Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
ESCOLA DE MEDICINA
INTERNATO EM CIRURGIA 1. Internato Obrigatório em Cirurgia
Objetivo Geral
Desenvolver habilidades e competências cirúrgicas fundamentais para realização de procedimentos de menor complexidade, quer sejam eles de caráter eletivo ou emergencial, em nível ambulatorial e hospitalar.
Objetivos Específicos
a) Compreender as várias causas que determinam, aprovam ou dificultam a solução de um problema cirúrgico;
b) Acompanhar o exame inicial, as discussões e definições diagnósticas, indicações terapêuticas e tratamentos, em especial as evoluções dos pacientes submetidos à cirurgia (pré, trans e pós-operatório);
c) Realizar cirurgia ambulatorial, nível I, sob supervisão, como: tratamento cirúrgico de infecções purulentas da pele e subcutâneas; tratamento cirúrgico dos tumores (benignos e malignos) da pele e subcutâneos; tratamento cirúrgico da unha; biópsias, retirada de corpos estranhos; alongamento de frênulo (postectomia), bem como os procedimentos médicos associados a estas cirurgias (assepsia e anestesia local);
d) Realizar entubação nasogástrica e cateterismo vesical;
e) Realizar punção evacuadora e diagnóstica abdominal e torácica;
f) Realizar imobilização e transporte de fraturados;
g) Realizar medidas de desobstrução das vias aéreas superiores;
h) Identificar emergências cirúrgicas para providências imediatas;
i) Identificar e tratar os vários tipos de choque.
2. Área de Subestágio Duração
Cirurgia Geral 30 dias (1 período de 30 dias, pelo menos e no máximo 2 períodos de 30 dias)
Especialidades Cirúrgicas 60 ou 90 dias (2 ou 3 períodos de 30 dias)
3. Distribuição dos Doutorandos no Estágio Obrigatório de Cirurgia
Cada doutorando realizará 4 estágios de 30 dias em equipes cirúrgicas. Ao final do Internato em Cirurgia, ele deverá ter estagiado em uma ou duas equipes distintas de Cirurgia Geral e em duas ou três equipes distintas de especialidade cirúrgica. A distribuição dos alunos deverá obedecer a tabela com disponibilidade de vagas mensais em cada uma das equipes tanto de cirurgia geral quanto das especialidades.
a) Cirurgia Geral: formado pelas equipes 1, 2, 4 e 5. O aluno não deverá permanecer por mais de 30 dias na mesma equipe.
b) Especialidades Cirúrgicas: formada pelas equipes das cirurgias pediátrica, cardiovascular, proctologia, urologia, anestesiologia, torácica, neurocirurgia, ortopedia e traumatologia, cirurgia da mão e microcirurgia reconstrutiva, cirurgia da obesidade metabólica, patologia e otorrinolaringologia. O aluno deverá optar por duas ou três especialidades cirúrgicas, com duração de 30 dias em cada estágio, não sendo permitida a permanência do aluno por mais de 30 dias na mesma especialidade.
4. Atividades Conjuntas dos Estágios de Cirurgia Geral e Especialidades Cirúrgicas Atividades Teóricas
CRONOGRAMA DE REUNIÕES /SEMINÁRIOS
Dia Horário Assunto
Quartas-feiras 14h Temas em cirurgia
Quintas-feiras 8h Reunião Serviço de Cirurgia Geral (doutorandos que estão no HSL)
Quintas-feiras 14h Reunião Multidisciplinar: Discussão de casos
Sextas-feiras 14h Seminários: Temas em Cirurgia
Data a ser definida em
cronograma especifico Das 14h às 15h Curso de Oncologia Cirúrgica
a) Cirurgia Geral
Horário: De segunda a sexta-feira: das 7h30min às 18h Sábados: das 8h às 12h
Domingos e feriados: regime de plantões
Distribuição: Serão disponibilizadas 2 vagas por equipe entre as 4 equipes de Cirurgia Geral.
O aluno deverá optar por pelo menos 1 equipe diferente no período de estágio. Na divisão, a segunda vaga em cada equipe só poderá ser preenchida quando já houver pelo menos 1 aluno em cada equipe, não sendo admitida a possibilidade de uma das 4 equipes de cirurgia geral não receber um doutorando, tendo, no mesmo período, outra com 2 doutorandos.
Atividades Práticas
1. Ações em Ambulatório, Enfermarias e Serviços de Emergência;
2. Ações no Bloco Cirúrgico.
Atividades Teóricas
1. Reunião conjunta dos Serviços de Cirurgia Geral, Patologia, Radiologia e Oncologia – quintas – feiras das 8h às 9h, sala 308.
2. Seminários sobre temas básicos de Medicina, Cirurgia do Trauma e Urgências Cirúrgicas.
Plantões
Plantões de 12 horas, nos setores de Cirurgia Geral, de acordo com a escala estabelecida pelo Serviço/Disciplina de Cirurgia Abdominal, de segunda-feira a domingo.
b) Especialidades Cirúrgicas
Horário: De segunda a sexta-feira: das 7h30min às 18h Sábados: Das 8h às 12h
Domingos e feriados: Regime de plantões
Distribuição: conforme a tabela abaixo (vagas/mês) Áreas de Estágio/Preceptoria
Atividades Práticas
1. Ações em Ambulatório, em Enfermarias e Serviços de emergência;
2. Ações no Bloco Cirúrgico.
ESPECIALIDADE VAGAS
Anestesiologia 01
Cirurgia Bariátrica 01
Cirurgia Cardiovascular 01
Cirurgia da Mão e Microcirurgia Reconstrutiva 01
Cirurgia Pediátrica 01
Cirurgia Torácica 01
Neurocirurgia 01
Ortopedia/Traumatologia 01
Otorrinolaringologia 01
Patologia 01
Proctologia 01
Urologia 01
Atividades Teóricas
1. Reunião do Serviço / Disciplina da Especialidade da área de estágio.
2. Seminários sobre temas básicos de Medicina, Cirurgia e Urgências Cirúrgicas da Especialidade da área de estágio.
Conteúdos mínimos de cada especialidade cirúrgica
1. Anestesiologia: Avaliação pré-anestésica; drogas utilizadas em pré-medicação;
drogas indutoras, relaxantes e analgésicas; monitorização transoperatória;
possibilidade de acesso venoso periférico; sondagem nasogástrica; noções de reposição transoperatória; sistemas ventilatórios; agentes inalatórios; ventilação mecânica; anestesia geral – fármacos e equipamentos; anestésicos locais; bloqueios anestésicos; complicações da anestesia geral e bloqueios anestésicos; reversão do bloqueio neuromuscular; acompanhamento pós-operatório;
2. Cirurgia da mão e microcirurgia reconstrutiva: Síndromes compressivas do membro superior; Trauma complexo da mão I; trauma complexo da mão II; STC (Síndrome do Túnel do Carpo) I; STC (Síndrome do Túnel do Carpo) II.
3. Cirurgia abdominal: Gerenciamento de risco; clínica cirúrgica (pré e pós- operatório); trauma abdominal; patologia cirúrgica benigna das vias biliares;
patologia cirúrgica do pâncreas e pancreatite; neoplasia peri-ampular; neoplasia de esôfago; neoplasia de estômago; tumores do fígado e vias biliares; hérnia de hiato e refluxo gastro-esofágico; cirurgia da tireoide e paratireoides; hérnias da parede abdominal; patologia cirúrgica do baço; obesidade; acessos para diálise.
4. Cirurgia cardiovascular: Oclusão arterial aguda; oclusão arterial crônica; doença cerebrovascular; trombose venosa profunda; aneurisma de aorta; dissecção de aorta.
5. Cirurgia pediátrica: Insuficiência respiratória por patologias extrapulmonares baixas (hérnias congênitas do diafragma); anomalias congênitas pulmonares;
emergências respiratórias (enfisema lobar, malformação adenomatoide cística, cisto pulmonar congênito, sequestro pulmonar e pneumotórax); enterocolite necrotizante;
obstrução do cólon (Doença de Hirschprung); malformações anorretais; hérnia inguinal e criptorquidia; atresia de esôfago; onfalocele e gastrosquise; tumores da criança (infância); abdome agudo não traumático na criança.
6. Cirurgia torácica: Pré e pós-operatório em cirurgia torácica; neoplasia de pulmão;
afecções não neoplásicas da pleura.
7. Neurocirurgia: Hipertensão intracraniana; tumores medulares; tumores cerebrais;
hemorragia cerebral.
8. Oftalmologia: Urgências em oftalmologia; doenças externas oculares; doenças da retina; catarata; glaucoma; uveíte.
9. Ortopedia/Traumatologia: Lombalgia; hérnia de disco; fratura de quadril – colo de fêmur e trocantérica; infecções ósteo-articulares; deformidades congênitas e do
desenvolvimento; tumores ósseos; processos degenerativos ósteo-articulares;
fraturas em geral; fratura e luxação da cintura escapular; fraturas do úmero; fratura e luxação do cotovelo; fraturas dos ossos do antebraço e fratura de Colles; fratura e luxação do punho e carpo; fraturas dos metacarpeanos e dedos; fratura e luxação da cintura pélvica; fratura da diáfise do fêmur; fratura supracondiliana do fêmur;
fratura dos ossos da perna; fratura e luxação do tornozelo; fraturas expostas.
10. Otorrinolaringologia: Exame clínico otorrinolaringológico – otoscopia, rinoscopia e laringoscopia; câncer de boca e orofaringe; neoplasia de laringe; nódulo de tireoide;
paralisia de prega vocal unilateral; nódulo cervical.
11. Proctologia: Anatomia e fisiologia do intestino grosso; semiologia; doença hemorroidária; infecções anais; fissura anal; cisto pilonidal; doença diverticular;
doenças inflamatórias do intestino grosso; câncer colorretal; obstrução intestinal;
constipação.
12. Urologia: Infecção urinária; litíase renal: conduta diagnóstica e terapêutica;
hiperplasia prostática benigna; neoplasias de urotélio; câncer de próstata; massas renais: avaliação e tratamento; trauma urológico; disfunções miccionais.
5. Referências
Referências Localização
1. KUMAR, Vinay et al. Robbins and Cotran:
pathologic basis of disease. 8. ed. Philadelphia:
Elsevier Saunders, 2010.
Biblioteca da Escola de Medicina 616.07 K96Rpa
2. MILLER, Ronald Dean (Ed.) et al. Miller's anesthesia. 8. ed. Philadelphia: Elsevier, [2015].
Biblioteca da Escola de Medicina v.1 – 2015
617.96 M647 v.1 v.2 – 2015 617.96 M647 v.2 3. ROHDE, Luiz. Rotinas em cirurgia
digestiva. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, [2011].
Biblioteca da Escola de Medicina 617.43 R848ra
4. SOUZA, Hamilton Petry de; BREIGEIRON, Ricardo; VILHORDO, Daniel Weiss (Ed.). Doença trauma: fisiopatogenia desafios e aplicação prática.
São Paulo: Atheneu, 2015.
Biblioteca da Escola de Medicina 617.1 D651d
5. COELHO, Júlio Cezar Uili. Aparelho digestivo: clínica e cirurgia. 3. ed. São Paulo:
Atheneu, 2006.
Biblioteca da Escola de Medicina v.1 – 2006
616.3 C672a v.1 v.2 – 2006 616.3 C672a v.2
6. FELICIANO, David V.; MOORE, Ernest E.;
MATTOX, Kenneth L. (Ed.). Trauma. 3. ed. Stamford (CT): Appleton & Lange, 1996.
Biblioteca da Escola de Medicina 617.1 T777t
7. TOWNSEND, Courtney M. et al. Sabiston textbook of surgery: the biological basis of modern surgical practice. 19. ed. Philadelphia: Elsevier
Saunders, 2012.
Biblioteca da Escola de Medicina 617 S116Sd
8. DOHERTY, Gerard M.; WAY, Lawrence W.
(Ed.). Current surgical diagnosis & treatment.
12. ed. New York (NY): Lange Medical, 2006.
Biblioteca da Escola de Medicina 617 C976cc
9. SOUZA, João Carlos Ketzer de; SALLE, João L.
Pippi (Org.). Cirurgia pediátrica: teoria e prática.
São Paulo: Roca, 2008.
Biblioteca da Escola de Medicina 617.98 C578c
10. O'Neill, James A. et al. (Ed.). Pediatric surgery. 5. ed. St. Louis: Mosby, 1998.
Biblioteca da Escola de Medicina v.1 –1998
617.98 P371pb v.1 v.2 – 1998
617.98 P371pb v.2 11. UPTODATE. c2017. Disponível em:
<https://www.uptodate.com/contents/search>. Base de dados on-line.
https://www.uptodate.com/contents/search
12. SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA; COHEN, Moisés (Coord.). Tratado de ortopedia. São Paulo: Roca, 2007.
Biblioteca da Escola de Medicina 617.3 S678t
13. HEBERT, Sizínio Kanan et al. Ortopedia e traumatologia: princípios e prática. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
Biblioteca da Escola de Medicina 617.3 O446oc
14. ACTA Médica (Porto Alegre). Porto Alegre:
PUCRS, 1977-.
Biblioteca da Escola de Medicina 2016 v.37
Periódicos 15. MOUNTAIN, Clifton F. Revisions in the
International System for Staging Lung Cancer.
Chest, Chicago, v. 111, n. 6, p. 1710-1717, 1997.
Biblioteca Central - Acervo Histórico 1997 v.111 n.6, jun
AH/Periódicos/BME 16. Sahn S. A. Management of complicated
parapneumonic effusions. American Review of Respiratory Disease, Baltimore, v. 148, n. 3, p.
813-817, 1993.
Biblioteca Central - Acervo Histórico 1993 v.148 n.3, set
AH/Periódicos/BME
17. PINTO FILHO, Darcy Ribeiro. Empiema pleural.
In: SILVA, Luiz Carlos Corrêa da. Condutas em
Biblioteca da Escola de Medicina v.2 – 2001
pneumologia. Rio de Janeiro: Revinter, [2001]. v.
2, p. 665-672.
616.24 S586cl v.2
18. VALENTINE, V. G.; RAFFIN, T. A. The
management of chylothorax. Chest, Chicago, v. 102, n. 2, p. 586-591, 1992.
Biblioteca Central - Acervo Histórico 1992 v.102 n.2, ago
AH/Periódicos/BME
19. FERGUSON, M. K.; LITTLE, A. G.; SKINNER, D.
B. Current concepts in the management of
postoperative chylothorax. The Annals of thoracic surgery. Boston, v. 40, n. 6, p. 542-545, 1985.
http://www.annalsthoracicsurgery.org/article/S0003 -4975(10)60345-1/pdf
20. FUKUDA, Yotaka (Coord.). Guia de
otorrinolaringologia. Barueri: Manole, 2003. (Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar -
UNIFESP/Escola Paulista de Medicina)
Biblioteca da Escola de Medicina 616.21 G943go
21. LALWANI, Anil K. (Ed.). Current diagnosis &
treatment in otolaryngology-head & neck surgery. New York, NY: Lange Medical, 2004.
Biblioteca da Escola de Medicina 616.21 C976c
22. VILAR, Lucio (Ed.) et al. Endocrinologia clínica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, c2013.
Biblioteca da Escola de Medicina 616.43-.48 E56ec
23. Jones, H. Royden (Ed.) et al. Sistema nervoso. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, c2014.
(Coleção Netter de Ilustrações Médicas, 7)
Biblioteca da Escola de Medicina v.1 - 2014
611.8 S623s v.1 v.2 - 2014 611.8 S623s v.2 24. WEIN, Alan J. (Ed.). Campbell-Walsh
urology. 10. ed. Philadelphia: Elsevier Saunders, c2012.
Biblioteca da Escola de Medicina 616.6 C187C
25. LUE, Tom F; MCANINCH, Jack W. (Ed.).
Smith's general urology. 18. ed. New York, NY:
McGraw-Hill, 2013.
Biblioteca da Escola de Medicina 616.6 S659sa
26. BENDER, Ana L. (Ed.). Protocolos para Segurança do Paciente: uma proposta multidisciplinar. EDIPUCRS
Biblioteca da Escola de Medicina
27. Programa Nacional de Segurança do Paciente – Ministério da Saúde
http://www.saude.pr.gov/modules/conteudo/conteu do.php?conteudo=3025
6. Internato Optativo em Cirurgia
Áreas de Subestágio
Especialidades cirúrgicas do Núcleo de Formação Especifica em Cirurgia da Escola de Medicina da PUCRS.
Duração
Dois meses na área de Cirurgia, podendo fazer opções em duas especialidades na área conforme o número de vagas das diversas especialidades.
Distribuição dos doutorandos no estágio optativo
A distribuição dos alunos optantes pela área de Cirurgia será feita conforme sua escolha, considerando-se o número de vagas em cada uma das especialidades do Núcleo de Formação Especifica em Cirurgia da Escola de Medicina / PUCRS.
Quando houver um maior número de doutorados em relação ao número de vagas, far-se-á a distribuição da seguinte maneira:
a) Solicitação do Coordenador do Internato em Cirurgia ao chefe do serviço da respectiva especialidade cirúrgica para abertura de novas vagas;
b) Na impossibilidade de abertura de novas vagas, a escolha será feita através da análise do melhor curriculum no Curso de Medicina.
Horário: De segunda a sexta-feira: das 7h30min às 18h.
Sábado: das 8h às 12h.
Orientação
Professores responsáveis pelas equipes de atendimento.
Atividades Práticas
a) Ações em Ambulatório, em Enfermarias e Serviços de emergência.
b) Ações no Bloco Cirúrgico.
Atividades Teóricas
Específicas: desenvolvidas, orientadas e avaliadas pela equipe do serviço da respectiva especialidade cirúrgica da área de estágio optativo.