PRIMEIRA LINHA SALÁRIOS DOS GESTORES
Gestoras da bolsa ganham
menos 30% que os homens
As mulheres estão sub-representadas nos conselhos de administração do índice
de referência da bolsa nacional. Há poucas, e as que ocupam cargos ganham menos
que os homens. A chave para a remuneração é pertencer à comissão executiva das cotadas.
RUI BARROSO ruibarroso@negocios.pt
A
s cotadas do PSI-20 são mais generosas para com Os ho-mens do que com as mulheres na hora d( . 1 e inunerar os seus administra-dores. As administradoras das em-presas da bolsa recebem, em média, menos cerca de 30% que os ho-mens. E são poucos os casos das co-tadas em que a remuneração dos elementos femininos supera a dos administradores.As administradoras do PSI-20 receberam, em média, 17L318 eu-ros em 2015, segundo cálculos do Negócios baseados nos dados cons-tantes nos relatórios de Governo das Sociedades. A remuneração média das mulheres é 28% inferior à dos homens, que tiveram no ano passado, uma compensação média de 255.880 euros.
Os valores incluem as remune-rações pagas tanto aadministrado-res executivos como não-executi-vos, desde que tenham estado em funções durante todo o ano de 2015, para se poder ter uma comparabi-lidade dos dados. Os números ex-cluem a CorticeiraAmorim que não paga remunerações aos adminis-tradores não-executivos.
Contabilizando o bolo total re-servado pelas empresas para remu-nerar administradores, desde que tenham recebido qualquer tipo de compensação independentemen-te do independentemen-tempo que estiveram em fun-ções, as mulheres ficaram com uma pequena proporção das remunera-ções. Receberam 4,43 milhões de euros num total de 62,15 milhões destinados aos administradores. Amealharam pouco mais de 7% do
total, o que é explicado pela sua bai-xa representatividade nos órgãos de gestão das cotadas.
Há excepções
Apenas quatro cotadas têm uma remuneração média superior para as administradoras do que para os seus pares masculinos. E a explicação para essa diferença está quase sempre no facto de se perten-cer, ou não, à comissão executiva. A Sonae Capital e os CTT são os casos em que as mulheres ganham bem mais que os homens. No caso da empresa dona do Tróia Resort, os dois elementos da administração com funções executivas são mulhe-
res. Uma delas, Cláudia Azevedo, é mesmo a únicapresidente executi-va doPSI-20. Em média, as duas ad-ministradoras daSonae Capital ga-nharam 194.984 euros, o que com-para com a média de 32.663 euros dos outros administradores, todos homens e não-executivos.
Já os CTT tem as gestoras mais hem pagas do índice de referência da bolsa. Em oitos membros da ad-m inistração, dois são ad-mulheres, sendo Dionizia Ferreira a mais bem paga na bolsa nacional: 661 mil euros. Ambas integram a co-missão executiva da empresa. Ga-nharam cm média 653.832 euros, o que compara com os 391.973 mé-
dios dos administradores mascu-linos, que inclui executivos e não-executivos.
Os outros casos de cotadas que, em média, remuneram melhor as mulheres que os homens são o BPI e a Mota-Engil. O banco pagou 478.558 euros à sua única adminis-tradora, que também integra a co-missão executiva. Já a média dos administradores masculinos ficou pelos 200.030 euros. A construto-ra tem três administconstruto-radoconstruto-ras que receberam em média 301.000 eu-ros, o que compara com os 275.389 euros auferidos, em média, pelos elementos masculinos da admi-nistração.
Maiores diferenças
País: Portugal Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Cores: Cor Área: 25,70 x 30,46 cm² Corte: 2 de 5
ID: 64623912
27-05-2016
Bruno SimãoA
que recebe
mais na bolsa
Dionízia Ferreira é-administra-dora dos M. Licenciada em Ad-ministração e Gestão de Empre-sas pelo ISEG, a gestora de 50 anos tem sob a sua responsabi-lidade várias áreas, desde a di-recção de clientes aos serviços financeiros, e as empresas Post Contacto. Payshop e CTT GEST. Começou na DUN & Bradstreet em 1988, passando depois pelo Barclays Bank e Grupo Mello. Foi directora do Banco Mello e do BCP até entrar nos CTT em 2003.
661
SALÁRIO Dionízia Ferreira recebeu 661 mil euros enquanto administradora dos CTT. É a gestora Com o maior salário na bolsa de Lisboa. ADMINISTRADORAS GANHAM MENOSSalário médio, em euros
Nas administrações das empresas do PSI-20, as remunerações das mu-lheres estão longe dos vencimentos dos homens.
2000 1.629.010 1500 moo • 661.706 255.880 185.033 o Administrador Administradora Média dos Média das
mais mais administradores administradoras
bem pago bem paga homens mulheres
Fonte: Negócios e relatórios de governo societário
MULHERES POUCO REPRESENTADAS Mulheres na administraçào, em percentagem
Há seis cotadas que têm mais de 20% de mulheres nos conselhos de administração. A Corticeira Amo-rim, a Sonae e a Sonae Capital têm um terço de mulheres na adminis-tração. No entanto, a maior parte das cotadas tem uma proporção de mulheres na administração inferior ao limite que será imposto pelo go-verno. Na Semapa a na Navigatpr não há mulheres na administração.
Cort. Amorim 33,3% Sonae 33,3% Sonae Capital 33,3% Nos 29,4% Altri 25% CTT 25% semapa 0% Navigator 0% 'O% 40%
Fonte: Negócios e empresas
Os países em que existe uma maior diversidade são a Nome-ga, França, Suécia e Finlánd ia, com mais de 30% dos cargos de administração a pertencerem a mulheres.
Uma outra estatística, em que Portugal fica ainda pior na fotografia, é no número de em-presas que não têm mulheres na-quilo que a BoardEx considera como os executivos de topo na administração. Isso acontece em mais de 70% das cotadas nacio-nais. Apenas a índia e o Japão têm uma proporção mais dese-quilibrada.ffi RUI BARROSO
Um terço do PSI-20
cumpre as quotas
na administração
Governo
promete
avaliar
diferenças
salariais
Seis das 18 cotadas do PSI-20 têm mais de 20% de mulheres na administração. Mas Portugal está abaixo de outros países.
A partir de 2018 as empresas que não tenham 20% dos adminis-tradores do sexo menos repre-sentado, que na generalidade, é o feminino, arriscam a ficar sus-pensas de cotação. No final de 2015, seis das 18 cotadas cum-priam com aquele rácio e três ti-nham mais de 30%de mulheres nos conselhos de administração. As empresas em que a diver-sidade de género é maior são a Corticeira Amorim, a Sonae Ca-pital e a Sonae, com um terço dos administração a ser composta por mulheres. No entanto. à ex-cepção da Sonae Capital todas têm cargos não-executivos. A Nos, a Altri e os CTT têm mais de 20%de mulheres nos conselhos de administração.
Em sentido contrário estão as empresas lideradas por Pedro Queiroz Pereira. Tanto na Por-tucel como na Semapa não exis-tiam, no final de 2015, mulheres no conselho de administração. Além destas empresas, há mais seis cotadas em que a represen-tatividade das mulheres não che-ga a 10% (EDP, BCP, REN, Jeró-nimo Martins,Pharol e BPD. No total, dos 221 cargos de adminis-tração no PSI-20, 28 são ocupa-dos por mulheres, o que corres-ponde a pouco mais de 12%.
Menos diversidade
Apesar de algumas cotadas da bolsa nacional já cumprirem com as quotas que o governo pretende estabelecer dentro de dois anos, Portugal é um dos mercados em que as mulheres estão mais sub-representadas, segundo estatísticas coligidas pela consultora BoardEx.
Num "ranking" de 26 países. as cotadas portuguesas apenas integram mais mulheres nos ór-gãos de administração que Hong Kong, Singapura, Rússia e Japão.
As disparidades salariais, a se-gregação na ocupação das pro-fissões e as questões da paren-tal idade também serão abor-dadas no ámbito do plano para a igualdade cio Governo.
O tema foi discutido na quarta-feira, em concertação social mas, para já, as propos-tas mais concrepropos-tas têm a ver com a introdução de quotas. O Governo revelou aos parceiros sociais que pretende que, em
2018, 20% dos administrado-res das cotadas sejam do sexo sub- representado (o feminino) e que essa percentagem suba para 33% em 2020, tal como o Negócios tinha noticiado. A sanção para as empresas que não cumpram será a "suspen-são da cotação", segundo reve-lou fonte oficial do Governo.
Na administração pública, onde as metas para dirigentes superiores vão implicar uma alteração às regras dos concur-sos, O Objectivo é chegar aos 33% no próximo ano e aos 40% em 2019.
As confederações patro-nais mostraram reservas em relação às quotas, sobretudo se forem alargadas a todas ou às grandes empresas. "Para nós é uma questão que não pode ser por decreto. Deve atender-se a questões de mérito, de profis-sionalismo". disse António Sa-raiva, cia CIP.• CAP
66
Estamos contra que algumas destas matérias sejam por decreto. Não são esses os critérios de aferição de
competência.
ANTÓNIO SARAIVA
41,
PRIMEIRA LINHA SALÁRIOS DOS GESTORES
25 anos
de trabalho
para ter
um salário
de CEO
O valor reservado pelas maiores empresas
da bolsa nacional para remunerarem
os presidentes executivos subiu 20%
em 2015. A diferença face à média
dos trabalhadores agravou-se.
OS CEO MAIS BEM PAGOS EM LISBOA
RUI BARROSO
ibarroso@negocios.pt
PATRÍCIA ABREU pabreu@negocios.pt
s presidentes exe-cutivos das maio-res cotadas da bolsa receberam mais durante o último ano. Aumentos que vie-ram agravar o fosso face ao ren-dimento médio dos trabalhado-res. Os funcionários precisam de trabalhar, em média, 25 anos para conseguirem o equivalen-te a um ano do rendimento dos gestores que comandam as em-presas para as quais trabalham.
Os CEO do PSI-20 auferi-min, entre remuneração fixa, va-riável, diferida, contribuições para PPR e outras remunerações 15,4 milhões de euros brutos no ano passado; segundo cálculos do Negócios. É um aumento de 20% em relação ao auferido em 2014. Além de políticas remunerató-rias mais atractivas, parte da su-bida pode ser explicada, em al-guns casos, pela substituição de
alguns CEO e pelo pagamento de remuneração plurianual.
O aumento não se verificou na mesma proporção nos salários dos trabalhadores levando a que o diferencial entre o rendimento anual destes face aos CEO tives-se aumentado. Chegou a 25 vezes, ou seja, 25 anos, acimados 22 em 2014. Há um fosso, mas ainda as-sim é mais baixo que em outros países. Em Espanha a diferença é de cerca de 50 vezes, segundo da-dos da Bloomberg. Nos EUA° di-ferencial era, em 2013, de 331ve-zes. Ainda assim, nos últimos anos, Polónia, Áustria e Dinamar-ca tendiam ater menos desigual-dade que as cotadas nacionais.
Mais desiguais
Os sectores em que existe uma maior diferença entre os va-lores auferidos entre os CEO e os trabalhadores são o retalho e a energia. A Jerónimo Martins é a cotada em que existe um maior hiato. Pedro Soares dos Santos encaixou 865.660 euros em 2015, mais 72 vezes que o custo médio da empresa com cada funcioná-rio. Já na Sonae, Paulo Azevedo levou para casa 886.500 euros,
mais 54 vezes que o custo médio de cada trabalhador.
Na energia também há dife-renciais elevados. Na Galp Ener-gias, os dois presidentes executi-vos que a empresa teve ao longo do último ano tiveram uma re-muneração total de 2,56 milhões de euros, mais de 52 vezes que o custo médio da empresa por cada funcionário. Na EDP, António Mexia foi remunerado em mais de 1,8 milhões de euros, 34 vezes acima da média do custo com cada trabalhador. CI'T e Semapa também têm rácios acima de 30 vezes. O mais baixo é o da Sonae C4pital: 6,35 vezes.
Rácio ideal
Há especialistas como Peter Drucker, uma das grandes refe-rências da gestão, que aconselha-vam as empresas a não ultrapas-sarem um rácio de 15 a 25 vezes. Já a Deco Proteste considerou num estudo recente que"tnais de
20 vezes já é uma disparidade elevada". Nesse estudo e anali-sando também cotadas fora do PSI-20, a Deco calculou o rácio em 23,5 vezes em 2015 face a 21,3 vezes em 2014. ■
Os dois CEO da Gaip, em 2015, receberam um total de 2,5 milhões de euros, liderando a tabela dos mais bem pagos do P51-20. Re-ceberam 52 vezes mais que os trabalhadores da petrolífera. António Mexia, o presidente executivo da EDP, ganhou 1,8 milhões.
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52,6x 34,2x 40,7x 12,2x 19,6x
Ferreira de Oliveira e Carlos Gomes da Silva ganharam juntos 52 vezes
mais que a média dos trabalhadores.
A remuneração de António Mexia ficou 34,2-vezes acima da média
dos rendimentos dos funcionários da EDP.
Pedro Queiroz Pereira e João Castello Branco auferiram 40,7 vezes mais
que a média dos trabalhadores da Semapa.
Manso Neto, que recebe através da EDP, ganha
12,2 vezes mais que a média dos trabalhadores
da eólica.
Diogo da Silveira auferiu. no ano passado, 19,6 vezes
mais que a média dos trabalhadores da
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27-05-2016
Pedro Soares dos Santos foi o que gerou mais valor aos accionistas face ao seu salário.
Será que os C
Custos das administrações
merecem os milhões crescem [rês vezes mais
que ganham?
que os com pessoal
As maiores empresas da bolsa entregaram mais de uma dezena de milhões de euros aos presidentes executivos. Salários avultados, mas para gestores que deram milhares de milhões aos investidores.
O valor destinado às remunerações do total de administradores aumentou 16,5% em 2015. Já os custos com pessoal subiram 4,9%, apesar do aumento do número de colaboradores.
Um CEO, ou presidente executi-vo, de uma cotada tem, regra geral, uni salário avultado. São, em
mui-tos casos, alguns milhões de euros entre remunerações fixas, variá-veis e ainda bónus. No último ano foram- entregues aos CEO das maiores cotadas da bolsa de Lis-boa mais de 15 Milhões de euros, mas será que mereceram o que ga-nham? Nem todos.
Para aferir a justeza, ou não, dos milhões dos CEO, o Negócios fez a comparação entre os salários e o valor que estes líderes geraram no último ano para os investidores. Recorrendo à riqueza criada, seja com o desempenho das acções fru-to da evolução do negócio, seja com a remuneração accionista, há CEO que geraram muito mais do que o que ganharam. E Pedro Soares dos Santos destaca-se no PSI-20.
Enquanto o CEO da Jerónimo Martins recebeu 865 mil euros no último ano, entre a valorização em bolsa e os dividendos pagos, os ac-cionistas "receberam" 2.690 mi-lhões de euros. Ou seja, 3.110 vezes mais que o líder da retalhista. Na Corticeira Amorim, este mesmo rácio é também positivo, com os investidores a conseguirem 1.754
Miguel Baltazar
vezes mais que o valor pago ao C EQ, seguindo-se a Nos (1.447 ve-zes), a Altri (1.391 vezes) e a EDP
Renováveis. No caso da empresa
liderada por Manso Neto, o de-sempenho em bolsa mais do que compensou o salário de 1,42 mi-lhões do CEO, um dos mais altos da bolsa de Lisboa.
Na Galp Energia e na EDP, as que mais pagam aos CEO, os resul-tados são também positivos, em-bora menos expressivos. E no to-tal, considerando todas as cotadas do PSI-20, os 15,4 milhões de eu-ros entregues só aos CEO são su-perados em 640 vezes pelos 9.875 milhões de euros de valor criado na bolsa.
Em regra, considerando este indicador, os lideres são bem
pa-gos, mas geram mais do que esse
valor. Mas, como em tudo, há ex-cepções. E em Lisboa, a Pharol, BCP, Montepio e Mota-Engil não
tiveram desempenhos no merca-do de capitais, nem em termos de resultados geradores de dividen-dos, que compensassem o custo cio
gestor. O BCP perdeu quase mil
milhões no mercado, sendo que
Nu no Amado recebeu 385 mil
eu-ros pelo cargo. e PM/RIS
As maiores cotadas da bolsa na-cional conseguiram, regra ge-ral, ter uma melhoria dos lucros e uni desempenho em bolsa
po-sitivo no ano passado. E essa
melhoria reflectiu-se mais no bolo destinado à remuneração
dos administradores do que na
evolução dos custos gerais com os funcionários.
No total, para os mais de 280 administradores que receberam qualquer tipo de remuneração das cotadas foram destinados
62,15 milhões de euros em 2015, mais 8,77 milhões do que no ano anterior, o que corresponde a uma subida de 16,5%.
Já os custos com pessoal
to-tais, que também incluem as remunerações dos órgãos so-ciais, aumentaram 4,9% para cerca de 5,48 mil milhões de
eu-ros. Isto apesar de o número de funcionários das empresas ter aumentado. Em termos mé-dios, o custo anual com cada funcionário teve uma aumento bastante ligeiro de 0,74% para cerca de 23 mil euros.
Mais na administração A EDP, a Navigator e a Galp Energia são as cotadas que re-
0,74
CUSTO
O custo médio por cada funcionário das cotadas
do P51-20 aumentou 0,74% em 2015. Esse valor compara com o aumento de 16,5% da remuneração total
dos administradores.
seroam mais dinheiro para os
administradores. No caso da
eléctrica, e incluindo o Conse-lho Geral e de Supervisão, o
montante destinado aos órgãos de gestão situou-se em cerca de
11,7 milhões de euros. De
refe-rir, no entanto, que alguns dos membros da administração são também gestores da EDP Re-nováveis e recebem a remune-ração da eólica através da EDP. Na Navigator, o montante total destinado aos administra-dores foi de 6,9 milhões de
eu-ros, num ano ern-que a empre-sa atribuiu dividendos
extraor-dinários e distribuiu também seis milhões pelos trabalhado-res como participação nos lu-cros. Já na Galp Energia, os ad-ministradores receberam mais de 6,6 milhões de euros.
Travão nos salários Um pouco por todo o mun-do têm surgimun-do propostas para limitar os salários dos gestores. Em Portugal, esta semana a Ju-ventude Socialista defendeu que, dentro de cada empresa, o salário da pessoa mais bem re-munerada não possa exceder 20
vezes o salário da mais mal paga.
No entanto, a proposta que apresentarão ao congresso
ape-nas será taxativa em relação às empresas públicas.
Já no Reino Unido um mo-vimento de sindicatos quer
li-mitara diferença entre os salá-rios dos gestores e dos traba-lhadores a 20 vezes, uma pro-posta que tem ganho apoio jun-to de alguns investidores insti-tucionais, segundo a consulto-ra Mercer. E na Suíça chegou a ser referendado que os
gesto-res não pudessem ganhar mais de 12 vezes o salário mais bai-xo, proposta que seria chumba-da nas urnas. ■ mus
ADMINISTRADORES GANHAM MAIS
Salários, em milhões de euros
O valor reservado para pagar aos conselhos de administração cres-ceu 16.5% em 2015. Ascendeu a 62,2 milhôes de euros. 66 4 16,5% m 3 2014 2015 CUSTOS DE PESSOAL MAIS MODERADOS
custos com pessoal, em milhões de euros
Os custos com pessoal aumenta-ram, mas a um ritmo menor que o dos custos para remunerar as ad-ministrações. Subiram 4,9% para
5,48 mil milhões de euros.
6000 4,9% 5000 4000 3000 rri te; 2014 2015
Fonte: Negócios e empresas
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