UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
NÚCLEO DE ESTUDOS EM SAÚDE COLETIVA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO SOBRE GESTÃO DAS POLÍTICAS DE DST/AIDS, HEPATITESVIRAIS E TUBERCULOSE
CRISTIANE ELISETE ZIMMER SBARDELOTTO
ATUALIZAÇÃO PARA PROFISSIONAIS DA ESF PARA ATENÇÃO INTEGRAL AOS PACIENTES COM SÍFILIS
CRISTIANE ELISETE ZIMMER SBARDELOTTO
ATUALIZAÇÃO PARA PROFISSIONAIS DA ESF PARA ATENÇÃO INTEGRAL AOS PACIENTES COM SÍFILIS
Trabalho de conclusão de curso submetido ao Curso de Especialização sobre Gestão da Política de DST, AIDS, Hepatites Virais e Tuberculose – Educação a distância da Universidade Federal do Rio Grande do Norte para a obtenção do Grau de Especialista.
Orientadora: Márcia Cavalcante Vinhas Lucas
RESUMO
Um dos grandes problemas de saúde na contemporaneidade é o elevado índice das Infecções Sexualmente Transmissíveis, o que vem acarretando grande motivo de preocupação na área da saúde. Como a Sífilis vem ganhando destaque num linear internacional, este projeto tem como objetivo geral Atualizar os profissionais da Atenção Básica para o cuidado integral dos pacientes com Sífilis. E como objetivos específicos atualizar os profissionais da Atenção Básica sobre o teste rápido para Sífilis, atualizar sobre o tratamento dos pacientes com sífilis; quanto à notificação da sífilis e realizar ações de prevenção à sífilis. Pretendemos atender aos doze ESFs, CEM e SAE, totalizando vinte e seis participantes. O Processo de avaliação será realizado durante todo o ano, a partir dos resultados obtidos através de relatórios dos ESF, que estão sendo entregues mensalmente ao SAE para o devido acompanhamento dos dados, bem como dos resultados reagentes, para posterior análise. Pretendemos com a implantação desse Projeto de Intervenção contribuir na diminuição dos casos de sífilis no município, onde serão capacitados e atualizados os profissionais que atuam na rede básica, para prestarmos um atendimento de qualidade à população de Carazinho.
SUMÁRIO - 1. INTRODUÇÃO ...01 2. OBJETIVOS ...04 2.1 Objetivo geral...04 2.2 Objetivos específicos...04 3. METODOLOGIA ...04 3.1 Cenário do Projeto...04
3.2 Elementos do Plano de Intervenção...05
3.3 Fragilidades e oportunidades...06
3.4 Processo de avaliação...08
4.CONSIDERAÇÕES FINAIS ...08
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1. INTRODUÇÃO
A Sífilis adquirida é uma doença infecto-contagiosa sistêmica de evolução crônica, com manifestações cutâneas provocadas por uma espiroqueta. É dividida em evolução recente ou tardia, sua transmissão é sexual na maioria dos casos, na região genitoanal. Na sífilis congênita a infecção é via hematogênica, em qualquer fase gestacional ou estágio clínico da doença materna. A transmissão por via sanguínea é rara nos dias atuais (BRASIL, 2016).
A sífilis congênita é uma doença evitável e deve haver tolerância zero para a sua ocorrência, pois até mesmo um caso representa uma falha do sistema público de saúde. Os profissionais de saúde sabem o que deve ser feito para prevenir a sífilis congênita e suas complicações, que incluem parto de natimorto, prematuridade, hidropsia fetal não imune e mortalidade neonatal (GOMEZ, 2013).
A maioria das pessoas com sífilis podem transmitir aos seus contatos sexuais, por não terem conhecimento da sua infecção, devido à ausência ou escassez de sintomatologia, dependendo do estágio da infecção. Porém a sífilis não tratada pode evoluir para formas mais graves, comprometendo principalmente os sistemas cardiovascular e nervoso (BRASIL, 2016).
O Ministério da Saúde lançou uma ação nacional de combate à sífilis no país, onde a meta é mobilizar gestores e profissionais de saúde para a importância da detecção e tratamento da sífilis durante o pré-natal. Campanha em mídias sociais alerta sobre a prevenção da doença. Diversas ações estão sendo implantadas em todos os municípios todos com a mesma meta a redução da sífilis congênita no país com prazo previsto de um ano. O foco é detectar precocemente a doença no início do pré-natal e encaminhar imediato tratamento com penicilina (Brasil, 2017).
A detecção da sífilis é feita por meio de testes treponêmicos, que podem tanto ser os testes rápidos ou FTA-Abs ou Elisa, e os testes não treponêmicos, como o VDRL ou RPR ou TRUST, a ordem da realização fica a critério do serviço de saúde. O teste rápido quando utilizado como triagem, nos casos de reagentes, deverá ser encaminhada uma amostra ao laboratório para a realização de um teste não treponêmico para confirmação do diagnóstico. Em caso de gestante, o tratamento
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deve ser iniciado imediatamente com apenas um teste reagente, treponêmico ou não treponêmico, sem aguardar o resultado do segundo teste (BRASIL, 2015).
. Por isso, o Ministério da Saúde aumentou em mais de quatro vezes a quantidade de testes distribuídos a estados e municípios, passando de 1,1 milhão em 2001 para 6,1 milhões de testes em 2015. Para as gestantes, a indicação da realização dos testes rápidos é feita já na primeira consulta do pré-natal, daí a importância da conscientização de mães e seus parceiros, para iniciar o pré-natal ainda no primeiro trimestre da gravidez (BRASIL, 2017).
“Um grande desafio é o início precoce, já que culturalmente as mulheres tendem a procurar o médico apenas quando a barriga aparece, o que diminui as chances de cura da sífilis para a mãe e facilita a transmissão da doença para o bebê”, explica a diretora do Departamento de HIV, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Adele Benzaken. (BRASIL, 2017).
O Parecer Normativo Nº01/2012 que o Ministério da Saúde articulou com o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), autorizando a realização dos testes rápidos por técnicos e auxiliares sob supervisão de um enfermeiro, vem a contribuir para a ampliação do acesso aos testes rápidos, e no diagnóstico precoce da doença. O parecer normativo se baseia em dispositivos anteriores já revogados pelo Ministério da Saúde, considerando a atualização nos procedimentos de testes rápidos, ressaltando que os testes rápidos são de fácil execução, não exigem infraestrutural laboratorial e ficam prontos em até 30 minutos. Porém estamos no aguardo de novas recomendações do Ministério da Saúde. Este parecer está disponível no site do (COFEN,2016).
Todos os tipos de sífilis – adulto, em gestantes e congênitas (em bebês) são de notificação obrigatória no país há, pelo menos, cinco anos. Segundo dados do Boletim Epidemiológico de 2016, entre os anos de 2014 e 2015, a sífilis adquirida teve um aumento de 32,7%, a sífilis em gestantes 20,9% e congênita, de 19% (BRASIL, 2016).
Em 2015, o número total de casos notificados de sífilis adquirida no Brasil foi de 65.878. No mesmo período, a taxa de detecção foi de 42,7 casos por 100 mil habitantes e a maioria são em homens, 136.835 (60,1%). No período de 2010 a junho de 2016, foi registrado um total de 227.663 casos de sífilis adquirida (BRASIL, 2016).
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Em gestantes, no ano de 2015, a taxa de detecção da sífilis foi de 11,2 casos de sífilis em gestantes a cada 1.000 nascidos vivos, considerando o total de 33.365 casos da doença. Já de janeiro de 2005 a junho de 2016, foram notificados 169.546 casos. Com relação à sífilis congênita, em bebês, em 2015, foi notificado 19.228 casos da doença, uma taxa de incidência de 6,5 por 1.000 nascidos vivos. De 1998 a junho de 2016, foram notificados 142.961 casos em menores de um ano. O incremento entre os anos de 2013 e 2014 foi de 26,77% e entre os anos de 2014 e 2015 foi de 20,91% no número absoluto de casos novos diagnosticados (BRASIL, 2016).
No município de Carazinho, conforme dados do SINAN, no ano de 2013 foram notificados 21 (Vinte e um) casos de sífilis adquirida; em 2014: 22 (vinte e dois) casos; em 2015: 110 (cento e dez) casos de sífilis e em 2016: 94 (noventa e quatro) casos notificados.
Analisando os dados registrados percebemos o grande aumento dos casos notificados de 2014 a 2015, onde se percebe que houve um aumento significativo sobre os anos anteriores, justifica-se a vinda da testagem rápida que nos auxiliou no diagnóstico precoce das doenças, pois muitos pacientes são assintomáticos e nem imaginam que possuem a doença.
Quanto às sífilis em gestante encontramos em 2013: sete casos, em 2014: onze casos, em 2015: 27 casos e em 2016: treze casos, enquanto na sífilis congênita tivemos registrados em 2013: dois casos, em 2014: um caso, em 2015: nenhum caso, em 2016: três casos. Apesar do grande número de casos de sífilis em gestante, pudemos observar que houve pouquíssimos casos na sífilis congênita, isso se deve ao diagnóstico e tratamento correto durante a gestação.
O município de Carazinho está mobilizado nas ações preconizadas pelo Ministério da Saúde no Combate à Sífilis tanto adquirida quanto gestacional e congênita, onde estão previstos o incentivo à realização do pré-natal precoce, ainda no primeiro trimestre da gestação; ampliação do diagnóstico (por meio de teste rápido); tratamento oportuno para a gestante e seu parceiro; incentivo à administração de penicilina benzatina, considerada o único medicamento seguro e eficaz na prevenção da sífilis congênita. Também nas ações de educação permanente para qualificação de gestores e profissionais de saúde.
A partir dessa mobilização e da oportunidade de participar do CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO SOBRE GESTÃO DAS POLÍTICAS DE DST/AIDS,
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HEPATITESVIRAIS E TUBERCULOSE, identificou-se uma lacuna referente aos conhecimentos e habilidades dos profissionais de saúde da atenção básica para promover a atenção integral aos pacientes com sífilis. Esse Projeto de Intervenção tem por objetivo suprir essa lacuna promovendo uma atualização na temática para as equipes de saúde integrantes desses serviços.
2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral
Atualizar os profissionais da atenção básica para o cuidado integral dos pacientes com sífilis.
2.2 Objetivos específicos
Atualizar os profissionais da Atenção Básica sobre teste rápido para Sífilis.
Atualizar os profissionais da Atenção Básica sobre tratamento dos pacientes com sífilis.
Atualizar os profissionais quanto à notificação da sífilis. Realizar ações de prevenção à sífilis.
3. METODOLOGIA
3.1 Cenário do projeto de intervenção
O município de Carazinho, na região Norte do Rio Grande do Sul, tem uma população estimada de 62.193 habitantes (IBGE, 2016), está enfrentando uma epidemia de casos de sífilis adquirida, e muito se dá pela vinda da testagem rápida que veio a auxiliar no diagnóstico precoce da doença e no seu tratamento, porém nosso maior problema é na continuidade do tratamento.
Possuímos doze Estratégias de Saúde da Família no município de Carazinho, e estes abrangem 70% da população Carazinhenze.
A atualização contemplará todos os serviços de ESF do município, o SAE (Serviço de Assistência Especializada) e o CEM (Centro de Especialidades Médicas).
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Participarão da atualização quatorze enfermeiros, doze dos serviços de ESF, um do SAE e um do CEM, além de doze médicos dos serviços de ESF, totalizando 26 participantes.
As atividades de atualização serão realizadas no salão de atividades do SAE, fundos da Secretaria Municipal de Saúde, no período de maio a dezembro de 2017.
Cada atividade terá a duração de 2 a 4 horas aula, durante as quais serão utilizados recursos pedagógicos tais como: POWER POINT, para apresentação teórica sobre a Sífilis, após a parte prática da realização da testagem, em outro momento serão realizados estudos de caso, bem como rodas de conversa sobre o tema.
3.2 Elementos do plano de intervenção
OBJETIVOS AÇÕES PRAZO METAS
Atualizar os profissionais da Atenção Básica sobre teste rápido para Sífilis.
Reunir os profissionais da Atenção Básica para tirar dúvidas quanto a testagem rápida, da sua realização, materiais necessários, questões de
armazenamento e
estabilidade dos testes, bem como da leitura e
interpretação dos mesmos. Teoria depois a prática
Maio/17 À Junho/17 Profissionais capacitados com autonomia absoluta na realização da testagem rápida bem como entrega de resultados. Melhorar o acesso aos pacientes quanto à testagem rápida e garantir a qualidade do atendimento aos pacientes. Atualizar os profissionais da Atenção Básica sobre tratamento dos pacientes com sífilis.
Reunir os médicos da Atenção Básica para sanar dúvidas quanto ao
tratamento adequado bem como a administração do tratamento no momento do diagnóstico na própria unidade.
Entregar cópia do protocolo Clínico e Diretrizes
Terapêuticas (PCDT) um por unidade.
Informações técnicas quanto ao manejo da sífilis, protocolo simplificado de tratamento para consulta rápida.
Julho/2017 Profissionais mais atuantes e capacitados para o tratamento adequado da sífilis. Interromper a cadeia de transmissão. Promover a educação continuada. Atualizar os profissionais quanto à notificação da sífilis
Reunir os profissionais para esclarecer dúvidas quanto ao preenchimento correto e completo das notificações
Maio/17 À Julho/17 Fichas de notificação preenchidas de forma correta com
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da sífilis.
Entregar os modelos das fichas de notificação para o devido registro na unidade e posterior envio à
Vigilância Epidemiológica.
investigação de casos e fechamento dos mesmos para posterior análise de dados encontrados. Realizar Ações de
Prevenção à Sífilis
Envolver a Atenção Básica nas campanhas de prevenção à sífilis utilizando datas
importantes durante todo o ano, como o carnaval, dia dos namorados e outras datas importantes. Entregar material educativo e insumos de prevenção para serem distribuídos nas unidades e entregues à população nas campanhas de prevenção. Ano todo/17 Datas comemorativa s Dia dos Namorados Dia Nacional da sífilis Dia Nacional da AIDS Atingir o máximo de pessoas para realizarem a testagem rápida, oferecendo em diferentes datas a testagem, garantindo o acesso a toda população,
A notificação, a investigação de casos, o diagnóstico, o tratamento adequado e a implementação de medidas para a prevenção de novos casos de sífilis contribuirão para a redução dos casos rumo à eliminação da doença
3.3 FRAGILIDADES E OPORTUNIDADES
AÇÃO FRAGILIDADE OPORTUNIDAD
E Reunir os profissionais da
Atenção Básica para tirar dúvidas quanto a testagem rápida, da sua realização, materiais necessários, questões de
armazenamento e estabilidade dos testes, bem como da leitura e interpretação dos mesmos.
A maioria dos profissionais já foram capacitados, uma minoria tem dúvidas sobre a manipulação dos testes bem como da sua interpretação e leitura.
Momento oportuno de rever conceitos e principais
deficiências da aplicação dos testes.
Reunir os médicos da Atenção Básica para sanar
Mesmo com toda informação disponível percebemos que
Este momento de atualização será
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dúvidas quanto ao
tratamento adequado bem como a administração do tratamento no momento do diagnóstico na própria unidade. Entregar cópia do protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) um por unidade. Informações técnicas quanto ao manejo da sífilis, protocolo simplificado de tratamento para consulta rápida.
alguns profissionais tem dúvidas quanto ao tratamento adequado quando o resultado do VDRL dá 1:1 que seria cicatriz sorológica. E muitas dúvidas quanto ao manejo desses pacientes.
muito importante para sanar dúvidas e a correta aplicação do tratamento seguindo o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT). Reunir os profissionais para esclarecer dúvidas quanto ao preenchimento correto e completo das notificações da sífilis. Entregar os modelos das fichas de notificação para o devido registro na unidade e posterior envio à Vigilância
Epidemiológica.
Dificuldades quanto ao preenchimento completo e correto de dados nas fichas de notificação do SINAN que a princípio parecem tão simples, mas tornaram-se complexos quando exigidos corretamente, principalmente quanto a notificação das gestantes, da carteira de gestante e do companheiro, número de doses aplicadas e real tratamento aplicado. Reforçar a importância do preenchimento de todos os campos da notificação para posterior análise de dados e discussão de casos. Dados mais fidedignos sobre a doença.
Envolver a Atenção Básica nas campanhas de
prevenção à sífilis utilizando datas
importantes durante todo o ano, como o dia dos
Sempre há resistência de alguns profissionais na participação de campanhas.
Incentivar para que todos os ESFs realizem Campanhas de prevenção para atingir o maior
Oportunidade de envolver o máximo de profissionais nessas campanhas de conscientização e mobilização,
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namorados, Dia Nacional da AIDS e outras datas importantes.
Entregar material educativo e insumos de prevenção para serem distribuídos nas unidades e entregues à população nas campanhas de prevenção.
número de pessoas possível. Com o aumento de informação, bem como de diagnóstico precoce, temos que estar preparados para um aumento na cota de exames bem como disponibilidade de tratamento.
atendendo o maior número de pessoas possível.
3.4 PROCESSO DE AVALIAÇÃO
O Processo de avaliação será realizado durante todo o ano, a partir dos resultados obtidos através de relatórios dos ESF, que estão sendo entregues mensalmente ao SAE para o devido acompanhamento dos dados, bem como dos resultados reagentes.
As notificações das unidades serão entregues primeiramente para o SAE, para que sejam analisadas e conferidas e só posteriormente serão encaminhadas ao setor de Vigilância Epidemiológica para digitação no SINAN.
Sabemos que com algumas mudanças solicitadas aos serviços de ESF conseguiremos um registro mais correto e fidedigno, para posterior análise de dados concretos.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS –
Ao final da construção do Projeto de Intervenção, sentimos parte do nosso dever cumprido e orgulhosos por estarmos contribuindo na qualificação dos profissionais que atuam na área, melhorando assim a saúde da população, contribuindo para que tenhamos uma equipe capacitada e atualizada em todos os sentidos.
Pretendemos com a implantação desse Projeto de Intervenção contribuir na diminuição dos casos de sífilis no município, onde serão capacitados e atualizados os profissionais que atuam na rede básica, para prestarmos um atendimento de qualidade à população de Carazinho.
Nestas atualizações dúvidas serão tiradas e fluxos de atendimento criados. Algumas modificações no modo de atendimento já foram acordadas entre os serviços de ESFs,
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onde todas as gestantes que fazem consulta médica, no mesmo dia já realizam sua testagem rápida, assim que tiverem seu resultado BHCG positivo, e posteriormente na próxima consulta será solicitada a presença do companheiro para realizar a testagem também. Sendo reforçado em cada consulta a importância da presença do mesmo em algum momento da gestação, explicando os motivos do mesmo.
Se atuarmos seguindo nas linhas de cuidado, dando toda a assistência necessária aos pacientes e explicando sobre a patologia, com certeza teremos uma população mais consciente e preparada para combater esse que pode ser o mal do século.
Sendo assim o trabalho de hoje será reflexo no futuro, pois esse é um trabalho lento de formiguinha que temos que continuar e não desistir mesmo com as dificuldades encontradas, pois só assim teremos uma melhor qualidade de vida da população do nosso município.
Tivemos a oportunidade através deste Curso de aproximarmos a equipe para ver as reais necessidades dos profissionais, bem como de suas dificuldades e assim contribuiremos na qualificação dos que atuam na Atenção Básica para a atenção integral aos pacientes com sífilis.
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REFERÊNCIAS –
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais. Manual Técnico para Diagnóstico da Sífilis / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais. – Brasília:
Ministério da Saúde, 2016.52 p. : il.
______. Ministério da Saúde. Portal de saúde. Disponível em:
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/26100-ministerio-da-saude-lanca-acao-nacional-de-combate-a-sifilis. Acesso em 11 jan 2017.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis/Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. – Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 120 p.: il.
COFEN. Conselho Regional de Enfermagem. Disponível em :
http://www.cofen.gov.br/ms-defende-aplicacao-de-testes-rapidos-por-profissionais-de-nivel-medio_43051.html. Acesso em 02 abril 2017.
GOMEZ GB, Kamb ML, Newman LM, Mark J, Broutet N, Haw-kes SJ. Untreated maternal syphilis and adverse outcomes ofpregnancy: a systematic review and meta-analysis. Bull WorldHealth Organ. 2013;91:217---26.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em:
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2016/estimativa_tcu.shtm. Acesso em 11 jan 2017.
