• Nenhum resultado encontrado

VOCÊ SOFRE COM ZUMBIDO NO OUVIDO?

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "VOCÊ SOFRE COM ZUMBIDO NO OUVIDO?"

Copied!
12
0
0

Texto

(1)

VOCÊ SOFRE COM

ZUMBIDO NO OUVIDO?

Se a sua resposta foi sim, este e-book foi desenvolvido para você!

Nosso objetivo é oferecer informações valiosas e seguras para ajudar pessoas que sofrem com o zumbido a compreender melhor

a sua condição e o que pode ser feito para trazer alívio. Se tiver qualquer dúvida, entre em contato conosco.

Tenha uma boa leitura.

(2)

1. O que é zumbido? Pág 03 2. Você não está sozinho! Pág 04 3. O zumbido é real! Pág 05 4. Se não tenho perda auditiva, o que causa meu zumbido? Pág 06 5. O que devo fazer? Pág 07 6. Zumbido tem cura? Pág 08 7. Dicas práticas! Pág 09 8. Zumbido e Perda Auditiva! Pág 10 9. Qual o impacto na qualidade de vida? Pág 11

Índice

(3)

O que é o zumbido?

O zumbido, ou !nnitus, é definido como qualquer som que o indivíduo percebe na cabeça, em uma ou nas duas orelhas, sem que haja uma fonte externa para este som, uma “sensação audi?va fantasma”.

As pessoas normalmente relatam escutar um som de apito, sirene, panela de pressão, chuva, cigarra e até mesmo um resgate de memória audi?va, geralmente músicas que essas pessoas escutavam no passado.

Esse ?po de zumbido é raro e é conhecido como alucinação musical.

A sensação da presença do som é involuntária, pode ser conHnua ou ir e vir, costuma ser mais percebido em ambientes silenciosos.

Pode ter diversos graus, muitos pacientes com zumbido não se incomodam com o som e não procuram ajuda médica. Em outros, o zumbido é suficientemente alto para afetar a qualidade de vida e causar consequências Ksicas e emocionais como: a depressão, a ansiedade, a frustração e a insônia.

O zumbido não é uma doença, ele é um sintoma que possui diversas causas como: a perda audi?va, a labirin?te, doenças vasculares, alterações musculares e metabólicas, entre outros. Podendo apresentar mais de uma causa ao mesmo tempo e gerar diferentes impactos.

Qualquer pessoa pode sen?r o zumbido, mas a prevalência maior está em indivíduos com mais de 60 anos. E na maioria dos casos, mas não todos, está associado à perda audi?va induzida pelo ruído ou envelhecimento ou ainda, após a aplicação de medicamentos ototóxicos e exposição ao ruído recrea?vo.

(4)

Você não está sozinho!

O zumbido é mais comum do que pensamos, muita gente refere esse sintoma em algum momento da vida.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 15% da população mundial possui zumbido, o equivalente a cerca de 278 milhões de pessoas. Destas, 35% possuem mais de 60 anos. Na cidade de São Paulo a prevalência verificada foi de 22%, o equivalente a 2.475.770 habitantes, dados de 2013/2014.

A prevalência de zumbido pode estar aumentando à medida que a

população de idosos cresce e à medida que os jovens estão cada vez mais expostos ao ruído industrial e recrea?vo.

Os casos de zumbido aumentaram dras2camente durante a pandemia de COVID-19 por causa do estresse, ansiedade, modificações alimentares e outros fatores. Em geral, as pessoas referiram que o zumbido ocasionou mais incômodo durante a pandemia do que antes dela, principalmente mulheres e jovens.

Quando o zumbido começa a afetar nega?vamente a vida de uma pessoa e a influenciar suas a?vidades diárias, é necessário buscar ajuda médica especializada.

Ao final deste e-book você encontrará um ques?onário, preencha e descubra como o zumbido impacta a sua vida.

(5)

Para escutar, só as orelhas não são suficientes, a audição é um processo cerebral altamente complexo e bem diferente dos demais sentidos. De modo muito resumido, as nossas orelhas captam os sons e mandam a informação para o cérebro, na região do córtex auditivo, e o cérebro é o responsável por dar significado a tudo que as nossas orelhas são capazes de detectar.

A otorrinolaringologista Daniela Janolli explica que “o mau funcionamento das estruturas da orelha é só o ponta pé inicial na geração do zumbido, o problema se inicia ali e depois passa para o cérebro que cria conexões com as suas emoções e a sua atenção de acordo com a sua experiência com o sintoma. O seu cérebro é quem mantem o zumbido e dita a gravidade deste sintoma na tentativa de corrigir a falta da estimulação auditiva. Sendo assim, o cérebro pode responder de duas maneiras: 1- se adaptar; ou 2 – responder de forma super hiperativa e reativa gerando uma percepção e reação associada ao zumbido. A sua reação ao zumbido importa muito. A experiência de medo, ansiedade,

angustia e sofrimento em relação ao zumbido ocorre por ativação de áreas emocionais no cérebro. A emoção pode ser intensificada e agravada de forma a exacerbar a sensação do zumbido com grande impacto na qualidade de vida de quem sente.”

A seguir, a imagem de Ressonância Magnética funcional (RMF) mostra a ativação do cérebro de uma pessoa com zumbido de baixo desconforto (direita) e desconforto elevado (esquerda), pacientes com menor desconforto utilizam um caminho diferente no processamento da informação emocional. Este caminho não ativa a amigdala, mas sim o lobo frontal – parte do cérebro responsável pela atenção e controle.

O ZUMBIDO É REAL,

apesar de ser um som “fantasma”!

Fonte: Husain & McAuley, 2016

Alto desconforto

Baixo desconforto

(6)

É importante compreender que o zumbido não é uma doença, ele é um sintoma que pode ter diversas causas além da perda audi?va. Não é porque você sente o zumbido que, necessariamente, você possui uma doença grave.

Sabemos que cerca de 90% dos casos o zumbido ocorre devido a perda audi?va; dentre todos os ?pos, a perda audi?va relacionada a idade e a perda audi?va induzida por ruído são as maiores causadoras do zumbido.

Além disso, exame normal não é sinônimo de ausência de problema audi?vo, a audição é um processo altamente complexo, é muito mais do que um exame de audiometria e por isso nem sempre a alteração é detectada.

Também há uma infinidade de doenças e alterações que podem provocar a percepção do zumbido. A segunda causa principal para o zumbido é a somá?ca, gerada por alguma interferência na musculatura da face e cervical. O zumbido também pode ter

também: 1. causa metabólica, decorrente de uma interferência no metabolismo de açúcares na via audi?va como a diabetes, hipoglicemia e resistência a insulina; 2. causa vascular, devido a alteração no fluxo sanguíneo dentro da artéria audi?va como a hipertensão; 3. ser decorrente de alterações da ar?culação temporomandibular (ATM) e outras alterações.

O zumbido de um indivíduo pode apresentar mais de uma causa ao mesmo tempo. Inves?gar a doença de base é fundamental para realizar o melhor tratamento.

Sim, o zumbido tem tratamento! É papel do médico otorrinolaringologista realizar o diagnós?co adequado, sendo necessário uma boa avaliação clínica do paciente.

Se eu não tenho perda auditiva,

o que causa o meu zumbido?

(7)

O primeiro passo é procurar um médico otorrinolaringologista e relatar os sintomas. Este profissional irá avaliar, diagnos?car a possível causa do zumbido, indicar tratamentos e realizar encaminhamentos para outros profissionais, como fonoaudiólogo especialista em audição/zumbido, psicólogo, den?sta, nutricionista e até mesmo um fisioterapeuta. Todos esses profissionais fazem parte da rede de cuidado ao paciente com zumbido.

O fonoaudiólogo é um dos profissionais responsáveis por avaliar, tratar e acompanhar o paciente com zumbido.

O processo de reabilitação pode ser feito com a adaptação de aparelho audi?vo, para promover o

enriquecimento sonoro e minimizar ao máximo o zumbido percebido e dar mais conforto ao paciente, terapia de som, uso de geradores de som externo e aconselhamento.

Procure quem entende sobre o assunto, há muito o que ser feito por pessoas com zumbido.

Embora na maioria dos casos o zumbido seja inofensivo e simplesmente um subproduto de danos no sistema audi?vo, você deve consultar um médico e um fonoaudiólogo caso apresente qualquer um dos quadros especificados a seguir:

• zumbido persistente;

• zumbido em um único ouvido;

• zumbido acompanhado de tontura e/ou problemas de equilíbrio;

• zumbido que afeta suas a?vidades diárias;

• Alteração e/ou diminuição da sua capacidade audi?va.

O que devo fazer?

(8)

Quando a origem do zumbido é conhecida, o tratamento correto pode ser capaz de ajudar a diminuir a sensação ou até mesmo eliminá-la. Há casos de cura, mas nem todas as pessoas que possuem zumbido serão

curadas.

Para a maioria dos indivíduos não há uma solução rápida, muitas vezes o zumbido demora para “desaparecer” pois o paciente também demora para procurar ajuda, em média de 5 a 7 anos. É muito mais fácil tratar um zumbido de início recente do que tratar um zumbido de

início tardio.

Zumbido tem cura?

Lembre-se:

O tratamento correto é capaz de melhorar significativamente a percepção

do sintoma e proporcionar melhor

qualidade de vida.

(9)

Mudanças no estilo de vida podem promover um alívio do sintoma,

segue abaixo algumas

recomendações:

Evite o silêncio - a intensidade da percepção do zumbido será reduzida na presença de som ambiente. Isso também pode ser útil quando você está tentando dormir, em momentos de relaxamento ou estudo;

Pratique atividade física (consulte seu médico) – isso ajuda a reduzir o estresse, melhora qualidade do sono e faz bem para a saúde do corpo.

Estudos mostram que níveis mais altos de atividade física têm sido associados a níveis mais baixos de gravidade do zumbido;

Mantenha bons hábitos alimentares – prefira uma dieta saudável, procure reduzir o consumo de açúcar, cafeína e sódio. Consulte um nutricionista para te ajudar nessa jornada.

Dicas práticas

(10)

Para os casos de zumbido associado a perda audi?va, é fundamental tratar a perda audi?va. Converse com o médico otorrinolaringologista e siga a recomendação do profissional.

Diversos estudos mostraram a redução do incômodo do zumbido com uso de aparelho audi?vo e/ou gerador de som, mesmo nos casos de perda audi?va de grau leve. Os aparelhos audi?vos fornecem a es?mulação acús?ca necessária permi?ndo que o cérebro trabalhe e perceba os sons reais.

Os pacientes com zumbido tonal, que parecem com um apito, podem ser beneficiados com o uso da Terapia Notch. Essa terapia é realizada através de um recurso disponível no aparelho audi?vo que produz uma falta de es?mulação no mesmo tom do zumbido. Com isto, o cérebro não recebe mais o som externo na mesma frequência e é es?mulado a não perceber o zumbido.

Outro recurso de tratamento é a Terapia Sonora, o obje?vo é reduzir a percepção do zumbido por meio do som gerado, dificultando a detecção dele pelo cérebro.

Zumbido e Perda Auditiva

(11)

Como saber se o zumbido está impactando a sua

qualidade de vida?

Se você tem zumbido e chegou até aqui, deve estar curioso para saber se o zumbido impacta na sua vida

diária.

Abaixo, temos uma triagem rápida que te ajudará a compreender um pouco melhor os impactos do

zumbido na sua vida.

Acesse o formulário e

responda às perguntas.

(12)

Elabora por:

Fga. Marina Cavalcanti – CRFa. 2-21178

Referências:

OITICICA, Jeanne and BITTAR, Roseli Saraiva Moreira. Prevalência do zumbido na cidade de São Paulo.Braz. j. otorhinolaryngol.[online]. 2015, vol.81, n.2, pp.167-176. ISSN 1808-8694.

Beukes Eldré W., Baguley David M., Jacquemin Laure; et all. Changes in Tinnitus Experiences During the COVID-19 Pandemic. Front. Public Health 8:592878. doi: 10.3389/fpubh.2020.592878

Esmaili AA, Renton J. A review of tinnitus. Aust J Gen Pract. 2018 Apr;47(4):205-208. doi:

10.31128/AJGP-12-17-4420. PMID: 29621860.

Cartilha: All about tinnitus - Autor: Beth-Anne Culhane, Audiologista Avançada, Hospital St George's, Londres. Versão 2.3. Emitida em novembro de 2018. Revisado em julho de 2019. Imagem de silviarita de Pixabay. British Tinnitus Association.

FERREIRA, P. E. A.; CUNHA, F.; ONISHI, E. T.; BRANCO-BARREIRO, F. C. A.; GANANÇA, F. F. Tinnitus handicap inventory: adaptação cultural para o Português Brasileiro. Pró-Fono Revista de Atualização Científica, Barueri (SP), v. 17, n. 3, p. 303-310, set.-dez. 2005.

Sancbez, TG; Pedalini, MEB; Bento, RF. AppUcatíon ofTinnitus Retrsdning Therapyin a Public Hospital.

International Archives of Otorhinolaryngology. Vol. 6 Num. 1 - Jan/Mar - (4º). 2002.

GOUVEIA,CCV. Remissão total do zumbido: caracterização do perfil dos indivíduos e tratamentos realizados. Dissertação (mestrado) – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. SP. 2018.

Figueiredo, Ricardo Rodrigues. Zumbido/ Ricardo Rodrigues figueiredo, Andreia Aparecida de Azevedo - Rio de Janeiro: Revinter, 2013.

Carpenter-Thompson, J. R., Schmidt, S., McAuley, E., & Husain, F. T. (2015). Increased frontal response may underlie decreased tinnitus severity.PLoS ONE, 10(12), Article e0144419.

Referências

Documentos relacionados

This study evaluated the efficiency of using a single instrument from three different rotary multi-file systems and compared them with that of a reciprocating single-file for

Em relação à remuneração reconhecida no resultado dos 3 últimos exercícios sociais e à prevista para o exercício social corrente do conselho de administração, da

Assim, a autobiografia de Vilhalva é de grande relevância para a comunidade surda por evidenciar as dificuldades, as barreiras e as limitações pelas quais passam os surdos não

Visando auxiliar os visitantes e os professores da Educação Básica em aulas externas na trilha adaptada do PARNA Tijuca, essa pesquisa teve como objetivo

Neste trabalho, são discutidas as características do denominado terceiro setor, diversos aspectos relativos à gestão das organizações que dele fazem parte, assim

A ANEEL, através da Resolução Homologatória nº 627, de 07 de abril de 2008, estabeleceu, em caráter provisório, que as tarifas da Sociedade ficam reajustadas em um percentual de

( 1) Efetuamos uma revisão especial das Informações Trimestrais (ITRs) da COMPANHIA PAULISTA DE FORÇA E LUZ - CPFL compreendendo o balanço patrimonial de 31 de março de 2002,

Se não seleccionar esta função, carregue no botão (SOURCE/OFF) sem soltar até o ecrã desaparecer quando desligar a