• Nenhum resultado encontrado

Os atributos de cor/raça e escolaridade no mercado matrimonial brasileiro: meio século de negociações

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Os atributos de cor/raça e escolaridade no mercado matrimonial brasileiro: meio século de negociações"

Copied!
21
0
0

Texto

(1)

Os atributos de cor/raça e escolaridade no mercado matrimonial

brasileiro: meio século de negociações

1

Kaizô Iwakami Beltrão♦

Sonoe Sugahara♣ Moema De Poli Teixeira♣

1

Trabalho apresentado no XVIII Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Águas de Lindóia/SP – Brasil, de 19 a 23 de novembro de 2012.

♦ Pesquisador da EBAPE/FGV. ♣ Pesquisadora da ENCE/IBGE. ♣ Pesquisadora da ENCE/IBGE.

(2)

Os atributos de cor/raça e escolaridade no mercado matrimonial brasileiro: meio século de negociações

Kaizô Iwakami Beltrão♦ Sonoe Sugahara♣ Moema De Poli Teixeira♣

1. Introdução

Existe uma tradição histórica de miscigenação racial na sociedade brasileira desde os primórdios coloniais (Freyre, G. 1992; Prado, P. 1981; Vianna, O. 1956; Azevedo, T. 1975; Buarque de Holanda, S. 1987; DaMatta, R. 1987). A questão a que nos colocamos é: como se estruturam internamente as famílias brasileiras com respeito a um conceito de hierarquia racial? Várias pesquisas realizadas pelo IBGE (PNADs, Censos, POF, PMEs, etc.) perguntam sobre a cor/raça do indivíduo. Ainda que as respostas possam ter um grau de subjetividade, parece haver uma certa persistência temporal e as margens de variação, quando mensuradas não ultrapassam 5%. Houve uma tendência ao “embranquecimento”, ao menos no nível da declaração censitária até o censo de 1991 (Wood & Carvalho, 1994) e uma reversão nos dados de 2000 e 2010. Acreditamos que, para uma análise de mudanças na composição “racial” da população brasileira, é fundamental uma compreensão do comportamento em relação aos casamentos inter-raciais.

Vários estudos foram desenvolvidos sobre o mercado matrimonial brasileiro envolvendo aspectos de raça/cor (Lowrie, 1939; Staley, 1959; Fernandes, 1978; Oliveira, Porcaro e Araújo Costa, 1985; Valle Silva, 1987). Um dos primeiros estudos sobre casamento inter-racial no Brasil foi desenvolvido por Staley em 1959. Neste estudo ele observa que no Brasil 70% dos casamentos inter-raciais são dos tipos “elíseo” (casais que desconhecem totalmente qualquer preconceito racial ou pressão social oriunda de preconceito racial – o termo grego refere-se a paraíso) ou “nesédico” (casais com relativo isolamento social o que os torna pouco sensíveis às pressões sociais oriundas de preconceitos raciais – o termo grego refere-se à ilha). Os outros grupos considerados por Staley foram: “etinokinédico” (16%), “etonoáptico” (12%) e etnamínico (8%). O termo “etinokinédico” poderia ser traduzido, a partir das suas duas raízes gregas, como problemas com a raça. Neste tipo de união o preconceito racial e as restrições sociais são percebidos pelo casal, mas não freqüentemente e nem intensamente. O termo “etonoáptico” remete a um submergir a existência do problema da raça para o inconsciente – neste tipo, o homem “não branco” por ter atingido um status mais alto, fica em posição de casar com uma mulher branca de classe equivalente (Staley, 1959). O estudo completo de Staley, que foi sua tese de doutorado na Universidade de Pittsburgh, incluiu uma análise da cor dos cônjuges proveniente de dados do registro civil da cidade de São Paulo entre 1948 e 1957, e comprovou que 96,6% dos casamentos eram endogâmicos e apenas 3,4% exogâmicos (cf.Valle Silva 1987:62). Fernandes (1978:158) também analisou dados de casamentos segundo a cor dos cônjuges ocorridos no município de São Paulo em 1961 com base em dados do Anuário Estatístico

Pesquisador da EBAPE/FGV.

(3)

do Governo do Estado de São Paulo, mostrando que a homogamia entre os brancos era de 97,74%, entre os pardos, de 68,28% e entre os pretos, de 64,28%. Tanto Pierson (1971) quanto Azevedo (1966) estudaram as uniões formais por cor dos cônjuges na Bahia, o primeiro através de dados oficiais do registro civil nos anos de 1933-34 e o segundo a partir de uma amostra de 222 uniões. Como os dois estudos ocorreram com uma diferença de quase 30 anos e trabalharam com base de dados de natureza distinta, isso certamente influenciou os resultados que encontraram: Pierson revela ter encontrado apenas 3,3% de casamentos entre brancos e negros, enquanto Azevedo encontra na sua amostra apenas 34% dos casais com cônjuges no mesmo grupo de cor.

O casamento interracial passou a ser objeto de estudos mais sistemáticos provenientes das estatísticas oficiais a partir do suplemento da PNAD de 1976, pesquisa que teve como principal objetivo estudar os termos que a população utilizava para se classificar racialmente. Com base nestes dados, Oliveira, Porcaro e Araújo Costa (1985) também mostraram que o padrão de casamento considerando a cor da população é a endogamia racial, 84,6% entre os brancos, 54,5% entre os pretos e 66,6% entre os pardos. (Oliveira, Porcaro e Araújo Costa 1985:76). Valle e Silva (1987), a partir dos mesmos dados, faz um estudo específico sobre distância social e casamento inter-racial no Brasil utilizando, inclusive, modelagem estatística, para verificar, principalmente, qual seria o padrão de casamento entre os grupos de cor na ausência dos diferenciais demográficos. De fato, como menciona Moutinho (2004), boa parte da literatura sobre casamento interracial no Brasil apontou para os condicionantes demográficos como determinantes da seletividade dos casais de diferentes grupos de raça/cor. Entretanto, a heterogeneidade social que caracteriza os grupos de raça/cor amplia o leque dos fatores condicionantes para a escolha matrimonial. Warren (1968) identifica dois tipos de teoria explicativa: a que privilegia o grau de proximidade entre os cônjuges potenciais e a que enfatiza a escolha pessoal baseada numa característica particular. Existe, porém, um conceito subjacente a essas teorias, que diz respeito à “distância social”, que pode ser compreendida como restrições à interação social, com base em fatores como renda e educação.

O objetivo deste trabalho é desenvolver uma análise sobre os condicionantes sociais de casamentos inter-raciais segundo alguns recortes. Serão utilizados como indicadores de condição social, os dados sobre escolaridade e classe de renda domiciliar per capita divulgados nestes censos demográficos. Este estudo fará a mensuração do nível sócio econômico através da escolaridade e da renda domiciliar per capita. Serão considerados quatro grupos de anos de estudo: (i) até 3 anos (inclusive); (ii) 4 a 7 anos de estudo; (iii) 8 a 10 anos de estudo e (iv) 11 anos de estudo ou mais. Quanto à renda domiciliar serão considerados 4 quartos de renda. Considera-se também a assimetria educacional do casal com 3 categorias: (i) homem com mais anos de estudo que a mulher, (ii) ambos na mesma categoria educacional e (iii) mulher em categoria educacional superior a do homem.

Neste estudo serão consideradas 4 categorias de união (status da união) que, em princípio, deveriam dar uma ideia do grau de formalização da união frente à sociedade e da importância dada a opinião pública: (i) formal com filhos (casamento civil e/ou religioso com filhos), (ii) informal com filhos (uniões consensuais com filhos), (iii) formal sem filhos e (iv) informal sem filhos.

(4)

2. O mercado matrimonial – a situação no Brasil em 1960 e em 2010

Para se dimensionar o mercado matrimonial no Brasil, a Tabela 1 e a Tabela 2 apresentam, respectivamente, a população brasileira de homens e de mulheres acima de 18 anos desagregadas por raça/cor nos anos censitários utilizados na análise. Observa-se que entre os homens há um grande crescimento da participação de pardos seguido dos amarelos, em detrimento da participação de brancos. Por outro lado, entre as mulheres percebe-se que o maior crescimento ocorreu entre as amarelas, seguido das pardas, também em detrimento das brancas. A Tabela 3 apresenta a razão de sexo desagregada por cor/raça nos anos considerados, onde se observa que em 1960 havia a predominância de mulheres apenas entre os declarados pretos. Em 2010 ocorre uma reversão, sendo a predominância de homens apenas entre os declarados pretos.

Tabela 1 – Homens com 18 anos e mais desagregados por cor/raça – números absolutos e

distribuição relativa (%) – Censos 1960 e 2010

Fonte: IBGE, Censos 1960 e 2010.

Tabela 2 – Mulheres com 18 anos e mais desagregadas por cor/raça – números absolutos

(milhões) e distribuição relativa (%) – Censos 1960 e 2010

1960 2010

Raça ou cor Absoluto (%) Absoluto (%)

Branca 19.429.395 62,1% 35.026.646 50,3% Preta 2.762.980 8,8% 5.360.087 7,7% Amarela 226.193 0,7% 864.558 1,2% Parda 8.830.751 28,2% 28.159.390 40,4% Indígena 7.794 0,0% 236.584 0,3% Ignorado 13.991 0,0% 1.396 0,0%

Fonte: IBGE, Censos 1960 e 2010.

Tabela 3 – Razão de sexo na população com 18 anos e mais desagregadas por cor/raça –

Censos 1960 e 2010 Raça ou cor 1960 2010 Branca 1,00 0,89 Preta 1960 2010 Raça ou cor Absoluto (%) Absoluto (%) Branca 19.369.577 62,2% 31.173.758 48,1% Preta 2.684.433 8,6% 5.694.990 8,8% Amarela 250.531 0,8% 693.224 1,1% Parda 8.792.969 28,3% 27.016.592 41,7% Indígena 8.056 0,0% 234.150 0,4% Ignorado 13.847 0,0% 4.256 0,0%

(5)

Amarela 1,11 0,80 Parda 1,00 0,96 Indígena 1,03 0,99 Ignorado 0,99 3,05 Fonte: IBGE, Censos 1960 e 2010.

O Gráfico 1 apresenta a razão de sexo entre os casados segundo cor/raça. No Censo de 1960, quando os casamentos homogâmicos eram a regra, a razão de sexo é muito perto da unidade para todos os grupos de cor/raça. Já em 2010, com o aumento dos casamentos heterogâmicos, os pretos aparecem com uma maior proporção de homens casados, enquanto os outros grupos compensam com uma maior proporção de mulheres casadas.

Gráfico 1 - RAZÃO DE SEXO ENTRE OS CASADOS SEGUNDO COR/RAÇA - CENSO 1960 E 2010

RAZÃO DE SEXO ENTRE OS CASADOS SEGUNDO COR/RAÇA - CENSO 1960 E 2010

0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4

BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDIGENA 1960

2010

Fonte: IBGE, Censos 1960 e 2010.

O Gráfico 2 apresenta a proporção de indivíduos casados na população de 18 anos e mais. Observa-se que em 1960 era bem menor a proporção de casados, indicando, seja uma idade mais velha ao casamento, seja um maior proporção de indivíduos que nunca contraem matrimônio. Em 1960 é também pequena a diferença entre os sexos para todos os grupos. Já em 2010 há um aumento considerável da proporção de indivíduos em união e

nitidamente um diferencial entre os sexos para todos os grupos, parcialmente relacionado com a maior sobrevivência das mulheres.

Gráfico 2 - PROPORÇÃO DE CASADOS NA POPULAÇÃO DE 18 ANOS E MAIS SEGUNDO COR/RAÇA - CENSO 1960 E 2010

(6)

PROPORÇÃO DE CASADOS NA POPULAÇÃO DE 18 ANOS E MAIS SEGUNDO COR/RAÇA - CENSO 1960 E 2010 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDIGENA 1960 Homens 1960 Mulheres

2010 Homens 2010 Mulheres

Fonte: IBGE, Censos 1960 e 2010.

O Gráfico 3 apresenta a distribuição da cor da mulher segundo a cor do homem para todos os casais nos dois anos censitários em análise. Em 1960 observa-se que a proporção de homens brancos, pretos, amarelos, pardos e indígenas casados com mulheres da mesma cor era muito maior do que em 2010. Em 2010, o casamento de homens brancos, pretos, amarelos e indígenas com mulheres pardas mostra um crescimento significativo, sendo a única exceção o casamento dos homens pardos, que apresentam crescimento de cônjuges brancas em detrimento do casamento com cônjuges pardas, vis à vis a situação de 1960. O casamento de homens brancos, amarelos, pardos e indígenas com mulheres pretas mostra também, em 2010, um crescimento, sendo a única exceção o casamento dos homens pretos, que apresentam crescimento de cônjuges brancas e pardas em detrimento do casamento com cônjuges pretas.

Gráfico 3 – Distribuição da cor/raça da mulher segundo a cor/raça do homem – Casais Censos 1960 e 2010

DISTRIBUIÇÃO DA COR/RAÇA DO HOMEM SEGUNDO COR/RAÇA DA MULHER - CASAIS CENSO 1960 E 2010 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 1960 2010 1960 2010 1960 2010 1960 2010 1960 2010

BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDIGENA

COR DO HOMEM

BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDIGENA

(7)

Gráfico 4 – Distribuição da cor/raça do homem segundo a cor/raça da mulher – Casais Censos 1960 e 2010

DISTRIBUIÇÃO DA COR DA MULHER SEGUNDO COR DO HOMEM - CASAIS CENSO 1960 E 2010

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 1960 2010 1960 2010 1960 2010 1960 2010 1960 2010

BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDIGENA

COR DO HOMEM

BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDIGENA

Fonte: IBGE, Censos 1960 e 2010.

Com relação ao status da união, observa-se que, entre 1960 e 2010, a única categoria que mostra decrescimento é a “formal com filhos”, embora esta permaneça o status predominante de união entre os casais. Na verdade, a ordenação dos status das uniões continua a mesma, conforme pode se verificar na Tabela 4.

Tabela 4 – Distribuição dos casais segundo o status da união – Censos 1960 e 2010

status da união 1960 2010

formal com filhos 66% 59%

informal com filhos 24% 29%

formal sem filhos 6% 7%

informal sem filhos 3% 5%

Total 100% 100%

Fonte: IBGE, Censos 1960 e 2010.

A Tabela 5 apresenta a distribuição dos casamentos homogâmicos e heterogâmicos segundo o status da união. Como foi observado na Tabela 4, a ordenação tanto para casais homogâmicos como heterogâmicos permanece a mesma em 1960 e 2010. No entanto entre os heterogâmicos existe uma maior predominânia da união informal: 26,5 entre os homogâmicos em 1960 por oposição a 37,7% entre os heterogâmicos (respectivamente 31,9 e 39,0% em 2010). Com respeito a existência de filhos, os casais homogâmicos sem filhos aumentam ligeiramente a sua participação (de 8,5% em 1960 a 11,3% em 2010), enquanto entre os heterogâmicos, o oposto acontece (indo de 18,3% a 10,0%). Ou seja, a opção de não ter filhos diferenciava mais os casais homogâmicos e heterogâmicos em 1960, quando a proporção dos primeiros era quase um terço da dos segundos. Já em 2010, parece não haver diferença significativa entre as duas opções. Dentro de cada status de união há um crescimento em 2010 dos casais heterogâmicos em relação aos homogâmicos com exceção da união “formal com filhos” que apresenta comportamento oposto. Observa-se que em 1960, 91,8% dos casais eram homogâmicos, proporção que decai para 69,3% em 2010.

(8)

Tabela 5 - Distribuição dos casamentos homogâmicos e heterogâmicos segundo o status da união - Censos 1960 e 2010

status da união

1960 2010

homogâmico heterogâmico homogâmico heterogâmico

formal com filhos 67,7% 52,3% 61,4% 54,8%

informal com filhos 23,8% 29,3% 27,4% 34,1%

formal sem filhos 5,8% 9,9% 6,8% 6,1%

informal sem filhos 2,7% 8,4% 4,5% 4,9%

Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

% no ano 91,8% 8,2% 69,3% 30,7%

Fonte: IBGE, Censos 1960 e 2010.

A Tabela 6 apresenta a distribuição dos status da união segundo os casamentos homogâmicos e heterogâmicos. Para cada status de união há um decrescimento dos casais homogâmicos vis à vis os heterogâmicos.

Tabela 6 - Distribuição do status da união segundo casamentos homogâmicos e heterogâmicos – Censos 1960 e 2010

status da união

1960 2010

homogâmico heterogâmico Total homogâmico heterogâmico Total

formal com filhos 93,5% 6,5% 100,0% 71,6% 28,4% 100,0%

informal com filhos 90,0% 10,0% 100,0% 64,4% 35,6% 100,0%

formal sem filhos 86,7% 13,3% 100,0% 71,3% 28,7% 100,0%

informal sem filhos 78,3% 21,7% 100,0% 67,3% 32,7% 100,0%

Total 91,8% 8,2% 100,0% 69,3% 30,7% 100,0%

Fonte: IBGE, Censos 1960 e 2010.

2.1. Casais Racialmente Homogâmicos e Heterogâmicos segundo a UF

O Gráfico 5 apresenta a taxa geral de homogamia (TGH) para cada uma das UF e ano em estudo, bem como a taxa para o Brasil como um todo. Para permitir uma comparabilidade temporal, as UF que não existiam em 1960 foram reconstituídas a partir dos municípios constituintes quando da separação do estado. Em linhas gerais pode-se dizer que houve uma queda generalizada na TGH para todas as UF, sendo que para os estados de SC e RS a queda foi menos pronunciada. Os outros estados que em 1960 apresentavam TGH mais alta do que a média nacional apresentaram quedas bem maiores.

(9)

Gráfico 5 – Taxa geral de homogamia segundo UF – Censos 1960 e 2010

TAXA GERAL DE HOMOGAMIA SEGUNDO UF - CENSO 1960 E 2010

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% RO AC AM RR PA AP TO MA PI CE RN PB PE AL SE BA MG ES RJ SP PR SC RS MS MT GO DF 1960 2010

Fonte: IBGE, Censos 1960 e 2010.

Os Gráfico 6 e Gráfico 7 apresentam a distribuição dos casais monogâmicos (segundo cor do casal) e heterogâmicos para cada uma das UF em 1960 e 2010, respectivamente. Como já observado anteriormente, observa-se a queda acentuada dos casais homogâmicos vis-a-vis o crescimento dos casais heterogâmicos e, entre os homogâmicos, queda significativa na proporção dos casais brancos vis-a-vis o crescimento dos casais pardos.

Gráfico 6 – Distribuição dos casais homogâmicos segundo cor do casal e heterogâmicos por UF – Censo 1960

CASAIS HOMOGÂMICOS SEGUNDO COR DO CASAL E HETEROGÂMICOS POR UF - CENSO 1960

0% 20% 40% 60% 80% 100% RO AC AM RR PA AP TO MA PI CE RN PB PE AL SE BA MG ES RJ SP PR SC RS MS MT GO DF BR HETERO INDÍGENAS PARDOS AMARELOS PRETOS BRANCOS

(10)

Gráfico 7 – Distribuição dos casais homogâmicos segundo cor do casal e heterogâmicos por UF – Censo 2010

CASAIS HOMGÂMICOS SEGUNDO COR DO CASAL E HETEROGÂMICOS POR UF - CENSO 2010

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% RO AC AM RR PA AP TO MA PI CE RN PB PE AL SE BA MG ES RJ SP PR SC RS MS MT GO DF BR HETERO INDÍGENAS PARDOS AMARELOS PRETOS BRANCOS

Fonte: IBGE, Censos 1960 e 2010.

2.2. Casais Racialmente Homogâmicos segundo status da união

O Gráfico 8 apresenta os casamentos homogâmicos como proporção dos maridos (na primeira linha) e das esposas (na segunda linha) da mesma cor segundo cor/raça. Na coluna da esquerda a informação refere-se ao Censo de 1960 e na coluna da direita a informação é do Censo de 2010. Por exemplo, em 1960, entre os casais formais com filhos, os casamentos homogâmicos entre brancos (linha azul marinho) representavam 96% dos casamentos formais com filhos nos quais participava um homem branco. Complementarmente, 4% dos casamentos formais com filhos nos quais participava um homem branco, seu cônjuge era de outro grupo de cor/raça. Os homens amarelos apresentam um comportamento bem semelhante. São os homens indígenas que participam em menor proporção (70%) dos casamentos formais com filhos em condição de homogamia, ou seja, com uma mulher indígena, indicando que 30% deles em uniões formais com filhos são casados com mulheres de outros grupos de cor/raça.

Em linhas gerais, com respeito a taxa de homogamia tanto masculina quanto feminina, pode-se dizer que em uniões formais esta taxa é maior, bem como nas uniões com filhos. Este comportamento se verifica tanto em 1960, como em 2010. Nota-se uma queda, maior entre homens e mulheres amarelos e homens pretos, na taxa marginal de homogamia.

Gráfico 8 – TAXA MARGINAL DE HOMOGAMIA MASCULINA E FEMININA SEGUNDO COR – CENSO 1960 E 2010

(11)

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DOS MARIDOS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR - BRASIL - 1960

0% 20% 40% 60% 80% 100% 120%

formal com filhos informal com filhos formal sem filhos informal sem filhos

BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DOS MARIDOS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR - BRASIL - 2010

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%

formal com filhos informal com filhos formal sem filhos informal sem filhos

BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DAS ESPOSAS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR - BRASIL - 1960

0% 20% 40% 60% 80% 100% 120%

formal com filhos informal com filhos formal sem filhos informal sem filhos

BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DAS ESPOSAS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR - BRASIL - 2010

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%

formal com filhos informal com filhos formal sem filhos informal sem filhos

BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

Fonte: IBGE, Censos 1960 e 2010.

2.3. Casais Racialmente Homogâmicos segundo status da união e quartos de renda

Possivelmente, o status social do casal (ou dos componentes do casal antes da união) deve influenciar a decisão da homogamia/heterogamia. Nesta seção a renda familiar per capita é utilizada como proxy para o status social. O Gráfico 9 e o Gráfico 10 apresentam as taxas de homogamia segundo cor/raça dos cônjuges para os dois anos censitários em análise para os quartos extremos de renda: os mais pobres e os mais ricos. Em linhas gerais, com respeito à taxa de homogamia tanto masculina quanto feminina em 1960 (ver Gráfico 11), pode-se dizer que para brancos e amarelos a taxa de homogamia é razoavelmente estável como função do quarto de renda, apresentando, porem, um valor mais baixo para o último quarto de renda. Já para homens pretos e pardos de ambos os sexos, a taxa é decrescente com a renda nos três primeiros quartos e apresenta um valor maior no quarto mais abastado. Para as mulheres pretas, a queda acontece ao longo de todos os quartos de renda analisados. Já em 2010, para homens brancos e amarelos, a taxa de homogamia aumenta com a renda, o inverso acontecendo para homens pardos e pretos. Para as mulheres o comportamento é semelhante com exceção das mulheres amarelas no primeiro quarto e das mulheres pretas no segundo quarto de renda.

A taxa de homogamia é maior nas uniões formais, bem como nas uniões com filhos. Este comportamento se verifica tanto em 1960, como em 2010. Nota-se uma queda, entre 1960 e 2010, maior entre homens e mulheres amarelos e homens pretos, na taxa marginal de homogamia.

(12)

Gráfico 9 – TAXA MARGINAL DE HOMOGAMIA MASCULINA E FEMININA SEGUNDO COR/RAÇA NO PRIMEIRO QUARTO DE RENDA – CENSO 1960 E

2010

1960 2010

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DOS MARIDOS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR PARA O PRIMEIRO QUARTO DE RENDA FAMILIAR

PER CAPITA - BRASIL - 1960

0% 20% 40% 60% 80% 100% 120%

formal com filhos informal com filhos formal sem filhos informal sem filhos

BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DOS MARIDOS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR PARA O PRIMEIRO QUARTO DE RENDA FAMILIAR

PER CAPITA - BRASIL - 2010

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

formal com filhos informal com filhos formal sem filhos informal sem filhos

BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DAS ESPOSAS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR PARA O PRIMEIRO QUARTO DE RENDA FAMILIAR

PER CAPITA - BRASIL - 1960

0% 20% 40% 60% 80% 100% 120%

formal com filhos informal com filhos formal sem filhos informal sem filhos

BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DAS ESPOSAS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR PARA O PRIMEIRO QUARTO DE RENDA FAMILIAR

PER CAPITA - BRASIL - 2010

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

formal com filhos informal com filhos formal sem filhos informal sem filhos

BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

Fonte: IBGE, Censos 1960 e 2010.

Gráfico 10 – TAXA MARGINAL DE HOMOGAMIA MASCULINA E FEMININA SEGUNDO COR/RAÇA NO ÚLTIMO QUARTO DE RENDA – CENSO 1960 E 2010

1960 2010

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DOS MARIDOS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR PARA O QUARTO QUARTO DE RENDA FAMILIAR PER

CAPITA - BRASIL - 1960 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120%

formal com filhos informal com filhos formal sem filhos informal sem filhos

BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DOS MARIDOS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR PARA O QUARTO QUARTO DE RENDA FAMILIAR PER

CAPITA - BRASIL - 2010 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

formal com filhos informal com filhos formal sem filhos informal sem filhos

BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

(13)

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DAS ESPOSAS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR PARA O QUARTO QUARTO DE RENDA FAMILIAR PER

CAPITA - BRASIL - 1960 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120%

formal com filhos informal com filhos formal sem filhos informal sem filhos

BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DAS ESPOSAS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR PARA O QUARTO QUARTO DE RENDA FAMILIAR PER

CAPITA - BRASIL - 2010 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%

formal com filhos informal com filhos formal sem filhos informal sem filhos

BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

Fonte: IBGE, Censos 1960 e 2010

Gráfico 11 – TAXA MARGINAL DE HOMOGAMIA MASCULINA E FEMININA SEGUNDO COR/RAÇA E QUARTO DE RENDA – CENSO 1960 E 2010

1960 2010

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS SEGUNDO QUARTOS DE RENDA DOMICÍLIAR - COR DO HOMEM - BRASIL - 1960

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 1q 2q 3q 4q Branco Preto Amarelo Pardo

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS SEGUNDO QUARTOS DE RENDA DOMICÍLIAR - COR DO HOMEM - BRASIL - 2010

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 1q 2q 3q 4q Branco Preto Amarelo Pardo

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS SEGUNDO QUARTOS DE RENDA DOMICÍLIAR - COR DA MULHER - BRASIL - 1960

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 1q 2q 3q 4q Branca Preta Amarela Parda

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS SEGUNDO QUARTOS DE RENDA DOMICÍLIAR - COR DA MULHER - BRASIL - 2010

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 1q 2q 3q 4q Branca Preta Amarela Parda

Fonte: IBGE, Censos 1960 e 2010.

2.4. Casais Racialmente Homogâmicos segundo status da união e escolaridade da pessoa de referência

Considerou-se como alternativa de proxy para o status social, a escolaridade da pessoa de referência, também em quatro grupos: (i) até 3 anos (inclusive); (ii) 4 a 7 anos de estudo; (iii) 8 a 10 anos de estudo e (iv) 11 anos de estudo ou mais. O Gráfico 12 e o Gráfico 13 apresentam as taxas de homogamia segundo cor/raça dos cônjuges para os dois anos

(14)

censitários em análise para os níveis extremos de escolaridade: os menos educados e os mais. Em 1960, a taxa de homogamia masculina, para homens de todos os grupos de cor/raça, se apresentava decrescente com a escolaridade, ou seja, homens mais instruídos tinham uma maior probabilidade de casamento heterogâmico (ver Gráfico 14), com uma maior diferença para homens pardos e principalmente pretos. Entre as mulheres, a queda como função da escolaridade acontecia somente para mulheres pardas e pretas, mas com um decréscimo mais pronunciado daquele ocorrido entre os homens. As mulheres brancas, em 1960, apresentavam o comportamento oposto, ou seja, a taxa de homogamia crescia com a escolaridade. Já em 2010, homens amarelos e brancos apresentam um crescimento da taxa de homogamia como função da escolaridade. Homens pretos e pardos continuam com comportamento decrescente. Em 2010, os níveis para pretos e amarelos, são visivelmente mais baixos, enquanto para homens brancos e pardos, estes níveis, embora mais baixos do que em 1960, não apresentam o mesmo diferencial dos outros dois grupos de cor/raça já mencionados. Para as mulheres pretas e pardas, a taxa de homogamia continua decrescente em 2010. O das mulheres brancas continua crescente. Já para as mulheres amarelas nota-se uma padrão em U – uma queda, seguida de uma estabilidade e um crescimento. Para todas as combinações de cor/raça e escolaridade, as taxas são aparentemente mais baixas em 2010 do que em 1960.

Gráfico 12 – TAXA MARGINAL DE HOMOGAMIA MASCULINA E FEMININA SEGUNDO COR/RAÇA NO PRIMEIRO NÍVEL DE ESCOLARIDADE – CENSO

1960 E 2010

1960 2010

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DOS MARIDOS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR PARA O PRIMEIRO NÍVEL DE ESCOLARIDADE DA PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO - BRASIL - 1960

0% 20% 40% 60% 80% 100% 120%

formal com filhos informal com filhos formal sem filhos informal sem filhos BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DOS MARIDOS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR PARA O PRIMEIRO NÍVEL DE ESCOLARIDADE DA PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO - BRASIL - 2010

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

formal com filhos informal com filhos formal sem filhos informal sem filhos BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DAS ESPOSAS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR PARA O PRIMEIRO NÍVEL DE ESCOLARIDADE DA PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO - BRASIL - 1960

0% 20% 40% 60% 80% 100% 120%

formal com filhos informal com filhos formal sem filhos informal sem filhos BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DAS ESPOSAS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR PARA O PRIMEIRO NÍVEL DE ESCOLARIDADE DA PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO - BRASIL - 2010

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

formal com filhos informal com filhos formal sem filhos informal sem filhos BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

(15)

Gráfico 13 – TAXA MARGINAL DE HOMOGAMIA MASCULINA E FEMININA SEGUNDO COR/RAÇA NO NÍVEL MAIS ALTO DE ESCOLARIDADE – CENSO

1960 E 2010

1960 2010

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DOS MARIDOS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR PARA O QUARTO NÍVEL DE ESCOLARIDADE DA PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO - BRASIL - 1960

0% 20% 40% 60% 80% 100% 120%

formal com filhos informal com filhos formal sem filhos informal sem filhos BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DOS MARIDOS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR PARA O QUARTO NÍVEL DE ESCOLARIDADE DA PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO - BRASIL - 2010

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%

formal com filhos informal com filhos formal sem filhos informal sem filhos BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DAS ESPOSAS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR PARA O QUARTO NÍVEL DE ESCOLARIDADE DA PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO - BRASIL - 1960

0% 20% 40% 60% 80% 100% 120%

formal com filhos informal com filhos formal sem filhos informal sem filhos BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DAS ESPOSAS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR PARA O QUARTO NÍVEL DE ESCOLARIDADE DA PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO - BRASIL - 2010

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%

formal com filhos informal com filhos formal sem filhos informal sem filhos BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

Fonte: IBGE, Censos 1960 e 2010

Gráfico 14 – TAXA MARGINAL DE HOMOGAMIA MASCULINA E FEMININA SEGUNDO COR/RAÇA E ESCOLARIDADE – CENSO 1960 E 2010

1960 2010

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS SEGUNDO ESCOLARIDADE DA PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO - COR DO HOMEM - BRASIL - 1960

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

1esc 2esc 3esc 4esc

Branco Preto Amarelo Pardo

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS SEGUNDO ESCOLARIDADE DA PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO - COR DO HOMEM - BRASIL - 2010

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

1esc 2esc 3esc 4esc

Branco Preto Amarelo Pardo

(16)

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS SEGUNDO ESCOLARIDADE DA PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO - COR DA MULHER - BRASIL - 1960

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

1esc 2esc 3esc 4esc

Branca Preta Amarela Parda

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS SEGUNDO ESCOLARIDADE DA PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO - COR DA MULHER - BRASIL - 2010

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

1esc 2esc 3esc 4esc

Branca Preta Amarela Parda

Fonte: IBGE, Censos 1960 e 2010.

2.5. Casais Racialmente Homogâmicos segundo status da união e diferença de escolaridade entre os cônjuges

Com dados censitários é muito difícil se ter idéia das diferenças sócio-econômicas antes da união. A escolaridade parece ser a única variável que poderia mensurar esta diferença. Obviamente, a escolaridade não fica congelada no estado anterior à união, mas não se modifica automaticamente como a renda dos cônjuges. Nesta seção, foi considerada a discrepância na escolaridade dos cônjuges em 3 níveis: Homens com menor escolaridade do que a mulher, ambos com mesma escolaridade e homens com maior escolaridade do que as mulheres. O Gráfico 15, o Gráfico 16 e o Gráfico 17 apresentam, respectivamente, as taxas de homogamia para as três situações acima mencionadas. Em linhas gerais, com respeito à taxa de homogamia tanto masculina quanto feminina em 1960 (ver Gráfico 18), pode-se dizer que para todos os grupos de cor/raça, com exceção das mulheres brancas em 1960, nos dois anos censitários, a taxa de homogamia racial era maior nos casais com maior homogamia na escolaridade (escolaridade de homens igual à das mulheres). Em 1960, a discrepância na taxa de homogamia entre os casais de mesma escolaridade e os demais, era maior para os homens e mulheres pretos e pardos. Já em 2010, esta maior discrepância era maior entre os amarelos e os pretos.

Gráfico 15 – TAXA MARGINAL DE HOMOGAMIA MASCULINA E FEMININA SEGUNDO COR/RAÇA EM CASAIS COM MARIDOS COM MENOS

ESCOLARIDADE QUE A ESPOSA – CENSO 1960 E 2010

1960 2010

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DOS MARIDOS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR PARA CASAIS COM MARIDOS COM MENOS

ESCOLARIDADE DO QUE A ESPOSA - BRASIL - 1960

20% 40% 60% 80% 100% 120% BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DOS MARIDOS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR PARA CASAIS COM MARIDOS COM MENOS

ESCOLARIDADE DO QUE A ESPOSA - BRASIL - 2010

10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

(17)

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DAS ESPOSAS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR PARA CASAIS COM MARIDOS COM MENOS

ESCOLARIDADE DO QUE A ESPOSA - BRASIL - 1960

0% 20% 40% 60% 80% 100% 120%

formal com filhos informal com filhos formal sem filhos informal sem filhos

BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DAS ESPOSAS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR PARA CASAIS COM MARIDOS COM MENOS

ESCOLARIDADE DO QUE A ESPOSA - BRASIL - 2010

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%

formal com filhos informal com filhos formal sem filhos informal sem filhos

BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

Fonte: IBGE, Censos 1960 e 2010.

Gráfico 16– TAXA MARGINAL DE HOMOGAMIA MASCULINA E FEMININA SEGUNDO COR/RAÇA EM CASAIS COM MARIDOS ESCOLARIDADE IGUAL

À DA ESPOSA – CENSO 1960 E 2010

1960 2010

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DOS MARIDOS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR PARA CASAIS COM MARIDOS COM ESCOLARIDADE

IGUAL A DA ESPOSA - BRASIL - 1960

0% 20% 40% 60% 80% 100% 120%

formal com filhos informal com filhos formal sem filhos informal sem filhos

BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DOS MARIDOS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR PARA CASAIS COM MARIDOS COM ESCOLARIDADE

IGUAL A DA ESPOSA - BRASIL - 2010

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%

formal com filhos informal com filhos formal sem filhos informal sem filhos

BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DAS ESPOSAS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR PARA CASAIS COM MARIDOS COM ESCOLARIDADE

IGUAL A DA ESPOSA - BRASIL - 1960

0% 20% 40% 60% 80% 100% 120%

formal com filhos informal com filhos formal sem filhos informal sem filhos

BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DAS ESPOSAS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR PARA CASAIS COM MARIDOS COM ESCOLARIDADE

IGUAL A DA ESPOSA - BRASIL - 2010

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%

formal com filhos informal com filhos formal sem filhos informal sem filhos

BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

(18)

Gráfico 17– TAXA MARGINAL DE HOMOGAMIA MASCULINA E FEMININA SEGUNDO COR/RAÇA EM CASAIS COM MARIDOS COM MAIS

ESCOLARIDADE QUE A ESPOSA – CENSO 1960 E 2010

1960 2010

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DOS MARIDOS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR PARA CASAIS COM MARIDOS COM MAIS

ESCOLARIDADE DO QUE A ESPOSA - BRASIL - 1960

0% 20% 40% 60% 80% 100% 120%

formal com filhos informal com filhos formal sem filhos informal sem filhos

BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DOS MARIDOS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR PARA CASAIS COM MARIDOS COM MAIS

ESCOLARIDADE DO QUE A ESPOSA - BRASIL - 2010

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%

formal com filhos informal com filhos formal sem filhos informal sem filhos

BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DAS ESPOSAS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR PARA CASAIS COM MARIDOS COM MAIS

ESCOLARIDADE DO QUE A ESPOSA - BRASIL - 1960

0% 20% 40% 60% 80% 100% 120%

formal com filhos informal com filhos formal sem filhos informal sem filhos

BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS COMO PROPORÇÃO DAS ESPOSAS DA MESMA COR SEGUNDO RAÇA/COR PARA CASAIS COM MARIDOS COM MAIS

ESCOLARIDADE DO QUE A ESPOSA - BRASIL - 2010

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%

formal com filhos informal com filhos formal sem filhos informal sem filhos

BRANCO PRETO AMARELO PARDO INDÍGENA

Fonte: IBGE, Censos 1960 e 2010.

Gráfico 18 – TAXA MARGINAL DE HOMOGAMIA MASCULINA E FEMININA SEGUNDO COR/RAÇA E DIFERENÇA DE ESCOLARIDADE DE ENTRE

CÔNJUGES – CENSO 1960 E 2010

1960 2010

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS SEGUNDO DIFERENÇA NA ESCOLARIDADE DO CASAL- COR DO HOMEM - BRASIL - 1960

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% H<M H=M H>M Branco Preto Amarelo Pardo

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS SEGUNDO DIFERENÇA NA ESCOLARIDADE DO CASAL- COR DO HOMEM - BRASIL - 2010

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% H<M H=M H>M Branco Preto Amarelo Pardo

(19)

Fonte: IBGE, Censos 1960 e 2010

3. Comentários e Conclusões

Em primeiro lugar, o que se nota na comparação dos dados dos censos de 1960 e de 2010 é um crescimento expressivo dos casamentos heterogâmicos, que correspondiam a 8,2% em 1960 e passaram a representar 30,7% em 2010. Esse crescimento se verificou em todas as unidades da federação. Em 2010, o casamento de homens brancos, pretos, amarelos e indígenas com mulheres pardas mostrou um crescimento significativo, sendo a única exceção o casamento dos homens pardos, que apresentaram crescimento de cônjuges brancas em detrimento do casamento com cônjuges pardas, vis à vis a situação de 1960. Em 2010, o casamento de homens brancos, amarelos, pardos e indígenas com mulheres pretas mostrou um crescimento, sendo a única exceção o casamento dos homens pretos, que apresentaram crescimento de cônjuges brancas e pardas em detrimento do casamento com cônjuges pretas.

A distribuição dos casamentos segundo o status da união mostrou queda na formalidade, tanto entre os homogâmicos (73,5% em 1960 e 68,2% em 2010) como entre os heterogâmicos (62,2% em 1960 e 60,9% em 2010). Com respeito à existência de filhos, os casais homogâmicos sem filhos aumentaram ligeiramente a sua participação (de 8,5% em 1960 a 11,3% em 2010), enquanto entre os heterogâmicos, o oposto aconteceu (indo de 18,3% a 10,0%). Ou seja, a opção de não ter filhos diferenciou mais os casais homogâmicos e heterogâmicos em 1960, quando a proporção dos primeiros era quase um terço da dos segundos. Já em 2010, parece não haver diferença significativa entre as duas opções.

Para analisar a influência da condição sócioeconômica do casal na decisão da homogamia/heterogamia foram utilizadas a renda familiar per capita e o nível de escolaridade como proxy para o status social. Em linhas gerais, com respeito à taxa de homogamia tanto masculina quanto feminina em 1960, para brancos e amarelos a taxa de homogamia foi razoavelmente estável como função do quarto de renda, com um valor mais baixo para o último quarto de renda. Já para homens pretos e pardos de ambos os sexos, a taxa foi decrescente com a renda nos três primeiros quartos, apresentando um valor maior no quarto mais abastado. Para as mulheres pretas, a queda ocorreu ao longo de todos os quartos de renda analisados. Já em 2010, para homens brancos e amarelos, a taxa de homogamia aumentou com a renda, o inverso acontecendo para homens pardos e pretos.

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS SEGUNDO DIFERENÇA NA ESCOLARIDADE DO CASAL- COR DA MULHER - BRASIL - 1960

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% H<M H=M H>M Branca Preta Amarela Parda

CASAMENTOS HOMOGÂMICOS SEGUNDO DIFERENÇA NA ESCOLARIDADE DO CASAL- COR DA MULHER - BRASIL - 2010

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% H<M H=M H>M Branca Preta Amarela Parda

(20)

Para as mulheres o comportamento foi semelhante com exceção das mulheres amarelas no primeiro quarto e das mulheres pretas no segundo quarto de renda.

Com relação à escolaridade observou-se que, em 1960, a taxa de homogamia masculina, para homens de todos os grupos de cor/raça, se apresentou decrescente com a escolaridade, ou seja, homens mais instruídos tinham uma maior probabilidade de casamento heterogâmico, com uma maior diferença para homens pardos e principalmente pretos. Entre as mulheres, a queda como função da escolaridade aconteceu somente para mulheres pardas e pretas, mas com um decréscimo mais pronunciado daquele ocorrido entre os homens. As mulheres brancas, em 1960, apresentaram o comportamento oposto, ou seja, a taxa de homogamia cresceu com a escolaridade. Já em 2010, homens amarelos e brancos apresentaram um crescimento da taxa de homogamia como função da escolaridade. Homens pretos e pardos continuaram com comportamento decrescente. Em 2010, os níveis para pretos e amarelos, apareceram visivelmente mais baixos, enquanto para homens brancos e pardos, estes níveis, embora mais baixos do que em 1960, não apresentam o mesmo diferencial dos outros dois grupos de cor/raça já mencionados. Para as mulheres pretas e pardas, a taxa de homogamia continua decrescente em 2010. O das mulheres brancas continua crescente. Já para as mulheres amarelas nota-se um padrão em U – uma queda, seguida de uma estabilidade e um crescimento. Para todas as combinações de cor/raça e escolaridade, as taxas são aparentemente mais baixas em 2010 do que em 1960. Com respeito à diferença na escolaridade entre os membros do casal, a taxa de homogamia tanto masculina quanto feminina em 1960, para todos os grupos de cor/raça, com exceção das mulheres brancas em 1960, nos dois anos censitários, a taxa de homogamia racial era maior nos casais com maior homogamia na escolaridade (escolaridade de homens igual à das mulheres). Em 1960, a discrepância na taxa de homogamia entre os casais de mesma escolaridade e os demais, era maior para os homens e mulheres pretos e pardos. Já em 2010, esta maior discrepância era maior entre os amarelos e os pretos.

4. Bibliografia

AZEVEDO, T. – Cultura e Situação Raciais, Rio de Janeiro, 1966.

--- – Democracia racial: ideologia e realidade. Petrópolis: Ed. Vozes, 1975. BUARQUE DE HOLANDA, S. – Raízes do Brasil. Coleção Documentos Brasileiros, 19ª ed., José Olympio editora, 1987.

DAMATTA, R. – “A Fábula das 3 raças” in Relativizando. Rio de Janeiro, Rocco, 1987. FERNANDES, F. – A Integração do negro na Sociedade de Classes. Vol.2, São Paulo, editora Ática, 1978.

FREYRE, G. – Casa-Grande e Senzala, 28ª ed. Rio de Janeiro, ed. Record, 1992.

LOWRIE, S.H. – “Racial and National Intermarriage in a Brazilian City”. American Journal of Sociology, XLIV, march, 1939.

MOUTINHO, L. – Razão, Cor e Desejo. São Paulo, Ed. UNESP, 2004.

OLIVEIRA VIANNA, F. J. – Evolução do Povo Brasileiro. Rio de Janeiro, Livraria José Olympio Editora, 4ª ed. 1956

OLIVEIRA, L.E., PORCARO, R. e ARAÚJO COSTA, T.C. – O Lugar do Negro na Força de Trabalho. FIBGE, 1985.

PAULO PRADO – Retrato do Brasil: Ensaio Sobre A Tristeza Brasileira. São Paulo, IBRASA e Brasília, Instituto Nacional do Livro, 2ª ed. 1981.

(21)

PIERSON, D. – Brancos e Pretos na Bahia: estudo de contato racial. 2ª ed. São Paulo, Editora Nacional, 1971.

STALEY, A. J. – “Racial Democracy in Brazilian Marriage: toward a typology of negro-white intermarriage in five brazilian communities”. American Catholic Sociological Society, Chicago, august-september 2, 1959.

VALLE SILVA, N. – Distância Social e casamento Inter-racial no Brasil. Estudos Afro-Asiáticos nº 14, 1987.

WARREN, B.L. – “A multiple variable approach to the associative mating phenomenon”. Eugenics Quarterly, n.13, p. 285-90, 1968.

WOOD, C.H e CARVALHO, J.A M. – A Demografia da Desigualdade no Brasil. Rio de Janeiro, Série PNPE/IPEA 27, 1994.

Referências

Documentos relacionados

Corporate Control and Policies Page 12 UNIVERSIDAD DE PIURA UNIVERSIDAD DEL PACÍFICO UNIVERSIDAD ESAN UNIVERSIDAD NACIONAL AGRARIA LA MOLINA UNIVERSIDAD NACIONAL

Distância, comprimento ou perímetro: Esta ferramenta fornece a distância entre dois pontos, duas retas ou entre um ponto e uma reta e mostra um texto dinâmico na Zona Gráfica.

5seg para aquisição de modo facial de tamanho total 1800x848. Tamanho total de arquivo 3D

autoincriminação”, designadamente através da indicação de exemplos paradigmáticos. Sem prejuízo da relevância da matéria – traduzida, desde logo, no número e

Quando contratados, conforme valores dispostos no Anexo I, converter dados para uso pelos aplicativos, instalar os aplicativos objeto deste contrato, treinar os servidores

Curvas de rarefação (Coleman) estimadas para amostragens de espécies de morcegos em três ambientes separadamente (A) e agrupados (B), no Parque Estadual da Ilha do Cardoso,

Este trabalho é resultado de uma pesquisa quantitativa sobre a audiência realizada em 1999 envolvendo professores e alunos do Núcleo de Pesquisa de Comunicação da Universidade

Apesar dos ataques às pesquisas que usam animais geneticamente modificados, estamos mais próximos de um tratamento para doenças incuráveis, como Alzheimer, graças ao uso de