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Relatório Semanal de Estratégia de Investimento

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Academic year: 2021

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14 de julho de 2014

• Nos parece que o Reino Unido e os EUA se aproximam da normalização da política monetária, mudando o foco do debate para a recuperação da atividade, o nível de ociosidade das economias, o "timing" da elevação dos juros;

•É lícito supor que o BC não traga novidades no encontro de política monetária que ocorrerá esta semana;

| Destaque da Semana

Relatório Semanal de Estratégia de Investimento

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| Economia Internacional

No cenário internacional, destaque para o discurso dos dirigentes dos bancos centrais. Nesse quesito, nos parece que o Reino Unido e os EUA se aproximam da normalização da política monetária, mudando o foco do debate para a recuperação da atividade, o nível de ociosidade das economias, o "timing" da elevação dos juros.

O Fed, pela segunda vez neste ano, divulgou, junto de sua Ata, o teor dos estudos que vem realizando em torno de instrumentos que podem ser usados na transição para o

"mundo normal", que provavelmente se inicia em 2015.

Já o Banco da Inglaterra, ainda que tenha seguido seu plano de voo na última reunião, mantendo a taxa de juros no recorde de baixa de 0,50% e o estoque do programa de compra de ativos em 375 bilhões de libras, deve começar antes a trajetória de aperto monetário. Isso porque, o receio de que bolhas em ativos financeiros estejam sendo criadas por conta dos programas de estímulos está presente tanto nos EUA como no Reino Unido, e os respectivos bancos centrais vêm ressaltando a necessidade de monitorar e gerir a "estratégia de saída" de forma a não impactar negativamente os mercados. a economia, como um todo, tem dado sinais mais inequívocos de reação do que nos EUA. Em ambos os casos, a taxa de desemprego caiu mais rápido do que as autoridades monetárias esperavam e a inflação reagiu. A nosso ver, a próxima sinalização do Banco da Inglaterra virá na ata da reunião, que pode, inclusive, mostrar que já há votos contrários à manutenção dos estímulos. Mas o relatório de inflação de agosto será, provavelmente, o documento essencial para consolidar as expectativas.

Já o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco do Japão, por outro lado, trilharão caminhos mais longos diante dos desafios que ainda se apresentam, com baixo crescimento (caso do primeiro), e a superação do ambiente deflacionário (no segundo).

Por fim, em relação a China, as apostas sobre crescimento factível do PIB em 7,5% em 2014 serão reforçadas (ou revistas) a depender dos dados a serem publicados nesta semana como, por exemplo, as vendas no varejo em junho, produção industrial chinesa no mesmo mês e os números do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano.

Em tempo: em relação ao BES, os mercados ensaiam uma recuperação diante de um alívio com a crise no banco português. Embora a instituição ainda tenha sérios desafios a serem enfrentados, os investidores já minimizam a possibilidade de um risco sistêmico causado pelas dificuldades no banco, o que dá fôlego para o mercado. Na semana passada, as bolsas internacionais e, principalmente, as ações de bancos haviam sido pressionados por temores de que as dificuldades nos controladores do BES e no próprio banco poderiam repercutir negativamente em toda a Europa, ao deflagrar a fragilidade do sistema bancário de países da periferia da zona do euro. Contudo, após a instituição conceder explicações e garantias, os investidores já avaliam a crise como algo pontual e específico do Grupo Espírito Santo (GES). Entre as medidas que já foram tomadas, o Banco de Portugal exigiu uma reunião extraordinária do Conselho do BES e a troca imediata da direção do banco. O novo comando da casa, que assumiria os cargos apenas no fim do mês, começou a trabalhar nesta segunda-feira. A medida foi considerada a nova etapa da intervenção informal que o governo português realiza na casa, reforçando a tese, que um eventual aprofundamento do problema contará com o auxílio do governo português que, conforme análises, conseguiria absorver sem maiores problemas o rombo (desde que, claro, não apareçam novas

“surpresas”). A monitorar.

Gráfico G1- EUA: Treasury 10Y Gráfico G2- Europa: Portugal Yield

1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6

nov-06 mai-07 nov-07 mai-08 nov-08 mai-09 nov-09 mai-10 nov-10 mai-11 nov-11 mai-12 nov-12 mai-13 nov-13 mai-14

3 3,5 4 4,5 5 5,5 6 6,5 7 7,5 8

jul-13 ago-13 set-13 out-13 nov-13 dez-13 jan-14 fev-14 mar-14 abr-14 mai-14 jun-14

Fonte: Bloomberg, 14/07/2014 07:00

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| Economia Brasileira

O debate econômico local se dividiu entre duas variáveis:

a-) A divulgação do IPCA de junho, que deslocou a leitura acumulada em 12 meses para cima do limite superior da meta de inflação (6,5%); e b-) Os possíveis impactos do resultado negativo da seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo de 2014 na corrida presidencial.

A começar pela evolução dos preços internos, como era amplamente esperado pelos analistas, a inflação acumulada em 12 meses fechou junho em 6,52%, acima do limite estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional.

Tão esperado quanto o estouro da meta foram os itens que justificaram tal comportamento. Assim como na leitura do IPCA-15, que antecede o índice oficial do BC, a maior demanda por passagens aéreas e por serviços da rede hoteleira, ambas influenciadas pelo evento futebolístico, levou a uma atípica alta dos preços destes componentes que, vale lembrar, tende a ser revertido nos próximos meses.

Entretanto, ao excluirmos da análise estas variáveis, temos o seguinte cenário: uma persistente pressão inflacionária originada, principalmente, do setor de serviços (nos últimos 5 meses a média da inflação deste segmento ficou próxima a 9%), contrabalançada por uma visão prospectiva da atividade econômica local em declínio.

Diante disto, a nosso ver, a agenda de informações econômicas local da semana tem grande relevância, uma vez que, no período, serão divulgadas duas importantes informações: 1-) As vendas do comércio varejista de maio, 2-) A criação de postos de trabalho no mercado formal medida pelo CAGED.

Em ambos os casos acreditamos que os dados da semana consolidarão a noção de que a fragilidade da atividade local tem se disseminado nos diversos setores da economia, inclusive no mercado de trabalho, que tem sido fonte de

preocupação recorrente do BC em suas abordagens, uma vez que a baixa margem de ociosidade local é um dos catalizadores da evolução dos preços de serviços e do movimento inercial da inflação.

Com isso, é lícito supor que o BC não traga novidades no encontro de política monetária que ocorrerá esta semana.

Isso não quer dizer, no entanto, que a tarefa do BC na condução dos preços está superada, uma vez que, ainda que a queda da atividade contribua para a inflação, o represamento dos preços administrados tende a ser revertido nos próximos anos, o que sugere uma inflação ainda em níveis elevados nos próximos períodos.

Passando ao debate eleitoral, a derrota brasileira na Copa do Mundo de 2014 gerou em parte dos analistas o entendimento de que a decepção nos gramados será revertida em menor intenção de votos à situação, o que elevaria a probabilidade de segundo turno nas eleições do segundo semestre e até de uma derrota do atual governo no pleito. Tal tese tende a ser comprovada (ou não) nesta semana, quando duas pesquisas de opinião serão divulgadas. A acompanhar.

Gráfico G3- Brasil: IPCA Gráfico G4- Brasil: Mercado de Trabalho

3,0%

4,0%

5,0%

6,0%

7,0%

8,0%

jan-08 jun-08 nov-08 abr-09 set-09 fev-10 jul-10 dez-10 mai-11 out-11 mar-12 ago-12 jan-13 jun-13 nov-13 abr-14

IPCA 12M Meta LS

4,0 7,0 10,0

0 1.000 2.000

Milhares

CAGED 12 Meses Taxa de Desemprego Fonte: Bloomberg, 14/07/2014 07:00

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| Mercados

BOLSA

Em uma semana atípica dada a agenda fraca de informações, jogo da seleção brasileira e o feriado estadual em São Paulo, a bolsa teve uma evolução positiva na semana, com baixo volume. A maior influencia para o movimento foi a derrota da seleção na Copa do Mundo, com o entendimento de parte do mercado de que o resultado converteria em menor intenção de votos para o atual governo e, portanto, um aumento da possilidade de um segundo turno ocorrer, beneficiando as cotações das empresas de controle estatal. Para essa semana, com uma agenda carregada de informações para as economias norte-americana, chinesa e local, essa classe será bastante influenciada.

Under Over

CÂMBIO

Em uma semana com baixo giro (jogo da Seleção e feriado estadual em São Paulo), a taxa de câmbio continuou a operar em torno de R$ 2,22 e fechou a semana com uma ligeira perda de 0,3% em relação ao preço de fechamento da semana anterior. Em relação a fluxo cambial, informação divulgada na última quarta pelo Banco Central, referente a semana que terminou em 4 de julho, os recursos vindos do lado comercial foram positivos em US$ 461 milhões. Enquanto que os fluxos financeiros foram negativos em US$ 1,1 bilhão. O saldo das entradas e saídas de dólares foi positivo em US$ 4,1 bilhões no primeiro semestre do ano, inferior ao saldo positivo de US$ 9,5 bilhões no mesmo período de 2013. Essa semana o depoimento da presidente do Fed Jannet Yellen e a divulgação de pesquisas de intenção de voto no Brasil podem influenciar o mercado.

Under Over

JUROS

A curva de juros local apresentou pouca oscilação na semana, a despeito da movimentada agenda de informações interna e externa que poderiam justificar recomposição dos preços dos títulos locais. Tal comportamento, a nosso ver, sugere que há no mercado certo consenso em relação ao cenário econômico o que, dito de outra forma, pode significar uma pequena margem de prêmios neste mercado.

Entretanto, acreditamos que a agenda de informações econômica continuará a apresentar dados que sugerem menos provável um início de ciclo de alta de juros em 2015 – algo atualmente projetado nos vencimentos mais curtos dos ativos pré-fixados locais - que pode refletir em ganhos para esta classe de ativos nos próximos meses e justifica a manutenção de nossas posições neste mercado. Além disso, para a parte mais longa da curva, estruturamos posições táticas com aposta na alta das taxas dos títulos norte-americanos, que tendem a proteger algum possível movimento de alta dos prêmios dos títulos locais (uma vez que há correlação entre estes ativos).

Juros Pré-Fixado Inflação

Under Over Under Over

Fonte: Bloomberg, 14/07/2014 às 07:00

1,70 1,80 1,90 2,00 2,10 2,20 2,30 2,40 2,50 2,60

100 150 200 250

300 EMBI Brasil Dólar Real

44.000,00 49.000,00 54.000,00 59.000,00 64.000,00 69.000,00 74.000,00

Bovespa Média 6 M

Desv + Desv -

7,60 8,60 9,60 10,60 11,60 12,60 13,60

mar-13 jun-13 set-13 dez-13 mar-14 jun-14

Pré 2017 Máximo

Mínimo

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| Indicadores e Cotações

FECHAMENTO NA SEMANA NO MÊS NO ANO 3 MESES 6 MESES 12 MESES

IBOV 54.786  1,35% 3,04% 6,37% 8,59% 10,24% 13,25%

S&P 500 1.968  -0,90% 0,37% 6,45% 6,76% 6,59% 16,70%

DOW JONES 16.944  -0,73% 0,70% 2,21% 4,19% 3,21% 9,02%

NASDAQ 4.415  -1,57% 0,17% 5,72% 9,45% 4,67% 23,35%

MSCI WORLD 1.736  -1,56% -0,43% 4,51% 5,42% 4,62% 14,33%

COMMODITIES:

PETRÓLEO 100,83  -3,10% -4,31% 5,47% -0,29% 10,46% 7,55%

OURO 1.337,40  1,27% 1,16% 11,06% 2,84% 7,70% 0,95%

CRB COMMODITIES 297  -3,15% -3,62% 6,03% -3,94% 6,70% 3,24%

MOEDAS:

REAL / DOLAR 2,221  0,33% 0,30% -5,97% -0,52% -5,95% -1,31%

DOLAR / EURO 1,36  0,10% -0,61% -0,98% -1,50% -0,09% 3,08%

JUROS PÓS FIXADOS:

DI OVER 10,80%  0,21% 0,33% 5,80% 2,64% 5,34% 10,12%

FED FUND 0,25%  0,00% 0,01% 0,13% 0,06% 0,12% 0,24%

JUROS PRÉ FIXADOS:

PRÉ DE ANO 10,88%  0,01% -0,01% 0,32% -0,52% -0,10% 1,83%

LIBOR 6 MESES 0,33%  0,00% 0,00% -0,02% 0,00% -0,01% -0,07%

TREASURY 10 ANOS 2,52%  -0,12% -0,01% -0,51% -0,11% -0,33% -0,07%

Agenda Semanal

SEGUNDA País Período Estimado Anterior Relevância

Industrial Production SA MoM EUR May -1,20% 0,80% ++

Formal Job Creation Total BRA Jun 82000 58836 ++

TERÇA

Empire Manufacturing EUA Jul 17 19,28 ++

Retail Sales Advance MoM EUA Jun 0,60% 0,30% +++

Retail Sales YoY CHI Jun 12,50% 12,50% ++

Industrial Production YoY CHI Jun 9,00% 8,80% ++

GDP YoY CHI 2Q 7,40% 7,40% +++

QUARTA

Retail Sales MoM BRA May 0,00% -0,40% ++

Retail Sales YoY BRA May 3,70% 6,70% +++

Industrial Production MoM EUA Jun 0,30% 0,60% +++

U.S. Federal Reserve Releases Beige Book EUA 00/jan +

Reuniao do COPOM BRA 16/jul 11,00% 11,00% +++

QUINTA

CPI YoY EUR Jun F 0,50% 0,50% +++

Economic Activity MoM BRA May -0,40% 0,12% +

Housing Starts EUA Jun 1025K 1001K +++

Novos Pedidos de Aux. Desemp. EUA 12/jul 310K 304K +++

Continuing Claims EUA 05/jul 2580K 2584K ++

Building Permits EUA Jun 1037K 991K ++

SEXTA

Univ. of Michigan Confidence EUA Jul P 83 82,5 +++

Fonte: Bloomberg, 14/07/2014 às 07:00

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INFORMAÇÕES IMPORTANTES AO INVESTIDOR

Este material, meramente informativo, foi preparado pela área de Estratégia do Votorantim Private Bank e não se caracteriza como relatório de análise, para fins da Instrução CVM nº 483/2010, e, não foi produzido por analista de valores mobiliários. As informações contidas neste material foram obtidas por meio de comunicação de acesso público, tais como jornais, revistas, internet entre outros, de forma aleatória. Tais informações estão sujeitas a alterações, a qualquer momento, sem que haja necessidade de comunicação neste sentido. Apesar das informações aqui contidas terem sido obtidas de fontes consideradas confiáveis, a área de Estratégia não pode garantir a precisão e veracidade das mesmas. As recomendações de alocação deste documento refletem única e exclusivamente a opinião pessoal dos profissionais da área de Estratégia do Votorantim Private Bank, de modo que as recomendações foram elaboradas de forma independente e autônoma com relação às demais áreas da Votorantim Asset Management DTVM Ltda., ao Banco Votorantim S.A. e demais empresas do Consolidado Econômico Financeiro Votorantim. As recomendações de alocação contidas neste documento apresentam riscos de investimento e não são asseguradas pelos fatos nem contam com qualquer tipo de garantia ou segurança da área de Estratégia. O Votorantim Private Bank e suas áreas de negócio não serão responsáveis por perdas diretas, indiretas ou lucros cessantes decorrentes da utilização deste material para quaisquer finalidades, incluindo, mas não se limitando a realização de negócios, investimentos ou transações baseadas nestas informações.SAC: 0800 728 0083, Deficientes Auditivos e de Fala: 0800 701 8661. Todos os dias, 24 horas por dia, ou pelo e-mail sac@bancovotorantim.com.br. Ouvidoria: 0800 707 0083, Deficientes Auditivos e de Fala: 0800 701 8661, de 2ª a 6ª feira das 9:00 às 18:00 hs. Estratégia de Investimento Votorantim Private Bank (11) 5171-5221.

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