

O objetivo deste artigo é justamente abordar uma metodologia alternativa para a elaboração de análises contábeis e financeiras, denominada de balanço perguntado e