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A formação contínua do docente como elemento na construção de sua identidade

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE DO PORTO FACULDADE DE PSICOLOGIA E DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO. A FORMAÇÃO CONTÍNUA DO DOCENTE COMO ELEMENTO NA CONSTRUÇÃO DE SUA IDENTIDADE. Maria da Conceição Carrilho de Aguiar. Porto,. Portugal 2004. 1.

(2) Aguiar, Maria da Conceição Carrilho de A formação contínua do docente como elemento na construção de sua identidade / Maria da Conceição Carrilho de Aguiar.- Porto : O Autor, 2004. 367 folhas: il. ; graf. ; tab.. Tese (Doutorado) – Universidade do Porto, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação Portugal, 2004. Inclui bibliografia. 1. Formação de professores - Brasil. 2. Formação continuada – Docente. 3. Identidade - Docente. Título. 37 371.12. 2. CDU (2.ed.) CDD (22.ed.). UFPE CE2006-015.

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(6) 6.

(7) MARIA DA CONCEIÇÃO CARRILHO DE AGUIAR. A FORMAÇÃO CONTÍNUA DO DOCENTE COMO ELEMENTO NA CONSTRUÇÃO DE SUA IDENTIDADE. Dissertação apresentada na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto para obtenção do grau de Doutor em Ciências da Educação. Orientadora: Profa. Dra. Pacheco. Natércia. Alves. Co-orientadora: Profa. Dra. Maria de Fátima de Souza Santos. PORTO, 2004. 7.

(8) RESUMO. Este trabalho de investigação apresenta um estudo no âmbito da formação contínua do docente e procura explicitar melhor a relação entre a participação de professores em processos de formação contínua e sua repercussão sobre a carreira docente, focando sua análise na transformação dessas práticas pedagógicas e na influência dessa formação na construção da identidade docente. Buscando centrar o estudo nos professores que estavam realizando aprimoramento profissional, elegeram-se estes como os sujeitos deste estudo. Primeiramente foi realizado um pré - inquérito com trinta sujeitos, com as mesmas características da população que seria estudada. Solicitou-se aos sujeitos que respondessem ao questionário, fornecendo-se a mesma instrução que seria dada na coleta de dados da pesquisa. Em seguida, cada sujeito foi entrevistado - a entrevista foi realizada apenas no pré – inquérito -, sendo-lhe pedido que fizesse uma crítica ao questionário destacando as dificuldades que tivera ao responder a ele, apontando as questões repetitivas e/ou cuja formulação dificultava a compreensão e sugerindo novas questões. A análise das entrevistas, entretanto, indicou que não havia necessidade de modificação do instrumento. Assim, o questionário proposto foi mantido e as respostas dadas pelos trinta sujeitos dessa primeira fase foram incluídas no conjunto da população. Os resultados permitem constatar que, para além de elementos constitutivos da identidade, a formação é algo extremamente valorizado pelo professor. O professor considera fundamental para sua prática pedagógica acompanhar a evolução sistemática do conhecimento. Ressalta-se ainda como resultado relevante deste estudo a influência da formação contínua sobre a identidade docente. A situação de trabalho do professor, a falta de ser reconhecido e valorizado se percebem a partir de seus depoimentos. A identidade pessoal é profundamente influenciada pelas desigualdades sociais existentes. Inerente à identidade docente, a crise se apresenta no dia-a - dia da atividade desses professores através da estima de si e do reconhecimento de si pelos outros.Desse modo, os resultados demonstram ainda que não é o papel ou a função do professor que mais os incomoda, é sobretudo a falta de valorização e reconhecimento social da profissão e da identidade social deles que os deixa desmotivados. PALAVRAS-CHAVE: Formação de Professores, Formação Continuada Docente, Identidade-Docente. 8.

(9) ABSTRACT. This investigative work presents a study of the sphere of teachers' continuing training. It tries to explain better the link between teachers' participation in courses of continuing training and their significance in the teachers' careers. It focuses on the transformation of these teaching practices and the influence of this training on the building of the teachers' identity. We based the study on teachers who were improving their professional skills, and so they became the subjects of our study. First, we did a preliminary study on 30 individuals, with the same characteristics as our study group. These individuals were asked to fill in the questionnaire, and given the same instructions as would be given in the gathering of data in the research. Then each individual was interviewed ( this only being done for the preliminary study) and asked to analyse the questionnaire and highlight the difficulties they had when answering it, pointing out repetitive quest ions and / or which questions were difficult to understand and suggesting new questions. This analysis, however, showed that there was no need to change the document. So the original questionnaire was kept, and the answers given by the 30 individuals in this first stage were included in the overall numbers. The results allow us to state that as well as personality, training is very highly valued by teachers. The teacher believes it imperative for his teaching that he keep up with systematic evolution of knowledge in his area. This study also highlights the influence of continuing training on the teachers' identity. The teacher's position at work, his lack of recognition and esteem is clear in his testimony. Personal identity is highly influenced by existing social inequalities. Inseparable from the teachers' identity, (psychological) crisis becomes clear in the day to day activities of these teachers through others' esteem and recognition. I n this way, the results show that it's not the teacher's role or his function that bothers him - it's the profession's low standing in society and his social identity that leaves him demotivated. KEY-WORDS: Teachers` Teachers` Identity. 9. Training,. Teachers`. Continuing. Training.

(10) RÉSUMÉ. Ce travail de recherche présente une étude dans le milieu de la formation continue du corps enseignant et cherche à mieux expliquer la relation entre la participation des professeurs dans le processus de formation continue et ses répercussions sur la carrière enseignante, se focalisant sur l´analyse de la transformation de pratiques pédagogiques et l´influence de cette formation dans la construction de l´identité de l´enseignant. L´étude est centralisée sur les professeurs qui faisaient preuve d´améliorations professionnelles. Premièrement, une pré-enquête fut réalisée sur trente sujets, avec les mêmes caractéristiques que les populations à étudier. Il fut demandé à ces sujets de répondre à un questionnaire, leur fournissant les mêmes instructions que celles qui seraient proposées dans le cas de la collecte de données de notre recherche. Ensuite, chaque sujet fut interrogé, seulement dans le cadre de la pré-enquête, et il lui fut demandé qu´il critique le questionnaire, mettant en évidence les difficultés qu´il eut à répondre aux questions, montrant les points répétitifs et/ou dans lesquels la formulation compliquait la compréhension. Le sujet pouvait suggérer de nouvelles questions. L´analyse des entrevues a toutefois montré qu´il n´ y avait aucune nécessité de modifier l´instrument. Ainsi, le questionnaire proposé fut maintenu et les réponses données par les trente sujets de cette première phase furent incluses dans l´ensemble de la population. Les résultats permettent de constater que, outre les éléments constitutifs de l´identité, la formation est quelque chose d´extrêmement valorisé par le professeur. Ce dernier considère fondamental, dans sa pratique pédagogique, l´accompagnement systématique de l´évolution des connaissances. L´influence de la formation continue sur l´identité de l´enseignant est également l´un des points mis en évidence par les résultats de cette étude. La condition de travail du professeur, le manque de reconnaissance et de valorisation se perçoit dans les dépouillements. L´identité personnelle est profondément influencée par les inégalités sociales existantes. Inhérente à l´identité du corps enseignant, la crise transparaît au jour le jour dans l´activité de ces professeurs au travers de l´estime de soi et de la reconnaissance de soi par les autres. De cette façon, les résultats démontrent que ce n´est ni le rôle, ni la fonction des professeurs qui les dérangent mais plutôt le manque de valorisation et de reconnaissance sociale dans leur profession qui les démotivent. PAROLES-CLEF: Formation de Professeurs, Formation Continue du Corps Enseignant, Identité de Enseignaut. 10.

(11) Para meus pais Antonio (in memoriam) e Eunice, estimuladores dos meus estudos e com quem sempre pude contar na minha trajetória de vida. Para Lúcio, meu marido, pela presença permanente, pelo incentivo e apoio que sempre me dedicou para a concretização do trabalho. Para Renata, Filipe, Fábia e o pequenino Artur que apóiam minhas “tantas ausências”. Para Hilda, minha irmã, pelo carinho e incentivo para a concretização deste trabalho.. 11.

(12) AGRADECIMENTOS. A. partir. do. momento. em. que. o. indivíduo. estabelece sua primeira relação interpessoal, ele é objeto. de. agindo. como. que. uma. multiplicidade. receptor. lhe. é. estabelece. natural. e. transmissões,. transformador. transmitido.. desenvolvimento ambiente. e. de. com. O uma. uma. do. conteúdo. indivíduo relação. ordem. em. com. cultural. seu. que. é. mediatizada pelo outro significativo. O outro é, de certa com. forma, suas. um. representante. características. do. ambiente. históricas,. social. sociais,. políticas e econômicas. Assim, este ambiente tem um sistema. de. representações. e. de. valores. que. dão. um. significado à realidade e, por conseguinte, ao que se passa no indivíduo. Este deve, então, não apenas compartilhar. o. significado. dos. acontecimentos,. mas. assumir o mundo como se fosse seu. No. meu. percurso. para. a. realização. deste. trabalho, tive a ajuda de várias pessoas, e, quando alguém nos faz algo, quando nos presta favores, nos aconselha. ou. nos. dá. o. que. almejamos,. a. nossa. primeira reação é agradecer. Portanto, gostaria de agradecer nesse momento. Agradeço à professora Natércia Alves Pacheco, da da. Faculdade. de. Universidade. Psicologia do. Porto,. e. Ciências por. ter. da. Educação. aceitado. a. orientação desta tese e pela forma como conduziu as orientações,. possibilitando. o. aprofundamento. dos. meus conhecimentos sobre esta abordagem; À professora Fátima Santos, do Departamento de Psicologia. 12. do. Centro. de. Filosofia. e. Ciências.

(13) Humanas pelos. da. Universidade. momentos. de. Federal. discussão. de. e. Pernambuco,. contribuição. na. elaboração deste trabalho, como co-orientadora. A Paulo Rubem, meu genro, que, com bom humor e talento, digitou todo o trabalho. Um. agradecimento. especial. a. Ana. Lúcia. Gomes. por ter facilitado o acesso para a realização deste trabalho. A. Laêda. Bezerra. Machado,. pelas. sugestões. valiosas. Aos. professores. e. demais. pessoas. que. contribuíram para a construção deste trabalho. Quero. agradecer. ainda. ao. Departamento. de. Administração Escolar e Planejamento Educacional do Centro. de. Pernambuco trabalho,. Educação por. ter. da. Universidade. facilitado. compreendendo. a. a. realização. necessidade. exclusiva ao curso de Pós – graduação.. 13. Federal. de. de. deste. dedicação.

(14) ÍNDICE. INTRODUÇÃO.......................................20. a). A trajetória profissional: seu valor para a. construção do objeto de estudo...................20 b). Apresentação.................................27. CAPÍTULO I.......................................30. LEÃO DO NORTE....................................31. 1.0 O conceito de sujeito: o povo pernambucano, raízes e costumes................................32 2.0 Brasil: recuperando uma história.............36 1.2.1 Organização do sistema educacional brasileiro atual...............................45 1.2.2 Os anos 80 e 90 e a implantação dos programas de formação contínua.................49. CAPÍTULO II......................................51. IDENTIDADE COMO CATEGORIA DE ANÁLISE.............51. 2.0 Conceito.....................................53 2.0 Noção de Papel...............................70 2.0 Identidade Profissional......................75 2.0 Identidade Docente...........................86 2.0 Representação Social e Formação Docente......91. 14.

(15) CAPÍTULO III.....................................98. PROFISSÃO PROFESSOR..............................98. 3.1 Escolha e conseqüências......................99 1.0. “Vocação”...................................101. CAPÍTULO IV.....................................104. DISCUTINDO OS TERMOS: TREINAMENTO, RECICLAGEM, CAPACITAÇÃO E FORMAÇÃO..........................104. 4.0 Formação: em busca de um conceito...........109 4.0 Formação Docente: algumas considerações.....112 4.0 Formação Contínua de Docentes...............119. CAPÍTULO V......................................131. A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO BRASIL PÓS-REDEMOCRATIZAÇÃO............................132. 5.0 As Reformas Educativas......................132 5.0 O Estado atual da Pesquisa sobre Formação de Professores no Brasil........................147. 15.

(16) CAPÍTULO VI.....................................152. FORMAÇÃO CONTÍNUA DE DOCENTES NO ESTADO DE PERNAMBUCO: A PRÁTICA REVISITADA................153. 6.1 Programas Governamentais e Formação Contínua........................................162 6.2 Impactos da Formação Contínua nas Práticas dos Professores.................................164. CAPÍTULO VII....................................174. EVOLUÇÃO DA PESQUISA ...........................175. 7.0 A Trajetória da Pesquisa....................175 7.0 Abordagem Qualitativa da Pesquisa: algumas considerações...........................179 7.0 Considerações sobre o Uso do Instrumento....182 7.0.0. Procedimento de Coleta de Dados.........185. 7.0.0. Participantes...........................188. 7.0.0. Perfil da Amostra: análise. das questões fechadas.........................189 7.0 Questões Abertas: categorias de análise.....204 7.0 Considerações sobre os Métodos de Análise das Questões Abertas............................205 7.0.0. 7.0. 7.0.0.0. As classes.........................208. 7.0.0.0. Etapas de Análise do ALCESTE.......209. O Programa EVOC.............................212. 7.0.0. 16. O Programa ALCESTE......................206. Análise de Palavras Principais.........214.

(17) CAPÍTULO VIII...................................215. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS..............216. 1ª Parte. 8.0 Ser Professor...............................216 8.0.0. Decisão em ser Professor................221. a). Classe 1:Vocação........................222. b). Classe 2:Conhecimento Prévio............224. c). Classe 3:Identificação como Professor...227. d). Classe 4:Necessidade Financeira.........230. 8.0.0. Como se vê como Professor...............236. a) Classe 1:Profissional Técnico...............237 b) Classe 3:Papel Político do Professor........239 c) Classe 4:Importância X Desvalorização.......241 d) Classe 5: Desejo. de. Aprofundamento X Sobrecarga de Trabalho.......244 e) Classe 2: Sentimento de Falta e Relação com o Aluno...........................248 f) Classe 6: Avaliação de Si Mesmo.............250. 8.0.0. Ser Professor: Vantagens e Desvantagens.254. a) Classe 1: Contribuir para a Aprendizagem e Formação do Cidadão.........................255 b) Classe 2: Relação Humana....................259 c) Classe 3: Aspectos ligados às Instituições e ao descaso governamental....................262. 17.

(18) 8.0.0. O Que Pensa e o Que Sugere sobre. Capacitação.....................................266 a) Classe. 1: Vinculada à Realidade da Escola..268. b) Classe. 2: Dinâmica e Temas Relevantes......272. c) Classe. 4:. Área Específica e Troca. de Experiências...............................274 d) Classe. 3: Soluções para o Processo Ensino. Aprendizagem que aconteçam com mais freqüência....................................277. 2ª Parte. 8.0 Estrutura das Representações Sociais sobre os professores..................................281 8.0.0. Análise de Evocação: elementos. nucleares.....................................282 8.0.0. Análise de Palavras Principais..........287. 8.0.0. Análise Fatorial de Correspondência.....290. a). Projeção das palavras analisadas sobre. a “Decisão em ser Professor”................291 b). Projeção das palavras analisadas. sobre “Como se vê como Professor”...........292 c). Projeção das palavras analisadas sobre. “As Vantagens e Desvantagens em ser Professor”..................................294 d). Projeção das palavras analisadas sobre. “O que Pensa e o que Sugere sobre Capacitação”................................296. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................300. BIBLIOGRAFIA....................................312. 18.

(19) ANEXOS. ANEXO 1: Projeção das palavras analisadas sobre a “Decisão em ser Professor” elaborada pelos professores.....................................343. ANEXO 2: Projeção das palavras analisadas sobre “Como se vê como Professor” elaborada pelos professores.....................................344. ANEXO 3: Projeção das palavras sobre “As Vantagens e Desvantagens em ser Professor” .....345. ANEXO 4: Projeção das palavras sobre “O que Pensa e o que Sugere sobre Capacitação”.........346. ANEXO 5: Roteiro do Questionário................347. ANEXO 6: Roteiro da Entrevista..................362. 19.

(20) LISTA DE QUADROS. QUADRO 1. Dos níveis e das modalidades de educação e ensino brasileiro contidos na lei Nº 9394/96...................................47. QUADRO 2.. Características das reformas. educativas .....................................133. QUADRO 3. Demonstrativo das produções sobre formação de professores. (Dissertação e Tese) Período 1990 a 1996.............................148. QUADRO 4. Artigos publicados em periódicos. Período 1990 a 1997.............................149. QUADRO 5. Trabalho de grupo (GT)sobre a formação de professores. Período 1992 a 1998................150. QUADRO 6. Programas de formação contemplados pelas ações governamentais......................162. QUADRO. 7.. Disposição dos resultados obtidos. a partir da análise de evocação.................213. 20.

(21) LISTA DE GRÁFICOS. GRÁFICO 1 - Sexo................................189. GRÁFICO 2 - Idade dos professores...............190. GRÁFICO 3 – Nível de escolarização dos professores.....................................191. GRÁFICO 4 - Idade de conclusão do curso pelos professores.....................................192. GRÁFICO 5 - Anos de experiência como professor..193. GRÁFICO 6 - Turnos de trabalho do professor.....194. GRÁFICO 7 – Experiência em outras funções no âmbito escolar..................................195. GRÁFICO 8 – Outras profissões exercidas pelos professores.....................................196. GRÁFICO 9 - Mudança de escola ao longo da trajetória profissional......................197. GRÁFICO 10 – Mudança de profissão pelos professores.....................................198. GRÁFICO 11 – Acesso à leitura de jornais e revistas........................................202. 21.

(22) GRÁFICO 12 – Acesso a diversões como teatro / cinema..........................................203. GRÁFICO 13 - Consulta sobre as dificuldades na prática docente.................................216. GRÁFICO 14 - Participação obrigatória nas capacitações....................................217. GRÁFICO 15. - Os Conteúdos das capacitações são. satisfatórios...................................218. GRÁFICO 16 – Contribuição dos processos de formação contínua para a transformação da prática docente.................................219. GRÁFICO 17 -. O tempo destinado para cada. capacitação.....................................220. 22.

(23) LISTA DE TABELAS. TABELA 1. Ano em que começou a trabalhar como professor.......................................199. TABELA. 2. Idade de Iniciação na profissão......200. TABELA. 3. Rede de ensino em que o professor. atua............................................200. TABELA 4. Níveis e Modalidades em que os professores atuam...............................201. TABELA 5.. Elementos hipotéticos centrais e. periféricos da representação social da formação contínua comum aos sujeitos pesquisados.........283. TABELA. 6. Palavras mais evocadas pelos. professores a partir da palavra estímulo formação continuada.............................288. TABELA. 7. Palavras selecionadas pelos. professores a partir das palavras principais evocadas........................................289. 23.

(24) LISTA DE FIGURAS. FIGURA 1 – Quadro sintético dos resultados gerados pela análise. do programa ALCESTE.......211. FIGURA 2 – Decisão em ser Professor.............221. Figura 3 –Como se vê como Professor.............236. FIGURA 4 – Ser Professor:. vantagens e. desvantagens....................................254. FIGURA. 5 – O que pensa e o que sugere sobre. capacitação.....................................266. FIGURA 6 – Projeção das palavras analisadas sobre a “Decisão em ser Professor” elaborada pelos professores (anexo 1).....................343. FIGURA 7 – Projeção das palavras analisadas sobre “Como se vê como Professor” elaborada pelos professores (anexo 2).....................344. FIGURA 8 – Projeção das palavras analisadas sobre “As vantagens e desvantagens em ser Professor”elaborada pelos professores (anexo 3).......................................345. FIGURA 9 – Projeção das palavras analisadas sobre “O que pensa e o que sugere sobre capacitação” (anexo 4)..........................346. 24.

(25) INTRODUÇÃO. a). A. Trajetória. Profissional:. seu. valor. para. a. construção do objeto de estudo.. Tendo. em. vista. a. minha. participação. em. processos de formação inicial como professora, seja no. curso. de. Pedagogia. do. Cento. de. Educação. da. Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), seja na formação. contínua. de. docentes. e. de. especialistas,. tanto das Secretarias de Educação do Estado quanto das de. Municipais,. ou. atuando. especialização. em. cursos. particulares. (lato-sensu),. maior. aproximação. sobretudo. professores. em. processo. de. formação. contínua. começou. me. inquietar. e. suscitar. diversas. a. interrogações. quanto. e. uma. às. principalmente. posturas. dos. com. os. docentes. em. relação a seu aprimoramento profissional. O contato com. dois. tipos. professores. de. situação:. participam. da. uma,. em. formação. que. os. “convocados”. pela instituição à qual pertencem; outra, em que os professores. participam. iniciativa,. eles. cursos. muito. professores humorados,. grande. irritados,. particulares interesse. O. e. formação. vão. que. de. se. entre na. pode os. os. à. dois. sua. busca. livre. próprios. observar. é. e. demonstrando. os mal. os. dos. aprimoramento.. uma. grupos:. maioria,. desmotivados;. (lato-sensu), vontade. por. custeando. “convocados”,. espontaneamente,. 25. mesmos. (lato-sensu).. diferença. da. que, cursos maior. Apenas. uma.

(26) minoria. às. formação. vezes. afirma. contínua. como. buscar forma. os. de. cursos. de. melhorar. as. condições salariais. As exigências da sociedade do conhecimento, esta. realidade. provoca. em. muitas. pessoas. insegurança, incertezas e suscita as mais variadas reações. de. perplexidade,. inquietude,. medo,. assim. como, também, de busca e criatividade; portanto, as preocupações. com. concernentes. à. o. aprofundamento. construção. e. nas. questões. reconstrução. do. conhecimento levaram-me ao interesse pelo estudo da temática. “Formação. Elemento. na. tentativa. Construção. de. discussão. Contínua. e. contribuir mudanças. professores. de. a. do sua. para. Docente Identidade”,. na. o. processo. de. formação. dos. necessárias. partir. de. como. à. algumas. experiências. vivenciadas no campo educacional. No período, desenvolvi atividades de educação, enquanto. pessoa. professora,. e. profissional. coordenadora. e. da. membro. educação. como. participante. de. equipe técnica da Secretaria de Educação Estadual, no. cargo. de. Alfabetização ainda,. como. contínua. de. direção. da. do. Secretaria. assessora algumas. de. Departamento de. Educação,. ensino. e. Secretarias. na. de quer,. formação. Municipais. de. Educação. Além disso, a experiência como formadora de. professores. compartilhar. oportunizou-me. com. os. observar. professores. e. algumas. necessidades e problemas ainda não elucidados pela investigação na área educacional. O. meu. percurso. apresentou. algumas. trabalho,. tanto. 26. acadêmico. inquietações na. formação. nas. /. profissional estratégias. inicial. quanto. de no.

(27) âmbito da formação contínua, que se dá na sala de aula,. no. cursos. cotidiano. de. da. prática. aperfeiçoamento. revelaram. determinantes. /. da. pedagógica. e. especialização. tentativa. de. nos. que. se. contribuir. para a melhoria da prática pedagógica. Com. efeito,. algumas. dessas. questões. eram:. superação da revolta; o descaso das elites para com a. educação. do. povo;. escola. que,. para. nada. significa;. autoridades. recuperação. a. grande. da. maioria. expectativa. na. esperança. melhoria. da. de. dos. numa. população, ações. das. salários. dos. professores. As Secretarias de Educação, quando se referem. à. índices. de. evasão, evasão. se. limitam. dos. alunos,. a. apresentar. os. “esquecendo-se”. de. mostrar os altos e crescentes índices de evasão dos professores. pedidos. É. de. grande. e. demissão. satisfação.. São. assustador. ou. o. abandono,. professores. que. número. sem se. de. qualquer. submetem. a. seleções para ingresso em variadas profissões, como bancários, fiscais, policiais, ou que resolvem ser comerciários, A. realidade. profissão, salário, aqueles. em no. vendedores, brasileira relação. na. ao. mínimo,. professores. persistem. agentes mostra salário. dobrará. que. profissão. de. que do. na. etc. nova. professor,. Há,. insistem por. turismo,. o. entretanto, em. lutar. compromisso,. ou. e por. acreditarem que, quem sabe, um dia, este país muda. São. esses. tem. algo. esses. que a. enchem. dizer. professores. os. sobre que. auditórios. quando. alguém. educação,. como. também. são. procuram. por. cursos. de. especialização, aperfeiçoamento, ou mesmo mestrado, o que pode ser indicativo do compromisso político e. 27.

(28) ético com a melhoria da qualidade da educação. Mais adiante detalharemos melhor estas questões. Assim, a questão maior talvez seja recuperar o valor social da profissão professor, tanto do ponto de vista salarial quanto no sentido de torná-la uma profissão que envolva, que conquiste os que querem ser professores. Ser professor hoje é muitas vezes humilhante. não. só. pelo. salário,. mas. também. pelo. tratamento que lhes é dispensado, tanto pelo poder público. como. pela. sociedade. de. uma. forma. geral,. ancorada na concepção de que o professor é um mero técnico,. de. que. ensinar. é. algo. simples. e. que. depende apenas de boa vontade e treinamento. Apesar profissão. desse. panorama. docente,. há. de. desqualificação. algum. tempo,. da. tanto. os. professores quanto outros setores da sociedade vêm colocando fazer. em. discussão. pedagógico,. questões. como:. “o. relacionadas. que”. e. ao. “para. que. ensinar”, “quem aprende” na escola, a concepção da educação, de escola, de relação entre conhecimento escolar. e. prática. social,. profissional. do. em. instituições. diversas. questão. e. professor.. produzido. (Faculdades. de. e,. portanto,. Diferentes têm. se. conhecimento. Educação,. o. trabalho. experiências. dedicado. a. sobre. assunto. Secretarias. o. essa. Estaduais. e. Municipais, etc.). Preconiza-se que aconteça na escola e em tudo o que gira em torno da educação uma transformação, porque o conhecimento precisa ser construído e não meramente. repassado. profissionais desenvolver provocar. 28. como. envolvidos. habilidades. nos. algo com e. indivíduos. pronto, a. educação. competências, uma. acabado.. de. têm. Os que. modo. inquietação,. a de.

(29) investigação, que. busque. volte. para. está. o. gosto. não a. e. leitura,. pensamentos. reflexão,. arrumado. dúvidas. pela. e. ou. hipóteses.. prontos, seja,. encontre. pela mas. que. desarrume. respostas,. Nesse. pesquisa. ou. o. se que. levante. sentido,. cabe. a. afirmação de Morin (2001,p.24):. “todo. conhecimento. tradução. e. uma. constitui,. reconstrução,. signos,. símbolos,. idéias,. teorias. sob e. a. ao a. mesmo. tempo,. partir. forma. de. discursos.. de. uma. sinais,. representações,. A. organização. dos. conhecimentos é realizada em função de princípios e regras. [...];. (conjunção,. comporta. inclusão,. (diferenciação, processo. é. operações. implicação). oposição,. circular,. e. seleção,. passando. da. de de. ligação separação. exclusão).. O. separação. à. ligação, da ligação à separação, e, além disso, da análise à síntese, da síntese à análise. Ou seja: o conhecimento comporta, ao mesmo tempo, separação e ligação, análise e síntese”.. A. atuação. instituições que. a. como. já. formação. docente. citadas não. é. em. algumas. fundamenta-se. um. modelo. de. na. das. idéia. atividades. de que. devem ser reproduzidas pelo sujeito em formação e, sim, um processo de construção pessoal a partir da apropriação. do. conhecimento,. passando. pelo. exercício de entender o outro nas suas semelhanças e. diferenças. e. nos. seus. saberes. de. experiências. diversas. (PACHECO, 1996). Como dizia Freire (1997), estar consciente de que. não. basta. mudar. as. pessoas. e. os. contextos. educativos e sociais, pois incidindo nas pessoas e também no contexto é que se muda a educação. E, a. 29.

(30) partir. disso,. começa-se. a. mudar. muitas. coisas,. entre elas, ver e fazer, ver a humanidade como ela é,. um. conglomerado. religiões,. de. diferenças. conhecimentos,. de. capacidades,. culturas, ritmos. de. objeto. de. aprendizagem, etnias, etc... No estudo,. entanto, as. a. lacunas. complexidade. da. minha. do. formação,. a. motivação. pela curiosidade e a sede de aprender levaram-me a aprofundar a problemática da formação contínua e da identidade. docente,. perguntas:. a). a. colocando. formação. as. contínua. seguintes. repercute. na. carreira docente? b) a participação do professor em atividades. de. formação. contínua. interfere. na. sua. prática pedagógica? c) como se dá a influência. da. formação contínua sobre a identidade docente? A busca de respostas a essas questões leva necessariamente ao estudo da identidade docente. Compreendo que a questão da identidade precisa ser. vista. meramente. não. como. questão. acadêmica,. apenas. mas,. científica,. sobretudo,. como. nem uma. questão social e política. Pois falar de identidade implica levar em consideração a estrutura social e o momento histórico, uma vez que o desenvolvimento da. identidade. condições. do. indivíduo. históricas,. é. sociais,. determinado materiais,. pelas. dadas. e. incluídas também as condições do próprio sujeito. Falar uma. de. formação. identidade. docente. profissional,. é, e. pois, o. construir. eixo. dessa. formação é o trabalho pedagógico compreendido como ato educativo intencional que, além de desenvolver competências. e. habilidades,. considera. também. o. desenvolvimento da criatividade, da criticidade, da. 30.

(31) intencionalidade. e. da. autonomia,. baseadas. em. conteúdos que levam à reflexão. E. no. “[...]. entender. os. de. Amiguinho. processos. de. (1992,. formação. p.45),. não. são. independentes da história de vida dos sujeitos, e o formar-se decorre em estreita ligação com esta, com os. saberes. e. com. a. experiência. global. que. as. pessoas conseguem mobilizar na sua formação.” Nessa precisa. perspectiva,. possibilitar. professor, do. de. trabalho. sua. a. processo. seu. que. formação. da. pessoal,. elementos. de. de. inclusão. história. como. enriquecimento. o. da. voz formação. contribuem. saber-fazer.. do. Como. para. e o. afirma. Nóvoa (1991,p.23):. “A. formação. não. se. constrói. cursos,. conhecimentos,. através. de. sobre de. as. uma. um. ou. trabalho. práticas. e. de. identidade. por. de. de. acumulação. técnicas),. reflexividade. (re). construção. pessoal.. Por. mas. (de sim. crítica. permanente. isso. é. tão. importante investir a pessoa e dar um estatuto ao saber da experiência”.. A identidade do professor vem sendo enfatizada em. abordagens. centradas. transdisciplinares recursos. de. das. áreas,. Psicossociologia.. como Este. nas. Ciências. perspectivas. da. Educação. Psicologia, trabalho. com. Sociologia. insere-se. e. nessa. preocupação e tem como objetivos: 1º). estabelecer. uma. relação. entre. a. participação. dos professores em processos de formação contínua e sua repercussão na carreira docente;. 31.

(32) 2º). analisar. a. relação. entre. formação. contínua. e. transformação da prática do professor; 3º) compreender a influência da formação contínua sobre a identidade docente.. b) Apresentação. O. trabalho. que. ora. se. apresenta. centra-se. no. estudo da formação contínua, mais explicitamente a formação docente e a construção de sua identidade, procurando contínua. apreender. repercute. de. na. que. modo. carreira. a. formação. docente. e. como. a. participação em atividades de formação interfere na prática. pedagógica,. bem. como. sua. influência. na. identidade docente. A. complexidade. da. problemática. escolhida. exigiu que se recorresse a abordagens centradas nas perspectivas. transdisciplinares. Educação. recursos. com. de. das. áreas,. Ciências. como. da. Psicologia,. Sociologia e Psicossociologia. Nos. capítulos. podem-se. que. acompanhar. os. compõem passos. esta. investigação. seguidos. no. seu. desenvolvimento. A. introdução. pesquisa,. demonstrando. relevância maneira. situa. do. breve,. tema. a. a e. problemática. geral. de. argumentando. sobre. a. Apresentam-se trajetória. ainda,. profissional. de do. pesquisador, seu valor para a construção do objeto de estudo, bem como seus objetivos. O capítulo I apresenta as raízes e os costumes do. 32. povo. de. Pernambuco. através. da. canção. de. um.

(33) músico. pernambucano. poéticos tese.. a. que. concepção. Ainda. panorâmica. neste a. de. expressa. sujeito. capítulo,. história. da. nos. que. versos. norteou. retoma-se educação. de. esta forma. brasileira,. apontando a nossa identidade, o nosso existir: uma visão. do. passado. como. existência. atual. educacional. brasileiro. dos. programas. e. de. tradição a. e. raiz. organização. atual.. formação. do. Mostra. contínua. de. a. nossa. sistema. implantação. nos. anos. 80. e. 90, situando como os programas se desenvolveram. No. capítulo. conceitos-chaves analisados papel,. a. o. II, deste. trabalho.. conceito. relação. identidade. procede-se. de. entre. docente. ao. Com. estudo. efeito,. identidade,. identidade. e,. ainda,. a. dos foram. noção. profissional. o. de e. enquadramento. teórico de representação social e das suas relações com a formação docente. O capítulo III apresenta as razões da escolha e conseqüências da profissão professor, e a relação dessa. profissão. com. a. questão. da. vocação. e. suas. repercussões no contexto atual. O capítulo IV parte da explicitação dos termos treinamento, bem. como. conceito. reciclagem,. de. capacitação. considerações. sobre. formação.. sobre. Faz-se,. e. a. formação,. busca. ainda,. de. um. referência. à formação contínua dos docentes na visão de vários autores e sua propagação na prática educacional. Os. capítulos. documental,. com. V base a. VI. em. que. Brasil. pós-redemocratização apresentam. iniciam. documentos. legais. panorâmica,. abordam. e. formação. o. do. estudo. dos país. a. pesquisa. históricos,. professores e,. atual. de da. no. maneira pesquisa. sobre a formação de professores no Brasil. Procede-. 33.

(34) se. ao. estudo. dando-se. de. uma. visão. governamentais impactos. da. docentes. e. no. crítica. aos. Estado relativa. diferentes. formação. de. contínua. Pernambuco,. aos. olhares nas. programas sobre. práticas. os dos. professores. O. capítulo. VII,. sob. o. título. “Evolução. da. pesquisa”, apresenta os procedimentos metodológicos utilizados neste trabalho. O dos. capítulo. VIII. resultados. é. consagrado. obtidos. e. à. à. apresentação. discussão. destes. resultados tendo em vista as hipóteses de trabalho. Nas. considerações. articular. o. processo. da. fundamentais formação. que. foi. contínua. se e. procurou-se. problematizado. investigação, para. finais,. ao. longo. destacando-se. compreender apontando. a. alguns. do. pontos. dinâmica. da. pontos. de. reflexão que poderão servir de base para se reverem as. políticas. de. formação. futuras investigações.. 34. e,. em. especial,. para.

(35) CAPÍTULO I. LEÃO DO NORTE. 35.

(36) Leão do Norte “Eu sou mameluco Sou de Casa Forte sou de Pernambuco Sou Leão do Norte Sou o coração do folclore nordestino Eu sou Mateus e Bastião do Boi-Bumbá Sou o boneco do mestre Vitalino Dançando uma ciranda em Itamaracá Eu sou um verso de Carlos Pena Filho Num frevo de Capiba Ao som da Orquestra Armorial Sou o Capibaribe Num livro de João Cabral Sou mamulengo de São Bento do Uma Vindo num baque solto do maracatu Eu sou um auto de Ariano Suassuna No meio da feira de Caruaru Sou Frei Caneca do pastoril do Faceta Levando a flor da lira Pra Nova Jerusalém Sou Luiz Gonzaga E sou do mangue também Eu sou mameluco Sou de Casa Forte Sou de Pernambuco Sou o Leão do Norte Sou macambira de Joaquim Cardoso Banda de Pife no meio do canavial Na noite dos tambores silenciosos Sou a calunga revelando o carnaval Sou a folia que desce lá de Olinda O homem da meia-noite Sou puxando esse cordão Sou jangadeiro Na festa de Jaboatão Eu sou mameluco Sou de Casa Forte Sou de Pernambuco Sou o Leão do Norte“. Lenine e Paulo César Pinheiro. 36.

(37) 1.1. -. O. Conceito. de. Sujeito:. o. povo. pernambucano,. raízes e costumes. Esta. canção,. de. um. músico. pernambucano,. expressa com beleza e poesia a concepção de sujeito que. norteou. esta. tese.. Natural. de. Recife,. vivendo. parte de sua vida no bairro de Casa Forte, ele se define. a. partir. históricas,. que. referência. à. se. referências. geográficas,. populares. Ao. de. são. e. significativas. construção. dizer. literárias. mameluco,. da ele. culturais, de. e. festas. servem. identidade. de. recupera. história. a. um. de. povo. da. colonização do país, na qual portugueses, negros e índios se misturam, formando os mulatos, mamelucos e. cafuzos. que. constituem. o. definir. “Capibaribe. em. um. ele. referências. ao. rio. faz. cidade. do. sociais,. povo. brasileiro.. livro. de. João. Capibaribe. Recife,. delimitando. profissões. (como. que. espaços, os. Ao. se. Cabral,” corta. a. classes. catadores. de. caranguejos). Ele não se refere, entretanto, apenas ao Capibaribe, mas ao “Capibaribe num livro de João Cabral”, também. que da. trata. dor. da. beleza,. originada. na. da. dignidade,. desigualdade. mas. social. existente no país. O autor não é de Pernambuco ou de Casa Forte, ele é Pernambuco e é Casa Forte.Não se. trata. de. um. sentimento. de. exteriores. a. sentimento ser. ele,. O. de. pertença,. estado, são. o. mas. bairro. constitutivos. de. um. não. são. de. sua. identidade. Passado e presente se imbricam formando esse. sujeito.. De. forma. significativa. para. Pernambuco. sobretudo,. 37. e,. extremamente. quem. vive na. no. cidade. poética Estado. do. Recife,. e de a.

(38) música. define. relações país, que. sujeito. sociais,. seu. é. um. históricas. estado,. em. um. que. sua. e. cidade. contexto. se. constrói. culturais. e. seu. de. bairro.. sóciohistórico. e. nas seu. Alguém. cultural. preciso. É essa concepção de sujeito que percorre todo o. trabalho. estudar. desta. o. tese.. sujeito. contínua,. não. consideração. no. Nessa. seu. poderia. sua. perspectiva,. processo deixar. posição,. de. de. sua. ao. formação levar. história. em. e. sua. relação com o grupo social. No. processo. de. construção. da. identidade. existem, de um lado, as exigências e as formas de autoridade. de. uma. sociedade,. que. são. produtos. de. sua estrutura e de sua história. Por outro, existe o. modo. pelo. exigências. qual. e. o. indivíduo. essas. apreende. formas. de. essas. autoridade,. conseqüência da estrutura pessoal e da história de vida do indivíduo. O. poema. de. Lenine. e. Paulo. César. retrata. a. história cultural do povo pernambucano, suas raízes e costumes. Como buscou-se. este. trabalho. apresentar. um. acontece pouco. da. em. Pernambuco,. realidade. em. que. vivem os professores que se dispuseram a participar da pesquisa, inclusive a própria investigadora. Importante, desta. realidade,. ainda,. para. uma. maior. tentar. descrever. um. percepção. pouco. deste. Estado. Pernambuco Brasil.. É. o. territorial, quilômetros. 38. pertence. quinto. à. região. do. Nordeste. em. extensão. uma. área. de. 98.937. incluindo. o. estado. ocupando quadrados,. Nordeste. Arquipélago. do. de.

(39) Fernando. de. 7.910.992. Noronha.. Nele. habitantes,. Demográfico. de. vive. de. 2000,. uma. população. acordo. IBGE. com. o. (Instituto. de. Censo. Brasileiro. Geográfico e Estatístico). O nome Pernambuco tem origem indígena. Veio do tupi paranãpuka que significa “mar furado”. O estado de Pernambuco encontra-se dividido em 178. municípios.. Fernando. de. Noronha. é. um. distrito. estadual. O principal município pernambucano é o do Recife, sede do governo estadual. O. litoral. pernambucano. é. banhado. pelo. Oceano. Atlântico e possui uma extensão de 187 quilômetros de praias de areia branca, banhadas por um mar de águas. mansas.. proteção. A. dada. mansidão por. das. uma. águas. é. barreira. fruto. da. natural. de. arrecifes, ao longo da costa, que funciona como um quebra-mar. Duas. importantes. atividades. econômicas. do. litoral pernambucano são o turismo e a pesca. A maior parte do Brasil, incluindo Pernambuco, está. localizada. Trópico. de. entre. o. Trópico. Capricórnio,. isto. de. Câncer. é,. na. e. o. faixa. intertropical, chamada zona tropical do globo. Aí, os. climas. são. dos. raios. são. sempre. quentes,. solares.. Em. devido. à. maior. Pernambuco,. elevadas,. com. as. variações. incidência. temperaturas térmicas. tão. pequenas que chegam a ser insignificantes. Mesmo no inverno,. a. temperatura. média. é. sempre. superior. a. 18ºC, caracterizando o clima tropical. De. modo. geral,. mestiço,. que. resultou. negros. (mulatos);. (mamelucos);. 39. e. entre. o. pernambucano. da. união:. entre índios. entre. brancos e. é. negros. um. povo. brancos e. e. índios. (cafuzos).. O.

(40) sertanejo. é. o. exemplo. vivo. do. cruzamento. entre. o. português e o índio. A cultura pernambucana é rica e diversificada 1. Houve basicamente a influência de três culturas: a do colonizador português, a do escravo africano e a das tribos indígenas. A como. capital. a. de. “Veneza. Pernambuco,. Brasileira”,. Recife, cortada. conhecida pelos. rios. Capibaribe e Beberibe, possui 49 pontes que fazem a ligação entre seus bairros e levam os visitantes a um. passeio. entre. o. antigo. e. o. moderno,. em. uma. região de paisagem deslumbrante e intensa agitação social (SIEBERT, 2001). No. Nordeste. migratórios. brasileiro. são. nordestinos,. o. constantes.. pernambucano. os Como. migra. para. movimentos os. demais. as. grandes. cidades do Brasil em busca de melhores condições de vida. e. trabalho,. encontrar),. (o. migrando. que. nem. sempre. principalmente. do. consegue. campo. para. as cidades. A capital de Pernambuco, Recife, devido ao. inchamento. brasileiras,. que. acomete. encontra-se. com. as. grandes. uma. série. cidades. de. graves. problemas sociais, como o subemprego, o desemprego, a. violência,. a. falta. de. habitação. digna,. de. saneamento básico, de transportes, de hospitais, de escolas. A questão educacional, em sua totalidade, não é. muito. diferente,. qualidade fornecidos 1. de. sendo. ensino. pelo. MEC. em. patente. o. Pernambuco. (Ministério. baixo. nível. Conforme da. da. dados. Educação. e. O ma rac atu, co m suas raíz es africa n as, as ba ndas de Pífanos (pif e), com s uas músic as s emelha nte s à músic a indí gen a, as fes t as religi o sas trazid as p elo coloni zador p ortuguês , c omo a fe sta de Ja boatã o, s ão peque nos exe mplos da di ve rsi dade e d a misci gen ação b ras ileira.. 40.

(41) Cultura),. através. do. SAEB. (Sistema. Nacional. de. Avaliação da Educação Básica – 1995), está a exigir um. investimento. efetivo. para. a. melhoria. de. desempenho dos educadores, de modo que os esforços despendidos nessa direção se revertam em benefícios para os alunos que freqüentam a escola básica. Em Pernambuco, estudos sistemáticos sobre a sala de aula e a escola ainda não possibilitaram avançar em direção. a. uma. mudança. mais. significativa. nas. práticas pedagógicas.. 1.0 Brasil: recuperando uma história. O Brasil, país capitalista periférico, possui graves. problemas. procurado da. educacionais. resolvê-los.. educação. aponta. Uma. uma. e. historicamente. retrospectiva. tomada. de. tem. histórica. consciência. de. nossa originalidade, ou seja, a nossa identidade, o nosso. existir,. somos. e. do. existência. que. temos. de. uma. sido,. análise. mas. que. do. também. que é. reflexão do que nos tornamos e estamos sendo; é uma visão. do. passado. como. tradição. e. raiz. de. nossa. existência atual, no seu presente, e já este, como antecipação forma. e. inovação,. concreta,. a. do. projeção ser. que. devida. de. uma. somos,. o. ser. brasileiro. A começa, (1549). história segundo quando. da. educação. Miranda Tomé. de. (1975), Souza,. formal em. 29. primeiro. brasileira de. março. de. governador. geral do Brasil, desembarcou no arraial de Pereira, na Bahia de Todos os Santos, trazendo em sua frota. 41.

(42) seis. missionários. Manoel. da. jesuítas,. Nóbrega,. que. entre. dirigia. eles os. o. Padre. missionários. para a obra catequética. O. Brasil,. colônia. de. herança. histórico-cultural. constituiu. sua. de. uma. raiz. comunidade. diversidades, religiosas. mundos. que. mundo. mais de. nação,. Conforme. para. apesar. a. Miranda. de. que. o. (1975),. mundo. do. que. todas. as. étnicas, foram. dois. aborígine. estruturaram. a. formação. geográficas,. chocavam:. lusitano,. recebeu. portuguesa. profunda. sejam. se. Portugal,. e. nosso. o. ser. brasileiro como um ser de contrastes, de paradoxos. A. partir. do. século. XVI,. por. ainda os “da fé e do império”, rompendo. com. a. concepção. do. motivos. que. são. a Europa ingressa, mundo. medieval,. no. surto do humanismo, do renascimento e da descoberta das. ciências. positivas,. das. técnicas.. Enquanto. a. Europa, contrária à autoridade da Igreja, orientase. pelo. espírito. crítico,. individualista,. pela. afirmação do homem centrado na natureza e no plano espiritual. e. autonomia, movimento. pela. liberdade. Portugal da. de. coloca-se. contra-reforma,. pensamento favorável. preservando. e ao. sua. fé.. Foi a opção pela fé e a fuga que moveu Portugal à obra da colonização. Coerentes. com. essa. opção,. a. vinda. da. Família. Real e a Independência impulsionaram a organização da. educação. elites. dirigentes.. favoreceram foram, outro,. de o. Companhia. 42. brasileira. a um. ação. a. A. no. através. educação. formação. das. objetivas. que. período. organização. cultural,. Jesus.. à. condições. educativa. lado,. conteúdo de. As. visando. era. colonial. social dos. e,. do. padres. da. oferecida. a. um.

(43) limitado. grupo. dominante. de. que. escolarizada.. pessoas. estava. O. pertencentes destinada. conteúdo. à. à. cultural. do. classe. educação ensino. dos. padres era uma enérgica reação contra o pensamento crítico que começava a despontar na Europa. A. história. do. Brasil. é. a. história. da. dependência, a um custo extremamente elevado para o povo. brasileiro:. no. período. colonial,. reservou-se. ao Brasil o papel de fornecedor de gêneros úteis ao comércio. metropolitano;. transformou-se. em. depois. exportador. da. de. independência,. matérias-primas. e. importador de produtos manufaturados. Numerosas econômicas, séculos. transformações. sociais. XVIII. capitalista,. e. e. XIX,. levam. políticas,. culturais,. no. âmbito. a. Inglaterra. ocorridas. do. nos. desenvolvimento a. apoiar. a. independência das colônias espanholas e portuguesas para. dominar. mais. facilmente. seus. mercados.. No. Brasil, o tratado de 1810 2 concedeu à Inglaterra uma posição privilegiada. A educação elitista entrou em crise, a partir da. década. aguda. a. de. 1920,. crise. quando. de. também. outros. se. setores. tornou -. mais. político,. econômico, cultural e social – da vida brasileira. A. crise. da. discussões de. 1930,. que que. transformações Educação fez-se 2. educação provocou foi foram. Nacional; a. elitista. foi. e. desembocaram. responsável traçadas feita. Reestruturação. dos. a. as. as. inúmeras. na. Revolução. por. numerosas. Diretrizes. Reforma Cursos. de. da. Ensino;. Secundário,. Tratado de 1810. Pelo auxílio que a Inglaterra prestou à transferência da família Real Portuguesa para o Brasil, consolidou-se sua posição de domínio sobre a economia brasileira, pelo qual os produtos ingleses vendidos no Brasil pagariam uma taxa alfandegária inferior à dos outros países (PILETTI,PILETTI,1990).. 43.

(44) Superior e do Ensino Comercial; a Inspeção Escolar passou. a. ser. estaduais passam. obrigatória. ou. a. ser. para. todos. particulares;. e. facultativo. que. -. o. os. colégios,. Ensino. Religioso. fizeram. avançar. o. processo educacional brasileiro (MIRANDA 1975). Os. ideais. intensamente. republicanos. projetos. de. um. alimentaram. novo. Brasil:. uma. federação democrática que favorecesse a convivência social. de. progresso. todos. os. econômico. brasileiros, e. a. promovesse. independência. o. cultural.. Entretanto, a frustração desses ideais republicanos gerou a crise, que repercutiu no campo educacional e levou à Revolução de 1930, responsável por várias transformações educacionais. O que se estabeleceu chamar Revolução de 1930 foi. o. ponto. alto. de. movimentos. armados. compreendido. entre. uma. série. que, 1920. 1964,. vários. rompimentos. com. velha. ordem. a. revoluções. durante. e. promover. de. o. se. social. período. empenharam. políticos. e. e. em. econômicos. oligárquica.. Esses. movimentos, em seu conjunto e pelos objetivos afins que. possuíam,. Brasileira. iriam. cuja. capitalismo. no. articular-se Ministério Constituição. meta. maior. Brasil.. como da. caracterizar. de. A. um. Educação 1934. foi. a. educação. Saúde,. incluiu. um. Revolução. implantação. sistema, e. a. do. passou. a. criando-se. o. como. capítulo. também. a. sobre. a. educação (ROMANELLI, 1989). O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova foi lançado em 1932 por um grande número de educadores brasileiros. preocupados. educacional. no. representava. 44. um. Brasil. pensamento. com Este. a. reconstrução documento. educacional. não. homogêneo,.

(45) uma. vez. que. liberais,. dos. refletindo. a. defendia. estava. e. instabilidade. para. parte,. Psicologia. presente. socialistas. escola. obrigatória maior. nele. nas. no. ideologia. laica,. de. documento. gratuita. inspirado,. Dewey,. Estes. dos. igualitaristas,. doutrinária.O. estava. idéias. americana.. influenciar. dos. pública, todos;. a. ou. em. sua. seja,. educadores. desenvolvimento. e. na. tentaram. de. políticas. educacionais do governo provisório. Foi. analisando. filosófico, Manifesto. a. educação. sociológico. fundamentou. e. as. do. ponto. de. psicológico. vista. que. reivindicações:. uma. o. ação. mais efetiva do Estado para com a educação pública; nenhuma. classe. educação;. social. excluída. descentralização. do. do. direito. ensino.. O. à. próprio. documento indica que não se trata de um plano, mas de. suas. linhas. gerais.. Nesse. sentido,. pode-se. afirmar que, para a época e a realidade educacional do. Brasil,. ele. foi. bastante. avançado.. O. Manifesto. teve um significado histórico muito grande: tratava a educação como uma problemática social; esclarecia a. sociedade. apresentava. da. situação. propostas. de. educacional renovação;. a. do. país. e. Constituição. de 1934 incorporou alguns dos seus preceitos. Durante. o. relações. entre. se. uma. por. político. do. período. política certa governo. entre e. 1930. economia. estabilidade populista. e. 1964,. as. caracterizaramentre. e. o. o. modelo. modelo. de. expansão da indústria. Neste período, o Brasil teve um papel importante na direção dessa expansão e na implantação de condições mínimas de infra-estrutura e. indústria. (1989),. 45. a. básica. entrada. Entretanto, mais. segundo. acentuada. do. Romanelli capital.

(46) internacional rompeu com o equilíbrio, e o Governo perdeu. o. apoio. Armadas.. Nesse. do. empresariado. sentido,. a. e. das. Forças. internacionalização. da. economia brasileira já não coincidia com a política de. massas. e. com. contradições. os. apelos. chegaram. a. ao. nacionalismo.. um. radicalização. das. posições. Os. do. desenvolvimento. caminhos. definidos,. no. econômica. pró-esquerda,. orientação. dos. forma. que. sentido. rumos. de. impasse. de. uma ou. da. direita. política. eliminasse. com. e. os. a. esquerda.. precisavam. revolução no. da. ser. social. sentido e. As. de. uma. economia. obstáculos. e. que. de se. interpunham à sua inserção definitiva na esfera de controle. do. capital. internacional.. Foi. a. segunda. opção a escolhida e levada a cabo pelas lideranças do movimento de 1964. O regime militar instalado no Brasil em 1964, com. a. deposição. Goulart,. se. do. presidente. propusera. a. frear. constitucional os. avanços. João e. as. conquistas populares que estavam se verificando: o povo. foi. impedido. de. escolher. seus. governantes;. acelerou-se a concentração da propriedade da terra e da renda; sindicatos foram invadidos e as greves impedidas. pelas. precárias. Forças. levaram. marginalização. grande. Armadas;. condições. ao. empobrecimento. parte. da. população. de. vida e. à. ROMANELLI. (1989). Com. a. instalação. da. ditadura. militar,. a. educação brasileira, como os demais setores da vida nacional, passou a ser vítima do autoritarismo que se. instalou. educacionais brasileiro,. 46. no foram. país.. Duas. impostas. atingindo. todos. ao os. grandes sistema níveis. reformas. educacional de. ensino,.

(47) sem. consultar. interessados. a. participação. (alunos,. professores. dos e. maiores. demais. setores. da sociedade). Após processo. 21 de. anos. de. intensa. governos. militares,. mobilização. popular,. em. um que. milhões de pessoas foram às ruas reclamar eleições diretas foi. para. presidente. desvalorizado. da. pelas. República. elites. brasileira,. políticas,. que. escolheram, via Colégio Eleitoral, o presidente que teria. o. encargo. de. fazer. a. “transição. para. a. democracia”. Só em 1989 é que aconteceram eleições diretas para presidente da República, após 25 anos de regime ditatorial. Em 1988 foi aprovada uma nova Constituição no País.. Pressões. oriundas. da. sociedade. civil. organizada culminaram com a promulgação da chamada Constituição Cidadã. No que se refere à educação, a atual Constituição, no seu artigo 205, aponta que:. “A educação, direito de todos e dever do Estado e. da. família,. colaboração. será da. desenvolvimento exercício. da. promovida. e. sociedade, da. pessoa,. cidadania. e. incentivada. visando seu. sua. com. ao. preparo. pleno para. qualificação. a. o. para. o. trabalho”.. Segundo o artigo 206:. “Caput:. o. ensino. será. ministrado. com. base. nos. seguintes princípios: I. -. igualdade. de. condições. para. o. acesso. e. permanência na escola; II. -. liberdade. de. aprender,. ensinar,. pesquisar. divulgar o pensamento, a arte e o saber;. 47. e.

(48) III. -. pluralismo. pedagógicas,. e. de. idéias. e. coexistência. de. de. concepções instituições. públicas e privadas de ensino; IV. -. gratuidade. do. ensino. público. em. estabelecimentos oficiais; V. -. valorização. dos. profissionais. do. ensino,. garantidos,na forma da lei, planos de carreira para o. magistério. público,. com. piso. salarial. profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos; VI - gestão democrática do ensino público na forma da lei; VII - garantia de padrão de qualidade”.. Esses princípios constituem avanços em relação aos. textos. faziam. constitucionais. referência. à. anteriores,. “permanência. na. que. não. escola”,. ao. “pluralismo de idéias e concepções”, à “valorização dos. profissionais. do. ensino”,. “à. gestão. democrática”. A. partir. dos. anos. 80,. com. a. consolidação. do. movimento de transição democrática, as propostas de qualificação idéia. de. da. melhoria. valorização reflexões centrais de. educação. do. da. vinculadas. pública. importando. desenvolvidos. características. desenvolvimento. sido. escola. magistério,. pedagógicas com. têm. econômico. à. e. da. modelos. e. em. países. em. estágio. completamente. diverso. sociais. e. dos seus. Na verdade, há algumas décadas, a escola se questionava apenas sobre seus fins. Até limitava-se ser. recentemente, a. moderna.. uma Essa. escolha. a. questão. entre. tipologia. não. ser. da. escola. tradicional. desapareceu,. e. mas. não responde a todas as questões atuais da escola.. 48.

(49) A crise paradigmática também atinge a escola e ela se. pergunta. sobre. si. instituição. numa. sociedade. industrial,. caracterizada. economia. e. político,. das. pela. mesma,. e. singularidade. de. pelo. contra. desejo. cada. papel e. como pós-. globalização. comunicações,. o. seu. pós-moderna pela. autonomia. uniformização. sobre. região,. pluralismo. toda. de. da. forma. de. afirmação. de. cada. da. língua,. sendo, portanto, a multiculturalidade a marca mais significativa do nosso tempo. Hoje, educação. a. função. que. necessária. propicie ao. potencialidades qualificação. da. escola ao. é. garantir. aluno. a. desenvolvimento como. para. o. elemento. de. trabalho. uma. formação de. suas. auto-realização,. e. preparo. para. o. exercício consciente da cidadania. Sabe-se,. no. entanto,. que. o. declarado. e. desejável nos documentos de intenções e definições do sistema de ensino nem sempre corresponde ao que efetivamente se realiza nas escolas. O final da década de 90 assistiu a um debate caloroso. a. relacionado. respeito com. a. da. formação. implementação. dos das. professores, reformulações. apresentadas pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (L D B nº 9394 / 96).. 49.

(50) 1.2.1 Organização do Sistema Educacional Brasileiro Atual. No. sistema. de. ensino. brasileiro,. a. educação. escolar está organizada atualmente em dois grandes níveis:. Educação. infantil, Educação. Básica. ensino. (formada. fundamental. Superior.. Além. e. pela. educação. ensino. disso,. médio). incluem-se. e. outras. modalidades de Educação, como: Educação de Jovens e Adultos. (EJA),. Educação. Profissional. e. Educação. Especial. A Educação Infantil é oferecida: em creches ou. entidades. crianças. de. equivalentes;. quatro. a. seis. na. pré-escola,. anos. de. idade,. para. na. rede. pública. Na educação infantil a avaliação acontece mediante. acompanhamento. desenvolvimento promoção,. da. mesmo. e. criança, para. registro. sem. o. o. do. objetivo. acesso. ao. de. ensino. fundamental. O da. Ensino. capacidade. básicos: do. Fundamental. o. pleno. cálculo;. social, artes. do e. a. aprender,. domínio. o. conhecimentos. e. em. do. o. como da. ambiente da. que. da. escrita. e. natural. e. das. fundamenta. a. capacidade. de. aquisição. de. formação. de. a e. meios. tecnologia, se. vista. habilidades. valores;. desenvolvimento. leitura,. desenvolvimento tendo. e. em. o. tendo. político,. valores. aprendizagem,. atitudes. da. compreensão. sistema. dos. sociedade;. de. busca. a. fortalecimento. dos. vínculos. de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância social.. 50. recíproca. em. que. se. assenta. a. vida.

(51) O Ensino Médio tem a finalidade de consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, estudos;. a. cidadania. possibilitando: preparação. do. o. básica. educando,. prosseguimento. para. para. o. trabalho. continuar. de e. a. aprendendo,. de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a. novas. condições. posteriores; pessoa. o. ocupação. incluindo. desenvolvimento. da. crítico;. a. a. a. teoria. aperfeiçoamento. do. educando. formação. autonomia. dos com. a. como. ética. intelectual. compreensão. científico-tecnológicos relacionando. ou. aprimoramento. humana,. pensamento. de. e e. o do. dos. fundamentos. processos. produtivos,. prática,. no. ensino. de. cada disciplina. A. Educação. oportunidades. de. Jovens. educacionais. e. Adultos. apropriadas. à. oferece clientela. que não teve acesso à escola no tempo devido e aos que. fracassaram. considerando interesses,. as as. e. abandonaram. características condições. de. a. do. vida. escola,. aluno,. e. de. seus. trabalho,. mediante cursos e exames. A. Educação. Profissional. é. integrada. às. diversas formas de educação, ao trabalho, à ciência e. à. tecnologia. e. conduz. ao. permanente. desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva. As escolas técnicas e profissionais, além dos seus cursos. regulares,. abertos. à. oferecem. comunidade,. capacidade. de. cursos. condicionada. aproveitamento. e. não. a. especiais, matricula. à. necessariamente. ao nível de escolaridade. A. Educação. instituições. 51. de. Superior ensino. é. superior. oferecida públicas. em ou.

Referências

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