• Nenhum resultado encontrado

FUNORTE FACULDADE INTEGRADAS DO NORTE DE MINAS LUIS AUGUSTO GAC LEAL IMPLANTES CURTOS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "FUNORTE FACULDADE INTEGRADAS DO NORTE DE MINAS LUIS AUGUSTO GAC LEAL IMPLANTES CURTOS"

Copied!
27
0
0

Texto

(1)

FUNORTE

FACULDADE INTEGRADAS DO NORTE DE MINAS

LUIS AUGUSTO GAC LEAL

IMPLANTES CURTOS

(2)
(3)

AGRADECIMENTOS

(4)
(5)

LUIS AUGUSTO GAC LEAL

IMPLANTES CURTOS

Monografia apresentada ao curso de Especialização em Implantodontia Funorte como requisito para obtenção do título de Especialista em Implantodontia.

Orientador: Profª. Christian Wehba

(6)

RESUMO

Os implantes curtos são uma alternativa em rebordos reabsorvidos em Maxila e mandíbula. Mas em regiões posteriores atróficas devemos levar em consideração especial o maior risco biomecânico ou seja coroas protéticas mais longas decorrente do aumento do espaço inter maxilar.Com isso devemos avaliar a influência de fatores protéticos como proporção coroa implante , relação de tamanho / diâmetro

(7)

ABSTRACT

Short implants are an alternative edges reabsorbed in Maxilla and mandible. But in atrophic posterior regions should take into special consideration the greater biomechanical risk ie longer prosthetic crowns resulting from increased space inter maxilar.Com we must evaluate the influence of factors such as prosthetic implant crown ratio, size ratio / diameter dissipation insertion torque force and torque and type of prosthetic occlusion planned.

It follows that increasing the crown / implant ratio, that higher insertion torques and traumatic occlusion significantly increase the tension in the alveolar bone or marrow.

(8)

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 01

2. PROPOSIÇÃO 02

3. REVISÃO DE LITERATURA 03

3-1 Considerações anatômicas da maxila e mandíbula 3.2 Densidade e qualidade ossea 3.3 Implantes curtos

3.3.1 Diâmetro dos implantes – Fatores Biodinâmicos 3.3.2 Protocolo Cirúrgico

3.3.4 Roscas

3.3.3 Tratamento de Superfície 3.3.5 Oclusão para implantes curtos 3.3.6 Artigos relacionados

4. DISCUSSÃO 12

5. CONCLUSÃO 15

5. REFERÊNCIAS

(9)

1

1 INTRODUÇÃO

Com o aumento da expectativa de vida, a preocupação com a saúde bucal, a preservação dos dentes, a importância da estética do sorriso e a substituição de dentes perdidos ficaram mais importantes.

O uso de implantes osseointegrados é uma técnica recente, mas, a mais indicada na reabilitação oral de perdas dentárias. Desde a primeira cirurgia em 1965 e o primeiro trabalho publicado (BRANEMARK et al, 1977) houve mudanças na aplicação e indicação dos implantes. Mesmo com o alto índice de sucesso, desafios encontrados pelos profissionais em relação à altura, quantidade e volume ósseo bem como limitações anatômicas, levaram a mudanças na micro e macro estrutura e tratamento de superfície dos implantes e na utilização de implantes com comprimento menor que os convencionais.

Os implantes curtos começaram a ser utilizados na tentativa de evitar cirurgias de enxerto ósseo e diminuir as etapas cirúrgicas e conseqüentemente o tempo do tratamento. Muitos pacientes não aceitam estas modalidades de tratamento, uma vez que, em alguns casos, o local doador é necessário, levando à aumentar o tempo de tratamento e custos. (Felice et al., 2011).

Quando a largura, altura e densidade óssea, são fatores preocupantes para a reabilitação desejada há alternativas para o tratamento reabilitador que deve ser planejado para cada situação como: enxertos ósseos, implantes zigomáticos, implantes inclinados, lateralização do nervo alveolar inferior, distração osteogênica e implantes curtos.

(10)

2

2 PROPOSIÇÃO

Este trabalho tem como objetivo, por meio de uma revisão de literatura, avaliar o

(11)

3

3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS DA MANDÍBULA E MAXILA

A reabsorção óssea após a perda de dentes na região posterior da maxila e mandíbula se processa de formas diferentes. A maxila apresenta perda horizontal maior com perda vertical mais lenta, porém, em dois sentidos: com remodelamento natural em altura e pela pneumatização provocada pelo seio maxilar. Na mandíbula ocorre de maneira mais acentuada no sentido vertical e menos na horizontal, resultando em pouca altura óssea para o planejamento cirúrgico de implantes limitados principalmente pela presença do nervo alveolar inferior.

Na maxila posterior, teremos um osso trabecular fino com pouca densidade e o osso cortical da crista do rebordo é pouco ou ausente. Na mandíbula temos uma cortical espessa, mas com trabéculas amplas ou finas. Na parte posterior da mandíbula temos ainda o rebordo vestibularizado que antes da perda dos dentes devido a posição lingualizada de quando os dentes ainda estão nos processos alveolares. De modo geral o rebordo residual da mandíbula, apresenta reabsorção mais acentuada que da maxila.

Na mandíbula a inervação sensitiva é realizada pelo nervo mandibular, divisão do nervo trigêmeo, e origina o nervo alveolar inferior que se divide em nervo mentoniano e incisivo. Com a reabsorção do rebordo deve se observar alterações anatômicas como o posicionamento do forame mentoniano próximo do rebordo ou até mesmo sobre ele e também o teto do canal mandibular mais próxima do rebordo residual podendo até mesmo se exteriorizar (MADEIRA, 2004).

O nervo lingual, ramificação do mandibular, é responsável pela inervação sensitiva da mucosa lingual, soalho da boca e dois terços da língua e se localiza medialmente à papila retro molar levando às incisões nesse local a ocorrer lateralmente à papila para evitar lesões nos nervos .

(12)

4

A classificação do rebordo residual mandibular de CAWOOD e HOWELL agrupa 6 tipos de rebordos:

- Pré-extração - Pós-extração

- Alto, com boa espessura óssea - Rebordo em lâmina de faca - Baixo, com boa espessura - Depressão do rebordo

Na maxila a inervação sensitiva se dá pelo nervo maxilar, derivado do trigêmeo, que se divide em nervo alveolar superior posterior e nervo infraorbital, que origina o nervo alveolar superior médio e alveolar superior anterior. Na região palatina, dá origem ao nervo nasopalatino e ao nervo palatino que se divide em palatino maior e menor (MADEIRA,2004).

Na região anterior da maxila há a proximidade da cavidade nasal e na região posterior o seio maxilar. Outro aspecto da maxila é sua inclinação antero-posterior na região anterior que deve ser analisada no planejamento cirúrgico, bem como as áreas dos pilares caninos e zigomáticos (RIZZOLO e MADEIRA,2009).

A implantodontia ósseo-integrada tem como base fundamental de planejamento a anatomia, com a identificação das estruturas importantes citadas e o conhecimento sobre qualidade óssea, que levam à escolha do melhor posicionamento e o tipo de implante a ser utilizado, e para isso exames radiográficos e de imagens como tomografias são fundamentais (PERRI,2006; MADEIRA,2004).

3.2 DENSIDADE E QUALIDADE ÓSSEA

Das classificações sugeridas para o tecido ósseo da maxila e mandíbula, a mais utilizada é a proposta por Lekholm e Zarb (1985) que categorizam o osso em quatro grupos quanto à qualidade óssea, são eles:

(13)

5

- Tipo 2 - osso residual formado por camada espessa de osso cortical circundando osso esponjoso denso.

-Tipo 3 - osso residual formado por uma camada fina de osso cortical circundando osso esponjoso denso.

- Tipo 4 - osso residual formado por camada fina de osso cortical circundando osso esponjoso de baixa densidade.

MISCH afirma que a qualidade óssea é fator de risco para implantes curtos, a densidade oferece travamento mecânico e também permite distribuição e transmissão de tensões da prótese para a interface osso/implante. Quanto menos denso menos osso estará em contato com o implante para diminuir o stress deve se aliviar a força oclusal sobre a prótese ou aumentar a área de superfície de contato do implante com o osso (MISCH, 2006).

A possível conseqüência da tensão sobre o osso é a sua deformação. Em implantes hexágonos externos a perda de osso na crista óssea no primeiro ano de função da prótese é de 1,2 mm e de 0,1 mm nos anos seguintes (MACHADO, 2007).

A conexão cone Morse pode proporcionar maior estabilidade da prótese e um melhor vedamento da conexão pilar – implante que evitaria colonização bacteriana no local e a conseqüente inflamação que poderia ser a causa da perda da crista óssea ao redor dos implantes.

Quando comparado com implantes hexágono externo, em estudos radiográficos, o implante cone Morse apresentou perda óssea reduzida na crista ao redor do implante. Alternativa na tentativa de reduzir ou anular seria a utilização de componentes protéticos com diâmetro menor que a plataforma do implante, chamado plataforma switch, afastando o processo inflamatório do tecido próximo à crista óssea o que parece ser responsável pela perda óssea ao redor do implante.

Afastar da crista óssea as tensões geradas pelo componentes protéticos e também afastar o processo inflamatório provocado pela colonização bacteriana na interface pilar-implante promove perda mínima de tecido ósseo ao redor do pilar-implante e prolonga sua vida útil principalmente em implantes de comprimento reduzido.

(14)

6

sucesso da carga imediata evitando micromovimentos na interface osso-implante e a ligação pilar-implante cônica ou da plataforma switch com diâmetro reduzido são importantes no controle de tensões e na manutenção óssea ao redor dos implantes.

3.3 IMPLANTES

Os implantes curtos eram definidos como aqueles que têm comprimento igual ou menor que 10 mm (MISCH, 2006), hoje, a definição ideal considera a região intra- óssea do implante no momento da prótese entrar em função como sendo igual ou menor que 08mm (RENOUARD e NISAND, 2006).

Os primeiros resultados clínicos vistos na literatura sobre implantes curtos não apresentam bons resultados (FRIBERG, JEMT e LEKHOLM, 1993; NEVINS e LANGER, 1993; JEMT e LEKHOLM, 1995; BAHAT, 2000), com taxas de sucesso inferiores a 90%, mas com o tempo, observa-se que os usos de implantes curtos resultam em maiores índices de sucesso (NEVES et al, 2006; MALÓ, ARAÚJO e RANGERT, 2007; AMTUA et al, 2008).

Alguns fatores foram fundamentais para que os implantes curtos atingissem níveis de sucesso iguais aos implantes convencionais:

- Implantes com superfície tratada - Conceito de estabilidade primária - Diâmetros maiores

- Alteração no protocolo cirúrgico - Controle da sobrecarga oclusal

(15)

7

3.3.1 DIÂMETRO DO IMPLANTE – FATORES BIODINÃMICOS

O diâmetro do implante pode contribuir tanto para o sucesso quanto para o insucesso. A cada 2 mm aumentados no diâmetro, eleva-se em 67% a área da superfície, equivalente em aumentar 5 mm no comprimento do implante (OLIVEIRA, 1997).

Implantes de 10 a 15 mm de comprimento dissipam a força com a mesma eficácia que os de 20 ou 30 mm de comprimento além do que as forças mais intensas foram observadas na crista óssea independente do comprimento do implante (MISCH, 2000).

Em análise de elementos finitos sobre a distribuição de estresse no tecido ósseo um aumento no diâmetro do implante diminui mais o estresse na cervical do que o aumento do comprimento (HIMLOVA et al, 2004).

A escolha do diâmetro deve estar diretamente relacionada com a espessura óssea presente, espaço entre dentes vizinhos, estética, carga e estresse requerido (oclusão) (BARBOSA, 2006).

3.3.2 PROTOCOLO CIRÚRGICO

Em implantes curtos é preconizado um protocolo cirúrgico diferente do proposto por Branemark, não se utiliza todas as brocas recomendadas fazendo uma subinstrumentação; diminuir a velocidade de perfuração do leito cirúrgico; não utilizar macho de rosca fazendo o auto rosqueamento do implante e não utilizar ou pouco utilizar o counter-sink no leito quando utilizar implantes hexágono-externo (MISCH, 1993).

3.3.3 TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE

O tratamento da superfície dos implantes constitui uma forma de aumentar a área superficial funcional a fim de compensar o tamanho dos implantes. Os implantes de superfície tratada osseointegram de forma mais rápida e estão indicados para situações onde o tecido ósseo é menos denso – osso D3 e D4. (SENDYK, 2006).

(16)

8

O aumento da rugosidade com o tratamento de superfície interfere diretamente na resposta celular e na qualidade da osseointegração, mas essa mesma rugosidade pode potencializar uma doença peri-implantar quando ela existir (BERGLUNDHT, 2007).

O aumento do índice de sucesso de implantes curtos está diretamente relacionado à mudança dos implantes de superfície lisa para superfície tratada (RENOUAR e NISAND, 2006).

3.3.4 ROSCAS

A presença de roscas e rugosidades cria um campo heterogêneo de vetores de força em função que resulta em tensões que estimulam a formação óssea (WISCOTT and BELSER, 1999).

A rosca decompõe a força axial em dois componentes: paralelo e perpendicular as roscas, desta forma o tipo de espira pode diminuir o risco de sobrecarga no osso. Quanto mais profunda a rosca, maior é a área funcional do implante e maior travamento mecânico (TADA, 2003).

O risco em aumentar a profundidade das roscas é diminuir a resistência à fratura do corpo do implante por fadiga (TADA, 2003).

Implantes curtos tendem a ter roscas quadradas e mais profundas para maior contato ósseo e maior estabilidade primária.

3.3.5 OCLUSÃO PARA IMPLANTES CURTOS

Quando dentes naturais são submetidos às cargas oclusais as tensões são dissipadas ao longo da superfície radicular através do ligamento periodontal, ausente nos implantes osseointegrados (WEINBERG, 1998).

(17)

9

As tensões resultantes de cargas axiais são distribuídas mais uniformemente na prótese, nos componentes protéticos, implantes e tecido ósseo. A confecção de superfícies oclusais planas é considerada o procedimento mais importante na redução das tensões (BIDES e MISCH, 1992; SUTPIDELER et al 2004).

O uso de implantes de largo diâmetro e/ou splintagem com outros implantes também ajudam a dissipar tensões (LUM, 1991; HIMMLOVA et al 2004).

A esplintagem dos implantes é indicada como forma de aumentar a área de superfície funcional quando uma carga é aplicada sobre a prótese, compensando o tamanho dos implantes curtos, podendo propiciar maior distribuição de forças junto a interface osso/implante e componentes protéticos (MISCH, 2006).

Um maior número de implantes para um determinado espaço protético suporta melhor as cargas mastigatórias dissipando no osso o estresse de forma mais eficaz (SENDYK, 2006; MELHADO, 2007).

Para implantes curtos a oclusão indicada seria de proteção mútua, em oclusão cêntrica os contatos bilaterais devem ser simultâneos e estáveis; direcionamento axial das forças mastigatórias com a ponta de cúspide em fundo de fossa; lado de trabalho – guia canina; lado de balanceio – ausência de contato; protrusão - dentes anteriores tocam e desocluem os posteriores (SENDYK, 2006).

3.3.6 ARTIGOS RELACIONADOS

“A pesquisa bibliográfica se realiza a partir do registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos impressos como livros, artigos, teses, etc. Utiliza-se de dados já trabalhados e devidamente registrados por outros pesquisadores” (SEVERINO, 2007 apud COSTA, CALVENTE, ÁLVARES, TELLEMAN G.2011, LOPS D, B CORAZZA,PISONI G, ANNIBALI S 2012,LAI HC,SI MS ZHUANG LF, SHEN H,LIU YL,WISMEIJER D, 2013 ). Portanto, utilizam-se pesquisas já trabalhadas e discutidas por outras pessoas, para formatar a tese

e as discussões que o pesquisador pretende para seu trabalho. De acordo com LIMA (2008)

obras bibliográficas “São as obras que expressam um conhecimento do mundo e que se diferenciam de outras expressões simbólicas e mesmo de outras expressões do conhecimento, à medida que são sistematizados, organizados e metódicos”.

(18)

10

Em revisão de literatura por Telleman G. ET.al, avaliaram o prognostico de implante curtos (menos de 10mm) colocado em pacientes parcialmente desdentados. Para esse efeito, uma busca eletrônica sistemática foi realizada em bases de dados MEDLINE e EMBASE (janeiro de 1980 a outubro de 2009). Um total de 29 estudos metodologicamente aceitáveis foi selecionado, com um total de 2.611 implantes curtos (comprimentos de 5, 6,7,8,8.5,9 e 9.5mm). A taxa de sobrevivência estimado após os 2 anos para implantes de 5 milímetros foi de 93.1%, para os implantes de 6mm foi de 97,4%, para os implantes de 7mm foi de 97,6%, para os implantes de 8mm foi de 98,4mm, para os implantes de 8.5mm de 98,8mm, para os de 9mm foi de 98% e para os implantes de 9,5mm foi de 98,6%. A heterogeneidade entre os estudos foi explorada por subgrupo. Divida segundo a superfície do implante. (usinado contra áspero), localização (mandíbula ou maxila), o consumo de tabaco (fumantes foram excluídos em comparação com os não fumantes foram incluídos). Os resultados globais de todos os comprimentos de implantes apresentaram uma taxa semelhante de falhas nas diferentes topografias de superfície. A taxa de falha de implantes colocados na maxila foi significativamente maior. Em estudos em que os fumantes foram excluídos, a taxa da falha do implante foi duas vezes mais baixo quando comparado com aqueles que envolvem os fumantes pesados ( mais de 15 cigarros por dia). (Telleman G.et.al,2011).

(19)

11

manual complementar foi realizada utilizando seis relevantes periódicos odontológicos publicados entre janeiro de 1990 e junho de 2009. Um total de 6193 implantes curtos foram investigados a partir de 3848 participantes em um período de observação de 3, a 1,7 abis. Estes pesquisadores descobriram que a taxa de sobrevivência cumulativa foi de 99,1%. A taxa de sucesso biológico foi de 98,8%, e uma taxa de sucesso biomecânico de 99,9%. Assim, eles concluíram que próteses suportadas por implantes curtos mandíbulas atróficas parece ser uma opção de tratamento bem-sucedido no curto prazo, mas que precisa de mais evidencias cientificas de longo prazo. ( Annibali S. ET AL,2012)

Lai HC. ET AL, em 2013, realizou um estudo retrospectivo de 5 a 10 ano, onde foram avaliados clinicamente e radiograficamente 231 implantes curtos ( intra-óssea menos de 8mm) que apoiou coroas unitárias em 168 pacientes. Após do período de estudo, quatro implantes foram perdidos em 4 pacientes e 11 próteses fracassaram. A sobrevivência dos implantes foi de 98,3% em 10 anos e 98,7% em 5 anos, estas taxas de sobrevivência não diferiram significamente em termos de idade, sexo ou estado fumante do paciente, assim como o comprimento, diâmetro e localização do implante, mais sim com o tipo de osso em que foram colocados; implantes curtos colocados em osso tipo IV, apresentaram mais falhas do que os inseridos em osso tipo III, dando uma taxa de sobrevivência de 94%. A taxa de sobrevivência das próteses há 10 anos foi de 35,2%, e a perda de osso marginal desde a instalação dos implantes a 10 anos d acompanhamento foi de 0.63 a 0,68mm, com uma quantidade de osso marginal perdido a 5 anos de acompanhamento que não foi estaticamente significativa( Lai HC,Si MS Zhuang LF, Shen H, Liu YL, Wismeijer D,2013)

.

(20)

12

4.DISCUSSÃO

Há controvérsias sobre a definição de implantes curtos.Para alguns autores implantes com menos de 8 mm e outros menores que 10 mm .A eficácia do tratamento com implantes dentários está documentada e enfatiza agora buscar protocolos cirúrgicos mais simplificados.

Uma alternativa evidente em mandíbulas e maxilas reabsorvidas e com níveis clínicos de sucesso similares aos implantes mais longos é a utilização de implantes curtos (FUGAZZOTO et al, 2004), além de oferecer um tratamento mais seguro, mais simples e mais barato quando comparados às cirurgias de seio maxilar ou lateralizando do nervo alveolar (FELICE et al, 2009).

Há vários conceitos para definir um implante como curto, sendo hoje mais apropriado definir a região intra-óssea no momento da prótese entrar em função, sendo igual ou menor que 08 mm (RENOUARD e NISAND, 2006).

Estudos que mostravam menores índices de sucesso de implantes curtos usavam o mesmo protocolo cirúrgico independente da densidade óssea encontrada o que levava a frequente nível reduzido de estabilidade primária (JEMT e LEKHOLM, 1995; NAET et al, 2002). Recentemente estudos mostram índices de sucesso iguais aos convencionais (RENOUARD e NISAND, 2005; M. SCHETAL, 2006) e relatam mudanças importantes que levaram a esses índices, a micro e macroestrutura do implante e curva de aprendizado do profissional (RENOUARD e NISAND, 2006).

(21)

13

Qualidade e densidade óssea devem ser considerados como importante fator na sobrevivência de implantes (FRIBERG et al, 1991).

Em locais com pobre densidade e volume ósseo, implantes curtos não deveriam ser comparados com implantes longos instalados em osso de boa densidade, mas com procedimentos cirúrgicos avançados que seriam necessários para permitir que se utilizassem implantes mais longos naquela região onde foram instalados implantes curtos (RENOUARD e NISAND, 2005). A morbidade deve ser levada em conta para comparar com implantes curtos e são notados distúrbios neuro-sensoriais em 21% dos casos de lateralização do nervo alveolar inferior (FERRIGNO et al, 2005), 10% de complicações pós-operatórias em cirurgias de levantamento do seio maxilar (SCHWARTZ-ARAD et al, 2004) e 75% de complicações em procedimentos de distração osteogênica (ENISLIDIS et al, 2005).

Outro desafio dos implantes é criar ambiente favorável que impeça a reabsorção óssea ao seu redor quando submetidos à carga oclusal (MISCH, 2003).

Forças oclusais criam tensões que tendem a se concentrar na região cervical do implante, independente do comprimento do mesmo (PIERRISNARD, 2003).

Submetidos a forças axiais os pilares e coroas longas não apresentaram alterações significativas na distribuição da densidade de energia de deformação no osso medular e cortical, tanto em carga imediata como tardia.

A confecção de superior oclusal plana, eliminação planos inclinados é considerado procedimento mais importante na redução de tensões e orientar as cargas verticalmente (SUTPIDELER et al, 2004) para compensar a relação coroa/implante desfavorável.

A plataforma Switching apresentou vantagem transferindo a área de concentração máxima de esforço para o centro da plataforma do implante, junto à interface com o pilar, preservando o osso localizado na margem cervical do implante.

Em implantes curtos estender o período de cicatrização, antes da colocação da prótese, também pode aumentar a densidade óssea e transmitir os esforços oclusais mais favoravelmente. Na carga imediata os resultados em estudos de elementos finitos foram considerados acima do normal e pode ser indicativo de esforço excessivo que podem levar à perda óssea e à diminuição da longevidade do implante (PEREIRA, 2011).

(22)

14

O uso de implantes de maior diâmetro e/ou splintagem com implantes longos podem diminuir as tensões no osso do ponto de vista biomecânico a superfície rugosa aumenta a área de dispersão das tensões devido ao aumento da área de contato com o tecido ósseo (SUTPIDELER et al, 2004; MISCH et al, 2006).

Fatores de risco como bruxismo, osso de baixa qualidade, controle de forças oclusais devem orientar o profissional desde o planejamento inicial para o sucesso no tratamento com implantes curtos (FUGAZZOTO, 2011).

No estudo de GERDIEN TELLEMAN & AL,em 2011 chama nossa atenção que , dependendo das medidas dos implantes curtos há uma diferença na taxa de sobre vida.Sendo a taxa de sobrevivência estimado após dois anos:

(23)

15

5. CONCLUSSÃO

Os implantes curtos são opção viável para reabilitar a maxila e mandíbula quando apresentarem complicados a execução de implantes convencionais e apresentam taxas de sucesso próximas dos implantes convencionais.

O uso de implantes curtos tem a vantagem de diminuir o tempo e o custo do tratamento quando comparado a tratamentos que utilizam cirurgias de enxertos ósseos, além de apresentar menor complicação pós-operatória o que leva a uma melhor aceitação por parte do paciente.

(24)

16

REFERÊNCIAS

Albrektson T, Branemark P, Hansson H-A; Lindstron J. Osseointegrated Titanium Implants. Requirements for Ensuring a Long-Lasting. Direct Bone-o-implant Anchorage In Man. Act Orthop Scand. 1981; 52(2):155-70.

Annibali S, Cristalli MP, Dell’Aquila D, Bignozzi I, La Monaca G, Pilloni A. Short dental implants: a systematic review. J Dent Res. 20112 Jan;91(1):25-32. doi:10.1177/002203425675. Epub 2011 oct 27.

Barbosa, André. Silva, LT; Wilson, P; Martinez, Junior; Cunha, Hiron, A. Falhas Mecânicas e biológicas das próteses sobre implantes / Mechanical and biological failures on the implants prosthesis. ImplantNews; 3(3): 263-269, mai-jun.; 2006.

Bidez, MW; Misch, CE. Force transfer in implant dentistry: Basic concepts and principles. J Oral Implantol. 1992;18:264-825.

Blahaut, Rudolf; Hienz, Stefan; Solar, Peter; Matejka Michael; ULM Christian. Quantification of boné resorption in the interforaminal region of atrophic mandible. Int J Oral Maxillofac Implants; 22:609-615; 2007.

Enislidis, G., Fock, N., Millesi-Schobel, G., Klug, C., Wittwer, G., Yerit, K & Ewers, R. (2005). Analysis of complications following alveolar distraction osteogenesis and implant placement in the partially edentulous mandible. Oral Surggery, Oral Medecine, Oral Pathology, Oral Radiollogy, Endodontology 100:25-30.

Erick, Jane. Configurações de Superfície nos Implantes Dentários. Periodontology 2000. Felice P, Checchi V, Pistilli R, Scarano A, Pellegrino G, Esposito M. Bone augmentation versus 5-mm dental implants in posterior atrophic jaws. Four-month post-loading results from a randomised controlled clinical Trial. Eur J Oral Implantol 2009;2(4):267-281.

Ferrigno, N., Laureti, M & Fanali, S. (2005) Inferior alveolar nerve transposition in conjunction with implant placement. International Journal of Oral e Maxillofacial Implants 20:610-620.

Friberg B, Jemt T, Lekholm U. Early failures in 4641 consecutively placed Branemark dental implants. Int J Oral Maxillofac Implants 1991;142-6.

Fugazzotto, PA. Shorter implants in clinical practice: Rationale e treatment results. Int J Oral Maxillofac Implants. 2008;23:487-496.

Fugazzotto OS; Bealgle, JR; Ganeles, J; Jaffin, R; Vlassis, J; Kumar, A. Success and failure of 9mm os shorter implants in the replacement of missing maxillary molars when restored with individual crows: Preliminary results 0 to 48 months in function. A retrospective study. J Periodontol. 2004;75:327-332.

(25)

17

Himmlová L, Dostálová T, Kácovský A, Konvicková S. Influence of Implant Length and Diameter on Stress Distribution: A Finite Element Analysis. J Prosthet Dent 2004; 91:20-5.

Jemt, T. & Lekholm, U. (1995) Implant treatment in edentulous maxillae: a 5-year follow-up reporto on patients with different degrees of jaw resorption. Internacional Journal of Oral e Maxillofacial Implants 10:303-311.

Lops D, Bressan E, Pisoni G, Cea N, Coraza B, Romeo E. Short implants partially edentuolous maxillae and mandibles: a 10 to 20 years retrospective evaluation. Int J Dent.2012;2012:351793. doi:10.1155/2012/351793. epub 2012 Jul 9.

Lai HC, Si MS, Xhuang LF, Shen H, Liu YL,Wismeijer D Long term outcomes of short dntal implants supporting single crowns in posterior r egion: a clinicalretrospective study of 5-10 years. Clin oral implants Res. 2013 Feb;24(2):230-7. doi:10.1111/j.16000-0501.2012.02452.x. Epub 2012 apr 2.

Lum, LB. A biomechanical rationale for the use of short implants. J Oral Implantol. 1991;17:126-131.

Machado, Miriam AS. Causas da Perda Óssea Periimplantar Durante o Primeiro Ano de Função. Implant News, Vol. 04, N6, Nov-Dez, 2007.

Madeira, CM. Anatomia da Face: Base Anátomo-Funcionais para a Prática Odontológica. 5ª Ed. São Paulo: Sarvier, 2004.

Malô, Paulo; Araújo, Miguel; Rangert, Bo. Short Implants Placed One-Stage in Maxillae and mandibles: A Retrospective Clinical Study With 1 to 9 years of Follow- up. Clin Implant Dent Relat Res, 9(1): 15-21, Mar; 2007.

Mandia, Jr, J; Kesseiring, Alf, Biomecânica na Implantodontia. 25º CIOSP, pg 178 a 189, 2006.

Misch CE. Prótese sobre Implante. São Paulo: Santos, 2006.

(26)

18

Misch CE. Contemporary Implant Destistry of bone: Effect on Treatment Planning, surgical Approach and Healing. Mosby. 1993:469-85.

Misch CE, Degidi M. Five-year prospective study of immediate/early loading of fixed prostheses in completely edentulous jaws with a bone quality-based implant system. Clin Implants Dent Relat Res 2003;5:17-28.

Misch, Karl. Implantes Dentários Contemporâneos, 2ª Ed: São Paulo; 2000, cap. 7,8,9,13,15,21,22,23 e 24.

Naert, I., Koutsikakis, G., Quirynen, M., Jacobs, R. & van Steenberghe, D.(2002) Biologic outcorne of implant-supported restorations in the treatment os partial edentulism. Part 1: a longitudinal clinical evaluation. Clinical Oral Implants Research I3:381-389.

Neves, Flavio; Fones, Dennis D; Bernardes, Sérgio; Prado, Célio; Neto, Alfredo. Short Implants-na Analysis of Longitudinal Studies. Int J Oral Maxillofac Implants; 21 (1): 86-93, Jan-Fev.;2006.

Oliveira, E. J. Princípios de Bioengenharia em Implantes Osseointegrados, 1ª Ed: Rio de Janeiro; 1997; cap. 1, 2, 3, 4 e 5.

Pereira, Helio José Paiva. Análise por elementos finitos de implantes com conexão cone Morse de comprimento curto e diâmetro largo na região posterior da maxila. 2011.

Perri P; Junior I. Opções de Tratamento de Mandíbula Posterior Parcialmente Desdentada. Parte I-Opções Cirúrgicas. Imp. News. 2006; 3 (2): 114-7.

Pierrisnard L, Renouard F, Renault P, Barquins M. Influence of implant length and Bicortical Anchorage on implant Stress Distribution. Clin Implant Dent Relat Res. 2003;5(4):254-62

Renouard F, Nisand D. Short Implants in the severely resorbed maxila: a 2-year retrospective clinical study. Clin Implant Dent Relat REs. 2005;7:104-10.

Renouard F, Nisand D. Impact of implant length and diameter on survival rates. Clin Implant Dent Relat Res. 2006; 17(supp2).35-51.

Rizzolo, RC; Madeira, CM. Anatomia Facial com Fundamentos da Anatomia Geral. 3ª Ed. São Paulo: Sarvier, 2009.

Schwartz-Arad, D., Herzberg, R. & Dolev, E. (2004). The prevalence of surgical complications of the sinus graft procedure and their impacto on implant survival. Journal of Periodontology 75: 511-516.

Sendyk, Claudio; Sendyk, Wilson R. Planejamento Protético-Cirúrgico em Implantodontia. Implant News; V3, N2, março-abril; 2006.

Tada, S; Stegaroiu, R; Kitamura, E; Miyakawa, E; Kusakari,, H; Influence of Implant Design and Bone Quality on Stressd/Strain distribution in Bone around Implants: A3-Dimension Finite Element Analysis. Int. J. Oral Maxillofac Implants. 2003; 18:357-368.

(27)

19

Tawil G; Aboujaoude N; Younan R. Influence of Prosthetic parameters on the Survival and Complication rates of short implants. Int J Oral Maxillofac Implants. 2006 Mar-Apr;21(2):275-82.

Referências

Documentos relacionados

Por conseguinte, em relação ao MAGE-A3, o seu uso como tratamento adjuvante se mostrou seguro, porém ineficaz, uma vez que não houve evidência clínica de aumento da sobrevida livre

The fact of the rapid NS1 test, used for screening samples for virus identification, being available at emergency units and hospitals, usually dedicated to caring for more

No setor agroalimentar, os vinhos, o peixe fresco ou refrigerado, os hortícolas frescos ou refrigerados (nomeadamente o tomate fresco ou refrigerado), as frutas

A cidade de Manacapuru, a quarta maior cidade do interior amazonense, há muito desempenha um importante papel na rede urbana regional, sua situação geográfica

,-6#'+ QQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQP #7

O CDC apenas obriga o fornecedor a trocar um produto se, em caso de vício, seja esta a opção do consumidor (arts. Contudo, é prática comum que as lojas permitam a troca de

As pessoas com doenças raras sem diagnóstico fechado devem tomar algum cuidado especial na epidemia de coronavírus Covid-19.. Os cuidados devem ser os mesmos para os demais grupos

A conformação no estado líquido permite a obtenção da peça com a forma final enquanto que a conformação no estado sólido necessita de mais etapas para se obter a peça