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Como se aposentar com 40 anos. Sumário

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Academic year: 2021

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Como se aposentar com 40 anos Sumário

1 Introdução... 3

2 VIVER VIAJANDO x AMARRAS SOCIAIS... 4

3 O QUE É INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA ... 7

3.1 Conquiste o tempo e tenha liberdade... 9

3.2 Tempo: Diferença Entre o Turista e o Viajante... 10

4 COMO CONQUISTAR A LIBERDADE FINANCEIRA... 12

4.1 A Fórmula da Riqueza... 12

4.2 O Segredo da Independência Financeira... 14

4.3 Como economizar 10% da renda todo mês... 16

4.4 Consumo Consciente ... 18

4.5 A Regra do 1 para 10 ... 19

5 POUPANÇA E JUROS: ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA ACUMULAR PATRIMÔNIO... 21

5.1 O Poder dos Juros Compostos... 21

6 O INVESTIMENTO EM AÇÕES... 25

6.1 Ações - O foco deve ser o longo prazo... 27

6.2 Como investir em ações... 28

6.3 Como Você Ganha Investindo em Ações?... 29

6.4 Investimentos em Ações & Liberdade Financeira... 31

7 CONSIDERARAÇÕES FINAIS... 33

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1. INTRODUÇÃO

Oi! Antes de ler esse livro pense e responda as seguintes perguntas:

1 – Você gostaria de ter tempo e dinheiro para viver fazendo o que mais gosta?

2 – Você tem dificuldades para economizar dinheiro?

Se respondeu SIM as perguntas acima, esse e-book poderá te ajudar!

Este livro é destinado as pessoas, casais e famílias que querem tempo para curtir plenamente a vida, com liberdade proporcionada pela independência financeira.

O objetivo deste livro é te dar um guia para você se aposentar num prazo de até 10 anos. Antes ou na faixa dos 40 anos.

Este livro poderá te ajudar a ter um padrão de vida confortável com dinheiro e tempo para você fazer aquilo que mais gosta. Isto é ter INDEPENDENCIA FINANCEIRA.

Independência financeira é diferente de ser RICO, veremos a diferença também aqui no e-book.

Apesar do e-book ter foco em “viver viajando” as informações compartilhadas são uteis para quem deseja viver fazendo tudo aquilo que mais gosta, seja viajar, seja pescar, mergulhar, ir ao cinema todos os dias, ler, escrever poemas, surfar, etc. Não importa a sua paixão.

Assim, se você tiver sucesso em seguir todos os passos propostos nesse e- book você conseguirá alcançar seus objetivos. Vamos lá!

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2. VIVER VIAJANDO x AMARRAS SOCIAIS

Você é doido! Quer largar tudo para sair viajando pelo mundo!

Em todos os relatos que já li e ouvi de viajantes essa frase é a mais comum...

Geralmente vinda de familiares e amigos. Possivelmente você vai escutar essa frase em tom de crítica, espanto ou de julgamento das pessoas que você mais ama.

O julgamento que outras pessoas fazem sobre nós é uma das coisas que mais nos limitam psicologicamente. Essa é uma das amarras que você deverá superar antes de pensar em iniciar a sua jornada. Não desconsidere o poder que o julgamento alheio pode ter em sua vida e como pode afetar o seu sonho.

Lembre-se. Estamos falando de obter Independência Financeira. Então o que você vai fazer com seu TEMPO e DINHEIRO só compete a você.

O padrão de vida atual. Vamos Largar Tudo?

A ideia do livro não é que você largue tudo na sua vida e saia por aí viajando como um nômade e vivendo precariamente.

Muitas pessoas deram um basta completo às amarras sociais e hoje vivem a vida de forma livre e despreocupada. Dormem em qualquer lugar, viajam pedindo carona, comem quando podem, fazem pequenos trabalhos em troca de hospedagem, vendem artesanatos, etc.

Sinceramente eu tenho uma ponta de inveja desse total desapego material. Mas esse padrão de vida nunca me atraiu. Essas pessoas não são independentes financeiramente porque não possuem uma renda vitalícia. Por mais simples que seja o padrão de vida elas ainda precisam ganhar algum dinheiro para se manter.

Eu gosto desse TEMPO livre para viver viajando e conhecer novas culturas, mas também gosto de ter algum DINHEIRO para poder me manter de forma confortável. Isso é o objetivo do nosso livro.

Mas um ponto é importante. Você precisa se livrar de algumas amarras sociais.

Qual o padrão de vida que você tem hoje? Trabalhar feito um doido, consumir tudo que aparece, acumular dívidas, rezar para chegar o final

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de semana? Ter aquele “medo da segunda-feira”? Tentar chegar ao fim do mês com saldo positivo na conta? Ter férias corridas de 10 dias?

Isso é aquilo que temos na limitação imposta pelo nosso dia a dia. Essa vida atribulada que nos limita, estressa e deprime.

E o consumismo em que vivemos? Vivemos para dar nosso tempo precioso para comprar coisas que não precisamos, não usamos, ficam empoeiradas. Damos nosso tempo para construir e manter um status.

Esse consumismo nos coloca num ciclo vicioso: mais consumo  menos tempo  menos dinheiro. Neste processo ficamos, cada vez mais dependentes de um sistema que nos leva a fazer coisas por mera convenção social.

Nossos objetivos têm que ser maiores

Nossos objetivos têm que ser maiores do que meros sonhos materiais de consumo: carro 0Km, celular de ultimo tipo, TV de 50 polegadas, roupas de marca, compra de enxoval em Miami.

Com INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA você pode traçar novos objetivos e padrões para a sua vida. Quais seriam os seus objetivos? Você já pensou sobre isso?

O ideal para mim é poder fazer o que se ama, ir para onde quiser na hora que quiser, poder viver a vida plenamente, conhecer novos esportes, culturas, línguas, gastronomias, lugares, pessoas, etc.

Ter tempo para a pessoa amada, para os amigos e para os filhos. Ter tempo para acordar e fazer um café sem pressa, ler um livro na rede, tirar uma foto com calma esperando a melhor luz, parar na estrada para um pic-nic, viajar 24 horas para tomar um sorvete ou para conhecer uma praia.

Qual são os seus objetivos? Pense sobre isso e escreva em algum lugar...

Quando você tem LIBERDADE FINANCEIRA você tem liberdade para fazer o que quiser na hora que quiser. Você não irá ficar milionário, mas terá domínio sobre os fatores bem mais importantes TEMPO e DINHEIRO.

Lógico que isso não é fácil. Exige disciplina e trabalho. Esse livro não tem como objetivo deixar você rico. Mas sim, te ajudar a conquistar sua independência financeira.

Para isso, provavelmente, você terá que abrir mão de certas mordomias

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economizar dinheiro e investir de forma inteligente. É hora de pensar em ter uma vida mais simples (porém confortável) mas plena de experiência e realizações.

Se você está disposto a isso agora então continue a leitura.

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3. O QUE É INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA?

Ter independência financeira significa ter dinheiro suficiente para manter um estilo de vida, ter tempo para gastar esse dinheiro e não precisar gastar tempo para ganhar esse dinheiro.

Ter independência financeira é diferente de ser RICO. Isso porque quem é RICO tem um patrimônio que supre todas as necessidades de consumo, com sobras, e ainda propicia uma vida de luxo e alto padrão.

Toda pessoa rica é independente financeiramente?

Não. Nem todas... em sua maioria as pessoas ricas tem dinheiro mas não tem tempo. Elas estão completamente presas no seu mundo de trabalho, luxo e consumismo. A sua grande maioria não consegue deixar tudo de lado e aproveitar a vida plenamente (apesar de ter total capacidade de fazer isso pelo resto da vida). Mas não estou aqui julgando ou criticando. Muitas pessoas ricas fazem aquilo que mais amam que é ganhar e acumular dinheiro.

Como você pode notar, Independência financeira gira em torno do TEMPO e do DINHERIO. Para ter independência financeira é necessário:

i) ter DINHEIRO - uma fonte de renda vitalícia para manter um padrão de vida.

ii) ter TEMPO - Não necessitar investir tempo para manter esta fonte de renda.

Os tipos de renda

Existem dois tipos de fonte de renda: Temporal e Vitalícia.

A Renda Temporal exige o investimento de tempo pelo indivíduo em um determinada atividade. De forma simplificada, você troca seu tempo por dinheiro. A fonte de renda é de caráter temporário e só ocorre se houver o trabalho. O melhor exemplo é o salário, se você trabalha - investe tempo naquela atividade - e recebe seu salário. Se você sair daquela função você não receberá mais seu rendimento. O mesmo serve para os rendimentos dos empresários, profissionais liberais, autônomos, etc.

A Renda Vitalícia não exige o dispêndio de tempo. A renda é gerada

“automaticamente” sem que seja necessário trabalhar (investir tempo na atividade) pelo resto da vida da pessoa. Em alguns casos essa renda

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As duas principais fontes de renda vitalícia são aposentadoria e renda.

O aposentado recebe o rendimento (pensão) independente do que acontecer enquanto ele estiver vivo. A aposentadora não é hereditária.

A renda é o resultado econômico obtido sobre algum tipo de bem ou patrimônio material ou imaterial. Por exemplo: renda de aluguéis de imóveis, direitos autorais de livros e músicas, royalties sobre patentes, dividendos de ações, rendimentos de fundos de investimento, etc. A renda geralmente é hereditária e beneficia os descendentes por herança.

Se você não é rico, nem recebeu uma herança milionária você vai precisar acumular patrimônio para poder obter uma renda passiva. Ou seja: trabalhar, ganhar dinheiro e economizar. O que nos interessa aqui neste livro é como gerar renda passiva e vitalícia a partir de um patrimônio acumulado durante o tempo.

Para pensar: Todo aposentado é independente financeiramente?

Não, nem todos. Muitos ganham tão pouco para manter seu padrão de vida que precisam voltar ao mercado de trabalho para complementar a renda.

A renda vitalícia, para garantir INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA, deve ser suficiente grande para manter um padrão de vida. Então aposentadoria não significa independência financeira.

Isso é crucial. De nada adianta ter uma renda vitalícia de apenas R$

500,00. Com esse dinheiro não será possível manter um padrão de vida mínimo, sendo necessário complementar a renda com outras fontes ou então dilapidando algum patrimônio (vender imóveis, ações, terrenos, etc.).

A fonte de renda vitalícia – PARA GERAR INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA – tem que ser suficientemente grande para o sustento econômico do indivíduo (e da sua família).

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3.1. Conquiste o Tempo e Tenha Liberdade

Um dos pontos mais fundamentais para a liberdade do indivíduo é a conquista do seu TEMPO. Viajar ou qualquer outra atividade se torna mais prazerosa quando você tem tempo para desfrutar aquele momento.

Imagine você com apenas 15 minutos para almoçar num restaurante?

Possivelmente você terá que “engolir” a comida.

Outro exemplo: você está em Paris e tem 4 dias livres na cidade. Será que você terá tempo para conhecer tudo? Vai ter tempo de sentar num café e ficar lá despreocupado lendo um livro? Vai conseguir conhecer os 60 mil metros quadrados do Museu do Louvre? Não né...

Hoje em dia temos pouquíssimo TEMPO livre. E isso afeta em muito a nossa qualidade de vida. Não temos tempo para nossa família, nossos amigos, nossos filhos.

Nossa vida gira em torno da necessidade de trocar tempo por dinheiro para consumir. Pense sobre isso. Quando você trabalha você doa seu tempo para aquela atividade em troca de dinheiro. Então esse dinheiro custou o seu tempo, a sua vida. Isso não tem volta.

Não sou contra o trabalho. Sou contra a pessoa desperdiçar o dinheiro que é fruto de um trabalho que custou horas de sua vida. Sou contra a pessoa ser extremamente consumista e comprar coisas de que não precisa. Isso é jogar sua vida fora.

Quanto mais você consome mais tem que doar o tempo de sua vida ao trabalho.

A melhor forma de conquistar o TEMPO é reduzir essa dependência com os bens materiais. Assim você poderá - com o suor do seu trabalho - investir o seu dinheiro em coisas mais importantes, em lazer, em conhecimento, na sua saúde, em uma poupança para o futuro.

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3.2. Tempo: Diferença Entre o Turista e o Viajante

Muitas pessoas me perguntam lá no meu Blog Viagens à América do Sul: Quantos dias eu tenho que ficar para conhecer o Atacama? A resposta ideal seria: Você precisa de 3 meses. Na verdade, essa não é esta resposta que as pessoas querem. Mas para você conhecer realmente um lugar, sua cultura, seu cotidiano, entender sua culinária, fazer amigos, esse seria um prazo interessante.

Todos os “turistas” querem otimizar o POUCO TEMPO que tem. Se for possível conhecer tudo em 5 dias ótimo! Serão 5 dias de “corrida maluca”. Quem nunca passou por isso? Chega aqui, dorme ali, planilha de passeios, lista de lugares, come mal, dorme pouco, etc.

Eu sei disso porque eu já fiz muito disso. Afinal é melhor viajar com pouco tempo do que ficar em casa vendo televisão.

A diferença entre o turista e o viajante está no tempo disponível.

Viajante é a pessoa que conhece cada lugar de verdade, faz uma imersão em sua cultura, sua comida, sua musica, faz amizades e conhece pessoas diferentes. O viajante tem tempo (e não necessariamente tem muito dinheiro).

Turista é a pessoa que até pode ter dinheiro mas não tem tempo. Ele conhece cada lugar de forma superficial, visita apenas os pontos turísticos mais badalados. Cada atração é visitada em poucos minutos com o objetivo de tirar fotos para guardar de recordação ou para postar nas redes sociais.

Não existe uma imersão cultural verdadeira. A relação com o local é aeroporto-hotel-atrativos-hotel-aeroporto. Muitas vezes não dá nem tempo de caminhar nas ruas, comer uma comida típica, conversar com pessoas locais, etc.

Viajante é aquela pessoa que tem um modelo de vida que lhe permite ter TEMPO para conhecer o mundo de forma independente. É a pessoa que realmente consegue obter uma experiência verdadeira no ato de viajar. Ele não só vê ou fotografa o lugar... Ele está vivenciando o lugar.

Para se tornar um viajante e poder ir e vir na hora que quiser você precisa dominar dois fatores TEMPO e DINHEIRO. A melhor forma para isso é se tornando uma pessoa com INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA.

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Quanto Custa Viver Viajando?

O custo de viver viajando é um tema controverso. Quanto custa viver viajando? Ou poder viajar quando quiser? Ter liberdade de ir e vir?

Evidente que estamos falando de um padrão de vida. Não de uma viagem de turismo de luxo, com compras, restaurantes caros, locais sofisticados, esse tipo de turismo é algo caríssimo.

Lembre-se da diferença entre turista e viajante. No que se refere aos gastos da viagem existem muitas diferenças.

Pense bem, geralmente quando viajamos como turistas adotamos um padrão de vida acima de nossa realidade. Almoçamos e jantamos fora todos os dias, fazemos lanches na rua, tomamos sorvete a cada quarteirão, bebemos vinho em cada refeição, compramos um monte de coisas e lembrancinhas, fazemos passeios caros, andamos pra cima e pra baixo de taxi. Por isso tudo fazer turismo é muito caro. Em média gastamos mais em uma semana de turismo do que em um mês inteiro de nosso gasto normal mensal.

Assim, amigo leitor, é impossível (a não ser que você seja RICO) manter um padrão de vida de “turista” no longo prazo, uma vez que os gastos são muito maiores que o nosso padrão de vida.

Quem vive viajando se comporta de forma diferente. O viajante age como um morador local. Tem o mesmo padrão de consumo no dia-a- dia que o morador local tem: janta fora uma vez por semana, gastos com compras e consumo limitados ao necessário, passeios feitos de forma mais econômica (caminhando, de bike, onibus ou metrô).

O custo de vida de um viajante é igual ou menor que o custo de vida de morar em uma grande cidade brasileira hoje em dia. Esse deve ser o seu objetivo se você quer Viver Viajando. Para viver viajando é necessário adequar seus padrões de consumo e suas expectativas ao custo de vida de um viajante. Pronto para isso?

Hoje em dia, com a cotação dólar/real, o custo de vida de lugares exóticos com a Índia, Indonésia, Tailândia ou Malásia é MUITO BAIXO.

Pelo preço de um mês de aluguel na Zona Sul do Rio de Janeiro você paga um ano de aluguel nesses lugares. Outros países belíssimos também têm custos bem atrativos, como muitos países da América do Sul e do Leste Europeu. Em suma, é possível ter uma vida de viajante gastando menos do que o custo de morar num apartamento pequeno no Rio de Janeiro ou em São Paulo.

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4. COMO CONQUISTAR A LIBERDADE FINANCEIRA

Qual Renda Você Precisa para ter Liberdade Financeira? Esse é o ponto é fundamental, pois irá definir o seu objetivo final. Só você será capaz de definir o valor de um rendimento mensal que cubra suas despesas e te deixe em situação confortável.

Por exemplo alguns pessoas ou casais conseguirão viver bem com R$

3.000,00 por mês. Outros irão querer R$ 5.000,00 ou R$ 10.000,00.

Quanto maior o valor desejado maior deverá ser o patrimônio acumulado. Após definir esse VALOR você precisa acumular capital para ter este VALOR como renda vitalícia. Com isso você terá a sua sonhada Independência Financeira. Para conseguir sua Liberdade Financeira você tem que entender e seguir a Fórmula da Riqueza.

4.1. A Fórmula da Riqueza

A formula da acumulação de RIQUEZA é:

Patrimônio = ( Receitas – Gastos ) x Taxa de Juros

Patrimônio: dinheiro, investimentos financeiros, ações de empresas, imóveis, joias e demais objetos de valor, etc.

Receitas: Salário, aluguéis, juros de investimentos, dividendos, etc.

Gastos: impostos, moradia, consumo, serviços, juros pagos, depreciação de bens, perdas, etc.

Taxa de Juros: valor % que remunera seus investimentos (ou onera as suas dívidas)

Para aumentar o Patrimônio você precisa, obviamente, FAZER COM QUE AS RECEITAS SUPEREM OS GASTOS. O item da fórmula ( Receitas – Gastos ) tem que ser positivo para você acumular patrimônio.

A taxa de crescimento do seu patrimônio também será dada pelo tamanho da diferença entre Receitas e Gastos. Quanto maior a diferença melhor. Em outras palavras: quanto mais dinheiro você acumula, mais próximo você estará de sua independência financeira.

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Cuidado com as Dívidas !!

Perceba na fórmula que o resultado ( Receitas – Gastos ) é multiplicado pela taxa de juros. Ou seja, se seus gastos forem maiores que suas receitas você estará acumulando dívidas e elas são multiplicadas pela taxa de juros.

Assim, ao mesmo tempo que esta é a fórmula da RIQUEZA também pode ser a fórmula da POBREZA. Cuidado com suas dívidas! Elas são multiplicadas pela taxa de juros ao longo do tempo. E o pior! As taxas de juros sobre as dívidas sempre são maiores que as taxas de juros sobre o patrimônio investido.

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4.2. O Segredo da Independência Financeira

Se você não nasceu rico, não ganhou uma herança e não espera ficar rico ganhando no Jogo do Bicho você só tem um caminho para conquistar sua liberdade financeira

Você deve economizar no mínimo 10% da sua renda mensal

Este é o ponto mais importante do livro. É simples porque é fácil de entender. Porém, nem tudo que é simples é fácil de fazer. Esse é o ponto mais difícil porque você terá que fazer algumas mudanças nos seus padrões de consumo, ter muita disciplina e auto-controle. Você terá que ser capaz de gerar uma economia mensal, controlando gastos e evitando dívidas.

Sem fazer economia e aportes mensais constantes, de no mínimo 10%

de sua renda, você nunca será independente financeiramente. Quanto maior o % da sua renda aportado mais rápido será o processo. Se você puder economizar 20% ou 30% de sua renda, melhor ainda. Conheço investidores que investem mais de 50% de sua renda mensal.

Se você acha que poupar 10% ao mês é impossível, saiba que não é...

Talvez você precise de orientação financeira. Isso é super comum porque as pessoas têm mesmo muita dificuldade de rever seus padrões de consumo e de investir de forma segura e rentável.

Orientação de um especialista em finanças

Eu acho muito interessante como as pessoas são irracionais quando a questão é lidar com o próprio dinheiro.

As pessoas quando estão doentes procuram o médico...

Quando a pia entope chamam o bombeiro hidráulico...

E quando o carro estraga levam no mecânico...

Mas quando se tem problemas financeiros e gastam mais do que ganham o que as pessoas fazem? Geralmente acumulam dívidas. Seja no cartão de crédito, no cheque especial ou fazendo empréstimos, etc.

Quando se trata de dinheiro as pessoas erram muito. Isso, obviamente, custa muito caro (literalmente).

Geralmente quando as pessoas buscam conselhos sobre finanças

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Muitos se aconselham com o gerente do banco ou o assessor da corretora de investimentos. Esses profissionais não querem te ajudar, eles querem te empurrar “soluções” que são lucrativas apenas para as instituições financeiras em que eles trabalham. Cuidado com isso!

Cuidado com que você se aconselha!

Muito pior são as pessoas que buscam aconselhamento em “gurus”

financeiros do Youtube. É evidente que existem muitos profissionais sérios na internet. Mas na grande maioria, são pessoas sem preparo, mal informadas e muitos outros, o que é pior, que são picaretas que vendem promessas de enriquecimento rápido.

O correto seria buscar orientação de um especialista em finanças. As vezes o gasto com um consultor financeiro é mínimo frente ao diferencial que isso pode criar na sua vida e na sua perspectiva de liberdade financeira.

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4.3. Como economizar 10% da renda todo mês

Essa passo-a-passo irá te ajudar muito a conseguir economizar com consistência.

Saiba exatamente qual a renda de sua família

Parece incrível, mas muitas pessoas não sabem ao certo quanto recebem de renda mensalmente. Saber qual a sua renda bruta e líquida (com os descontos de impostos) é fundamental para planejar sua vida financeira. Caso a sua renda seja inconstante, como no caso de profissionais liberais e vendedores, é importante ter um registro anotado de todas as receitas recebidas.

Saiba exatamente quais são os seus gastos

Controlar gastos é FUNDAMENTAL. Saber tudo que se gasta e onde se gasta. A dica é anotar tudo que for gasto e depois passar para uma planilha. Especifique os tipos de gasto: moradia, mercado, alimentação, farmácia, educação, supérfluos, etc...

“Ihh... Mas isso dá trabalho...”

. Concordo, eu sei disso, mas é melhor do que passar o resto da vida pagando dívidas e contando tostões na conta corrente concorda?

Livre-se imediatamente das dívidas

Você tem que se livrar de todas as dívidas que cobram altas taxas de juros como: a dívida do cartão de crédito, do cheque especial e de empresas de crédito. Vender bens, pegar empréstimos com familiares ou conseguir renegociar dívidas é caminho mais rápido. Eu conheço muitas pessoas que tem dividas enormes no cartão de crédito e passeiam em carros novinhos de luxo. Isso faz algum sentido?

Controle seus impulsos consumistas

Você não precisa de 30 sapatos, 10 calças jeans, 50 camisetas. Isso fora o monte de bugigangas que compramos e que mal tiramos da caixa.

Consumir com sabedoria é uma arte. Eu não promovo o “pão-durismo”

mas sim a inteligência na hora de comprar algo. Só compre algo que você realmente necessita, compre à vista e pesquise os melhores preços.

As vezes o consumismo exagerado não é sua culpa. Algumas pessoas têm distúrbios psicológicos ligados ao consumismo, colecionismo e acumulação. Esses distúrbios são muito mais frequentes do que imaginamos e são facilmente identificados e tratados em suas fases

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opinião profissional. Esse distúrbio destrói a saúde financeira de muitas famílias.

Invista com foco no longo prazo

Invista com inteligência. Não busque fórmulas mágicas de enriquecimento instantâneo. Opte por investimentos seguros: renda fixa, fundos de investimento, imóveis e ações de boas empresas.

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4.4. Consumo Consciente

Um passo determinante para a liberdade financeira é o controle do nível de gastos. As pessoas que geralmente conseguem independência financeira são aquelas que tem um padrão de consumo mais controlado. Isso é bem fácil de entender. Quem gasta pouco consegue economizar mais e precisa de uma renda vitalícia menor para custear esse padrão de vida.

Não use o consumo como uma forma obter status. As pessoas gastam milhares de reais comprando produtos muito mais caros apenas para ostentar uma marca.

Normalmente as pessoas tem um padrão de consumo acima de suas possibilidades não conseguem acumular patrimônio. Elas acumulam dívidas, pagam fortunas em juros de cheque especial, juros de cartão de crédito, etc.

Lembre-se do que falamos anteriormente. Seu dinheiro é fruto do TEMPO de vida que você dedicou ao trabalho. Seu dinheiro é muito valioso!

Controlar gastos não é complicado mas é muito difícil. Isso porque vivemos uma cultura do consumismo, do supérfluo, da grife, do status.

Queremos ter coisas e não experiências. As pessoas na sociedade são valorizadas pelo que elas têm e não pelo são ou fazem. Isso é um comportamento comum e normal, embora não seja bom para a nossa vida e para a nossa independência financeira.

Pense agora em como você pode ter uma vida mais simples e mais livre. Você precisa mesmo do carro 0km mais moderno e completo?

Pensando bem, você precisa mesmo ter um carro? Precisa trocar de celular a cada ano? Precisa comprar uma camisa três vezes mais cara por causa da marca? Precisa de um guarda-roupas lotado de roupas?

Precisa de uma coleção de relógios? Precisa ter dezenas de sapatos?

Tudo isso reflete padrões consumistas modernos. Fuja disso. Se reeduque. Comece a se desapegar de bens de consumo. Esse é o primeiro e enorme passo da sua caminhada.

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4.5. A REGRA DO 1 PARA 10

Quando eu tive acesso a esta informação eu sofri uma espécie de choque. Eu fiquei surpreso como pequenas atitudes no presente tem um impacto imenso no nosso futuro.

Para facilitar o aprendizado eu criei uma regra, ela poderá mudar a forma que você encara seu consumo e sua vida financeira, é a Regra do 1 para 10

Essa regra consiste no seguinte: cada um real consumido hoje equivale a dez reais num prazo médio de 20 anos.

Ou seja, se você não gastar esse R$ 1 e o investir (por exemplo, num fundo de renda fixa com taxa de juros média de 1% ao mês) você terá R$ 10 depois de vinte anos. Em outras palavras, esta Regra diz o seguinte:

Cada real não gasto hoje e investido multiplicará 10 vezes no longo prazo!

Isso não parece muito. Claro! Isso porque estamos falando de valores pequenos ainda.

Imagine o seguinte: uma bolsa de grife custa R$ 3.000. Esse valor em vinte anos seria igual a R$ 30.000. Pense assim, a bolsa custa R$ 3.000 ou R$ 30.000? Se você decide comprar a bolsa o preço HOJE é de R$ 3.000 mas o PREÇO FUTURO dela é de R$ 30.000. Um dia, o futuro irá chegar, e esses 30.000 farão muita falta na sua conta corrente! Provavelmente a bolsa já estará velha e fora de moda, possivelmente já terá virado lixo.

Agora, vamos usar como exemplo a aquisição de um automóvel 0km de último tipo e que custe R$ 100.000. Agora pense no mesmo carro, de um modelo mais simples, usado, mas ainda super novo (com 2 anos de uso) e com menos itens de luxo. Ele pode custar cerca de R$ 50.000 ou menos. Quem adquirir o modelo usado terá uma economia de R$

50.000. Esses R$ 50.000 economizados e investidos virarão R$ 500.000 no futuro. Quer quinhentos mil reais na conta? Quem não quer?

Imagine agora o caso daquela pessoa que troca de carro todo o ano...

Nem precisamos fazer as contas correto?

Essa Regra de 1 para 10 se aplica a tudo na sua vida financeira. Lembre- se disso: Cada real economizado pode virar 10 reais no futuro. Isso vai te ajudar muito a pensar e repensar seus padrões de consumo.

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Isso também ajuda a entender porque é importante economizar 10% de nossa renda bruta todo mês. Cada real economizado hoje valerá 10 vezes no futuro!

Pense nos preços imaginando o seu preço futuro. Por exemplo:

Café R$ 3  R$ 30

Sobremesa R$ 10  R$ 100

Tênis da moda R$ 500  R$ 5000

Bicicleta importada R$ 5.000  R$ 50.000

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5. POUPANÇA E JUROS: ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA ACUMULAR PATRIMÔNIO

Como salientamos anteriormente a poupança é o principal elemento para a construção de sua independência financeira. Quando escrevo poupança não se confunda. Eu não estou me referindo à caderneta de poupança (tipo de investimento) mas sim à poupança econômica (receitas – gastos).

Quanto maior a sua poupança (receitas – gastos) maior será o seu potencial de crescimento patrimonial e mais perto da independência financeira você estará.

A poupança mensal deve ser investida mensalmente. Os aportes são os valores que você direciona para seus investimentos. Os seus investimentos (frutos de sua poupança) serão potencializados pela taxa de juros (J).

Quanto maior o aporte, a taxa de retorno de seus investimentos e o tempo de investimento, maior será o poder de multiplicação do seu patrimônio. Então é muito importante você ser capaz de ter constância nos seus aportes, ser consistente ao longo do tempo e de identificar os melhores investimentos em cada momento econômico.

Se você não tem conhecimento para isso é recomendável buscar conhecimento sobre o assunto, lendo, fazendo cursos ou buscando uma assessoria independente.

5.1. O Poder dos Juros Compostos

Se você toma um empréstimo no banco você paga juros. Quando você faz um investimento (você empresta dinheiro ao banco) recebe um percentual de juros (rendimentos) pelo valor emprestado.

Por exemplo: Se você aplicou R$ 1.000 no banco a uma taxa de juros mensal de 1% você receberá mensalmente de R$ 10.

Os juros compostos incidem sobre o investimento inicial, sobre os aportes mensais e também sobre os juros já recebidos. É o famoso “juros sobre juros” e é isso que gera o incrível poder multiplicador dos juros compostos.

Lembre-se da Regra do 1 para 10 que vimos anteriormente. Esta regra nos diz que cada real hoje vale 10 reais no futuro. Esta regra existe e é possível devido aos juros compostos.

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“Os juros compostos são a maior força da natureza”

Essa frase é atribuída à Albert Einstein ilustra o poder que os juros compostos podem ter na construção do seu patrimônio e de sua independência financeira.

Os juros compostos são a melhor forma de fazer o seu dinheiro trabalhar ao seu favor gerando resultados incríveis no médio e longo prazo.

Exemplo: Um jovem com um salário de R$ 3.000 decide investir mensalmente 10% deste valor em um Fundo de Renda Fixa. Ele decide fazer isso durante 30 anos. Vamos supor que este Fundo irá render 0,8%

ao mês e que todos os rendimentos serão reinvestidos (mantidos na conta).

O que acontece no final do primeiro mês? Ele terá R$ 302,40 (R$ 300 alocado inicialmente + o rendimento de 0,8% que representa R$ 2,40) No início do segundo mês ele deposita mais R$ 300. Assim ele terá R$

602,40. O rendimento de 0,8% incidirá sobre R$ 602,40. Assim ao final do mês ele terá R$ 607,22.

Como se percebe, no início os rendimentos são baixos em relação ao aporte mensal. No segundo mês o aporte foi R$ 300 e o rendimento de R$ 4,82. Com o passar do tempo o rendimento será cada vez maior, pois incidirá sobre todo o montante aplicado (juros sobre os valores investidos e juros sobre juros). Esse rendimento, associado aos aportes mensais, irão multiplicar exponencialmente o patrimônio total.

Veja na tabela abaixo o desempenho deste investimento ao longo do tempo:

Exemplo 1 – Aporte mensal de R$300 com taxa de 0,8%

Período Valor na Conta Rendimento Mensal

1 ano R$ 3.793 R$ 30

5 anos R$ 23.170 R$ 184

10 anos R$ 60.540 R$ 480

20 anos R$ 218.000 R$ 1.700

30 anos R$ 627.900 R$ 4.980

A partir do décimo ano o patrimônio investido começa a se beneficiar do efeito multiplicador dos juros compostos.

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O valor do patrimônio total inicia uma curva ascendente exponencial a partir do décimo ano e os valores começam a se tornar interessantes.

Ao final dos 30 anos ele já tem um valor investido de R$ 627 mil reais que lhe rende mensalmente R$ 4.980.

Este investidor pode agora tomar a decisão de utilizar este rendimento para complementar a sua renda ou utilizar o montante total da forma que quiser.

Você esperava que um aporte de apenas 300 reais por mês gerasse uma renda passiva e vitalícia de quase R$ 5.000 ?

Estes são os segredos para aproveitar o efeito multiplicador dos juros compostos:

Paciência – O tempo é o seu maior aliado. Quanto mais tempo o dinheiro permanecer investido maior a curva exponencial

Consistência – Os aportes devem ser constantes para fazer o

“bolo” crescer

Reaplicar os rendimentos – É fundamental reaplicar os rendimentos recebidos para potencializar os resultados

O exemplo anterior foi feito sobre uma base de valores bem modesta e conservadora, como o aporte mensal de R$ 300 e o rendimento de 0,8%

ao mês. Historicamente o Brasil tem elevadas taxas de juros o que favorece o investidor de longo prazo. Em alguns períodos essa taxa chegou a incríveis 40% ao ano.

Hoje em dia (2017) as taxas estão menores, devido à atual realidade econômica. Atualmente uma carteira de investimentos bem montada e assessorada pode render facilmente 2% ao mês, em média. Vamos retornar com outro exemplo, tomando como base um retorno médio histórico de 1,2%.

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Exemplo2: Um investidor decide alocar mensalmente R$ 1.000. Ele decide fazer isso durante 30 anos. Vamos supor sua carteira de investimentos renderá em média 1,2% ao mês e que todos os rendimentos recebidos serão reinvestidos (mantidos na conta).

Período Valor na Conta Rendimento Mensal

1 ano R$ 12.978 R$ 154

5 anos R$ 88.182 R$ 1.045

10 anos R$ 268.570 R$ 3.185

20 anos R$ 1.392.500 R$ 16.500

30 anos R$ 6.095.000 R$ 72.280

Neste exemplo temos resultados muito mais expressivos. Vemos também que a partir do décimo ano os valor do patrimônio assume um crescimento exponencial.

Após 20 anos o investidor já tem um patrimônio superior a um milhão de reais e poderia obter uma renda passiva e vitalícia de R$ 16.500 por mês. Em 30 anos de investimento ele teria R$ 6 milhões em conta e um rendimento mensal vitalício de R$ 72.000

Isso mostra o incrível poder dos juros sobre juros. A capacidade de multiplicação dos juros compostos. Um aporte mensal de R$ 1.000 não é algo inatingível e os resultados são surpreendentes.

Mas será que a taxa de 1,2% ao mês é realista? Claro que sim. Uma carteira de bons investimentos consegue ser altamente rentável. Com taxas médias de retorno superiores inclusive. Neste caso uma forma de alavancar este desempenho é com o investimento de parte de sua carteira de investimento em ações.

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6. O INVESTIMENTO EM AÇÕES

Você sabia que o investimento em ações é o investimento de maior rendimento e lucratividade no longo prazo.

Porque podemos afirmar isso? Quando você compra a ação da empresa XPTO você está injetando capital nesta empresa, estará se tornando dono e sócio de uma pequena parte da XPTO.

Nós vivemos em uma economia capitalista e o investimento produtivo (que inclui o investimento em ações de empresas) sempre será o mais rentável (em média e no longo prazo).

Pense da seguinte forma. Se o investimento em empresas não fosse o mais lucrativo o que as pessoas, bancos e demais instituições fariam?

Com certeza elas iriam alocar seu dinheiro em outro tipo de investimento (renda fixa, títulos do governo, ouro, etc).

Isso é um contrassenso porque vivemos num mundo capitalista. Sem esse fluxo de investimento (capital) novas empresas não iriam existir, as empresas existentes não poderiam crescer. Sem novas empresas e sem crescimento haveria um colapso no sistema capitalista.

A economia capitalista se sustenta no fato de que o “capital produtivo”

tem o maior retorno

O fato do retorno do investimento em ações ser o mais rentável já foi exaustivamente estudado e comprovado em todas as bolsas de valores mundiais. Um célebre estudo compilado por Jeremy Siegel no Livro

“Investindo em Ações no Longo Prazo” apresenta um resultado contundente. O gráfico abaixo representa o resultado geral da pesquisa do autor.

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O gráfico demonstra o resultado do investimento de um dólar em 1802 em várias opções diferentes de investimento. Reparem que a linha azul que representa o investimento em ações foi o que teve maior retorno.

Quem investisse 1 dólar em 1802 teria US$ 930.550 em 2013. Um resultado muito superior ao bonds (títulos) que geraram US$ 1.505 ao fim do mesmo período.

Mas então porque as pessoas perdem dinheiro na Bolsa de Valores?

É muito comum ouvir casos de pessoas que perderam fortunas na Bolsa de Valores. Você mesmo deve conhecer algum... Então, isso não parece ser contraditório?

Se o investimento em ações é o mais lucrativo no longo prazo porque 90% das pessoas físicas que investem em ações perdem dinheiro?

Os investidores individuais geralmente iniciam seu processo de investimento na bolsa sem muito conhecimento do que estão fazendo.

Iniciam ouvindo dicas, seguindo notícias, acreditando em promessas de enriquecimento fácil... O foco está no preço e em negociações de alto risco envolvendo empresas da moda (o caso recente da OGX é famoso, muitas pessoas perderam dinheiro investindo nessa empresa).

Além disso, geralmente as pessoas iniciam seus investimentos na bolsa no momento errado. Compram ações quando o mercado está aquecido e otimista. Ou seja, quando os preços das ações já estão muito valorizados. Isso reduz a margem de segurança. Caso haja uma flutuação negativa no preço as pessoas se desesperam e vendem suas ações com prejuízo. Geralmente os bons investidores fazem o contrário.

Vendem nos momentos de euforia e compram nos momentos de medo.

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6.1. Ações - o foco deve ser o longo prazo

.

Um célebre investidor afirmou que as pessoas comuns dificilmente perdem dinheiro quando compram um imóvel para morar. Porque isso ocorre?

Elas estudam muito antes de comprar o imóvel. Pesquisam sobre a construtora (se ela tem problemas financeiros, se os prazos de entrega foram respeitados, se os clientes estão satisfeitos, etc.), sobre o local (se existe transporte, se é seguro, se tem um bom comércio, se o IPTU é caro), consultam um advogado para verificar o contrato e a documentação do imóvel, etc.

Depois da compra do imóvel a pessoa acredita que ficará com aquele imóvel por vários anos. Ou até pela vida toda. Esse sujeito não ficará consultando diariamente a cotação dos imóveis do bairro, o preço do metro quadrado... Também duvido que se os preços caírem 5% na região ele decida vender o imóvel porque “está perdendo dinheiro”.

Quando as pessoas compram um imóvel elas tomam uma decisão de investimento muito bem fundamentada e de longo prazo.

A grande maioria das pessoas que compra ações não se comporta dessa forma. O comportamento é justamente o inverso. Não se estuda a empresa (seu setor de atuação, qual o tipo de produto, a sua posição no mercado de atuação, as metas de produção e lucratividade, a gestão) nem o seu mercado de atuação (posição de mercado, seus concorrentes, desafios, etc). Compra-se a ação sem nenhum conhecimento seguindo uma dica, notícia ou indicação.

Quando a ação está comprada o foco é o preço no curto prazo.

Acompanha-se diariamente (quando não a cada minuto ou hora) as cotações da empresa. Pequenas valorizações são comemoradas e pequenas desvalorizações causam pânico. Isso não é investir em ações... Isso é especular com ações. Se houver sorte se ganha, senão é perda certa. É como jogar em um cassino.

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6.2. Como investir em ações

É possível investir em ações com boa margem de segurança e obter excelente retornos? Sim claro!

Para investir em ações você deve se comportar da mesma forma que se comportaria ao comprar um imóvel (como explicitado no item anterior). Deve estudar antes de fazer o investimento e deve ter um foco no longo prazo.

Ao estudar a empresa é importante conhecer seus produtos e seus resultados. Deve verificar se o produto tem perenidade ou é algo que pode deixar de existir (ex: máquina de escrever, fax, filme fotográfico).

Deve verificar a posição de mercado da empresa frente aos seus concorrentes.

Em certos casos é sábio recorrer a um assessor ou profissional especializado (da mesma forma que você recorre à um advogado antes de comprar um imóvel). Essa assessoria será útil para direcionar seus estudos ou apresentar à você alguns estudos já realizados para confirmar/subsidiar a sua decisão.

Quando você decide comprar as ações de uma empresa, você se torna sócio daquela empresa. Como sócio, você deve encarar esta relação como uma relação comercial de longo prazo. Deve-se focar em acompanhar o negócio e os seus resultados e não apenas o preço (que tende a variar muito no curto prazo). Se a empresa tem e mantém bons fundamentos o desempenho tende a ser positivo e rentável para o investidor.

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6.3. Como Você Ganha Investindo em Ações?

Quando você compra uma ação você se torna sócio da empresa.

Assim, por menor que seja sua participação acionária você passa a ter direito a compartilhar os ganhos gerados por esta empresa enquanto você for acionista.

Uma ação pode gerar ganhos de duas formas:

1) Valorização Patrimonial (aumento do preço da ação) 2) Participação nos Lucros (dividendos)

Valorização Patrimonial (variação do preço) é forma mais conhecida e popular de se ganhar (ou perder) dinheiro com ações. Comprar “na baixa” e vender “na alta” é o sonho de todos os especuladores do mundo.

Os preços variam muito no curto prazo. A cotação das ações se valorizam ou desvalorizam seguindo movimentos de zig-zag. Como no gráfico do Bradesco abaixo. Veja que a tendência de longo prazo é de crescimento. Mas o preço não segue em linha reta, alternando momentos de alta e de baixa.

Gráfico – Comportamento dos Preços das Ações do Bradesco

Mesmo as ações de empresas lucrativas e com bons fundamentos podem apresentar flutuações negativas no CURTO PRAZO e ter seus preços em queda. Isso é comum. Entretanto, a tendência de LONGO PRAZO é que o preço siga a direção dos fundamentos de cada empresa. Assim se a empresa é bem gerida, tem receitas sólidas e lucros consistentes os preços irão invariavelmente ter um desempenho positivo.

Dividendo é a parte do lucro da empresa que cabe aos seus acionistas.

Quanto maior o lucro da empresa maior o potencial de distribuição de dividendos. Obviamente somente empresas lucrativas pagam dividendos.

(30)

Por outro lado, se a empresa tiver prejuízo, vc não precisará “pagar por isso”. Não existe dividendo negativo. Em caso de prejuízo é esperado que o preço das ações caia (e nisso você terá uma perda de valor patrimonial).

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6.4. Investimentos em Ações & Liberdade Financeira

Os dividendos são uma forma poderosa de construir uma renda passiva vitalícia o que pode contribuir decisivamente com a sua LIBERDADE FINANCEIRA.

Investir em ações com foco em dividendos é uma forma segura e rentável de investir no mercado acionário. Entenda porque:

- Empresas que pagam dividendos são lucrativas, tem receitas sólidas e resultados resilientes (resistentes aos momentos de crise);

- Geralmente são empresas consolidadas em seus mercados de atuação;

- As ações de empresas pagadoras de dividendos são menos voláteis;

- As ações e os dividendos são hereditários.

Como acionista de uma boa empresa pagadora de dividendos você ganhará: a apreciação do valor da ação no longo prazo e, principalmente, dividendos cada vez maiores sobre os lucros (uma vez que os lucros tendem a crescer também ao longo do tempo).

O Itaú, por exemplo, é uma empresa com excelente desempenho e que tem agraciado seus acionistas com dividendos vultosos e crescentes. O banco teve uma evolução do lucro líquido de R$ 2 bilhões em 1999 para cerca de R$ 22 bilhões em 2016. Um crescimento excepcional de mais de 10 vezes. Quem comprou ações da empresa em 1999 com certeza recebeu dividendos consideravelmente maiores em 2016.

Itaú – Evolução do Lucro Líquido entre 1999 e 2016

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O investimento em ações, quando feito de forma correta fica longe de ser algo perigoso e arriscado. A seleção de boas empresas, com excelente histórico de rendimentos e pagadoras de dividendos é uma estratégia poderosa e construção de patrimônio e de liberdade financeira.

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7. MENSAGEM FINAL

Caro leitor. Espero que este e-book tenha sido uma leitura útil para você. Apesar de ser uma obra bastante resumida e com abordagem simples e direta, tudo aquilo que é mais fundamental foi transmitido.

Ficarei feliz se algum dos conceitos colocados no livro fizer sentido para você. Espero que essa leitura lhe ajude a tomar uma decisão de mudança de comportamento em relação à sua vida financeira e ao seu futuro.

Consumo consciente e investimentos inteligentes são o único caminho para a independência financeira. Existem grandes dificuldades nesta jornada e isso é comum e compreensível.

Sinta-se à vontade para entrar em contato para consultar nossos serviços ou para deixar sua opinião sobre o Livro.

Obrigado e Boas Viagens!

Vicente Guimarães Email: vicenteguimaraes@hotmail.com Whatsapp: 21-988937881

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