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Do Fim Do Mundo Para o Meu Amor

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

Do Fim

Do Mundo Para o Meu

Amor

(2)

“Lute por um minuto de paz em tempos de

guerras Espalhe palavras de amor quando tudo for

ódio

E dê abraços de compaixão se predominar o egoísmo.”

(3)

Para minha melhor amiga, Any

(4)

“Quando as pessoas resolverem entrar em rebelião e começarem a matar uns aos outros.

E quando tudo que for amor virar ódio e eles começarem a se odiar. Quando o mundo enfim acabar, saiba que estarei em meio a trilhões de destroços dançando as melodias de Beethoven.”

(5)

Os felizes para sempre nunca foram e nunca serão uma opção, não neste livro.

Sonhos e Sangues

Uma fusão de sentimentos se incorporava no clima gélido e escuro do quarto. Foi então que, da janela do meu apartamento, eu olhei para a recepção do meu prédio e observei o guarda caminhando pelos corredores com seus passos suaves e macios. Eu estava com um olhar para baixo e me lembro que escutava músicas clássicas e suaves. Em minhas mãos levava uma madeira pontiaguda e um pedaço de vidro, e de longe se podia ver o meu corpo infestando o ambiente com o tom de escuridão que tão bem definia meu ser.

Os passos do guarda diminuíam e cada vez ficavam mais lentos e suaves como se estivessem equipados com uma “silenciadora”.

Ele parou em minha frente e lembro-me de ele ter se abaixado para fazer carinho em meus cabelos.

Enquanto ele acariciava com os seus dedos suaves, eu prestava atenção em seus breves movimentos com os quais mexiam a cabeça o tempo todo. Levantei o rosto e enfiei o punhal

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em sua garganta que logo então se rasgava e jorrava sangue por todo o prédio. O pobre homem, olhava-me com um olhar que gritava por socorro e eu respondia com um grande sorriso frio e calculista enquanto deliciava-me com o instante final, aquele fruto de último suspiro e maravilhado com a última batida do seu coração. Utilizando, agora, o pedaço de vidro, comecei a cortar o seu pescoço como se fosse pedaços de bifes sangrentos, os quais cortamos com prazer. Assim como o cheiro da carne do animal irracional, o da carne humana também era muito agradável a mim. Um cheiro com sensação de orgulho e egoísmo que se espalhava pelo ar em frações de segundos.

Troquei o peru da ceia de natal pela cabeça do guarda.

Minha família ficou perplexa ao olhar aquela cena. A cabeça decapitada e ainda com os olhos abertos como se fixassem o quadro sombrio pendurado na parede da minha casa. Seu rosto apresentava um tom de pele pálida e em seus lábios já não haviam sangue. Os gritos das pessoas eram ensurdecedores.

Era então que eu acordava. Venho tendo esses sonhos a meses o que é muito doentio para um garoto de 9 anos. Já tentei procurar um psicólogo, mas o meu pai sempre diz que é normal para um garoto da minha idade, então

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eu apenas sorrio e volto a dormi. Não é tão fácil acreditar que se tem traços de psicopatia.

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Feliz aniversário, Endy!

O despertador tocou às 6:30, o que seria normal se não fosse por hoje ser um domingo e antes mesmo de eu abrir os olhos eu me dei conta de que era 25 de dezembro o que significa que será comemorado duas coisas: O Natal e o meu aniversário. As duas coisas que mais odeio no mundo.

Estava descendo as escadas a caminho do banheiro com a intenção de fazer minhas necessidades rotineiras quando olhei para a cozinha e vi a mesa coberta por bolos e presentes, com certeza não foi a minha mãe que fez, ela me odeia.

-Parabéns para você! -Sussurrou meu pai.

Eu não tinha amigos, não era muito sociável e estudo em casa, ou seja, ninguém poderia vim para minha festa, a não ser meus próprios pais.

-O garotão fez 10 anos! -Disse minha mãe com aquele sorriso falso.

Eu tentava agir feito um garoto normal, com pais normais em uma casa normal, mas era difícil expressar qualquer tipo de emoção quando tudo o que você deseja é afogar a cabeça em algum lugar sem ninguém para te encher.

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Foi por isso que me retirei da cozinha e fui em direção a porta da frente fechando-a na cara dos meus pais.

Eu posso ser um pouco impulsivo, mas ainda sim conseguia fazer tudo de forma articulada, como os meus trabalhos escolares que o professor Tomás sempre passava para mim. Eu não sabia exatamente para onde estava indo, mas qualquer lugar era melhor do que está na minha casa.

Entrei no pequeno bosque que havia aos arredores da do bairro até chegar no meu rio favorito, onde tudo parecia infinito. Minha vida social acabava aqui, todas as minhas preocupações acabavam neste rio.

Me imerso nas águas e deixo com que o tempo seja esquecido, pois nada parecia importar mais do que minha própria companhia.

As horas foram se passando e quando eu menos esperei, já era noite.

Me levanto e apenas enrolo minha camisa por volta da minha cintura e volto andando para casa. Não sou fisicamente atraente, sou um cara sem nenhum tipo avantajado de tríceps ou bíceps, mas não me importo muito. Minha casa é grande e bonita, você a reconheceria de longe.

Não parecia haver alguém me esperando ou preocupado comigo, então eu apenas entrei e

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fui em direção ao meu quarto. A cozinha estava uma bagunça, as mesas fora do lugar, a comida estava espalhada no chão. Uma ceia especialmente para os ratos e baratas.

Entrei em meu quarto e me joguei na cama, enquanto pegava meu violão para compor músicas aleatórias. Era divertido e me deixava calmo.

Era possível ver todo o meu quarto da minha cama, já que ela ficava bem no canto. Eu conseguia ver exatamente tudo em uma visão panorâmica. Minhas medalhas em olimpíadas científicas, o mapa com as cidades que eu desejava visitar, tendo Niterói e Colorado como as principais. Fotos de figuras importantes que já morreram e livros de suspense, não chegava ser um quarto bonito, mas me agradava intelectualmente.

Enquanto eu compunha uma canção com uma melodia melancólica em inglês, me deparei como uma carta em papel comum em cima da minha mesinha de jogos. Ao abri-la logo percebi que era do meu pai.

Endy, são tempos difíceis, eu sei filho, o papai te ama mais que qualquer coisa nesse mundo, mas fui convocado para ir para outro país no objetivo de promover a paz, não tenho data

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