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organizador
Armando Luiz Rovai
ISBN 978-65-5589-354-0
1. O que é a pirataria?
2. Dos prejuízos acarretados pela pirataria
3. Política nacional das relações de consumo e sustentabilidade
4. Pirataria de eletrônicos 5. O impacto dos “fashion contracts” na indústria têxtil e de confecção no período da pandemia 6. A tecnologia no combate
eficaz à pirataria: a rastreabilidade digital 7. O combate à pirataria 8. Legislação aplicável 9. Pirataria convencional
e cibernética:
implicações legais 10. Análise de
jurisprudências
Cronograma: ações de combate à pirataria 2021 Ent revistas: palavra dos especialistas jurídicos
Doutor em Direito pela PUC/SP - Professor de Direito Comer- cial da PUC/SP e da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Foi Presidente da Junta Comer- cial do Estado de São Paulo – (por 04 mandatos) e do IPEM/
SP. Foi Secretário Nacional Do Consumidor - SENACON. Advo- gado, Árbitro e Parecerista.
Armando
Luiz Rovai
Atualidades na Proteção das Marcas e Propriedade Intelectual Atualidades na
Proteção das Marcas e Propriedade Intelectual
Conteúdo
“
”
Atualidades na
Proteção das Marcas e
Propriedade Intelectual
organizador
Armando Luiz Rovai
Atualidades na
Proteção das Marcas e
Propriedade Intelectual
Plácido Arraes Tales Leon de Marco Bárbara Rodrigues Nathalia Torres
Imagem por Cottonbro via Pexels Nathalia Torres
Editor Chefe Editor Produtora Editorial Capa, projeto gráfico
Diagramação Todos os direitos reservados.
Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida, por quaisquer meios, sem a autorização prévia do Grupo D’Plácido.
W W W . E D I T O R A D P L A C I D O . C O M . B R Belo Horizonte
Av. Brasil, 1843, Savassi, Belo Horizonte, MG Tel.: 31 3261 2801 CEP 30140-007
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Copyright © 2021, D’Plácido Editora.
Copyright © 2021, Os Autores.
Catalogação na Publicação (CIP)
Bibliotecária responsável: Fernanda Gomes de Souza CRB-6/2472
A886 Atualidades na proteção das marcas e propriedade intelectual : combate à pirataria / Armando Luiz Rovai organizador. - 1. ed. - Belo Horizonte, São Paulo : D’Plácido, 2021.
522 p.
ISBN 978-65-5589-354-0
1. Direito. 2. Direito Autoral. I. Rovai, Armando Luiz, 1969-. II. Título.
CDD: 342.28
O r g a n i z a d o r e a u t o r e s
Organizador
A r m a n d o L u i z R o v a i
Doutor em Direito pela PUC/SP - Professor de Direito Comercial da Puc/SP e Professor de Direito Comercial da Faculdade de Direito MACKENZIE. Foi secretário nacional do consumidor - SENACON.
Foi Presidente da Junta Comercial do Estado de São Paulo – (por 04 mandatos) e do IPEM/SP. Advogado e Parecerista e Consultor Jurídico da APECC.
Autores
A l b e r t o M u r r a y N e t o
Admitido na Ordem dos Advogados do Brasil – Secção São Paulo, em 1990 e na Ordem dos Advogados Portugueses, no Conselho Distrital de Lisboa em 1999. Formação Acadêmica: Graduado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e curso de especialização em “Comparative Capital Markets Regulation” na University of Toronto, Canadá. Experiência Profissional: Vogal, Vice-Presidente e Corregedor da Junta Comercial do Estado de São Paulo Advogado estrangeiro na área de direito empresarial nos escritórios Lang Michener e Tory Tory DesLauriers & Binnington, em Toronto, Ontário, Canadá. Autor de diversos artigos publicados em revistas e jornais especializados no Brasil e no exterior. Autor premiado em concurso promovido pela Univer- sidade de Brasília e Jornal da Tarde no curso “O que é Política”, pelo seu trabalho “Os Partidos são Necessários para a Democracia?”, em
1983. Conferencista em vários seminários no Brasil e no exterior sobre temas relacionados à investimentos estrangeiros no Brasil. Membro:.
Comitê Olímpico Brasileiro (1996/2008); Brazil-Canada Chamber of Commerce, em Toronto, Canadá; The Canadian Council for the Americas, em Toronto, Canadá; das Comissões de Direito Internacional e de Direito Empresarial da OAB/SP; Associação dos Advogados de São Paulo; Vice Presidente para o Brasil da International Association of Young Lawyers, com sede em Luxemburgo (1.998/2.003), Canadian Bar Association (Ontá- rio), International Bar Association, em Londres, Inglaterra. Arbitro da Corte Arbitral do Sport (CAS/TAS), em Lausanne, na Suíça, vinculado ao Comitê Internacional Olímpico (2.006 a 2.010); Membro da Rex Sports, em Barcelona, Espanha; Membro do Conselho do Centro de Estudos das Sociedades de Advogados (“C.E.S.A.”); Presidente da Co- missão de Assuntos Jurídicos da Câmara de Comércio Brasil-Canadá;
Diretor Jurídico do Instituto Cultural Brasil – Canadá; e Presidente (2.009/2.010) do PLG International Lawyers, com sede em Bruxelas, na Bélgica. Co-Autor e Co-Coordenador do Livro “A S.A. na Visão Prática do Advogado”. Regularmente indicado por publicações nacio- nais e internacionais, tais como Revista Exame, Who’s Who Legal Brazil and Brazilian 50 Leading Lawyers entre os mais destacados advogados do Brasil na área de direito empresarial.
A n a F l á v i a M e s s a
Doutora em Direito Público pela Universidade de Coimbra. Doutora em Direito Público pela Universidade de São Paulo. Mestre em Direi- to Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Membro da Academia Paulista de Letras Jurídicas. Membro do Conselho Científico da Academia Brasileira de Direito Tributário. Membro do Conselho Editorial da International Studies on Law and Education. Pro- fessora da Graduação e Pós-Graduação da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Investigadora integrada na equipa do JusGov (no âmbito das atividades do JUSLAB e do ETEC) da Universidade do Minho.
A n d r é L u i s C a e t a n o d a S i l v a
Bacharel em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (Ju- nho/2017), aprovado no XXII Exame de Ordem (início 2017). Com forte viés acadêmico, atua como pesquisador, tendo trabalhado com os Professores Dr. Armando Rovai e Dr. Fabiano Dolenc Del Masso
desde 2013, os auxiliando em todas as rotinas jurídicas do escritório e de pesquisas acadêmicas. Possui farta experiência prática com litígios cíveis, e algumas pontuais, porém expressivas, atuações vitoriosas no campo societário, cível, tributário e penal. Ainda, se destaca na resolução de questões administrativas e registrais (JUCESP, INPI, CADE). Suas atividades acadêmicas incluem a publicação de dois livros (estando um deles disponível na biblioteca da Universidade de Stanford), diversos ar- tigos acadêmicos e jornalísticos, a participação e auxílio na coordenação do grupo de pesquisas “Teoria Jurídica do Mercado - Livre iniciativa e Corrupção”, iniciação científica sobre “Dissolução de Sociedade e Apuração de Haveres”, a realização do curso “Access to Justice and Clinical Legal Education” (London South Bank University), entre outras. Se dedica atualmente à pesquisa sobre Recuperação e Falência de empresas - tanto na seara judicial quanto extrajudicial -, bem como às questões referentes a dissolução de sociedade, exclusão judicial e extrajudicial de sócio e consequente apuração de haveres, Direito Econômico e Concorrencial, Direito Penal Econômico, Propriedade intelectual, Direito Imobiliário, Direito Constitucional e Direitos Humanos.
A n t o n i o R e b o u ç a s d e F r a n ç a F i l h o
Diretor do Departamento de Defesa e Segurança da FIESP. Participante e co-fundador do comitê de rastreabilidade da FIESP. Foi participante do Grupo Técnico das NBRs 15.540, 15.368 e 15.369. Graduado em Administração de Empresas. Especialização em Gestão de Logística.
Certificação em Segurança de Documentos e Operações de Pagamento.
Experiência há mais de 20 anos em segurança e marcação / rastreabi- lidade de produtos em multinacionais e na META SOLUÇÕES EM SEGURANÇA onde é CEO. E-mail: reboucas@metabrasil.net.br
D a n i e l Q u a d r o s P a e s d e B a r r o s
Graduado em direito pela PUC-SP, sócio do escritório LSQP Ad- vogados, e, de vasta experiência no direito, em especial, no direito da propriedade intelectual.
E v e r t o n L u i z Z a n e l l a
Doutor em Direito Processual Penal e Mestre em Direito Penal, ambos pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Profes-
sor de Direito Penal e Processo Penal da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), onde também exerce a função de Coordenador Adjunto da Graduação da Faculdade de Direito. Professor e membro da Congregação da Escola Superior do Ministério Público de São Paulo.
Professor convidado da Escola Paulista de Direito. Promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo. Foi Secretário Executivo Estadual do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e Coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal do Ministério Público de São Paulo.
F r e d e r i c o d a C o s t a C a r v a l h o N e t o
Graduação em Direito na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, em 1982. Mestrado em Direito na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, em 1999. Doutorado em Direito na Pontifícia Universida- de Católica de São Paulo, em 2003. Professor Assistente Doutor por concurso na Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Professor das cadeiras de Direito das Relações de Con- sumo e Direito Ambiental na graduação da PUC/SP. Coordenador e Professor do Curso de Especialização em Direito das Relações de Consumo (COGEAE), na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professor por concurso na Faculdade de Direito de Sorocaba Professor convidado na Escola Paulista da Magistratura. Professor de Direito Do Consumidor, Direito Civil e Direito Ambiental e Advogado.
G i o v a n n a N a v a r r o
Acadêmica de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
I s a b e l l a S i l v a M a c h a d o
Advogada do escritório Murray Advogados.
P a u l o S é r g i o N o g u e i r a S a l l e s J ú n i o r
Advogado, mestrando em direito empresarial internacional na PUC/SP.
R a f a e l P o l i f e m i
Acadêmico de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
R e n a t a D o m i n g u e s B a l b i n o M u n h o z S o a r e s Doutora e Mestre em Direito Político e Econômico pela Universida- de Presbiteriana Mackenzie. Especialista em Fashion law pelo Milano Fashion Institute (MFI) (Milão-Itália). Especialista em Direito Privado pela Escola Paulista da Magistratura. Professora de Direito Civil do Mackenzie. Coordenadora dos Grupos de Estudo “Direito e Tabaco”
e “Princípios de Direito Contratual”, do Mackenzie. Coordenadora acadêmica do e-LLM em Fashion Law, da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Advogada em São Paulo (Sócia Fundadora do RBMlaw).
Fundadora do OPIM (Observatório de Pesquisa Internacional de Moda). Pesquisadora no Grupo CNPq “Políticas Públicas como ins- trumento de efetivação da cidadanial”. Autora dos livros “A Boa-fé objetiva e o inadimplemento do contrato. Doutrina e jurisprudência”, pela LTr e “Direito e Tabaco. Prevenção, Reparação e Decisão”, Grupo Gen e coordenadora dos livros “Novos rumos do direito contratual”,
“Direito e Casos reais, Cinema, Literatura e Música”, ambos pela LTr.
e “Fashion Law – Direito da Moda”, pela editora Almedina. Co-au- tora da obra coletiva “COVID-19 e os Impactos no Direito”, editora Almedina. INTA (International Trademark Association) Professor Member e Membro efetivo do IBERC (Instituto Brasileiro de Estu- dos de Responsabilidade Civil). ORCID Id 0000-0002-4264-6569.
Renata@rbmlaw.com.br.
S u m á r i o
Prefácio 13
Introdução 17
1. O que é a pirataria? 23
Redação e Pesquisa: Giovanna Navarro Revisão: Daniel Quadros Paes de Barros e Paulo Sérgio Nogueira Salles Júnior Pesquisa: Rafael Polifemi
2. Dos prejuízos acarretados pela pirataria 41 Redação e Pesquisa: Giovanna Navarro e André Luis Caetano
Revisão: Daniel Quadros Paes de Barros e Paulo Sérgio Nogueira Salles Júnior Pesquisa: Rafael Polifemi
3. Política nacional das relações
de consumo e sustentabilidade 59
Frederico da Costa Carvalho Neto
4. Pirataria de eletrônicos 77
Redação e Pesquisa: Giovanna Navarro e André Luis Caetano Revisão: Daniel Quadros Paes de Barros
e Paulo Sérgio Nogueira Salles Júnior Pesquisa: Rafael Polifemi
5. O impacto dos “fashion contracts” na indústria têxtil e de confecção no período da pandemia 111 Renata Domingues Balbino Munhoz Soares
6. A tecnologia no combate eficaz à pirataria:
a rastreabilidade digital 123
Antonio Rebouças de França Filho
7. O combate à pirataria 145
Ana Flávia Messa Everton Luiz Zanella
8. Legislação aplicável 157
Redação e Pesquisa: Giovanna Navarro e André Luis Caetano Revisão: Daniel Quadros Paes de Barros
e Paulo Sérgio Nogueira Salles Júnior Pesquisa: Rafael Polifemi
9. Pirataria convencional e cibernética:
implicações legais 171
Alberto Murray Neto Isabella Silva Machado
10. Análise de jurisprudências 181
Redação e Pesquisa: Giovanna Navarro Revisão: Daniel Quadros Paes de Barros e Paulo Sérgio Nogueira Salles Júnior Pesquisa: Rafael Polifemi
Cronograma de ações de combate à pirataria 2021 319 Entrevistas: palavra dos especialistas jurídicos 321
Conclusão 509
Referências 513
13
P r e f á c i o
Foi com muita surpresa que recebi o honroso convite do Prof.
Armando Rovai de prefaciar sua obra sobre o tema do combate à pirataria no Brasil.
Meu relacionamento com o tema deriva de, em decorrência de ter ocupado a função de Secretário Nacional do Consumidor, ter pre- sidido o Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP), orgão deliberativo e consultivo vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e que congrega diversos entes públicos que fazem o combate ao comércio ilegal como, entre outros, Receita Federal, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria Nacional de Segurança Pública, agências reguladoras (Anvisa, Anatel) e outros órgãos ligados à política pública de propriedade intelectual como os Ministérios da Economia, das Relações Exteriores e mesmo o INPI. Além disso, entidades asso- ciativas representativas das empresas se fazem presentes fornecendo um espaço institucional, transparente, democrático e eficiente de diálogo entre setores público e privado.
Já a relação com o organizador da obra, o Prof. Rovai, deriva de uma amizade verdadeira que a vida oferece já em fase madura. Já o conhecia de nome pelas posições públicas que ocupou, dentre elas a mesma Secretaria Nacional do Consumidor, a presidência da Junta Comercial de São Paulo, mas também pela sua projeção acadêmica na área empresarial. Nossa amizade se inicia pela gentil ligação telefônica que me fez logo que assumi o posto na Senacon. Desde então, surgiu uma admiração mútua e uma convivência acadêmica relacionada es- pecialmente a Lei de Liberdade Econômica.
E a surpresa deriva justamente da temática: o combate à pirataria em São Paulo. Não sabia de sua ligação profissional com a matéria. Há
14
de fato regiões de São Paulo onde o problema viceja, como na região da XXV de março. A Prefeitura da Capital tem feito reconhecidos esforços no enfrentamento desse problema, que levaram inclusive re- conhecimento ao Sr. Flavio Lepique, homenageado pelo CNCP em cerimônia no mês de dezembro de 2019.
Como já disse em outra oportunidade, os crimes contra a pro- priedade intelectual somente podem ser eficientemente combatidos com a parceria entre o público e o privado, seja porque são as empresas que conhecem o mercado, os produtos, as marcas, as patentes e suas violações, seja porque o estado detém o monopólio da coerção. Assim, apesar de todos os problemas conhecidos nessa temática em São Pau- lo, o Prof. Rovai empresta seu prestígio e credibilidade no sentido de comprometimento do setor comercial de rua com o comércio regular.
Poderíamos até falar, quem sabe, numa tentativa de se criar um “com- pliance de propriedade intelectual”.
E por que devemos nos preocupar com o tema da pirataria? Como também já dito em outra oportunidade, porque há relatório preliminar da OCDE sobre o caso brasileiro que dá conta de que o Brasil está entre os 16 países mais prejudicados pela pirataria e outros crimes à propriedade intelectual. São postos de trabalho nos setores industriais e criativos em que o Brasil tem tradição empresarial como vestuário, calçados, óculos, games, dentre outros.
Finalmente, deve-se reconhecer que o combate ao comércio ilegal físico não é mais suficiente. Já é sabido que o comércio eletrônico acabou por tornar a pirataria ainda maior, decorrente de um maior volume de transações geradas pela internet, ainda mais em tempo de pandemia – que sabidamente provocou uma migração forçada dos consumidores e fornecedores para o âmbito digital, além de ter permitido o fechamento de fronteiras e diminuído o trânsito internacional de pessoas e bens, o que diminui a pirataria no mundo físico (comércio de rua).
Por isso, em 2019, o CNCP focou suas entregas em um guia de autorregulação do setor de plataformas de comércio eletrônico1, de um memorando de entendimentos do setor de publicidade on line2 e em breve aprovará um guia de autorregulação de meios de pagamento
1 https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-07/governo-quer-mais-a- desoes-ao-guia-comercio-de-eletronico
2 https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2020/05/governo-prepa- ra-novas-regras-para-combater-pirataria-na-internet.html
15
no âmbito do comercio eletrônico. Mas também foram recordes as apreensões de produtos ilegais nas fronteiras do país, especialmente em razão de operações lideradas pelo Ministério da Justiça e Segurança (Operação Vigia e Horus)3.
Avançar essa pauta será fundamental durante e sobretudo após a pandemia, dada a migração do comércio físico para o virtual, acelerada pelas medidas de distanciamento social.
Assim, deseja-se sucesso ao Professor Rovai e aos seus clientes no combate à pirataria e no lançamento dessa importante obra que sinaliza esse caminho!
São Paulo, 10 de setembro de 2020.
Prof. Dr Luciano Benetti Timm Mestre e Doutor em Direito (UFRGS);
Master of Laws (LLM); Professor da FGVSP;
Ex presidente do CNCP entre 2019-2020.
3 http://www.portaldapropaganda.com.br/noticias/20486/aba-assina-memorando- -de-entendimento-sobre-publicidade-online-e-direitos-de-propriedade-intelectual/
17
I n t r o d u ç ã o
(...) Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino.
Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido.
Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor (...).
Coríntios 13:11-13 É com satisfação que apresento o livro “COMBATE À PIRATA- RIA”, obra patrocinada pela Associação Paulista dos Empreendedores do Circuito das Compras - APECC.
Gostaria, primeiramente, de agradecer o Sr. Presidente da Associa- ção Paulista dos Empreendedores do Circuito das Compras – APECC, Sr. Ademir Moraes e da Secretária Geral da APECC, Michele Mas- charello que juntamente com a Dra. Solange Tsukimi Hayashi Longo vêm trabalhando arduamente no combate à Pirataria, na luta para restabelecimento da legalidade em todo o comércio popular da região central da cidade de São Paulo e, principalmente, introduzindo um importante mecanismo de compliance nos estabelecimentos comerciais deste polo comercial.
Merece significante lembrança, neste contexto, o responsável por toda comunicação da Associação Paulista dos Empreendedores do Cir-
18
cuito das Compras – APECC, Felipe Agne, sempre solícito e pronto para auxiliar nas ocasiões em que é instado.
Ressalto que tivemos o total apoio, também, do IBRACHINA – Instituto Sociocultural Brasil – China, que através de sua diretoria vem elaborando projetos para urbanização do centro da cidade de São Paulo, bem como, para o resgate e ressocialização dos moradores de rua que por lá vivem, abandonados e esquecidos à própria sorte. O intuito do IBRACHINA é atender de modo fraterno o convívio humano desses cidadãos, trazendo de volta o respeito e dignidade dessas pessoas e, ao mesmo tempo, reacender o potencial da atividade comercial e econômica da região. Seu objetivo, também, é que o coração do município volte a ser um local transitável, seguro e solidário, para o paulistano e seus turistas.
Grandes metrópoles, em todo o mundo, têm, historicamente, seu centro revigorado depois de anos de decadência. Com São Paulo não pode ser diferente. Trata-se de um almejo legítimo que visa cidadania plena e completa.
Importante, neste diapasão, destacar o absoluto apoio do presidente do IBRACHINA, Thomas Law e do seu Assessor Edmilson Bordon;
que fundamentalmente deram condições plenas e total liberdade de conteúdo para produção deste livro. Aliás, sobre isso, cabe recordar que esta obra se trata de um primeiro passo a fim de incutir e cultivar entre os comerciantes e consumidores da região central da cidade, a necessidade premente de se inserir a cultura da licitude no comércio popular; tarefa repleta de desafios e, principalmente, dificuldades.
Como já se disse, pois, escrever sobre o combate à pirataria é o embrião para a tomada de atitudes concretas a fim de demonstrar que é possível exercer o comércio popular com produtos originais e to- talmente regulares na região central da cidade de São Paulo. Durante anos, várias investidas contra as falsificações restaram infrutíferas, prin- cipalmente, porque não miravam nos pontos certos.
Ora, se o objetivo era acabar com a venda de produtos contra- feitos, também, era necessário um trabalho educacional, informativo e de ampla e contínua fiscalização, uma espécie de troca de informações (mútuas) para realização de um sistema de transparência total entre o Poder Público e os comerciantes, representantes da iniciativa privada;
o que, diga-se de passagem, até agora, nunca foi feito.
Em outras palavras, o que se busca é desenvolver e implementar mecanismos de compliance que servem para auxiliar que determina- das regras sejam cumpridas, tornando-as eficazes em seus métodos, a
19
fim de impedir que produtos, in casu, pirateados, invadam o mercado e prejudiquem a livre iniciativa e a livre concorrência. Justamente, pretende-se, aqui, demonstrar que um trabalho voltado ao compliance, realmente, combata a pirataria e se torne eficaz na medida que tem apoio da iniciativa privada e do Poder Público – de maneira sinérgica, atuando conjuntamente em prol e benefício da população.
Isto posto, voltando para os motivos que levaram a APECC, seus gestores e demais incentivadores a pensar na elaboração desta obra literária jurídica, utilizo-me, daquilo que na língua portuguesa se con- venciona pelo formato exclamativo, para frisar que se está evidenciando as bases para instituição dos projetos e metas para o efetivo trabalho contra a falsificação de produtos que são lançados no mercado popular.
Por isso mesmo, emito o seguinte termo da oração para definir os an- seios de todos envolvidos na confecção deste livro, que assim assevero ao presidente do IBRACHINA:
Thomas, concretamente, graças ao seu sonho particular – construí- do a partir de sua trajetória delineada com esforço e dedicação; motivada pelo desejo de resgatar preceitos genuinamente éticos -, está em curso a tentativa de uma mudança sem precedentes na cidade de São Paulo.
Como diria Dom Helder Câmara: “Um sonho sonhado sozinho é apenas um sonho. Um sonho sonhado juntos é o princípio de uma nova realidade.”
Enfim, acreditamos que pode dar certo.
Não posso deixar de exarar meus sinceros agradecimentos ao Ex- Secretário Nacional do Consumidor, o estimado amigo, Prof. Dr.
Luciano Timm, que gentilmente nos brindou com o Prefácio desta obra jurídica. Como costumo dizer, Luciano Timm, o melhor Secretário Nacional do Consumidor que já passou pela Senacon. Agora, não são só palavras que digo em seminários ou palestras, está aqui consignado (escrevo, certifico e registro).
Ademais, aqui relaciono as significantes contribuições dos autores Éverton Zanella, Ana Flávia Messa, Renata Domingues Balbino Munhoz Soares, Alberto Murray, Isabella Silvia Machado, Antonio Rebouças de França Filho e Frederico Costa Carvalho que com seus artigos abri- lhantaram este folhoso jurídico que apresento com grande satisfação.
Esclareço, por oportuno, que todas as entrevistas e artigos cola- cionados foram, absolutamente, selecionados em razão da qualidade moral e ética dos seus entrevistados e autores; e, também, por conta dos seus respectivos currículos; sendo que, para cada um deles rendo minhas homenagens:
20
Alberto Murray Neto, Alexandre Martinez, Ana Flávia Messa, André Santos, Cláudio Finkelstein, Daniel Quadros Paes de Barros, Edmilson Osorio, Edson Vismona, Ellen Cristina Gonçalves Pires, Fábio Song, Frederico da Costa Carvalho Neto, Gabriele Tusa, Guilherme Carramaschi de Araújo Cintra, João Negrini Neto, José Carlos Guido, Juliana Abrusio, Luis Antônio Martinez Vidal, Márcio Costa de Me- nezes e Gonçalves, Maria Eugênia Finkelstein, Miguel da Costa Car- valho Vidigal, Miguel Pereira Neto, Newton De Lucca, Paulo Sérgio Nogueira Salles, Renata Domingues Balbino Munhoz Soares, Sergei Cobra Arbex, Thomas Law, Vinicius Simony Zwarg, Vitor Morais de Andrade e Walfrido Jorge Warde Júnior.
A todos, sem exceção, MUITO OBRIGADO!
Fica claro, portanto, que nossa publicação buscou, de maneira obstinada, introduzir interpretações e considerações de combate à pirataria. Todavia, nosso intuito, também, foi não olvidar de que esta conduta tem de estar aliada a sustentação e desenvolvimento das ativi- dades negociais da região central da Capital Paulista, cumprindo todos os preceitos éticos e legais.
Esta obra é multidisciplinar apresentando jurisprudência, matérias jornalísticas, legislação aplicável, entrevistas de consagrados professores, ilustres advogados, juristas e empresários, a fim de perquirir os suportes e as bases do comércio popular e as causas da pirataria, reverberando a genuína importância de seu combate, sempre à luz da evolução da atividade negocial e dos preceitos éticos e morais.
Por fim, consigno um especial agradecimento a todos os cola- boradores deste livro, sem os quais a ideia não teria saído do papel.
Ao querido amigo André Luís Caetano Silva, que tive o privilégio de tê-lo nos quadros de meu escritório, por anos, desde os tempos em que era estudante (onde já demonstrava todo o seu empenho e brilhantismo); Dr. Daniel Quadros Paes de Barros, um importante nome do direito autoral no Brasil e estimado amigo; estimada Gio- vanna Navarro, sempre solícita e disposta a auxiliar e aprender, seja no trabalho ou na vida acadêmica (seu esforço, certamente, a levará à continuidade de seus estudos e, via de consequência, ao pleno sucesso profissional); Paulo Sérgio Nogueira Salles Júnior, companheiro de lutas diárias na advocacia, o qual além de detentor de minha inteira confiança, tem ao longo dos anos, cada vez mais, demonstrado com- petência e capacidade técnica; e o jovem acadêmico Rafael Polifemi, inteligente e interessado.
21
Cumpre desejar votos de uma excelente leitura e de motivação ao debate acadêmico com rigor científico e doutrinário e principalmente, prático. Aproveito para agradecer a essencial contribuição de toda a equipe da Editora D’Plácido que possibilitou essa produção literária de rara qualidade jurídica.
Verão de 2021 Armando Luiz Rovai Doutor em Direito pela PUC/SP - Professor de Direito Comercial da Puc/SP e Professor de Direito Comercial da Faculdade de Direito MACKENZIE. Foi SECRETÁRIO NACIONAL DO CONSUMIDOR - SENACON. Foi Presidente da Junta Comercial do Estado de São Paulo – (por 04 mandatos) e do IPEM/SP. Advogado e Parecerista e Consultor Jurídico da APECC.
organizador
Armando Luiz Rovai
Em bo a hora, o P
rofessor Armando Lui z Rovai or
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esente obra, que inci - ta a todo
s a tomar at
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ataria e demons tra ser possível e
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e regulares.
Durante ano s, várias in
vestidas c
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-se à convicção de que, p
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odutos contr afeitos, além d
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al, informativo e de ampla e c
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É essenci al, por
tanto, que se de
senvolva e implement e mecanis
mos que t or- nam as regras mais
eficazes na prática,
dificultando
a invasão do mercado por produtos pirateados e o c
onsequent e dano à e
conomi a.
A autonomi
a patrimoni al das pe
ssoas jur
ídicas, instrument
o lícito de alocação e segregação
de riscos, foi estabele cida pel
a lei para e
stimular o empr eendiment
o, a geração de empr
egos, a ino
vação e o a ument
o da renda e do tr ibuto.
O leitor enc
ontrará no de correr d
a obra as ideias acim
a, devidament e desen
volvidas, graças ao
labor dos a
utores do pr
esente livro semin al, que
merecem cumpriment os.
João Gr
andino Ro das
Presidente do C entro de Es
tudos de D
ireito Econômic o Social (CEDES). R
eitor da U SP (2010/2
014). Diretor da F aculdade de Direito do L
argo de S ão Francis
co (2006/2
010). Presidente do CADE (
2000/2004). Desemb
argador Federal ap osentado (TRF3ª R
egião). Master o f Laws (H
arvard L aw School).
organizador
Armando Luiz Rovai
ISBN 978-65-5589-354-0
1. O que é a pirataria?
2. Dos prejuízos acarretados pela pirataria
3. Política nacional das relações de consumo e sustentabilidade
4. Pirataria de eletrônicos 5. O impacto dos “fashion contracts” na indústria têxtil e de confecção no período da pandemia 6. A tecnologia no combate
eficaz à pirataria: a rastreabilidade digital 7. O combate à pirataria 8. Legislação aplicável 9. Pirataria convencional
e cibernética:
implicações legais 10. Análise de
jurisprudências
Cronograma: ações de combate à pirataria 2021 Ent revistas: palavra dos especialistas jurídicos
Doutor em Direito pela PUC/SP - Professor de Direito Comer- cial da PUC/SP e da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Foi Presidente da Junta Comer- cial do Estado de São Paulo – (por 04 mandatos) e do IPEM/
SP. Foi Secretário Nacional Do Consumidor - SENACON. Advo- gado, Árbitro e Parecerista.
