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Novo conceito na clareação dentária pela técnica no consultório

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Academic year: 2021

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Novo conceito na clareação dentária

pela técnica no consultório

Fabiano Carlos Marson*, Luis Guilherme Sensi**, Rodrigo Reis***

ReSuMo

O objetivo deste trabalho foi avaliar o tempo de decomposição e o pH dos agentes clareadores utilizados na clareação no consultório, em re-lação ao tempo de aplicação. Foram selecionados 4 agentes clareadores e divididos em 4 grupos (n = 5): G1 - Opalescence Xtra Boost (Ultradent); G2 - Whiteness HP Maxx (FGM); G3 - Lase Peroxide Sensy (DMC) e G4 - White Gold Office (Dentsply). A ma-nipulação dos agentes clareadores seguiu as orientações do fabrican-te. Para avaliação da dosagem de peróxido de hidrogênio em relação ao tempo, foi utilizado o método de titulação do peróxido de

hidrogê-PaLavRaS-Chave: Clareação dentária. Peróxido de carbamida. Peróxido de hidrogênio.

nio com permanganato de potássio preconizado pelo manual de farma-copéia americana (USP) e avaliação do pH do agente clareador através do papel indicador universal de Mer-ck. No teste estatístico de ANOVA, foi observado a hipótese de igual-dade entre os grupos, avaliando o fator decomposição em relação ao tempo. No tratamento clareador de dentes vitais através da técni-ca no consultório com peróxido de hidrogênio, não há necessidade de trocas do agente clareador durante a sessão clínica, quando o agente clareador utilizado mantêm o pH neutro.

* Professor doutor de Dentística e Clínica Integrada da Faculdade Uningá. Coordenador do curso de especialização em Dentística da Faculdade Uningá/Maringá e Uningá/Cuiabá.

** Professor doutor de Dentística, Universidade de Baltimore, Maryland, EUA.

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INTRoDuÇÃo

Atualmente, há uma grande procura dos pa-cientes por tratamentos estéticos. Um sorriso com dentes brancos e alinhados é tão cultuado pela mídia que passou a ser o desejo de grande parte da população. Um dos tratamentos mais solicitados é a clareação dentária, que tem a finalidade de melhorar a aparência dos den-tes. Este procedimento pode ser realizado em dentes vitais, de duas formas: técnica em casa (supervisionada pelo dentista, que necessita da colaboração do paciente), ou técnica no con-sultório (realizada pelo profissional), erronea-mente denominada técnica a laser 13,16.

Na técnica de clareação dentária no consul-tório são utilizadas concentrações mais altas, variando de 30% a 38% de peróxido de hidro-gênio, em algumas aplicações. No entanto, o profissional deve ficar atento durante o pro-cedimento clareador, pois a alta concentração pode induzir efeitos colaterais, como sensibi-lidade dentária, irritação gengival e ulceração nos tecidos moles bucais. Todos os tecidos mo-les do paciente (gengivas, bochechas, língua e lábios) devem ser isolados do contato com o produto clareador. O profissional e sua equipe também devem se precaver, utilizando luvas, aventais ou jalecos de manga comprida e ócu-los de proteção. A grande vantagem da técnica de clareação dentária no consultório é que os resultados são alcançados em poucas, porém longas consultas (de duas a quatro sessões)9,13.

Embora a clareação caseira seja a técnica mais utilizada, consagrada e estudada há quase 20 anos, alguns pacientes não optam por este tratamento, pois:

- não querem utilizar o produto clareador todos os dias, durante o período de 2 a 3 se-manas;

- não se adaptam à técnica devido à

utiliza-ção da moldeira plástica;

- fator marketing dos meios de comuni-cação e do dentista em relação à clareação no consultório, sendo solicitada pelos pacientes4,11.

Vale ressaltar que, para a correta escolha da técnica de clareação, é necessária a avaliação completa do paciente, identificando o estado bucal através de radiografias, anamnese e exa-me clínico, visando diagnosticar a causa da al-teração de cor. O diagnóstico irá nortear o den-tista na definição de qual plano de tratamento será mais adequado7,22.

As empresas que fabricam os agentes cla-readores recomendam que estes permane-çam, no máximo, por 15 min sobre a superfície dentária, podendo-se repetir esse processo por 3 vezes na mesma sessão clínica. Contudo, não há, na literatura científica, uma base consolida-da deste protocolo. Devido ao surgimento de novas perguntas sobre a técnica de clareação dentária, torna-se importante o estudo da efi-cácia deste procedimento. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo avaliar in vitro a decomposição do agente clareador, em relação ao tempo, e verificar os resultados na clínica. MaTeRIaL e MÉToDoS

Foram utilizados quatro agentes clareado-res para verificação da decomposição do gel em relação ao tempo de utilização, compondo os 4 grupos estudados (Tab. 1). Utilizou-se o método da USP (United States Pharmacopeia), que as indústrias de produtos para saúde, cos-méticos e farmacéuticos utilizam para aferir o teor e demais propriedades relevantes das matérias-primas, no caso específico, o peróxi-do contiperóxi-do nos agentes clareaperóxi-dores.

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corpos-de-prova. Para obtenção de cada média e des-vio-padrão foram utilizados 5 corpos-de-prova (n = 5), que estão dispostos no tabela 2.

O método utilizado para verificação da con-centracão do peróxido em relação ao tempo de aplicação foi a titulação de peróxido de hi-drogênio com permanganato de potássio. Este método descreve a dosagem de peróxido de hidrogênio e aplica-se a amostras que conte-nham essa substância. O presente método ba-seia-se na reação de permanganometria, con-forme a fórmula:

2KMnO4 + 5H2O2 + 4H2SO4 = 2KHSO4 +

2MnSO4 + 5O2 + 8H2O

A mistura do agente clareador seguiu as normas de cada fabricante (Tab. 1). Após a mistura do agente clareador, foi pesada ana-liticamente uma quantidade de amostra, que continha aproximadamente 20g de peróxido de hidrogênio, em um béquer de 100ml. Na se-qüência, foram adicionados 10ml de água des-tilada e transferida quantitativamente para um balão volumétrico de 250ml. Transferiu-se 5ml da solução amostral para um frasco de iodo de 250ml e adicionados 20ml de ácido sulfú-rico 2N. Foi feita a titulação com a solução de permanganato de potássio 0,1N, até que a cor rosa-pálida persistisse por quinze segundos. Após, os dados obtidos foram aplicados na

se-guinte fórmula: C =

m

V x fc x 1,701 x 100 Onde:

C = concentração (p/p) de peróxido de hi-drogênio;

V = volume de permanganato de potássio 0,1N utilizado na titulação, em mililitros;

fc = fator de correção da solução de per-manganato de potássio 0,1N;

m = massa da amostra em miligramas. Para verificação do pH foi utilizado o papel indicador universal (Merck). Este papel vem cortado em tiras impregnadas com reagente em embalagem que apresenta a escala de co-res, cada cor indica um pH diferente, que vai de 1 a 14 (método da USP - United States Phar-macopeia).

O seguinte procedimento foi utilizado: mis-turou-se o agente clareador de acordo com as normas do fabricante de cada produto; em se-guida, a mistura foi colocada em contato com o papel indicador; aguardou-se 1 minuto, para que houvesse tempo de reação entre o papel e a mistura; e foi comparada a coloração obtida na tira de papel (Merck) com o padrão da emba-lagem, obtendo-se o pH do produto.

nome comercial %* fabricante manipulação

G1 Opalescence Xtra Boost 38% Ultradent uma contém o peróxido e a outra o ativadorduas seringas que se acoplam

G2 Whiteness HP Maxx 35% FGM na proporção de 3 gotas de peróxido para 1 gota de espessantemistura da fase 1(peróxido) com a fase 2 (espessante) G3 Lase Peroxide Sensy 35% DMC na proporção de 3 gotas de peróxido para 1 gota de espessantemistura da fase 1 (peróxido) com a fase 2 (espessante) G4 White Gold Office 35% Dentsply uma contém o peróxido e a outra o ativadorduas seringas que se acoplam

Tabela 1 - Características dos grupos amostrais estudados.

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ReSuLTaDoS

As médias dos valores da decomposição do gel clareador em relação ao tempo estão suma-rizadas na tabela 2 e no gráfico 1 e as médias dos valores do pH do gel clareador na tabela 3.

A análise de variância (ANOVA) foi utilizada para verificar se existia diferença estatística en-tre os grupos analisados, aplicada a um nível de 5% de significância e, a partir deste, a hipóte-se de igualdade entre os grupos foi aceita (p > 0,0002).

CaSo CLÍNICo 1

Paciente do gênero feminino, com 22 anos

de idade, insatisfeita com a coloração dos seus dentes, compareceu ao consultório solicitando de tratamento estético. Após exame clínico, radiográfico e anamnese da paciente, verificou-se que os dentes eram naturalmente amarela-dos (Fig. 1, 2).

Foi indicada a clareação dentária na técnica no consultório, utilizando peróxido de hidro-gênio a 38% Opalescence Xtra Boost (Ultra-dent, EUA). A paciente foi esclarecida sobre os procedimentos a serem realizados, bem como a respeito dos possíveis efeitos colaterais do tratamento clareador (sensibilidade dentária passageira e irritação gengival). No início do

0 min 5 min 15 min 25 min 35 min 45 min

Opalescence Xtra Boost 36,01 ± 6,33 35,91 ± 4,32 35,24 ± 3,99 34,24 ± 3,45 33,47 ± 4,32 33,16 ± 4,78 Whiteness HP Maxx 32,53 ± 2,45 31,08 ± 2,23 30,87 ± 2,01 30,51 ± 2,67 28,96 ± 2,29 29,36 ± 2,98 Lase Peroxide Sensy 35,97 ± 2,56 34,64 ± 1,78 35,01 ± 1,79 34,38 ± 1,89 32,89 ± 2,89 33,64 ± 2,12 White Gold Office 35,39 ± 1,67 34,85 ± 1,78 33,82 ± 2,02 32,56 ± 1,54 31,99 ± 1,99 30,57 ± 1,77

Tabela 2 - Média ± desvio-padrão dos resultados da decomposição do gel clareador em relação ao tempo.

0 5 10 15 20 25 30 35 40

0 min 5 min 15 min 25 min 35 min 45 min

G1 G2 G3 G4

Gráfico 1 - Resultados da decomposição do gel clareador em relação ao tempo.

0 min (inicial) 45 min

Opalescence Xtra Boost 9 9

Whiteness HP Maxx 7 5

Lase Peroxide Sensy 10 5

White Gold Office 7 7

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tratamento clareador, é primordial a conferên-cia da cor dos dentes, através da escala de cor, registrando-a no prontuário. Outra opção é ti-rar fotografias iniciais para compará-las ao final do tratamento ou, ainda, clarear inicialmente o arco superior e posteriormente o inferior.

Para facilitar o procedimento de clareação, foram utilizados afastador labial (Jon, São Pau-lo), óculos de proteção, protetor intrabucal e sugador plástico acoplado à bomba vácuo de alta potência de sucção. Foi utilizado iso-lamento relativo da gengiva com o protetor

gengival fotopolimerizável Gingi Dam (Den-talville, Joinville, Brasil) prevenindo o contato do gel clareador com o tecido gengival. Após, foi polimerizado cada dente por 10 segun-dos, através do LED SmartLite PS (Dentsply). É de fundamental importância a conferência da adaptação da barreira gengival, pois, se hou-ver espaço, o gel clareador escoará e ficará em contato com a gengiva marginal, promovendo irritação gengiva e desconforto ao paciente. O agente clareador utilizado foi o Opalescence Xtra Boost (Ultradent, EUA), à base de peróxido

Figura 1 - Aspecto do sorriso, onde se observa os dentes naturalmente

amarelados Figura 2 - Vista intrabucal frontal de uma jovem de 22 anos.

Figura 3 - Após a aplicação da barreira para proteção da gengiva (GingiDam,Villevie),foi polimerizado cada dente por 10s. Em seguida foi aplicado o gel clareador Opalescente Xtra Boost (Ultradent) com con-centração de peróxido de hidrogênio a 38%.

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de hidrogênio a 38%, aplicado sobre a super-fície vestibular dos dentes no arco superior, sem aplicação de qualquer fonte de luz (Fig. 3). O paciente foi submetido a 3 sessões de clareação, com intervalo de 1 semana entre elas (Fig. 4).

Em cada sessão clínica, foi aplicado o gel de peróxido de hidrogênio a 38%, que permane-ceu por 45 minutos. Não foi utilizado qualquer tipo de fonte auxiliar (luz halógena, LED, LED + laser infravermelho, laser ou arco de plasma) pois a clareação dentária depende do agente clareador e não da fonte auxiliar3,8,9, ou seja,

não existe necessidade da associação de fon-te catalizadora. O próprio fabricanfon-te do gel clareador não recomenda o uso de fonte de luz. A camada de gel aplicada na vestibular dos dentes superiores foi de, aproximadamente, 1mm de espessura. Com o auxílio de um pincel, o gel foi movimentado, para liberar eventuais bolhas de oxigênio e melhorar o contato com os dentes.

Após os 45 minutos de cada sessão clínica, o agente clareador e a barreira gengival Gingi Dam foram removidos. Nas figuras 5 e 6 pode-se

Figura 5 - Vista lateral após a terceira sessão do gel clareador. Figura 6 - Aspecto do sorriso 30 dias após o tratamento clareador.

ver o aspecto final da clareação dentária, após 30 dias do término do tratamento clareador. CaSo CLÍNICo 2

O tratamento clareador foi realizado da mesma forma, alterando apenas o gel clareador. A jovem paciente possuía os dentes hereditaria-mente amarelados, considerada a melhor indi-cação para a clareação de dentes vitais (Fig. 7). Em pacientes mais idosos, a clareação dentária responde mais lentamente, devido à menor per-meabilidade do dente, necessitando de mais sessões, ou dias de tratamento, para se obter um bom resultado.

Para a clareação dos dentes vitais, foi utiliza-do o isolamento relativo da gengiva e a prote-ção do paciente da mesma maneira do caso clí-nico 1. O agente clareador utilizado foi o White Gold Office (Dentsply, Brasil) à base de peróxido de hidrogênio a 35%, aplicado sobre a superfície vestibular dos dentes a serem clareados, simul-taneamente nos arcos superior e inferior.

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Figura 7 - Dentes naturais vitais amarelados.

Figura 8 - Aspecto após aplicação do gel clareador White Gold Office (Dentsply) sobre a face vestibular dos dentes, permanecendo por 45 minutos sem remoção do agente cla-reador.

Figura 9 - Observa-se os itens fundamentais para a clareação dentária no consultório: afastador labial, protetor lingual, óculos de proteção e sugador de alta potência.

normas do fabricante, acoplando as duas bisna-gas e misturando o peróxido com o ativador por 20 vezes. O mesmo foi aplicado, com a ponteira, sobre a superfície vestibular dos dentes a serem clareados (Fig. 8, 9). Nenhuma fonte de luz foi aplicada.

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de 7 dias. Para que haja uma maior estabilidade da cor na técnica no consultório, é necessário que se realize de duas a três sessões clínicas, ou a associação das técnicas (caseira e consultório). A paciente foi monitorada, evitando-se o conta-to do gel com a gengiva, e consultada quanconta-to ao desconforto ou sensibilidade.

Com auxílio de um pincel, o gel foi movi-mentado, para liberar eventuais bolhas de oxi-gênio e melhorar o contato com os dentes. Para remoção do gel clareador, foi utilizada a cânula aspiradora, evitando o contato do gel com os tecidos marginais (Fig. 10).

Ao final de cada sessão, foi aplicado flúor

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Figura 12 - Aspecto laterais do sorriso.

Figura 11 - Aspecto frontal do sorriso após o tratamento clareador.

tro incolor por 10 minutos, com o objetivo de evitar a sensibilidade dentária e a remineraliza-ção do esmalte. Não há necessidade de polimen-to dos dentes, a fim de evitar a desmineralização e o desgaste no elemento dentário. O aspecto final após as 3 sessões clínicas pode ser visto nas figuras 11 e 12.

DISCuSSÃo

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vários trabalhos realizados em ambiente labo-ratorial ou clínico comprovaram que o impor-tante no resultado final da clareação é o agen-te clareador utilizado, o agen-tempo de aplicação e o número de sessões clínicas, e não a fonte de luz10,12,13-20,22,23. A utilização das fontes auxiliares

de luz é apenas mais uma promessa milagrosa, (dentre tantos outros mitos já lançados no mer-cado odontológico).

A indicação padrão do tempo de aplicação dos agentes clareadores, na técnica no consultório, é de, no máximo, 15 minutos, porém, não há na literatura uma base consolidada sobre este pro-tocolo. Verifica-se, através dos resultados, que a decomposição do agente clareador em relação ao tempo é mínima, sem diferença estatística, ou seja, os agentes clareadores avaliados pro-movem clareação após 15 minutos17,18.

Na clareação dentária, quando empregada a técnica no consultório, é preconizado o uso de agente clareador em alta concentração (peróxi-do de hidrogênio de 35% a 38 %), o que pode promover alterações na morfologia dos tecidos e nas estruturas dentárias5,24. Porém, os dados

referentes às alterações morfológicas dos te-cidos dentários são conflitantes, em função da grande variedade de metodologias utilizadas, bem como da diversidade dos agentes clarea-dores, tempo de aplicação, suas concentrações, pH do agente clareador e marcas comerciais utilizadas1,24. Entretanto, os efeitos adversos

ve-rificados in vitro não são encontrados quando realizados in situ ou in vivo11,12.

A maior preocupação na indicação das técnicas de clareação é a possibilidade da desmineralização do esmalte dentário. Alguns géis clareadores possuem pH ácido, o que pode favorecer essa desmineralização. Os agentes clareadores avaliados neste estudo, inicialmen-te, possuíam pH próximo ao neutro ou básico,

fator importante, pois as soluções clareadoras com pH ácido podem promover alterações na topografia e permeabilidade do esmalte e maior sensibilidade dentária2,21. O pH neutro ou

bási-co dos agentes clareadores pode minimizar as alterações na estrutura dentária e os efeitos co-laterais, como sensibilidade dentária e irritação gengival3,21.

Neste estudo foi verificado que, após um cer-to tempo da manipulação do agente clareador, o pH ficou ácido. Por isso, esses materiais devem ser removidos em até 25 minutos após sua ma-nipulação. Os géis clareadores que mantêm o pH básico ou próximo do neutro podem ser uti-lizados, sem troca, sobre o elemento dentário, permanecendo sobre a estrutura dentária por até 45 minutos.

CoNCLuSÃo

O gel clareador utilizado na técnica no con-sultório é estável, em relação à sua decomposi-ção, até 45 minutos após a sua aplicação.

Para um melhor resultado na técnica no con-sultório, é necessário que se realize, no mínimo, duas sessões clínicas.

Na clareação dentária pela técnica no con-sultório não há necessidade do uso de fontes ativadoras.

O gel clareador não precisa ser trocado de 15 em 15 minutos na mesma sessão clínica, para agentes clareadores que até 45 minutos mante-nham seu pH acima do pH crítico.

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The aim of this work was to evaluate the decom-position time and pH of in-office bleaching gels and their relation to the application time. Four bleaching gels were selected and divided in the following experimental groups: G1 - Opalescence Xtra Boost (Ultradent); G2 - Whiteness HP Maxx (FGM); G3 - Lase Peroxide Sensy (DMC) and G4 - White Gold Office (Dentsply). The manipulation of the bleaching gel followed the manufacturers’ instructions. The method for evaluation of the

hydrogen peroxide dosage, in relation to time, followed the USP recommendations, whereas the evaluation of pH was completed through Merck’s universal indicating paper. ANOVA indicated that the hypothesis of equality between the groups was true, evaluating the factor decomposition in relation to time. Therefore, there’s no need to replace the bleaching gel during in-office bleach-ing sessions as long as the used gel keeps its neutral pH.

KEY WORDS:Dental bleaching. Carbamide peroxide. Peroxide hydrogen.

Abstract

New concept for the in-office bleaching technique

REfERênciaS

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Fabiano Carlos Marson

Av. São Paulo, 172, sala 721, Edif. Aspen Park Trade Center CEP: 87.013-040 - Centro - Maringá / PR

E-mail: doutorfabiano@hotmail.com

Endereço para correspondência

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Referências

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