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COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DE GÊNEROS VARIADOS... 9 DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL EMPREGO DAS LETRAS...11

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SUMÁRIO

LÍNGUA PORTUGUESA...9

COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DE GÊNEROS VARIADOS ... 9

DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL ...11

EMPREGO DAS LETRAS ...11

EMPREGO DA ACENTUAÇÃO GRÁFICA ...11

DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL ... 12

EMPREGO DE ELEMENTOS DE REFERENCIAÇÃO, SUBSTITUIÇÃO E REPETIÇÃO, DE CONECTORES E OUTROS ELEMENTOS DE SEQUENCIAÇÃO TEXTUAL ...12

EMPREGO/CORRELAÇÃO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS ...16

DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO PERÍODO ... 17

RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO...17

RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO ...18

EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO ...19

CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL ...22

EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE ...27

COLOCAÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOS ...28

REESCRITURA DE FRASES E PARÁGRAFOS DO TEXTO ... 29

SUBSTITUIÇÃO DE PALAVRAS OU DE TRECHOS DE TEXTO ...29

RETEXTUALIZAÇÃO DE DIFERENTES GÊNEROS E NÍVEIS DE FORMALIDADE ...30

CORRESPONDÊNCIA OFICIAL (CONFORME MANUAL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA) ...36

ADEQUAÇÃO DA LINGUAGEM AO TIPO DE DOCUMENTO ...48

ADEQUAÇÃO DO FORMATO DO TEXTO AO GÊNERO ...54

NOÇÕES DE INFORMÁTICA ...65

NOÇÕES DE SISTEMA OPERACIONAL (AMBIENTES LINUX E WINDOWS) ... 65

AMBIENTE LINUX ...65

AMBIENTE WINDOWS ...71

EDIÇÃO DE TEXTOS, PLANILHAS E APRESENTAÇÕES (AMBIENTES MICROSOFT OFFICE E

BROFFICE) ...79

(2)

REDES DE COMPUTADORES ...112

INTERNET E INTRANET ...115

CONCEITOS BÁSICOS ...115

FERRAMENTAS, APLICATIVOS E PROCEDIMENTOS DE INTERNET ...116

PROGRAMAS DE NAVEGAÇÃO ...118

Mozilla Firefox ...118

Google Chrome ...119

PROGRAMAS DE CORREIO ELETRÔNICO ...119

Outlook Express ...119

Mozilla Thunderbird ...120

SÍTIOS DE BUSCA E PESQUISA NA INTERNET ...125

GRUPOS DE DISCUSSÃO ...126

REDES SOCIAIS ...127

COMPUTAÇÃO NA NUVEM (CLOUD COMPUTING) ...128

SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO ...133

PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA ...133

NOÇÕES DE VÍRUS, WORMS E PRAGAS VIRTUAIS ...136

APLICATIVOS PARA SEGURANÇA ...145

Antivírus ...145

Firewall ...147

Anti-Spyware ...148

PROCEDIMENTOS DE BACKUP ...149

BACKUP NA REDE DE DADOS OU INTERNET ...153

ARMAZENAMENTO DE DADOS NA NUVEM (CLOUD STORAGE) ...157

ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO ...161

ÉTICA E MORAL ...161

ÉTICA, PRINCÍPIOS E VALORES ...162

ÉTICA E DEMOCRACIA ...162

EXERCÍCIO DA CIDADANIA ...162

ÉTICA E FUNÇÃO PÚBLICA ...164

(3)

ÉTICA NO SETOR PÚBLICO ...164

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIÇO PÚBLICO – DECRETO Nº 1.171/1994 ...165

LEI Nº 8.112/1990 E ALTERAÇÕES: REGIME DISCIPLINAR ...168

Deveres e Proibições ...168

Acumulação ...170

Responsabilidades ...170

Penalidades ...170

LEI Nº 8.429/1992: ...171

Das Disposições Gerais ...171

Dos Atos de Improbidade Administrativa ...172

LEGISLAÇÃO ...181

LEI Nº 11.516/2007 ...181

DECRETO Nº 10.234/2020 — ESTRUTURA REGIMENTAL DO ICMBIO ...182

LEI Nº 8.112/1990 ...189

LEI Nº 9.784/1999 ...199

LEI Nº 12.527/2011 ...204

DECRETO Nº 9.991/2019...215

DECRETO Nº 7.133/2010...219

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS ...227

ESTRATÉGIAS PARA CONSERVAÇÃO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA ...227

HOTSPOTS (ÁREAS DE ALTA BIODIVERSIDADE) E CENTROS DE ENDEMISMOS ...227

ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO DE HÁBITATS E DE ESPÉCIES ...228

ESTRUTURA DE POPULAÇÕES E MANEJO SUSTENTÁVEL DE FAUNA NA NATUREZA E EM SEMILIBERDADE ...229

ECOLOGIA DA PAISAGEM ...230

BIOMAS E FITOFISIONOMIAS BRASILEIROS ...231

CARACTERÍSTICAS E EVOLUÇÃO DA FAUNA E FLORA ...231

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO PAÍS E CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE AMAZÔNICA ...234

POLÍTICA NACIONAL DA BIODIVERSIDADE (DECRETO Nº 4.339/2002 E DECRETO Nº

2.519/1998) ...235

(4)

LEI Nº 5.197/1967- PROTEÇÃO À FAUNA ...241

LEI Nº 12.651/2012 E LEI Nº 12.727/2012 — ORDENAMENTO DOS RECURSOS FLORESTAIS...243

CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO E SUAS ALTERAÇÕES ...243

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 378/2006 ...263

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 379/2006 ...263

MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL; VALORAÇÃO AMBIENTAL E FLORESTAL ...265

RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS ...265

AQUECIMENTO GLOBAL E SEQUESTRO DE CARBONO ...267

CONCESSÃO FLORESTAL ...272

DESMATAMENTO E CORTE SELETIVO ...273

MONITORAMENTO AMBIENTAL ...274

PROTEÇÃO FLORESTAL (PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS)...275

LEGISLAÇÃO APLICADA AO USO DO FOGO ...276

CONCEITOS BÁSICOS DE CARTOGRAFIA ...278

LEI Nº 9.605/1998 ...285

POLÍTICA NACIONAL DE POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS, DECRETO Nº 6.040/2007 ...303

LEI Nº 9.985/2000 E DECRETO Nº 4.340/2002 - SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO (SNUC)...306

PLANO ESTRATÉGICO NACIONAL DE ÁREAS PROTEGIDAS (PNAP), DECRETO Nº 5.758/2006 ...316

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 (ARTIGOS 1º AO 5º) ...316

POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL – PNEA ...335

LEI Nº 9.795/1999 E DECRETO Nº 4.281/2002 ...335

PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL – PRONEA LEI Nº 12.512/2011 E DECRETO Nº 7.572/2011 (BOLSA VERDE) ...342

LEI DE ATER, LEI Nº 12.188/2010 E DECRETO Nº 7.215/2010 ...346

LEI Nº 13.123/2015 (ACESSO AO PATRIMÔNIO GENÉTICO) ...353

(5)

ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

161

ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

ÉTICA E MORAL

O ponto inicial desta matéria precisa de uma distinção que comumente passa batida: a diferença de ética e moral. Você precisa de certezas firmes e objetivas para realizar a sua prova.

Ética é uma área da Filosofia. É um estudo amplo, universal e atemporal. Seu objeto de estudo são princípios fundamentais das ações e do comportamento humano. A moral, por sua vez, é uma construção social. Sendo assim, está condicionada a sociedade que a cerca, que a contém. A moral tem um aspecto muito mais objetivo e representa um momento e uma cultura.

Alguns autores trazem ética e moral como sinônimos, mas você precisa ter muito cuidado, pois, apesar de serem semelhantes e abordarem a “mesma coisa” por perspectivas diferentes, as bancas dos concursos estabele- cem distinções entre esses termos.

Temos uma distinção clara:

ÉTICA Universal, atemporal

Princípios fundamentais ações

do comportamento

MORAL Construção social, ligada a sua sociedade

Representa um momento e uma

cultura

A ética tem um caráter científico, por isso, suas mudanças e aplicações ocorrem de outra forma. Sua estabili- dade é muito maior e suas aplicações alcançam uma universalidade. Em algum momento espera-se que mudan- ças em conceitos éticos ocorrerão, mas para a execução de provas de concurso, os conceitos de universalidade e estabilidade são adequados.

Agora que já conseguimos separar algumas caraterísticas de moral e ética, vamos aproveitar o êxito e nos aprofundar um pouco nos seus conceitos. Para fazer isso, vamos usar um pouco de etimologia.

É conveniente analisar no estudo da ética sua etimologia. Assim, ética é uma palavra que vem do termo grego ethos, que quer dizer “modo de ser”, “costume” ou “hábito”. A origem da palavra nos remete instantaneamente para o cerne de seu conceito que, apesar da dificuldade de estabelecer um significado único, envia-nos a um con- junto de princípios morais ou valores que dão condição à convivência humana em sociedade. Em seguida, temos a origem do termo moral, que tem origem no latim (seria mos), tem o mesmo significado de ethos e deu origem à palavra “moral”.

Dica

A moral varia no tempo, a depender da conjuntura social. Até o século XIX, por exemplo, considerava-se normal que crianças trabalhassem em fábricas. Hoje, além de temos uma legislação especial (Estatuto da Criança e do Adolescente) que protege essas crianças, a sociedade entendeu a necessidade de tratamento diferenciado a esse grupo vulnerável.

Feitas essas distinções e estabelecidos alguns conceitos, vamos preparar uma tabela bastante objetiva que ajudará nas revisões sobre esse ponto cobrado nas provas.

ÉTICA MORAL

DEFINIÇÃO Estudo filosófico, universal e atemporal, baseado em

princípios Sua aplicação está voltada para a prática

ALCANCE Não encontra limitações no tempo ou no espaço. É

um estudo filosófico e científico Seu alcance está condicionado ao local em que se aplica e ao período cultural em que é observada BASE Fica relacionada à reflexão, com caráter especulativo A moral transforma a reflexão em ação

As provas de concurso costumam cobrar essa matéria com questões que trazem expressões como “bom com- portamento”, “boa conduta” ou “o bem”, que acabam confundido o candidato na hora de definir se estão tratando de ética ou moral, pois, apesar das distinções que já estudamos, o limiar de diferenças é tênue.

(6)

162

Assim, certifique-se de qual concepção está sendo cobrada com base nos fundamentos apresentados nas questões, lembrando que a moral se funda nos costu- mes e tradições, enquanto a ética se baseia na razão e na reflexão.

ÉTICA, PRINCÍPIOS E VALORES

Como vimos, o conceito de ética já foi abordado no tópico anterior. Portanto, os estudos terão continuida- de com as explicações sobre princípios e valores.

PRINCÍPIOS

Podemos conceber os princípios como sendo ali- cerces base para formação dos valores que têm sua origem nos aspectos econômicos, políticos e sociais.

Então, podemos defini-los como juízos de valor.

Eles são abstratos e possuem indefinição, mas orientam a intepretação da regra. Vejamos um exem- plo que a Constituição apresenta:

Art. 37 A administração pública direta e indire- ta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:   

A Constituição, no caput de seu art. 37, elenca prin- cípios, mas não apresenta uma medida para cumpri- mento de cada princípio. A norma, nesse momento, não define quais os limites da legalidade, impessoa- lidade, publicidade ou eficiência. Por isso, os princí- pios são abstratos. Esse papel de definir “os limites de aplicação” dos princípios e de apresentá-los como valores será exercido em um nível seguinte por meio das regras ou normas a serem estabelecidas.

Nas palavras de Francisco Amaral (2017):

[...] são pensamentos diretores de uma regula- mentação jurídica, critérios para a ação e para a constituição de normas e de institutos jurídicos [...] Como diretrizes gerais e básicas, servem tam- bém para fundamentar e dar unidade a um siste- ma ou a uma instituição.

Dica

Regras são prescrições de conduta claras e obje- tivas. Já os princípios são juízos abstratos de valor que orientam a interpretação e a aplicação das regras.

A distinção entre princípios e regras traduz uma distinção entre dois tipos de normas.

VALORES

O Direito recepciona em nosso ordenamento jurí- dico os valores éticos e morais apontando-os como diretrizes importantes e como meios de aplicação das normas. Assim, o direito deve ser interpretado muito além das chamadas normas jurídicas, devendo incor- porar a moral em voga naquele momento ao ordena- mento jurídico.

Os valores podem ser facilmente exemplificados, mas sua definição é mais complexa. Por exemplo, a vida é um valor muito importante em nossa socie- dade, juntamente com a liberdade e a propriedade.

Se você reparar, verá que existe uma relação entre os princípios e as expressões valor, direito, norma e regra. Veja só:

Inicialmente, estabelecemos um princípio: impes- soalidade, por exemplo. Em seguida, temos que impessoalidade é a igualdade no tratamento dos cidadãos. A igualdade é um valor e vamos respeitá- -lo. Nesse momento, só nos faltaria determinar uma norma de conduta, uma regra para seguirmos. Essa definição de valor é feita informando as pessoas dos riscos em descumprir a impessoalidade. Ou seja, tra- zendo esses conceitos para a prática, desrespeitar a impessoalidade é uma improbidade administrati- va, que configura crime e possui pena. Assim, temos um princípio consistente, um valor definido e uma norma apresentada.

Impessoalidade é um princípio

Igualdade é um valor

Deriva uma norma de conduta

= descumprir a impessoalidade é improbidade administrativa. Disso deriva uma norma de

conduta

Impessoalidade:

Princípios

Lei de improbidade Administrativa:

garantia de princípio

Princípio

Os princípios são juízos de valor, ou seja, são abstratos e possuem indefinição

Regra

O papel de definir será

exercido em um nível seguinte através das regras

Valor

Os princípios são

juízos de valor, ou seja, são abstratos e possuem indefinição

ÉTICA E DEMOCRACIA

EXERCÍCIO DA CIDADANIA

Iniciamos um ponto interessante, que é a aplica- ção dos conceitos de ética e democracia de forma arti- culada. O nome do conteúdo informa que a união da ética com a democracia será o exercício da cidadania.

Democracia é uma palavra de origem grega for- mada por dois vocábulos (demos + kratos) ou (povo + poder). Dessa forma, o nosso ponto de estudo é o con- junto da ética, do povo e de seu poder como forma de exercer a cidadania.

(7)

ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

163 Ética: A ética é a parte da Filosofia que estuda a

moral, ou seja, temos uma ciência — a Filosofia — e dentro dela uma grande área — a ética. A moral é um campo de estudo dentro da ética. Esse campo reflete e questiona sobre as regras morais. Uma ação ética pode ser um tipo de comportamento regrado por prin- cípios e valores morais.

Democracia:  Como vimos, palavra de origem grega formada por dois vocábulos (demos + kratos) ou (povo + poder). Podemos inferir então que nesse regime governamental o poder de governar emana e é exercido pelo povo.

Cidadania: Quando um indivíduo exerce seus deveres e goza de seus direitos dentro do Estado, tal exercício compreende o que chamamos de cidadania.

Dessa forma, é importante que fique claro que a cida- dania se dá pela junção dos deveres e dos direitos.

O exercício da cidadania plena dá-se quando o cidadão tem direitos civis, políticos e sociais. Ou seja, é a capacidade do cidadão de poder exercer o conjun- to de direitos e liberdades políticas e socioeconômicas de seu país. O exercício da cidadania é um complexo que abrange direitos e deveres de forma constante.

O cidadão recebe benesses por fazer parte de uma comunidade, mas se sujeita a mandamentos impostos por essa comunidade.

Na lição de Nelson Dacio Tomazi (2010):

O conceito de cidadania foi gerado nas lutas que estruturaram os direitos universais do cidadão.

Desde o século XVIII, muitas ações e movimentos foram necessários para que se ampliassem o con- ceito e a prática de cidadania. Nesse sentido, pode- -se afirmar que defender a cidadania é lutar pelos direitos e, portanto, pelo exercício da democracia, que é a constante criação de novos direitos.

Se pudéssemos esquematizar esses conceitos, teríamos que montar um fluxo de eventos que se daria da seguinte forma:

Ética: área da filosofia Democracia:

(povo + poder) regime de governo

Cidadania: qualidade que o homem ostenta em sua comunidade Exercício: prática

reiterada

Cidadão: pessoa que faz parte de uma comunidade,

possuindo direitos e deveres concomitantes

Moral: conceito temporal, limitado e correspondente a uma

realidade — define valores

Valores: Oriundos da moral, são usados para

construir regras jurídicas, morais ou de

costume Regras jurídicas: são

as leis, positivadas por meio do sistema legislativo ou dos decretos executivos

Regras morais:

definições de certo ou errado que não são leis no seu sentido formal

Dica

Immanuel Kant diferencia o direito da moral de forma bastante objetiva:

� A moral relaciona-se com as condutas que res- peitam o dever, o amor e o bem.

� O direito preocupa-se com a conduta e com seus aspectos exteriores.

DEMOCRACIA – ORIGEM

Podemos usar como marco inicial as cidade-estado Esparta, Atenas e Tebas. Essas cidades exerciam uma espécie de democracia direta. Considerando que ape- nas uma pequena parcela dos habitantes ostentava o status de cidadão, era viável a discussão e a tomada de decisões com a participação de todos dessa minoria.

Tal regime de governo garante a soberania popular.

Essa soberania visa extrair o melhor de cada cidadão e por meio dessa reunião buscar a máxima qualidade nas decisões.

DEMOCRACIA DIRETA

Cidade-estado ”Polis”

(Tebas, Atenas, Esparta)

Tomada de deci- sões pelos cidadãos

O regime democrático pode se instalar em um sistema presidencialista, parlamentarista, republica- no ou monárquico; entretanto, deverá ser conferido aos cidadãos o poder de tomar decisões políticas, na forma de uma monarquia constitucional. De forma direta (como nas Polis da Grécia antiga) ou de forma indireta (por meio de representantes eleitos), como ocorre no Brasil.

Outro ponto que precisa ficar anotado para provas objetivas de concurso é o seguinte:

A organização política brasileira costuma ser cobrada nas provas com alguma incidência, justa- mente pela objetividade das questões. Questões com respostas profundamente objetivas não ensejam a imposição de muitos recursos e isso é muito interes- sante para o aplicador da prova. Sendo assim, anota aí!

ORGANIZAÇÃO BRASILEIRA Forma de governo República Sistema de governo Presidencialista Regime de Governo Democrático

Forma de Estado Federação

A Democracia Brasileira

O Brasil adota um regime democrático e pre- sidencialista. Todavia, sua democracia é direta ou indireta, a depender do caso. E como isso é possível?

Da seguinte maneira: geralmente, seguimos um pla- no de democracia indireta. Ou seja, efetivamos nos- sa participação como cidadãos por meio de nossos representantes eleitos. Porém, em alguns momentos exercemos participação direta. Nesses momentos (de participação direta), o povo é consultado sobre a tomada de decisões.

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Como exemplo do exercício da democracia de for- ma indireta temos, em nosso país, o seguinte: eleições para representantes do poder legislativo; vereadores;

deputados estaduais; federais e senadores.

Os representantes eleitos vão, então, propor Pro- jetos de Lei em suas respectivas esferas de atuação:

municipal, estadual ou federal. Assim, os represen- tantes eleitos, a partir dessa representação indireta, votam e aprovam as leis, que se adaptam aos anseios de suas comunidades.

De forma simples e resumida, esse é o processo de construção da maioria das leis no Brasil. O poder legis- lativo recebe projetos de lei de seus representantes e através de seus membros aprova ou não as temáticas propostas. Guarde o seguinte: os vereadores, deputa- dos e senadores representam a população e, sendo as leis aprovadas por eles, indiretamente foram aprova- das pela população, pelos cidadãos.

Por outro lado, temos ainda momentos em que o exercício direto da democracia irá ocorrer. São eles:

lei de iniciativa popular; ação popular; plebiscito e referendo. Em todas essas situações a população poderá, de forma individual, manifestar-se de acordo com seus interesses.

Por razões óbvias, a democracia indireta é predo- minantemente adotada no Brasil, e é colocada em prá- tica por meio do sufrágio universal (direito de todos de votar e de ser votado) e do voto direto e secreto com igual valor para todos.

A respeito da democracia brasileira, expõe Pedro Lenza (2010): “estamos diante da democracia semi- direta ou participativa, um ‘sistema híbrido’, uma democracia representativa, com peculiaridades e atri- butos da democracia direta”.

Repare no texto do art. 14, da CF, de 1988:

Art. 14 A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

I - plebiscito;

II - referendo;

III - iniciativa popular.

Plebiscito: primeiro, consulta-se a população e, depois, toma-se a decisão política;

Referendo: primeiro, toma-se a decisão política e, depois, consulta-se a população;

Lei de iniciativa popular: a população apresenta um projeto de lei à Câmara dos Deputados;

Ação popular: qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administra- tiva, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. Neste tipo de ação, o cidadão que se mani- festa como autor fica liberado dos custos da ação, desde que comprove não estar agindo de má-fé.

ÉTICA E FUNÇÃO PÚBLICA

Função pública é a competência, atribuição ou encargo para o exercício de determinada função que é conferida a alguém pela administração pública. O interesse público deve ser totalmente atendido no exercício desta função.

A ideia de ética no setor público tem elementos específicos. A moralidade sem dúvida é um dos prin- cipais. Quando pensamos em um servidor público, temos uma construção diversa de um funcionário de setores privados. A verdade é que o setor público estabelece normas de conduta para seus servidores e, não bastasse isso, valores e princípios que deverão ser cumpridos com força de lei. Veja o seguinte:

Um servidor público pode ser obrigado, ou seja, tem o dever de ser, entre outros:

� Moral;

� Probo;

� Leal;

� Correto;

� Honrado;

� Justo;

� Impessoal.

Isso o torna diferenciado de um trabalhador comum. Quando um servidor, exercendo sua função, atende um cidadão, todas essas características preci- sam se manifestar. Entenda, um servidor público deve compreender e aceitar sua situação, seu encargo, seu ônus. Esse é o motivo de suas obrigações possuírem características morais significativas.

A administração pública, por meio dos agentes públicos, tem a missão de conduzir o Estado para o alcance de seus objetivos, edificando uma sociedade solidária, de qualidade e justa. Ou seja, o agente públi- co no cumprimento de sua função pública deve, além de cumprir as leis, ter condutas éticas, não adiantan- do apenas cumprir a lei, enquanto é antiético na con- dução de sua função.

Observe o conceito de Funcionário Público do Decreto nº 1.171, de 1994:

XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribui- ção financeira, desde que ligado direta ou indire- tamente a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde pre- valeça o interesse do Estado.

O servidor público deve compreender o dever e a honra que existe em servir à sociedade.

O servidor público é remunerado com recursos do Estado. Por óbvio, está imbuído da prestação de serviço de interesse público, interesse coletivo. Exis- te, entre o servidor e a sociedade, um dever ético. Os limites desse dever foram delimitados pelo Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, Decreto nº 1.171, de 1994.

ÉTICA NO SETOR PÚBLICO

A ética no serviço público é prescrição de conduta, é teoria aplicada na prática, é ação! A ética no serviço público é teoria aplicada na prática.

Observe o fluxograma a seguir; ele ajudará a entender o desenvolvimento da matéria.

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