• Nenhum resultado encontrado

Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde ISSN: Universidade Anhanguera Brasil

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde ISSN: Universidade Anhanguera Brasil"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde

ISSN: 1415-6938

editora@uniderp.br

Universidade Anhanguera Brasil

Lancia Pereira, Marcy; Vieira de Moraes, Márcio Augusto; Scatolini Bonato, Cláudia Aparecida FRATURAS PATOLÓGICAS EM MANDÍBULA POR PERIODONTITE SEVERA: RELATO DE CASO

Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde, vol. XII, núm. 1, 2008, pp. 171-179 Universidade Anhanguera

Campo Grande, Brasil

Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=26012806014

Como citar este artigo Número completo Mais artigos

Home da revista no Redalyc

Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto

(2)

C. Biológicas, Agrárias e

da Saúde

Vol. XII, Nº. 1, Ano 2008

Marcy Lancia Pereira Centro Universitário Anhanguera unidade Leme

marcylancia@yahoo.com

Márcio Augusto Vieira de Moraes Centro Universitário Anhanguera unidade Leme

demoraes60@hotmail.com

Cláudia Aparecida Scatolini Bonato Centro Universitário Anhanguera unidade Leme

claudia_scatolini@hotmail.com

POR PERIODONTITE SEVERA: RELATO DE

CASO

MANDIBLEPATHOLOGICFRACTURESDUETOSEVERE

PERIODONTITIS:CASEREPORT

RESUMO

Doenças periodontais são extremamente freqüentes em clínica de pequenos animais e, ocasionalmente, podem levar a fraturas pato-lógicas por periodontite severa. Relata-se fratura bilateral mandi-bular em cadela poodle de idade adulta a idosa. Os sinais clínicos apresentados foram inabilidade de oclusão oral, ptialismo e anore-xia por sete dias. A cadela foi submetida a exames radiográficos, que mostraram perda de densidade óssea em mandíbula e maxila e fratura em ambos os ramos horizontais mandibulares. O hemo-grama realizado mostrou leve anemia e leucocitose por neutrofilia madura, sugerindo processo inflamatório crônico. Ainda, a bio-química sérica excluiu a possibilidade das fraturas serem resultan-tes de hiperparatireoidismo. A paciente foi submetida a extração dos dentes remanescentes e estabilização cirúrgica das fraturas por meio de placas e parafusos. Como terapia adjuvante, realizou-se antibioticoterapia e dieta pastosa no pré e pós-operatório. Nos 7 dias subseqüentes ao procedimento cirúrgico a recuperação foi adequada, entretanto, a cadela não retornou para acompanhamen-to.

Palavras-Chave: Cão, periodontite, fratura patológica, mandíbula.

ABSTRACT

Periodontal diseases are frequent seen in small animal practice and, eventually, can lead to pathologic fractures due to severe pe-riotontitis. This work presents bilateral mandibular fracture in an adult to senile poodle bitch. As clinical signs, there were mouth occlusion inability, ptialism and anorexia for seven days. The pa-tient was submitted to radiographic exams, those showed mandi-ble and maxila loss of bone density and mandimandi-ble horizontal branches fractures. Hemogram revealed mild anemia and leukocy-tosis by mature neutrophilia, suggesting chronic inflammatory process. Additionally, serum biochemistry profile excluded possi-bility of hyperparathyroidism as primary cause of pathologic frac-tures. The bitch was conducted to extraction of remnant teeth and fractures surgical stabilization by use of plaques and spins. Anti-biotic therapy and pasty diet were instituted as adjuvant treat-ment. Seven days after the surgery, the recovery was satisfactory, however, the patient did not return for revaluation.

Keywords: Dog, periodontitis, pathologic fracture, mandible. Anhanguera Educacional S.A.

Correspondência/Contato

Alameda Maria Tereza, 2000 Valinhos, São Paulo CEP. 13.278-181

rc.ipade@unianhanguera.edu.br

Coordenação

Instituto de Pesquisas Aplicadas e Desenvolvimento Educacional - IPADE

(3)

Fraturas patológicas em mandíbula por periodontite severa: relato de caso

Ensaios e Ciência: C. Biológicas, Agrárias e da Saúde • Vol. XII, Nº. 1, Ano 2008 • p. 171-179 172

1.

INTRODUÇÃO

Doença periodontal é o termo usado para descrever lesões inflamatórias que acometem o periodonto, decorrentes de acúmulo de placa bacteriana (GORREL, 2003).

Os tecidos periodontais incluem a gengiva, o osso alveolar, cemento e liga-mento periodontal. A gengiva subdivide-se em gengiva livre, ligada fortemente ao pe-riósteo da mandíbula e maxila e gengiva inserida, aderida à superfície do dente. O osso alveolar delimita o espaço ocupado pelo dente, tratando-se de um tecido ativo que a-trofia quando os dentes caem e podem, sob certas condições, sofrerem deposição. O cemento é um tecido semelhante ao osso avascular que cobre a superfície radicular; é um constituinte importante para a sustentação do dente, podendo também sofrer pro-cessos de absorção e proliferação, ainda que de forma mais lenta que o osso alveolar. O ligamento periodontal une o cemento ao osso alveolar e encontra-se em intensa ativi-dade fisiológica (DeBOWES et al., 1996).

A gengivite, sinal inicial de doença periodontal, é caracterizada por tumefa-ção, rubor, sensibilidade e sangramento. Este processo inflamatório é reversível e pode se limitar à gengiva. Entretanto, a gengivite pode progredir até se tornar periodontite, que é um processo irreversível (GROVE, 1998).

Inicialmente, a inflamação ocorre em tecidos gengivais. Neutrófilos são atraí-dos à superfície epitelial para digestão de bactérias. Muitas destas células inflamatórias se rompem, liberando toxinas bacterianas, enzimas digestivas e citocinas. Ao longo do tempo, este processo pode levar a ulcerações do tecido conectivo, maior exposição aos patógenos e, conseqüentemente, a maior destruição tecidual, o que provoca, a longo prazo, destruição do tecido ósseo alveolar. A perda óssea e osteomielite causam insta-bilidade e pode levar à perda dentária e a fraturas patológicas de mandíbula (HARVEY, 2006).

De acordo com HULSE & JOHNSON (2002), a periodontite grave é uma das principais causas de perda óssea, resultando em fratura patológica de mandíbula em cães e gatos.

Os sinais clínicos da doença periodontal agravam-se à medida que a inflama-ção progride e incluem acúmulo de cálculo dentário, halitose, disfagia, ptialismo, per-das dentárias e alterações de comportamento (WILLARD, 2006).

(4)

O diagnóstico da doença periodontal é feito por meio de avaliação oral e ra-diografias orais. A radiografia convencional é um método não invasivo que permite avaliar superfície e perdas ósseas e lesões periodontais-endodônticas não vistas ao e-xame físico (TUGNAIT et al., 2000 e VERSTRAETE et al., 1998). De acordo com Jeffcoat (1992), para que perdas ósseas sejam visualizadas em radiografias convencionais, deve haver pelo menos 30% de perda de massa mineral.

Os posicionamentos radiográficos mais adequados são o látero-lateral (LL) com ligeira inclinação do crânio, formando ângulo de 15 a 25 graus em relação ao chas-si do filme radiográfico, além das técnicas intra-orais (IO). A pochas-sição LL é chas-simples po-de ser obtida facilmente e promove boa visualização, já que não há sobreposição dos ramos horizontais da mandíbula, o que possibilita melhor avaliação de fraturas e per-das ósseas.

As técnicas IO com película sem écran são preferíveis às técnicas extra-orais devido a obtenção de melhor qualidade de imagem. Entretanto, requerem aparelha-gem e filmes específicos, nem sempre disponíveis nas unidades radiológicas das clíni-cas veterinárias convencionais.

Segundo Owens (1982), na periodontite pode ocorrer lise do osso alveolar de suporte e reabsorção da crista alveolar, fatos que levam a perda de dentes e se esten-dem à medida que a osteomielite progride.

A terapia da doença periodontal baseia-se em terapia antimicrobiana como tratamento auxiliar, tratamento cirúrgico, nos casos de doença severa, e profilaxia pelo proprietário, fundamental para obtenção de bons resultados (CAVALCANTE et al., 2002).

Este trabalho relata ocorrência de fratura de mandíbula secundária à doença periodontal severa em cão adulto.

2.

RELATO DE CASO

Foi atendida, no Hospital Veterinário da UNIFIAN-Leme, uma cadela da raça poodle, adulta, de 4 Kg de peso vivo, inteira, cuja queixa relatada pelo proprietário era inabili-dade em ocluir a boca de ocorrência súbita, ausência de traumas, anorexia e ptialismo há 1 semana, sem quaisquer outras alterações. A cadela havia sido adotada há 1 ano pela proprietária e, portanto, não havia informações sobre idade nem antecedentes mórbidos da paciente. Anteriormente, a paciente alimentava-se de ração econômica

(5)

Fraturas patológicas em mandíbula por periodontite severa: relato de caso

Ensaios e Ciência: C. Biológicas, Agrárias e da Saúde • Vol. XII, Nº. 1, Ano 2008 • p. 171-179 174

para filhotes e, após o início dos sinais referidos, a alimentação e ingestão de água pas-saram a ser forçadas.

Ao exame físico, constatou-se intensa halitose, ptialismo e doença periodontal grave. A tentativa de oclusão da boca não obteve sucesso e a mandíbula tinha aspecto de “mandíbula de borracha”. A cadela apresentava desidratação leve, sem outras alte-rações ao exame físico.

Figura 1. Cadela poodle com inabilidade em ocluir a boca.

A paciente foi submetida à coleta de sangue para realização de hemograma completo e bioquímica sérica (creatinina, cálcio e fósforo). A bexiga estava vazia, o que não permitiu coleta de urina para urinálise.

Ainda, procederam-se a exames radiográficos LL e dorso-ventral orais, LL de tórax e abdômen.

Os resultados dos exames laboratoriais estão sumarizados na Tabela 1. Tabela 1. Resultados de hemograma e bioquímica sérica da paciente canina.

Parâmetros Resultados Valores de Referência*

Hemograma Hemácias (x103/µL) 5800 5.500 – 8.500 Hemoglobina (g/dL) 11 12 – 18 Hematócrito (%) 35 37 – 55 VCM (fL) 60 60 - 72 CHCM (g/dL) 31,4 31 - 37 Leucócitos (x103/µL) 18500 5,5 – 16,9 Basófilos (%) 0 Raros Eosinófilos (%) 02 2 -10 Neutrófilos bastonetes (%) 01 0 - 3 Neutrófilos segmentados (%) 86 60 – 77 Linfócitos (%) 08 12 – 30 Monócitos (%) 03 3 - 10 Plaquetas (x103/µL) 210 175 - 500 Bioquímica sérica Creatinina (mg/dL) 0,8 0,5 – 1,5 Cálcio (mg/dL) 9,17 8,6 – 11,2 Fósforo (mg/dL) 4,59 2,2 – 5,5

(6)

As radiografias orais revelaram fraturas completas transversas de ramo hori-zontal da mandíbula esquerda e direita. As características radiográficas da fratura do ramo direito indicaram caráter recente de ocorrência, ao passo que no ramo esquerdo notou-se presença de reabsorção óssea extensa e apinhamento pronunciado do segun-do dente molar, com elevasegun-do grau de reabsorção e deposição ósseas segun-do osso alveolar correspondente, indicando tratar-se de fratura antiga.

Figura 2. Projeções radiográficas látero-lateral (A) e dorso-ventral (B) de cabeça da paciente canina, mos-trando perda de densidade óssea em mandíbula e maxila e fratura em ambos os ramos hori-zontais mandibulares.

Figura 3. Projeção radiográfica látero-lateral de tórax e abdômen da paciente canina. Em região torácica, há cardiomegalia e padrão bronquial; abdômen e sistema esquelético sem alte-rações.

Deste modo, sugeriu-se procedimento cirúrgico utilizando-se de técnicas de redução de fraturas com o uso de placas e parafusos.

Três dias antes do procedimento cirúrgico, como parte do protocolo terapêuti-co, foi instituída antibioticoterapia com espiramicina e metronidazol (Stomorgyl 2®), na dose de 2 comprimidos SID. Ainda, prescreveu-se continuação do medicamento por mais quatro dias de pós-operatório.

(7)

Fraturas patológicas em mandíbula por periodontite severa: relato de caso

Ensaios e Ciência: C. Biológicas, Agrárias e da Saúde • Vol. XII, Nº. 1, Ano 2008 • p. 171-179 176

Para a realização da cirurgia, a paciente recebeu medicação pré-anestésica com 0,1 mg/Kg de acepromazina por via subcutânea. Após 5 minutos, fez-se cateteri-zação da veia cefálica para fluidoterapia com solução fisiológica a 0,9% durante e no pós-operatório imediato. A indução anestésica foi feita com 7,5 mg/Kg de solução de tiopental sódico por via endovenosa. Os dentes remanescentes foram extraídos e, com o animal em decúbito lateral esquerdo, foi realizada a abordagem lateral da mandíbula até chegar à superfície do osso fraturado. Como se tratava de fratura antiga, seus bor-dos foram reavivabor-dos por meio de raspagem do periósteo. O tecido conectivo que unia os dois fragmentos foi retirado para permitir calcificação do local da fratura e a redu-ção foi realizada com fixaredu-ção de placa de aço de 6 furos com 6 parafusos. O lado direito da mandíbula foi reduzido com utilização de placa de 5 furos e 4 parafusos. Os tecidos moles foram suturados em um único plano com fio sintético absorvível 3-0 e a pele com fio sintético não absorvível 3-0.

Para analgesia no pós-operatório, foi prescrito dipirona sódica a 25 mg/Kg QID durante 6 dias.

A indicação nutricional até completa recuperação da capacidade de apreensão e mastigação foi de dieta pastosa preparada com ração super premium batida com á-gua morna.

A paciente recuperou-se bem na primeira semana de pós-operatório, mas não retornou mais para acompanhamento e reavaliação.

3.

DISCUSSÃO

A doença periodontal é a enfermidade mais comum vista na prática clínica de peque-nos animais, principalmente em cães e gatos em idade adulta a idosa.

De acordo com Owens (1982), a infecção periodontal pode progredir para perda dos dentes e osteomielite de ossos adjacentes. Neste relato, a paciente apresen-tava apenas nove dentes, aparentemente soltos, uma vez que, à visualização radiográ-fica, tanto mandíbula quanto maxila apresentaram perda óssea significativa.

Em cães e gatos, as fraturas mandibulares são mais comuns do que maxilares e representam 3 a 6% de todas as fraturas (KERN et al., 1995). Legendre (2005) aponta os traumas como causa principal de fraturas orais e destaca queda, chutes, ferimento por bala e objetos duros como os mais prevalentes. Entretanto, as causas não traumáti-cas também são relevantes, como a doença periodontal, processos neoplásicos e doen-ças metabólicas (MARETTA et al., 1989). Em estudo realizado na cidade de São Paulo

(8)

por Lopes e colaboradores (2005) com 100 cães acometidos por fraturas orais, obser-vou-se ocorrência de fratura patológica em 13 animais. Ainda, as fraturas mandibula-res cormandibula-responderam a 90% dos casos e o local mais afetado foi a região dos primeiros dentes molares. Neste relato, a cadela apresentou fratura em ambos os ramos horizon-tais mandibulares em topografia de primeiro e segundo dentes molares.

Ao exame físico do animal, vale salientar o aspecto “mandíbula de borracha” decorrente das fraturas, o que apontou como um diagnóstico diferencial o hiperparati-reoidismo. Esta enfermidade, de origem primária, é bastante incomum em cães e gatos, entretanto, quando de origem secundária, pode estar associada a deficiência nutricio-nal, principalmente em filhotes, ou decorrente de insuficiência renal crônica. Ambas as condições levam a distúrbio no metabolismo de cálcio e fósforo, em que ocorre aumen-to da secreção de paraaumen-tormônio para reabsorção óssea de cálcio (SCHROPP e KOVACIC, 2007). A paciente era uma cadela idosa e sem histórico pregresso, a propri-etária não sabia informar sobre aumento de ingestão de água nem sobre cor ou volume urinário, que seriam fatores importantes para caracterizar possível insuficiência renal, e talvez o hiperparatireoidismo secundário renal. Desta maneira, procederam-se aos exames laboratoriais para dosagem de cálcio, fósforo e creatinina, além de radiografias e tórax e abdômen para verificar se havia diminuição de radiopacidade esquelética. Não foi possível coleta de urina, devido à bexiga estar vazia. Os resultados dos exames realizados mostraram-se normais, o que excluiu a possibilidade das fraturas mandibu-lares terem ocorrido por doença metabólica sistêmica.

As radiografias de cabeça mostraram que a perda de radiopacidade óssea o-correu somente nos ossos adjacentes aos dentes, ou seja, nas estruturas ósseas perio-dontais. Este fato reforçou a exclusão de doença metabólica primária e reforçou a etio-logia das fraturas mandibulares como sendo osteomielite por periodontite severa.

A respeito do hemograma realizado, o eritrograma revelou valores no limiar inferior aos de referência para a espécie, achado que, aliado à desidratação leve e ano-rexia por 7 dias, aponta-se para provável anemia nutricional. O leucograma mostrou leucocitose leve com neutrofilia sem desvio à esquerda, sugestivo de processo inflama-tório crônico, compatível com a doença periodontal apresentada pela paciente.

A correção cirúrgica das fraturas orais representa um desafio para os veteriná-rios, pois diferentes forças agem simultaneamente em sentidos opostos. O método de fixação deve permitir restabelecimento das funções normais o mais rápido possível. Como opções de técnicas para correção das fraturas, têm-se o uso de cerclagem e resina

(9)

Fraturas patológicas em mandíbula por periodontite severa: relato de caso

Ensaios e Ciência: C. Biológicas, Agrárias e da Saúde • Vol. XII, Nº. 1, Ano 2008 • p. 171-179 178

acrílica e também placas e parafusos (SMITH, 2004). Neste relato, a paciente apresen-tava fratura bilateral mandibular, o que tornaria a fixação mais difícil. Desta maneira, o uso de resina e cerclagem foram contra-indicados, pois as cargas de força seriam de-masiadamente elevadas, o que poderia resultar em não-união da fratura e má oclusão mandibular. Assim, optou-se pela colocação de placas e parafusos, que permitiram boa fixação das fraturas. De acordo com Orsini (1997), se a instabilidade permanecer após a correção cirúrgica, deve-se optar por realizar hemimandibulectomia parcial.

Neste caso, não se soube como ocorreu a união óssea devido ao não acompa-nhamento da paciente após 7 dias de cirurgia. Seria necessário acompaacompa-nhamento fre-qüente da paciente para reavaliação.

REFERÊNCIAS

CAVALCANTE, C. Z.; TAFFAREL, M.O.; FERANDES, D.R.; CUNHA, O. Doença periodontal em cães: sinais e tratamento – revisão. Nosso Clínico, São Paulo, v. 5, n. 30, p. 22-26, 2002. DeBOWES, L.J.; MOSIER, D.; LOGAN, E.; HARVEY, C.E.; LOWRY, S.; RICHARDSON, D.C. Association of periodontal disease and histologic lesions in multiple organs from 45 dogs. Journal of Veterinary Dentistry, v. 13, n. 2, p. 57-60, 1996.

GORREL, C. Periodontal Disease. 28th Congress of the World Small Animal Veterinary

Association, Bangkok, Thailand, 2003. Disponível em: www.ivis.org. Acesso em: 20/05/2008. GROVE, T.K. Afecção periodontal. In: SLATTER, D. Manual de cirurgia de pequenos animais. Ed. Manole, São Paulo, 2ª ed, v. 2, p. 2752-2760, 1998.

HARVEY, C. Periodontal Disease: Why it is so common, and why it is important in our patients. 56th International Congress of SCIVAC, Rimini, Itália, 2006. Disponível em: www.ivis.org.

Acesso em: 20/05/2008.

HULSE, D.A.; JOHNSON, A.L. Tratamento de Fraturas Específicas. In: FOSSUM, T.W.; HULSE, D.A.; JOHNSON, A.L.; SEIM, H.B.; WILLARD, M.D.; CARROLL. G.L. Cirurgia de Pequenos Animais, Roca, São Paulo, 2002, p. 854-866.

JEFFCOAT, M.K. Radiographic methods for the detection of progressive alveolar bone loss. Journal of Periodontology, v. 63, p. 367-372, 1992.

KERN, D.A.; SMITH, M.M.; STEVENSON, S.; MOON, M.L.; SAUNDERS, G.K.; IRBY, M.H.; DYER, K.R. Evaluation of three fixation techniques for repair of mandibular fractures in dogs. Journal of American Veterinary Medical Association, v. 206, n. 12, p. 1883-1890, 1995.

LEGENDRE, L. Maxillofacial Fracture Repairs. Veterinary Clinics: Small Animal Practice, v. 35, p. 985–1008, 2005.

LOPES, F.M.; GIOSO, M.A.; FERRO, D.G.; LEON-ROMAN, M.A.; VENTURINI, M.A.; CORREA, H.L. Oral fractures in dogs of Brazil - a retrospective study. Journal of Veterinary Dentistry, v. 22, n. 2, p. 86-90, 2005.

MARETTA, S.M.; SCHRADER, S.C.; MATTHIESEN, D.T. Problems associated with the

management andtreatment of jaw fractures. In: MARETTA, S.M. Problems in Veterinary Medicine. JB Lippincott, Philadelphia, 1989, p. 220–247.

MEYER, D.J.; COLES, E.H.; RICH, L.J. Apêndice: Valores Normais e Tabelas de Conversão. In: ______. Medicina de Laboratório Veterinária: Interpretação e Diagnóstico. Ed. Roca, São Paulo, 1995, p.293-294.

(10)

ORSINI, P.G. Bilateral mandibular fracture in a 4 year old dog. In: Proceedings of the 11th

Annual Veterinary Dental Forum. Nashville, Estados Unidos, 1997, p. 253.

OWENS, J.M. The Skull. In: BIERY, D.N. Radiographic Interpretation for the Small Animal Clinician. Ralston Purina Company, Saint Louis, 1982, p. 64-65.

SCHROPP, D.M.; KOVACIC, J. Phosphorus and phosphate metabolism in veterinary patients. Journal of Veterinary Emergency and Critical Care, v. 17, n. 2, p. 127-134, 2007.

SMITH, M.M. Oral Fracture Repair Using Interdental Wire and Acrylic. 29th Congress of the

World Small Animal Veterinary Association, Rodes, Grécia, 2004. Disponível em: www.ivis.org. Acesso em: 20/05/2008.

TUGNAIT, A.; CLAREHUGH, V.; HIRSCHMANN, P.N. The usefulness of radiographs in diagnosis and management of periodontal diseases: a review. Journal of Dentistry, Bristol, v. 28, p. 219-226, 2000.

VERSTRAETE, F.J.M.; KASS, P.H.; TERPAK, O.H. Diagnostic value of full-mouth radiography in dogs. American Journal of Veterinary Research, v. 59, p. 686-691, 1998.

WILLARD, D. Distúrbios do Sistema Digestivo. In: NELSON, R.W.; COUTO, C.G. Medicina Interna de Pequenos Animais. Ed. Elsevier, São Paulo, 3ª ed, p. 395-396, 2006.

Referências

Documentos relacionados

14 e 19, faz referência unicamente ao empregado, não se podendo falar em violação ao princípio constitucional da igualdade, que implica tratamento igual para os iguais e

Exatamente pelo fato de todas as unidades federativas já adotarem sistemas que contemplam as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, justifica-se a

Quando estas se tornam muito bruscas, ou quando falta energia da rede de entrada, o módulo inversor do No Break entra em operação e converte a energia da bateria (DC)

Serão tomados como indicadores para a análise o tipo de vínculo e o tempo de permanência no emprego dos trabalhadores paranaenses, levando em consideração categorias

Ao colega Leoni, PY3LAT, Presidente e organizador deste rancho nossos mais sinceros parabéns assim como também a União Santamariense de Radioamadores - USRAa que auxiliaram o colega

En ge nh ar ia G en ét ic a Ca rlo s S in og as 2016/ 17 New Analysis of a Rat Feeding Study with a Genetically Modified Maize Reveals Signs of Hepatorenal Toxicity (2007)

O quesito utilização dos resultados da autoavaliação institucional (CPA) para a tomada de decisões pelo câmpus) e utilização dos resultados da autoavaliação institucional

a) tiver maior idade, dentre os candidatos com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, até a data de publicação do resultado e classificação deste concurso, conforme artigo