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Ciência da Computação

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Academic year: 2021

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Projeto Pedagógico do Curso de

Ciência da Computação

Universidade Federal de São João del-Rei

Outubro de 2009

CONEP – UFSJ Parecer No 066/2009 Aprovado em 02/12/2009

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SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO ...3 2. IDENTIFICAÇÃO DO CURSO ...4 3. JUSTIFICATIVA ...5 4. OBJETIVOS DO CURSO...6 4.1OBJETIVO GERAL...6 4.2OBJETIVOS ESPECÍFICOS...6 5. PERFIL DO EGRESSO...7 6. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ...9 6.1DIRETRIZES LEGAIS...9 6.2EIXOS EPISTEMOLÓGICOS...9 6.3ESTRUTURA CURRICULAR...10 6.4COMPONENTES CURRICULARES...10

6.5UNIDADES CURRICULARES (UCS) DO CURSO...11

6.6ATIVIDADES COMPLEMENTARES...13

6.7FORMAÇÃO ESPECÍFICA...15

6.8PROJETO ORIENTADO EM COMPUTAÇÃO...17

6.9ESTRATÉGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM...18

6.10MODALIDADES DE OFERTA DE UNIDADES CURRICULARES...20

6.11AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM...20

6.11.1 Unidades Curriculares Teóricas ...20

6.11.2 Unidades Curriculares Mistas...21

6.11.3 Projeto Orientado em Computação ...21

6.12AVALIAÇÃO E ATUALIZAÇÃO CURRICULAR...22

7. PESQUISA E EXTENSÃO ...23

8. CORPO DOCENTE E TÉCNICO ADMINISTRATIVO...25

8.1CRITÉRIOS GERAIS DE ESCOLHA DO CORPO DOCENTE...25

8.2PLANEJAMENTO DE CONTRATAÇÕES...25

8.3RESUMO DAS CONTRATAÇÕES...28

8.4RELAÇÃO DOS DOCENTES...28

9. BIBLIOTECA ...29

10. ESPAÇO FÍSICO E EQUIPAMENTOS...29

ANEXO A: FLUXOGRAMA DO CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO...35

ANEXO B: SEQÜENCIAMENTO DAS UNIDADES CURRICULARES ...36

ANEXO C: PROJETO DAS UNIDADES CURRICULARES ...38

ANEXO D: PLANEJAMENTO DE CONTRATAÇÃO DE DOCENTES...66

ANEXO E: CRONOGRAMA DE AQUISIÇÃO DE MATERIAL BIBLIOGRÁFICO...76

ANEXO F: PLANEJAMENTO DA UTILIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO E AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS.83 ANEXO G: PLANEJAMENTO DE GASTOS POR ANO...85

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1. Apresentação

O objetivo deste documento é apresentar a Proposta de Plano Pedagógico para o curso de Bacharelado em Ciência da Computação. Tal proposta foi concebida a partir das Diretrizes Curriculares de Cursos da área de Computação e Informática estabelecidas pela Comissão de Especialistas de Ensino de Computação e Informática (CEEInf) do Ministério da Educação de 1999 [5], e a partir dos Currículos de Referência da Sociedade Brasileira de Computação, para Cursos de Graduação em Bacharelado em Ciência da Computação e Engenharia de Computação, versões de 1999 e 2005 [6, 7].

É conteúdo desta Proposta a identificação do curso, seus objetivos e justificativas, o perfil do egresso e suas competências, a organização curricular e as diretrizes metodológicas de ensino e avaliação.

Na primeira parte são apresentados os dados preliminares do curso proposto, que englobam: identificação, local de funcionamento, processo seletivo, regime escolar, regime de matrículas, prazo de integralização, turno de funcionamento, número de vagas, dimensão das turmas, caracterização da bibliografia básica, espaço físico, equipamentos necessários e planejamento econômico-financeiro.

Na segunda parte estão descritos os objetivos e a justificativa para a implantação do curso, perfil do egresso, campo de atuação, os eixos epistemológicos e as bases da organização curricular com a distribuição da carga horária. Ainda são feitas considerações sobre as atividades complementares que compõem a grade do curso, seguidas da bibliografia básica de referência deste projeto.

A parte final da proposta corresponde ao grupo de metodologias de ensino-aprendizagem a serem utilizadas no curso, tendo em vista o perfil profissional pretendido para o estudante egresso. Deve-se ressaltar que o perfil do profissional que se deseja formar é a base sobre a qual toda a proposta foi desenvolvida.

Em busca de uma exposição mais clara, optou-se por organizar alguns dos componentes do Projeto Político-Pedagógico do Curso de Ciência da Computação no formato de anexos.

O Projeto ora apresentado ao CONEP é o resultado de alterações realizadas pelos professores do DCOMP-UFSJ Elisa Tuler de Albergaria, Leonardo Chaves Dutra da Rocha, Leonardo Jose Silvestre, Hilton de Oliveira Mota e Cristiane Neri Nobre no Projeto inicialmente apresentado à UFSJ pelos professores Sérgio Vale Aguiar Campos (UFMG), Alex Borges Vieira (PUC – MG) e José Augusto Miranda Nacif (Universidade de Itaúna). Tais alterações foram aprovadas pelo Colegiado do Curso de Ciência da Computação, conforme ata da quarta reunião do mesmo.

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2. Identificação do Curso

Título: Ciência da Computação

Modalidade: Bacharelado

Carga Horária: 3314 horas

Carga Horária Semestral:

Mínima

Mínima: 288 horas Média: 414 horas Máxima: 558 horas

Local de funcionamento:

Universidade Federal de São João del-Rei - UFSJ Campus Tancredo de Almeida Neves – CTAN

Av. Visconde do Rio Preto, s/nº, Colônia do Bengo, São João del-Rei, MG, CEP 36301-360

Horário: Diurno (Integral)

Regime escolar: Semestral

Processo seletivo: Anual com 1 entrada no início do ano.

Vagas: 50

Prazo de Integralização:

Mínimo: 6 semestres Médio: 8 semestres Máximo: 12 semestres

Curso criado pela Resolução nº. 033, de 22 de outubro de 2007, do conselho Universitário da UFSJ.

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3. Justificativa

O avanço da tecnologia no mundo moderno tem sido extremamente rápido. Tecnologias em geral, e em particular, tecnologias associadas à ciência da computação, têm se tornado cada vez mais presentes no dia-a-dia das pessoas e afetado de forma significativa nossa maneira de viver. Entre essas tecnologias, a ciência da computação destaca-se não só pela velocidade de seu desenvolvimento como também pelo seu aspecto multidisciplinar que faz com que ela interaja naturalmente com praticamente todas as outras unidades, desde as mais próximas, como engenharia e matemática, até áreas aparentemente não relacionadas, como arte e cultura. Por isso, é de vital importância para uma universidade ter em seu elenco de cursos a Ciência da Computação, tanto para a geração de mão-de-obra qualificada, visando suprir diretamente as necessidades do mercado para profissionais de informática, como também para apoiar atividades de outras áreas.

O contexto regional em que a UFSJ se encontra hoje mostra-se extremamente propício à criação do curso de Ciência da Computação por duas razões. A primeira é que não existem cursos superiores de computação públicos na região, apesar da demanda do mercado local. É importante ressaltar que a qualificação oferecida pelo curso de Ciência da Computação é bastante superior à de cursos de curta duração, normalmente oferecidos por escolas particulares. O profissional formado pelo curso de Ciência da Computação tem uma área de atuação muito mais ampla e é capaz não só de atuar em qualquer tema relacionado à computação, como também de criar e gerenciar projetos de computação, podendo assim ajudar a suprir as necessidades do mercado e aquecê-lo através da criação de novas empresas e do provimento de serviços às empresas e instituições locais.

A segunda razão é que hoje em dia a Ciência da Computação permeia praticamente todas as áreas do conhecimento numa influência que tende a aumentar. Algumas áreas nas quais a computação tem participado de forma ativa incluem: biologia, com os avanços da biotecnologia; arte e cultura, com a disseminação de obras de arte e peças culturais através da Internet de forma nunca antes possível; e sistemas de informação, com a capacidade de organização, indexação e recuperação de conteúdos. A UFSJ atua em diversas destas áreas, muitas das quais ainda estão sendo definidas e estruturadas. A existência de um curso de ciência da computação poderá apoiar a universidade no desenvolvimento destas áreas de forma harmoniosa com os desenvolvimentos computacionais existentes e futuros. É importante ressaltar novamente o caráter multidisciplinar da Ciência da computação. O curso proposto baseia-se fortemente neste aspecto, oferecendo diversas oportunidades de interação com outras áreas da universidade.

Podemos concluir desta forma que a criação do curso de Ciência da Computação irá não somente formar mão-de-obra qualificada necessária, como também terá o potencial de fortalecer a economia da região, integrando-a com outras próximas e maiores, como as regiões de influência de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Além disso, o curso de Ciência da Computação irá fortalecer a UFSJ, auxiliando-a a crescer em diversas áreas, estabelecendo uma interação forte e saudável entre diversas unidades.

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4. Objetivos do Curso

4.1 Objetivo Geral

O curso de Bacharelado em Ciência da Computação tem por objetivo formar profissionais com fundamentação científica, técnica, ética e humanista, condizente com a especificidade da área de Ciência da Computação e de acordo com as diretrizes elaboradas pela Comissão de Especialistas em Educação em Computação e Informática (CEEInf) do Ministério da Educação [5].

4.2 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos do Curso de Ciência da Computação da UFSJ são os seguintes:

 Formar profissionais com competência técnica e ética, para suprir as necessidades do mercado de informática e ciência da computação da região;

• Formar profissionais com espírito empreendedor e crítico, para não só trabalhar no mercado de informática como também para ajudar em seu crescimento através da criação de novas empresas e oportunidades de negócios em computação;

• Fortalecer a economia da região de São João del-Rei, através doaumento da interação entre as empresas e instituições da região com outras das regiões de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo visando incrementar o intercâmbio técnico e comercial da área;

• Instalar na UFSJ um centro de excelência em Ciência da Computação, que irá não só formar mão-de-obra, como também prestará consultoria avançada a empresas e instituições da região;

• Criar um pólo de informática, atraindo para a região profissionais qualificados e permitindo o desenvolvimento de projetos avançados em computação;

• Oferecer um curso de Ciência da Computação adequado às mais novas diretrizes do ensino de computação, tanto brasileiras [6, 7] quanto internacionais[2, 4];

• Oferecer um curso de Ciência da Computação diferenciado pela flexibilidade curricular e pela multidisciplinaridade, essenciais em um curso como computação, que se caracteriza por modificações tecnológicas freqüentes e interações fortes com outras áreas do conhecimento;

• Viabilizar projetos de pesquisa interdisciplinares, relacionando a Ciência da Computação com outras áreas do conhecimento presentes na UFSJ.

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5. Perfil do Egresso

Do egresso do curso de Bacharelado em Ciência da Computação é exigida uma predisposição e aptidões para a área, além de um conjunto de competências, habilidades e atitudes a serem adquiridas durante a realização do curso. As componentes desse perfil são destacadas a seguir:

Competências Técnicas

1. Visão sistêmica e holística da área de computação;

2. Profundo conhecimento dos aspectos teóricos, científicos e tecnológicos relacionados à área de computação;

3. Competência e eficiência na operação de equipamentos computacionais e sistemas de software;

4. Capacidade de iniciar, projetar, desenvolver, implementar, validar e gerenciar qualquer projeto de software, com base nos conceitos adquiridos;

5. Capacidade para projetar e desenvolver sistemas que integrem hardware e software;

6. Capacidade para avaliar prazos e custos em projetos de software;

7. Competência para identificar, analisar e documentar oportunidades, problemas e necessidades passíveis de solução via computação, e para empreender na concretização desta solução;

8. Capacidade para pesquisar e viabilizar soluções de software para várias áreas de conhecimento e aplicação;

9. Capacidade de aplicar de forma eficiente princípios de gerenciamento, organização e busca de informações.

Habilidades Gerais

1. Compreensão do mundo e da sociedade em função de uma boa base humanística;

2. Saber liderar e ser liderado, saber trabalhar em grupo e com equipes multidisciplinares;

3. Saber se comunicar bem de forma oral e escrita, com destaque para o uso correto da língua portuguesa e para um grau de fluência na língua inglesa suficiente para a leitura e escrita de documentos técnicos na área;

4. Ser capaz de desenvolver soluções criativas e inovadoras para problemas e situações da vida profissional;

5. Saber considerar aspectos de negócios no processo de gerenciamento de um projeto;

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Atitudes e Posturas

1. Atuação profissional baseada em sólidos princípios éticos, sociais e legais, com destaque ao conhecimento e respeito à legislação específica da área;

2. Posturas pró-ativa, colaborativa e crítica;

3. Mentalidade transformadora e inovadora capaz de acompanhar o desenvolvimento da área e de participar do mesmo propondo, novas soluções e desenvolvê-las de forma eficiente.

Classes de Problemas que os Egressos Estarão Capacitados a Resolver

Em função da competência técnica e das habilidades atribuídas ao egresso, este deverá estar apto a resolver as seguintes classes de problemas:

1. Análise, especificação, projeto, desenvolvimento, implementação, validação, manutenção e gerenciamento de qualquer projeto de software, envolvendo tecnologia conhecida ou a ser criada;

2. Projeto e desenvolvimento de sistemas que integrem hardware e software;

3. Pesquisa e viabilização de soluções de software para diversas áreas de conhecimento e aplicação;

4. Operação, instalação, configuração e integração eficiente de equipamentos computacionais e sistemas de software.

Funções que os Egressos Poderão Exercer no Mercado de Trabalho

O perfil profissional do egresso capacita-o a desenvolver as seguintes funções no mercado de trabalho:

1. Empreendedor — descobrimento e empreendimento de novas oportunidades para aplicações usando sistemas computacionais e avaliando a conveniência de se investir no desenvolvimento da aplicação;

2. Consultor — consultoria e assessoria a empresas de diversas áreas no que tange ao uso adequado de sistemas computacionais;

3. Coordenador de Equipe — coordenação de equipes envolvidas em projetos na área de computação e informática;

4. Membro de Equipe — participação de equipes que desenvolvem projetos na área de informática, de forma colaborativa e integrada;

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6. Organização Curricular

6.1 Diretrizes Legais

A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) extinguiu o conceito de currículo mínimo, para todos os cursos, dando autonomia para cada instituição de ensino superior definir as unidades e conteúdos de seus cursos. Além disso, os cursos superiores passam a ter como referência as Diretrizes Curriculares de cada área.

A estrutura curricular do Curso de Bacharelado em Ciência da Computação aqui apresentada está fundamentada nos currículos de referência da SBC (Sociedade Brasileira de Computação) de 1999 e 2005 [6, 7], nas diretrizes curriculares da Comissão de Especialistas do Ministério da Educação (CEEInf/MEC) [5] e em várias versões dos Computing Currículo da ACM (Association of Computing

Machinery) [2] e do IEEE (Institute of Eletrical and Eletronics Engineers) [4]. Fundamenta-se ainda na

Resolução 001, de 15 de janeiro de 2003 CONAC-UFSJ que estabelece os parâmetros mínimos para a elaboração de um projeto pedagógico na Universidade Federal de São João del-Rei.

Orientado pelas diretrizes e modelos citados, o currículo proposto oferece um conjunto de unidades em vários campos de conhecimento, com a finalidade de se alcançar uma formação abrangente e que ofereça as bases técnicas e científicas necessárias ao Bacharel em Ciência da Computação.

6.2 Eixos Epistemológicos

Devido à rápida evolução do conhecimento e da tecnologia, os cursos de nível superior em computação requerem uma atualização constante de seus currículos. Assim, um currículo estático, concentrado somente no aprendizado através de aulas expositivas, dificilmente poderá ser usado por mais que alguns anos, tornando-se rapidamente obsoleto. Além disso, a nova Lei das Diretrizes e Bases da Educação introduz novos conceitos e filosofias para a educação superior no nível de graduação no Brasil. De acordo com a LDB, a graduação é uma etapa inicial da formação e não um momento de esgotamento do conhecimento. Este aspecto dinâmico só é viável dentro de uma estrutura flexível, que permita aos cursos definirem diferentes perfis para os seus egressos, adaptando-os às rápidas mudanças do mundo moderno [3].

A definição de perfis dos egressos está ligada à clara definição da capacidade criativa, das responsabilidades e das funções que os egressos poderão vir a exercer. Os profissionais formados deverão ser dinâmicos, adaptáveis às demandas do mercado de trabalho e aptos a aprender a aprender. Eles serão profissionais diferenciados em relação àqueles formados no âmbito dos currículos mínimos estáticos. O curso, então, deverá fornecer um conjunto de habilidades e competências que configurem uma estruturação do conhecimento de uma certa área do saber.

O projeto pedagógico aqui apresentado utiliza métodos de ensino que estimulam a pesquisa, a apresentação de seminários e a elaboração de monografias. O curso também estimula o aluno a desenvolver a capacidade de análise, abstração, especificação, projeto e avaliação nas diversas áreas da computação. A proposta pedagógica utiliza o conceito da transversalidade, que consiste em exigir dos alunos, ao longo do curso, atividades integradas aos conteúdos específicos da computação que estimulem o desenvolvimento de tais habilidades. Cada professor poderá, e deverá, cobrar esta capacidade dos seus alunos. O aprendizado de comunicação e expressão, por exemplo, poderá ser feito

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estimulando os alunos a escreverem e apresentarem seminários. O aprendizado de inglês poderá ser realizado através de leitura e produção de textos em inglês sobre assuntos estudados nas unidades de computação. Métodos de pesquisa para desenvolver um trabalho científico poderão ser orientados a partir da experiência. Desta forma, o aluno irá adquirir, ao longo do curso habilidades de raciocínio e construção do conhecimento que lhe permitirão não somente aprender novos assuntos técnicos de forma independente, como também se adequar a novas realidades profissionais de forma eficiente e rápida.

6.3 Estrutura curricular

Reconhecendo a dificuldade de implantação destas idéias em uma estrutura curricular convencional, este projeto apresenta uma estrutura curricular diferenciada. O curso de computação não será mais composto apenas por unidades, mas considerará outras atividades pedagógicas como parte integrante do currículo. Cada atividade utilizará diferentes métodos de aprendizado, visando avaliar se o aluno adquiriu as competências nas habilidades específicas.

Para atingir esses objetivos, o curso de Ciência da Computação está estruturado em dois blocos. O primeiro bloco é denominado de Formação Básica em Computação e é composto por um conjunto de unidades obrigatórias que visam garantir a competência mínima necessária a um profissional de nível superior, com conhecimentos das principais áreas da computação.

O segundo bloco é composto por um conjunto de Projetos de Formação Específica, cada um possibilitando a formação em um perfil profissional específico da computação. A quantidade e os perfis dos Projetos não são fixados e determinados na proposta pedagógica do curso. Cada projeto deverá ser submetido e aprovado pelo colegiado do curso, com base no relato de uma comissão de especialistas. Os Projetos de Formação Específica deverão ser elaborados e submetidos periodicamente ao colegiado, de acordo com a disponibilidade de recursos humanos e de infra-estrutura.

Além de participar dos Projetos de Formação Específica, o aluno deverá elaborar e defender, perante uma banca examinadora, uma monografia de graduação (Projeto Orientado em Computação). A monografia deverá envolver conhecimentos de um ou mais Projetos de Formação Específica dos quais o aluno tenha participado. Cada aluno terá um orientador acadêmico que o ajude no planejamento dos projetos e na elaboração da monografia.

6.4 Componentes Curriculares

O Bacharelado em Ciência da Computação proposto apresenta:

• um conjunto básico de unidades curriculares do núcleo de Matemática, perfazendo um total de 504 horas. A profundidade de abordagem das matérias leva em conta o perfil do profissional e as necessidades específicas de outras disciplinas do curso, de forma a fornecer a base de conhecimento necessária para cursá-las;

• unidades do núcleo de Ciências Básicas, perfazendo 144 horas. Unidades como Física, com enfoque em treinamento experimental, são abordadas para garantir a melhor formação do aluno e também fornecer a base de conhecimento para outras unidades do curso;

• uma sólida base de Fundamentos da Computação, com 990 horas;

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• um núcleo de Contexto Social e Profissional com matérias relevantes às atividades de estágio, atuação profissional, formação ética e humanística, o que propicia o conhecimento básico para a compreensão do domínio de aplicação e a atuação profissional com responsabilidade. Este núcleo engloba 416 horas;

• um conjunto de atividades voltadas à pesquisa e desenvolvimento, extensão, seminários e integração extracurricular para expandir as atividades extra-classe e oferecer uma formação de qualidade para os egressos. Essas atividades estão inseridas nos núcleos descritos acima, mas suas horas (200 horas obrigatórias) são contadas como sendo do núcleo de Contexto Social e Profissional.

• um núcleo de formação específica, onde as unidades são criadas de maneira integrada e de acordo com a vocação da instituição e formação do seu corpo docente. Essas unidades (UCs optativas e eletivas) totalizam 576 horas, oferecendo aos alunos a opção de se especializarem em certas linhas de aplicação;

Com base nesses parâmetros, o Curso de Bacharelado em Ciência da Computação proposto apresenta a seguinte organização curricular:

Núcleo Matemática 504 horas

Núcleo Ciências Básicas 144 horas

Fundamentos da Computação 990 horas

Tecnologia da Computação 684 horas

Contexto Social e Profissional 416 horas

Formação Específica 576 horas

Total 3314 horas

Tabela 1: Componentes Curriculares

A matriz curricular do curso e as ementas das unidades podem ser vistas nos anexos A, B e C.

6.5 Unidades Curriculares (UCs) do Curso

As unidades da área de Computação estão organizadas em dois núcleos:

1. Fundamentos da Computação: compreende o núcleo de matérias que envolvem a parte científica e as técnicas fundamentais à formação sólida dos egressos dos diversos cursos de computação.

Estas unidades caracterizam-se por apresentarem conteúdos teóricos e práticos integrados, não sendo desejável um desenvolvimento independente de ambos. A carga de conhecimento teórico e prático deve ser equilibrada de acordo com a unidade. Deve-se ter uma atenção especial às unidades deste núcleo, por serem base das unidades de conteúdo tecnológico e das unidades de formação específica. Estas unidades caracterizam-se por desenvolverem diretamente as competências práticas iniciais do curso, necessárias para a formação tecnológica e específica do aluno. A Tabela 2 apresenta as unidades curriculares deste módulo.

Unidade Curricular CH

Introdução a Ciência da Computação 36 Algoritmo e Estruturas de Dados I (AEDS I) 72

Laboratório AEDS I 18

Algoritmos e Estrutura de Dados II (AEDS II) 72

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Algoritmos e Estrutura de Dados III (AEDS III) 72

Laboratório AEDS III 18

Lógica Aplicada à Computação 72

Introdução a Sistemas Lógicos Digitais 72 Laboratório de Sistemas Lógicos Digitais 18 Arquitetura e Organização de Computadores I 72

Programação Orientada a Objetos 72

Conceitos de Linguagens de Programação 72

Grafos 72

Arquitetura e Organização de Computadores II 72

Sistemas Operacionais 72

Laboratório de Sistemas Operacionais 18

Teoria de Linguagens 72

Total 990

NOTA: As unidades curriculares de laboratório são oferecidas sempre junto à respectiva unidade curricular teórica. A aprovação em laboratório é condicionada à aprovação na respectiva unidade teórica e vice-versa.

Tabela 2: Unidades Curriculares de Fundamentos da Computação

2. Tecnologia da Computação: compreende o núcleo de matérias que representam um conjunto de conhecimento agregado e consolidado que capacitam o aluno para a elaboração de solução de problemas nos diversos domínios de aplicação.

Estas unidades curriculares caracterizam-se por apresentarem conteúdos teóricos e práticos integrados, não sendo desejável um desenvolvimento independente de ambos. A carga de conhecimento teórico e prático deve ser equilibrada de acordo com a unidade em si e é desejável a integração da prática multidisciplinar, onde o aluno deverá adotar o conhecimento compreendido em várias unidades com o objetivo de solucionar um trabalho prático. Particularmente no curso de Ciência da Computação, observa-se que as unidades que abordam conteúdo teórico e prático com visão multidisciplinar são as mais numerosas do curso e pertencentes a todos os campos de conhecimento. A Tabela 3 apresenta as unidades deste módulo.

Unidade Curricular CH

Introdução à Engenharia de Software 72

Matemática Computacional 72

Compiladores 72

Banco de Dados 72

Laboratório de Banco de Dados 18

Redes de Computadores I 72

Laboratório Redes de Computadores I 18

Computação Gráfica 72

Processamento Digital de Imagens 72

Interação Humano-Computador 72

Inteligência Artificial 72

Total 684

NOTA: As unidades curriculares de laboratório são oferecidas sempre junto à respectiva unidade curricular teórica. A aprovação em laboratório é condicionada à aprovação na respectiva unidade teórica e vice-versa

Tabela 3: Unidade Curricular de Tecnologia da Computação As unidades de outras áreas estão organizadas em outros três núcleos:

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1. Matemática: propicia a capacidade de abstração, de modelagem e de raciocínio lógico constituindo a base para várias matérias da área de Computação. A Tabela 4 apresenta as unidades deste módulo.

Unidade Curricular CH

Matemática Discreta* 72

Cálculo Diferencial e Integral I 72

Geometria Analítica 72

Cálculo Diferencial e Integral II 72

Cálculo Diferencial e Integral III 72 Estatística e Probabilidade Aplicada à Computação 72

Álgebra Linear 72

Total 504

*Nota: a disciplina de Matemática Discreta deverá ser ministrada por professor do Departamento de Ciência da Computação

Tabela 4: Unidade Curricular de Matemática

2. Ciências Básicas: fornece conhecimento de física e desenvolve no aluno a habilidade para aplicação do método científico (Tabela 5).

Unidade Curricular CH

Mecânica Clássica 72

Elementos de Eletricidade 72

Total 144

Tabela 5: Unidade Curricular de Ciências Básicas

3. Contexto Social e Profissional: fornece o conhecimento sócio-cultural e organizacional, propiciando uma visão humanística das questões sociais e profissionais, em consonância com os princípios da ética em computação (Tabela 6).

Unidade Curricular CH

Português Instrumental 36

Computador e Sociedade 36

Proposta de Projeto Orientado 72

Projeto Orientado 72

Atividades Complementares 200

Total 416

Tabela 6: Unidade Curricular de Contexto Social e Profissional

6.6 Atividades Complementares

Compreende-se por Atividades Complementares aquelas atividades que visam a complementar e enriquecer a formação do aluno de acordo com o perfil do profissional proposto pelo curso. Sua realização deve estar articulada com os objetivos gerais do curso.

Seguindo a Resolução 001 do CONAC/UFSJ de 15 de Janeiro de 2003, que estabelece diretrizes para a elaboração do projeto político-pedagógico, podemos apontar as seguintes atividades complementares como sendo pertinentes à proposta pedagógica do curso de bacharelado em Ciência da Computação:

1. Iniciação Científica;

2. Participação em Eventos Científicos e Acadêmicos; 3. Atividades de Extensão;

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4. Trabalhos Multidisciplinares ou de Equipe; 5. Atividades Culturais e Artísticas;

6. Monitorias, Tutorias e Auxílio em Projetos Pedagógicos.

O aluno deverá realizar atividades complementares que representem no mínimo 200 horas. Estas atividades deverão ser realizadas ao longo do curso e não serão computadas as atividades antecedentes ao ingresso do aluno no curso. As atividades complementar estão divididas em duas linhas de complementação, denominadas Atividades de Extensão e Atividades de Ensino e Pesquisa. O aluno deverá realizar atividades em pelo menos uma das duas linhas de complementação distintas para a sua graduação, devendo ser motivado a participar de ambas. Atividades acadêmicas, culturais e científicas poderão ter carga horária contabilizada como Atividades Complementares do curso e poderão ser desenvolvidas ao longo do semestre letivo ou em período de férias.

A documentação comprobatória referente à atividade complementar deverá ser apresentada à Coordenação do Curso e o seu registro no sistema de controle acadêmico só será efetivado após a homologação pela Coordenação.

O cálculo da carga horária a ser contabilizada na atividade complementar será realizado por um professor que poderá deferir ou não a atividade, de acordo com a documentação comprobatória e a relevância da mesma para formação do aluno. As Tabela 7 e 8 servem como base para a contabilização da carga horária por atividade complementar.

Atividade Comprovação Horas

máxima/Atividade

Estágio não obrigatório a partir do quarto semestre do curso

Termo de Compromisso e relatório semestral das atividades

desenvolvidas, assinado pelo responsável direto pelo estagiário, comprovando atividades em computação

30h por semestre

Bolsa de extensão certificada pela Pró-reitoria de Extensão

Relatório semestral da extensão, com

o aval do professor responsável 30h por semestre Participação em projeto ou

atividade de extensão

certificada pela Pró-reitoria de Extensão

Certificado de participação, assinado pelo professor responsável.

20h por projeto ou atividade, limitado a um total de 80h

Tabela 7: Atividades de Extensão

Atividade Comprovação Horas

Máxima/Atividade

Iniciação Científica certificada pela Pró-reitoria de Pesquisa remunerada ou não

Relatório semestral da Iniciação Científica, com o aval do professor orientador

30h por semestre

Participação em seminário ou mini-curso de caráter

acadêmico

Certificado emitido pelo órgão promotor do evento

10h por evento, limitado a um total de 60h

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Apresentação de seminário de caráter acadêmico

Certificado emitido pelo órgão promotor do evento 20h por apresentação, limitado a um total de 80h Participação em congresso ou congênere científico em computação ou áreas afins

Certificado emitido pelo órgão competente responsável pelo evento

20h por evento, limitado a um total de 80h

Publicação de trabalho em Congresso ou congênere científico ou artigo em revista científica

Certificado emitido pelo órgão competente responsável pelo evento ou carta de aceitação do artigo

60h por publicação

Monitoria reconhecida pela Pró-reitoria de Graduação

Relatório semestral da monitoria,

com o visto do professor orientador 30h por semestre

Tabela 8: Atividades de Pesquisa e Ensino

Coordenação das Atividades Complementares

A coordenação das atividades complementares do curso de Ciência da Computação ficará a cargo de um professor que contará com 8 horas semanais de dedicação para tal atividade. Este professor deve:

• Avaliar e quantificar as atividades complementares realizadas pelos alunos; • Promover palestras, jornadas e workshops de ciência da computação; • Coordenar as atividades de monitoria e introdução à docência;

6.7 Formação Específica

As Unidades Curriculares de formação específica, (576h), constituem as UCs, optativas e/ou eletivas, que deverão ser cursadas pelo aluno para direcionar sua formação para uma área que ele desejar. Por exemplo, caso o aluno tenha o desejo de ter uma formação mais específica em Engenharia de Software, ele deverá procurar cursar as disciplinas optativas relacionadas ao assunto: Engenharia de Produtos de Software I, Gestão de Projetos de Software, Engenharia de Usabilidade etc. O nível de profundidade/abrangência da formação específica será decidido pelo aluno, com orientação do Coordenador de Curso, de acordo com as UCs disponíveis no momento. Na Tabela 9 são apresentadas as possíveis UCs optativas a serem oferecidas. É importante ressaltar que o oferecimento das UCs optativas será feito de acordo com decisão do colegiado. Dessa forma, algumas das UCs listadas poderão não ser oferecidas, assim como novas UCs poderão ser criadas e oferecidas de acordo com a demanda dos alunos, do mercado e do ambiente acadêmico. Também são apresentados na Tabela 10 exemplos de UCs eletivas, ou seja, UCs oferecidas por outros departamentos que podem complementar a formação específica do aluno, de acordo com seus objetivos e com a orientação do coordenador. Para cursar UCs eletivas que não constam da tabela, o aluno deverá consultar o Colegiado do Curso antes de fazer a inscrição para as mesmas. Caso não haja consulta prévia, o aluno não poderá utilizar tais UCs para compor a carga horária da sua formação específica. A carga horária de UCs eletivas é de 144 horas, podendo, conforme deliberação do colegiado, se estender a 288 horas no máximo, diminuindo a carga horária de optativas de 432 horas para 288 horas.

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Unidade Curricular CH Pré-Requisitos

Redes de Computadores II 72 Redes de Computadores Sistemas Distribuídos e Paralelos 72 Sistemas Operacionais;

Redes de Computadores

Modelagem e Avaliação de Desempenho 72

Estatística e Probabilidade Aplicada à Computação;

Redes de Computadores; Segurança e Auditoria de Sistemas 72 Redes de Computadores Sistemas Operacionais II 72 Sistemas Operacionais;

Redes de Computadores Algoritmos para Bioinformática 72 AEDS I

Introdução à Biologia Molecular 72

Banco de Dados para Bioinformática 72 Bancos de Dados;

Algoritmos para Bioinformática

Mineração de Dados 72 Bancos de Dados

Montagem de Genomas e Alinhamentos 72 Algoritmos para Bioinformática Clonagem e Construção de Bibliotecas de

Seqüenciamento de DNA 72 Montagem de Genomas e Alinhamentos Fundamentos da Tecnologia da Arte

Digital 72 AEDS I

A História Visual 72 Fundamentos da Tecnologia da Arte Digital

Projetos de Jogos 72 Fundamentos da Tecnologia da Arte Digital

Modelagem 3D 72 Fundamentos da Tecnologia da Arte Digital

Processamento de Áudio e Vídeo 72 Fundamentos da Tecnologia da Arte Digital

Introdução a Animação 72 Modelagem 3D

Engenharia de Produtos de Software I 72 Introdução à Engenharia de Software

Gestão de Projetos de Software 72 Introdução à Engenharia de Software

Engenharia de Usabilidade 72 Introdução à Engenharia de Software

Padrões de Projeto 72 Programação Orientada a Objetos; Banco de Dados

Projeto de Banco de Dados 72 Banco de Dados; Introdução à Engenharia de Software

Introdução a Sistemas de Informação 72 Introdução à Ciência da Computação Técnicas Avançadas de Programação

Orientada a Objetos 72 Introdução à Engenharia de Software Recuperação de Informação 72 Algoritmos e Estrutura de Dados II

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Tecnologias Web 72 Redes de Computadores

BD: Modelos 72 Banco de Dados

BD: Linguagens e Arquiteturas 72 Banco de Dados

Empreendedorismo em Informática 36 Tópicos Especiais em Ciência da

Computação I 18 De acordo com a ementa da UC a ser oferecida Tópicos Especiais em Ciência da

Computação II 36 De acordo com a ementa da UC a ser oferecida Tópicos Especiais em Ciência da

Computação III 72 De acordo com a ementa da UC a ser oferecida Tópicos Especiais em Ciência da

Computação IV 72 De acordo com a ementa da UC a ser oferecida Tópicos Especiais em Ciência da

Computação V 90 De acordo com a ementa da UC a ser oferecida Processamento Digital de Sinais 72 AEDS III

Sistemas Embarcados 72 Arquitetura de Computadores II LIBRAS – Linguagem Brasileira de

Sinais (a ser oferecida a partir da contratação de docente para a área pelo departamento responsável, previsa para 2012)

36 -

Tabela 9: Formação Específica – UCs optativas

Unidade Curricular CH Pré-Requisitos

Empreendedorismo 72 - Direito e Legislação 72 - Introdução à Economia 72 - Inglês Instrumental 72 - Introdução à Administração 72 - Contabilidade e Custos 72 - Sociologia 72 - Psicologia 72 -

Tabela 10: Formação Específica – Exemplos de UCs eletivas

6.8 Projeto Orientado em Computação

As diretrizes curriculares da SBC e MEC [5, 6, 7] recomendam um trabalho de conclusão de curso na grade curricular. Neste documento, tal trabalho é chamado de Projeto Orientado em Computação (POC) o qual será dividido em duas etapas, a elaboração da proposta, prevista na grade curricular no sétimo período do curso (UC “Proposta de Projeto Orientado”) e o desenvolvimento do projeto, baseado na proposta, no oitavo período do curso (UC “Projeto Orientado”).

Durante a realização do POC, o aluno será orientado por um professor: para cada grupo máximo de 6 alunos haverá um professor orientador, dispondo de 6 horas semanais para a tarefa de orientar os alunos

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e avaliar, de modo processual, seus trabalhos. Ou seja, em média, será uma hora de orientação do professor por aluno, por semana.

Os trabalhos desenvolvidos naquelas duas UCs deverão ser entregues sob forma de artigo, modelo SBC, sendo eles um trabalho de caráter científico e individual. O trabalho de fim de curso tem caráter multidisciplinar e deve incorporar os diversos conhecimentos adquiridos pelo aluno no decorrer do curso, evidenciando a ligação entre teoria e prática.

Coordenação das Unidades Curriculares de Projeto Orientado

As UCs de Proposta de Projeto Orientado e Projeto Orientado em Computação contarão com a figura de um professor coordenador que contará com 4 horas de dedicação semanal para realização das tarefas envolvidas com estas UCs.

O professor coordenador deverá:

• Acompanhar e ajudar na alocação de alunos por professores orientadores; • Acompanhar os trabalhos de diplomação;

• Avaliar os relatórios parciais;

• Organizar as apresentações finais das propostas e trabalhos realizados;

• Controlar e emitir certificados de participação para as atividades complementares dos outros alunos dos cursos.

Critérios de Avaliação para o POC

Ver seção 6.11.3 Projeto Orientado em Computação.

6.9 Estratégias de Ensino e Aprendizagem

A proposta de Currículo do Curso de Bacharelado em Ciência da Computação possui grande variedade de UCs e atividades com características bastante diferentes no que se refere à natureza dos conteúdos a serem apreendidos e integrados. Distinguem-se uma série de conteúdos como conhecimentos, habilidades, atitudes e comportamentos, em contínuo processo de desenvolvimento e interação, que deverão ser mobilizados em forma de competências. Neste sentido, as competências referem-se à capacidade do aluno de mobilizar conteúdos válidos e adequados para a realização de uma tarefa ou problema em situações de aprendizagem. No entanto, não basta situar as competências como objetivos de aprendizagem, sem definir como elas podem ser desenvolvidas em situações concretas de ensino e aprendizagem nos diferentes contextos de cada UC [1].

Para qualquer proposta de estabelecer estratégias de ensino e aprendizagem, deve-se levar em conta a natureza dos conteúdos a serem desenvolvidos e a adequação dos procedimentos didáticos para possibilitar que esses conteúdos sejam mobilizados na formação de competências [1]. Neste sentido, classificamos as UCs e atividades presentes no curso de acordo com o currículo base da SBC [6, 7]. A proposta das matérias nestes currículos está organizada em seis núcleos. Dentro dos núcleos, cada matéria abrange um campo específico de conhecimento.

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Para as unidades dos núcleos de fundamentos da computação, tecnologia da computação e contexto social e profissional, as estratégias de ensino e aprendizagem devem favorecer as atividades práticas que cada uma das UCs demandarem. A apresentação de situações potenciais de aprendizagem deverá ser o ponto de partida para se chegar às soluções e respostas através de um conhecimento (teórico), passando de uma atitude inicial de tentativa e erro ou de resposta baseada no senso comum, a uma resposta baseada na utilização de um conhecimento apresentado pelo professor ou, preferencialmente, alcançado e construído pelos alunos através da observação crítica da prática.

De forma semelhante ao trabalho com as UCs teóricas, o professor deverá partir inicialmente dos recursos próprios dos alunos e instigá-los na resolução de tarefas específicas de aprendizado, ou da solução de um problema, oferecendo ou apresentando em seguida novos recursos, novas teorias e novas habilidades. Trata-se de criar situações para a aprendizagem de novos conhecimentos teóricos e novas habilidades técnicas em situações práticas, visando solucionar problemas emergentes destas situações.

As unidades pertencentes aos núcleos de Matemática e Ciências Básicas caracterizam-se por apresentarem conhecimentos predominantemente teóricos, que deverão ser apresentados aos alunos e desenvolvidos através de atividades didáticas que almejem não apenas um acúmulo de informações, mas o desenvolvimento de competências para criticar, relacionar, contextualizar e dar sentido a este conhecimento em diferentes situações. Para tanto, as estratégias do professor deverão estar a serviço do desenvolvimento do aluno através de atividades onde esse seja o sujeito da aprendizagem e não um simples receptor do conhecimento. O professor deverá desenvolver práticas didáticas que vão além do modelo tradicional das aulas expositivas, em que a apresentação exaustiva dos conteúdos teóricos toma o tempo e o espaço total da aula. Sugere-se o emprego de situações potenciais de aprendizagem, criativas, lúdicas e desafiantes, que instiguem a curiosidade e a busca de respostas para as questões propostas. Situações que ofereçam perguntas não respondidas, desafios a serem solucionados, levando os alunos a passarem de uma atitude inicial de responder ou agir com base no senso comum, ou apenas na opinião pessoal, para uma atitude gradativa de exame crítico da situação apresentada, respondendo com reflexão e embasamento teórico, ou em conhecimentos que, neste momento, passam a ter um significado real, útil e aplicável, mais do que simplesmente de acúmulo para ser avaliado mais tarde pelo professor.

Nesse sentido, além de cursar as disciplinas da grade curricular do curso, o aluno poderá participar de outras formas de aprendizagem tais como:

1) monitoria, onde o aluno participa dos trabalhos didáticos de disciplinas específicas, de acordo com os seus interesses, o que lhe proporciona a oportunidade de aprofundar conhecimentos e a contribuir para a melhoria do processo ensino-aprendizagem;

2) projetos de iniciação científica, onde o aluno se insere em projetos de pesquisa de professores do departamento, que lhe proporciona a oportunidade de desenvolver as suas habilidades de pesquisador e se manter em contato com a geração de novos conhecimentos;

3) projetos de extensão; o Curso de Ciência da Computação têm uma grande preocupação na formação geral dos seus alunos. Preocupação essa que, além de conhecimentos técnicos específicos esperados de todo profissional da área de tecnologia, está voltada para a responsabilidade social. Assim, faz parte da estratégia de ensino-aprendizagem adotado por esse curso, o envolvimento dos alunos em projetos que atendam a comunidade. Segundo esse projeto pedagógico, na visão de ensino integral, não basta dar ao aluno o conhecimento técnico. É também importante oferecer a oportunidade de colocar o conhecimento, que está sendo construído, em benefício da comunidade, de poder visualizar as necessidades de seu meio. Esse tipo de atividade é tão importante na formação do aluno, como Ser Humano, que o MEC incluiu a avaliação de programas/projetos de extensão como um dos itens da Avaliação das Condições de Ensino.

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4) Envolvimentos dos alunos em trabalhos interdisciplinares; o curso de Ciência da Computação incentivará os alunos a se envolverem em trabalhos interdisciplinares durante todo o curso através do desenvolvimento de projetos envolvendo várias disciplinas do semestre. Espera-se que essa também seja uma boa estratégia de ensino-aprendizado.

E finalmente, 5) Para concluir seu curso, no último ano, o aluno deve apresentar um trabalho, denominado "Projeto Orientado em Computação", onde ele tem a oportunidade de consolidar e integrar todos os conhecimentos adquiridos durante o curso.

6.10 Modalidades de Oferta de Unidades Curriculares

As unidades curriculares do curso de Ciência da Computação poderão ser ofertadas nas modalidades presencial e semi-presencial, de acordo com a Portaria 4.059/2004 do Ministério da Educação. Para o caso de UCs oferecidas na modalidade semi-presencial, as mesmas deverão antes ser previstas neste projeto pedagógico.

6.11 Avaliação de Aprendizagem

A avaliação do aprendizado em Ciência da Computação deverá levar em conta tanto os aspectos teóricos quanto práticos. Apesar de o curso conter UCs nitidamente de conteúdo teórico, a maior parte está voltada a um conteúdo misto, onde prática e teoria são inseparáveis. A seguir, propomos meios de avaliação para os diferentes perfis de UC do curso. Entretanto, deve-se salientar que a forma, o conteúdo e o tipo de avaliação serão de livre escolha do professor da UC.

Disposições gerais quanto às avaliações das Unidades Curriculares:

• As avaliações deverão seguir critérios específicos de distribuição de pontos divulgados no plano de ensino da UC no início de cada semestre;

• O professor deverá comunicar aos alunos o resultado de cada avaliação realizada num prazo máximo de 15 dias após a sua realização, exceto no caso da avaliação final, que permanecerá arquivada e cuja revisão deverá ser solicitada explicitamente pelo aluno junto à Coordenadoria de Curso;

• As avaliações deverão apresentar um número amplo e variado de questões, o suficiente para que o aluno possa ser avaliado em vários elementos do conteúdo e em aspectos da aprendizagem de cada UC.

6.11.1 Unidades Curriculares Teóricas

As UCs teóricas caracterizam-se por apresentarem conhecimentos predominantemente teóricos, que deverão ser desenvolvidos através de atividades didáticas que instiguem a curiosidade e a investigação, promovendo um sentido de valor ao conhecimento e à teoria, que devem ser apreendidos e mobilizados para solucionar ou responder questões emergentes nas atividades em sala de aula. Não basta avaliar simplesmente a aquisição dos conteúdos teóricos, mas a contextualização e sentido dado por cada aluno. Dessa maneira, a forma de avaliação deverá levar em conta tanto o conhecimento em si quanto as competências a eles relacionados. Portanto, é sugerido:

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• 70% do valor total da pontuação do semestre voltada para a avaliação de aprendizagem dos conteúdos teóricos.

• 30% da pontuação voltada para o desenvolvimento da capacidade de contextualização, interpretação e mobilização dos conteúdos teóricos como competências a serem desenvolvidas em situações de classe. Somam-se também aos conteúdos teóricos, os conteúdos comportamentais, para efeito de avaliação das competências.

Sugestão de Forma de Avaliação: 70% dos pontos para conteúdos teóricos distribuídos em, no mínimo, 2 avaliações ao longo do semestre e 30% em trabalhos, apresentação de seminários e artigos.

6.11.2 Unidades Curriculares Mistas

Uma parte do curso é formada por UCs mistas, que se caracterizam por apresentarem conteúdos teóricos e práticos, que poderão ser desenvolvidos separadamente, em momentos distintos da aprendizagem, mas que deverão ser integrados, tendo como produto final as competências referentes àquela atividade ou UC em questão.

Como é grande o número de UCs mistas e entre elas existem algumas diferenças significativas, é possível uma variação de porcentagem na distribuição de pontos referentes aos conteúdos teóricos e práticos. Neste sentido, é sugerido:

 60% do valor total da pontuação do semestre voltados para a avaliação de aprendizagem dos conteúdos teóricos;

 40% do valor total voltados para a avaliação de trabalhos práticos.

Sugestão de Forma de Avaliação: 60% dos pontos para conteúdos teóricos, avaliados em, no mínimo, 2 avaliações ao longo do semestre e 40% dos pontos para trabalhos práticos, apresentações de seminários, artigos, etc.

Obs.: As unidades com denominação “Laboratório” são automaticamente incluídas na matrícula do aluno quando este se matricula na disciplina teórica. Por exemplo, ao se matricular em “Algoritmos e Estruturas de Dados I”, o sistema deverá matricular o aluno em “Laboratório Algoritmos e Estruturas de Dados I”. Assim, o sistema não deverá permitir a matrícula isolada de UCs de laboratório sem o vínculo com a disciplina teórica e vice-versa.

6.11.3 Projeto Orientado em Computação

O Projeto Orientado em Computação do Curso de Ciência da Computação caracteriza-se como avaliação final para obtenção do grau de bacharel em Ciência da Computação, sendo, portanto, compulsória a sua elaboração.

O documento resultante da Proposta e do Projeto Orientado em Computação deverá ser entregue ao professor orientador e ao coordenador da UC em data preestabelecida por este. O professor orientador será responsável por 60% da nota da UC e o coordenador será responsável pelos 40% restantes. Serão avaliados os relatórios intermediários, a documentação final e a apresentação do projeto.

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A apresentação final representará pelo menos 10% da nota a ser avaliada pelo coordenador das unidades de projeto. Durante a apresentação o aluno deverá fazer uma exposição oral a respeito do trabalho desenvolvido contando com um tempo limitado para a apresentação e para as perguntas. Após o término, a exposição e o trabalho serão avaliados por uma banca examinadora composta por pelo menos 2 (dois) professores designados pela Coordenadoria, sendo um destes o orientador do trabalho e o outro um membro convidado selecionado entre os componentes do corpo docente do curso. A apresentação do trabalho é de domínio público e os alunos do curso deverão ser incentivados a assistir a exposição dos colegas, sobretudo aqueles que estejam cursando a disciplina Proposta de Projeto Orientado, para que tenham noção da dimensão e da importância do POC.

O aluno deverá obter aproveitamento igual ou superior a 60% da pontuação para que seja considerado aprovado. Caso o aluno não seja aprovado, ele deverá cursar a UC no semestre subseqüente. Isto não impede a continuidade do trabalho em desenvolvimento, caso o aluno deseje aperfeiçoá-lo. De acordo com a Resolução 030 do CONEP/UFSJ de 20 de Dezembro de 2007: “É obrigatória a inscrição semestral para o aluno cujo Estágio Supervisionado, Monografia, outras formas de Trabalho de Conclusão e Atividades Complementares constituir a última atividade para integralização do curso.” A mesma resolução diz ainda que, quando a finalização do POC for a última exigência para a integralização do curso, é permitido ao aluno requerer sua inscrição por, no máximo, dois períodos letivos.

6.12 Avaliação e Atualização Curricular

“A avaliação e a atualização curricular devem constituir um processo contínuo, com o intuito de manter o curso de Ciência da Computação sintonizado com as necessidades do ambiente externo e propiciar o aperfeiçoamento constante das condições de ensino do curso. Assim, a avaliação deve ser uma concepção incorporada ao desenvolvimento das atividades do curso no âmbito da sala de aula, no âmbito da unidade acadêmica que é responsável pelo curso e no âmbito da própria instituição de ensino superior” [7].

Avaliação do projeto político-pedagógico do curso compreende o acompanhamento e a gestão da execução do projeto. A avaliação deverá ser realizada semestralmente e será executada a partir das seguintes ações:

• Criação de uma comissão avaliadora a ser escolhida pelo colegiado do curso para acompanhar os resultados advindos da execução do Projeto Político-Pedagógico.

• Reuniões semestrais entre professores que lecionarão UCs da mesma subárea da computação, para que as metodologias, ferramentas e linguagens de programação utilizadas sejam consistentes entre si, alterando-as quando necessário.

• Reuniões entre Coordenador, vice-coordenador, professores e representantes dos alunos ao final dos semestres para avaliar a eficácia do Projeto Político-Pedagógico e detectar possíveis ajustes.

A atualização curricular do bacharelado será feita de forma natural e continuada. Isto acontece porque o curso está estruturado de forma que contenha um grupo relativamente pequeno de Unidades Curriculares obrigatórias, atendendo às principais diretrizes curriculares para a Computação, e um grupo relativamente grande de UCs optativas, que permitem uma grande flexibilidade no direcionamento da formação dos egressos. Esta abordagem possibilita o oferecimento ou não de determinadas UCs de acordo com as demandas atuais dos alunos, do mercado e do meio acadêmico, assim como a criação de novas UCs, sempre por decisão do Colegiado do Curso. Desta forma, a

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atualização curricular poderá ser feita de forma rápida e sem burocracia. Pode-se afirmar que o princípio da atualização curricular faz parte desta proposta desde o seu início.

7. Pesquisa e Extensão

Em instituições de ensino superior, é necessário haver articulação entre ensino, pesquisa e extensão como forma de enriquecer o desenvolvimento de competências dos estudantes e docentes [7].

O investimento no desenvolvimento de pesquisas enriquece o currículo da graduação, promove oportunidades de pós-graduação, além de manter o corpo docente atualizado. Segundo [7], a criação de cursos de pós-graduação (especialização, mestrado e doutorado) também cumprirá o objetivo de formação específica de docentes e pesquisadores em Sistemas de Informação. Além disso, estas atividades são de tal importância que constituem itens da avaliação das condições de ensino, realizada pelo MEC.

Os vários campos de conhecimentos que servem à organização curricular oferecem referencial para possibilidades de pesquisas, não só nas áreas de Ciência da Computação como um todo, mas também em áreas interdisciplinares, incorporando os demais departamentos da UFSJ. Além das possibilidades de estudo/pesquisa nas diversas áreas afins do bacharelado em Ciência da Computação, uma conseqüência natural do desenvolvimento e maturação do curso é a instalação em médio-longo prazo de um programa de pós-graduação.

Diversas áreas de pesquisa colocam-se como estratégicas para o desenvolvimento do programa. Uma área em que atividades de pesquisa podem se iniciar imediatamente é a de bioinformática, em parceria com outros programas existentes na UFSJ, como por exemplo, o mestrado em neurociências, área com grande afinidade com a computação e bioinformática. Outros temas de pesquisa se encaixam naturalmente neste projeto. Por exemplo, para associação com a área de arte e cultura e com projetos de educação à distância podemos citar pesquisa em geração, armazenamento e transmissão de vídeo sob demanda. Esta pesquisa estuda métodos para armazenamento e transmissão eficientes de vídeo na Internet e pode ser usada tanto para fins de educação à distância quanto para transmissão de filmes artísticos gerados por pesquisadores em artes digitais. Muitas outras áreas de pesquisa são possíveis, naturalmente iniciadas de acordo com as especializações dos docentes do curso, mas não restritas às mesmas. Este projeto prevê que os professores do curso desenvolverão temas de pesquisa dentro das atividades normais do curso.

As atividades de extensão deverão implementar políticas de fomento às atividades que integrem o curso de Ciência da Computação, e a universidade como um todo, à comunidade. Nessa linha, podemos destacar atividades como consultorias na área de computação por parte de professores e alunos, parcerias entre a instituição e as empresas locais, o desenvolvimento de projetos de empreendedorismo e a implantação de incubadoras de base tecnológica, além do desenvolvimento de cursos abertos à população.

Segue uma lista de possibilidades de cursos de extensão que poderão ser oferecidos à comunidade sanjoanense:

Cursos na área de aplicativos:

• Utilização do Sistema Operacional Linux; • Utilização de Ferramentas OpenOffice.

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• Cursos na área de Linguagens de Programação: • Introdução a Programação Utilizando Java;

• Desenvolvimento de Aplicações Utilizando Java SE; • Desenvolvimento de Aplicações Web Utilizando PHP;

• Desenvolvimento de Aplicações Corporativas Utilizando Java EE. • Cursos na área de administração de redes e Linux:

• Montagem e Administração de Redes Linux;

• Administração de Sistemas Linux. Cursos na área de Internet; • Web Design.

Cursos na área de engenharia de software:

• Análise e Modelagem Orientada a Objetos com UML; • Modelagem de Negócios com UML;

• Engenharia de Requisitos;

• Desenho e Implementação Orientados a Objetos; • Processo de Desenvolvimento de Software.

Além da oferta de cursos de extensão para a comunidade local, há a possibilidade de oferta de cursos à distância, como vem acontecendo em diversos programas de extensão de universidades particulares e públicas pelo país.

É importante ressaltar que a posição geográfica de São João del-Rei com relação às principais capitais da região sudeste oferece a possibilidade da oferta de cursos de extensão não somente para a comunidade local como também para as comunidades de São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Naturalmente dada a grande oferta de cursos existentes nestas cidades, o estudo dos cursos de extensão da UFSJ torna-se estratégico. Em particular, percebe-se que a oferta de cursos em áreas nas quais é possível haver integração com outros cursos, departamentos e programas da UFSJ pode ser extremamente atraente, por exemplo, nas áreas de bioinformática e arte e cultura, que são áreas inovadoras em que a oferta de cursos no país é extremamente limitada.

Entende-se desta forma, que proposta de extensão do Bacharelado em Ciência da Computação pode se tornar uma excelente forma de integração da UFSJ com as principais cidades do país, atraindo recursos, pessoal qualificado e projetos de pesquisa que tornarão a UFSJ um centro nacional de referência nestas áreas.

Coordenação de Extensão

Um professor com dedicação de 8 horas semanais estará responsável por coordenar as atividades de extensão. Este professor ficará responsável por organizar as atividades de extensão e pesquisa, tais como:

• Gerenciar as atividades de pesquisa a fim de relatar a produção acadêmica do curso; • Organizar e gerenciar as atividades de prestação de serviços à sociedade;

• Organizar e gerenciar os cursos de extensão oferecidos à comunidade; • Divulgar os eventos interdisciplinares realizados no curso;

• Promover o intercâmbio interdisciplinar no que toca a projetos de pesquisa e extensão; • Organizar e divulgar o conhecimento produzido nas pesquisas do curso.

As possibilidades de se desenvolver atividades de pesquisa e extensão a partir do departamento de Ciência da Computação da UFSJ vão além de promover produção acadêmica e a interação entre

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universidade e sociedade. As possibilidades poderão apontar, a médio ou a longo prazo, para a afirmação da UFSJ como um dos grandes centros de produção acadêmica e de tecnologia do Estado de Minas Gerais e do Brasil. Neste sentido, podemos certamente imaginar um significativo progresso tecnológico, econômico e político para São João del-Rei e toda região de abrangência da UFSJ.

8. Corpo Docente e Técnico Administrativo

8.1 Critérios gerais de escolha do corpo docente

As diretrizes para a escolha do corpo docente de um curso na área de computação são delineadas a seguir. A formação sugerida é a desejável, mas pode haver casos em que serão admitidos docentes com formação em outras áreas, desde que apresentem tradição de ensino ou experiência profissional na área de Computação.

Preferencialmente, docentes com doutorado serão selecionados. É importante não somente a participação de docentes que tenham amplo conhecimento sobre a área, como também os que irão promover a pesquisa em ciência da computação, sendo que para isto o doutorado é desejável.

1. Os docentes dos núcleos de matemática e contexto social e profissional devem ter formação nas áreas específicas das matérias lecionadas: matemática, letras, administração, economia, ciências contábeis, direito etc.

2. Os docentes do núcleo de Fundamentos da Computação devem ter formação de pós-graduação na área de computação.

3. Os docentes do núcleo de Tecnologia de Computação devem ter formação em pós- graduação em Ciência da Computação, com experiência de ensino, profissional e de pesquisa na área especıfica da UC.

8.2 Planejamento de contratações

Contratações para implantação do curso

Três professores devem ser contratados para a implantação do curso. Um destes deverá ser contratado para coordenar a implantação. Essa contratação deverá ser feita pelo menos dois semestres antes do início de funcionamento do curso.

As funções do professor responsável pela implantação do curso são:

• Monitorar a preparação e adequação das salas de aulas e da infra-estrutura computacional do curso; • Orientar quanto à compra de equipamentos, computadores e acessórios correspondentes;

• Orientar quanto à compra de material bibliográfico, livros, etc.;

• Orientar na elaboração dos editais para concurso e contratações de professores; • Elaborar as provas para seleção de candidatos;

• Organizar horários das aulas e distribuição de salas para o início do ano letivo.

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Duas secretárias deverão ser contratadas para apoio geral das atividades do curso. Uma contratação deverá ser feita para o início previsto do curso. A segunda secretária (técnico administrativo) deverá ser contratada 1 ano após a primeira.

Contratação de 4 técnicos de nível superior para operação da infra-estrutura computacional. As contratações são previstas para 2009 (1), 2010 (1) e 2012 (2)

A fim de que o sistema computacional do programa seja operado de forma segura e continuada será necessária a contratação de três técnicos especializados. Estes técnicos terão a função de instalar e manter funcionando os computadores dos laboratórios e da administração do programa. Entre as principais tarefas desta equipe podemos citar:

• Instalação física dos computadores e da rede de conexão; • Instalação dos sistemas operacionais e softwares de apoio;

• Instalação, configuração e operação dos serviços computacionais básicos do programa, como e-mail, acesso a Internet, backup, provimento de arquivos;

• Execução das rotinas de cópias de segurança; • Atualização continuada dos sistemas instalados;

• Atualização dos sistemas de segurança, com instalação de antivírus, “patches” de segurança e a monitoração continuada da eficácia destas medidas;

• Apoio aos professores e alunos na operação dos sistemas.

A equipe de apoio ao sistema computacional é extremamente importante, pois os serviços como e-mail, acesso à Internet, cópias de segurança entre outros, precisam estar disponíveis e devem ser monitorados continuamente. Problemas com vírus, ataques a computadores pela Internet e falhas nos sistemas somente podem ser resolvidos se uma equipe permanente estiver à disposição do programa de graduação do curso. Sem esta equipe, os serviços computacionais do curso não podem ser garantidos.

Planejamento geral das contratações ao longo dos quatro primeiros anos de implantação do curso

É possível atender gradativamente às demandas de contratação de professores ao longo do desenvolvimento do curso. A seguir será apresentada uma proposta de planejamento para as contratações de professores. Esta proposta será detalhada no anexo D.

ANO 1: Quatro Professores

Além do professor coordenador, o curso necessitará de mais três professores para atuar nas áreas listadas abaixo em seu primeiro ano de funcionamento, totalizando quatro professores.

• 1 Professor da área de Sistemas de Computação; • 1 Professor da área de Matemática Computacional; • 1 Professor da Área de Hardware.

Serão necessários também os seguintes professores de outros departamentos da UFSJ:

• 1 Professor de Cálculo Diferencial e Integral I com 6 horas semanais • 1 Professor de Geometria Analítica com 4 horas semanais

Referências

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