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Comparação da encapsulação com outros métodos de preparo de sementes de algodão

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Academic year: 2021

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(1)COMPARAÇÃO DA ENCAPSULAÇÃO COM OUTROS MÉTODOS DE PREPARO DE SEMENTES DE ALGODÃO.. HERMES AUGUSTO GUIMARÃES ARANTES Engenheiro Agrônomo. Orientador: Prof Dr. SIL VIO MOURE CICERO. Tese apresentada à Escola Superior de "Luiz Agricultura Queiroz", de Universidade de São Paulo, para obtenção do título de Doutor em Agronomia, Área de Concentração: Fitotecnia.. PIRACICABA Estado de São Paulo - Brasil Janeiro - 1998.

(2) Dados Internacionais de catalogação na Publicação <CIP> DIVISÃO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - Campus "Luiz de Queiroz"/USP. Arantes, Hermes Augusto Guimarães Comparação da encapsulação com outros métodos de preparo de sementes de algodão / Hermes Augusto Guimarães Arantes. - - Piracicaba, 1998.. 71 p.. Tese (doutorado) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 1998. Bibliografia. 1. Algodão 2. Qualidade fisiológica 3. Semente de algodão. CDD 631.521 633.51.

(3) ll. COMPARAÇÃO DA ENCAPSULAÇÃO COM OUTROS MÉTODOS DE PREPARO DE SEMENTES DE ALGODÃO.. HERMES AUGUSTO GUIMARÃES ARANTES. Aprovada em: 19/02/98 Comissão julgadora: Prof Dr. Sílvio Moure Cícero. ESALQ/USP. Prof Dr. Walter Rodrigues da Silva. ESALQ/USP. Dra Ana Dionisia L. Coelho Novembre. ESALQ/USP. Prof Dr. João Nakagawa. FCA/UNESP. Prof Dr. Nelson Moreira de Carvalho. FCAV/UNESP. Orientador.

(4) lll. A Deus e aos meus pais pela minha existência A minha querida esposa Renata pelo apoio e dedicação Aos meus queridos filhos Gabriel, Bárbara, Bruno e Gustavo, que são a continuidade da minha vida. Dedico.

(5) lV. AGRADECIMENTOS Ao Professor Doutor Silvio Moure Cicero, pela orientação no desenvolvimento do Curso de Doutorado, pelos ensinamentos, paciência e amizade a mim dedicados. Aos docentes e demais funcionários do Departamento de Agricultura da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", em especial Prof Dr. Walter R. da Silva, Prof Dr. Júlio Marcos Filho, Dra Ana D. L. C. Novembre, MS Helena M. S. P. Chamma, Sra Ilze H. C. D. das Neves, Sr. João B. Bigelli, Sr. João E. Jabur Filho e Sr. Carlos A. Claret, pela amizade e colaboração. Ao Prof José O. Menten e à Dra Maria Heloisa D. de Moraes do Departamento de Fitopatologia da ESALQ, pela orientação, amizade e colaboração no planejamento e desenvolvimento das análises de sanidade de sementes. Aos Professores Décio Barbin e Sônia Maria de S. Piedade do Departamento de Matemática e Estatística da ESALQ/USP, pela atenção e colaboração no planejamento e execução das análises estatísticas. À Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo pela presteza na cessão das sementes. Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela concessão da bolsa de estudos durante o curso de Doutorado. À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) pelo financiamento do projeto. Aos colegas do curso de pós-graduação pela convivência, amizade e colaboração, em especial Claúdio José Barbedo, Maria Cristina Mingues Spínola, José Hilário H. Salgado, Luís C. Miranda, Cláudio Cavariani, Ciro Scaranari, Raimundo Velazco, Denise A. C. Bíllia, Fernanda Caliari. A meus tios Gil, Neyta e todos da família Perche, que me receberam como filho e sempre me apoiaram nos momentos mais difíceis. A todos, que de alguma maneira contribuíram para a realização desse trabalho..

(6) V. SUMÁRIO LISTA DE TABELAS....................................................................................... RESUMO........................................................................................................... SUMMARY....................................................................................................... 1 INTRODUÇÃO............................................................................................. 2 REVISÃO DE LITERATURA...................................................................... 3 MATERIAL E MÉTODOS........................................................................... 3 .1 Sementes, Tratamentos Testados e Características dos Materiais Encapsulantes.............................................................................................. 3.2 Aplicação dos Produtos nas Sementes........................................................ 3.3 Armazenamento das Sementes................................................................... 3.4 Avaliação da Qualidade Fisiológica das Sementes ..................................... 3.4.1 Determinação do Grau de Umidade(%).................................................. 3.4.2 Teste de Germinação(TG)...................................................................... 3.4.3 Teste de Emergência das Plântulas em Areia (EPA)............................... 3.4.4 Emergência de Plântulas em Campo (EPC)............................................ 3.4.5 Velocidade de Emergência em Campo(VE)........................................... 3.4.6 Primeira Contagem de Germinação(I ªCont.)......................................... 3.4.7 Velocidade de Emergência das Plàntulas em Areia(VEPA)................... 3.4.8 Envelhecimento Acelerado(EA)............................................................. 3.5 Avaliação da Qualidade Sanitária............................................................... 3.6 Método Estatístico...................................................................................... 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................... 4.1 Primeira Época............................................................................................ 4.2 Segunda Época............................................................................................ 4.3 Terceira Época............................................................................................ 4.4 Quarta Época............................................................................................... 5 CONCLUSÕES............................................................................................. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................ Página VI XI Xlll. 1 3 9. 9 11 12 13 13 13 13 14 14 14 14 15 15 15 17 17 22 25 27 30 67.

(7) VI. LISTA DE TABELAS Página Caracterização das amostras de sementes de algodão empregadas para verificação dos efeitos da encapsulação na qualidade fisiológica e sanitária das sementes..................................................................................................... 1O. 2 Análise de variância dos dados obtidos nos testes de germinação (TG), emergência de plântulas em areia (EPA), emergência de plântulas em campo. (EPC),. pnmeira. contagem. da. germinação. (1 ª. Cont.),. envelhecimento acelerado (EA), índice de velocidade de emergência de plântulas em areia (VEPA), índice de velocidade de emergência de plântulas em campo (VE) e umidade (U%), para o lote 1 na primeira época.. 31. 3 Análise de variância dos dados obtidos nos testes de germinação (TG), emergência de plântulas em areia (EPA), emergência de plântulas em campo. (EPC),. pnme1ra. contagem. da. germinação. (1 ª. Cont.),. envelhecimento acelerado (EA), índice de velocidade de emergência de plântulas em areia (VEPA), índice de velocidade de emergência de plântulas em campo (VE) e umidade (U%), para o lote 2 na primeira época.. 32. 4 Análise de variância dos dados obtidos nos testes de germinação (TG), emergência de plântulas em areia (EPA), emergência de plântulas em campo. (EPC),. pnme1ra. contagem. da. germinação. (1 ª. Cont.),. envelhecimento acelerado (EA), índice de velocidade de emergência de plântulas em areia (VEPA), índice de velocidade de emergência de plântulas em campo (VE) e umidade (U%), para o lote 3 na primeira época.. 33. 5 Médias de umidade (U) e de germinação (TG) de sementes de algodão, cv IAC-20, dos três lotes (LI, L2 e L3) submetidas aos dez tratamentos, na primeira época.................................................................................................. 34. 6 Médias de emergência de plântulas em areia (EPA) e em campo (EPC), de sementes de algodão, cv IAC-20, dos três lotes (L 1, L2 e L3) submetidas . . , aos d ez tratamentos, na pnme1ra epoca........................................................... 7 Médias de velocidade de emergência de plântulas em areia (VEPA) e em. 35.

(8) Vil. campo (VE), de sementes de algodão, cv IAC-20, dos três lotes (Ll, L2 e L3) submetidas aos dez tratamentos, na primeira época.................................. 36. 8 Médias de primeira contagem da germinação (lªCont.) e de envelhecimento acelerado (EA) de sementes de algodão, cv IAC-20, dos três lotes (Ll, L2 e L3) submetidas aos dez tratamentos, na primeira época.................................. 37. 9 Patógenos associados às sementes de algodão do Lote l na primeira época... 38. 10 Patógenos associados às sementes de algodão do Lote 2 na primeira época... 38. 11 Patógenos associados às sementes de algodão do Lote 3 na primeira época... 39. 12 Análise de variância dos dados obtidos nos testes de germinação (TG), emergência de plântulas em areia (EPA), emergência de plântulas em campo. (EPC),. pnme1ra. contagem. da. germinação. (lª. Cont.),. envelhecimento acelerado (EA), índice de velocidade de emergência de plântulas em areia (VEPA), índice de velocidade de emergência de plântulas em campo (VE) e umidade (U¾), para o lote 1 na segunda época... 40. 13 Análise de variância dos dados obtidos nos testes de germinação (TG), emergência de plântulas em areia (EPA), emergência de plântulas em campo. (EPC),. pnme1ra. contagem. da. germinação. (lª. Cont.),. envelhecimento acelerado (EA), índice de velocidade de emergência de plântulas em areia (VEPA), índice de velocidade de emergência de plântulas em campo (VE) e umidade (U¾), para o lote 2 na segunda época... 41. 14 Análise de variância dos dados obtidos nos testes de germinação (TG), emergência de plântulas em areia (EPA), emergência de plântulas em campo. (EPC),. pnme1ra. contagem. da. germinação. (lª. Cont.),. envelhecimento acelerado (EA), índice de velocidade de emergência de plântulas em areia (VEPA), índice de velocidade de emergência de plântulas em campo (VE) e umidade (U¾), para o lote 3 na segunda época... 42. 15 Médias de umidade (U) e de germinação (TG) de sementes de algodão, cv IAC-20, dos três lotes (LI, L2 e L3) submetidas aos dez tratamentos, na segunda época.................................................................................................. 16 Médias da emergência de plântulas em areia (EPA) e em campo (EPC) de. 43.

(9) Vlll. sementes de algodão, cv IAC-20, dos três lotes (Ll, L2 e L3) submetidas a dez tratamentos, na segunda época................................................................... 44. 17 Médias da velocidade de emergência de plântulas em areia (VEPA) e em campo (VE) de sementes de algodão, cv IAC-20, dos três lotes (L1, L2 e L3) submetidas aos dez tratamentos, na segunda época................................... 45. 18 Médias de primeira contagem de germinação (1ªCont.) e de envelhecimento acelerado (EA) de sementes de algodão, cv IAC-20, dos três lotes (L1, L2 e L3) submetidas aos dez tratamentos, na segunda época................................... 46. 19 Patógenos associados às sementes de algodão do Lote 1 na segunda época.... 47. 20 Patógenos associados às sementes de algodão do Lote 2 na segunda época.... 47. 21 Patógenos associados às sementes de algodão do Lote 3 na segunda época... 48. 22 Análise de variância dos dados obtidos nos testes de germinação (TG), emergência de plântulas em areia (EPA), emergência de plântulas em campo. (EPC),. pnme1ra. contagem. da. germinação. (1ª. Cont.),. envelhecimento acelerado (EA), índice d e velocidade de emergência de plântulas em areia (VEPA), índice de velocidade de emergência de plântulas em campo (VE) e umidade (U¾ ), para o lote 1 na terceira época.... 49. 23 Análise de variância dos dados obtidos nos testes de germinação (TG), emergência de plântulas em areia (EPA), emergência de plântulas em campo. (EPC),. pnme1ra. contagem. da. germinação. (1ª. Cont.),. envelhecimento acelerado (EA), índice d e velocidade de emergência de plântulas em areia (VEPA), índice de velocidade de emergência de plântulas em campo (VE) e umidade (U¾), para o lote 2 na terceira época.... 50. 24 Análise de variância dos dados obtidos nos testes de germinação (TG), emergência de plântulas em areia (EPA), emergência de plântulas em campo. (EPC),. pnme1ra. contagem. da. germinação. (1ª. Cont.),. envelhecimento acelerado (EA), índice de velocidade de emergência de plântulas em areia (VEPA), índice de velocidade de emergência de plântulas em campo (VE) e umidade (U¾ ), para o lote 3 na terceira época... 25 Médias de umidade (U) e de germinação (TG) de sementes de algodão, cv. 51.

(10) IX. IAC-20, dos lotes (LI, L2 e L3) submetidas aos dez tratamentos, na terceira época................................................................................................................ 52. 26 Médias de emergência de plântulas em areia (EPA) e em campo (EPC) de sementes de algodão, cv IAC-20, dos três lotes (LI, L2 e L3) submetidas aos dez tratamentos, na terceira época............................................................. 53. 27 Médias da velocidade de emergência de plântulas em areia (VEPA) e em campo (VE) de sementes de algodão, cv IAC-20, dos três lotes (LI, L2, L3) submetidas aos dez tratamentos, na terceira época......................................... 28. 54. Médias de primeira contagem do teste de germinação (1 ªCont.) e de envelhecimento acelerado (EA) de sementes de algodão, cv IAC-20, dos três lotes (LI, L2 e L3) submetidas aos dez tratamentos, na terceira época.... 55. 29 Patógenos associados às sementes de algodão do Lote I na terceira época.... 56. 30 Patógenos associados às sementes de algodão do Lote 2 na terceira época..... 56. 31 Patógenos associados às sementes de algodão do Lote 3 na terceira época..... 57. 32 Análise de variância dos dados obtidos nos testes de germinação (TG), emergência de plântulas em areia (EPA), emergência de plântulas em campo. (EPC),. pnme1ra. contagem. da. germinação. (l ª. Cont.),. envelhecimento acelerado (EA), índice de velocidade de emergência de plântulas em areia (VEPA), índice de velocidade de emergência de plântulas em campo (VE) e umidade (U¾), para o lote 1 na quarta época..... 33. 58. Análise de variância dos dados obtidos nos testes de germinação (TG), emergência de plântulas em areia (EPA), emergência de plântulas em campo. (EPC),. pnme1ra. contagem. da. germinação. (1 ª. Cont.),. envelhecimento acelerado (EA), índice de velocidade de emergência de plântulas em areia (VEPA), índice de velocidade de emergência de plântulas em campo (VE) e umidade (U¾), para o lote 2 na quarta época.... 34 Análise de variância dos dados obtidos nos testes de germinação (TG), emergência de plântulas em areia (EPA), emergência de plântulas em campo. (EPC),. pnme1ra. contagem. da. germinação. (I ª. Cont.),. envelhecimento acelerado (EA), índice de velocidade de emergência de. 59.

(11) X. plântulas em areia (VEPA), índice de velocidade de emergência de plântulas em campo (VE) e umidade (U%), para o lote 3 na quarta época...... 60. 35 Médias de umidade (U) e de germinação (TG) de sementes de algodão, cv IAC-20, dos três lotes (LI, L2 e L3) submetidas aos dez tratamentos, na quarta época................................................. ........... . .. ........ ........ ...... ................. 61. 36 Médias de emergência de plântulas em areia (EPA) e de emergência de plântulas em campo (EPC) de sementes de algodão, cv IAC-20, dos três lotes (LI, L2 e L3) submetidas aos dez tratamentos, na quarta época............. 62. 37 Médias de velocidade de emergência de plântulas em areia (VEPA) e em campo (VE) de sementes de algodão, cv IAC-20, dos três lotes (L1, L2 e L3) submetidas aos dez tratamentos, na quarta época.................................... 38. 63. Médias de primeira contagem do teste de germinação (l ªCont.) e de envelhecimento acelerado (EA) de sementes de algodão, cv IAC-20, dos três lotes (LI, L2 e L3) submetidas aos dez tratamentos, na quarta época...... 64. 39 Patógenos associados às sementes de algodão do Lote 1 na quarta época....... 65. 40 Patógenos associados às sementes de algodão do Lote 2 na quarta época....... 65. 41 Patógenos associados às sementes de algodão do Lote 3 na quarta época....... 66.

(12) XI. COMPARAÇÃO DA ENCAPSULAÇÃO COM OUTROS MÉTODOS DE PREPARO DE SEMENTES DE ALGODÃO.. Autor: HERMES AUGUSTO GUIMARÃES ARANTES Orientador: Prof Dr. SILVIO MOURE CICERO. RESUMO As sementes de algodão com grande quantidade de !inter dificultam a fluidez da massa de sementes, impedindo uma boa distribuição no campo, assim como a baixa qualidade fisiológica, exigindo o uso supérfluo de sementes e operações caras e demoradas como o desbaste. A encapsulação ou a redução da quantidade de !inter nas sementes proporciona redução de custos com mão-de-obra e com sementes e facilita a semeadura. Assim, o presente trabalho teve como objetivos avaliar diferentes procedimentos de preparo das sementes de algodão e verificar os seus efeitos na qualidade fisiológica e sanitária das sementes. Para tanto, foram utilizados 3 lote s de sementes de algodão do cv. IAC-20 safra 94/95, sendo analisados 1 O tratamentos: sementes deslintadas mecanicamente com e sem fungicida; sementes deslintadas quimicamente com e sem fungicida; sementes.

(13) Xll. deslintadas mecanicamente e encapsuladas com gesso e bentonita, com e sem fungicida; sementes deslintadas mecanicamente e encapsuladas com Sepiret 4015 blue, com e sem fungicida e sementes deslintadas mecanicamente e encapsuladas com Sepiret 6182, com e sem fungicida. Foram avaliados a germinação, o vigor, o grau de umidade e a presença de patógenos em experimento instalado no delineamento inteiramente casualizado com 1 O tratamentos e 4 repetições em 4 épocas. A análise dos dados e a interpretação dos resultados permitiram concluir que: a encapsulação das sementes com gesso e bentonita ou com Sepiret 6182 blue, não prejudica a qualidade fisiológica das sementes de algodão; o agente encapsulante Sepiret 4015 blue não deve ser utilizado para encapsulação de sementes a serem armazenadas; a adição do fungicida Vitavax - Thiram 200 SC ao material encapsulante proporciona diminuição da infecção por Aspergillus, Colletotrichum, Fusarium, e Penicillium e não afeta a qualidade fisiológica das sementes..

(14) Xlll. COMPARISON BETWEEN ENCAPSULATION AND OTHER PREPARE METHODS OFCOTTON SEEDS. Author: HERMES AUGUSTO GUIMARÃES ARANTES Adviser: Prof Dr. SILVIO MOURE CICERO. SUMMARY High linted cotton seeds difficult seed mass flow prejudicing a good seed distribuition on the field and requires not only high quantities of seeds but also slow and expensive operations such as thinning. Seed encapsulation or reduction on seed linten quantity contributed to costs reduction owing to hard-work and seeds as well as an easier sowmg. The present work aimed the evolutíon of different procedures to prepare cotton seed, as well as testing their effects on seed physilogical and sanitary quality. Three cotton seeds lots of cv. IAC-20, harvested in 94/95, were used ram material for 10 treatments in an experiment: mechanically delinted seeds with and without fungicide; chemically delinted seeds with and without fungicide; mechanically delinted seeds encapsulated with gypsum and bentonite, with and without fungicide; mechanically delinted seeds encapsulated with Sepiret 4015 blue, with and without fungicide; mechanically delinted seeds encapsulated with Sepiret 6182 blue, with and without fungicide..

(15) XlV. Data analysis and results interpretation subsided the conclusion that: neither seed encapsulation with gypsium and bentonite nor encapsulation with Sepiret 6182 blue affects seed physiological quality; encapsulation agent Sepiret 4015 blue is not recommended for seed encapsulation that will be storage; the use of fungicide Vitavax-Thiram 200 SC with encapsulation agent reduces Aspergíllus, Colletotrichum. Fusarium, and Penicillium contamination and does not affect seed physiological quality..

(16) 1. INTRODUÇÃO O algodão, que é considerado a mais importante das fibras texteis, é também a planta de aproveitamento mais completo que oferece os mais variados produtos de utilidade. As sementes de algodão com grande quantidade de !inter dificultam a fluidez da massa de sementes impedindo uma boa distribuição no campo, exigindo o uso de grande quantidade de sementes e operações caras e demoradas como o desbaste. Quando há excesso de plântulas na linha e distribuição desuniforme, tanto em espaçamento quanto em profundidade de semeadura, ocorre a competição por luz, nutrientes e maior perturbação do sistema radicular provocada pela operação de desbaste. Isso não ocorre com plântulas mais isoladas, que não foram submetidas a este tipo de estresse. Nesse caso e com o uso de maturadores químicos, a colheita pode ser realizada numa só época, com melhor previsão da população final, eliminando-se a necessidade da colheita parcelada e seletiva que encarece o produto final e prejudica o rendimento das máquinas de colheita e classificação. A técnica de encapsulação de sementes pode resolver muitos problemas, principalmente nesse momento em que a mecanização total da agricultura é inevitável e imprescindível. "As sementes encapsuladas reduzem significativamente o custo com mão-de-obra e permitem programar o cultivo; economiza-se semente, semeia-se no espaçamento final e eliminam-se o custo e as desvantagens do desbaste; ganha-se na velocidade de semeadura, uniformidade de maturação e colheita" (Kagohara, 1987). A encapsulação de sementes de algodão não é usada no Brasil, embora já seja em outros países, o que torna necessário o estudo dos métodos a serem.

(17) 2. utilizados e seus efeitos sobre a qualidade das sementes logo após a aplicação e durante o período de armazenamento. Assim, o presente trabalho teve como objetivos: 1 Avaliar diferentes procedimentos de preparo das sementes de algodão. 2 Verificar os efeitos dos procedimentos de preparo, com e sem a presença de tratamento químico (fungicida), na qualidade fisiológica e sanitária das sementes de algodão..

(18) 2. REVISÃO DE LITERATURA A semente do algodoeiro é revestida por fibras longas e pelo línter, composto por densas fibras curtas e que isolam seu envoltório, diminuindo a absorção de água e atrasando a germinação. Sob o tegumento há um endosperma fino e o embrião que possui radícula e cotilédones contendo glândula de gossipol (Gelmond, 1979). O deslintamento é o processo utilizado para retirada parcial ou total de linter, visando aumentar a absorção de água, aumentar a fluidez da massa de sementes e facilitar a emergência no campo. O processo pode ser mecânico ou químico (Gelmond, 1979), sendo o primeiro o mais utilizado mundialmente (Silva, 1977). O deslintamento mecânico é realizado com várias serras ajustadas próximas à semente, realizando movimento rotativo. Ocasionalmente é necessário que a operação se repita mais de uma vez, podendo ocorrer danos nas sementes que proporcionam pontos de entrada aos microrganismos (Gelmond, 1979). As sementes danificadas no deslintamento mecânico apresentam cortes ou rachaduras profundos. Quanto maior a umidade das sementes no momento do deslintamento, maior a probabilidade de ocorrerem danos mecânicos (Delouche, 1981). O dano provoca a morte da semente e anormalidades nas plântulas. Os cotilédones, muitas vezes, são danificados, podendo apodrecer dentro do tegumento (Gelmond, 1979). Quanto mais intensos forem os danos mecânicos, menor deverá ser a germinação e a capacidade de armazenamento das sementes (Delouche, 1981). O. deslintamento mecânico. acentua. a. distinção. entre os. componentes do lote, mas não o suficiente para permitir o processamento, que separa sementes imaturas, com baixa densidade. As sementes deslintadas mecanicamente aumentam a eficiência de semeadura, muito embora ainda mantenham parte do línter.

(19) 4. aderido ao seu tegumento. As limitações do deslintamento mecânico levaram ao desenvolvimento de outros métodos de deslintamento complementares que possibilitam a retirada mais efetiva do línter (Delouche, 1981). No Brasil grande parte da semente de algodoeiro utilizada é deslintada mecanicamente, sem passar por processos complementares (Silva, 1977). No deslintamento químico, realizado após o mecânico, o línter é desintegrado por ácidos (Gelmond, 1979). Há basicamente três sistemas de deslintamento com ácido: via úmida concentrada, via úmida diluída e via gasosa. O primeiro e o último processos proporcionam sementes totalmente livres de línter, e a via úmida diluída proporciona sementes total ou parcialmente livres do línter. Na via úmida concentrada o deslintamento é realizado com ácido sulfúrico concentrado. As sementes recebem o tratamento com ácido sulfúrico em uma câmara e, após o deslintamento, são lavadas, para retirada do línter degradado, e secadas. Ocorrem problemas na qualidade das sementes se a reação for demorada, a temperatura elevada ou, segundo Delouche ( 1 981), quando houver mais de 12% de danos mecânicos. Os principais inconvenientes do processo são o alto custo do ácido sulfúrico e o destino dos resíduos que são descartados no ambiente (Delouche, 1981). No sistema via úmida diluída é utilizada uma solução com 10% de ácido sulfúrico. As sementes recebem tratamento com a solução, são secadas e, assim, ficam com a solução ácida aderida à sua superfície. O línter degradado é removido por serras, através do uso de forças friccionais em um tambor rotativo. A neutralização do ácido residual é realizada com amônia. A quantidade de ácido consumida é menor que a empregada na via úmida concentrada e o línter hidrolizado pode ser utilizado na preparação de etanol ou como alimento animal. Problemas na qualidade de sementes, neste processo parecem estar associados ao calor empregado durante a secagem (Delouche, 1976). O deslintamento pela via gasosa requer teor de água inicial das sementes abaixo de 9%. As sementes são secadas até 5-7%, inseridas em uma câmara rotativa, com aquecimento a 60-70º C, onde é injetado gás de ácido clorídrico anidro..

(20) 5. Após esta operação o línter degradado é retirado por fricção e a neutralização da acidez, presente nas sementes, realizada com amônia. Problemas no controle do deslintamento resultam em reduções na germinação e no vigor (Delouche, 1981). As sementes deslintadas com ácido são mais suscetíveis às condições adversas no momento da semeadura, pois são mais sensíveis a baixas temperaturas e excesso de umidade no solo (Gelmond, 1979). No deslintamento através da flambagem, também realizado após o deslintamento mecânico, as sementes de algodoeiro passam, por gravidade, através de um tubo vertical que possui um bico queimador de gás na sua parte inferior, cujas chamas flambam parte do línter (Silva, 1977; Santiago, 1978; Patrício, 1991 e Abrahão s/d). Existem várias versões do método e relato s de temperaturas no interior do tubo de até 1315º C; além de possibilitar uma operação mais econômica em relação aos outros métodos de deslintamento complementares (Silva, I 977). A fluidez da massa aumenta, facilitando a semeadura, mas não o suficiente para permitir processamento adequado. Após a flambagem é importante que ocorra rápido resfriamento, para que não haja queima das sementes (Delouche, 1981). No Brasil, é prática comum se fazer o desbaste ou raleamento em cultura do algodão. Em geral, o agricultor faz a semeadura em sulcos, usando 30 a 40 sementes por metro linear e posteriormente, efetua o desbaste entre o vigésimo e o trigésimo dia após emergência das plântulas (Baltieri, 1989). Para Abrahão (s/d) e Faria (I 982) o desbaste poderá ser dispensado desde que se consiga distribuir uma quantidade de sementes suficiente para proporcionar o número ideal de plantas por metro (5 a 10). Existem algumas pesqmsas que consideraram o efeito da encapsulação na produção de grãos. Assim, em sementes de soja inoculadas e peletizadas com calcário, Elkins et ai. (l 976) observaram um significativo aumento de 500 a 700 kg/ha no rendimento em relação aos tratamentos com calagem, (1,5, 3,0 e 6,0 t/ha de calcário), sugerindo que a peletização de sementes de soja com calcário, possa significar vantagem econômica. Notaram ainda, que o uso do processo em sementes de.

(21) 6. desmódium e soJa perene promoveu aceleração no estabelecimento e favoreceu a produção de massa verde. Sementes de leguminosas inoculadas e peletizadas com carbonato de cálcio ou hiperfosfato asseguram às bactérias condições extraordinárias de sobrevivência, fazendo com que resistam semanas, mesmo que as sementes não tenham sido imediatamente semeadas. Uma vez no solo, as sementes peletizadas germinam uniforme e plenamente e a velocidade de crescimento da planta de leguminosa é notável em razão da perfeita instalação das colônias de bactérias nas raízes (Moraes, 1969). Produções significativamente maiores foram constatadas por Norris et ai. (1970) em leguminosas que tiveram suas sementes inoculadas e peletizadas, quando comparadas com inoculação convencional e testemunha sem inoculação. Segundo Abrahão (I 977), a encapsulação de sementes de soja com micronutrientes, principalmente molibdênio, em solos ácidos, tem permitido aumento nos rendimentos. West et ai (1985) utilizaram álcool polivinílico (PVOH), polietileno óxido (PEO), metil-celulose (M.C.) e cloreto de polivinil Daran 220 (PVDC) como revestimento de sementes de soja, sendo que o PVOH e o PVDC mostraram-se como proteção ideal contra a absorção de água pelas sementes armazenadas. De acordo com Norris et ai. (1970) tem sido possível, por meio da encapsulação com calcário, obter-se nodulação adequada sem que seja necessária a calagem do solo. Os materiais utilizados incluíram gesso, fosfato de rocha, talco, caulim, bentonita, mica, bauxita, óxido de alumínio e pó de alumínio. Alguns trabalhos de pesquisa têm sido desenvolvidos para avaliar os efeitos da encapsulação na qualidade das sementes. Desta forma, Purdy (1962) afirmou que a peletização diminui a germinação e dificulta a emergência das plântulas, porém, Ader (1975) afirmou que em sementes peletizadas, a germinação e a emergência, dependem especialmente, do clima, tempo até semeadura e da qualidade das sementes. Hacthcock et al.(1984) citaram vários produtos adesivos testados em revestimento de sementes de forrageiras, que não apresentaram efeitos adversos.

(22) 7. sobre a germinação e crescimento das plântulas: composto de material celulósico solúvel em água, amido solúvel em água, meti! celulose (Methocel), goma arábica mais sacarose e celulose mais hemicelulose de pasta de madeira. Faria et ai. (1985) testaram polvilho de araruta, polvilho de mandioca e farinha de trigo; esses adesivos apresentaram aderência e estabilidade equivalentes à goma arábica na formação das cápsulas. A nodulação e fixação do nitrogênio em feijão com o uso dos adesivos testados foi superior à inoculação com água ou óleo diesel. Kitto e Janick (1985) concluíram em experimentos realizados com alface, tomate, chicória e cebola, que a emergência total das plântulas foi a mesma tanto para sementes encapsuladas quanto para as nuas, havendo, no entanto, atraso de um a dois dias no período de emergência para as sementes encapsuladas. Baltieri (1993) testou três agentes encapsulantes (gesso, calcário e calcário calcinado) combinados com cinco agentes adesivos (açúcar refinado, argila, Coragum 420, caulim e bentonita), e concluiu que a encapsulação. não afetou a. qualidade fisiológica das sementes de algodão, principalmente no caso do gesso e da bentonita, recomendando que seus efeitos fossem melhor estudados. Arantes e Carpi (1994) encontraram maiores valores para germinação e vigor em 2 lotes de sementes de algodão encapsuladas com gesso e bentonita, sendo que Arantes et ai. (1995) concluíram que sementes de algodão encapsuladas com o mesmo material, absorvem água mais rapidamente e perdem-na mais lentamente que as não encapsuladas, o que seria uma característica desejável para o estabelecimento da cultura no campo. Com relação aos efeitos da adição de fungicidas ao material encapsulante, em sementes de algodão, não foram encontrados trabalhos de pesquisa. Entretanto, face à importância do tratamento fungicida em sementes de algodão, há necessidade de estudos sobre o comportamento dos fungicidas aplicados no processo de encapsulação das sementes..

(23) 8. Diante dos trabalhos consultados, pode-se observar que o assunto encapsulação tem sido pouco estudado, principalmente com sementes de algodão. Sendo assim, o estudo de métodos de preparo de sementes torna-se importante, na busca de alternativas para melhorar as qualidades fisiológica e sanitária, e facilitar a semeadura de sementes de algodão..

(24) 3. MATERIAL E MÉTODOS 3.1. Sementes, Tratamentos Testados e Características dos Materiais Encapsu­ lantes. As sementes utilizadas no presente trabalho foram fornecidas pelo Serviço de Produção de Sementes da Divisão de Sementes, Mudas e Matrizes da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral, localizada em Campinas, SP. Foram selecionados três lotes da safra 94/95 do cultivar IAC-20 com germinação inicial de 75%, 82% e 76% respectivamente. As amostras chegaram ao Laboratório de Análise de Sementes do Departamento de Agricultura da ESALQ-USP, em junho de 1995 e foram mantidas em câmara fria e seca (20ºC e 40% umidade relativa do ar) até janeiro de 1996 quando foram homogeneizadas e reavaliadas quanto a germinação (Tabela 1), segundo as Regras para Análise de Sementes (Brasil, 1992). Foram retiradas l O amostras de cada lote, e cada uma delas passou a representar um dos 1 O tratamentos; cada uma foi dividida em 4 sub amostras para representar as repetições (A, B, C, D); cada repetição foi dividida em 4 partes, representando as épocas de avaliação. Os dez tratamentos testados na pesquisa são discriminados a seguir: l - Sementes deslintadas mecanícamente (D.mec.). 2 - Sementes deslintadas quimicamente (D.quim.). 3. Sementes. deslintadas. mecanicamente. mais. fungicida. 4. Sementes. deslintadas. quimicamente. mais. fungicida. (D.mec.+Fung.). (D.quim.+Fung.)..

(25) 10. 5 - Sementes deslintadas mecanicamente e encapsuladas com gesso (D.mec.+Gesso). 6 - Sementes deslintadas mecanicamente e encapsuladas com Sepiret 4015 blue (D.mec.+Sepiret 4015). 7 - Sementes deslintadas mecanicamente e encapsuladas com gesso mais fungicida(D.mec.+Gesso+Fung.). 8 - Sementes deslintadas mecanicamente e encapsuladas com Sepiret 4015 blue mais fungicida(D.mec.+Sepiret 4015+Fung.). 9 - Sementes deslintadas mecanicamente e encapsuladas com Sepiret 6182 blue(D. mec.+Sepiret 6182). 1 O - Sementes deslintadas mecanicamente e encapsuladas com Sepiret 6182 blue mais fungicida(D.mec.+Sepiret 6182+Fung.). TABELA 1.. Caracterização das amostras de sementes de algodão empregadas para verificação dos efeitos da encapsulação na qualidade fisiológica e sanitária das sementes.. LOTES. Junho de 1995. Janeiro de 1996. Germinação de sementes deslintadas. Germinação de sementes deslíntadas. mecanicamente(%). mecanicamente(%). 1. 75. 65. 2. 82. 72. 3. 74. 41. O Sepiret é um produto de formulação líquida, colorido, pronto para uso, solúvel em água e pode ser misturado com defensivos agrícolas. Sua DLso é de 2000 mg/kg. O gesso agrícola é o sulfato de cálcio <li-hidratado (CaSO4 2H2O), usado na forma de pó com granulometria inferior a peneira USS nº 200, que apresenta na sua composição os seguintes valores, segundo Tanaka(1992):.

(26) 11. Umidade livre 16% CaO. 27%. s. 15%. P2O5. inferior a 1%. A bentonita utilizada apresenta-se na forma de pó com granulometria inferior a peneira USS nº 200. É empregada como aglomerante de areia de fundição (Baltieri, 1993). 3.2. Aplicação dos Produtos nas Sementes. Para a determinação da dose de Sepiret utilizada para o encapsulamento das sementes, nos meses de Janeiro e fevereiro de 1996, foram instalados diversos ensaios com diferentes doses do produto, uma vez que a recomendada pelo fabricante "SEPPIC" - França, não era suficiente para cobertura satisfatória das sementes, que permitisse maior fluidez da massa. As doses testadas variaram de 0,5% a 20% de volume do produto em relação ao peso das sementes, diluído em igual volume de água, sendo aplicados em mini betoneira elétrica (4.600 cm3 de volume e 84 rpm) ou manualmente, no interior de saco plástico. A aplicação do produto sem diluição foi feita com uso de saco plástico. Após avaliação visual da cobertura e da constatação de que as diferentes doses testadas não haviam afetado a germinação das sementes, optou-se pela aplicação manual em saco plástico com 10% do produto em relação ao peso de sementes, diluído em igual volume de água, para as duas formulações de Sepiret: 4015 blue e 6182 blue. Na encapsulação com gesso agrícola, foram usados 200 g desse produto ( agente encapsulante), 1O g de bentonita ( agente adesivo) e 250 g de sementes de cada lote, conforme metodologia descrita por Baltieri ( 1993). As sementes homogeneizadas, foram colocadas na mini-betoneira com a solução adesiva (8% de bentonita), com a betoneira em movimento. Após distribuição uniforme da solução,.

(27) 12. adicionou-se o agente encapsulante em porções de. 1 O g. Foram aplicados. alternadamente o agente adesivo e o encapsulante até que não houvesse mais !inter visível e as sementes apresentassem cobertura uniforme. Após serem retiradas da mini betoneira, as sementes foram espalhadas sobre folhas de jornal e deixadas para secar à sombra por 24 h. A adição de fungicida para os tratamentos D. mec. + Fung., D. quim. + Fung. foi feita com o uso de saco plástico e para os tratamentos D. mec. + Gesso + Fung., D. mec + Sepiret 4015 + Fung. e D. mec. + Sepiret 6182 + Fung. foi feita junto com o produto encapsulante, tendo sido utilizada a formulação comercial em suspensão concentrada de Vitavax - Thiram 200 SC (Carboxin + Thiram), na dosagem recomendada pelo fabricante (500 ml do produto comercial/100 kg de sementes). O deslintamento químico foi feito por via úmida, com uso de um recipiente de vidro dentro do qual a mistura de sementes mais ácido sulfúrico concentrado era agitada por cerca de 5 minutos. Foram empregadas proporções de 100 mi de ácido para 250 g de sementes deslintadas mecanicamente. Após o tratamento as sementes eram imediatamente lavadas com água, em abundância, para retirada do ácido e do !inter degradado e colocadas para secar sobre folhas de papel da marca Germitest, à sombra, por 24h. 3.3. Armazenamento das Sementes As sementes tratadas foram acondicionadas em sacos de papel "kraft" e armazenadas em ambiente do Laboratório de Análise de Sementes do Departamento de Agricultura da ESALQ-USP, simulando as condições em que as sementes são armazenadas em outros armazéns, principalmente da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. A estocagem teve início em março de 1996. As avaliações de germinação, vigor e sanidade foram efetuadas em intervalos de 3 meses, por um período de 9 meses: março, junho, setembro e dezembro de 1996, sendo designadas em 4 épocas Primeira Época - logo após a constituição dos tratamentos.

(28) 13. Segunda Época - 3 meses após a constituição dos tratamentos Terceira Época - 6 meses após a constituição dos tratamentos Quarta Época - 9 meses após a constituição dos tratamentos. 3.4. Avaliação da Qualidade Fisiológica das Sementes 3.4.1. Determinação do Grau de Umidade (U%) O grau de umidade das sementes foi determinado pelo método de. estufa à 105º C por 24h, segundo as Regras para Análise de Sementes (Brasil, 1992), em cada época de análise. 3.4.2. Teste de Germinação - (TG) A avaliação de germinação foi realizada de acordo com Novembre. (1994), utilizando 4 repetições de 50 sementes para cada tratamento. O substrato utilizado foi o papel toalha, da marca Germitest, umedecido na proporção de duas vezes e meia o volume de água em relação ao peso do papel. Os rolos foram colocados em germinador, regulado para manter temperatura de 25º C. As avaliações foram feitas aos 3 e 5 dias após a semeadura. Os resultados foram calculados em porcentagem média de plântulas normais por tratamento. 3.4.3. Teste de Emergência das Plântulas em Areia (EPA). Para avaliar a porcentagem de emergência das plântulas em areia foram utilizadas caixas plásticas (42cm x 28cm x 9,5cm) contendo areia peneirada e lavada. Cada caixa recebeu 200 sementes, divididas em 4 subamostras de 50, de cada tratamento. Após semeadura, a areia foi umedecida até atingir 60 % da sua saturação. As caixas foram dispostas de forma inteiramente casualizada no laboratório de sementes. A contagem do número de plântulas emersas foi efetuada aos 8 dias após a semeadura. Os dados foram calculados em porcentagem média de plântulas normais por tratamento..

(29) 14. 3.4.4. Emergência de Plântulas em Campo (EPC) O teste foi conduzido em canteiros do Departamento de Agricultura da ESALQ-USP. Cada parcela foi formada por uma linha de 2 m de comprimento, espaçada de 0,3 m, com 4 repetições, onde foram distribuídas 50 sementes, semeadas a uma profundidade de 3 cm e cobertas com 1,5 cm de terra. Os canteiros foram irrigados sempre que necessário. A contagem do número de plântulas emersas foi efetuada aos 1O dias após a semeadura. Os resultados foram informados em porcentagem. 3.4.5. Velocidade de Emergência em Campo (VE) Esta determinação foi conduzida juntamente com o teste de emergência de plântulas sendo que as avaliações foram realizadas diariamente, à mesma hora, a partir da emergência das primeiras plântulas e terminaram quando a emergência cessou. Foram consideradas plântulas emersas as que apresentaram folhas cotiledonares acima do nível do solo. As plântulas emersas foram contadas a cada dia, de acordo com recomendações de Marcos Filho et al (1987). Este número foi dividido pelo número de dias transcorridos da data de semeadura, obtendo-se o índice. Com a soma dos índices diários foi obtido o índice final de velocidade de emergência para determinado tratamento. 3.4.6. Primeira Contagem de Germinação (l ªCont.) Esta determinação foi conduzida juntamente com o teste padrão de germinação, sendo a avaliação do número de plântulas normais realizada no terceiro dia após a instalação do teste. 3.4.7. Velocidade de Emergência das Plântulas em Areia (VEPA) Esta determinação foi conduzida juntamente com o teste de emergência das plântulas em areia, sendo as avaliações realizadas diariamente, à mesma.

(30) 15. hora, após ser observada a emergência das primeiras plàntulas e terminaram quando a emergência estabilizou. Foram consideradas plàntulas emersas todas aquelas que apresentaram folhas cotiledonares acima do nível da areia. O cálculo do índice foi feito como descrito em 3.4. 2 . 2 . 3.4.8. Envelhecimento Acelerado (EA) Foi conduzido com 200 sementes por tratamento (50 por repetição) empregando-se o "método gerbox" citado por Marcos Filho et al (1987), sob temperatura 42º C, durante 72 horas, seguido do teste de germinação, conforme descrito em 3.4.2 � a interpretação do teste de germinação foi realizada 3 dias após a instalação do mesmo. 3.5. Avaliação da Qualidade Sanitária Foram analisadas 200 sementes dispostas em 20 repetições de 1 O sementes de cada tratamento. As sementes foram uniformemente distribuídas sobre três discos de papel de filtro de 80 g/cm2, previamente umedecidas em água destilada esterilizada e colocados em placas de Petri de plástico transparente. As sementes foram incubadas por 7 dias a. 22. º. C sendo doze horas sob luz negra NUV ( próxima à ultra. violeta) e doze horas no escuro. A determinação dos fungos associados às sementes foi realizada com microscópio-estereoscópico e a confirmação foi feita com auxílio de microscópio composto, quando necessário, como recomendado por Pizzinato et ai. (1986). 3.6. Método estatístico O experimento foi instalado segundo o delineamento inteiramente casualizado, com 1O tratamentos e com 4 repetições. Os dados foram analisados separadamente para cada lote e para cada época. O esquema de análise de variância foi o seguinte:.

(31) 16. Causas de Variação. Graus de Liberdade. Tratamento. 9. Resíduo. 30. TOTAL. 39. A comparação entre as médias foi realizada por meio do teste de Tuckey, ao nível de 5% de probabilidade. Os dados obtidos no teste de sanidade não foram analisados estatisticamente..

(32) 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1. Primeira Época Nas Tabelas 2, 3 e 4 estão apresentados os resultados da análise de variância dos dados obtidos nos oito testes instalados com os 1O tratamentos nos 3 lotes de sementes na primeira época, isto é, imediatamente após as sementes serem submetidas aos tratamentos. Os respectivos coeficientes de variação variaram de 1 no teste de determinação do grau de umidade (Tabela 4) a 13,2 % no teste de velocidade de emergência de plântulas em areia, ambos para o lote 3, sendo considerados valores de baixos a médios, segundo Pimentel Gomes (1990). O tratamento D. mec. + Sepiret 4015 + Fung. (Tabela 5) apresentou maior grau de umidade em valores absolutos para os três lotes; por outro lado dentro do lote 1, o referido tratamento apresentou 14,5% de água, sendo estatisticamente igual à D. mec. + Sepiret 6182 + Fung.; com 13,6% para o lote 2, sendo estatisticamente igual à outros 3 tratamentos (D. mec. + Gesso + Fung., D. mec. + Sepiret 4015 e D. mec. + Gesso) e com 13,2% para o lote 3, sendo estatisticamente igual ao tratamento D. mec + Gesso + Fung.. Nos 3 lotes, as sementes apenas deslintadas mecanicamente apresentaram o menor valor absoluto, embora estatisticamente fossem iguais a outros tratamentos. Estes resultados estão de acordo com Arantes et al (1995), que encontraram maior teor de água e maior rapidez na absorção de água em sementes encapsuladas com gesso e bentonita comparadas com sementes deslintadas mecanicamente. No teste de germinação (Tabela 5), as diferenças estatísticas encontradas entre os diferentes tratamentos foram pequenas para o lote 1, sendo que a maioria dos tratamentos cujas sementes foram encapsuladas apresentaram maior germinação do que o material apenas deslintado mecanicamente. No lote 2, não foram.

(33) 18. encontradas diferenças significativas entre os tratamentos, embora o tratamento D. mec. + Sepiret 6182 fosse o de maior valor absoluto; e no lote 3, o material deslintado apenas mecanicamente apresentou pior resultado, e novamente foi estatisticamente diferente em relação à maioria dos tratamentos com sementes encapsuladas. Com relação à emergência de plântulas em areia (Tabela 6), observou-se que para o lote 1, o tratamento D. quim. + Fungicida foi o melhor em valor absoluto, com 76 % de emergência, mas foi estatisticamente igual aos demais tratamentos cujas sementes foram encapsuladas e, também em relação as sementes do tratamento D. mec. + Fung. e que o tratamento com material deslintado somente mecânicamente, foi o pior em valor absoluto, porém, diferindo estatisticamente apenas em relação aos tratamentos D. quim + Fung., D. mec. + Sepiret 4015 e D. mec. + Gesso + Fung .. Para o lote 2 não foi encontrada diferença significativa entre os tratamentos, porém, o D. mec. + Sepiret 6182 apresentou maior valor absoluto e foi 17,5% superior ao tratamento D. mec.; para o lote 3 o tratamento D. quim. foi o de menor valor absoluto, porém, foi estatisticamente igual a outros três tratamentos (D. mec., D quim .+ Fung. e D. mec. + Sepiret 6182), enquanto que o D. mec. + Gesso + Fung. foi o maior em valor absoluto. Analisando os resultados dos 2 testes de germinação (teste padrão de germinação e teste de emergência de plântulas em areia), observa-se que o material deslintado apenas mecanicamente, apresentou, de maneira geral, valores inferiores, pelo menos em valores absolutos, em relação à maioria dos materiais encapsulados, indicando que a encapsulação das sementes pode melhorar a germinação; contudo, não foi possível definir qual dos agentes encapsulantes foi o melhor, uma vez que o tratamento D. mec. + Gesso foi o melhor no teste de germinação para os lotes 1 e 3 e o tratamento D. mec. + Gesso+ Fung. foi o melhor no teste de emergência de plântulas em areia do lote 3; por outro lado, o tratamento D. mec. + Sepiret 6182 foi o melhor nos testes de germinação e de emergência de plântulas em areia para o lote 2. Estes resultados estão de acordo com Baltieri (1993) que testou 3 agentes encapsulantes e 5 agentes adesivos e concluiu que a encapsulação não afetou a qualidade fisiológica das sementes de algodão e com Arantes e Carpi (1994) que encontraram maior germinação e.

(34) 19. vigor para as sementes de algodão encapsuladas com gesso e bentonita quando comparadas com sementes deslintadas mecanicamente; porém, os resultados discordam de Purdy (1962), segundo o qual a peletização diminui a germinação e dificulta a emergência de plântulas. No teste de emergência de plântulas em campo (Tabela 6), verificou-se para o lote 1 maior emergência para o tratamento D. mec. +Gesso+ Fung. em relação ao material deslintado quimicamente; este mesmo tratamento apresentou pior emergência em relação aos demais, no lote 3. No lote 2 o tratamento D. mec. + Gesso apresentou maior valor absoluto e o D. quim. + Fung. o menor, embora os 10 tratamentos fossem estatisticamente iguais. No teste de velocidade de emergência das plântulas em areia (Tabela 7), para o lote 1, embora tenha sido verificado menor velocidade em valor absoluto para o material apenas deslintado mecânicamente, este foi inferior estatisticamente apenas em relação às sementes deslintadas mecanicamente + Sepiret 4015 e D. mec. + Gesso + Fung.. No lote 2, novamente observou-se menor velocidade de emergência para o material que sofreu apenas deslintamento mecânico em relação aos demais, porém apenas em valor absoluto, uma vez que não foi encontrada diferença significativa entre os tratamentos. Para o lote 3, o pior desempenho em valor absoluto foi para o material deslintado quimicamente, tendo sido diferente estatisticamente apenas em relação aos tratamentos D. mec. + Fungicida, D. mec. + Sepiret 4015 e D. mec. +Gesso+Fung.. No teste de velocidade de emergência de plântulas em campo (Tabela 7), lote 1, embora o tratamento D. quim. tenha apresentado menor velocidade em valor absoluto, foi inferior estatisticamente apenas em relação aos tratamentos D. mec+Gesso+Fung., D. mec. + Sepiret 6182 e D. mec+ Sepiret 6182+Fung.. No lote 2, apesar de não ter havido diferenças estatísticas entre os tratamentos, o material deslintado quimicamente apresentou a menor velocidade de emergência em valor absoluto. Por outro lado, no lote 3 o mesmo material foi inferior estatisticamente em relação à maioria dos demais tratamentos..

(35) 20. Na primeira contagem de germinação (Tabela 8), o tratamento D. mec. + Sepiret 6182 apresentou maior vigor em valor absoluto para os lotes 1 e 2; entretanto, esta superioridade só foi manifestada estatísticamente em relação aos tratamentos D. mec. e D. quim. (L 1), D. mec + Fung. (para os lotes 1 e 2), D. mec. + gesso + Fung. (L 2) e D. mec. + Sepiret 4015 + Fung. (L 1). No lote 3, o tratamento D. mec. +Gesso foi o que se destacou sendo estatisticamente superior aos tratamentos D. mec., D. mec. +Fung., D. mec. +Gesso+ Fung. e D. mec.+ Sepiret 6182 +Fung. No teste de envelhecimento acelerado (Tabela 8), no lote 1 o tratamento D. mec. + Sepiret 6182 + Fung. foi o mais vigoroso em valor absoluto e o menos vigoroso foi o D. mec. + Gesso, embora fosse estatisticamente inferior apenas em relação ao tratamento citado anteriormente. No lote 2,. a maiona dos tratamentos. apresentaram comportamento semelhante entre si, sendo que apenas o tratamento D. mec. + Fung. apresentou maior vigor em relação ao tratamento D. quim. No lote 3, o tratamento D. mec. + Sepiret 6182, foi mais vigoroso em relação aos tratamentos D. mec., D. quim. e D. mec. + fung., ao passo que o tratamento D. mec. apresentou-se inferior aos tratamentos D. mec. + Sepiret 6182 e D. mec.+ Sepiret 6182+ Fung.. Nos testes de vigor, em valor absoluto, o tratamento D. quim. foi o pior em 7 resultados, sendo eles nos lotes 1 e 3 no teste de emergência de plântulas em campo, no lote 3 no teste de velocidade de emergência de plântulas em areia, nos 3 lotes no teste de velocidade de emergência de plântulas em campo e no lote 2 no teste de envelhecimento acelerado. Por outro lado, o tratamento D. mec. foi o pior em 4 resultados, nos lotes 1 e 2 no teste de velocidade de emergência de plântulas em areia, no lote 1 na primeira contagem de germinação e no lote 3 no teste de envelhecimento acelerado; já o tratamento D. quim+ Fung. apresentou o pior resultado para o lote 2 no teste de emergência de plântulas em campo, o tratamento D. mec + Fung. foi o de pior resultado para o lote 3 na primeira contagem de germinação, o tratamento D. mec. + Gesso foi o pior no lote l no teste de envelhecimento acelerado e o tratamento D. mec.+ Gesso+ Fung. no lote 2 da primeira contagem de germinação. Quanto aos tratamentos mais vigorosos, em valor absoluto, não houve predominância de nenhum deles, destacando-se o tratamento D. mec. + Gesso +.

(36) 21. Fung. como o mais vigoroso nos testes de emergência de plântulas em campo nos lotes 1 e 3, no teste de velocidade de emergência de plântulas em areia no lote 3, no teste de velocidade de emergência de plântulas em campo no lote 1; isto é, foi o de maior valor absoluto em 4 dos 15 resultados para os 5 testes instalados com os 3 lotes avaliados. Já o tratamento D. mec. + Sepiret 6182 também foi mais vigoroso em 4 dos 15 resultados, sendo eles no teste de velocidade de emergência de plântulas em campo no lote 3, no teste de primeira contagem de germinação nos lotes 1 e 2 e no teste de envelhecimento acelerado no lote 3. Os resultados obtidos nos testes de vigor estão coerentes com aqueles encontrados por Hactchok et al (1984) que concluíram que diferentes produtos adesivos não prejudicaram a germinação e crescimento de plântulas em sementes de plantas forrageiras, porém discordam de Kitto e Janick (1985) que verificaram emergência total de plântulas de alface, tomate, chicória e cebola semelhantes para sementes encapsuladas e nuas e com atraso de um a dois dias no período de emergência, para sementes encapsuladas. Nas Tabelas 9, 10 e 11 são apresentados os resultados relativos aos patógenos associados às sementes. Embora não tenha sido feita análise estatística dos l. dados, observou-se que os fungos Aspergillus e Penici lium infectaram mais as sementes deslintadas quimicamente nos 3 lotes estudados, sendo que a baixa infecção ocorreu na maioria dos demais tratamentos. No tocante ao Colletotrichum, observou-se que o tratamento D. mec. + Sepiret 6182 foi o mais infectado e os tratamentos D. mec. + Fung. e D. quim. + Fung. os menos infectados, embora no lote 1, os valores encontrados sejam maiores que os do lote 2 e destes com relação ao lote 3. Por outro lado os resultados para. Fusaríum também mostram comportamento semelhante para os 3 lotes, sendo que as sementes do tratamento D. quim. + Fung. foram as menos infectadas, enquanto as dos tratamentos D. mec. e D. mec. + Sepiret 6182 foram as mais infectadas. O. Botriodiplodia foi encontrado somente no lote 3, com 2% de infecção no tratamento D. qu1m.. De uma maneira geral, observou-se que para todos os patógenos encontrados nas sementes de algodão, nos tratamentos com ou sem encapsulação a.

(37) 22. adição de fungicida reduziu e em alguns casos eliminou a infecção dos patógenos como por exemplo, no lote l para o tratamento D. quim., a infecção de Aspergillus foi de 66,5% e no D. quim. + Fung. caiu para l % e no lote 3 era de 12,5% no mesmo tratamento sem fungicida e, com fungicida foi reduzido para 0%. 4.2. Segunda Época. Nas Tabelas 12, 13 e 14 estão apresentados os resultados da análise de variância para os 3 lotes analisados, onde se observa que os coeficientes de variação variaram de 1,3% no teste de determinação do grau de umidade (Tabela 14), até 14,9% no teste de velocidade de emergência de plântulas no campo, ambos no lote 3, valores estes que são considerados de baixos a médios, segundo Pimentel Gomes (1990). No teste para determinação do grau de umidade (Tabela 15) observou-se que, em valor absoluto, os valores mais baixos foram apresentados pelos tratamentos D. mec. nos lotes l e 2 e pelos tratamentos D. mec. e D. mec. + Sepiret 6182 para o lote 3, sendo que todos tratamentos citados acima foram estatisticamente menores que os tratamentos com maior valor absoluto para os 3 lotes, sendo eles, tratamento D. mec. + Gesso + Fung. para o lote 1 e o D. mec. + Gesso para os lotes 2 e 3, respectivamente. Estes resultados corroboram com aqueles obtidos por Arantes et ai (1995) que concluiram que sementes deslintadas mecânicamente e encapsuladas com gesso e bentonita absorvem água mais rapidamente e perdem-na mais lentamente que as não encapsuladas. Nas Tabelas 15 e 16 observa-se que o tratamento D. mec. + Sepiret 4015 + Fung. apresentou os piores resultados em valor absoluto nos testes de germinação e de emergência de plântulas em areia, nos 3 lotes analisados. Por outro lado, no teste padrão de germinação, os tratamentos D. quim. + Fung. no lote 1, D. quim. no lote 2 e D. mec. + Gesso no lote 3 foram os que apresentaram os melhores resultados em valor absoluto, enquanto no teste de emergência de plântulas em areia, foram os tratamentos D. mec. nos lotes 1 e 3 e o D. quim. no lote 2..

(38) 23. Analisando os testes de vigor nas Tabelas 16, 17 e 18, observa-se que, assim como nos testes padrão de germinação e emergência de plântulas em areia, o tratamento sementes D. mec.. +. Sepiret 4015 + Fung. foi o que apresentou os piores. resultados em valor absoluto, na maioria dos testes, para os 3 lotes, isto é, em 11 dos 15 resultados, com 4 exceções, no lote 3 no tratamento D. quim. no teste de emergência de plântulas em campo e no tratamento sementes D. mec.. +. Sepiret 4015 no teste de. velocidade de emergência de plântulas em campo e nos lotes 1 e 2 no teste de envelhecimento acelerado. Os piores resultados, mesmo que em valores absolutos, apresentados pelas sementes que foram encapsuladas com Sepiret 4015 com ou sem adição de fungicida, não foram observados na primeira época quando as sementes foram analisadas logo após a encapsulação, o que dá indícios de que este produto prejudicou a qualidade das sementes quando estas foram armazenadas após a constituição do tratamento. Contudo, não houve concenso quanto ao tratamento mais vigoroso; assim, as sementes do tratamento D. mec. (lotes 1 e 3) se destacaram no teste de velocidade de emergência de plântulas em areia. O tratamento D. quim. (lote 2) se destacou nos testes de velocidade de emergência de plântulas em areia e primeira contagem de germinação. O tratamento D. mec. + Fung. apresentou maiores valores para os lotes 1 e 2 nos testes de emergência de plântulas e velocidade de emergência de plântulas em campo. Já o tratamento D. mec. + Sepiret 6182 foi o mais vigoroso no lote 3 do teste de envelhecimento acelerado e o D. mec.. +. Sepiret 6182. + Fung.. o foi no lote. 3 nos testes de emergência de plântulas e velocidade de emergência de plântulas em campo. Os resultados dos testes de vigor, onde foram observadas sementes encapsuladas e não encapsuladas com os melhores resultados, embora as encapsuladas respondam pela maioria dos piores resultados, concordam e discordam de três autores: de Purdy (1962), que citou que a peletização das sementes diminui a germinação e dificulta a emergência de plântulas, de Baltieri (1993) que concluiu que a adição de 3 agentes encapsulantes e 5 agentes adesivos não afetaram a qualidade fisiológica das.

(39) 24. sementes de algodão e Arantes e Carpi (1994) que encontraram maior germinação e vigor para sementes de algodão encapsuladas com gesso e bentonita. Nas Tabelas 19, 20 e 21 são apresentados os resultados relativos aos patógenos associados às sementes. Observou-se que o tratamento D. quim. foi o mais infectado pelo Aspergillus nos lotes 1 e 3, ao passo que no lote 2, isto ocorreu para o tratamento D. mec + Sepiret 4015, seguido pelo D. quim. e pelo D. mec.. No tocante ao. Colletotrichum, a maior infecção encontrada foi no lote 1, com 9,5%, no tratamento D. mec. + Gesso e, no lote 2, o tratamento D. mec. + Sepiret 6182 foi infectado com 1,5%. No lote 3, o referido fungo não foi observado. Quanto ao Fusarium, nos 3 lotes, os tratamentos mais infectados foram D. mec. para os lotes 1 e 3 e D. mec. + Sepiret 6182 para o lote 2. Para o. Penicillium, os tratamentos mais infectados foram D. quim. para os 3 lotes, D. mec. + Sepiret 6182 para os lotes 1 e 2 e D. mec. + Sepiret 4015 também no lote 2. Com os resultados relativos aos patógenos observa-se que houve redução das infecções principalmente para os fungos Colletotrichum, Fusarium e. Penicillium quando comparados com a primeira época e que os tratamentos que receberam adição de fungicida, com ou sem encapsulamento, apresentaram infecções menores, como por exemplo no lote 1 para o tratamento D. quim., com 41,5% e o D. quim. + Fung., com 0% de infecção por Aspergillus, resultado este que já havia sido observado na primeira época. Houve tendência, assim como na pnme1ra época, de que as sementes dos tratamentos que receberam fungicida apresentarem maior vigor que aquelas dos mesmos tratamentos que não receberam fungicida; como por exemplo, verificou-se que no teste de emergência de plântulas em campo (Tabela 16) o tratamento D. mec. + Sepiret 6182 + Fung. apresentou 60,0%, 76,2% e 76,8 %, respectivamente para os lotes 1, 2 e 3, contra 50,5%, 60,7% e 66,1% do tratamentos D. mec. + Sepiret 6182..

(40) 25. 4.3. Terceira Época Nas Tabelas 22, 23 e 24 estão apresentados os resultados da análise de variância dos 8 testes instalados com os 1O tratamentos dos lotes 1, 2 e 3 na terceira época, isto é, 6 meses após os tratamentos terem sido efetuados. Observa-se que ao contrário do que aconteceu nas outras duas épocas, os coeficientes de variação apresentaram valores variando de 1,2 no teste de determinação de umidade a 25,9% no teste de velocidade de emergência de plântulas em areia, ambos para o lote 1 (Tabela 22), valores estes que são considerados de baixos até altos, segundo Pimentel Gomes (1990). No tocante à determinação do grau de umidade (Tabela 25), os lotes I e 3 apresentaram comportamento semelhante, com maior teor de água para as sementes do tratamento D. mec. + Gesso + Fung. e menor umidade para as sementes deslintadas somente mecânicamente, enquanto no lote 2 o maior teor de água foi obtido pelo tratamento D. mec. + Gesso e o menor pelo tratamento D. mec. + Sepiret 6182. Estes resultados corroboram os de Arantes et ai (1995) que concluíram que sementes deslintadas mecanicamente e encapsuladas com gesso e bentonita absorvem água mais rapidamente e perdem-na mais lentamente que as sementes não encapsuladas. No teste de germinação (Tabela 25), o tratamento D. mec. + Sepiret 4015 + Fung. apresentou, em valores absolutos, os piores resultados para os lotes 1 e 2, embora no lote 2 não tenha sido encontrada diferença significativa entre os tratamentos. No lote 3 o pior resultado foi do tratamento D. mec. + Gesso + Fung. que foi estatisticamente inferior ao melhor tratamento (sementes deslintadas mecanicamente + Gesso). Neste teste, os melhores resultados em valor absoluto foram obtidos pelos tratamentos D. quim. para o lote 1 pelo tratamento D. mec. + Gesso para os lotes 2 e 3. Já no teste de emergência de plântulas em areia (Tabela 26), os resultados foram diferentes daqueles encontrados no teste de germinação sendo que, o tratamento D. mec. +. Fung. apresentou em valor absoluto melhores resultados nos lotes 1 e 3 enquanto para. o lote 2 foi o tratamento D. mec. + Gesso + Fung. e os piores resultados foram apresentados pelo tratamento D. mec. + Sepiret 4015 + Fung. no lote 1, o D. mec. + Sepiret 4015 no lote 2 e pelo tratamento D. quim. no lote 3..

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