• Nenhum resultado encontrado

Prof. Arthur Lima Aula 00. Nome do curso

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "Prof. Arthur Lima Aula 00. Nome do curso"

Copied!
129
0
0

Texto

(1)

1 de 129|

www.direcaoconcursos.com.br

Aula 03 – Ativo Circulante. PECLD.

Operações com Mercadorias.

Sistemas de Inventários.

Contabilidade Geral para Escrivão e Agente da Polícia Federal

Prof. Igor Cintra

(2)

Sumário

AULA 03 ...2

ATIVO CIRCULANTE ... 3

DISPONIBILIDADES ... 3

DIREITOS REALIZÁVEIS NO CURSO DO EXERCÍCIO SOCIAL SUBSEQUENTE ... 7

APLICAÇÕES DE RECURSOS EM DESPESA DO EXERCÍCIO SEGUINTE ... 8

PERDAS ESTIMADAS COM CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA (PECLD) ... 18

BAIXA DE TÍTULOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS ... 18

REVERSÃO DO SALDO REMANESCENTE; ... 19

COMPLEMENTAÇÃO ATÉ O VALOR DA NOVA ESTIMATIVA DE PERDAS ... 19

PERDAS REGISTRADAS EM EXERCÍCIO ANTERIOR ... 20

PERDAS REGISTRADAS NO PRÓPRIO EXERCÍCIO ... 20

OPERAÇÕES COM MERCADORIAS ... 27

IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (IPI) ... 39

DESCONTOS INCONDICIONAIS ... 39

FRETE E SEGURO ... 41

PIS E COFINS ... 42

SISTEMAS DE INVENTÁRIOS ... 47

INVENTÁRIO PERIÓDICO ... 47

INVENTÁRIO PERMANENTE ... 50

MÉTODO PEPS ... 51

MÉTODO UEPS ... 51

MÉTODO DO CUSTO MÉDIO MÓVEL ... 52

MÉTODO DO CUSTO MÉDIO FIXO ... 54

MÉTODO DO CUSTO ESPECÍFICO ... 55

QUESTÕES DE PROVA COMENTADAS ... 71

LISTA DE QUESTÕES... 107

GABARITO ... 122

RESUMO DIRECIONADO ... 123

(3)

Aula 03

E aí pessoal, tudo bem? Como foram os estudos da semana passada? Espero que vocês já tenham revisado todas as questões que vocês erraram ou tiveram muita dificuldade para acertar...

Bata nos seus pontos fracos!

Na aula de hoje veremos alguns aspectos do Ativo Circulante. Fique atento às questões sobre apropriação de seguros, que sempre é uma tendência em provas de Contabilidade Geral. Além disso, também estudaremos os lançamentos referentes às Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação Duvidosa.

Para finalizar a aula estudaremos os conceitos de operações com mercadorias e sistemas de inventários, que certamente serão cobrados em sua prova!

Qualquer dúvida estou à disposição no fórum do site.

Vamos, então, à aula desta semana!

(4)

ATIVO CIRCULANTE

O ativo circulante compreende os bens e os direitos conversíveis em moeda (dinheiro) ao longo do exercício social subsequente ou do ciclo operacional, caso este tenha duração maior que o exercício social.

Segundo o artigo 179 da Lei das Sociedades por Ações, são classificados no Ativo Circulante:

Disponibilidades

Pela sua grande liquidez, constituem o primeiro subgrupo do Ativo Circulante (lembre-se que no Ativo as contas serão dispostas em ordem decrescente de liquidez). Incluem o dinheiro em caixa ou em banco, cheques sem restrição de uso imediato, além de aplicações financeiras de liquidez imediata.

A intitulação Disponibilidades, dada pela Lei n° 6.404/76, é usada para designar dinheiro em caixa e em bancos, bem como valores equivalentes, como cheques em mãos e em trânsito que representam recursos com livre movimentação para aplicação nas operações da empresa e para os quais não haja restrições para uso imediato.

O Caixa inclui dinheiro, bem como cheque em mãos recebidos e ainda não depositados.

Os depósitos bancários à vista são representados por contas de livre movimentação que são mantidas pela entidade em bancos. Podem ser subdividias em conta movimento, contas especiais para pagamentos específicos (tais como contas para folha de pagamento do pessoal, dividendos a pagar etc), e contas especiais de cobrança.

Cabe ressaltar que Depósitos Bancários Vinculados não integram as Disponibilidades, pois seus saldos não estão imediatamente disponíveis para os pagamentos normais da empresa. Da mesma forma, os depósitos bloqueados não fazem parte das Disponibilidades.

As Contas em Bancos em Liquidação ou sob intervenção devem ser classificados como Contas a Receber no Ativo Circulante ou Realizável a Longo Prazo, dependendo da situação.

Deste modo, compõe o subgrupo Disponibilidades as seguintes contas:

Ativo Circulante

Disponibilidades

Direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente

Aplicações de recursos em despesas

do exercício seguinte

(5)

Equivalente de Caixa

Este é um conceito normalmente trazido pelas Normas Internacionais de Contabilidade. São aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.

Vamos verificar como isso pode cair em sua prova!

(FGV – Assistente – COMPESA – 2018) Uma entidade apresentava os seguintes saldos em seu balanço patrimonial, de 31/12/2017:

– caixa: R$ 50.000;

– depósitos vinculados para liquidação de importações: R$15.000;

– depósitos com restrição de movimentação por força de cláusula contratual de financiamento: R$

20.000;

– aplicações no mercado financeiro, com prazo de 2 meses, e com risco insignificante de mudança de valor: R$ 30.000.

Assinale a opção que indica o saldo da conta Disponibilidades, em 31/12/2017.

DISPONIBILIDADES

Caixa

Bancos

Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata

Numerários em Trânsito

EQUIVALENTE DE CAIXA

Curto Prazo

Alta Liquidez

Prontamente Conversíveis

Insignificante Risco de Mudança de Valor

(6)

a) R$ 80.000.

b) R$ 85.000.

c) R$ 95.000.

d) R$ 100.000.

e) R$ 115.000.

RESOLUÇÃO:

A intitulação Disponibilidades, dada pela Lei n° 6.404/76, é usada para designar dinheiro em caixa e em bancos, bem como valores equivalentes, como cheques em mãos e em trânsito que representam recursos com livre movimentação para aplicação nas operações da empresa e para os quais não haja restrições para uso imediato.

O Caixa inclui dinheiro, bem como cheque em mãos recebidos e ainda não depositados.

Os depósitos bancários à vista são representados por contas de livre movimentação que são mantidas pela entidade em bancos. Podem ser subdividias em conta movimento, contas especiais para pagamentos específicos (tais como contas para folha de pagamento do pessoal, dividendos a pagar etc), e contas especiais de cobrança.

Cabe ressaltar que Depósitos Bancários Vinculados não integram as Disponibilidades, pois seus saldos não estão imediatamente disponíveis para os pagamentos normais da empresa. Da mesma forma, os depósitos bloqueados não fazem parte das Disponibilidades.

As Contas em Bancos em Liquidação ou sob intervenção devem ser classificados como Contas a Receber no Ativo Circulante ou Realizável a Longo Prazo, dependendo da situação.

Com isso, as Disponibilidades serão de:

Caixa R$ 50.000,00

( + ) Aplicações Financeiras R$ 30.000,00 ( = ) Total Disponibilidades R$ 80.000,00 Assim, correta a alternativa A.

GABARITO: A

(CS UFG – Contador – UFG – 2017) Tratando do subgrupo disponibilidades, o saldo negativo de uma conta bancária, diante da impossibilidade da compensação entre contas do mesmo banco, deve ser registrado como item do

a) passivo circulante, como empréstimos bancários.

b) ativo circulante, como provisões para perdas.

c) ativo circulante, como adiantamentos bancários.

d) passivo não circulante, como financiamentos.

RESOLUÇÃO:

(7)

Tenha cuidado com esta questão! O saldo negativo na conta bancária, também chamado de “cheque especial”, nada mais é que um empréstimo bancário pré-aprovado.

Sendo assim, quando a conta bancária de uma entidade está negativa, a contabilidade deverá representar este saldo no Passivo Circulante, como uma obrigação.

Assim, correta a alternativa A.

GABARITO: A

(FGV – ISS Cuiabá/MT – 2016) Em 31/12/2015, uma entidade possuía as seguintes contas em seu ativo:

– Caixa: R$ 100.000,00

– Conta Bancária no Banco Alfa: R$ 50.000,00 – Conta Bancária no Banco Beta: R$ 30.000,00

– Depósito vinculado à liquidação de empréstimos de curto prazo: R$ 80,000,00 – Numerário em trânsito decorrente de remessa para filial: R$ 40,000,00

– Aplicações de curto prazo no mercado financeiro, prontamente conversíveis em caixa e com risco considerável de mudança de valor: R$ 60.000,00

Além disso, sabe-se que, na data, o Banco Beta estava em liquidação.

Com base nas contas acima, o saldo das Disponibilidades, em 31/12/2015, foi a) R$ 150.000,00.

b) R$ 180.000,00.

c) R$ 190.000,00.

d) R$ 220.000,00.

e) R$ 250.000,00.

RESOLUÇÃO:

A intitulação Disponibilidades, dada pela Lei n° 6.404/76, é usada para designar dinheiro em caixa e em bancos, bem como valores equivalentes, como cheques em mãos e em trânsito que representam recursos com livre movimentação para aplicação nas operações da empresa e para os quais não haja restrições para uso imediato.

O Caixa inclui dinheiro, bem como cheque em mãos recebidos e ainda não depositados.

Os depósitos bancários à vista são representados por contas de livre movimentação que são mantidas pela entidade em bancos. Podem ser subdividias em conta movimento, contas especiais para pagamentos específicos (tais como contas para folha de pagamento do pessoal, dividendos a pagar etc), e contas especiais de cobrança.

Cabe ressaltar que Depósitos Bancários Vinculados não integram as Disponibilidades, pois seus saldos não estão imediatamente disponíveis para os pagamentos normais da empresa. Da mesma forma, os depósitos bloqueados não fazem parte das Disponibilidades.

(8)

As Contas em Bancos em Liquidação ou sob intervenção devem ser classificados como Contas a Receber no Ativo Circulante ou Realizável a Longo Prazo, dependendo da situação.

Com isso, as Disponibilidades serão de:

Caixa R$ 100.000,00

( + ) Conta Bancária (Alfa) R$ 50.000,00 ( + ) Numerário em Trânsito R$ 40.000,00 ( = ) Total Disponibilidades R$ 190.000,00 Assim, correta a alternativa C.

A aplicação financeira não deve ser considerada no conceito de equivalente de caixa, visto que o enunciado menciona “com risco considerável de mudança de valor”.

GABARITO: C

Direitos Realizáveis no Curso do Exercício Social Subsequente

Podem conter direitos realizáveis reais (bens) e direitos realizáveis pessoais (créditos). Constituem os direitos que se tornam realizáveis ao longo do exercício social seguinte ou do ciclo operacional da entidade, caso este seja maior que o exercício social.

Os estoques de matérias primas, produtos em elaboração, produtos acabados, mercadorias são exemplos de direitos reais.

Duplicatas a Receber, Adiantamento a Fornecedores, Títulos a Receber, ICMS a Recuperar, IPI a Recuperar são exemplos de direitos pessoais.

Desta forma, são exemplos de contas típicas do subgrupo Direitos Realizáveis no Curso do Exercício Social Subsequente:

▪ Clientes

▪ Duplicatas a Receber

▪ Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação Duvidosa (Conta Retificadora)

▪ Ajuste a Valor Presente (Conta Retificadora)

▪ Títulos a Receber

▪ Dividendos a Receber

▪ Juros a Receber

▪ Adiantamento a Terceiros

▪ Antecipação do 13° Salário

▪ Antecipação de Férias

▪ IPI a Recuperar

▪ ICMS a Recuperar

▪ Estoques

▪ Produtos em Elaboração

(9)

Aplicações de Recursos em Despesa do Exercício Seguinte

As aplicações de recursos em despesa do exercício seguinte contemplam despesas que foram pagas antecipadamente, ou seja, cujos fatos geradores ocorrerão no futuro. Para respeitar o Regime da Competência essas despesas pagas antecipadamente são classificadas no Ativo. Com a realização futura dos fatos geradores é que as Despesas serão reconhecidas, tendo como contrapartida a diminuição de uma conta do Ativo.

Então, por exemplo, se uma empresa paga três anos de aluguel antecipadamente, no valor de R$ 36.000,00, seria incoerente que tal desembolso fosse registrado integralmente como despesa no ato do desembolso, não é? Afinal, o fato gerador da despesa de aluguel é mensal!

Desta forma, na antecipação do pagamento será realizado o seguinte lançamento:

D – Aluguéis a Vencer R$ 36.000,00 (Ativo)

C – Caixa R$ 36.000,00 (Ativo)

Paulatinamente será realizado, mês a mês, o reconhecimento da despesa da seguinte forma:

D – Despesa com Aluguel R$ 1.000,00 (Despesa)

C – Aluguéis a Vencer R$ 1.000,00 (Ativo)

São exemplos de aplicações de recursos em despesa do exercício seguinte:

• Prêmio de Seguro a Apropriar (ou Seguros a Vencer)

• Assinatura de Jornais e Revistas

• Juros reconhecidos antecipadamente

• Salários pagos antecipadamente

• Aluguéis pagos antecipadamente (Aluguéis a Vencer)

Vejam algumas questões sobre o tema, que é frequentemente cobrado em provas de Contabilidade Geral.

(CESPE – Técnico - EBSERH – 2018) As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte são classificadas no ativo circulante.

( ) CERTO ( ) ERRADO RESOLUÇÃO:

São classificados no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte.

Assim, correta a afirmativa.

GABARITO: C

(CESPE – ACE – TCE/PA – 2016) As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte são consideradas ativos circulantes e devem ser baixadas quando tais despesas forem consideradas incorridas.

( ) CERTO ( ) ERRADO

(10)

RESOLUÇÃO:

As aplicações de recursos em despesa do exercício seguinte contemplam despesas que foram pagas antecipadamente, ou seja, cujos fatos geradores ocorrerão no futuro. Para respeitar o Regime da Competência essas despesas pagas antecipadamente são classificadas no Ativo. Com a realização futura dos fatos geradores é que as Despesas serão reconhecidas, tendo como contrapartida a diminuição de uma conta do Ativo.

Apenas destaco que a afirmativa peca ao afirmar que as despesas do exercício seguinte são consideradas como “ativos circulantes”. Isso pode não ser verdade! Um exemplo disso é uma despesa paga antecipadamente cujo fato gerador seja de longo prazo. Neste caso ela deverá ser classificada inicialmente no Ativo Não Circulante – Realizável a Longo Prazo.

Assim, correta a afirmativa.

GABARITO: C

(VUNESP – Técnico CM Indaiatuba/SP – 2018) De acordo com as regras do plano de contas contábil, representa uma despesa antecipada a rubrica de

a) Despesas pré-operacionais.

b) Aluguéis a pagar.

c) Aluguéis a vencer.

d) Ativo diferido.

e) Pesquisas e desenvolvimento de produtos.

RESOLUÇÃO:

Vamos analisar as alternativas apresentadas.

a) Incorreta. Em regra, as despesas pré-operacionais são apropriadas diretamente ao resultado.

b) Incorreta. Aluguéis a pagar representam obrigações (passivo exigível).

c) Correta. A conta “Aluguéis a Vencer” (ou Aluguéis a Apropriar) representa valores de aluguéis que a entidade pagou antecipadamente e cujos fatos geradores ainda não ocorreram. Trata-se, portanto, de despesa antecipada.

d) Incorreta. Ativo Diferido foi um subgrupo extinto pela Lei n° 11.941/09. Vamos estuda-lo em aula futura.

e) Incorreta. Gastos com pesquisas e gastos com desenvolvimento de produtos são considerados, em regra, como despesa do exercício e intangível, respectivamente.

GABARITO: C

(FGV – Assistente – COMPESA – 2018) Em 02/01/2017, uma entidade contratou uma apólice de seguro com vigência anual, a partir de 01/02/2017. O pagamento foi feito em quatro parcelas iguais de R$ 600 cada, que venceram no primeiro dia útil de março, abril, maio e junho de 2017.

(11)

Com base nas informações acima, assinale a opção que apresenta a contabilização da despesa de seguro pela entidade, de acordo com o Regime de Competência.

a) Despesa de R$ 2.400, em janeiro de 2017.

b) Despesa de R$ 2.400, em fevereiro de 2017.

c) Despesa de R$ 600 em março, abril, maio e junho de 2017.

d) Despesa de R$ 200, de janeiro a dezembro de 2017.

e) Despesa de R$ 200, de fevereiro de 2017 a janeiro de 2018.

RESOLUÇÃO:

A despesa de seguro deverá ser apropriada de acordo com o prazo de vigência do contrato, ou seja, de fevereiro/2017 a janeiro/2018.

Como o contrato tem o valor de R$ 2.400 (4 parcelas de R$ 600 cada), conclui-se que o valor mensal da despesa de depreciação será de R$ 200.

Com isso, correta a alternativa E.

GABARITO: E

(FGV – Assistente – COMPESA – 2018) Em 30/07/2017, uma entidade pagou aluguel antecipado por três anos, a partir de agosto de 2017, no valor total de R$ 144.000.

Assinale a opção que indica a contabilização da despesa antecipada com aluguel no Balanço Patrimonial da entidade, em 31/12/2017.

a) R$ 48.000 no Ativo Circulante e R$ 28.000 no Ativo Realizável a Longo Prazo.

b) R$ 48.000 no Ativo Circulante e R$ 76.000 no Ativo Realizável a Longo Prazo.

c) R$ 48.000 no Ativo Circulante e R$ 96.000 no Ativo Realizável a Longo Prazo.

d) R$ 68.000 no Ativo Circulante e R$ 56.000 no Ativo Realizável a Longo Prazo.

e) R$ 68.000 no Ativo Circulante e R$ 76.000 no Ativo Realizável a Longo Prazo.

RESOLUÇÃO:

Inicialmente vamos analisar o lançamento contábil do pagamento do aluguel antecipado, no valor de R$

144.000, cuja vigência é de 3 anos. Trata-se, portanto, de despesa antecipada.

D – Aluguéis a Vencer R$ 48.000 (Ativo Circulante)

D – Aluguéis a Vencer R$ 96.000 (ANC Realizável a Longo Prazo)

C – Caixa R$ 144.000 (Ativo Circulante)

Considerando que a vigência do contrato de aluguel se inicia em agosto/2017, a partir deste mês a entidade realizará a apropriação mensal da despesa de aluguel.

D – Despesa de Aluguel R$ 4.000 (Resultado)

C – Aluguéis a Vencer R$ 4.000 (ANC Realizável a Longo Prazo)

(12)

Assim, de agosto a dezembro de 2017 a entidade terá realizado 5 lançamentos. Consequentemente, apresentará os seguintes saldos em suas contas de despesa antecipada.

Aluguéis a Vencer R$ 48.000 (Ativo Circulante) → ref. aos próx. 12 meses Aluguéis a Vencer R$ 76.000 (ANC Realizável a Longo Prazo) → parcelas restantes Com isso, correta a alternativa B.

GABARITO: B

(CESPE – ACE – TCE/MG – 2018) Uma companhia efetuou, em 1.º/9/2017, pagamento de prêmio de seguro, no valor de R$ 1.800.000, referente à proteção de seus imóveis contra incêndios e outros sinistros pelo prazo de dois anos, a contar da data do pagamento.

Considerando-se essa situação hipotética, é correto afirmar que, em 31/12/2017, com referência às despesas de seguro pagas antecipadamente, deve ter constado do ativo não circulante da companhia o valor de

A) R$ 900.000.

B) R$ 1.800.000.

C) R$ 600.000.

D) R$ 1.500.000.

E) R$ 300.000.

RESOLUÇÃO:

enunciado afirma que o contrato de seguro tem vigência de 2 anos, ou 24 meses. Como o valor pago é de R$

1.800.000, em 01/09/2017 a entidade reconhecerá:

D – Seguros a Vencer R$ 900.000 (Ativo Circulante) D – Seguros a Vencer R$ 900.000 (Ativo Não Circulante) C – Caixa R$ 1.800.000 (Ativo Circulante)

Como o contrato tem vigência a partir de 01/09/2017, a entidade deverá apropriar ao final de cada mês a despesa com seguro, de acordo com o seguinte lançamento contábil.

D – Despesa com Seguro R$ 75.000 (Resultado)

C – Seguros a Vencer R$ 75.000 (Ativo Não Circulante)

Assim, em 31/12/2017, após 4 meses de apropriações de despesas de seguro (de setembro a dezembro de 2017), a conta Seguros a Vencer do Ativo Não Circulante apresentará saldo de R$ 600.000,00.

Com isso, correta a alternativa C.

Obs.: didaticamente lancei o crédito da apropriação mensal da despesa de seguro na conta Seguros a Vencer do Ativo Não Circulante, mas o correto seria lançar primeiramente na conta Seguros a Vencer do Ativo Circulante.

No entanto, imediatamente após este lançamento temos que transferir o saldo de uma parcela da conta Seguros

(13)

a Vencer de longo prazo (ANC RLP) para o curso prazo (AC). Sendo assim, o que ocorre, na prática, é que o saldo da conta Seguros a Vencer de longo prazo é que acaba sendo consumido.

GABARITO: C

(CESPE – Analista Judiciário – TRE/PE – 2017) No dia 31/8/2015, determinada empresa pública firmou contrato de seguros para cobertura de seus ativos para o período equivalente a 1.º/9/2015 a 31/8/2016.

Na referida data, a entidade pagou o montante total de R$ 18.000. Em caso de sinistro, o valor da franquia equivale a R$ 1.800 e a empresa poderá receber indenização no montante de até dez vezes o prêmio pago.

As demonstrações contábeis da empresa foram feitas de acordo com a legislação societária em 31/12/2015.

Com base nessas informações, é correto afirmar que

A) a conta Despesas Pagas Antecipadamente, integrante do grupo ativo não circulante, foi apresentada no balanço patrimonial, com saldo de R$ 18.000.

B) a conta Seguros a Vencer, integrante do grupo ativo circulante, foi apresentada no balanço patrimonial, com saldo de R$ 12.000.

C) o balanço patrimonial apresentou a conta Seguros a Receber, no ativo não circulante, com saldo de R$

180.000.

D) a DRE continha o valor de R$ 4.500, referente à conta Despesas com Seguros, no rol de despesas operacionais.

E) a DRE continha o valor de R$ 1.800, referente à conta Despesas com Seguros, no rol de despesas não operacionais.

RESOLUÇÃO:

Vamos aproveitar para verificar os lançamentos realizados quando da contratação de seguros. O enunciado afirma que o contrato de seguro tem vigência de 12 meses. Como o valor pago é de R$ 18.000, em 31/08/2015 a entidade reconhecerá:

D – Seguros a Vencer R$ 18.000 (Ativo Circulante)

C – Caixa R$ 18.000 (Ativo Circulante)

Como o contrato tem vigência a partir de 1/9/2015, a entidade deverá apropriar ao final de cada mês a despesa com seguro, de acordo com o seguinte lançamento contábil.

D – Despesa com Seguro R$ 1.500 (Resultado) C – Seguros a Vencer R$ 1.500 (Ativo Circulante)

Assim, em 31/12/2015, data das demonstrações contábeis, a entidade já terá apropriado quatro meses de Despesa com Seguro, no valor total de R$ 6.000. Desta maneira, a entidade apresentará em seu Ativo Circulante despesas antecipadas no valor de R$ 12.000 (referente ao período de jan/2016 a ago/2016).

Com isso, correta a alternativa B.

GABARITO: B

(14)

(FCC – Especialista – ARTESP – 2017) A empresa de fretes PDF S.A. contratou e pagou, em 31/01/2016, um seguro contra furto de mercadorias no valor de R$ 48.000,00. Esse seguro possui vigência de 01/02/2016 a 31/01/2017. Nas demonstrações contábeis da empresa PDF S.A., em 31/12/2016, a empresa apresentou

a) seguros pagos antecipadamente de R$ 48.000,00 no Balanço Patrimonial.

b) seguros pagos antecipadamente de R$ 4.000,00 no Balanço Patrimonial.

c) seguros pagos antecipadamente de R$ 44.000,00 no Balanço Patrimonial.

d) despesas com seguros no valor de R$ 40.000,00 na Demonstração de Resultado.

e) despesas com seguros no valor de R$ 48.000,00 na Demonstração de Resultado.

RESOLUÇÃO:

O enunciado afirma que o contrato de seguro tem vigência de 12 meses. Como o valor pago é de R$ 48.000, em 31/01/2016 a entidade reconhecerá:

D – Seguros a Vencer R$ 48.000 (Ativo Circulante)

C – Caixa R$ 48.000 (Ativo Circulante)

Como o contrato tem vigência a partir de 1/2/2016, a entidade deverá apropriar ao final de cada mês a despesa com seguro, de acordo com o seguinte lançamento contábil.

D – Despesa com Seguro R$ 4.000 (Resultado) C – Seguros a Vencer R$ 4.000 (Ativo Circulante)

Assim, em 31/12/2016, data das demonstrações contábeis, a entidade já terá apropriado onze meses de Despesa com Seguro, no valor total de R$ 44.000.

Desta maneira, a entidade apresentará em seu Ativo Circulante despesas antecipadas no valor de R$ 4.000 (referente a parcela de janeiro/2017).

Com isso, correta a alternativa B.

GABARITO: B

(FCC – ICMS/MA – 2016) Determinada empresa de economia mista do Estado fez o seguro do ativo imobilizado, junto à seguradora Martelo, para o período de 24 meses: 01/10/2015 a 30/09/2017.

− O prêmio de seguro foi de R$ 600.000,00, pago 40% no ato e o restante 30 e 60 dias.

− A empresa encerra seu exercício social em 31 de dezembro de cada ano.

− O lucro do exercício de 2015 foi de R$ 1.390.000,00.

O auditor independente no exame dos registros contábeis da apólice do seguro contratado constatou que:

− 300.000,00 – foram contabilizados (apropriados) como despesas de seguro do exercício de 2015, e que o valor da apropriação do seguro está incorreto.

− 300.000,00 – foram contabilizados na conta “Seguros a Vencer” classificada no realizável de curto prazo.

(15)

O auditor concluiu, se a despesa com seguro do exercício de 2015 tivesse sido apropriada corretamente, o lucro do exercício de 2015 passaria de R$ 1.390.000,00, para, em reais, de

a) 1.190.000,00.

b) 1.440.000,00.

c) 1.615.000,00.

d) 1.165.000,00.

e) 1.465.000,00.

RESOLUÇÃO:

O enunciado afirma que o contrato de seguro tem vigência de 24 meses. Como o valor do prêmio pago é de R$ 600.000, em 01/10/2015 a entidade reconhecerá:

D – Seguros a Vencer R$ 300.000 (Ativo Circulante) D – Seguros a Vencer R$ 300.000 (ANC Realizável a LP)

C – Caixa R$ 240.000 (Ativo Circulante)

C – Seguros a Pagar R$ 360.000 (Passivo Circulante)

Como o contrato tem vigência a partir de 1/10/2015, a entidade deverá apropriar ao final de cada mês a despesa com seguro, de acordo com o seguinte lançamento contábil.

D – Despesa com Seguro R$ 25.000 (Resultado)

C – Seguros a Vencer R$ 25.000 (ANC Realizável a LP)

Perceba, portanto, que ao final de 2015 a entidade deveria ter apropriado R$ 75.000 a título de despesas com seguro.

No entanto, o enunciado menciona que foram apropriados R$ 300 mil como despesa de seguro. Conclui-se, portanto, que houve apropriação indevida ao resultado de despesas de seguro no valor de R$ 225 mil, afetando negativamente o resultado.

Considerando que o lucro do exercício de 2015 foi de R$ 1.390.000,00, conclui-se que se não houvesse o equívoco no lançamento da despesa de seguro, o resultado alcançado seria de R$ 1.615.000 (1.390.000 + 225.000).

Com isso, correta a alternativa C.

GABARITO: C

(FGV – Técnico – CODEBA – 2016) Em 31/12/2015 uma empresa não possuía em seus ativos operações classificadas como despesas antecipadas.

Em 02 de janeiro de 2016 a empresa realizou as seguintes operações:

– Compra à vista de estoque com expectativa de venda nos próximos dois anos por R$ 20.000.

– Compra à vista de carro a ser utilizado nos negócios da empresa pelos próximos cinco anos a partir de janeiro de 2015 por R$ 50.000.

(16)

– Pagamento dos salários de dezembro de 2015 no valor de R$ 10.000.

– Contratação e pagamento de seguro antecipado do carro por dois anos a partir de janeiro de 2016 por R$ 24.000.

– Contratação de aluguel antecipado por três anos a partir de fevereiro de 2015 por R$ 108.000.

Assinale a opção que indica o valor das despesas antecipadas no Ativo Não Circulante da empresa, em 31/01/2016.

a) R$ 11.000.

b) R$ 12.000.

c) R$ 72.000.

d) R$ 83.000 e) R$ 124.000.

RESOLUÇÃO:

O enunciado deseja saber o valor das despesas antecipadas no Ativo Não Circulante da empresa, em 31/01/2016. Temos que focar, portanto, a análise nas despesas antecipadas que se referem a partir do período de 02/2017.

Entre os fatos elencados temos apenas dois que representam despesas antecipadas. Vamos analisa-los.

– Contratação e pagamento de seguro antecipado do carro por dois anos a partir de janeiro de 2015 por R$ 24.000.

Seguro com vigência de janeiro/2016 a dezembro/2017. Sendo assim, em 31/01/2016 uma parcela de despesa de seguro será apropriada, sendo as demais 23 parcelas classificadas no ativo circulante (12 parcelas) e ativo não circulante (11 parcelas).

Como cada parcela equivale a R$ 1.000, o valor das despesas antecipadas classificadas no Ativo Não Circuante será de R$ 11.000.

– Contratação de aluguel antecipado por três anos a partir de fevereiro de 2016 por R$ 108.000.

A contratação de um aluguel é um ato administrativo e não tem impacto na contabilidade. Tenha cuidado, pois não há nenhum tipo de pagamento antecipado!

Assim, correta a alternativa A.

GABARITO: A

Pessoal, reforço a necessidade de se dominar os lançamentos referentes à apropriação de despesas de seguros.

Ciclo Operacional

É o tempo transcorrido entre a aquisição de ativos para processamento e sua realização em caixa ou seus equivalentes. Até agora consideramos que o ciclo operacional das empresas é de um ano ou 12 meses, não é?

E na grande maioria das empresas realmente é assim que funciona!

(17)

No entanto, o art. 179 da Lei das Sociedades Anônimas diz que “na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo”.

Assim, em empresas de alta complexidade, como por exemplo, na construção de usinas nucleares ou de navios, o ciclo operacional pode ser maior que um ano. Desta maneira, o ciclo operacional da empresa é quem vai determinar a classificação de determinada conta no Ativo Circulante ou no Ativo Não Circulante.

Então fique atento. Se a questão afirmar que o ciclo operacional de determinada entidade é de, por exemplo, dois anos, será este o prazo considerado na classificação dos direitos e obrigações de curto ou longo prazo.

Vamos analisar uma questão sobre este tema!

(CESGRANRIO – Contador – TRANSPETRO – 2018) O CPC 26 (R1) Apresentação das Demonstrações Contábeis, aprovado pela Deliberação CVM 676/2011, estabelece, como um dos critérios para a classificação dos ativos no balanço patrimonial, o ciclo operacional da empresa.

Nesse contexto, entende-se que o ciclo operacional de uma indústria é o período decorrente entre a compra de matéria-prima, seu processamento e a

a) venda e recebimento da venda b) emissão da nota fiscal de venda c) transformação em produto acabado d) venda e transferência da propriedade

e) saída do produto do estoque de produtos acabados RESOLUÇÃO:

Ciclo Operacional é o tempo transcorrido entre a aquisição de ativos para processamento e sua realização em caixa ou seus equivalentes. Em outras palavras, é o tempo decorrido entre a aquisição de matérias-primas e o recebimento da venda dos produtos fabricados pela entidade.

Assim, correta a alternativa A.

GABARITO: A

(FCC – Analista – SEFAZ/PI – 2015) Considere as seguintes informações:

− A Cia. Gama produz equipamentos especiais para revenda, cujo prazo de produção é 18 meses.

− A Cia. Beta adquiriu equipamentos para revenda, sendo que o prazo médio de estocagem até a venda é de 90 dias.

− A Cia. Industrial adquiriu equipamentos para utilizá-los em seu processo produtivo.

− A Cia. Alfa adquiriu o direito de usar a marca da Cia. Gama por 10 anos.

Os equipamentos no Balanço Patrimonial da Cia. Gama, da Cia. Beta e da Cia. Industrial e o direito adquirido no Balanço Patrimonial da Cia. Alfa foram classificados, respectivamente, no ativo

(A) não circulante, circulante, não circulante e não circulante.

(18)

(B) circulante, não circulante, não circulante e não circulante.

(C) circulante, circulante, não circulante e não circulante.

(D) não circulante, circulante, não circulante e circulante.

(E) circulante, circulante, não circulante e circulante.

RESOLUÇÃO:

Questão que explora a classificação dos itens no Ativo Circulante ou Ativo Não Circulante. Segundo o artigo 179, I, da Lei n° 6.404/76, serão classificados no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte.

O parágrafo único deste artigo diz que na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.

Vamos analisar os itens!

− A Cia. Gama produz equipamentos especiais para revenda, cujo prazo de produção é 18 meses.

É o caso do parágrafo único do artigo 179 da Lei n° 6.404/76. Neste caso os equipamentos são estoques, que normalmente são classificados no Ativo Circulante.

− A Cia. Beta adquiriu equipamentos para revenda, sendo que o prazo médio de estocagem até a venda é de 90 dias.

Equipamentos para revenda (estoques) cujo prazo médio de estocagem até a venda é de 90 dias devem ser classificados no Ativo Circulante.

− A Cia. Industrial adquiriu equipamentos para utilizá-los em seu processo produtivo.

Trata-se de Imobilizado, classificado no Ativo Não Circulante.

− A Cia. Alfa adquiriu o direito de usar a marca da Cia. Gama por 10 anos.

Trata-se de Intangível, classificado no Ativo Não Circulante.

Assim, correta a alternativa C.

GABARITO: C

Vamos partir agora para o estudo dos lançamentos relacionados às Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação Duvidosa!

(19)

PERDAS ESTIMADAS COM CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA (PECLD)

Trata-se da antiga “Provisão para Devedores Duvidosos – PDD” e é uma conta retificadora do Ativo Circulante ou do Ativo Não Circulante – Realizável a Longo Prazo, de acordo com o prazo do recebimento do título.

Desta forma, possui natureza credora.

As empresas constituem as “Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação Duvidosa” de acordo com seu histórico, pois sabem que parte das vendas a prazo não serão recebidas. É o famoso “calote”. Desta forma, como o valor nominal dos títulos a receber não refletem, provavelmente, os benefícios econômicos futuros que serão gerados para a entidade (afinal parte dos créditos não serão efetivamente recebidos), é coerente constituir uma conta retificadora, de forma que serão evidenciados os valores que realmente deverão ser recebidos pela empresa (ou seja, já descontados os eventuais calotes).

Por exemplo, o registro contábil de uma estimativa de perda de 3% das Duplicatas a Receber, no valor de R$

100.000,00 é:

D – Devedores Duvidosos R$ 3 mil (Despesa)

C – Perda Estimada com Créditos de Liquid. Duvidosa R$ 3 mil (Retificadora do Ativo)

As empresas costumam adotar um percentual considerado normal para perdas, baseado em médias de perdas passadas (por exemplo, dos últimos três anos).

Vamos analisar algumas situações envolvendo as “Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação Duvidosa”.

Baixa de Títulos considerados Incobráveis

Esta situação ocorre quando a estimativa de perdas com créditos se confirma. No exemplo anterior a empresa estimou uma perda com créditos no valor de R$ 3 mil. Pois bem, se essa perda se confirmar, total ou parcialmente, dado que tais títulos foram considerados incobráveis, qual lançamento deve ser realizado pela empresa?

Perda de exatamente R$ 3 mil:

D – PECLD R$ 3 mil (pela baixa da provisão realizada anteriormente) C – Clientes R$ 3 mil (pela baixa do direito considerado incobrável)

Perda menor que o estimado (por exemplo, R$ 2 mil):

D – PECLD R$ 2 mil (pela baixa da provisão realizada anteriormente) C – Clientes R$ 2 mil (pela baixa do direito considerado incobrável)

Veja que neste caso a PECLD foi superestimada, pois a empresa constituiu uma PECLD de R$ 3 mil, mas posteriormente só R$ 2 mil foram considerados incobráveis. Neste caso existem duas alternativas para o saldo restante de R$ 1 mil: reversão ou complementação do saldo.

(20)

Reversão do saldo remanescente;

A reversão zera o saldo da conta “Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação Duvidosa”. Como o registro inicial da PECLD teve como contrapartida uma conta de despesa, na reversão a conta será de receita.

D – PECLD R$ 1 mil (pela reversão da provisão não utilizada) C – Outras Receitas Operac. R$ 1 mil (Receita)

Só para você ter noção de como isso poderá aparecer em sua prova, resolva o próximo exercício!

(ESAF – ATRFB – 2009) No encerramento do exercício social, quando ainda resta saldo não utilizado na conta Provisão para Devedores Duvidosos, necessário se faz contabilizar a reversão desse saldo. Nesse caso, o lançamento de ajuste a ser feito deverá ser:

a) creditando-se a conta de Provisão e debitando-se a conta de Lucros Acumulados.

b) creditando-se a conta de Provisão e debitando-se a conta de Resultado do Exercício.

c) debitando-se a conta de Provisão e creditando-se a conta de Lucros Acumulados.

d) debitando-se a conta de Provisão e creditando-se a conta de Resultado do Exercício.

e) debitando-se a conta de Provisão e creditando-se a conta de Despesa.

RESOLUÇÃO:

Para contabilizar a reversão da antiga Provisão de Devedores Duvidosos o seguinte lançamento é efetuado:

D – PDD (pela baixa do saldo não utilizado) C – Reversão de PDD (Outras Receitas Operacionais) Assim, correta a alternativa D.

GABARITO: D

Uma alternativa em relação à reversão do saldo existente com uma posterior constituição de nova EPCLD é a complementação do saldo existente até o valor da nova estimativa. Vejamos!

Complementação até o valor da nova estimativa de perdas

Neste caso a empresa irá complementar o valor que falta para chegar à nova estimativa de perdas. Por exemplo, imagine que a mesma empresa do exemplo anterior, no encerramento do exercício tenha R$ 150 mil em créditos. Utilizando os mesmos 3% de estimativa de perdas ela chegará ao valor de R$ 4.500,00 para a nova PECLD. Essa é a previsão de perdas dos créditos existentes. No entanto, a conta PECLD já possui um saldo de R$ 1 mil. Assim, ela irá complementar com o valor restante (R$ 4.500,00 – R$ 1.000,00), ou seja;

D – Devedores Duvidosos R$ 3.500,00 mil (Despesa)

C – PECLD R$ 3.500,00 mil (Retificadora do Ativo)

Zé Curioso: “Professor, e se a perda for maior que o previsto? Por exemplo, quando a empresa estima perder R$ 3 mil com seus créditos, mas acaba perdendo R$ 5 mil?”

Ótima pergunta Zé! Caso ocorra insuficiência de ajuste, como no seu exemplo, a empresa deverá realizar o seguinte lançamento:

(21)

D – PECLD R$ 3 mil (pela baixa da PECLD)

D – Perdas com Clientes R$ 2 mil (excesso de perdas não estimado) C – Clientes R$ 5 mil (pela baixa dos direitos incobráveis )

O lançamento “Perdas com Clientes” será realizado como Despesa Operacional, tal como fora realizado quando da constituição da PECLD (Devedores Duvidosos).

Zé Curioso: “Professor, e se depois de realizada a baixa do título, considerado incobrável, o cliente acaba pagando a empresa?”

Zé, você está afiadíssimo! Nesta situação há duas possibilidades: recebimento de perdas registradas em exercício anterior e recebimento de perdas registradas no próprio exercício.

Perdas Registradas em Exercício Anterior

Neste caso a conta a ser creditada representa uma Receita Operacional:

D – Caixa

C – Recuperação de Créditos Baixados (Outras Receitas Operacionais)

Perdas Registradas no Próprio Exercício

Neste caso a conta creditada será a própria conta de Despesas anteriormente realizada, retificando-a.

D – Caixa

C – Perdas com Clientes (retificando o registro de Despesa realizado)

Vamos praticar alguns exercícios para fixar o conteúdo? As bancas adoram este assunto! Mas antes dos exercícios, para facilitar o entendimento, veja o esquema abaixo!

Vamos analisar algumas questões!

FASE DA PECLD CONTRAPARTIDA

CONSTITUIÇÃO DESPESA

CONSUMO BAIXA DO TÍTULO INCOBRÁVEL

REVERSÃO OUTRAS RECEITAS

OPERACIONAIS

(22)

(VUNESP – Contábil Legislativo – 2018) Em 31 de dezembro de 2016, a Cia. Rocha e Silva faltava analisar e realizar os registros contábeis, quando necessários, das seguintes transações ocorridas em dezembro de 2016:

Em 31 de dezembro de 2016, a Cia. Rocha e Silva possuía R$ 100.000,00 em duplicatas a receber de clientes e uma Estimativa de Perdas com Créditos de Liquidação Duvidosa – EPCLD no valor de R$

5.000,00, antes de considerar que o cliente Z, que devia R$ 6.000,00, tornou-se incobrável.

Com base nessas informações, houve uma redução no Lucro Antes do Imposto de Renda – IR e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL referente a dezembro de 2016 de, em R$,

a) 6.000,00.

b) 3.000,00.

c) 1.900,00.

d) 1.500,00.

e) 1.000,00.

RESOLUÇÃO:

Segundo o enunciado a entidade possuía saldo de R$ 5.000,00 na conta Estimativa de Perdas com Créditos de Liquidação Duvidosa. Diz, ainda, que o cliente Z, que devia R$ 6.000,00, tornou-se incobrável. Desta forma, a entidade deve dar baixa no título considerado incobrável (famoso calote).

D – PECLD R$ 5.000 (Ativo) → pelo consumo do saldo desta conta D – Perda com Incobráveis R$ 1.000 (Resultado) → pelo excesso de perda

C – Duplicatas a Receber R$ 6.000 (Ativo) → pela baixa do direito considerado incobrável Com isso, tal fato resultou numa diminuição do lucro em R$ 1.000.

GABARITO: E

(CESGRANRIO – Contador – TRANSPETRO – 2018) A Comercial Q informou que, analisada a situação da carteira de Duplicatas a Receber e sua experiência de inadimplência, realizou as provisões consideradas necessárias, resultando no saldo da conta Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa (Ativo), no Balanço de 31/dez/2016, de R$ 150.000,00.

Informou, ainda, que, em 2/fev/2017, uma Duplicata a Receber de R$200.000,00, depois de esgotadas todas as tentativas necessárias e indispensáveis para o seu recebimento, foi considerada incobrável.

Em decorrência, em 2/fev/2017, a Comercial Q fez o registro contábil da baixa dessa duplicata considerada incobrável, como segue:

a) D: Perdas no Recebimento de Créditos (Resultado) 150.000,00

C: Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa (Ativo) 150.000,00 b) D: Duplicatas a Receber (Ativo) 150.000,00

D: Perdas no Recebimento de Crédito (Resultado) 50.000,00 C: Crédito de Clientes a Recuperar (Ativo) 200.000,00

(23)

c) D: Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa (Ativo) 150.000,00 D: Perdas no Recebimento de Créditos (Resultado) 50.000,00

C: Duplicatas a Receber (Ativo) 200.000,00

d) D: Perdas no Recebimento de Créditos (Resultado) 200.000,00 C: Duplicatas a Receber (Ativo) 200.000,00

e) D: Perdas no Recebimento de Créditos (Resultado) 200.000,00

C: Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa (Ativo) 200.000,00 RESOLUÇÃO:

Segundo o enunciado uma duplicata a receber no valor de R$ 200.000 foi considerada incobrável. Sendo assim, a entidade deverá baixa-la de seu ativo. A entidade deverá utilizar o saldo de R$ 150.000 da conta Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa, afinal é para isso que ela é constituída (fazer face a perdas futuras). Como seu saldo não é suficiente para cobrir o “calote”, o excesso será lançado no resultado como perda. Assim:

D – PECLD R$ 150.000 (Ativo) → pelo consumo do saldo desta conta D – Perda com Incobráveis R$ 50.000 (Resultado) → pelo excesso de perda

C – Duplicatas a Receber R$ 200.000 (Ativo) → pela baixa do direito considerado incobrável Com isso, correta a alternativa C.

GABARITO: C

(FCC – ICMS/SC – 2018) A empresa Solaris possuía as seguintes contas com os respectivos saldos em 31/12/2017: Duplicatas a Receber de Clientes: R$ 600.000,00; Estimativa de Perdas com Créditos de Liquidação Duvidosa: R$ 10.000,00; Caixa e Equivalentes de Caixa: R$ 110.000,00; Contas a Pagar: R$

150.000,00 e Patrimônio Líquido: R$ 550.000,00. No entanto, antes do encerramento do período, a empresa realizou as seguintes transações em 31/12/2017:

− Desconto de uma duplicata de R$ 150.000,00, 30 dias antes do vencimento, com taxa de desconto comercial de 7% ao mês.

− Reconhecimento da estimativa de perdas com créditos de liquidação duvidosa. A empresa possui conhecimento de que 5% dos seus clientes nunca pagam suas dívidas.

Ao elaborar o balanço patrimonial de 31/12/2017, o total do ativo e o valor do passivo (capital de terceiros) da empresa Solaris eram, respectivamente, em reais,

a) 819.500,00 e 289.500,00.

b) 680.000,00 e 150.000,00.

c) 819.500,00 e 269.500,00.

d) 809.500,00 e 289.500,00.

e) 809.500,00 e 300.000,00.

RESOLUÇÃO:

(24)

O enunciado questiona o valor total, em 31/12/2017, do ativo e o valor do passivo da empresa. Sendo assim, inicialmente vamos calcular os saldos iniciais do ativo e passivo da entidade.

Caixa e Equivalentes de Caixa R$ 110.000)

Duplicatas a Receber de Clientes R$ 600.000)

Estimativa de Perdas com Créditos de Liquidação Duvidosa (R$ 10.000)

Saldo Inicial do Ativo R$ 700.000

Contas a Pagar R$ 150.000

Saldo Inicial do Passivo R$ 150.000

A partir disso vamos analisar os lançamentos dos fatos contábeis ocorridos em 31/12/2017 e os impactos no ativo e passivo.

1. Desconto de uma duplicata de R$ 150.000,00, 30 dias antes do vencimento, com taxa de desconto comercial de 7% ao mês.

D – Caixa R$ 139.500 ( ↑ Ativo Circulante)

D – Encargos Financeiros a Transcorrer R$ 10.500 ( ↓ Passivo Circulante) C – Duplicatas Descontadas R$ 150.000 (↑ Passivo Circulante) Conclusão: houve aumento do ativo e passivo em R$ 139.500.

2. Reconhecimento da estimativa de perdas com créditos de liquidação duvidosa. A empresa possui conhecimento de que 5% dos seus clientes nunca pagam suas dívidas.

Segundo o enunciado a entidade possui R$ 600 mil de créditos a receber. Considerando que a empresa possui conhecimento de que 5% dos seus clientes nunca pagam suas dívidas, conclui-se que ela deverá apresentar um saldo na conta Estimativa de Perdas com Créditos de Liquidação Duvidosa de R$ 30.000 (5% x R$ 600 mil).

Como já há um saldo de R$ 10.000 nesta conta, basta realizar uma complementação no valor de R$ 20 mil.

D – Despesa com PECLD R$ 20.000 ( ↓ Resultado)

C – PECLD R$ 20.000 ( ↓ Ativo Circulante)

Conclusão: houve diminuição do ativo em R$ 139.500.

Com isso, vamos analisar os saldos finais do ativo e passivo da entidade.

Saldo Inicial do Ativo R$ 700.000

Variação Positiva (fato 1) R$ 139.500

Variação Negativa (fato 2) (R$ 20.000)

Saldo Final do Ativo R$ 819.500

Saldo Inicial do Passivo R$ 150.000

Variação Positiva (fato 1) R$ 139.500

Saldo Final do Ativo R$ 289.500

Com isso, correta a alternativa A.

GABARITO: A

(25)

(FCC – Agente de Fiscalização – ARTESP – 2017) A empresa Só Luxo S.A. possuía R$ 100.000,00 na conta de Clientes e uma estimativa de perda com créditos de liquidação duvidosa (EPCLD) no valor de R$

10.000,00 no Balanço Patrimonial de 31/12/2016. Em março de 2017, o cliente A, que devia R$ 9.000,00, se tornou incobrável. Ao registrar este evento na contabilidade, a empresa Só Luxo S.A.

a) reconheceu uma Perda com Clientes, no resultado, no valor de R$ 9.000,00.

b) diminuiu em R$ 9.000,00 o total do Ativo.

c) aumentou em R$ 9.000,00 o Passivo.

d) diminuiu em R$ 1.000,00 o Patrimônio Líquido.

e) diminuiu o saldo da EPCLD em R$ 9.000,00.

RESOLUÇÃO:

Vimos no quadro acima que o consumo da EPCLD é realizado quando ocorre a baixa do título considerado incobrável. Ou seja, é quando o famoso “calote” efetivamente ocorre.

Assim, a entidade deverá realizar o seguinte lançamento contábil:

D – EPCLD R$ 9.000 (pelo consumo da EPCLD)

C – Duplicatas a Receber R$ 9.000 (pela baixa do título considerado incobrável) A partir disso vamos analisar as alternativas apresentadas.

a) Incorreta. A Perda com Clientes seria reconhecida no resultado caso o valor do calote fosse maior que o valor estimado, ou seja, o valor constituído na conta EPCLD.

b) Incorreta. O saldo total do Ativo manteve-se inalterado, visto que todas as duas contas envolvidas são do ativo.

c) Incorreta. Não há impacto no passivo exigível.

d) Incorreta. Não há impacto no patrimônio líquido.

e) Correta. Vimos que a conta EPCLD foi debitada, ou seja, foi diminuído o saldo desta conta.

GABARITO: E

(FCC – AFRE – SEFAZ-MA – 2016) Os saldos das contas do Balanço Patrimonial de uma empresa, em 31/12/2014, eram os seguintes, em reais:

Os diversos eventos apresentados a seguir, relacionados com os Valores a Receber de Clientes existentes em 31/12/2014, ocorreram durante o ano de 2015 e nesta ordem:

(26)

− Valores a Receber de Clientes no valor total de R$ 10.000,00 foram considerados incobráveis pela empresa.

− Do saldo remanescente da conta Valores a Receber de Clientes a empresa recebeu 90% em 2015 e o restante será recebido em 2016.

− As vendas a prazo de 2015 que vencerão após 31/12/2015 totalizaram R$ 100.500,00.

− A empresa estimou as prováveis perdas com clientes aplicando o percentual de 4% sobre o saldo da conta Valores a Receber de Clientes em 31/12/2015.

No resultado de 2015 o valor total registrado de despesas relacionadas com a não realização de créditos sobre Valores a Receber de Clientes foi, em reais:

(A) 6.520,00.

(B) 14.020,00.

(C) 14.400,00.

(D) 4.400,00.

(E) 6.900,00.

RESOLUÇÃO:

A questão pede o valor total registrado de despesas relacionadas com a não realização de créditos sobre Valores a Receber de Clientes. Veja, na tabela fornecida, que a situação inicial relacionada a créditos de clientes é a seguinte:

A partir disso vamos analisar os fatos contábeis apresentados.

− Valores a Receber de Clientes no valor total de R$ 10.000,00 foram considerados incobráveis pela empresa.

Quando direitos que a entidade possui são considerados incobráveis a entidade deve dar baixa em tais títulos (creditando a conta Clientes). A contrapartida será a conta PECLD, afinal sua constituição foi realizada exatamente para isso, ou seja, suportar calotes futuros!

No entanto, perceba que a conta PECLD não possui saldo suficiente para cobrir o valor total da perda. Assim, o excesso é apropriado diretamente ao resultado.

D – PECLD R$ 7.500,00 (Retif. do Ativo)

D – Perda com Clientes Incobráveis R$ 2.500,00 (Resultado)

C – Clientes R$ 10.000,00 (Ativo)

Após este lançamento veja como ficam os saldos dos razonetes envolvivos:

(27)

− Do saldo remanescente da conta Valores a Receber de Clientes a empresa recebeu 90% em 2015 e o restante será recebido em 2016.

O saldo remanescente da conta Clientes é de R$ 95.000,00 (R$ 105.000,00 – R$ 10.000,00). Como a entidade recebeu 90% deste valor (R$ 85.500,00), conclui-se que o saldo final desta conta é de R$ 9.500,00.

− As vendas a prazo de 2015 que vencerão após 31/12/2015 totalizaram R$ 100.500,00.

Vamos lançar as vendas a prazo no razonete Clientes!

− A empresa estimou as prováveis perdas com clientes aplicando o percentual de 4% sobre o saldo da conta Valores a Receber de Clientes em 31/12/2015.

Vimos no lançamento acima que o saldo final da conta Clientes é, em 31/12/2015, de R$ 110.000,00. Com isso, o valor a ser constituído para perdas estimadas com créditos de liquidação duvidosa será de R$ 4.400,00 (4% x R$ 110.000,00). Assim:

D – Devedores Duvidosos R$ 4.400,00 (Resultado)

C – PECLD R$ 4.400,00 (Retif. do Ativo)

Com isso, conclui-se que todos estes fatos contábeis provocaram as seguintes despesas relacionadas com a não realização de créditos sobre valores a receber de clientes:

Perda com Clientes R$ 2.500,00 Constituição de PECLD R$ 4.400,00

TOTAL R$ 6.900,00

Assim, correta a alternativa E.

GABARITO: E

Pessoal, vamos passar para a análise dos lançamentos envolvendo operações com mercadorias.

(28)

OPERAÇÕES COM MERCADORIAS

Neste momento iremos aprender como as empresas lidam com seus estoques de mercadorias. Quando uma venda é realizada ocorre o surgimento de uma receita. Ao mesmo tempo devemos dar baixa no estoque vendido, que na verdade representa o custo dessas vendas. Mas qual o custo dessas vendas? Como devemos mensurar os estoques?

O art. 183 da Lei n° 6.404/76 disciplina que:

Art. 183 (...)

II. os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;

(...)

§ 1° Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo:

a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser repostos, mediante compra no mercado;

b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro;

(...)

Apesar de não estar previsto no edital a cobrança de conceitos de Contabilidade Avançada, acho válido comparar a mensuração dada pela Lei n° 6.404/76 com a disposição do Pronunciamento Técnico CPC 16, que diz que os estoques devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.

Valor de Custo: deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais.

Valor Realizável Líquido: é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda.

Perceba, portanto, que enquanto a Lei n° 6.404/76 fala em comparação do custo com o “valor de mercado”, que nada mais é que o valor justo, o Pronunciamento Técnico CPC 16 fala em comparação com o “valor realizável líquido”, que é o “preço de mercado” deduzido dos custos relacionados com esta venda.

ESTOQUE MENOR

CUSTO

VALOR REALIZÁVEL

LÍQUIDO

(29)

As definições, então, são um pouco diferentes. É bom que você leve as duas literalidades para sua prova, ok?

(CESPE – ACE – TCE/MG – 2018) De acordo com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), para a apuração do valor realizável líquido do estoque de produtos semiacabados em uma sociedade empresária industrial, basta que sejam deduzidas da receita de venda estimada no curso normal dos negócios as despesas estimadas para a venda e o

a) montante de custos gerais para acabamento.

b) custo total estimado para a conclusão do produto.

c) valor de mercado dos insumos envolvidos na produção.

d) valor dos custos diretos necessários à conclusão do estoque.

e) custo de oportunidade do negócio.

RESOLUÇÃO:

Valor Realizável Líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda.

Com isso, correta a alternativa B.

GABARITO: B

(CESGRANRIO – Profissional – LIQUIGÁS – 2018) Em regra geral, o custo dos estoques é o valor pelo qual os estoques devem ser contabilizados e reconhecidos.

Considerando-se as normas contábeis em vigor e excetuando- se os casos específicos, dentre os quais os ativos biológicos e produtos agrícolas, os estoques nas indústrias devem ser mensurados pelo valor do custo ou pelo valor

a) de aquisição, dos dois, o maior b) de produção acrescido da estocagem c) de reposição, dos dois, o menor d) justo, dos dois, o maior

e) realizável líquido, dos dois, o menor RESOLUÇÃO:

Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 16 os estoques devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.

Assim, correta a alternativa E.

GABARITO: E

(30)

(FGV – Auditor – CGM Niterói/RJ – 2018) Uma loja de esportes vendia bolas. Em 01/11/2016, o estoque de bolas estava avaliado em R$ 2.000 e era composto por 100 bolas. O preço unitário da bola era de R$

25,00.

No mês de novembro, nenhuma bola foi vendida. A loja fez uma promoção, diminuindo o preço da bola para R$ 15,00. Em dezembro nenhuma bola foi vendida.

Assinale a opção que indica o correto reconhecimento contábil do efeito decorrente da redução do ativo nas demonstrações contábeis de 31/12/2016.

a) D - despesa operacional e C - conta redutora do ativo.

b) D - conta redutora da receita bruta e C - conta redutora do ativo.

c) D - outras despesas operacionais e C - patrimônio líquido.

d) D - despesa financeira e C - passivo.

e) Não deve haver reconhecimento até que as bolas sejam vendidas.

RESOLUÇÃO:

Os Estoques devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.

Pelas informações do enunciado conclui-se que o custo de aquisição dos estoques é de R$ 20,00 (R$ 2.000 / 100 unidades).

Sendo assim, considerando que o preço de venda do item foi diminuído para R$ 15,00, certamente seu valor realizável líquido é inferior ao custo e, consequentemente, a entidade deverá realizar um lançamento de ajuste:

D – Despesa com Redução ao Valor Realizável Líquido em Estoques ( ↓ Resultado) C – Redução ao Valor Realizável Líquido em Estoques ( ↓ Ativo)

Como a Despesa com Redução ao Valor Realizável Líquido em Estoques é uma despesa operacional, correta a alternativa A.

GABARITO: A

(CESPE – Técnico – EBSERH – 2018) A conta perdas estimadas por redução ao valor realizável líquido, componente do subgrupo estoques, tem natureza credora, apesar de figurar no ativo.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:

A conta Redução ao Valor Realizável Líquido em Estoques, chamada pelo enunciado de perdas estimadas por redução ao valor realizável líquido, retifica o valor dos estoques em função do valor realizável líquido ser inferior ao custo do estoque. Trata-se, portanto, de conta de natureza credora, oposta à natureza das contas do ativo.

Assim, correta a alternativa.

GABARITO: C

(31)

O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais.

O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição.

Vamos analisar algumas questões que cobraram estes conhecimentos.

(CESPE – Analista Judiciário – TRE-BA – 2017) O valor do custo de aquisição de estoques compreende o preço de compra

A) acrescidos dos tributos, exceto os recuperáveis, e os custos de transporte diretamente atribuíveis à aquisição, deduzidos os descontos comerciais.

B) acrescidos dos tributos, exceto os recuperáveis, deduzidos os custos de transporte e de seguro atribuíveis à aquisição.

C) deduzidos todos os impostos, os custos de transporte diretamente atribuíveis à aquisição e os descontos comerciais.

D) sem deduções ou acréscimos decorrentes do valor descrito na nota fiscal de aquisição.

E) deduzidos todos os tributos incidentes sobre a mercadoria e acrescidos os custos de armazenagem.

RESOLUÇÃO:

O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição.

CUSTO

PREÇO DE COMPRA

TRIBUTOS (EXCETO RECUPERÁVEIS)

TRANSPORTE

SEGURO

DEDUÇÕES

DESCONTOS COMERCIAIS

ABATIMENTOS

(32)

Com isso, correta a alternativa A.

GABARITO: A

(CESPE – Analista – EBSERH – 2018) Uma empresa adquiriu R$ 220.000 de materiais para a produção, sendo recuperáveis R$ 20.000 de IPI e R$ 24.000 de ICMS.

Considerando essa situação hipotética, julgue o seguinte item a respeito do tratamento contábil aplicável aos impostos e às contribuições.

O lançamento contábil a ser realizado na data de aquisição dos materiais deverá ser o seguinte.

D – Estoque de matérias-primas – R$ 176.000 D – IPI a recuperar – R$ 20.000

D – ICMS a recuperar – R$ 24.000 C – Fornecedores – R$ 220.000 ( ) CERTO ( ) ERRADO RESOLUÇÃO:

O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição. Assim:

Preço de Aquisição 220.000

( – ) IPI a Recuperar (20.000)

( – ) ICMS a Recuperar (24.000)

( = ) Custo de Aquisição 176.000

Com isso, o lançamento contábil da aquisição será o seguinte.

D – Estoque R$ 176.000 (Ativo Circulante)

D – IPI a recuperar R$ 20.000 (Ativo Circulante) D – ICMS a recuperar R$ 24.000 (Ativo Circulante) C – Fornecedores R$ 220.000 (Passivo Circulante) Assim, correta a afirmativa.

GABARITO: C

(FCC – Analista – DPE/AM – 2018) A Cia. Açúcar & Sal adquiriu produtos para serem utilizados no seu processo industrial. Os produtos foram adquiridos à vista pelo valor total de R$ 120.000,00. No valor pago pelos produtos estavam inclusos tributos recuperáveis de R$ 25.000,00 e tributos não recuperáveis de R$ 15.000,00. Na mesma data, a Cia. pagou frete e seguro no valor de R$ 8.000,00 para transporte dos produtos até a empresa. Na aquisição dos produtos, a Cia. Açúcar & Sal efetuou nas contas Caixa e Estoques os seguintes lançamentos:

Referências

Documentos relacionados

Curvas de rarefação (Coleman) estimadas para amostragens de espécies de morcegos em três ambientes separadamente (A) e agrupados (B), no Parque Estadual da Ilha do Cardoso,

CENTROS ECORREGIONAIS: Embrapa Amazônia Ocidental; Embrapa Cerrados; Embrapa Clima Temperado; Embrapa Acre; Embrapa Amapá; Embrapa Rondônia; Embrapa Roraima; Embrapa Meio-Norte;

Trata-se do valor residual, que não sofrerá depreciação, de R$ 17.500,00 (alternativa A incorreta). A partir disso vamos analisar qual é o valor da despesa de depreciação anual

O conceito final da parte prática será composto pelas atividades a serem entregues semanalmente, a saber, as respostas das questões e os mapas conceituais/desenhos que

No mesmo instante e sem importar onde: à mesa, nas aulas, na praia… Quando deixo de existir para os outros, prefiro o sono.. Ao menos ele toma-me nos braços e oferece-me, só para mim,

Corporate Control and Policies Page 12 UNIVERSIDAD DE PIURA UNIVERSIDAD DEL PACÍFICO UNIVERSIDAD ESAN UNIVERSIDAD NACIONAL AGRARIA LA MOLINA UNIVERSIDAD NACIONAL

Fatos Permutativos (qualitativos ou compensativos) são aqueles que não alteram o valor do patrimônio líquido, visto que representam apenas permuta entre

Dada a plausibilidade prima facie da Prioridade do Conhecimento Definicional, parece que não se poderia reconhecer instâncias de F- dade ou fatos essenciais acerca