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Aspectos reprodutivos do peixe traíra, Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) (Characiformes: Erythrinidae) no Açude Marechal Dutra, Rio Grande do Norte, Brasil

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE OCEONOGRAFIA E LIMNOLOGIA BACHARELADO EM ENGENHARIA DE AQUICULTURA

MAYGLANNE CRISTINA BARBOSA DA COSTA LIMA

ASPECTOS REPRODUTIVOS DO PEIXE TRAÍRA, Hoplias malabaricus (BLOCH, 1794) (CHARACIFORMES: ERYTHRINIDAE) NO AÇUDE

MARECHAL DUTRA, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL

NATAL-RN JUNHO/2019

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MAYGLANNE CRISTINA BARBOSA DA COSTA LIMA

ASPECTOS REPRODUTIVOS DO PEIXE TRAÍRA, Hoplias malabaricus (BLOCH, 1794) (CHARACIFORMES: ERYTHRINIDAE) NO AÇUDE

MARECHAL DUTRA, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL

ORIENTADOR:

Prof. Dr. WALLACE SILVA DO NASCIMENTO DOL/ CB/ UFRN

Monografia apresentada ao Curso de Bacharelado em Engenharia de Aquicultura do Centro de Biociências, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Engenharia de Aquicultura.

NATAL/RN JUNHO/2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE OCEONOGRAFIA E LIMNOLOGIA BACHARELADO EM ENGENHARIA DE AQUICULTURA

ASPECTOS REPRODUTIVOS DO PEIXE TRAÍRA, Hoplias

malabaricus (BLOCH, 1794) (CHARACIFORMES: ERYTHRINIDAE) NO AÇUDE MARECHAL DUTRA, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL Esta monografia, apresentada pela aluna MAYGLANNE CRISTINA BARBOSA DA COSTA LIMA a coordenação do Curso de Bacharelado em Engenharia de Aquicultura do Centro de Biociências, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, foi julgada adequada e aprovada, pelos Membros da Banca Examinadora, na sua redação final, para a conclusão do Curso e à obtenção do título de Engenheiro em Aquicultura.

MEMBROS DA BANCA EXAMINADORA:

__________________________________________ Prof Dr. WALLACE SILVA DO NASCIMENTO

DOL / CB / UFRN

___________________________________________ Drª NIRLEI HIRACHY COSTA BARROS

DOL / CB / UFRN

________________________________________ Ms. MARCELO MOREIRA DE CARVALHO

EAJ / UFRN NATAL/RN JUNHO/2019

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FICHA CATALOGRÁFICA

Catalogação da publicação na fonte. UFRN / Biblioteca Central Zila Mamede.

Divisão de Serviços Técnicos

Lima, Mayglanne Cristina Barbosa da Costa

Aspectos reprodutivos do peixe traíra, Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) (Characiformes: Erythrinidae) no Açude Marechal Dutra, Rio Grande do Norte, Brasil

Mayglanne Cristina Barbosa da Costa Lima. - Natal: o Autor, 2019. 61p.

Orientador: Prof. Dr. Wallace Silva do Nascimento (UFRN)

Monografia (Graduação) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Biociências. Departamento de Oceanografia e Limnologia.

1. Aspectos reprodutivos – Monografia. 2. Peixes - Monografia. 3. Água doce – Monografia. 4. Bacia Piranhas-Assú.- Monografia. 5. Açude Marechal Dutra – Monografia.

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AGRADECIMENTOS

À Universidade Federal do Rio Grande do Norte, pela oportunidade proporcionada.

Ao Professor Doutor Wallace Silva (UFRN), pela orientação, confiança e estímulo, e de seu exemplo de dedicação à pesquisa, sempre buscando pela qualidade dos trabalhos.

À Professora Doutora Sathyabama Chellappa (UFRN), pela primeira oportunidade de trabalhar com pesquisa em seu laboratório.

À Doutora Nirlei Barros pelo apoio, incentivo e artigo publicado.

Ao CNPQ pela bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/UFRN) concedidos para realização deste trabalho de graduação.

Ao Departamento de Oceanografia e Limnologia, CB, UFRN, pela oportunidade e colaboração.

À minha mãe, Eglanen Cristina Barbosa da Costa, pelo amor, carinho, estimulo e determinação que me conduziram até este momento de sucesso.

À toda minha familia, pai, irmão, tio (a), avó (ô), padrinho, madrinha, primos (a) pelo estímulo para sempre continuar estudando e se dedicar para alcançar os objetivos.

Aos meus amigos de curso: Rayssa Lira, Eulani Marcelli, João Pedro e Jackson Stefanini pelas sugestões, a participação na execução do trabalho (coletas, biometrias e artigos) e nossas constantes comemorações, que alegraram a todos durante esse maravilhoso convívio.

À todos os meus amigos do convívio do dia-a-dia, pelo incentivo e esperança da realização deste trabalho.

Sobretudo a Deus por todo êxito alcançado.

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“Cada história tem um final. Mas, na vida, cada final é um recomeço”.

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SUMÁRIO RESUMO ABSTRACT RELAÇÃO DE TABELAS RELAÇÃO DE FIGURAS 1. INTRODUÇÃO... 12 2. OBJETIVOS... 14 2.1 Objetivo geral... 14 2.2 Objetivos específicos... 14 3. MATERIAL E METÓDOS... 15 3.1 Área de estudo... 15

3.2 Espécie de peixe em estudo... 15

3.3 Captura de peixes e as características morfometricas……... 16 3.4 Comprimento do corpo da primeira maturação sexual (L50)... 17

3.5 Proporção sexual... 17

3.6 Estágios de desenvolvimento das gônadas... 17

3.7 Indice gonadossomático (IGS) e Fator de condição (K)... 18

3.8 Época de desova... 18

3.9 Análises dos dados... 18

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO... Os resultados e discussão estão apresentados em forma de artigo científico publicado. Artigo Biologia reprodutiva do peixe traíra, Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) (Characiformes: Erythrinidae) no açude Marechal Dutra, Rio Grande do Norte, Brasil Publicado na revista Biota Amazônia 19 5. CONCLUSÃO... 36

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GERAIS... 37

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RESUMO

O presente trabalho verificou os aspectos reprodutivos do peixe Neotropical traíra, Hoplias malabaricus (Bloch, 1794). O estudo foi realizado no açude Marechal Dutra da bacia hidrográfica do Rio Piranhas-Assu, Rio Grande do Norte, Brasil. As capturas dos peixes foram realizadas mensalmente de agosto/2015 a junho/2016. Os peixes foram identificados taxonomicamente, pesados, medidos e o sexo foi identificado. Os seguintes aspectos foram verificados: comprimento total (cm), peso total (g), proporção sexual, tipo de crescimento, comprimento de primeira maturação sexual (L50), aspectos do desenvolvimento das gônadas, fator de condição (K) e índice gonadossomático (IGS). Foram capturados 141 exemplares de H. malabaricus e a proporção sexual foi de 1M:1,4F. O comprimento total para sexos agrupados variou de 12,7 cm a 41,5 cm (32,4 ± 7,0) e o peso total variou de 18,0 g a 1028,0 g (456,7 ± 230,1). O valor do coeficiente angular (θ) foi (θ = 3,1552) para machos e (θ = 3,0916) para fêmeas, o que indica um crescimento isométrico. O valor do L50 foi de 32,6 ± 0,97 cm para machos e 31,5 ± 0,77 cm para as fêmeas. Os estádios de maturação das gônadas observados foram: imaturo, em maturação, maturo e esvaziado. O IGS para sexos teve picos em agosto (1,78 ± 1,96), dezembro (3,87 ± 12,01), fevereiro (1,41 ± 1,58) e abril (1,79 ± 2,72). Foi observada uma correlação negativa entre o fator de condição e o índice gonadossomático (r = -0.7187; p > 0.05), sugerindo assim a utilização das reservas de energia durante a maturação gonadal e período reprodutivo. Baseado no valor do L50 verificado recomenda-se que H.

malabaricus seja capturado acima 25,7 cm de comprimento total, assim assegurando seus estoques pesqueiros no açude Marechal Dutra do Rio Grande do Norte, Brasil.

Palavras chaves: H. malabaricus, aspectos reprodutivos, proporção sexual, comprimento da primeira maturação sexual, índice gonadossomático.

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ABSTRACT

This study verified the reproductive biology of a neotropical fish, Hoplias malabaricus (Bloch, 1794). Present study was conducted in the Marechal Dutra reservoir, of Piranhas-Assu hydrographic basin, Rio Grande do Norte, Brazil. The fish were captured monthly from August, 2015 to June, 2016. Fish were taxonomically identified, weighed, measured and sex was identified. The following aspects were checked: total body length, total weight, sex ratio, type of growth, length of first sexual maturity (L50), aspects of gonad development, condition factor (K) and gonadossomatic index (GSI). A total of 141 individuals of H. malabaricus was captured and the sex ratio was 1M: 1.4F. The total length of grouped sex varied from 12.7 cm to 41.5 cm (32.4 ± 7.0) and the total weight varied from 18.0 g to 1028.0 g (456.7 ± 230.1). The angular coefficient value (θ) was 3.1552 for males and 3.0916 for females, indicating isometric growth. The values of L50 were 32.6 ± 0.97 for males and 31.5± 0.77 cm for females. The gonad maturity stages observed were: immature, maturing, mature and spent. The GSI of grouped sex showed peaks in August (1.78 ± 1.96), December (3.87 ± 12.01), February (1.41 ± 1.58) and April (1.79 ± 2.72). There was a negative correlation between condition factor (K) and GSI (r = -0.7187; p > 0.05), thus suggesting the use of energy reserves during maturation and

reproductive period. Based on the value of L50 it is recommended that H. malabaricus

should be captured above 25.7 cm of total body length, in order to conserve the fish stocks in the Marechal Dutra reservoir of Rio Grande do Norte, Brazil.

Keywords: H. malabaricus, reproductive aspects, sex ratio, length at first sexual maturation, gonadossomatic index.

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RELAÇÃO DE TABELAS

RELAÇÃO DE TABELAS DO ARTIGO

Tabela 1. Descrição macroscópica das gônadas de machos e fêmeas de H. malabaricus e seus diversos estádios de maturação: I – imaturo; II - em maturação, III – maduro e IV - esvaziado………...29

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RELAÇAO DE FIGURAS

Figura 1. Área de estudo: o açude Marechal Dutra da bacia hidrográfica do rio Piranhas-Assu, RN (BARROS, 2016) ………15

Figura 2. Espécie em estudo peixe traíra, Hoplias malabaricus e sua distribuição geográfica (FISHBASE, 2019) ...16

RELAÇÃO DE FIGURAS DO ARTIGO

Figura 1. Área de estudo: o açude Marechal Dutra da bacia hidrográfica do rio Piranhas-Assu, RN (Fonte: Google maps, 2016) ………..…..23

Figura 2. Frequência mensal de ocorrência dos machos e fêmeas de H. malabaricus capturados no açude Marechal Dutra, RN, no período de agosto de 2015 à junho de 2016……….25

Figura 3. a) Frequência relativa do comprimento total (cm) para machos e fêmeas; b) Frequência relativa do peso total (g) para machos e fêmeas de H. malabaricus, capturados no açude Marechal Dutra, RN………..……26

Figura 4. Relação peso-comprimento distribuídos em pontos empíricos individuais de H. malabaricus, para machos e fêmeas, capturados no açude Marechal Dutra, RN, no período de agosto de 2015 à junho de 2016………..27

Figura 5. Comprimento da primeira maturação sexual (L50) para machos e fêmeas de H.

malabaricus, capturados no açude Marechal Dutra, RN, no período de agosto de 2015 à junho de 2016………..………….27

Figura 6. a) Valores médios mensais de fator de condição (K) para sexos separados; b) Valores médios mensais de índice gonadossomático (IGS) para sexos separados de H. malabaricus, capturados no açude Marechal Dutra, RN, no período de agosto de 2015 à junho de 2016. (Coeficiente de correlação entre IGS e K r = -0.7187; p > 0.05)………..28

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INTRODUÇÃO

As bacias hidrográficas sob o domínio do semiárido apresentam características peculiares, como regime intermitente e sazonal de seus rios, reflexo direto das precipitações escassas e irregulares, associadas à alta taxa de evaporação hídrica. Essas condições climáticas exercem importante papel na organização e funcionalidade dos ecossistemas aquáticos, onde as espécies presentes desenvolvem diversas adaptações para a sobrevivência, que acarretam em competições intra e interespecífica, alterações na estrutura das comunidades, disponibilidade de recursos naturais e estratégias reprodutivas (ROSA et al., 2005).

A bacia Piranhas-Assú possui localizado entre os estados do Rio Grande do Norte (RN) e Paraíba (PB), possui 17.498,50 km³ de superficie, abrangendo 33 municipios e uma população de aproximadamente 415.000 habitantes. O rio Piranhas-Assú nasce na Serra de Bongá (PB) com o nome de rio Piranhas, recebe as águas dos rios Paraibanos Piancó e do Peixe e entra pelo municipio de Jardim de Piranhas (RN), pasando a receber as águas de todos os ríos que formam a bacia hidrográfica da região seridó. O rio Piranhas-Assú é o mais importante do estado do Rio Grande do Norte, represado pela barragem Engenheiro Armando Goçalves (EAG), que através de adutoras abastece água para várias cidades. Com a vazão do reservatorio EAG, o rio continua o seu curso, com o nome de Piranhas-Assú, indo desaguar no oceano Atlântico, nas mediações da cidade de Macau, RN (CBH 2019).

A ictiofauna nordestina é muito diversificada com adaptações em relação aos aspectos alimentares e reprodutivos (ROSA et al., 2005; CHELLAPPA et al., 2009; ARAÚJO et al., 2012; ARAÚJO et al., 2013; BARROS et al., 2013a; 2013b; NASCIMENTO et al., 2015). Sua diversidade é impactada por processos naturais, como as alterações históricas do clima regional com a intensificação da semiaridez e por diversos processos antrópicos (NASCIMENTO et al., 2015). A compilação taxonômica dos peixes que ocorrem no bioma Caatinga revelou a presença de 240 espécies, distribuídas em sete ordens (ROSA et al., 2005).

A maioria das espécies de peixes mostra uma periocidade em seu proceso reprodutivo, iniciando seu desenvolvimento gonadal em uma época anterior àquela de reprodução, e completando sua maturação gonadal no momento em que as condições ambientais forem adequadas à fecundação e desenvolvimento de sua prole. A fonte

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energética e os nutrientes necessários para o proceso de maturação ovocitária e desencadeamento da reprodução nos peixes são obtidos a partir do alimento ingerido ou de reservas energéticas depositadas em diferentes partes do organismo (VAZZOLER, 1996) Durante o ciclo reprodutivo, o fator de condição (K) pode variar de acordo com as condições de alimentação e desenvolvimento gonadal e pode ser usado, para algunas espécies. Como um indicador do período de desova (CHELLAPPA et al., 1995; BARBIERI et al. 1996; BARROS et al., 2011).

No Rio Grande do Norte, foram realizados trabalhos em relação aos aspectos reprodutivos das várias espécies de peixes de água doce. Por exemplo: do tucunaré, Cichla monoculus (CÂMARA et al., 2002; CHELLAPPA et al., 2003); do cangati, Parauchenipterus galeatus e da pirambeba, Serrasalmus maculatus (MEDEIROS et al., 2003); do cascudo, Hypostomus pusarum (BUENO et al., 2006; PESSOA et al., 2013); da cará, Cichlasoma orientale (GURGEL et al., 2011); da jacundá, Crenicichla menezesi (ARAÚJO et al., 2012a); da sardinha de água doce, Triportheus angulatus (ARAÚJO et al., 2012b); do curimatã comum, Prochilodus brevis (GURGEL et al., 2012); do piaba, Astyanax lacustris (SILVA et al., 2012); do piau preto, Leporinus piau (NASCIMENTO , 2010; SILVA FILHO et al., 2012); da branquinha, Psectrogaster rhomboides (ARAÚJO et al., 2013); do mussum, Synbranchus marmoratus (BARROS et al., 2013); do peixe anual, Hypsolebias antenori (NASCIMENTO et al., 2013) além das táticas e as estratégias reprodutivas de várias espécies de peixes dulcícolas (CHELLAPPA et al., 2009; 2013; BARROS et al., 2016). Esses trabalhos têm servido de parâmetros para o entendimento dos mecanismos que envolvem a perpetuação, manejo e exploração racional das espécies. No entanto, trabalhos científicos que abordem aspectos reprodutivos da espécie Hoplias malabaricus, popularmente conhecida como peixe traíra, permanecem insipientes para o Estado do Rio Grande do Norte.

A traíra, Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) é um peixe neotropical pertencente à família Erythrinidae, que possui uma ampla distribuição geográfica, ocorrendo em quase todas as bacias hidrográficas da América do Sul (NELSON, 1994). H. malabaricus caracteriza-se morfologicamente por um corpo alongado e cilíndrico, cabeça alargada com boca ampla e ramo mandibular saliente. A nadadeira caudal é arredondada com pontos escuros, ás vezes ordenados formando faixas. O dorso e lado do corpo apresentam manchas escuras ou barras irregulares e três listras pouco visíveis atrás dos olhos. Em vista dorsal, observa-se a mandíbula ultrapassando francamente a maxila superior,

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estando à boca fechada (AZEVEDO; GOMES, 1943). H. malabaricus é um peixe predador de topo de cadeia alimentar, além de possuir importância nas pescarias de subsistência e comerciais (PETRY, 2005). A abundância desta espécie em áreas dulciaquícolas do semiárido nordestino contribui para a inclusão da espécie como alimento frequente nas comunidades pesqueiras.

O presente trabalho verificou os aspectos reprodutivos da traíra, H. malabaricus, no açude Marechal Dutra, Rio Grande do Norte, Brasil, a fim de gerar informações necessárias para manejo e conservação dessa espécie.

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2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Este trabalho teve como objetivo avaliar os principais aspectos reprodutivos do peixe traíra (Hoplias malabaricus) no Açude Marechal Dutra, Rio Grande de Norte, Brasil.

2.2 Objetivos específicos

 Descrever as cacterísticas morfométricas;

 Avaliar a relação peso comprimento;

 Avaliar a proporção entre os sexos;

 Determinar o comprimento do corpo da primeira maturação sexual (L50);

 Verificar os estágios de desenvolvimento das gônadas;

 Determinar o índice gonadossomático (IGS) e fator de condição (K);

 Verificar a época da desova do Hoplias malabaricus.

Artigo: Biologia reprodutiva do peixe traíra, Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) (Characiformes: Erythrinidae) no açude Marechal Dutra, Rio Grande do Norte, Brasil.

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3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Área de estudo

O estudo foi realizado no Açude Marechal Dutra da Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Assu, RN, localizado a 6°24’06,87” S e 36°35’07,23” W (Figura 1). A Bacia é totalmente inserida na Região do Semiárido e abrange um território de 44.000 km² distribuído entre os Estados da Paraíba e Rio Grande do Norte. O Açude Marechal Dutra, conhecido popularmente como Gargalheiras, situa-se 6° 26' 24" de Latitude S e a 36° 38' 00" de Longitude W, a 7 km de distância da sede do Município de Acari, sua construção foi iniciada no ano de 1956 e concluída no ano de 1959.

Figura 1. Área de estudo: o açude Marechal Dutra da bacia hidrográfica do rio Piranhas-Assu, RN (BARROS, 2016).

3.2 Espécie de peixe em estudo

Hoplias malabaricus (Bloch, 1794), conhecida popularmente como traíra, é um peixe Neotropical, pertencente a família Erythrinidae, que possui ampla distribuição geográfica, ocorrendo em quase todas as bacias hidrográficas da América do Sul (FOWLER, 1959; NELSON, 1994). Esta espécie apresenta corpo alongado e cilíndrico, cabeça alargada com boca ampla e ramo mandibular saliente (AZEVEDO & GOMES, 1943; OLIVEIRA, 1994).

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Taxonomia: Reino: Animalia Filo: Chordata Classe: Actinopterygii Ordem: Characiformes Família: Erythrinidae Gênero: Hoplias

Espécie: Hoplias malabaricus (Bloch, 1794).

Figura 2. Espécie em estudo peixe traíra, Hoplias malabaricus e sua distribuição geográfica (pontos amarelos no mapa).

3.3 Captura de peixes e as características morfometricas

As capturas dos peixes foram realizadas mensalmente nos afluentes da Bacia Piranhas-Assú, durante o período de agosto 2015 a junho de 2016, com auxílio de pescadores locais, que utilizaram redes de espera. Os peixes capturados foram transportados em caixas de isopor de 25 L ao laboratório. A taxonomia dos peixes foi

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verificada com guias de identificação (BRITSKI et al., 1984). Os peixes foram pesados em uma balança de precisão. Foram tomadas para cada exemplar as seguintes medidas morfométricas e verificações anatômicas: comprimento total (cm), peso total (g), verificação do sexo e fase de maturação das gônadas (VAZZOLER, 1996).

A análise em comprimento e peso baseou-se na distribuição das frequências relativas mensais de comprimento total (com intervalos de 6 cm) e peso total (com intervalos de 205 g). A relação peso-comprimento foi realizada através da distribuição dos pontos empíricos individuais destas variáveis e pela dispersão destes (FROESE, 2006). A relação peso-comprimento foi determinada pela equação: Wt = a. Ltb, onde Wt é o peso total (g), Lt é o comprimento total (cm), ‘a’ é o interceptor da regressão e ‘b’ é o coeficiente da regressão (FROESE, 1998; JOBLING, 2008).

3.4 Comprimento do corpo da primeira maturação sexual (L50)

Para a determinação do comprimento da primeira maturação sexual, foram agrupadas as gônadas de machos e fêmeas utilizando-se apenas de indivíduos adultos. De acordo com a distribuição das frequências relativas acumuladas por classes de comprimento total (MORENO et. al., 2005).

3.5 Proporção sexual

Os peixes foram dissecados e as gônadas foram removidas, pesadas e examinadas para identificar os sexos. A proporção entre os sexos foi verificada através da análise de distribuição de frequência relativa mensal de ambos os sexos durante o período de estudo (MORENO et al., 2005). Foram observados os seguintes caracteres das gônadas dos exemplares de peixes: tamanho, formato, coloração, presença de vasos sanguíneos, presença de ovócitos visíveis, rigidez, grau de turgidez e a proporção ocupada na cavidade abdominal. A partir das observações identificou-se a fase macroscópica do desenvolvimento dos ovários e testículos (VAZZOLER, 1996).

3.6 Estágios de desenvolvimento das gônadas

Através da análise macroscópica das gônadas, determinou-se o sexo e estádio de maturação gonadal, baseando-se na escala de maturidade das gônadas para os peixes teleósteos (VAZZOLER, 1996; MACKIE; LEWIS, 2001).

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3.7 Indice gonadossomático (IGS) e Fator de condição (K)

O índice gonadossomático, foi calculado de acordo com a fórmula de Wootton et al. (1978): IGS = (Wg/Wt) x 100, onde Wg é o peso da gônada e Wt é o peso total. O período reprodutivo da espécie foi determinado através da variação da média mensal do índice gonadossomático (IGS) (VAZZOLER, 1996). O fator de condição (K) foi calculado usando a equação K = Wt / Ltb. Uma única equação peso e comprimento (W = Alb) foi ajustada para estimar o valor de coeficiente b, utilizando-se os dados obtidos a partir de todos os indivíduos coletados (FROESE, 2006).

3.8 Época de desova

Para determinar o período reprodutivo da espécie foi realizada a análise nas mudanças macroscópicas mensais de porcentagens dos estádios de desenvolvimento gonadal e também verificada as variações mensais dos parâmetros relacionados à maturidade sexual, tais como, índice gonadossomático (IGS) e fator de condição (K) (VAZZOLER, 1996; CHELLAPPA et al., 2003).

3.9 Análises dos dados

As distribuições de dados brutos foram verificadas quanto à normalidade e transformados quando necessários. As relações peso e comprimento foram determinados utilizando dados logaritmicamente transformados. Testes de correlação de Pearson foram realizados para determinar: se os caracteres morfométricos mostraram uma relação linear significativa com o comprimento padrão; a correlação entre o peso-comprimento; e as relações entre a fecundidade e comprimento, fecundidade e peso das gônadas. O teste do qui-quadrado (ꭓ2) foi aplicado para verificar possíveis diferenças entre as proporções estabelecidas. Um nível de significância de 0,05 foi adotado para todos os testes.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados dessa monografia estão apresentados em forma de artigo científico.

Artigo.

Titulo: Biologia reprodutiva do peixe traíra, Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) (Characiformes: Erythrinidae) no açude Marechal Dutra, Rio Grande do Norte, Brasil

Autores: Mayglanne Cristina Barbosa da Costa Lima1, Rayssa Dantas de Lira1, Nirlei Hirachy Costa Barros1, Wallace Silva do Nascimento1, Sathyabama Chellappa1.

1. Departamento de Oceanografia e Limnologia, Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Av. Governador Silvio Pedroza, S/N (Via Costeira), Areia Preta, 59014-002, Natal, RN, Brasil.

*Autor para correspondência: mayglanne@hotmail.com

Publicado na revista: Biota Amazônia ISSN: 2179-5746 (v. 7, n. 2, p. 21-25, 2017)

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Biologia reprodutiva do peixe traíra, Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) (Characiformes: Erythrinidae) no açude Marechal Dutra, Rio Grande do Norte,

Brasil

RESUMO: O presente trabalho verificou a biologia reprodutiva do peixe Neotropical traíra, Hoplias malabaricus (Bloch, 1794). O estudo foi realizado no açude Marechal Dutra da bacia hidrográfica do rio Piranhas-Assu, Rio Grande do Norte, Brasil. As capturas dos peixes foram realizadas mensalmente de agosto/2015 a junho/2016. Os peixes foram identificados taxonomicamente, pesados, medidos e o sexo foi identificado. Os seguintes aspectos foram verificados: comprimento total, peso total, proporção sexual, tipo de crescimento, comprimento de primeira maturação sexual (L50), aspectos do desenvolvimento das gônadas, fator de condição (K) e índice gonadossomático (IGS). Foram capturados 141 exemplares de H. malabaricus e a proporção sexual foi de 1M:1,4F. O comprimento total para sexos agrupados variou de 12,7 cm a 41,5 cm (32,4 ± 7,0) e o peso total variou de 18,0 g a 1028,0 g (456,7 ± 230,1). O valor do coeficiente angular (θ) foi (θ = 3,1552) para machos e (θ = 3,0916) para fêmeas, o que indica um crescimento isométrico. O valor do L50 foi de 32,6 ± 0,97 cm para machos e 31,5 ± 0,77 cm para as fêmeas. Os estádios de maturação das gônadas observados foram: imaturo, em maturação, maturo e esvaziado. O IGS para sexos teve picos em agosto (1,78 ± 1,96), dezembro (3,87 ± 12,01), fevereiro (1,41 ± 1,58) e abril (1,79 ± 2,72). Foi observada uma correlação negativa entre o fator de condição e o índice gonadossomático (r = -0.7187; p > 0.05), sugerindo assim a utilização das reservas de energia durante a maturação gonadal e período reprodutivo. Baseado no valor do L50 verificado recomenda-se que H.

malabaricus seja capturado acima 25,7 cm de comprimento total, assim assegurando seus estoques pesqueiros no açude Marechal Dutra do Rio Grande do Norte, Brasil.

Palavras-chave: H. malabaricus, aspectos reprodutivos, proporção sexual, comprimento da primeira maturação sexual, índice gonadossomático.

ABSTRACT. Reproductive biology of tiger characin, Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) (Characiformes: Erythrinidae) from Marechal Dutra reservoir, Rio Grande do Norte, Brazil. This study verified the reproductive biology of a neotropical fish, Hoplias malabaricus (Bloch, 1794). Present study was conducted in the Marechal Dutra reservoir, of Piranhas-Assu hydrographic basin, Rio Grande do Norte, Brazil. The fish

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were captured monthly from August, 2015 to June, 2016. Fish were identified taxonomically, weighed, measured and sex was identified. The following aspects were checked: total body length, total weight, sex ratio, type of growth, length of first sexual maturity (L50), aspects of gonad development, condition factor (K) and gonadossomatic index (GSI). A total of 141 individuals of H. malabaricus were captured and the sex ratio was 1M: 1.4F. The total length of grouped sex varied from 12.7 cm to 41.5 cm (32.4 ± 7.0) and the total weight varied from 18.0 g to 1028.0 g (456.7 ± 230.1). The value of angular coefficient (θ) was 3.1552 for males and 3.0916 for females, indicating isometric growth. The value of L50 was 32.6 ± 0.97 for males and 31.5± 0.77 cm for females. The gonad maturity stages observed were: immature, maturing, mature and spent. The GSI of grouped sex showed peaks in August (1.78 ± 1.96), December (3.87 ± 12.01), February (1.41 ± 1.58) and April (1.79 ± 2.72). There was a negative correlation between condition factor (K) and GSI (r = -0.7187; p > 0.05), thus suggesting the use of energy reserves during maturation and reproductive period. Based on the value of L50 it is recommended that H. malabaricus should be captured above 25.7 cm of total body length, in order to conserve the fish stocks in the Marechal Dutra reservoir of Rio Grande do Norte, Brazil.

Keywords: H. malabaricus, reproductive aspects, sex ratio, length at first sexual maturation, gonadossomatic index.

1. Introdução

As bacias hidrográficas sob o domínio do semiárido apresentam características peculiares, como regime intermitente e sazonal de seus rios, reflexo direto das precipitações escassas e irregulares, associadas à alta taxa de evaporação hídrica. Essas condições climáticas exercem importante papel na organização e funcionalidade dos ecossistemas aquáticos, onde as espécies presentes desenvolvem diversas adaptações para a sobrevivência, que acarretam em competições intra e interespecífica, alterações na estrutura das comunidades, disponibilidade de recursos naturais e estratégias reprodutivas (ROSA et al., 2005). A ictiofauna das bacias hidrográficas do semiárido representa o resultado de processos ecológicos que determinaram a adaptação de espécies às condições climáticas e o regime hidrológico da região. A compilação taxonômica dos peixes que ocorrem no bioma Caatinga revelou a presença de 240 espécies, distribuídas em sete ordens (ROSA et al., 2005).

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As estratégias reprodutivas dos peixes englobam táticas extremas, que permitiram sua adaptação a ambientes nos quais tanto as condições bióticas, quanto às abióticas, variam amplamente no espaço e no tempo (VAZZOLER, 1996; CHELLAPPA et al., 2009). As principais táticas que compõem a estratégia reprodutiva de peixes são: tamanho corporal, relação peso-comprimento, proporção sexual, tamanho da primeira maturação sexual, desenvolvimento das gônadas e índice gonadosomático (IGS) (CHELLAPPA et al., 2009). Estudos sobre estratégias reprodutivas são de grande interesse, pois além da melhor compreensão da história de vida de diferentes organismos podem conduzir a implicações evolutivas permitindo discussões sobre os processos reprodutivos ocorridos no passado, que provocaram, em última instância, a especiação ictiológica.

No Rio Grande do Norte, foram realizados estudos em relação aos aspectos reprodutivos das várias espécies de peixes de água doce. Por exemplo: do tucunaré, Cichla monoculus (CÂMARA et al., 2002; CHELLAPPA et al., 2003); do cangati, Parauchenipterus galeatus e da pirambeba, Serrasalmus maculatus (MEDEIROS et al., 2003); do cascudo, Hypostomus pusarum (BUENO et al., 2006; PESSOA et al., 2013); da cará, Cichlasoma orientale (GURGEL et al., 2011); da jacundá, Crenicichla menezesi (ARAÚJO et al., 2012a); da sardinha de água doce, Triportheus angulatus (ARAÚJO et al., 2012b); do curimatã comum, Prochilodus brevis (GURGEL et al., 2012); do piaba, Astyanax lacustris (SILVA et al., 2012); do piau preto, Leporinus piau (NASCIMENTO , 2010; SILVA FILHO et al., 2012); da branquinha, Psectrogaster rhomboides (ARAÚJO et al., 2013); do mussum, Synbranchus marmoratus (BARROS et al., 2013); do peixe anual, Hypsolebias antenori (NASCIMENTO et al., 2013) além das táticas e as estratégias reprodutivas de várias espécies de peixes dulcícolas (CHELLAPPA et al., 2009; 2013; BARROS et al., 2016). Essas pesquisas têm servido de parâmetros para o entendimento dos mecanismos que envolvem a perpetuação, manejo e exploração racional das espécies. Contudo, não há trabalhos científicos publicados sobre biologia reprodutiva da traíra, Hoplias malabaricus no Rio Grande do Norte.

A traíra, Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) é um peixe neotropical pertencente à família Erythrinidae, que possui uma ampla distribuição geográfica, ocorrendo em quase todas as bacias hidrográficas da América do Sul (NELSON, 1994). H. malabaricus caracteriza-se morfologicamente por um corpo alongado e cilíndrico, cabeça alargada com boca ampla e ramo mandibular saliente. A nadadeira caudal é arredondada com pontos escuros, ás vezes ordenados formando faixas. O dorso e lado do corpo apresentam manchas escuras ou barras irregulares e três listras pouco visíveis atrás dos olhos. Em

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vista dorsal, observa-se a mandíbula ultrapassando francamente a maxila superior, estando à boca fechada (AZEVEDO; GOMES, 1943). H. malabaricus é um peixe predador de topo de cadeia alimentar, apresentando extrema importância na pesca artesanal e comercial (PETRY, 2005). A abundância desta espécie em áreas dulciaquícolas do semiárido nordestino faz com que seja utilizada para alimentação das comunidades pesqueiras.

O presente trabalho verificou os aspectos reprodutivos da traíra, H. malabaricus, no açude Marechal Dutra, Rio Grande do Norte, Brasil, a fim de fornecer informações necessárias para manejo e conservação dessa espécie.

2. Materiais e Métodos

Área de estudo

O estudo foi realizado no açude Marechal Dutra da bacia hidrográfica do rio Piranhas-Assu, RN, localizado a 6°24’06,87” S e 36°35’07,23” W (Figura 1). Esta bacia é totalmente inserida na região do semiárido e abrange um território de 44.000 km² distribuído entre os Estados da Paraíba e Rio Grande do Norte. O açude Marechal Dutra, conhecido popularmente como Gargalheiras, situa-se 6° 26' 24" de Latitude S e a 36° 38' 00" de Longitude W, a 7 km de distância da sede do Município de Acari, sua construção foi iniciada no ano de 1956 e concluída no ano de 1959.

Figura 1. Área de estudo: o açude Marechal Dutra da bacia hidrográfica do rio Piranhas-Assu, RN (BARROS, 2016).

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Coleta dos exemplares e procedimentos

As capturas dos peixes foram realizadas mensalmente nos afluentes da bacia Piranhas-Assú, durante o período de agosto 2015 a junho de 2016, com auxílio de pescadores locais, que utilizaram redes de espera. Os peixes capturados foram levados em caixas de isopor de 25 L ao laboratório. A taxonomia dos peixes foi verificada com guias de identificação (BRITSKI et al., 1984). Os peixes foram pesados em uma balança de precisão. Foram tomadas para cada exemplar as seguintes medidas morfométricas e verificações anatômicas: comprimento total, peso total, verificação do sexo e fase de maturação das gônadas (VAZZOLER, 1996).

A análise em comprimento e peso baseou-se na distribuição das frequências relativas mensais de comprimento total (com intervalos de 6 cm) e peso total (com intervalos de 205 g). A relação peso-comprimento foi realizada através da distribuição dos pontos empíricos individuais destas variáveis e pela dispersão destes (FROESE, 2006).A relação peso-comprimento foi determinada pela equação: Wt = a. Ltb, onde Wt é o peso total(g), Lt é o comprimento total (cm), a é o interceptor da regressão e b é o coeficiente da regressão (FROESE,1998; JOBLING, 2008). Para a determinação do comprimento da primeira maturação sexual, foram agrupadas as gônadas de machos e fêmeas utilizando-se apenas de indivíduos adultos. De acordo com a distribuição das frequências relativas acumuladas por classes de comprimento total (MORENO et. al., 2005).

Os peixes foram dissecados e as gônadas foram removidas, pesadas e examinadas para identificar os sexos. A proporção entre os sexos foi verificada através da análise de distribuição de frequência relativa mensal de ambos os sexos durante o período de estudo (MORENO et al., 2005). Foram observados os seguintes caracteres das gônadas dos exemplares de peixes: tamanho, formato, coloração, presença de vasos sanguíneos, presença de ovócitos visíveis, rigidez, grau de turgidez e a proporção ocupada na cavidade abdominal. A partir das observações identificou-se a fase macroscópica do desenvolvimento dos ovários e testículos (VAZZOLER, 1996).

O índice gonadossomático, foi calculado de acordo com a fórmula de Wootton et al.(1978): IGS = (Wg/Wt) x 100. O período reprodutivo da espécie foi determinado através da variação da média mensal do índice gonadossomático (IGS) (VAZZOLER, 1996). O fator de condição (K) foi calculado usando a equação K = Wt / Ltb. Uma única equação peso e comprimento (W = Alb) foi ajustada para estimar o valor de coeficiente

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b, utilizando-se os dados obtidos a partir de todos os indivíduos coletados (FROESE, 2006).

3. Resultados

Foram capturados 141 exemplares de H. malabaricus durante o período de agosto 2015 a junho de 2016, sendo 82 fêmeas e 59 machos. A proporção sexual foi de 1M:1,4F, diferindo do esperado (1:1). Os resultados mostram uma predominância de fêmeas (58,16%) durante o período de estudo (Figura 2). O comprimento total para sexos agrupados variou de 12,7 cm a 41,5 cm (32,4 ± 7,0) (Figura 3a) e o peso total variou de 18,0 g a 1028,0 g (456,7 ± 230,1) (Figura 3b). Foram registradas fêmeas maiores e mais pesadas que os machos.

Figura 2. Frequência mensal de ocorrência dos machos e fêmeas de H. malabaricus capturados no açude Marechal Dutra, RN no período de agosto de 2015 à junho de 2016.

O coeficiente angular da relação peso-comprimento foi (θ= 3,00), indicando um crescimento do tipo isométrico (Figura 4). Para H. malabaricus, o tamanho no qual 50% das fêmeas e machos que iniciaram o processo de maturação gonadal (L50) foi de 25,7 ± 0,97 cm para machos e 25,7 ± 0,77 cm para fêmeas de comprimento (Figura 5).

0 2 4 6 8 10 12 Fr e q u ê n ci a ab solut a meses Machos Fêmeas

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Figura 3. a) Frequência relativa do comprimento total (cm) para machos e fêmeas; b) Frequência relativa do peso total (g) para machos e fêmeas de H. malabaricus, capturados no açude Marechal Dutra, RN no período de agosto de 2015 à junho de 2016.

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Figura 4. Relação peso-comprimento distribuídos em pontos empíricos individuais de H. malabaricus, para machos e fêmeas, capturados no açude Marechal Dutra, RN no período de agosto de 2015 à junho de 2016.

Figura 5. Comprimento da primeira maturação sexual (L50) para machos e fêmeas de H.

malabaricus, capturados no açude Marechal Dutra, RN no período de agosto de 2015 à junho de 2016. Machos LT = 0.007WT3.1552 r² = 0.9572 Fêmeas Lt= 0.008Wt3.0916 r² = 0.9401 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 10 15 20 25 30 35 40 45 W t (g ) Lt (cm) Machos Fêmeas 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 5 - 10 10 - 15 15 - 20 20 - 25 25 -30 30 - 35 35 - 40 40 - 45 % d e in d ivíd u o s ad u lt o s Lt (cm) Machos Fêmeas

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A espécie apresentou os quatro estádios de desenvolvimento gonadal, sendo imaturo, em maturação, maduro e esvaziado (Tabela 1). O IGS para sexos agrupados apresentou um pico em agosto (1,78 ± 1,96), dezembro (3,87 ± 12,01), fevereiro (1,41 ± 1,58) e abril (1,79 ± 2,72) e nos meses de novembro (0,62 ± 0,99), janeiro (0,50 ± 1,12) e maio (0,46 ± 0,82) indicaram seus menores valores. As variações temporais do fator de condição (K) demonstraram alta amplitude, onde os maiores valores ocorreram nos meses de junho, outubro, dezembro e fevereiro (K = 0,014 ± 0,001), e os menores em agosto, março, abril e maio (K = 0,010 ± 0,001). Houve um pico em fevereiro (K = 0,015 ± 0,008) e um valor mais baixo em maio (K = 0,010 ± 0,003) (Figura 6). Foi observada uma correlação negativa entre o fator de condição e o índice gonadossomático.O aumento da relação gonadossomática nos meses de agosto, dezembro, fevereiro e abril reflete um aumento do peso das gônadas, sendo possível inferir que o período reprodutivo de H. malabaricus seja durante esta época.

Figura 6. Valores médios mensais de índice gonadossomático (IGS) e fator de condição (K) e para sexos agrupados de H. malabaricus, capturados no açude Marechal Dutra, RN no período de agosto de 2015 à junho de 2016.

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Tabela 1. Descrição macroscópica das gônadas de machos e fêmeas de H. malabaricus e seus diversos estádios de maturação: I – imaturo; II - em maturação, III – maduro e IV - esvaziado.

4. Discussão

A proporção sexual foi de 1M:1,4F com uma predominância das fêmeas na maioria dos meses, exceto nos meses de fevereiro, março e maio. Sendo considerada estatisticamente próximo ao valor esperado, que é 1M:1F. Gurgel (2004) obteve resultados semelhantes para as espécies Astyanax fasciatus, onde houve um predomínio de fêmeas na proporção entre os sexos. Este parâmetro em peixes varia ao longo do ciclo de vida em função de eventos sucessivos que atuam de modo distinto sobre os indivíduos de cada sexo, constituindo uma tática reprodutiva (VAZZOLER, 1996). Araújo; Gurgel (2002) esclarece que os desvios observados na proporção de 1:1 são, muitas vezes, consequência de uma taxa de crescimento diferenciada entre fêmea e machos, o que pode ocasionar captura preferencial em maior ou menor escala dos exemplares de um dos sexos.

ESTÁDIO MACHO FÊMEA

Imaturo (I) Os testículos apresentaram-se filiformes e tamanhos reduzidos. Imaturo (I) Os ovários apresentaram-se filiformes e tamanhos reduzidos. Em maturação (II) Os testículos apresentaram tamanhos variados de acordo com o grau de desenvolvimento. Em maturação (II) Os ovários mudaram a coloração de translúcida para avermelhada, aumentando de tamanho. Maduro (III) Os testículos apresentaram tamanhos variados de acordo com o grau de desenvolvimento.

Maduro (III)

Os ovários mostraram uma coloração avermelhada, aumentando de tamanho com presença de ovócitos visíveis.

Esvaziado (IV)

Os testículos mostraram tamanho reduzido com um aspecto flácido.

Esvaziado (IV)

Os ovários mostraram tamanho reduzido com um aspecto flácido.

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A relação peso-comprimento foi determinada pela seguinte fórmula para sexos agrupados: Wt = 0,0122Lt3,00, baseado nesta equação e diante do valor do coeficiente angular (b = 3,00), determinou-se para a espécie um crescimento do tipo isométrico, no qual um indivíduo apresenta um ganho de peso e comprimento relativamente iguais, corroborando com o encontrado por Barbieri; Marins (1990), estudando a mesma espécie, encontraram valores de coeficiente (b = 3,11). Os parâmetros da relação peso-comprimento em peixes podem ser afetados por fatores como condições ambientais, maturidade gonadal, sexo, condição de saúde, população e as diferenças dentro das espécies (FROESE, 2006).

O início da maturidade sexual representa uma transição crítica na vida de um indivíduo de acordo com Wootton (1998), seu conhecimento é um elemento fundamental na adequação dos métodos de exploração e na tomada de decisões que visem à proteção das populações naturais, dados importantes para a biologia pesqueira. O comprimento da primeira maturação sexual (L50) obtido no estudo foi de 25,7 ± 0,77 cm para fêmeas e 25,7 ± 0,97 cm para machos. Resultados diferentes foram encontrados por Barbieri (1989), na represa de Monjolinho, São Carlos, SP, onde a primeira maturação gonadal da traíra foi estimada em 16,7 cm, e na represa do Rio Pardo onde o comprimento de primeira maturação foi de 13,5 cm. Barbieri; Marins (1990) estudando a traíra na represa do Lobo, SP, encontraram o valor de 15,5 cm, enquanto Barbieri; Marins (1990) afirma que H. malabaricus da savana de Repununi (Guiana) atinge maturação com 20 cm de comprimento padrão, o que está próximo dos resultados obtidos nesta pesquisa. O tamanho da primeira maturação pode variar entre indivíduos da mesma espécie, cujas populações estão sujeitas a diferentes condições ambientais (WOOTTON, 1990).

Presente estudo descreve as características macroscópicas dos ovários e testículos durante os quatro estádios de desenvolvimento gonadal, sendo imaturo, em maturação, maduro e esvaziado. Descrição histológica de gônadas de H. malabaricus do açude do rio Gramame em Paraíba identificou sete estádios gonadais microscópicas para fêmeas e cinco para machos (MARQUES et al., 2000).

O IGS para sexos agrupados apresentou vários picos ao logo do período de estudo. A análise do IGS revelou que a atividade reprodutiva da espécie é mais acentuada no mês de dezembro, quando os valores do índice gonadossomático (IGS) são maiores. Os vários picos reprodutivos da traíra mostram a sua característica de desova parcelada da espécie.

Foi constatada uma correlação negativa entre o fator de condição e o índice gonadossomático, sugerindo a utilização das reservas de energia durante a maturação

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gonadal e período reprodutivo (CHELLAPPA et al., 1989; 1,995; HUNTINGFORD et al., 2001).

O período relativamente longo da reprodução de H. malabaricus (BARBIERI; MARINS, 1990) sugere um mecanismo de desova do tipo parcelada (VAZZOLER, 1996). Esse parcelamento é considerado como uma adaptação da espécie para evitar a competição pelo local de desova entre reprodutores e pelo alimento das larvas (NIKOLSKY, 1963). Por outro lado, esse tipo de estratégia pode ainda assegurar a manutenção das populações frente à elevada mortalidade provocada por turbulências ambientais, como rápidas flutuações dos níveis de descarga de água, o que pode acarretar arrastes de ovos e larvas resultando em elevadas taxas de mortalidade (BARROS, 2016).

5. Conclusão

Estudos relacionados à biologia reprodutiva dos peixes geram subsídios para uma melhor compreensão quanto à conservação e manejo das espécies, bem como a manutenção dos estoques pesqueiros. A população de H. malabaricus apresentou uma proporção sexual próxima a esperada de 1M:1F. A relação peso/comprimento indica que os machos e as fêmeas apresentam um ganho de peso e comprimento total relativamente igual. No presente trabalho valores superiores de L50 foram observados em relação aos outros estudos com a mesma espécie. As características macroscópicas dos ovários e testículos revelaram quatro estádios de desenvolvimento gonadal: imaturo, em maturação, maduro e esvaziado. Baseado no valor do L50 encontrado recomenda-se que

H. malabaricus seja capturado acima 25,7 cm de comprimento, assegurando seus estoques pesqueiros no açude de Marechal Dultra, RN.

6. Agradecimentos

Os autores agradecem ao ProPesq/UFRN e ao Conselho de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Brasil (CNPq) pelo suporte financeiro durante a pesquisa.

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5. CONCLUSÃO

Os estudos realizados sobre os aspectos reprodutivos do peixe traíra, Hoplias malabaricus no Açude Marechal Dutra, Rio Grande do Norte, nos permitiram as seguintes conclusões. A população de H. malabaricus apresentou uma proporção sexual próxima a esperada de 1M:1F, com uma predominância de fêmeas, porém não apresentando diferença significativa. A relação peso/comprimento indica que os machos e as fêmeas apresentam um ganho de peso e comprimento total proporcionais. Neste trabalho, os valores obtidos para L50 foram superiores aos registrados anteriormente para a mesma espécie. IGS e K apresentaram uma correlação negativa, indicando a possibilidade de direcionamento energético durante o período reprodutivo de H. malabaricus. O IGS para sexos agrupados apresentou vários picos durante o período de estudo, revelando uma atividade mais acentuada no mês de dezembro, mostrando com esses picos característica de desova parcelada da espécie. As características macroscópicas dos ovários e testículos revelaram quatro estádios de desenvolvimento gonadal: imaturo, em maturação, maduro e esvaziado. Baseado no valor do L50 encontrado recomenda-se que H. malabaricus seja capturado acima 25,7 cm de comprimento, assegurando seus estoques pesqueiros no açude de Marechal Dultra, RN. Estudos relacionados à biologia reprodutiva dos peixes geram subsídios para uma melhor compreensão quanto à conservação e manejo das espécies, bem como a manutenção dos estoques pesqueiros.

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6. REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GERAIS

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ANEXOS

Anexo I – Trabalho apresentado no III SIBECORP – Simpósio Iberoamericano de Ecologia Reprodutiva, Recrutamento e Pesca - realizado no período de 22 a 26 de Novembro de 2015.

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Anexo I – Trabalho apresentado no III SIBECORP – Simpósio Iberoamericano de Ecologia Reprodutiva, Recrutamento e Pesca - realizado no período de 22 a 26 de Novembro de 2015.

Referências

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