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Estudos Observacionais

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Academic year: 2022

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(1)

UNIVERSIDADE CEUMA

PROGRAMA DE MESTRADO EM ODONTOLOGIA

DISCIPLINA DE EPIDEMIOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS

Orientadores: Profa. Dra. Meire Coelho Ferreira

Profa. Dra. Fabiana Suelen Figueirêdo de Siqueira

Alunos: Bruno Luís L. Soares, Daniela Vidigal F. da S. Guimarães, Denira F. B. Serejo Sousa, Emanuel Matos, Graça de Maria Abreu Pereira de Brito, Graça Maria Lopes Mattos, Jordana Almeida Brito, Ruan Ferreira Sampaio, Sylvia R. C. Lobato, Valquiria Mendes P. Girão

Estudos Observacionais

2021

(2)

INTRODUÇÃO

O papel do pesquisador de estudos epidemiológicos é caracterizar os elementos que constituem o

processo saúde-doença e desvendar a interrelação ou associação nele existente.

Silva et al., 2017

(3)

O que são estudos Epidemiológicos?

São estudos cuja finalidade é caracterizar o processo saúde -

doença

Indivíduo Saudável Doente

Pereira, 1995

EPIDEMIOLOGIA

É o estudo da distribuição e dos determinantes dos eventos ou padrões de saúde em populações definidas, e sua aplicação para controlar problemas de saúde. Bloch e Coutinho, 2009

(4)

Objetivos dos estudos epidemiológicos

Descrever a frequência, distribuição, padrão e tendência temporal

Explicar a ocorrência de doenças e distribuição de indicadores de saúde

Predizer a frequência de doenças e os padrões de saúde

Controlar a ocorrência de doenças e de outros eventos ou estados negativos para a saúde.

Bloch e Coutinho, 2009

(5)

Método Epidemiológico

(6)

OBJETIVO

1.Observação exata 2.Interpretação correta 3.Explicação racional

4.Formulação da hipótese 5.Verificação da hipótese 6.Conclusão.

Pereira,1995

(7)

O INVESTIGADOR

OBSERVACIONAL

EXPERIMENTAL

Estudo em que a amostra é somente observada

Estudo em que a amostra de indivíduos é submetida a uma intervenção, o que leva a uma

modificação nesses indivíduos Rothman, 1998; Porta, 2008

(8)

TIPO DE UNIDADE DE OBSERVAÇÃO E ANÁLISE

Agregado

Individual

(9)

ESTUDO OBSERVACIONAL

É realizado um estudo detalhado, com coleta de dados, análise e interpretação dos mesmos.

Descritivo

Analítico

Estudos comparativos realizados com o objetivo de identificar e quantificar associações, testar hipóteses e identificar fatores de risco.

(10)

Descritivo

Quem ?

Quando?

Onde?

Pessoa

Tempo Lugar

(11)

Descritivo

Quem ?

(12)

VARIÁVEIS DESCRITIVAS MAIS UTILIZADAS

Relativo a PESSOAS

• Sexo

• Idade

• Estado civil

• Grupo étnico

• Religião

• Renda

• Ocupação

• Educação

• Classe social

• Paridade

• História familiar

• Composição familiar

• Ordem de nascimento

• Peso

• Altura

• Grupo sangüíneo

• Tipo de comportamento

• Estilo de vida

• Hábito de fumar

(13)

Descritivo

Quando ?

(14)

VARIÁVEIS DESCRITIVAS MAIS UTILIZADAS

Relativo a TEMPO

• Década

• Ano

• Semestre

• Trimestre

• Mês

• Semana

• Dia

• Hora

(15)

Descritivo

Onde ?

(16)

VARIÁVEIS DESCRITIVAS MAIS UTILIZADAS

Relativo a LUGAR

• País

• Região

• Estado

• Município

• Distrito

• Bairro

• Instituição

• Edifício

• Rua

• Urbano-rural

• Código postal

(17)

Analítico

EXPOSIÇÃO

(causa) DOENÇA

(efeito)

• Obesidade

• Fumo

• Toxoplasmose

• Vacina

• Medicamento

Diabetes

Câncer

Anomalia congênita

Proteção a doença

Cura

(18)

DIFERENÇA

ESTUDO TRANSVERSAL ESTUDO LONGITUDINAL

As medições são feitas num único

"momento"

As medições são feitas no decorrer do

tempo.

Porta, 2008

CASO-CONTROLE

As medições são feitas após

aparecimento do evento/ doença.

(19)

INVESTIGADOR TEMPORALIDADE POPULAÇÃO TIPO DE ESTUDO Observacional Transversal Individual Estudo transversal

Agregado Estudo ecológico Longitudinal Individual Estudo longitudinal

Agregado Série temporal (ecológico) Individual Estudo caso-controle

Experimental (ou Intervenção)

Longitudinal Individual Ensaio clínico

Agregado Ensaio comunitário

(20)

Hierarquia dos tipos de estudo

Fonte: http://google.com.br

(21)

Estudo Transversal

(22)

Estudo Transversal

Também recebe o nome de seccional, pois tem relação com a temporalidade, isto é, seus objetivos estarão sempre relacionados com as unidades observacionais em local e época demarcados, como um corte no tempo.

Medeiros e Abreu, 2013

(23)

Estudo Transversal

É caracterizado pela observação direta de determinada quantidade planejada de

indivíduos em uma única vez.

Rouquayrol e Gurgel,2013

(24)

População

Amostra

Amostra

Expostos/doentes

Expostos/não doentes Não expostos/doentes

Não expostos/não doentes

Seleção da amostra

Determinação da

exposição e da presença da doença

(25)

Aplicações

ü Para investigação de uma ampla gama de problemas de saúde pública;

üTipo de estudo excelente para descrever características de uma população, em uma determinada época;

Medronho et al., 2009

(26)

FASES DE UM ESTUDO TRANVERSAL

Planejamento Execução

Análise e divulgação de resultados

(27)

Planejamento

• Protocolo

• Tomada de informações

• Amostragem

• Seleção e treinamento dos pesquisadores

Medronho et al., 2009

(28)

Protocolo para condução de Estudos Transversais

Indicar a necessidade do estudo com seus

objetivos

Importância para a população-alvo

Descrição de métodos para alcançar seus

objetivos

Cronograma de atividades

Incluir modelos de instrumento para

realização

Medronho et al., 2009

(29)

Protocolo para condução de Estudos Transversais

Demonstrar a possibilidade de

realização do estudo

Demonstrar que o pesquisador é hábil

e capaz

Conter modos de conduta previstos para a resolução de

problemas imediatos

Modelo de consentimento

Almeida e Barreto, 2014

(30)

Tomada de Informações

• Levantamento de dados através de fichas clínicas

• Exames Clínicos

• Questionários

üFormato determinado pelas características da população-alvo

üAuto-aplicados ou aplicados por entrevistadores üQuestões abertas, fechadas ou mistas

Rouquayrol e Gurgel, 2013

(31)

AMOSTRAGEM

• Amostras probabilísticas

• Representatividade

• Possibilidade de inferência

• Amostras não probabilísticas

Medronho et al., 2009

(32)

Execução

Controle de Qualidade

Garante que os dados vão representar de maneira fidedigna a população estudada

Medronho et al., 2009

Estudo-piloto

Treinamento da equipe e correção de possíveis erros Coleta de Dados

Exposição e desfecho coletados no mesmo momento

(33)

Estudo Piloto

É um ensaio do que será a execução da coleta de dados definitiva, permitindo a correção de erros e a obtenção de informações complementares para o planejamento amostral

Os indivíduos avaliados no estudo-piloto não serão utilizados na amostra do estudo

principal Klein e Bloch, 2009

(34)

Coleta de Dados e Controle de Qualidade

É a aplicação clínica de todas as estratégias de tomada de

informações e avaliação clínica dos participantes

Durante a coleta de dados, deve se cumprir todos os

preceitos previstos no protocolo

Devem ser entrevistados e/ou examinados somente os

indivíduos previstos no delineamento amostral

Os dados coletados, por meio de questionários ou

avaliações clínicas, deverão ser feitas de acordo com as instruções dadas durante o

treinamento Rouquayrol e Gurgel, 2013

(35)

VANTAGENS

Baixo custo e rapidez, pois tem como foco populações bem definidas, o que facilita a obtenção da amostra, não requer seguimento

São úteis para doenças comuns e de longa duração

Objetividade na coleta de dados, ou seja, quando a informação é obtida em um único momento no tempo

Rouquayrol e Gurgel, 2013

(36)

VANTAGENS

Adequado para descrever situações

de saúde

Fornece informações para planejamento de serviços e programas de

saúde

Serve de subsídio para estudos mais complexos

Rouquayrol e Gurgel, 2013

(37)

DESVANTAGENS

Não permite o estabelecimento de causa-efeito, pois exposição e doença são avaliados num mesmo momento.

Pouco útil se o evento é raro ou para doenças de curta duração.

Rouquayrol e Gurgel, 2013

(38)

VIÉS

Qualquer erro na coleta, análise, interpretação, publicação ou revisão de dados que pode levar a conclusões que são

sistematicamente diferentes das verdadeiras.

Last, 2001

(39)

Estudo Transversal

• Viés de prevalência: casos curados e falecidos não aparecem- somente sobreviventes crônicos

• Viés de memória: os pesquisados podem não se lembrar da exposição que o pesquisador está investigando

Almeida e Barreto, 2014

(40)

Estudo Longitudinal

(41)

COORTE

O termo “coorte” tem sua origem do latim “cohors”,

“Um grupo de indivíduos com uma característica em comum que avançam em conjunto.”

(42)

COORTE

Esse termo foi introduzido em 1935.

Inicialmente foi utilizado para

avaliar a incidência de tuberculose específica por sexo e idade.

Fundamentais para o estudo das doenças

crônicas.

(43)

ESTUDO DE COORTE

EXPOSTOS

NÃO EXPOSTOS

É uma investigação longitudinal em que um grupo de indivíduos expostos e um grupo de indivíduos não expostos são acompanhados ao longo de um tempo. Isto significa que serão avaliados em diferentes momentos no tempo.

(44)

ESTUDO DE COORTE

AMOSTRA

Seguimento

EXPOSTO

Doente (a)

Não doente (b)

NÃO EXPOSTO

Doente (c)

Não doente (d)

Medidas de efeito

(45)

ESTUDO DE COORTE

TIPO DE POPULAÇÃO DE ESTUDO

População Fechada:

População Aberta (Dinâmica):

Uma população fechada não adiciona membros com o passar dos tempo.

Pode adquirir membros com o tempo.

Medronho, 2005

(46)

POPULAÇÃO FECHADA:

1000

Tamanho da População

Tempo

0

Medronho, 2005

(47)

POPULAÇÃO ABERTA (DINÂMICA):

A população esta aberta a novos membros que não

se qualificavam inicialmente.

Medronho, 2005

Indivíduos que já estão participando do estudo Indivíduos que foram adicionados

ao longo do estudo

(48)

ESTUDO DE COORTE

PROSPECTIVO

TEMPO 0

Andrade, 1998

Indivíduos expostos ou não expostos são selecionados no início do estudo e acompanhados por um período de tempo.

(49)

ESTUDO DE COORTE

RETROSPECTIVO

x

TEMPO 0

Andrade, 1998

Dados já coletados de pessoas expostas e não-expostas são avaliados por um novo pesquisador

(50)

Violência por parceiro íntimo e incidência de transtorno mental comum

Exemplo

Investigar a associação da violência por parceiros íntimos relatada contras as mulheres nos últimos 12 meses com a incidência dos transtornos mentais comum.

Estudo de coorte com 390 mulheres de 18 a 49 anos, cadastrada no Programa de Saúde da Família da cidade de Recife, PE, entre junho de 2013 e dezembro de 2014.

Mendonça & Ludemir, 2017

(51)

390 mulheres cadastradas no programa e sem transtorno mental

Seguimento

EXPOSTOS

Presença de TMC (a)

Ausência de TMC (b)

NÃO EXPOSTOS SEM VIOLENCIA

Presença de TMC (c)

Ausência de TMC (d)

Medidas de efeito

ESTUDO PROSPECTIVO

Observador Posicionamento do observador

Andrade, 1998

TMC – Transtorno mental comum

(52)

ESTUDO

RETROSPECTIVO

Observador Posicionamento do observador

Andrade, 1998

Seguimento

EXPOSTO TMC

Presença de SEQUELAS

(a)

Ausência de SEQUELAS

(b)

NÃO EXPOSTO

TMC Presença de

SEQUELAS (c)

Ausência de SEQUELAS (d)

Medidas de efeito

390 mulheres cadastradas no programa e sem transtorno mental

TMC – Transtorno mental comum

(53)

VANTAGENS

Dependendo da caracterís[ca e da enfermidade sendo inves[gadas, informações sobre aqueles par[cipantes nos quais houve mudança de exposição ao fator de risco podem ser ob[das.

Não apresentam problemas é[cos.

A seleção dos controles (não expostos) é rela[vamente simples.

(54)

DESVANTAGENS

• Custo

• Ineficientes para doenças raras

• Perda durante o seguimento

• Mudanças na categoria de exposição podem levar a erros de classificação.

(55)

Estudo Longitudinal

Viés de Seleção: Natureza não representativa da amostra

Viés de Informação: Erros nas medidas de exposição da doença

Medronho, 2005

(56)

VIÉS DE SELEÇÃO

Diferenças seletivas entre grupos de comparação que comprometem a associação entre exposição e desfecho.

Ocorre quando certos indivíduos têm mais chance de serem selecionados em uma amostra.

• auto-seleção (viés do voluntariado)

• perdas (proporção de não-respostas)

• admissão (serviços de saúde),

• Prevalência (ou prevalência/incidência) Medronho, 2005

(57)

VIÉS DE INFORMAÇÃO/OBSERVAÇÃO

FONTES DE VIÉS DE INFORMAÇÃO:

• Variação Individual

• Variação entre observadores

• Deficiência dos instrumentos

• Erros técnicos de aferição

Viés de Memória Viés de Registro

Medronho, 2005

(58)

CONFUNDIMENTO

O confundimento está associado tanto com a exposição quanto com o desfecho, mas não se encontra no elo

causal entre os dois.

Medronho, 2005

(59)

CONFUNDIMENTO

EXPOSICÃO DESFECHO

FATOR

Violência Parceiro Intimo

Renda Baixa

Transtorno Mental

Medronho, 2005

Ainda sobre o artigo “Violência por parceiro íntimo e incidência de

transtorno mental comum“, observamos o exemplo de confundimento de forma

simplificada. Onde a Violência do Parceiro Intimo pode causar Transtorno Mental, assim como outros fatores podem também esta relacionado ao transtorno ( Renda Baixa).

(60)

Estudo Caso-Controle

População

Amostra

Caso

Controle Expostos

Expostos ExpostosNão

ExpostosNão

(61)

DELINEAMENTO DO ESTUDO CASO-CONTROLE

População de casos e controles

Amostra de casos

Amostra de controles

Casos

(grupo de caso)

Controles

(grupo controle)

Formação dos grupos pela constatação da presença ou não

da doença

Expostos

Não-Expostos

Expostos

Não-Expostos

ANÁLISE DOS DADOS

MEDIÇÃO DOS EFEITOS

GORDIS, 2009

(62)

CASO-CONTROLE

Tem por finalidade principal a inves[gação de associações causais. Os grupos são cons[tuídos da presença ou não do desfecho.

Desfechos: Doença, óbito, sequela ou problema de saúde de interesse Utilizado para doenças raras e/ou crônicas.

DESFECHO EXPOSIÇÃO

ALMEIDA FILHO E BARRETO, 2011

(63)

DEFINIÇÃO E SELEÇÃO DE CASOS

É a população de DETERMINADO LOCAL, em PERÍODO DE TEMPO definido.

Definição

São portadores de doenças ou eventos defindios por critérios clínicos ou laboratoriaise man[dos sem alterações

durante todo o estudo.

As formas clínicas e estágios de evolução devem ser definidos.

Seleção

Os casos selecionados devem ser pacientes diagnosticados que atendam aos critérios de

definição de caso.

Ex: Oriundos de serviços de saúde (hospital ou ambulatório).

POPULAÇÃO-BASE

Almeida Filho e Barreto, 2011

(64)

DEFINIÇÃO E SELEÇÃO DOS CONTROLES

Definição

Os controles devem ser semelhantes aos casos, ou seja, da mesma população.

Devem ter a mesma probabilidade de exposição ao fator de risco.

Seleção

Selecionar dentro da população que originou os casos.

Os controles devem ser selecionados de acordo com o tempo de acontecimento dos casos.

Os controles podem ser selecionados entre pessoas hospitalizadas ou não hospitalizadas. Controles populacionais podem ser listas escolares, serviço sele[vos e companhias de seguro, residentes de uma área definida.

Almeida Filho e Barreto, 2011

(65)

TIPOS DE CONTROLE

Abordagem populacional

• Amostra completa ou aleatória da população definida, de forma

DINÂMICA;

• Pode comprometer o resultado se a amostra para casos e controles for feita por longo período de tempo (população dinâmica).

Controles em Hospitais e na comunidade

• Os controles são selecionados de forma que sejam SEMELHANTES aos casos, para características como

idade, sexo, condição socioeconômica, etc.;

LIMITAÇÃO: Indivíduos com outras doenças.

Gordis, 2009; Fletcher, Fletcher e Fletcher, 2014

(66)

TIPOS DE CONTROLE

Múltiplos controles por caso

• Indicado para casos de doenças raras, onde o número de casos é menor;

• Indicada quando nenhum dos controles disponíveis parecem ideais;

Contornam a dificuldade de definir o grupo controle;

• - Quando o número de casos for reduzido, pode-se aumentar os controles em até 04 controles para um caso.

• O aumento no número de controles proporciona maior capacidade de detectar aumento ou redução do risco.

Gordis, 2009; Fletcher, Fletcher e Fletcher, 2014

(67)

PAREAMENTO

Definido como o processo de seleção dos controles para que sejam semelhantes aos casos em certas características, como idade, raça,

sexo, condição socioeconômica e ocupação.

O pareamento possibilita que os achados no estudo sejam mais confiáveis, reduzindo as diferenças entre os grupos.

Gordis, 2009; Almeida Filho e Barreto, 2011

(68)

TIPOS DE PAREAMENTO

Pareamento

Por grupo

Grupo de casos e controles possuem a mesma proporção

para determinada característica.

Individual

Para cada caso selecionado, será escolhido um controle que

seja similar quanto a características como sexo,

idade, etc.

Fletcher, Fletcher e Fletcher, 2014

(69)

PROBLEMAS COM O PAREAMENTO

Práticos

Ao se buscar parear muitas características, será inviável, talvez impossível, obter um controle para o caso, assim como não devemos parear nenhuma variável que pretendemos estudar.

Em resumo, o pareamento é uma forma útil de controlar o viés de confusão.

Gordis, 2009; Fletcher, Fletcher e Fletcher, 2014

(70)

ALTERNATIVAS DE DESENHO

Estudo de caso controle aninhado

Ocorre quando a população que origina os casos e controles é uma coorte bem definida. É uma forma de assegurar casos e controles comparáveis. Neste estudo, à medida que um indivíduo desenvolve o evento estudado, dentro da coorte, é selecionado um controle que está sob o mesmo risco, mas não desenvolveu .

Estudo de caso-coorte

Nesta situação os controles são selecionados aleatoriamente da coorte definida onde o estudo começou. Esta diferença deve ser levada em consideração na análise dos resultados.

Caso-controle aninhado

1 Caso 1 Controle

1 Caso 1 Controle

Caso-coorte

2 casos 2 controles

Gordis, 2009; Almeida Filho e Barreto, 2011; Fletcher, Fletcher e Fletcher, 2014

(71)

AFERIÇÃO DA EXPOSIÇÃO (FATORES DE RISCO)

A validade dos estudos de caso-controle também depende da correta classificação ao aferir a exposição. A forma mais correta de se fazer essa aferição é depender de registros completos e acurados que tenham sido coletados antes da doença se desenvolver. O fator de exposição pode ser medido por meio de um questionário/entrevista e/ou exame de diagnostico.

Exposão Efeitos Doses

A razão de chances é a frequência relativa da exposição em casos e controles.

Gomes, 2015

𝑅𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑒 𝐶ℎ𝑎𝑛𝑐𝑒𝑠 = 𝐶ℎ𝑎𝑛𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑢𝑚 𝑐𝑎𝑠𝑜 𝑠𝑒𝑟 𝑒𝑥𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 𝐶ℎ𝑎𝑛𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑢𝑚 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑒 𝑠𝑒𝑟 𝑒𝑥𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜

(72)

• Método adequado para estudos iniciais sobre testes de novas hipóteses;

• Rápido, eficiente e barato;

• Útil no estudo de doenças raras;

• Exploração dos efeitos de fatores causais ou prognósticos em doenças com longo período de latência;

• É ético, permitindo o estudo de hipóteses que muitas vezes não são possíveis de serem investigadas em outros modelos de pesquisa.

Castro et al., 1987

Vantagens

(73)

Pode ser difícil de determinar se a exposição precedeu a doença, bem como o nível de exposição (viés de memória levando a viés temporal);

Em algumas situações é difícil definir a população fonte e o grupo controle adequado. Deve-se ter cuidado na seleção de indivíduos do grupo controle para que não sejam selecionados controles não representativos da população de referência.

Castro et al., 1987

Desvantagens

(74)

Possíveis vieses

Limitações de informação sobre a exposição

• O entrevistado não possui as informações solicitadas.

Viés de informação

• O entrevistado não recorda as informações solicitadas;

• Geralmente os casos lembram de mais detalhes

que os controles.

Viés do observação

• O observador é tendencioso na coleta das informações ou

faz o diagnóstico incorreto de uma doença/condição;

• O ideal seria que o observador desconheça quem são os casos e quem

são os controles.

Almeida Filho e Barreto, 2011

Estudo Caso-Controle

(75)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Transversal

Longitudinal

Caso-controle

(76)

O PESQUISADOR FORNECE OU CONTROLA O FATOR DE EXPOSIÇÃO?

SIM

Estudo Experimental

NÃO

Estudo Observacional

ALOCAÇÃO ALEATÓRIA?

GRUPOS DE COMPARAÇÃO?

SIM

Ensaio Clínico Randomizado

NÃO

Ensaio Clínico não Randomizado

SIM

Estudo Analítico

NÃO

Descritivo

Caso

Controle COORTE Transversal

Porta, 2008

Transversal

(77)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A principal limitação é que não permite estabelecer relação de causa e efeito.

O estudo transversal confirma sua contribuição para melhoria das condições de saúde das populações na produção de evidências para o planejamento e definição de prioridades, ou mesmo para avaliação de políticas e programas de saúde.

Tr an sv er sa l

(78)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Lo ng itu din al

Dentre os estudos observacionais, o estudo longitudinal representa um nível de evidência maior que os outros tipos de estudos observacionais. São capazes de indicar a incidência de determinado fenômeno, e a maneira como ocorre ao longo do tempo.

(79)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ca so -co nt ro le

O estudo de caso-controle é utilizado para associações etiológicas com doenças de baixa incidência, sendo muito útil para pesquisas com doenças raras. Seu principal desafio consiste na seleção adequada dos controles.

É um estudo de fácil realização, contudo, por ter característica retrospectiva, é muito suscetível a vieses. Desse modo, o planejamento e execução devem ser realizados com cautela a fim de que se possa minimizar suas desvantagens.

(80)

REFERÊNCIAS

• Almeida FN, Barreto LM. Epidemiologia e Saúde : Fundamentos, métodos e aplicações. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.

• Austin, H.; et al. Limitations in the application of case-control methodology. 194;1(16):65–76.

• Bonita, R.; Beaglehole, R.; Kjellström, T. Epidemiologia Básica. 2. ed. São Paulo: Livraria Santos Editora, 2010.

• Castro, R.D.E.; et al. Avaliação do estudo tipo caso-controle na pesquisa médica. 1987;105(2):96–9.

• Fletcher RH, Fletcher SW, Wagner EH. Epidemiologia clínica: elementos essenciais, 4ªed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2006.

• Fronteira, I. Observational Studies on the Era of Evidence Based Medicine: Short Review on their Relevance, Taxonomy and Designs. Acta Med Port 2013 Mar-Apr;26(2):161-170.

• Greenberg R, Daniels S, Flanders W, Eley J, Boring J. Medical epidemiology. 4th ed. New York: Lang Medical Books / McGraw-Hill; 2005.

• Goldberg M, Kromhout H, Guenel P, Fletcher Ac, Gerin M, Glass DC, et al. Job Exposure. Matrices In Industry.

1993;22(6).

(81)

• Gomes E. C. S., L. Conceitos e Ferramentas da Epidemiologia. Pernambuco.]: UnaSUS UFPE, 2015.

• Gordis, L. Epidemiologia. [S. l.]: Revinter, 2009.

• Luiz, r.R, costa, A.J.L., Nadanovsky, P. Epidemiologia & Bioestatística em Odontologia. São Paulo: Atheneu. 2008. 230-6

• Medronho R, Bloch VK, Luiz RR,Werneck L. Epidemiologia. 2ª ed. São Paulo: Atheneu, 2009.

• Pereira, M. G. Epidemiologia – teoria e prática. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 1995.

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• Rêgo, MA V. Estudos Caso - Controle : Uma Breve Revisão Case-Control Studies : A Brief Review. Gaz. Med. Bahia, 2010;1:101–10.

• Rouquayrol MZ, Gurgel M. Epidemiologia e saúde. 7ª ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2013.

• Rothman K, Greenland S. Moderm Epidemiology. 2nd ed. New York: Lippincott Williams & Wilkins, 1998.

• SOARES, A. N. et al. Leitura Crítica de Artigos Científicos. [S. l.]: SBOC, 2009-2011. Disponível em:

https://www.sboc.org.br/app/webroot/leitura-critica/. Acesso em: 3 jun. 2019.

REFERÊNCIAS

Referências

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