CURSO
DE
GRADUAÇÃO
EM
ENFERMAGEM
Integrando
o
homem-pai
no
processo
do
nascimento:
Um
caminho
para
o
fortalecimento
do
vínculo
afetivo
familiar
uu
m
un
|Â11Í1g]íA
A
A
-A
A
A
-A
A
A
A
AA
A
-A
A
a O homA
"A
Ã
DANIELA
DA
SILVA
H1;
KELEN
CRISTINA
DE
ALMEIDA
;;
Í
É
KELLY
CRISTINA
SANTIAGO
C
AA
A
A
A
CSM N.ClIam› TCC UFSC Au o: S' va, Dan'T
u O n eg ando 972 8963 UFSC BSCCSM c fa ._ × LL! CCSM TCC UFSC ENF
0395 ›é E Florianópolis2002
/ 1KELLY
CRISTINA
SANTIAGO
Integrando
o
homem-pai
no
processo
do
nascimento:
Um
caminho
para
o
fortalecimento
do
vinculo
afetivo
familiar
Relatório
da
Prática Assistencial apresentado à disciplinaEnfermagem
Assistencial Aplicada, pertencente à 8”Fase
do
Curso deGraduação
em
Enfermagem.
ORIENTADORA:
MSc.
Maria
Emília de OliveiraSUPERVISORAS:
Enfermeira Dda.
Ana
Maria
FranciscoNunes
Enfermeira
MSc.
Vânia
Sorgatto Collaço dos Santos Enfermeira NeziMaria
MartinsEnfermeira
Mda.
Lindaura dos Santos JulioMEMBRO
DA
BANCA:
MSc.
VitóriaRegina
Petters GregóriocURso
DE
GRADUAÇÃO
EM
ENFERMAGEM
Integrando
o
homem-pai
no
processo
do
nascimento:
Um
caminho
para
o
fortalecimento
do
vinculo
afetivo
familiar
TRABALHO
DE
CONCLUSÃO
DO
CUÍRSO
DE
GRADUAÇÃO
EM
ENFERMAGEM
DA
UFSC
APRESENTADO
À
DISCIPLINA
EN
FERIVIAGEM ASSISTENCIAL
APLICADA
SUBMETIDA
A BANCA EXAMINADORA
EM
28
DE
AGOSTO
DE
2002.ORIENTADORA:
MSc.
Ma.ria.Emí1ia. de OliveiraSUPERVISORAS:
Enfermeira Dda.
Ana
Maria
FranciscoNunes
Enfermeira
MSc.
Vânia
Sorgatto Collaço dos Santos Enfermeira NeziMaria
MartinsEnfermeira
Mda.
Lindaura dos Santos JulioMEMBRO
DA
BANCA:
MSC.
VitóriaRegina
Petters GregórioA
'üeuâç
Olrrigaølopor
nãzrtermoâzfiioazolozyàz
mazrgøwvq
aztraøveíâzdwâf
‹›por'€uzvu'd.azdez¿;ííermoâf
chegado
ovuíe
hqƒø
øâtoumoy.
Eâzpemzmoâz
qvuøvwyguârznøâtøoazmówhoquøqzpaó/fwdøhqëøâcoüuørøwwââ..
Que/
azo¡wgad.az¿q'azuàa×aazoazrre‹lv'az
ú.t'‹l4,solídázréazezfelíg
A03f?0u'×›;
Márioøšbnöâwbøflv,
Lou'/5/9/ElD§od›et¡f\4Maznoølz,
Erovwø
NøLdøqocønoâ×dømwwovv¿dazønoâ‹øv\óâ3na4fmwazvvvê-lazoovw
oowvazføfcƒez
dedziâazçao,
qwørønuwwúazraâwwoyâøuéfâonlfloâz,
pazrouqweznfuzultazyvwgøâf
pvodzââóøvnoyrealizgazr
Obrigadwpwtwdo.
Aoyquøçumzmoâ;
dàwamwøezâóaywnoy, por
dizvezrâowvø/ãøâf
dzegm1wywtermedodz‹rdø¿oovdwawdo;porévrz4oLøonoLezmønoyâ@×
øâpørazvaz, l›1fo=taz\/av
uzmaz
palazvmz
amzízgaz, azmãzof
øâtøvxdâldølz,âvwfzâfr
frøwwo;
vabfwvzdzownwovwâéo-âucøâóo;
o‹¿¡'udúw-m›â‹<›zfø5z-noyâøvxfwo
quâoúmpo1'üzmtøéÚarwwâ×unLwp‹%ó0wqwøamnamoâ×ooan0yâ0Zazda
Aoy
mnoraz;
Críótíuiazvv ez í5ázrZ›a4faz,palwvrøw
são
pmzccovâ»pró1ó¿ma4»døaztoâ×e/âeuzâfatoâzmmitomøajudazvamó
øconwíbdo
wrmhavevdwagradecafpor
‹›/,ytazrezrafucownégârquazvwlérmaióz
preoíàezíz... Foíz
de
g/mzvwlez
valor.
Muuitof
obvúgaqlzw
pala»
compreømãog
camiznhamdo
âøvnprøjwntoâ;
etarnamøvxtø
Em/
øâpeoúalz
ou
Aminhaz,
por
tudazvâéoøpovter
no.vajud,a.øl‹›oon1zâ‹zca×colazl›ora4;olo~
dzérøtazvocrnøââütrazbalhâx
Olrrígadazl
À
Or£‹mz'.udoraz
Mzilaz,pela/
.~
azpow;
por
aafedâítar
ø
acolher
vwyâoy
objefwox
pala/
tr~
de
~w
ezâódââídioypazrw
r~dmwtrwbaÚm
Às' .wparvízávrwãs Avwv,
Lízndouzwøv,
Vâzmiov
ø
¡\}‹›/54'/,a.gradø‹>e/m.0y
pelwâf
WM
oolalrorwçõeâf
qwez
towwwazmz
poââfzívdz øâiëzÉralaalho.
Obrúgado
por
nos/
fivgørefw
acredzútazr
que
vw
trfl4'Váf01"Wwl~§>Õ%f3010
poâzâóvøízg
ezpdfl4×7«¿ÇÕ%'quømohz‹¿rovwvoom.pre‹°/Mâvøamwãadø.
Aoyawmgozg
qvwzâowberazvrvcowapreønder
v\o1›âa×az‹z‹àêm>¿0vezv\oâ×apoiowmwøvwtodoâføâfmomøntoâz
Aoyazfmígoydazdaóâø, øvwøâpeozkzzlzwvazweóóazvialrwøfloâø
Hermøâ;
quøoowàpazfiülmrwwwnoâoowwmøntoydøalegríazyø
tr‹3​°/gwáf
dzwfowltez
opørazwâà
dam
longøu
cazmimlnazdzaz.Aoypac‹íevú'ø3;
vmâfâøfmaior
agr~sã0pMw
qwe;
moâlifazrazwu-.swwwvpreevwwmf
ø
c‹›vuf¿ovv\1?/,y ezíiowuzzrazmz
Aw~
qwøzowlnrwrrudazrâuwpowcelazdø
_ V _ _,,_,,,_ _ `¿f.›,z¿¿¿.â;;;íf«¿«í.1€;¿,¿.;,-;.z¿ .-.;.›;§.;.{_`_:§¿_:,._ zé'
Am
Í
I
í ¡V___¡ gi __¿__;_, ,¿_,¡¿¿ü,,_:4,r,¿,.,š.š;/¬ " 'z".=¶z:í ;-~.=;1;;=, fz#›z;.”-€fz;z'f›^š.?*,*'_¢›Íf2:'¢'>Íz;~; " J 'zí 5-zz?-.›7;'.z"f;‹;.1_1›.` Ê ea~ *ff ~ '--; z'‹z_z:' ¬,-:.z.-=.1-z›-> n "'.›«;'¿..‹,-ma _” .*-,::_»›'‹"z-›-'-` .- '='› .f .g~›'›.~ ;¿z‹z_ ,.›.^'!="ffâzy'‹_:.9-z f‹_z'.;‹c:›.-‹¿. ,,×.; *=.*;»z›,:., .›-,¬, z, :-f.-. ›7â9'f;"e. '*^.›;.«'.-121-\zz':f-fã -.›~.-=-›'P
q
m
V ~*-- zf ¬›z '=»a
-' ,NO
ellfãlifd,
‹- , v -‹-,'~>,››~,:-z'~=,j -;'1:_zz-'-f.í,'.:fl .››=':_› ~‹.=~í;›;2ff-;f°›z:‹‹ê;§- .";<'zm'‹;= ,fz-3-*I ' zz.-._ç›-f§ƒf,:'›z"'z';';;;%-`z;§. t~.z".'._.:¬.zz‹ _.-"_;z;';.-1,r.¡.¡_'; -'¿amarei
a
chuva,
â ¢, ':»',f‹: 'y
“t
W '“ “ *me"
= _~. 4 5:» w ‹~,:‹._-.',-'..'~_',~..›z,_f._-"'^r ¢,› .. z;,-›:,:- -/' f=.<;¬:"1..' â z --_* " »' fl * ‹ ~' “ _ . J: 'I
2
U2.
~' . S':-'.f ' . ` -'-.._..;1šÊ'i$'~`~113.721-'T532€' -I-'71-',‹'~` ” r '. `ñ"»`rU' f"'.-.‹"«“ ' 5;""”-*à f."¬«- W .-Í -“V -_ V-fa
0
Camil?
0"-" -*f .;¿.‹../-=‹..'~,, Úzãzgfz -fã./^« ,.-of _' . _ ›¡ 1 És ¬ , . ' .if f'~
Q.- “ãív \ ‹. am *ê 3» zw fé* -‹zô,;».›‹<~z ` ›‹r . _ . .z ;- ,,,_..,$.«§'*›¿›¿f,,._z_. ,- I ' " ›Amarei
Íambém
a
escundãø.
. . ;.=;:,;z; ;='.'=~é:éz¬;z'àz-~;âz,f5~.=' gfizf"-;.:z ~f.= 1.» « zfi*¢?*'f*¿*Y2f z . ,, -..z-_..-;,z-.i¿1‹£"f::zÊ\2.::::›/.‹:': z '.- ,1‹_~»-f=;.;'-:~i;¢'‹f. -' , -;.'- . . , . ._ 2.» , '. ,W =f~ ^ * šgzáígf->'-=-za ' .Fi .¿.z›_-,,.;‹' zf ',_,#2`Í'ëë'É,i‹"f"-í'.Í›,* ' .- .§;`‹.5<? Q '_ , .r~..,'°'~ ,za-*' .- 'Í' ¬ 1 s 1- J › ¡:f5"§`7Ã'fi'Íf;5õ¬:..¬.fL1¢z;¢.:¿-='.;Í f.-z'.-'fz'-'.' ' . '=“f.‹z-1~:›-âéz«.«' _- .› ~' 1 ' _'-'._jz;,.=:,¿ .~j.f';::'.~ 5 W _ . .. 4 «pois
me
faz
ver
as
estrelas...
¿§¢;§2% 21%* ÉS f« /zw Häige ›. É .› .T za, :fl ~›,: ›
R
b
f
I-ld
.›ã_fi_‹z' _. ¿ ' z, ~‹. ' - :»»z . ' ~ lff ~ `“« â _.: , z.,:`f,›`,“,,ff/›¿',7Ê;'fÊ,›Íf*‹,â¿õ.«.»_, » fz. z.:..-‹.z-à';*.'-.f-';Íf ~ W? _¿` -+1... ~ ., '.,:';~, ¿ ' , -;' _~ , . 1,-›"M
11» ,e '*~**'”"'..-"*',_ ,‹, .,,, .,`.¬' ' *”,,Ê;Êè;›ygandece
meu
“°'**@~'.:= ç, ' ` z V -' n -3
¬,z:.~; -' - - ‹f:¢' “frz,:”'*É›::=1zzz1.¿'§ :.<'-:..'«'=,-' "'-'«-z›. ›'=,‹= . Í:-'.-'›,z‹=..'.=::;1i:;`;~<' ff: - ' -f' 1. f f= .-.. ~' ‹~ -››f~;é;‹ -,‹z:~› À... ~ .=<' '~›* .“.:f\'zu-1»_.~»~f«' ' -~" “I zi.
-3
fe
Í"
. ..-.-I z -. W > fi» f;";;_.""›., "¿ ".`_Receberei
as
recomp,
^ 32 ' ' _ '~ e-.z ,«-- ---- .-_~P019
2/35
me
›«, ' ...- ~. Y › - ›.-~ - " 2.. ” -".~-›. â..._=z« -5,.-_›¿ =, ';:f ¿:_;'‹.›fz¿'¡2;r;f .'.,;› ¡',¡__ ¡';:_;gf1¿= ";.z/;›;›;,t '{ ^% .. zzízâwf › ~ =, 1 - ' ' '› ` ' . ››'.f'-;'~f.=.~ -1* . À H 'â gw-z=.'/.=.-“ W; . ‹§ 'w~..¿í§'¿' ' ` z~m9›»› -Q-' «Ff 1." 'f› /A ¬. 3% ¬'{:'=.*«'”¬×r/ez af .r.f-.-â:‹;zf”='»'* .vã-5.›_...›:-z-:>.:›.z‹-,fé-::ê»*z›:‹%'‹› ff ;-'P .‹ê?=.~4'2'/ zm l¿^¿›. -' ft'-.-:..z.-z«z¿€>'=f-*›. lšíèâw M › fl, ,lag f-¿×1:5. ›¿.§¿»,,, ' '*` ' 'U F..-.aff--' 1:.-=.- ,zw -- ~ ~;×é;fâz'¿›`é .* F1 .>< ' . . . .. , âé* fz.. ff..-.z .ÍÊ _.~ *'“ I ~; *F1 z ¬-fz-ífz1'‹~f..~”¬;§ z ' 2â~'=f.~..‹zä»z‹_ fz.ggø¢zzz.ây.~z*;›»z<a=;;é%zz,‹›+âã" .«,,z›.-.~.».z-az;-.-.~-.z~ zz-zw ,»‹.:..:.~§.‹z‹ -«,.v,.«.›. z.,‹ê ‹› ‹z.~<z,»-.›‹».~'.f-...z-z~›A‹Eff*"..¢,z‹¿_.§«§,¢‹ ~›.«-.,‹*_.-_.._.,.z._..¿.¿, ‹¿››z@2...,
/.ffiáàf-,t., -*ff ffêffâ-'“.':‹¿.=~‹f€.;‹:.2,ë;'4««›r › .."_'-š¬?~››-flzfzfz /` »¬;'-5+.:--z¬. -' :YI '.- * -' `.*~:»',.z@š"'›'.~,›. .1..°==f›¢¢-.~' "21' ~': -.=':f.. fêf' :›*.»`#'.“.-.»~í-if' f ×í:*' uz -fiíféëšf .~'<:1¿2f'‹› x.*"f ‹ .ifwê A ' É/J_,Ê¿-.z _.ƒÍ»J.f¿.¢ vz fã» -.-~~*r§~ê›yfâ1§.'›~..â‹,$.* .z«1í_ V'-à:-›{..».,r›.=-.;‹.» - %.‹. f-<z;â›Êé.¢~ fi.z^‹›.z;¿\m‹¿§¡'z¿' ., L`Ê'Ë,. ¿‹,;,¢. /(ve./._;.¢,,L,1çz «-. .-. /fiz 3 z='-“-. ,;:2‹';~.z,í-'››.r =,'‹Ff<‹.‹ “fí*°›f w ;««-»x"ëí;‹-;-.z€”.'.'›5f.z^'. AIIÍOY deSC0llheCld0 gf _ › .z.-.=-.‹ ¿.z'×~.' ~ 'fr - .-,z'‹*.z=~z-'ffi'«;«:,‹'.'- 1 f '\-`\‹"I¡¡É': 1%; É» W "'f.ws¬ W: ãfšš
É
"ix "'*'›Í'T' -z›¡'.,_:ÊÍ5..`.`.š'‹'~š°ÍL `\`Ív` fã Iz-I ' <O
presente trabalho foi desenvolvidono
periodo de 12 de junho aO9
de agosto de 2.002, nasunidades
do
Centro Obstétrico e Alojamento Conjuntodo
Hospital Universitário, da Ô C1: .....
O CL gn Ó .... ,..
.
Universidade Federal
de
Santa Catarina, estendendo-se aodomi
entela.Teve
como
objetivo principal integraro homem-pai no
processodo
nascimento,implementando
cuidados àmulher-mãe
eBN,
colaborando para o fortalecimentodo
vinculo afetivo familiar. Foidesenvolvido
com
homens-paisque
assistiramo
parto pela primeira vez, sendo nosso fococentral,
procuramos
juntocom
osmesmos, compreender
e refletir sobre a sua participação efetivano
processodo
nascimento, contribuindo desta forma para o exercício deuma
paternidade consciente. Para a implementação das atividades, utilizamos a Teoria da Diversidade e Universalidadedo Cuidado
Cultural de Madeleine L-eininger, pois acreditamos que o respeito à cultura dos seres envolvidosno
processodo
nascimento é fiindamental paraque
este se processoda
melhor forma
possível.Ao
final deste trabalho, concluímosque
a presença e participaçãodo
homem-pai
em
todoo
processodo
nascimento contribuem paraque
amulher-mãe
sinta-se mais segura e reforceo
vínculo afetivo familiar.quando
ohomem-pai
presta cuidados ao seuRN,
1
INTRODUÇÃO
... ..2
OBJETIVOS
... ..2.1 Objetivo Geral ... ..
2.2 Objetivos Específicos ... ..
3
REVISÃO DE LITERATURA
.... ..3.1
A
Paternidade e sua Trajetória ... ..oooooooooooooooooooooo oo
eeeeeeeeeeeeeeeeee no
oooooooooooooooooo ou
3.2
O
Exercício daPatemidade
... ..3.3
Formação do
Apego
... ..3.4 Interação
=
Alojamento Conjunto3.5
Exame
Físicodo
RN
... .. 3.6Banho
do
RN
... .. 3.7Troca
de Fralda ... .. 3.8 Perda Ponderal ... .... 3.9O
Homem-pai
e aAmamentação
oooooooooooooooooo no oooooooooooooooooooo oo oooooooooooooooooooooo no ooooooooooooooooooooo ea oooooooooooooooooo eo 4REFERENCIAL TEÓRIÇO
... .. 4.1Marco
Conceitual ... .. 4.2Conhecendo
a. Teórica ... ,. 4.3Conhecendo
a Teoria ... .. oooooooooooooooooo ou eeeeeeeeeeeeeeeeeee e- 4.4 Pressupostos da Teórica ... .. 4.5 Pressupostos Pessoais ... ..:-5.2 População
Alvo
... ..5.3 Processo de
Enfermagem
... ..5.3.1 Fases
do
Processo deEnfermagem
5.4 Plano de
Ação
... 6CRONOGRAMA
... .. 7DESCREVENDO
OS RESULTADOS
.... .. f . 8ASPECTOS
ETICOS
... ... .. 9ÇONSIDERAÇÕES
FINAIS
... ..z ... .. 10REFERENCIAS
BIBLIOGRAFICAS
Bibliografia Referenciada ... .. Bibliografia Consultada ... ..ANEXOS
... ..APÊNDICES
.... ...1
INTRODUÇÃO
O
processodo
nascimento,em
nosso entendimento, configura-secomo
um
momento
único,mágico
e marcante na vida deuma
mulher, deum
homem
e deum
recém-nascido,ou
seja,de
uma
família. Apresentando novos sentimentos,como
alegrias, incertezas, ansiedades, tensões e medos, esse processo está envolto por muitas crenças e valores e, pleno de significados para aspessoas que o vivenciam.
No
decorrer dos estágios da graduaçãoque
visamo
atendimento à mulher, recém-nascido e família duranteo
processodo
nascimento,temos
observado que nas maternidades, os cuidados prestados e as orientações dadas, nãolevam
em
consideração todas estas crenças e valores,ou
seja, não
levam
em
consideração o saber e a prática das familias,bem
como, o
contexto culturalonde
elas se inserem.Além
destes aspectos,o
que mais noschamou
a atenção durante os estágios, foio
papelque o homem-pai desempenha
neste processo. Fala-se muito na formaçãodo
vínculo afetivo mãe-filho, enfatizando-se a importância da precocidade
do
contato entre ambos, sobretudo nos primeiros dias apóso
parto. Klaus eKennel
(1975)têm
evidenciadoque
existeuma
padronização comportamentalmatema
edo
recém-nascido neste contato,como
olhar naface, olhar nos olhos, aconchego e muitos outros, sendo
que
quanto mais precoces,demorados
e intensos, melhor forma-se o vinculo.No
período neonatal, as avaliações deste vinculotêm
sido realizadas de diferentes maneiras: por parte da mulher-mãe, nota-se maior habilidade e dedicaçãono
cuidado ao Íilho,espontaneidade nas atitudes, interesse na
amamentação
e, pelo ladoda
criança, tranqüilidade,satisfação, sono mais
calmo
e maiorganho
de peso.E
o
vínculo .pai-filho,como
se estabelece?Geralmente, a posição
do
homem-pai, épouco
comentada,como podemos
observar na apreciaçãoestímulo e apoio, muitas vezes,
deixam o homem-pai
deprimido.O
que se observa é que os homens-paisacompanham
o parto e amulher-mãe no
puerpério,mas
sentem-se sozinhos, na grande maioria das vezes, alijadosdo
processo. Encontram-se desconcertados diantedo
desconhecido, que é o bebê.A
dupla mãe-bebê, muitas vezespode
gerar sentimentos de exclusãoe, o
homem
queassume
um
novo
papel, que é o de ser homem-pai, acaba não sabendoda
importância que este possui, sendo que cada vez é mais dificil para os homens-pais
assumirem
solitariamente o papel de provedores, tendo que dividir as responsabilidades
com
a mulher-mãe. Sosa e Cupoli (1981) referem que se ohomem-pai
tiver iguais oportunidades que as mulheres-mães
no
processo de cuidar de seu filho, apresentaráuma
interação efetivacom
obebê
e seupadrão de conduta, será semelhante ao da
mulher-mãe
na formação do vínculo.A
inclusão de todos osmembros
da família durante o processodo
nascimento é de extrema importância paraque
dúvidas emedos
sejam esclarecidos e superados,aumentando
assim, a segurança tantoem
relação ao parto, quantoem
relação ao bebê.Segundo
Kitzinger (1996) ainda não se apresentouuma
razãomédica que
justifique que ohomem-pai não
deva estar presente durante o processodo
nascimento. Todavia,
em
algumas
matemidades, ohomem-pai
ainda esperano
exterior durante as formalidades de admissão, enquanto a parturiente é examinada, e posteriormente durante a internação.`
Almeida
(1987)em uma
comparação
realizadacom
a geração de mulheres-mãesque
tiveram seus filhos na década de 50 e suas filhas,
que
os tiveramna
década de 80,no
que diz respeito aohomem-pai,
observouque
as mulheres-mães de 50 os tinhamcomo
provedor financeiro, prestador de assistência material.No
entanto, para as mulheres-mães da década de 80,o homem-pai
é peçafimdamental
e insubstituível na gestação eno
parto.Por
esta razão,tomou-se
necessáriouma
melhor assistência aohomem-pai,
para que juntocom
sua família, pudesse vivenciar de maneira plena e satisfatória, o processodo
nascimento.Muzio
(1998) ressalta anecessidade de redimensionar, social e culturalmente o papel
desempenhado
pelo homem-pai,com
vistas a alcançaruma
patemidade mais responsável.No
finaldo
séculoXX,
o progresso considerável da biologia eda
genética, as diversas descobertas cientificas na esferada
saúdehumana,
o desenvolvimento tecnológico e as revoluções ideológicaspõem
em
questionamento,de
forma
radical, assuntosque há 20
anos,eram
consideradoscomo
indiscutíveis,como
são ospapéis, as fiinções e a especificidade de cada sexo.
Após
a ruptura progressiva da famíliatrabalho e o controle da natalidade, entre outros fatores, surge
uma
nova
família, maisparticipativa e comprometida.
Ainda
de acordocom
Muzio
(1998), desta família emergiuuma
forma
particular de ser mulher e mãe,ou
melhor, de ser “mulher-mãe” euma
forma
específicade
serhomem
e pai,ou
seja, de ser "homem-pai".j
Por
estas razões, desenvolvemos nosso trabalhocom
homens-pais queassistiram o parto pela primeira vez,
compreendendo
e refletindocom
osmesmos,
sobre sua participação efetivano
processo
do
nascimento, desenvolvendo cuidadoscom
seu filho,no
Centro Obstétrico eAlojamento
Conjunto, contribuindo para o exercício deuma
patemidade consciente.Neste trabalho, utilizamos a Teoria da Diversidade e Universalidade de Madeleine Leininger, que
tem
como
foco central à cultura, poiscompreendemos
que foi a partirdo
respeito à cultura, crenças e valores das famílias,que
pudemos
prestarum
cuidado de melhor qualidade,implementando
juntocom
a família, práticas que permitiramum
maior envolvimentode todos os seres envolvidos
no
processodo
nascimento. Trabalhamoscom
o homem-pai
desdeo
pré-parto até o puerpério, pois acreditamosque
nessesmomentos
deva existiruma
maior atenção à figura paterna, muitas vezes esquecida, levando-o a transformar seu papel demero
expectadoraum
participante ativono
processo.Santos (2000) descreveu que a participação
do homem-pai no
momento
do parto foi por eles consideradacomo uma
experiência emocionante quemarcou
suas vidas. Foi inesquecível e maravilhosa.A
mesma
autora acredita que a presençado homem-pai
propicia a formaçãodo
vínculo afetivo familiar precoce.Montgomery
(1998) afirma que as manifestações da genuína qualidade patemalpodem
se iniciarcom
o primeiro sorriso que o pai dirige ao seu bebê, aoembala-lo
com
segurança e amor, ao dar-lhe banho, estabelecendo desde cedo laços afetivos.Com
base nestas considerações tg1_çamos nossos objítivos, esperando queum
homem-pai
. ___________.
melhor preparado e informado sobre o processo
do
nascimento reforce seu vinculo familiar, tornando-se participativo não só na gestação,mas
nas futuras etapasdo
viverem
família.2.1. Objetivo
Geral
Integrar o
homem-pai no
processodo
nascimento,implementando
cuidados àmulher-mãe
eRN,
colaborando para o fortalecimentodo
vínculo afetivo familiar, de acordocom
a Teoriada
Diversidade e Universalidade
do Cuidado
Cultural.2.2. Objetivos Específicos 1 2 3
4
5Interagir
com
os sereshumanos
(homem-pai/mulher-mãe/RN)
e equipe profissional nasunidades de Centro Obstétrico e Alojamento Conjunto, visando prestar
um
cuidadode
qualidade. V
Planejar e implementar o cuidado junto ao homem-pai,
mulher-mãe
e recém-nascido, respeitandosempre
suas crenças e valores culturais.Incentivar a participação
do homem-pai
não sócomo
acompanhante no
Centro Obstétrico eno Alojamento
Conjunto,mas
também,
como
colaboradorno
cuidado,promovendo
uma
maior interação
homem-pai/mulher-mãe/RN.
Identificar as percepções dos homens-pais
em
relação às experiências vivenciadas duranteo
processodo
nascimento.Aprimorar
o
conhecimento científico,no que
diz respeito à teoria de Madeleine Leininger eao papel paterno
no
processodo
nascimento.3
REv1sÃo DE LITERATURA
Logo
que
iniciamos nossacaminhada
buscando inserir ohomem-pai
nos cuidados ao seu filho, sentimos a necessidade deum
embasamento
teórico que nos proporcionasseum
melhor
entendimento
da
nossa prática. Porém, ao pesquisar sobre o exercícioda
paternidade e ossentimentos
patemos
frente a estanova
etapa,pudemos
observarque
estávamos diante deuma
sala vazia, pois as literaturas e publicações privilegiam a duplamulher-mãe
eRN,
descrevendotodos os passos
da
maternidade, o que é' natural, vistoque
estes são considerados os protagonistasprincipais
do
processodo
nascimento.Mas,
e quanto à paternidade?Não
étambém
ohomem-pai,
uma
figura
importante e necessaria neste processo?O
que se observana
literatura, é que ao contráriodo
que acontececom
a mulher/mãe, ohomem-pai
não contacom
um
reconhecimento tão imediatodo recém
nascido.Não
que a criançanão
esteja apta para identificar desde os primeiros dias a voz, o cheiro e o toque característicodo
homem-pai.
O
que
ocorre é que estes estímulos são mais intensos por parte da mulher-mãe, cuja voz, cheiro e toque nessa fase inicial são sinônimos de alimento, conforto e satisfação para obebê.
É
por issotambém,
que amulher-mãe
tende a assumiruma
espécie de “monopólio” noscuidados
com
o filho,quando
não chega a ponto de criticar aforma
desajeitadado homem-pai
nahora de trocar
uma
fraldaou
de fazê-lo dormir.A
conseqüência deum
atocomo
esse éextremamente
negativa, pois favorece que a construçãoda
relação entre ohomem-pai
e oRN
fique adiada, sendoque
estes, muitas vezeschegam
até a se sentir “sobrando” na relação, e assimcomeçam
a retrair-seou
atépassam
a concorrercom
o
filho pela atenção da mulher-mãe,podendo
ocorreruma
desestruturação familiar.Embasados
em
textos extraídos da internet eem
revistas, direcionadas aos homens-pais emulheres-mães,
podemos
observar que a figura paternatem
como
sua principal função, propiciar à criançaum
modelo que
estimule a independência, a ousadia e o gosto pelas descobertas, tendouma
diferenciaçãoda
figura materna, que inspira para a criançauma
maior dependência, proteção e acolhimento. Isso não significa que o filho só se beneficiaráda
presençado homem-pai quando
estiver fisica e
emocionalmente
menos
dependente dos cuidados da mulher-mãe. Antes dessafase,
o homem-pai
tem
como
funçãono
dia-a-dia, reforçar o sentimento de estabilidadedo
casal,o que
deixa amulher-mãe
segura e confiante eem
conseqüência, a criança capta essas boassensações.
Também
nesta fase é muito importante, por mais dificil que pareça, que 0homem-pai
também
preste cuidados ao seu filho, pois aquelaforma
às vezes desajeitadaque o homem-pai
tem
para cuidar, o colocatambém
em
contatocom
as características próprias de seu bebê e representaum
estímulo decomunicação
para a criança,que
passa a desenvolver recursos para secomunicar
com
o
homem-pai. Assim, a criançacomeça
a exercitar diversas formas de comunicação,ou
seja,com
ohomem-pai
elatem que
se esforçar mais paraque
ele possa entenderseus desejos, já
que
com
amulher-mãe
é mais simples, pois estatem
maior facilidadeem
compreendê-la e satisfazer suas vontades.
A
partirdo
sexto mês, o bebê ficará mais preparado para apreciar acompanhia
paterna, pois nesta fase, a criança já estácom
sua visão praticamente desenvolvida e seusmovimentos
estão mais firmes. Isso facilita as brincadeiras,nem
sempre
delicadas, que os homens-paiscostumam
praticarcom
o filho.É
também
nesta fase, que o periodo deamamentação
exclusiva dacriança chega ao fim, diminuindo sua relação de dependência
com
a mulher-mãe.É
a horado
homem-pai
reforçar sua presença, ajudando nas rotinas diárias e ébom
que
faça issodo
seu jeito,com
suavoz
mais grave, suamão
áspera, e sua maneira peculiar de deixar o bebê se virarum
pouco
sozinho, estimulando sua autonomia e até exercitando a flexibilidade de seu corpo, o queémuito importante nesta idade. Psicologicamente,
como
bem
afirmaMontgomery
(1998) ohomem-pai tem
uma
fiinçãobem
clara: quebrar o vínculo simbiótico entre amulher-mãe
e oRN.
Porém, o que
deve ficar claro, éque
a criança precisa tantoda
figura materna, paraque
hajauma
natural identificação feminina, quantouma
presente, fisica, afetiva e firme figura paterna, para que a criança tenhaum
desenvolvimentoharmônico
e saudável.3.1 A.
PA1¬ERNmAD1‹:
E
SUA IRAJETÓRJA
Para
conhecermos
como
se concretiza a paternidade, toma-se necessário descrever asevoluções das posições dos
homens
e mulheres e sua estrutura familiar através dos tempos, para então, situa-losno amplo
contexto da sociedade.Ramires
(1997) citandoMuraro
descreve que esta evolução, se inicianum
periododenominado
de Periododo
SeixoRolado que
durou os primeiros l.990.000 anosde
existênciahumana.
Período esteem
quehomem
emulher
viviamem
pequenas tribos e desenvolveram a posição ereta, linguagem e cultura.A
leique
regia esses grupos era ada
Solidariedade e Partilha,sendo
que
a posição feminina se destacava, pois, reproduzia a vidanuma
épocaem
que o
papeldo
homem
era desconhecido na procriação. Colocava as mulheres então,em
posição superior.Com
oaumento da
caça de grandes animais, a capacidade de procriação não era mais o atributo básico,mas
sim, a força fisica. Portanto, oshomens
adquiriram primazia sobre as mulherestornando-se chefes dos grupos por serem os mais fortes e aptos.
A
partir destemomento,
ohomem
começa
a sentir inveja da capacidade da mulher deparir, sendo que ainda desconhece seu papel na reprodução e por isso não consegue controlar a sexualidade feminina, dando-se então,
o
iníciodo
domínio da mulher pelohomem,
que passa a sobrecarregá-la de trabalho.Com
o
início da agricultura, as sociedades, depoisda
caça e coleta,deixam
de sernômades
e se transformamem
sedentárias, surgindo as primeiras fazendas, aldeias e cidades, atéevoluírem para os Estados.
A
Leique
até então era a da Solidariedade e da Partilha, passa paraa Lei daCompetição
eda
Agressão,onde
o poder é privilégio que fora conquistado pela força emantido pela violência. Juntamente, surge 0 patriarcado, pois os
homens
ao descobrirem sua realimportância na reprodução,
passam
a controlar a sexualidade feminina, pois garantem atransmissão da herança e a posse
da
terra aos filhos legítimos.Toma-se
então imprescindível, a virgindade da mulher ao se casar e imperdoável o adultério, pois este, poderia colocarem
risco a garantia da transmissão da propriedade.Assim, da-se origem a família
monogâmica,
setomando
uma
importante estrutura orgânicada
sociedade, pois garante aohomem
a transmissão de bens materiais aos herdeiros legítimos.Para Engels (apud Ramires, 1997) a igualdade entre
homens
me mulheres só seria possívelquando
legalmenteambos
tivessem direitos iguais.A
mulher,no
entanto,retoma
aomercado
detrabalho e atravessa sua primeira condição para a libertação,
porém
esta condição, exigiria asupressão da família individual
como
unidadeeconômica
da sociedade.Mas
a históriatem
nosdemonstrado outra realidade, pois, direitos legais iguais e participação
no mercado
de trabalhonão foram suficientes para estabelecer a igualdade entre os sexos.
Toma-se
necessário que outros fatores emudanças
surjam para a construçãodo
modo
de constituição das relações estabelecidasno
interior da famíliacomo: o
exercício de papéis, a configuração destes papéis de gênero e atémesmo,
a estrutura psíquica de cada indivíduoque
compoe
e reproduzo
grupo familiar.As
familias atuaispossuem
uma
filnçãoque
vai além da reprodução biológica, elas setomam
responsáveis pela reprodução ideológica, que pelas repetidas Sucessões de gerações, acarretaem
aquisições de valores, papéis e padrões comportamental de seusmembros.
“O
binômio
autoridade/amor fará materializar-sena
hierarquia sexual e etária entre oscomponentes
familiares,
marcando
sua existência e funcionamento de maneira decisiva, pelas vivênciasemocionais” (Reis
apud
Ramires, 1997, p. 19). Ramirestoma
como
base para o surgimento dafamília burguesa, a descrição feita por Poster (1997) na qual
surgem
quatromodelos
de familia:aristocrática, camponesa, proletária e burguesa.
A
família aristocrática semanteve
atravésdo
controle das terras e privilégios garantidos pela monarquia.Moravarn
juntoscom
parentes, criados entre outrosno
castelo,onde
não havia privacidade.A
taxa de mortalidade e natalidade infantileram
altas enão
havia higiene.Como
função, aohomem
era destinado a guerra e à mulher a organização da vida socialno
castelo.A
sexualidade era reconhecida e permitida para
ambas
as partes, inclusive crianças.As
relações entre osmembros
do
casteloeram
estritamente hierárquicas, principalmente a relação pais efilhos, atribuindo a criação dos pequenos aos criados, sendo que os bebês
eram amamentados
poramas-de-leite.
Na
famíliacamponesa não
se apresentavam muitas diferenças da família aristocrática,pois
também
possuíam
altos indices de mortalidade e natalidade infantil, higiene e privacidadenão
eram
valores importantes eo
espaço familiar não era privilegiado e se estendia para fora dele.A
mulher era auxiliadana
criação dos filhos por parentes queeram
mulheres mais novas e maistrabalho
no
campo. Portanto, os paisnão
setomavam
únicos objetos de identificação das crianças.No
iníciodo
séculoXIX
constituiu-se a família proletária, que sofreu muitas transformações até chegar ao séculoXX,
de forma muita parecidacom
a família burguesa.Durante a industrialização,
camponeses
enovos
trabalhadores foram recrutados, inclusive crianças a partir dos dez anos de idade. Diante de condições miseráveis, trabalhavam até dezessete horas diárias.A
criação dos filhos continuavasem
maior importância emantinham o
relacionamento comunitário para apoio mútuo.
Na
metade do
séculoXIX,
a familia proletária sofreuma
melhoria nas condições de vida, estimulada pela filantropia burguesa.As
mulherescomeçaram
a ficar maisem
casa cuidando dos filhos e oshomens
dividiam-se entre a fábrica e obar. Grandes
mudanças
ocorreramno
século ÍÕÇ:com
o surgimento dos subúrbios,rompem-se
laços-com a comunidade; a mulher
começou
a ficar isoladano
lar, sendoque
a domesticidade e aprivacidade,
eram
valorizadas pelos homens; a familia torna-se mais conservadora eaumenta
a preocupaçãocom
a educação dos filhos, crescendo a autoridade paterna. Características muito semelhantes à família burguesa,que
surgiu naEuropa no
iníciodo
século XVIII, trouxe consigoo
fechamentoda
famíliaem
simesma, havendo
uma
separaçãobem
definida entreo
mundo
público, o qual destaca as qualidades necessárias para se tornar
um
vencedor(como
razão e autonomia), eo
mundo
privado, que se caracteriza pelaemoção
e dependência. Então, logo ospapéis foram divididos.
Ao
homem,
a função de provedor(mundo
público) e à mulher a educação dos filhos e cuidadocom
a casa(mundo
privado), resultando na dependência da mulher aohomem.
Houve
progressos quanto à higiene, redução nas taxas de mortalidade e natalidadeinfantil, iniciou-se a valorização
do
aleitamentomatemo,
hábitos alimentares adequados eeducação quanto ao controle esfincteriano.
A
atividade sexual fica restrita à necessidade deprocriação e passa a ter
uma
diferenciação entre os papéis masculino e feminino, sendo proibidoà
mulher
a sexualidade forado
casamento,mas
para ohomem
o
prazer sexual deveria serbuscado fora
do
lar.A
criança agoratem
escassos contatoscom
outras pessoas antesde
entrar naescola, depende da afetividade exclusiva dos pais e, submeter-se à sua autoridade, era vital para
que
garantisseo amor
dosmesmos.
Estabeleceu-se então,uma
relaçãode
poder, tornando-seuma
cadeia inevitável entredominador
e dominado, que se transfere para outros papéis sociais.A
família contemporânea se parece muito
com
a ancestral, pois continua associada auma
ideologiatomam
decisivas para a estrutura familiar atual,na
qual, a partir da participação da mulherno
mercado
de trabalho, o uso dosmétodos
anticoncepcionais possibilitou à mulherum
controlemaior sobre ela
mesma,
iniciandoum
processo irreversível.Sabemos
que estasmudanças
nãoforam
suficientes paramudar
a divisão de papéis, tantono
mundo
público quantono
privado.Uma
nova
configuraçãoda
maternidadevem
se formando, pois as mulheres estão assumindodiferentes papéis.
Por
sua vez, implicanuma
nova
configuração parao
exercicio da patemidade na familia, jáque
o
padrão de paternidade não mais corresponde às necessidades e possibilidadesdessa. família.
Uma
entrevista publicada pela Revista Claudia ( l999_)com
Cuschnir (Psiquiatrado
H. dasClínicas/SP), teve
como
manchete:“Os
homens
pedem
socorro”,onde
afirma queo
homem
viveuma
mudança
de identidade eque dá
hoje aos filhosuma
importância que seus paisdesconheciam. Ele deseja a patemidade
como
fonte de realização, assimcomo
a mulher durantemuito
tempo
quis a matemidade.Portanto, parece
que
algumasmudanças
começam
a acontecer. Para Badinter (1997) opatriarcado está
chegando
ao fim e a patemidadecomeça
a se moldar completamente diferente.Observa-se
que
estehomem-pai que
está nascendo querromper
com
omodelo que
viveuem
sua infância,no
qual contavacom
uma
figura paterna fria e distante.3.2
0
EXERCÍCIO
DA
BATERNIDADE
O
tema
exercicio da paternidade será aqui representadocomo
um
conjunto de práticas variadas na relação entre duas pessoas, independentemente de sexo, idade, raça e grau deparentesco, pois
conforme
Silveira (1998) essetema
é enfocado, segundo o paradigma deque
é acapacidade de cada
um
conquistar o seu lugar que designará os integrantes dessa relação que é co-construída e reconstruídaem
um
ciclo continuo, que sempre esteve presente na vidado
serhumano,
antesmesmo
da constituiçãodo
que hojechamamos
de “família”.Observa-se constantemente entre os homens-pais a ausência
do
exercício da patemidade, demonstrado algumas vezes poruma
suposta falta de interesseem
assuntos referentes à família,onde
esses homens-pais não se sentemcomo
parte integrante deuma
familia e, relatamsentimentos de solidão e até de rejeição das suas qualidades
como
homem
e pai, quepodem
seAo
se confrontar a funçãodo
paiem
suaforma
tradicional de progenitor e provedor,com
as novas formas de organização familiar da sociedade moderna, observa-se que a idealização estábem
distanteda
realidade atual. Silveira (1998) afirmaque
não
se deve confundir as fiinçõesque
o indivíduo exerce,
como
o
ato de acariciar, cuidar e alimentar,como
algo estipuladoem
relaçõespreviamente estabelecidas e que
alguém que não
faça parte dessas relações sangüíneas nãopoderia
desempenhar
tais funções, já que asfimções
dehomem-pai
e de filhonascem
de relações interpessoais e,que o
fato de ser to genitor de alguém, não garanteque
haverá reciprocidadeafetiva entre ambos, já que os afetos são produzidos na própria relação.
O
papelde homem-pai
e o papel de filhonão
devem
e nãopodem
ser impostos, pois esta éuma
relação co-construída permanentemente,onde
tanto os homens-pais quanto os filhos,aceitam
ou
rejeitam esses papéis.Segundo
Silveira (1998, p.3'l) “os únicos individuosque
poderao nos ensinar a exercermos, adequadamente, a nossa paternidade serão nossos próprios
filhos”.
O
simples fato deo homem-pai
saber que a sua companheira está grávida, já o obriga a assumirnovos
papéis, seguindo a ideologiade que
“éo
casalque
fica grávido”, levando-0 a demonstrarum
interesse esperadoda
sua parte.Após
o nascimento, a sociedade esperacomo
um
todo,que
ele demonstre habilidades,como
darbanho
e trocar fraldas,que
nunca antesforam
estimuladas, devido a estereótipos de
que
isso não era “coisa dehomem”,
já que a suafimção
na
família
não
era afetiva,mas
sim econômica. Estehomem-pai
sente-se então dividido entre a sua criação “machista” e os novos papéis a desempenhar, precisando desta forrna, reformular seusconceitos e valores.
Desta forma,
concordamos
com
Silveira (1998)quando
se refere ao fato deque
é necessáriauma
transformação das relaçõeshumanas
eque
isso já deve se iniciar na infância, descartando-se preconceitos quanto ao o que é de“menino”
e de “menina”, introduzindo-se aos poucos,num
processo de internalizaçãoda
cultura, acompreensão
dos papéis sociais, para que, jáquando
adultos, saibam epossam
praticar o exercício da paternidade, antesmesmo
do
seu filhonascer, sabendo assim,
da
responsabilidade eda
cumplicidade deuma
concepção. Acreditamos que o exercício da paternidade écomo
qualquer outra relação, e está sujeita ao tempo, às circunstâncias e aos fatores culturais, por isso não é estática, estando constantemente sujeita a,mudanças, não existindo assim sobre ela,
uma
verdade absoluta.Segundo
Vasconcelos (1998) durante toda a história da humanidade, oshomens
vêm
construindo as mais variadas formas de saberes e
usam
dasmesmas
parao
seu desenvolvimento,isso devido à
enorme
capacidadehumana
de estarem
constantemovimento
de criador e criatura.A
própria construçãoda
identidade de qualquer pessoa éum
processo contínuono
desenvolvimento
do
serhumano, onde
a culturaem
que se está inserido, éum
fator deterrninantepara a formação dessa identidade.
Concordamos
com
Vasconcelos (1998)quando
afirmaque
é errôneo se pensar que já senasce
mãe
e pai pelo puro instinto deo
ser,mas
sim, que essa éuma
identidade construida,com
base nos fatores sociais, nas inter-relações fisicas e psicológicas
com
outros sereshumanos.
O
desenvolvimento
do
papel social de paternidade estáem
constante transformação dentro daprópria estrutura familiar, sujeitando-se à cultura, aos laços afetivos e a contextos históricos especificos
de
cada geração, sendoque
ohomem
só irá se reconhecercomo
pai, ao reconhecerem
outro ser a condição de filho.Desta
forma
a buscado
exercício da paternidade émarcada
por transformações e constantes mudanças, sendo que cada dia éuma
nova
“batalha” na buscado
equilíbrio dessanova
identidade de
homem/pai
e filho, buscando a formaçãodo
apego e interação. 3.3FORMAÇÃO Do
APEGO
Com
o
intuito de compreendercomo
as práticas relacionadas ao parto, nascimento e período pós-parto inicialpodem
interferir na formaçãodo
processodo
apego, Klaus eKennel
(1992) realizaram diversos estudos sobre a presença
do acompanhante
na sala de parto e sobre ocomportamento
da família durante a gravidez, através de entrevistas e observações clínicas, quese constituíram
como
base para as autoras,no
estudo da formaçãodo
vínculodo
apegodo
trinômio (homem-pai/mulher-mãe/RN).
Ao
considerarmos estes estudos, é importantelembrarmos
que oscomportamentos
do pai e damãe
sofrem influências da própria herançagenética, das respostas
do
bebê a eles, história das relações interpessoaiscom
sua família e deexperiências passadas
com
estaou
com
gravidezes anteriores, sendo que estes determinantes, duranteo
processodo
nascimento,podem
tomar--se exacerbados, alterando tanto de formaA
formação dos vínculos emocionais não são precisos,nem
seguem
regras estipuladas,por isso o apego existente entre os pais e o bebê e, o bebê
com
os pais, é definidocomo
um
relacionamento único, específico e duradouro ao longo
do
tempo, evidenciando-se através degestos
como
o ato de acariciar, beijar, aconchegar e prolongar a troca de olhares.A
intensidade desseapego
éum
reflexodo
grau de envolvimentocom
o
bebê,onde
ele é geralmente maiorcom
a mulher-mãe, emenor
com
o
homem-pai, sofrendo diminuição gradativaem
relação aos outrosmembros
da
familia.A
presençado
apego éum
fator determinante para a sobrevivência e desenvolvimentodo
bebê, sendo que
o
vinculo entre pais e filhos é o maior de todos os laçoshumanos,
possuindocaracterísticas únicas,
que levam
tanto amulher-mãe
quanto ohomem-pai
a fazerem sacriñcios diários e constantesem
beneficiode
sua prole.Ainda
de acordocom
Klaus eKennel
(1992) todas as influências culturais, os valores e as expectativas dos envolvidosno
processo,bem
como,
as estruturas e as políticas hospitalares,podem
alterar a formaçãodo
vínculodo
apego.Ao
longoda
história da ciência, amatemidade
sofreu contínuas transformações, e nosdias atuais,
em
que
os pais estão ansiosos paradesempenharem
um
papel mais ativo junto as suas esposas e seus bebês, faz-se necessáriouma
reflexão sobreo
papel desse“novo
homem-pai”,inserindo
o
mesmo
nos cuidados, considerando suas crenças e valores.A
presença deum
acompanhante
durante o trabalho de parto é observadaem
praticamente todas as culturas, entretantono
Brasil, aindahá
instituições que nãopermitem
a presençado
acompanhante na
sala de parto, considerando omesmo,
apenascomo
uma
pessoa a mais para ser cuidada.Muitos
autores, entre eles Klaus eKennel
(1992) após vários estudos,chegaram
àconclusão
de que
a presença dacompanhia
humana
duranteo
trabalho de parto e nascimento,reduziam o
tempo do
trabalho de parto e reduziam os problemas perinatais,além
de aprimoraralguns aspectos
do comportamento
materno durante a primeira hora apóso
nascimentodo
bebê.O
fato de ser deixada sozinha durante o trabalho de partopode
ser assustador para a mulher e representaruma
ameaça
a sua auto-estima,no
entanto, a presençado homem-pai
nessemomento,
só é estimulada
em
30%
da cultura mundial.Já outros autores, entre eles
Odent
(2000), consideramque
logo apóso
parto, ocorreum
período sensível,onde há
uma
liberaçãohormonal
intensa, tanto para a mãe, quanto para o bebê.O
mesmo
afirmaque
durante o trabalho de parto, a mulher estáem
“outro planeta”, vivenciandovolta à realidade, liberando assim os
hormônios da
famíliada
adrenalina, que acabarão porinibirem a seqüência normal
do
parto.Concordarnos
com
Klaus e Kennel (1992)no
que se refere a presençado
acompanhante,pois acreditamos que alterações nas práticas de parto,
podem
e realmente afetam a interaçãodo
trinômio (homem-pai/mulher-mãe/RN), fortalecendo o princípio
do
apego.A
mudança
nas práticas hospitalaresvem
gradativamente, incluindo a presençado homem-pai
e estimulando oseu contato precoce
com
oRN.
O
Hospital Universitário de Florianópolis procura essa interaçãodo homem-pai
na sala de parto e incentiva,embora
ainda deforma
incipiente, a sua participaçãonos cuidados
com
oRN.
Enquanto
autoras desse trabalho, que pretendem incluiro homem-pai
durante todo o processodo
nascimento, acreditamosque
ele deva ser introduzidocomo
um
sujeito ativo,colaborando nos cuidados a mulher-mãe' e ao
RN,
sempre levandoem
consideração seus sentimentos e desejos,bem
como,
suas crenças e valores culturais.Neste sentido, o Alojamento Conjunto, surge
como
um
local importante para que otrinômio continue desenvolvendo sua interação, e
que o
acompanhante,uma
vez iniciado aprestação dos cuidados
no
Centro Obstétrico, desdeque
se sintabem
eem
condições de faze-lo,possa continuar desenvolvendo
com
sua familia, os laços de apego e interaçãoque
serão primordiais parao
desenvolvimento destenovo
serhumano, o
recém-nascido.3.4
INTERAÇÃO
=
ALOJAMENTO
CONJÚN
TO.
O
Alojamento Conjunto éuma
fiarma de organização da assistência hospitalar,em
que o recém-nascido permanece ao lado da mãe, desde 0 momento do partoaté a alta hospitalar, possibilitando no mesmo espaço /ísico, a prestação de todos
os cuidados assistenciais no pós-parto imediato e de orientação là mãe sobre sua
saúde e a de seufilho (Lisboa, 1995; Ministério da Saúde, 1993; Brenelli, 1995 apud Santos, 1999)
Na
história da culturahumana,
os partoseram
realizadosem
casa, e os recém-nascidoseram
mantidos juntocom
suasmães
imediatamente após o nascimento, porém,com
a criação de hospitais-matemidadesno
iníciodo
séculoXX,
passou-se a adotar enfermarias próprias para oRN,
os berçários, que seguiamnormas
rígidas de isolamento,com
o objetivo de diminuir as taxasNo
início dos anos 50,começaram
a aparecer na literatura, algumas propostas para a modificaçãodo
cuidado prestado aoRN,
porém
somenteem
1983 publicou-seuma
portaria dirigida aos hospitais públicos, que incluíam asnormas
básicas para a implantaçãodo
Alojamento
Conjunto nas maternidadesdo
país.Segundo
essamesma
portaria, revisadaem
1993, estipulou-se a equipemínima
de pessoal: 1 Obstetra e 1 Pediatra para cada20
binômios, 1Enfermeira para cada
30
binõmios, 1 Auxiliarou
Técnico deEnfermagem
para cada 8 binõmios.A
área fisicamínima
estipulada é de Sm
para cada conjunto de leito materno/berço, ficandouma
separaçãomínima
de 2m
entre cada berço, sendo que seis é onúmero
máximo
de binômios porquarto.
A
sua localização deve ser dentro da maternidade,ou
de preferênciapróxima
ao CentroObstétrico.
Os
recursos materiais incluem todos os necessários parauma
unidade de internaçãoque atenda as necessidades
do
binômiomulher-mãe/RN
(Almeida, 2002).O
autor supra citado refere ainda queo
sistema de Alojamento Conjuntotem
a finalidadede facilitar a criação e aprofundamento
do
vinculo afetivo entreo
trinômio homem-pai/mulher-mãe/RN,
auxiliar nacompreensão do
processodo
nascimento e desenvolvimentodo
RN
e,reduzir
o
índice de infecção hospitalar, possibilitando oacompanhamento da amamentação
sem
rigidez de horários, reduzindo a ansiedade damulher-mãe
ehomem-pai,
estimulando a participação ativado homem-pai no
cuidadocom
oRN,
alémde promover
a educação para a saúde dos elementos acima mencionados.A
equipede
saúde interdisciplinar deve prestar assistência aohomem-pai/mulher-mãe/RN
de
forma
integrada, visandoum
atendimento adequado, sendo que, todoo
pessoal deve ser qualificado, treinado e supervisionado continuamenteno que
se refere ao cuidadodo
homem-
pai/mulher-mãe/RN.
A
equipe deve exercer papel atuante na educaçãodo
homem-pai/mulher-mãe/RN,
preparando-os para a adaptação ao aleitamentomatemo,
desenvolvimentoda
confiança e capacidade de cuidardo
RN,
execução de cuidados básicos de saúde e planejamento familiar,refletindo atitudes de respeito ao ser
humano
que
revertamem
beneficios parao
desenvolvimento deuma
melhor assistência.O
Alojamento Conjunto está indicado ao atendimento de puérperasque
apresentem boas condições gerais,sem
intercorrências clinicas, complicaçõesdo
partoou
patologias puerperaisque impossibilitem
ou
contra indiquem o contatocom
o
RN,
bem como
osRN(s)
com
boas condições de vitalidade, capacidade de sucção esem
intercorrências clinicas que exijam atençãoassistência integral durante sua internação, os cuidados mediatos, adaptando-se ao
novo meio
ambiente e fortalecendo o vínculo afetivo
com
a mae.A
mãe
deverá receber orientações dos profissionais de saúde sobre os cuidados consigomesma
ecom
o
RN,
diminuindo assim, sua ansiedade e os riscos da depressão pós-parto, eaumentando,
em
contrapartida a sua satisfação, segurança e tranqüilidadecom
anova
situação, garantindo sua internação portempo
suficíente para que sejam atendidas suas necessidades assistenciais e de educaçãoem
saúde (Almeida, 2002).Neste sistema de Alojamento Conjunto
o homem-pai
e amulher-mãe
interagemcom
a equipe de saúde,acompanhando-os
nos cuidados prestados,no
exame
fisico aoRN
e sendoorientados sobre o processo de cuidar. 3,5 iixnivri;
Físico
no
RN
O
exame
fisicodo
RN
segundo Monticelli e Oliveira (apud Oliveira et al, 1999) ocorre entre12 e
24
horas de vidado
RN,
devendo
ser realizadoem
local tranqüilo e aquecido, deforma
sistemática e eficiente, de preferência na presença dos pais.
O
exame
fisicodo
RN,
realizadono
Alojamento
Conjunto, segue a seguinte rotina:ff* -›Í1”f'Í'‹' "`-** ; ‹.:<..‹'“L-‹ / -É -ft-Ç¿-zíí =',,› J- z*.»r1;~», zzi--, ãf' ff' › ›:›*é¬.-;z,"~~. '¬"'l*.*z‹_‹.Í .~,. ff' ¬‹›9š'Ê»=fz:›í,,-›Q '›-.‹=\'-“-«.~.›«f .. i_ ‹›‹›, - we - -' '- ‹.~_'. '¬ ~*< 12%* ==.'z‹.‹,- ='=' “ _ "' .\› 1*-1. ››.- ,- .. -.‹z‹'-.z_, f_‹_› :.‹. -1 .,‹‹.,.›. z ' ~ «:'.=,v»: z--zz»~=â.- H «. ~›-zzaza. Fonte: www. goog1e.com.br/amiegeddes
Q
:i ais vitais: são verificados rotineiramente duas vezes ao dia.A
temperatura é verificada viaaxilar, variando entre 36° a 37° C.
A
freqüência respiratória é considerada idealde 30
a50
mpm,
sendo
do
tipo abdominal.A
freqüência cardíaca varia entre 100 e 160bpm
e dependerádo
estado devigilância
do
RN.
Postura: o
RN
a termopermanece
em
posição de conforto,com
osmembros
superiores fletidos e osEstado de
vigilância: oRN
a termopode
apresentar-seem
seis estados de comportamento,a saber: sono profundo, sono leve, sonolento, alerta, alerta
com
atividademotora
importante e chorovigoroso.
Fácies: deve ser observada a expressão facial
do
RN
como
um
todo, atentando-se parao
formato
do
nariz,o
tamanho
da fronte e da mandíbula, e paraque o
ápice das orelhas coincidacom
as fissuras palpebrais.Coloração
da
pele: oRN
a termo possui a pele rósea,devendo
ser observado a presença decoloração avermelhada, pálida, ictérica
ou
cianótica.Deve
ser observados a integridade cutânea de todoo
corpo e verificar se há presença das características fisiológicasdo
RN
a termo, taiscomo:
vérnix caseoso, millium sebáceo, eritema tóxico,
lanugem
protetora, acrocianose emancha
mongólica; r
Cabeça:
na inspeção e palpação deve-se verificar suaforma
e dimensões,bem como
operímetro cefálico.
O
formatodo
crâniopode
variarconfonne
a posição intra-uterina e o tipo departo.
O
acavalgamento das suturas e' fisiológico, e ocorre ate' o quinto dia de vida.Na
observaçãodo
couro cabeludopodem
ocorrer deformidades fisiológicascomo
oshemangiomas,
bossasangüinolenta e cefalohematoma.
As
fontanelasdevem
ser palpadas, cujo diâmetro oblíquopode
variar entre 13 e
28
mm,
sendoque
a fontanela lambdóidepode
estar fechada ao nascimento,ou
possuir até
uma
polpa digital de diâmetro.Olhos:
devem
ser observadas a distância interpupilar e sua fotoreação,bem como
a presençade
edema
palpebral, transparênciaou
opacidadedo
cristalino e hemorragias conjuntivais.Nariz: geralmente a base é achatada e a ponta arredondada.
Podem
ocorrer obstruções decorrentesdo acúmulo
de secreções nos oriñcios nasais.É comum
o aparecimento depequenos
pontos amarelados,
chamados
de millium sebáceo e dehemangiomas
na basedo
nariz,bem
como
a presença de alguns espirrosque
são considerados fisiológicos.Orelhas: é observada a posição, tamanho,
forma
e implantação das orelhas,bem como
anormalidades
do
pavilhão auditivo.Boca:
com
a observação externa dos lábiospodem
ser diagnosticados dimorfismoscomo
olábio leporino.
O
exame
da cavidade oral é feito principalmente pela palpaçãodo
palato, pela pesquisa da coloração das mucosas, pelotamanho
da língua e presença das pérolas de Epstein.Deve
ser observada a quantidade de saliva, poisuma
salivação excessivapode
ser indicativa de atresia deesôfago
ou
de dificuldade respiratória.Pescoço: o
RN
possuio
pescoço curto epode
apresentarhemangiomas
na base da nucaque
involuem
com
o tempo.Deve
ser verificada a presença dosmovimentos
de rotação e flexão.Tórax:
possui a forma arredondada, cilíndrica e simétrica.Abdome:
através da palpação são verificados ostamanhos do
figado edo
baço, a presença dehérnias umbilicais e inguinais e, através da observação são verificados a distensão abdominal e a
presença dos ruídos hidroaéreos.
Coto
umbilical: a coloraçãodo
coto umbilical deve ser observada, sendo à princípioesbranquiçada e enegrecida já
próximo
a sua queda. Faz-se necessário a verificaçãoda
presença de duas artérias euma
veia,bem como
a presença de sangramentos.Aparelho
geniturinário e ânus:no
RN
masculino, os testículosdevem
ser verificados nabolsa escrotal
ou
canal inguinal, otamanho do
pênis variaem
toma
de3,5cm
e a glande é aderida aoprepúcio, estando o
meato
uretral centralizado.No
RN
do
sexo feminino, os pequenos lábios e oclitóris são proeminentes.
Pode
ocorrer a presença deuma
secreção esbranquiçadaou
sangüinolentanos primeiros 10 dias, decorrentes da ação de
hormônios matemos.
A
permeabilidadedo
ânus é verificadaem
ambos
os sexos até as primeiras 48horas de vidado
RN,
para a obsen/ação dequalquer anormalidade que possa estar presente.
Dorso
e nádegas: o dorso é palpado para se diagnosticar a presença de anomalias da colunavertebral.
As
nádegas são observadas quanto à simetria, presença das pregas glúteas e a suacoloração.
Membros:
na inspeção dosmembros
deve ser observada a presença de anomaliascomo:
pétorto, sindactilia, polidactilia, luxações, fraturas, linha palmar única e ausência de sulcos cutâneos
plantares.
A
estabilidadedo
quadril é verificada através damanobra
de Ortolani-Barlow.Reflexos: deve ser realizada a observação dos seguintes reflexos arcaicos
quando
oRN
estiver acordado e calmo: Babinski,