CONTROLE DE VIBRAÇÕES E RUlDO POR
NEUTRALIZADORES DINÂMICOS TIPO VIGA:
MÉTODO DAS GRANDEZAS GENERALIZADAS EQUIVALENTES
DISSERTAÇÃO SUBMETIDA À UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM ENGENHARIA MECÂNICA
FERNANDO LUIZ FREITAS FILHO
CONTROLE DE VIBRAÇÕES E RUÍDO POR NEUTRALIZADORES DINÂMICOS T IP O VIGA: MÉTOEXD DAS GRANDEZAS GENERALIZADAS EQUIVALENTES
FERNANDO L U IZ'F R E IT A S FILHO
ESTA DISSERTAÇXO FOI JULGADA ADEQUADA PARA A OBTENÇSO DO TÍTULO DE
MESTRE EM ENGENHARIA
ESPECIALIDADE ENGENHARIA MECÂNICA ÂREA DE CONCENTRAÇÃO VIBRAÇÕES E RUÎEX)
E APROVADA EM SUA FORMA FINAL PELO PROGRAMA DE PÕS-GRADUAÇXO
Prof. José João de Espíndo la, Ph. D Ori entador
BANCA EXAMINADORA:
Prof. José João de Espíndo la, P h.D. Presidente
Prof. Arcanjo Wenzi , Ph. D.
Aos meus pai s
AGRADECI MENTOS
Ao P r o f. José JoSo de Esp índ o la, pela o rien taçSo, p elo apoio e
p e la am izade;
Ao Eng. Eduardo Márcio de O l i v e i r a Lopes p>ela oportunidade de
e s t á g i o no Laboratório de VibraçSes e A cústica da UFSC;
Ao Eng. H ilt o n Penha S i l v a p ela v a lio s a ajuda durante o
tra n sc o rre r dos t ra b alh o s;
Ao P r o f. A rcanjo L e n z i , pelo apoio e pela am izade;
Aos demais professores do curso . Prof. Nelson Diógenes do V a lle ,
P r o f. Samir N. Y. Gerges e Prof. Arno B la s s , pelos ensinamentos
tra n sm itid o s em suas d i s c i p l i n a s ;
Aos P r o fesso re s Arno B lass e Berend Sno eijer pelo incansável
t r a b a lh o r e a l i z a d o como Coordenadores do Curso;
Aos c o le g a s do LVA, M areio, Buba, J o s e v a l , L u i z , G e rald o , A c ir ,
P a r u , C a r l o s , Paulo H enrique, Gustavo, Pacheco, M u rilo , A drian a,
Fu, P ar u , S t e l a , Guillerm o, F lá v io , Roberson e demais b o l s i s t a s ;
À todos os fu n c io n á rio s do LVA, do CPGEM e do DEM, pela
a t e n c io s a colaboraçSo;
Ao CNPq - programa RHAE, p elo apoio fin a n c e ir o no prim eiro
ano de t ra b a lh o ;
A C ap es, p elo apoio f in a n c e ir o no decorrer da últim a etapa deste
t r a b a lh o ;
Aos meus p a i s , p ela v a l io s a educaçSo re ceb ida e pelo total apoio
d u r a n t e todo o tra b alh o ;
A B r i g i t e , p elo amor e carinh o dedicados e p ela c e r t e z a de uma
1 - I NTRODUÇÃO...1
2 - NEUTRALIZADORES DINÂMICOS TIPO VIGA...4
2 . 1 - Obtenção das M atrizes das Grandezas Generalizadas Equivalentes em funçSo da M atriz de R igidez Dinâmica do Neutrali z a d o r ...4
2. 2 - Determinação da M atriz de Transferência do Neutral i za d o r ... 8
2. 3 - Obtenção da M atriz de R ig id e z Dinâmica para o Neutral izador Dinâmico tip o Viga Simples com Massa de Sin to n ização na Extrem idade...13
2. 4 - Determinação da Expressão das Freqüências Naturais do N eutralizador Dinâmico Tipo V ig a ... 14
3 - APLICAÇÃO DO NEUTRALI ZADOR TIPO VIGA. CASO PARTICULAR: FUNÇÃO DE TRANSMISSI BI LI DADE...17
3. 1 - Determinação da Transm issibi 1 id a d e para uma Viga em Balanço na qual São Acoplados Dois N eutra lizad o res Dinâmicos... 17
3. 2 - Otim ização da R ig id e z e Amortecimento do N eutralizador a Partir da Função de T r a n s m is s ib ilid a d e ...24
3 . 2 . 1 - Considerações I n i c i a i s ...24
3 . 2 . 2 - Otim ização da R i g i d e z ...25
3 . 2 . 3 - Otim ização do Amortecimento... 28
4 - NEUTRALI ZADORES DINÂMICOS T IP O VIGA SANDUÍCHE...45
4 .1 - Introdução...45
4. 2 - P ro jeto do Neutralizadòr Tip>o Viga Sim ples...46
4. 3 - P ro jeto do Neutralizador Tipo Viga Sanduíche...49
4 . 3 . 1 - Determinação das Freqüências Naturais e do Fator de Perda de Vigas Sanduíche...• • 49
4 . 3 . 2 - Comparação Entre os Resultados Teóricos e Experimentai s ...52
4 . 3 . 3 - Projeto da Viga Sanduíche Equiv alen te..., . 5 9 5 - CONCLUSSES E SUGESTCÍES PARA TRABALHOS FUTUROS... 63
APÊNDICE A - Teoria das Grandezas G eneralizadas Equivalentes. . . .6 6 APÊNDICE B - OBTENÇÃO DA MATRIZ DE TRANSFERÊNCIA PARA A VIGA EM FLEXXO...77
APÊNDICE C - DETERMINAÇÃO DA FUNÇÃO DE TRANSMISSI BI LI DADE...82
SIMBOLOGIA
b = la r g u r a da viga
CO = c o e f i c i e n t e de amortecimento viscoso g eneralizado
equi vai ente
D = EI
Do = " r i g i d e z " EI do n e u t r a lizador quando a freqüência de
re sso n â n c ia do i-ésimo modo do n eu tra lizador for igual à
fr e q ü ê n c ia de re sso n â n c ia do modo J
e = e x c e n t r ic id a d e do centro de gravidade da massa de
s in t o n iz a ç ã o em re laçS o à extremidade da viga do
neut r a l i zador E = módulo de e l a s t i c i d a d e de Young f , F = e x c ita ç ã o f , F = fr e q ü ê n c ia EHz] h = a lt u r a da viga i = v í T
I = segundo momento de área da seção
Ia = momento de in é r c ia b a r ic ê n t r ic o da massa de sin ton izaçã o
K = r i g i d e z dinâmica
ktj = elem ento da m atriz de r ig i d e z dinâmica
t = comprimento da v ig a Csistema primárioD L = comprimento da vig a do n e u tra lizador
m = massa por unidade de comprimento da viga Csistema primárioD
me = massa g e n e r a liz a d a e q u iv ale n te
M = momento fle t o r
Mc = massa de s in t o n iz a ç ã o do n e u tr a lizador
to .= parâmetro de tempo
Tf = t r a n s m i s s ib i1 id a d e da força
Tm = t r a n s m i s s ib il i d a d e do momento
[ T3 = m atriz de t r a n s fe r ê n c ia
ti-j = elemento da m atriz de tran sferên cia
V = e s fo r ç o c o r ta n te
y = parâmetro geom étrico
0(j = Oci/Qj
cxij = D/Do
/9^ = fr e q ü ê n c ia adim ensional
y = razão e n tre a massa total do neutralizador e a massa da viga
fj = massa por u n idade de comprimento do neutral izador
Y) = fato r de perda e = rotação
p = d en sida d e
= função deslocam ento da viga em flexão
to = d e f 1 exão
O = fr e q ü ê n c ia c ir c u l a r
Oa = fr e q ü ê n c ia natural do neutralizador
Oj = fre q ü ê n c ia natural do modo j do sistema p rin cipal
CONVENÇÕES:
O símbolo sobre qualquer variável in d ic a q uantidade complexa;
O símbolo • sobre qualquer variável in d ic a derivad a em relação ao
tempo;
O símbolo ’ so b re qualquer variável in d ic a d eriva d a em relação à
p o siç ã o ;
o sím bolo < > in d ic a vetor;
O sím bolo I I in d ic a valor absoluto
O sím bolo Re< > s i g n i f i c a a parte real do termo entre chaves;
O sím bolo Im< > s i g n i f i c a a parte i/naginária do termo entre
chaves ;
O sím bolo ] s i g n i f i c a a transformada de Fourier do termo entre
A t e o r ia c l á s s ic a dos n eu tra liza d o r es dinâmicos
c o n s id e r a o sistem a a ser contro lad o , bem como o n e u t r a l iz a d o r ,
como tendo um único grau de lib e rd a d e . Uma nova t e o r ia ,
absolutam ente g e r a l , fo i d e sen v o lv id a para n e u tra liza d o res de um
grau de l ib e r d a d e acoplados a sistem as de m últiplos graus de
l ib e r d a d e , Esta t e o r ia baseia- se na su b s t itu iç ã o dos
n e u t r a liz a d o r e s por suas propriedades g e n e r a liza d a s e q u iv a le n te s ,
ou s e j a , massa g e n e r a liza d a e q u iv a le n te e c o e f ic i e n t e de
amortecimento v iscoso g e n e r a liza d o equ iv alen te.
Esta t e o r i a , a p lic a d a com sucesso para n eu tr a liza d o res
s im p le s , é agora expandida para n e u tr a liza d o r e s dinâmicos tip o v i g a , com dois graus de lib e r d a d e na r a i z , i s t o é, no ponto de
fixaçãío ao sistem a primário. Com o a u x í l i o do método das m atrizes
de t r a n s fe r ê n c ia , as m atrizes das grandezas g e n e r a liza d a s
e q u iv a le n te s sSo d e r iv a d a s , bem como as equaçSes g e r a is do sistema
composto, em termos das coordenadas do sistem a prim ário apenas.
Ê apresentado um exemplo que c o n s is t e numa vig a em
b alanço na qual são acoplados 2 n e u t r a liza d o r e s t ip o vig a e uma
fo r ç a fCtD.
Foi f e i t o um processo de otim ização dos n e u tra liza d o res
p ara o contro le dos prim eiros modos de vibração do sistema
p r i n c i p a l .
São plotadas as curvas da função de t r a n s m is s ib ilid a d e ,
d e f i n i d a , no domínio da fr e q ü ê n c ia , p elo módulo da razão entre a
ABSTRACT
The c la s s ic a l theory of dynamic n e u tr a lize r s considers
both the system to be c o n t r o lle d and the n e u t r a liz e r , as s in g le
d e g re e of freedom systems. A new theory, ab solutely g e n e r a l , was
d evelo ped for s in g l e degree of freedom n e u tr a lize r s attached upon
a multi degree of fredom system. This theory i s based on the
s u b s t i t u t i o n of the n e u t r a l iz e r s for their equivalent g e n e ra lize d
q u a n t i t i e s , i . e . , e q u iv a le n t mass and equivalent viscous damping.
This theory, a p p lie d with success to simple
n e u t r a l i z e r s , i s now expanded to beamlike dynamic n e u t r a l i z e r s ,
w ith two degrees of fredom on i t s b ase , i. e. , the point where the
n e u t r a l i z e r s are f i x e d to the main system. With the help of the
T r a n s fe r M atrix Method, the m atrices of the equivalent g e n e r alize d
q u a n t i t i e s and the general equations of the compound system are
d e r i v e d , as a fu n c tio n of o n ly the coordinates of the main system.
An example i s shownd, which co nsists in a can tilever
beam w ith two beam like n e u t r a l iz e r s and a fo rce fCtD. A
n e u t r a l iz e r o p tim iza tio n process i s done to control the f i r s t 3
modes o f the main system. The t r a n s m is s ib i1 i t y functio n is plotted
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, uma lin h a de pesquisa foi implantada
no Labo ratório de VibraçCes e A cú stica, sob orientaçSo do
P ro fesso r José JoSo de Espíndola, visando a aplicaçSo de
elastôm eros ao controle de vibraçSes e ruído.
Em uma prim eira etapa, as pesquisas se orientaram para a
mediçSo das propriedades dinâmicas de elastômeros. O conhecimento
p r e c is o destas propriedades é essencial para o projeto de d i s p o s i t i v o s para reduçSo de vibraçSes e ruído. A mediçSo destas
p ro p ried ad es e x ig iu uma infra- estrutura complexa e desenvolvimento
de "s o f t w a r e " e sp e c ífico . Deste trabalho resultou a d issertaçSo de
mestrado [15 ], A segunda etapa c o n s is t iu na an á lise de motores
aero náutico s montados em iso la d o re s elastoméricos. Foi
d e se n v o lv id a uma formulaçSo matemática p ertin e n te , bem como
algo ritm os computacionais para a n á lis e do desempenho de um motor
montado em isolado res v is c o e lá s tic o s. E finalm ente o te r c e ir o ramo
d e s sa pesquisa é o da aplicaçSo de n eu tra liza d o res dinâmicos de
v ib r a ç S e s para o controle de vibraçSes e ruído.
Quando sobre um sistem a, ou parte d e le , atua uma força
a lt e r n a d a de freqüência próxima de uma de suas freqüências
n a t u r a is i este pode apresentar vibraçSes e x c e s s iv a s , e /o u ir ra d ia r
ru íd o s desagradáveis. Para o co ntrole dessas vibraçSes pode-se
u t i l i z a r um dos seguintes recursos:
aD atuar sobre a exc ita çSo , ou s e j a , reduzir a amplitude
in t r o d u z ir amortecimento ao sistem a;
cD a p l ic a r um sistema mecânico secundário ao sistema
prim á rio , com o o b je t iv o de d is s ip a r a e nerg ia v ib r a tó ria e/o u
a p lic a r fo r ç a s de reaçSo ao sistema primário.
Ao sistem a secundário r e fe r id o acima dá-se o nome de
Neutral i zador Dinâmico de Vib raçSes, que nada mais é do que um
d i s p o s i t i v o mecânico acoplado ao sistem a p r i n c i p a l , com a
f i n a l i d a d e de r e d u zir ou controlar vibraçSes a n íveis aceitáveis.
A t e o r ia c l á s s ic a sobre n eu tra liza d o r es dinâmicos,
estu dad a in ic ia lm e n t e por Ormondroyd e Den Hartog e apresentada
por vá rio s a u t o r e s , Cll- CS], considera o sistema a ser controlado
como tendo um ún ico grau de lib erd ad e. Esta te o ria é lim itada em
seu escopo é , obviam ente, inadequeda para a ap lic a ç S o a sistemas
complexos com d e n sid a d e modal considerável.
Uma t e o r i a geral para o co ntro le modal de estruturas
complexas fo i d e se n v o lv id a , graças aos conceitos de massa
g e n e r a l i z a d a e q u iv a le n t e e amortecimento viscoso generalizado
e q u iv a le n t e . Por essa te o r ia o controle é f e i t o modo a modo e,
in d e p e n de n te do número de n e u tra liza d o res ou de quantos graus de
lib e r d a d e possuem. As equaçSes g e rais Cno domínio da freqüênciaD
sSo e s c r i t a s nas coordenadas g e n e r a liza d a s do sistema primário
apenas. E sta t e o r i a foi apresentada nas r e fe r ê n c ia s [6D-C93 para
n e u t r a l iz a d o r e s de i grau. de lib e r d a d e e a p lic a d a a um exemplo,
c u jo s r e s u lt a d o s numéricos foram comparados com material publicado
de 2 çfraus de lib e r d a d e do tip o v ig a , que consistem numa viga em
b a la n ç o com uma massa de sin to n izaç ã o na extremidade [ 5 ] , Eli 3.
No c a p ítu lo 2 é apresentada a formulação matemática para
a d eterm in açã o das m atrizes das grandezas g eneralizadas
e q u i v a l e n t e s . Para tanto u tilizo u - se como recurso o método das
m a t r iz e s de t r a n s fe r ê n c ia [12]- tl33. Além d is s o , neste cap itulo é
d e te rm in ad a a expressão para cálculo das freqüências naturais do
n e u t r a li zador .
No c a p ítu lo 3 é d is c u t id a a aplicação do neutralizador
din âm ico num caso p artic u la r das r e fe rê n c ias [ 8 3 -Cl 0 3 , que
c o n s i s t e na determinação da função de t r a n sm is s ib i1 id ade de uma
fo r ç a a p l i c a d a em uma viga em balanço quando 1 ou 2
n e u t r a l i z a d ô r e s dinâmicos são acoplados à mesma. É f e it o o
c o n t r o l e p ara o 12, 22 e 3^ modos. Ê f e i t o , também, um processo de
o t im iz á ç S o da r i g i d e z e amortecimento do n e u t r a l iz a d o r , bem como
são ap r e se n ta d o s os resultados comparativos entre o presente
t r a b a l h o e o da r e fe r ê n c ia CS3.
No c a p ítu lo 4 apresenta-se um método para obtenção de
uma v ig a s a n d u íc h e, com c a r a c te r ís tic a s equivalentes às da viga
sim p le s o b t id a no cap ítu lo an terio r. Este trabalho foi
d e s e n v o lv id o por Raò [143 e c o n s iste no projeto de uma viga
sa n d u íc h e e q u iv a le n t e , com as mesmas freqüências naturais e o
mesmo amortecimento de uma vig a simples.
No c a p ítu lo 5 são apresentadas as conclusSes a respeito
d e s t e t r a b a l h o , bem como sugestSes para trabalhos que possam ser
NEUTRALIZADORES DINÂMICOS TIPO VIGA
2 . 1 . ObtençSo das M atrizes das Grandezas Generalizadas
E q u iv a le n te s em FunçSo da Matriz de R ig id e z Dinâmica do
Neutr a l i zador
S e ja a v ig a uniform e da fig u r a abaixo:
Mo
Vo $
í |
^ ectD
íoCtD
FIGURA 2 . 1 - Forças e Deslocamentos de uma Viga em Balanço.
Na f ig u r a 2 . 1 é representada uma viga em balanço com os
r e s p e c t iv o s e sforços e deslocamentos na extremidade engastada. Mo
e Vo s S o , respectivam ente, momento fle to r e esforço cortante no
ponto O. Observa—se que neste ponto existem apenas dois
movimentos, o de t ra n sla ç ã o w e o de rotação 6 . Ao acoplarmos esta
v ig a a um sistem a prim ário com o o b jetiv o de d is sip a r energia
s in t o n i z a ç ã o na extrem idade liv r e . Essa massa, como o próprio nome
d i z , tem por o b j e t iv o s in t o n iz a r o neutralizador para a condição
ótim a de operação. S e ja o veto r. <Z>1 = <*>i e i Mt Vu C2. ID
que r e p re se n ta os e sfo rços e os deslocamentos no ponto i da
v i g a . A e s t e vetor dá-se o nome de vetor de estado [ 1 2 ] -ti33.
S e ja o operador [ T3 que, aplicado ao vetor <Z>o
r e p r o d u za o vetor <Z>i, ou s e j a ,
<Z>i = [T3 <Z>o C2. 2D
A e ste operador dá-se o nome de Matriz de Transferência.
No p re s e n te t ra b a lh o , apenas por questão de conveniência, será
c o n s id e r a d o o s e g u in t e vetor de estado:
<Z>i =
—coi Mi Vv
Considerando um deslocamento u n itá r io na translação
0 t31 t32 t33 t34 Mo
0 t41 t42 t*3 t44 Vo
Tomando-se as duas últi mas
vetor <22>i , chega-se a:
{
Mo Vo r K21
'1
t4* -tS4 ' l A -t43 t33 ' t31 ^ t4i j C2. 4:> onde; A = taa t-*4 - t34 t'43Considerando um deslocamento u n itá r io na rotação C fig ura
2. 3:> , tem-se que;
'
Mo \
_r K
2 2 1
1
t*4
-t34
r t32 '
Vo J
X
12
j
A
-t43
t33
^ t42
C2. 5DTem-se, entSío, que a Matriz de R ig id e z Dinâmica para a
viga da f ig u r a 2 . 1 , em função dos termos da Matriz de
T r a n s fe r ê n c ia , pode ser o b tida por:
Kii Ki2
Kzi K
22
C2. 61)Kii = Ki2 = Kzi = K
22
= t33 t ^ l - 1 31 Í43 t33 t-44 - t-43 t34 t43 t32 - t33 t42 t33 t-4< - t43 tS4 t*.* t31 - tS4 t41 tS3 t * * - t «3 tS4 t34 t * 2 - t * 4 tS2 t33 t 4 4 - t43 tS4 Mo Vo(
kzi k11
kii = Vo k21
= MoFIGURA 2 . 2 - Deslocamento U nitário na Translação
3
kiz
ki
2
= Vokz
2
= MoConvém observar que a matriz de r ig id e z dinâmica é
complexa e funçSo da freqüên cia. Is t o ocorre pelo fato de que os
termos da matriz de t ra n sfe r ê n c ia para uma viga são função da
fr e q ü ê n c ia . Além d is s o , em se tratando de um neutralizador
dinâm ico t ip o v ig a , deve-se considerar que a vig a s e ja amortecida
e , p o rtan to , o módulo de Young é complexo. Estas consideraçSes
serão apresentadas no próximo item quando se determinará a matriz
de t r a n s fe r ê n c ia para o n eutralizador dinâmico.
Finalm ente, as matrizes do c o e f ic ie n t e de amortecimento
v is c o so g e n e r a liz a d o e q u iv ale n te tcoCÍX)] e de massa gene raliza da
e q u iv a le n t e CmeCODl, segundo Espíndola [75 e [9 3 , são dadas por;
, Im<CKCfD3> [c®CCD3 = [ moC 02) 3 = -O _ ca. 7:) Re<[KCO:>3>
No apên dice A a teo ria das grandezas gene raliza da s
e q u iv a le n te s é apresentad a, bem como, a dedução das expressSes
ca. 72).
a. a. Eteterininação da M atriz de T ran sferênc ia do Neutralizador
S e ja a vig a em fle xã o da fig u r a 2 . 4 , na qual está representad o o sistem a de coordenadas a ser adotado, bem como a
convenção de s i n a i s . Os dois deslocamentos são a deflexão co e a
rotação ©, e as fo rças correspondentes são o esforço cortante V e
S e j a , a g o ra , a v ig a em balanço da f ig u r a 2. 5 , que
r e p r e s e n t a o n e u t r a liz a d o r dinâmico tip o viga.
I
EÇ CD . I . fjMc , Ia
FIGURA 2 . 5 - N e u t r a liz a d o r Dinâmico Tipo Viga
Na f i g u r a a n t e r i o r , as grandezas representadas têm o
s e g u in t e s i g n i f i c a d o :
ECOD é o módulo complexo de Young em funçSo da fr e q ü ê n c ia Q;
I é o momento de ârea da seção transversal ; fj é massa d i s t r i b u í d a ;
e é a e x c e n t r ic id a d e do centro de gravidade da massa de
s in t o n i z a ç S o erp r e laç S o à extremidade do neu tralizador ;
L é o comprimento do n e u t r a l1 z a d o r ;
Mc é a massa de s in t o n iz a ç S o na extremidade do n e u t r a l iz a d o r ;
Ia é o momento de i n é r c i a b aricên tric o da massa da extremidade.
O módulo complexo de Young é dado pela expressão.
ECfD ,= E [ 1 + i r)CCD 0 ,
ca. 85
onde E é o módulo de Young e r)CQ5 é o fator de perda do material
do n e u t r a l!z a d o r em função da freqüência.
A r ig o r , o fator de perda rjCCD é também função da tem peratura, ou s e j á , r )C C i,T ). No presente trabalho não será c o n s id e r a d a a variação com a temperatura. Porém, deve-se lembrar
que na a p lic a ç ã o do n e u t r a l i z a d o r , o mesmo deve ser u t i l i z a d o em
uma tem peratura adequada.
Segundo E spíndo la [ 1 2 3 , a matriz de t ra n sfe r ê n c ia para
uma v ig a de comprimento L, obedecendo as convençBes assumidas
an terio rm e n te , é dada por Cver apêndice B2):
[T]oi = onde: Cl C2 C 3 / D C 4 / D c 4 1 C 1 C 2 / D C 3 / D c D X * 3 1 c 4 D X *1 C 1 C2 C2 D X * 1 C3 D X * 1 C4 X * 1 C 1 C2. 9D
Xi = XiCOD = D = DCo:) = E c r ú I Cl = ciCOD = C2 = c zC C D = C3 = C3CŒ) = o* = c *C CD = cosh X L + 1 cos X L 1 2 senh X L + 1 sen X L 1 2 X 1 cosh X L - 1 cos X L 1 2 X “ 1 z senh X L - 1 sen X L 1 2 X
Para a massa de sin to n iza ç ã o , de acordo com a fig u r a
2 . 6 , pode-se obter a s e g u in t e matriz de transferência:
[T]12 = 1 O O e 1 Io 2 Mc Q Mc e n O 0 1 O
o
o
C 2.io:>
Ml Vi M2 ^ 1 ^ Î V2 Mc C OH - e 0iD 9 • Ôt ) Io êiA matriz de t r a n s f e r ê n c ia total [TJoz do n eu tra liza d o r,
ou s e j a , a matriz de tr a n sf er ênci a para a viga mais a massa da
extrem id ad e é obtida por:
tT3oz = [ T ]i2 CTloi C2 . I I D
Tem-se. então f que a matriz de tra n sfe r ê n c ia , para o
n e u t r a li zador di nâ/ni co t ip o v ig a , com massa de sin ton ização na
extrem id ad e, é dada por :
tii 1 12
tl3
114
t21 t22t23
t24
[TD02 =ca. ia:>
tsi ts2t33
ts* t*i t * 2t<3
t44
onde: tii = tl2 = tl3 = tl4 = Cl + c À e 1 C2
+ Cl e Cc3 + C2 eD D Cc4 + C3 eD D t21 t22 t23 t24 tsi = C4 X* 1 = Cl = C2 / D = C3 / D = X"* C-C4 I a + C3 D 1 + C2
e D2)t32 t33 = t34 = = -Cl Io + C4 D X * + C3 e D X 1 1 -C2 n Io 4 --- + Cl + C4 e X D 1 -C3 n Io + C2 + Cl e
t 4 i = C l O* Mc + C4
eO* Mc X * + C2
DX
t * 2 = C2Mc
+ Cl eO* Mc
+ C3 D X * 1 = C4Mc
^ C3 eMc
D D + ClLembrando que t , = t. .COD , i.,j = 1 , 4 VJ VJ
2 . 3 . Obtenção da M atriz de R ig id e z Dinâmica para o Neutralizador
Dinâmico tip o Viga Simples com Massa de Sin to n ização na
Extremidade.
Para obter a matriz de r ig i d e z dinâmica do
n e u t r a l i z a d o r , basta s u b s t it u ir a expressão C2. 12D em C2.6I).
Então, [ KC fD 3 = Kii Ki2 K21 K22 C2. 13I> onde:
Kii = CctsCai-as^ + cvCaz as + as asD - cio a4 D + 2ca as as] / ó
Kzi = [ -C12 a i - e i l a s + c ö a4 D c i o aa D - c a asC aa + a2D ] / 6
K22 = C c e C a i - asD - c i o DCa2 + aaD - c ? a4 D] / «5 ^
<5 = + c<sCa
2
+ aa e) + c7 aa + ce a4 - c p X* + ci^ D 1 c s = ca^ - C2 C4 . 4 CÖ = c a C4 \ - Cl C2 1 2 . 4 2 C7 = C4 X - C2 1 CB = Cl C4 - C2 C3 Ci> = C2 C4 2 . 4 2 CIO = C3 X - Cl 1 eil = C2^ - Cl C3 2 V * G12 = C4 X - Cl C3 1 ai =0
"* Mc la / D a3 = e Mc / D a4 = Mc / DS u b s t it u in d o as expressSes acima nos termos K
12
e K21
efa ze n d o as d evidas operaçSes matemá.ti c a s , chega-se a conclusão que
Ki
2
é ig u al a K21
. Portanto, a matriz de r ig i d e z dinâmica ési métri ca.
2 . 4 . Determinação da Expressão das Freqüências N aturais do
N e u tra lizad o r Dinâmico Tipo Viga.
Da r e fe r ê n c ia C153 sabe-se que a expressão para o
V< xD = Al sen X x + Az cos X x + Aa senh X x + A4 cosh X x C2. 14D
1 1 1 1
S u b stitu in d o as condiçSes de contorno conforme a fig u r a
2 . 7 ’, tem-se que:
o'* Mc I a X Ccos X L cosh X L - ID +
I a X * D Csen X L cosh X L + cos X L senh X LZ) +
2 ^ 2 * * * * C2. 1 5:>
o Mc D X Csen X L cosh X L - cos X L senh X LD -
1 1 1 1 1
X ° Cl + cos X L cosh X LD = O
1 1 1
Da expressão anterior pode-se obter os valores das
fr e q ü ê n c ia s n atu rais da vig a em questão.
Supondo que <*>m s e ja a freqüência natural do modo que se
quer- controlar as vibraçSes do sistema p r in c ip a l, aplicando-o na
e xp re ssã o anterior e fixando- se os demais parâmetros, obter-se-á
os v a lo re s de ** D ** para os quais a freqüência de ressonância do
n e u t r a liz a d o r co in c id a com a do sistema p r in c ip a l. Nota-se que
e x i s t i r ã o i n f i n i t o s valores de " D '* em que i s t o ocorre, pois
haverá um valor de " D " onde a freqüência natural do primeiro
mbdo do n eu tra liza d o r será igual a a>m; haverá outro valor de " D "
onde a fre q ü ê n c ia natural do segundo modo do neutralizador será
ig u a l a o>m; e assim por d ia n te . Is t o pode ser melhor observado na
f i g u r a 2 . 8 , onde é plotado o g r á fic o log jF| x O. F é a função
c u j a s r a í z e s são freqü ên cias naturais do neutralizador e,
p o rt a n t o , os pontos em que ocorrem os vértices nas curvas
representam as freqü ên cias n atu rais do n eu tra liza d o r. Verifica- se
q u e , para o maior valor de D = EI , o 1® modo do neutralizador
I
M = D \í/’ ' C L 5 C V = D v'’ ’ ’ C LDfi* V<L5 M
c fi* V^’ C LD I . V < O D = O y/’ C O D = O E l y/" C L 5 - fi* y /'C U > l a = O E l v / * » * C L 5 + fi* v<L:> Mc = oFIGURA 2 . 7 — GondiçSes de Contorno
CAPITULO 3
A PLICAÇÃO DO NEUTRALIZADOR T IP O VIGA
CASO PARTICULAR: FUNÇÃO DE T R A N S M ISSIB ILID A D E
3 . 1 . Determinação da T r a n s m is s ib ilid a d e para uma Viga em Balanço
na qual S3o A plicados D ois N eutralizad o res Dinâmicos.
Se ja a vig a em b alanço da fig u r a 3 . 1 , sobre a qual
encontram-se dois n e u t r a liz a d o r e s dinâmicos tip o viga e uma força
fC tD . Considera-se nesta f i g u r a x < x e x < x < x . Tal
NI N2 NI F N2
c o n d iç S o s a t i s f a z todos os casos apresentados nas re fe r ê n c ia s
[83- E 103.
I
NIN2
fCtD m, E , I
N e u tr. 1 Neutr. 2
onde m - massa por unidade de comprimento, E — módulo de e l a s t i c i d a d e
I - segundo momento de ârea da seçSo transversal
FIGURA 3. 1 - Viga em Balanço com d o is N eutralizadores Dinâmicos
A fig u r a 3 . 2 representa o mesmo sistema da fig u ra 3 . 1 ,
onde os dois n eu tra liza d o r es fora-m su b stitu id o s por suas
p ro p r ie d a d e s e q u iv a le n te s, ou s e j a , c o e fic ie n t e de amortecimento
v is c o s o g e n e r a liza d o e q u iv a le n te e massa g e n e raliza d a equivalente.
N2
I
NI FCOD [ meC fD ]1
[ceCfDJi NNN\ -I [meCCD]2 f~p [ c e C r D D z N\\\O
FIGURA 3. 2 - RepresentaçSo E q uiv alen te do Sistema da Figura 3 .1
A fo rça ap lic a d a FCOD pode ser representada de forma
v e t o r ia l da se g u in te maneira: <FCfD> =
O
O
O
Fco:> C3. i:>A cada trecho da vig a corresponde uma matriz de
dinâm ico e s ta m atriz é complexa devido ao fato de que o mesmo é
f e i t o com material vi scoel ásti co. Já para a viga em questSo, a
m atriz de t r a n s f e r ê n c ia é r e a l, uma vez que não é considerado o
amortecimento do sistem a p rin c ip a l. Para o neutralizador dinâmico,
c o n sid era n d o suas seçSes Imediatamente à esquerda e imediatamente
à d i r e i t a C fig u ra 3.32), pode-se obter a seg uin te matriz de
t r a n s f e r ê n c ia : [T3
N
1O
o
Ã
0
1 BO
O
0
1o
o
o
0
1 onde: A = O m© — i f i e © 1 1 11 B = — O* m® + i O c o 22 22C
m© Ô 22c
. c
ce
Ô ^ 22 m© Oi11
1
)
V» Ce CO 1 1FIGURA 3 . 3 - Esforços que Atuam nas SeçSes Imediatamente à
E>eve-se observar que os termos f ora da diagonal
p rin c ip a l das m atrizes Cm©C02>] e Cc®C02)3, ou s e j a , ^ ^ ^2' ’
c » e Ce , nSo foram considerados na determinação de [TJn. Foi
12
21
v e r i f i c a d o através de um exemplo numérico que o erro que esta
co nsideração a c a rre ta é d e sp re zív e l. No apêndice C é apresentado o
desenvolvim ento do c á lc u lo da t ra n s m is s ib ilid a d e considerando
esses termos.
Sabendo—se que o vetor de estado no ponto O da viga é.
<Z>o =
O
Mo
Vo
C3. a:)
pode-se o b t e r , sucessivam ente, para cada ponto a d i r e i t a deste:
<Z>^
1
CTD01
<Z> o<Z>“ = CT3 <Z>^ = CT3 ET] <Z>
1 NI 1 NI 0 1 O
= ET] = ET] ET] ET] <Z>
2 12 1 12 NI Oi O
<Z>® = - <F> = ET] ET] ET] <Z> - <F>
2 2 12 NI 0 1 o
= ET] = ET] ET] ET] ET] <Z> - ET] <F>
3 23 2 23 12 NI 01 O 23
= ET] ET] ET] - ET] <F>
13 NI OI O 23
<Z>*^ = ET] <Z>^ = ET]
3 N2 3 N2 ET] 13 ET] NI ET] OI <Z> O - ET] 23<F>
<Z> = ET] <Z>® 34 3
<Z> = ET] ET]
S a b e -se que no p o n to 4 o v e to r de e s ta d o
é: -OJ 4 0 4 Oo
C 3 .5D
S u b s titu in d o C3. 3D e C3.5D em C3. 45,
fa z e n d o -s e as
o p e ra çS e s g e n é ric a s das m a tr iz e s e v e to r e s , e to m and o-se a 3^ e 4S
equaçSes d a i o b tid a s , p o d e -se e s c re v e r:
Cíí
Mo + G i
2Vo = d l F
C
21Mo + C
22Vo = d
2F
C3. 6Donde:
C ii
t"^ Ã t "*31
2 34
«»34
32
B 233
t"^C
12=
r t^-^31
à t^*2 34
1
b +
2
t^ “* + B t^ “*
32
2 33
d l = r t^ * -H Ã t^-^ '
31
2 34
14
32
233
C2
I = t^* + Ã t^*41
2 44
t^^ + B42
2 43
t^^b + t^^ b + t^ “* b
3 33 5 34 7b + t^ “* b + t^ “* b
4
33
<S34
824
33 34
34 44
b + t^ “* b + t^ “ b
3
43 5
44 7
C22
= t^^ + Ã t^*41
2 44
b +
t"^ -H B t^^
42
2 43
d2 = r t^^
41
à t^ *
2 44
1
t^^ -K
14
t^ “* + B t^ “*
42
2 43
b + t^ “* b + t^'* b
4 4 3<S
44 8
t23 ^ ^34 ^23 ^ ^34 ^2324
43 34
44 44
b = b = b = b = 11 1 3 11 Í *
21
13
21 14 12 23 12 24 22 23 22 24 13 13 + t13 13 + t'23
13 + t13 23 + B 33 1 23 t ° ‘ + B 34 1 24 + B t ° ‘ 33 1 23 + B 34 1 24+
i.
+ t 13 14 19 14 + t13 24 + t13 24 43 1 1 3 + A 44 1 1 4 + A 43 1 13 44 1 1 4 b = b = t b = 31 13 13 . 01 '31 14 b = t 41 41 14 32 23 32 24 t + t 13 42 + t13 33 + t13 33 B 33 1 23 -H B 34 1 24 + t + t 13 34 13 13 ^01 23 42 24 + t 13 43 t ° ‘ B 33 1 23 t ° ‘ + B 34 1 24 + t + t 34 13 44 13 44 + A 43 1 1 3Ã t ° ‘
44 1 1 4^ Ã
43 1 1 3^ Ã
]
44 1 14 jOs termos da forma genérica t^^ acima representam o xy
termo xy da matriz de t r a n s fe r ê n c ia re la tiv a ao trecho ab da viga.
A t r a n s m is s ib il id a d e da força é d e f in id a , no domínio da
fr e q ü ê n c ia , através do módulo da razão entre a fo rça transm itida
no e n g a ste e a fo rça a p lic a d a sobre a estrutura:
T CCD = F V COD o FCrD
C3. 7D
Caso a fo rça de excitação tenha um espectro u n itá r io no
domínio da fre q ü ê n c ia , a t r a n s m is s ib i1idade se reduz a:
T CrD =
I
V CCDI
A t r a n s m i s s ib il i d a d e da força aplicada a viga pode entSo
ser o b t id a das equaçSes C 3 .6 D :
T COD -F C d - C d 11 2______21 1
c
c
- c
c
11 2 2 . 12 21 C3. 9:>Da mesma maneira que se d e f in iu a t ra n sm is sib ilid a d e da
fo r ç a a p l i c a d a , pode-se d e f i n i r a tra n sm is s ib ilid a d e do momento
d e v id o à fo rça: T crû = M M CCD o X Fcro F C3. lOD
Para um espectro u n it á r io da força PCOD:
T
M
CC£) =M CCD o
C3. i í:>
A t r a n s m i s s ib il i d a d e do momento pode então ser obtida:
T CCD = M C d - C d 22 1 12 1 x C C C - C C 5 F 11 22 12 21 C3. 12:>
3 . 2 . O tim ização da R ig id e z e Amortecimento do Neutralizador a
P a r t ir da Função de T r a n s m is s ib i1 idade
3 . 2 . 1 . ConsideraçSes I n i c i a i s
Se duas curvas de transmi s s i b i 1 idade forem plotadas
Cequação 3 . 9 5 , uma para = O e outra para alto amortecimento do
n e u t r a liz a d o r C r? tendendo para i n f i n i t o D, dois pontos chamados
pontos f i x o s serão produzidos p ela intersecção das duas curvas.
Para qualquer valor de amortecimento, as curvas de
t r a n s m i s s ib i1 id a d e passarão por esse pontos.
D e f i n i ndo-se o parâmetro.
cxj = ^ , C3. 15D
onde Oa é a fre q ü ên c ia natural do n eutralizador e Oj é a
fr e q ü ê n c ia natural do modo em questão do sistema p r i n c i p a l ,
pode-se afirm ar que os pontos fix o s são função apenas desse
parâmetro.
Na f ig u r a 3 . 4 podem ser observadas as curvas de
t r a n s m i s s ib il i d a d e para d if e r e n t e s valores de amortecimento,
destacando-se os do is pontos f ix o s A e B. A ab sc issa do g r á fic o é
a fr e q ü ê n c ia a d im e n sio n a l, que é d e f in id a como:
m EI
FIGURA 3 . 4 - Curva de T r a n s m is s ib ilid a d e - Pontos Fixos.
3 . 2 . 2 . Otim ização da R ig id e z
Como foi v is t o no item a n terio r, existem os chamados
pontos f ix o s nas curvas de t ra n sm is sib ilid ad e para d ife r e n t e s
v a lo r e s de amortecimento e que s3o função do parâmetro aj.
Alterando- se o valor de aj, as posiç3es dos pontos fix o s também se
alteram . E x is t e um valor de otj em que os pontos fix o s possuem a
mesma am plitude, ou s e j a , a tr a n s m is s ib ilid a d e é igual em ambos os
pontos. A e ste valor de aj dá-se o nome de aot C alf a ótimo5. Para
a determ inação de aot, fo i desenvolvido um procedimento it e r a t iv o
numérico [ 8] em que, primeiramente se determinam as freqüências
C Oa e risD em que os pontos f i x o s ocorrem para um valor i n i c i a l de
T CfD
F
7}=0
- T CCDF = O C3. 172)7)= 00
c u ja s r a í z e s sSo Oa e Ob. A seguir é v e r ific a d o se os valores da
transmi ssi b i l i dade sSo ig u a i s . Se forem i g u a i s , aot = aj. Se forem
d i f e r e n t e s , dá-se incrementos nos valores de aj até que se
determ ine otot.
No p resen te trab alh o o processo i t e r a t iv o teve outro
parâmetro de c á lc u lo , ou s e j a .
avj = C a . l S D
onde:
D é a " r i g i d e z " EI do n e u t r a l i z a d o r ;
Do é a " r i g i d e z " EI do n eu tra liza d o r quando a fre q ü ên c ia de
resso nân cia do i-ésimo modo do n eu tra liza d o r for igual à
fr e q ü ê n c ia de resso nâ n cia do modo de in t e r e s s e da vig a
i é o modo do neutral i zador que ir á controlar as vibrações do
sistem a primário.
A f ig u r a 3 . 5 apresenta o fluxograma da subrotina
d e sen v o lv id a para determinação de a ’ oi, que é o valor otim izado de
oãj. A p a r tir d este valor pode-se determinar D e a freqüên cia
^ INICIO ^
DeterMiin ar D«
< =
D eterfiina r o i n t e r v a l o de fre q u e n c ia s para pesquisa de r a i2es C a l c u l a r as r a iz e s 0^ e Qj da equacao: T,(0) « ■ = 0 t ■ n=«x) < - < ♦ ú< à< - lú<l DeterMinar o i n t e r v a l o de fre q u e n c ia s para pesquisa de r a iz e s C a lc u la r as r a iz e s e ú , da equacao: T,<0)| , - I r ( ú ) = 0 f h = 0 ^ , »l=CD <0T = < : Û , S ú< = Ú</2 MI = HI ♦ 1
ò
^STOP ^ — ► Ualor i n i c i a l de < ú< — ► Increnento de < <01 -► Ualor Otino de < NI NuMero de it e r a ç õ e s Nin -► NI MaxirtoFIGURA 3. 5 - Fluxograma do procedimento de otim ização da r ig id e z
3 . 2 . 3 . Otim ização do Amortecimento
Uma vez determinados os pontos fix o s de igual amplitude,
será. determinado o valor do amortecimento ótimo Cr)oi'>. Este valor
é tal que o máximo valor da t r a n s m is s ib ilid a d e é aproximadamente
igual ao valor desta nos pontos f i x o s , ou s e j a , a sua derivada nas
fr e q ü ê n c ia s Oa e Ob é aproximadamente igual a zero.
A fig u r a 3 . 6 mostra o comportamento de vá rias curvas de
t r a n s m i s s i b i 1 id ade com amortecimento d ife r e n t e .
O fluxograma da s u b r o tin a que c a lc u la rjot é apresentado
na f i gur a 3. 7.
3 . 3 . Resultados Obtidos
A viga Csistema p r i n c i p a l 5 do presente exemplo é a mesma
apresentada nas r e f e r ê n c ia s [8D-C10] e possui as seguintes
c a r a c te r ís tic a s :
/ = 3. 81 m
E = a.O X 10** N/m^
I = 8 . 9 8 2 X 10"°. m“*m = 46. 4 3 kg/m
Para e f e i t o de comparação entre os resultados obtidos
com o uso de n e u t r a liz a d o r e s dinâmicos tip o viga e os da
r e fe r ê n c ia [83 C neutral i zadores dinâmicos MCKD, aTnbos os casos
serão plotados nos g r á fic o s a serem apresentados neste capítulo.
Além d is s o é p lotada a curva da t r a n sm is s ib i1 id a d e sem
n eu tra liza d o r . Serão consid erad os todos os casos ilu s t r a d o s nas
fig u r as 3. 8 e 3 . 9 . Na f i g u r a 3. 8 a força encontra-se a p lic a d a na
extremidade da v ig a , enquanto que na fig u r a 3 . 9 a força
encontra-se no ponto c entral da vig a. Para o controle do prim eiro
modo de vibração do sistem a p r i n c i p a l , o n eutralizador é ap licad o
na extremidade da v ig a , e para o controle do segundo modo, no
centro. Já para o c o n tro le do t e r c e ir o modo, o n eu tra liza d o r é
ap licado a uma d is t â n c ia de 1 . 2 7 m a p artir da extrem idade
I
Ca5
CbD
CcD
FIGURA 3 . 8 - Viga em balanço com n eu tra liza d o res dinâmicos tip o
v ig a , força a p lic a d a na extremidade l i v r e da viga.
fCtD
FIGURA 3 . 9 - Viga em balanço com n eu tra liza d o res dinâmicos tip o
Como parâmetro i n i c i a l para o processo de otim ização,
u t i l i z a - s e a massa do n eu tralizad o r ou, em termos a d im e n sio n a is, a
r a zã o entre a massa total do neu tralizador e a massa da viga
Uma vez d e f in id a a massa total do n e u t r a liz a d o r , todos os
parâmetros são d e f in id o s , com excessão de E I , que é u t il i z a d o como
parâmetro de otimização.
As dimens3es dos n eu tra liza d o res são as seguintes Cver
f i gura a. 5D : aD C on trole do is modo: r = o. as fj = 34. aa kg/m
Mc =
lO kg L = 1 m I o = O. 1 5 kg. m* e = O. 0 6 m bD C on trole do a2 modo;^ = O. l O
= 13. 7 0 kg/mMc
=4
kg L = 1 m Io = O. 06 kg. m* e = O. 0 6 mApesar do neutr al i zador dinâmico tip o viga possuir
i n f i n i t o s modos de vibração, será u t i l i z a d o apenas o prim eiro modo
d e v id o à. maior eficiênciai se comparada aos modos subsequentes C22,
3 2
, e t c .D . Na tab e la 3 .1 são apresentados os resultados obtidosn e s t e t r a b a lh o , lembrando que oi’ ot e aot são os valores otimizados
de D /D o Cequação 3 .1 8 D e Oa/Oj Cequação 3. 15D, respectivamente.
FIGURAS Modo r a* ot aot i7ot EI CN.m*]
3 .8 a 3 .
10
, 3 .1 1 1 0. 25 0. 385 0. 625 0. 95 5 . 46E4 3 . 8 a 3 .1 2 3 .1 3 20
. 25 0. 018 0. 8900
. 45 9 . 90E4 3 .8 b 3 . 1 •* 3 . 1 5 1 0. 10 1. 014 0. 998 0. 27 5. 58E4 3 .8 b 3 . 1<S 3 .1 7 20
.10
0
.820
0
. 905 0. 41 1 . 80E6 3 .8 c 3 .1 8 3 . IP 10
. 2 50
. 373 0. 616 0. 97 5 . 30E4 20
.10
0
. 7050
. 840 0. 42 1 . 55E6 3 . S> 3 . 2 0 3 .2 1 10
.10
0
. 6420
. 794 0. 66 3. 53E4 20
.10
0
. 7230
. 850 0. 52 1 . 59E6 3 .2 2 3 .2 3 3 0. 10 0. 9050
. 948 0. 35 1. 55E7 3 . 2 4 3 . 2 5 3 0. 250
. 714 0. 835 0. 35 3 . 00E7TABELA 3 . 1 - Resultados da otimização dos neu tralizadores
dinâmicos ap licados a uma viga em balanço.
As fig u r a s 3 . 1 0 a 3 . 2 5 apresentam os gráficos da
FIGURA 3 . 1 0 - N eutralizad or dinâmico na extremidade da v ig a , força
na extrem idade, controle do modo 1.
FIGURA 3 .1 1 - N eutralizad o r dinâmico na extremidade da v ig a , força
FIGURA 3 . 1 2 - N eutra lizad o r dinâmico na extremidade da v ig a, força
na extrem idade, controle do modo 2.
FIGURA 3. 13 - N eutralizad o r dinâmico na extremidade da v ig a , força
FIGURA 3 . 1 4 - N e u tra lizad o r dinâmico no meio da v ig a , força na
extrem idade, co ntro le do modo 1.
FIGURA 3. I S - N e u tra lizad o r dinâmico no meio da v ig a , força na
FIGURA 3 . 1 6 - N e u tra lizad o r dinâmico no meio da v ig a , força na
extrem idade, co ntro le do modo 2.
FIGURA 3 . 1 7 - N e u tra lizad o r dinâmico no meio da v ig a , força na
FIGURA 3 . 1 8 - Neutralizador dinâmico na extremidade e no meio da
v ig a , força na ext. , controle dos modos 1 e 2.
FIGURA 3 . 1 9 - N eutralizador dinâmico na extremidade e no meio da
(St
FIGURA 3 . 2 0 — N e u tra liza d o r dinâmico na extrem idade e no meio da
v i g a , fo r ç a no meio, controle dos modos
1
e2
.(3t
FIGURA 3 . 2 1 - N e u tra lizad o r dinâmico na extrem idade e no meio da
F (H z)
FIGURA 3 . 2 2 - Neutral i zador dinâmico a 1 . 2 7 m da extremidade
engastada da v ig a , fo rça na e x t r . , contr. do modo 3.
F (H z)
FIGURA 3 . 2 3 - N eutralizad o r dinâmico a 1 . 2 7 m da extremidade
F (H z)
FIGURA 3 . 2 4 — N eutralizad o r dinâmico a 1 . 2 7 m da extremidade
engastada da vig a, força na e x t r . , contr. do modo 3.
F (H z)
FIGURA 3 . 2 5 - N eutralizad o r dinâmico a 1 . 2 7 m da extremidade
Como pode ser v isto nas fig u ras 3 . 1 0 e 3 . 1 1 , a
t r a n s m i s s ib l id a d e no
12
modo, o btida devido a u tild za ç S o don e u t r a liz a d o r t ip o v ig a , é lig eiram ente maior qüe a obtida em C
8
],que u t i l i z a o n e u t r a liz a d o r MCK. Já para os modos p o ste rio re s, a
e f i c i ê n c i a do n e u tr a liza d o r tip o viga é maior, uma vez que um
menor valor de t r a n s m i s s ib i
1
id ade foi obtido em relaçSo ao dar e f e r ê n c i a [
8
].As f ig u r a s 3 . 1 2 e 3 . 1 3 apresentam os resultados obtidos da
u t i l i z a ç ã o de um n e u tra liza d o r dinâmico tip o v ig a , acoplado na
extrem id ad e da vig a em balanço, com o o b jetiv o de controlar o
segundo modo. Neste modo, a t r a n sm is s ib i1idade foi maior que a
o b t id a em [83. Para os modos posteriores foi o b tida uma curva
sem elhante, com uma ten d ê n c ia da tra n sm issib i
1
id ade dim inuir emr e la ç ã o a da r e f e r ê n c ia [83. Observa-se, também, que o primeiro
modo fo i co ntro lad o , apesar de não se ter uma curva otim izada.
As fig u r a s 3 . 1 4 e 3 . 1 5 apresentam as curvas que
representam a transmi s s i bi
1
i dade para o caso em que on e u t r a liz a d o r ê acoplado no centro da vig a, com o b je tiv o de
c o n tro lar o prim eiro modo. Como esta não é a posição ideal de p o s ic i onamento do n e u tr a liza d o r Ca posição ideal s e r ia no ponto de
maior deslocam ento, ou s e j a , na extr emi dadeD , a transmi ssi bi
1
i dadefo i grande se comparada com a das fig u ras 3 . 1 0 e 3 . 1 1 , onde o
n e u t r a liz a d o r ê acoplado na extremidade.
Nas f ig u r a s 3 . 1 6 e 3 . 1 7 observa-se um comportamento
sem elhante ao o b tid o nas fig u r a s 3 . 1 0 e 3 . 1 1 , onde a
t r a n s m i s s i b i
1
id ade para o modo em questão é lig e ira m e n te maior epara os modos p o st e r io r e s é menor, se comparados com [83. Para o
mesmo comportamento é v e r ific a d o .
Nas fig u r a s 3 . 2 2 a 3 . 2 5 são apresentadas as curvas da
t r a n s m is s ib il id a d e em dB para o controle do te r c e ir o modo. Nos
g r á fic o s das f ig u r a s 3 . 2 2 e 3 . 2 3 a relação de massa Ct'2> é igual a
0 . 1 0 e nos g r á fic o s das fig u r a s 3 .2 4 e 3 . 2 5 , é igual a 0 . 2 5 .
I s t o quer d ize r que nos dois últimos grá fic o s a massa do
n e u tr a liza d o r é m aior, ou s e j a , 255í da massa total da viga. Verifican d o - se os g r á f ic o s , observa-se que os modos p o steriores ao
t e r c e ir o também são controlados. Além d is s o v e rific a - s e que a
e f i c i ê n c i a do n e u tr a liza d o r de maior massa Cj' = O. 25D é maior em
re laç ã o ao de menor massa C y = 0 .1 0 5 .
Em resumo, dos g ráfico s das fig u r a s C 3 . 105 a C 3 .2 5 5 ,
v e r ific a - s e que a t ra n s m is s ib ilid a d e o btida neste tra b alh o ,
considerando os modos de in t e r e s s e , é praticamente igual á obtida
no exemplo da r e fe r ê n c ia [
8
]. Já a t r a n s m is s ib ilid a d e para osmodos sup eriores ao modo que se está controlando é menor. Este
f a t o pode ser ú t il para o controle do rui do ir r a d ia d o de uma
e s t r u t u r a , pois controlando-se um modo de b a ixa fr e q ü ê n c ia ,
pode-se atenuar as v ib raçSes dos modos se g uin tes que geram ruído.
Deve-se s a lie n t a r que o exemplo da re fe r ê n c ia [83 é o mesmo deste
tra b a lh o , mudando apenas o neutralizador dinâmico, que é do tip o
MCK, ou s e j a , de um grau de lib erd ad e. A massa total dos
n e u t r a liz a d o r e s , em ambos os casos, é a mesma.
V e r ific a n d o o exemplo apresentado neste tra b alh o ,
observa-se que o material do neutralizador deve ter o se g u in te
comportamento:
a5 A lto amortecimento, pois os valores de r)oi obtidos
bD Densidade e le v a d a , pois quanto maior for a densidade
do m a t e r ia l, menor serSo as dimensSes de neutralizador ;
cD Elevada r i g i d e z , pois o valor de EI para alguns casos
f ic o u na mesma ordem de gran deza do sistem a primário, ou s e j a , em
7 2
torno de l O N.m .
Caso nSo s e ja possível se obter um material para o
n e u tr a liza d o r tip o vig a que atenda a todas as c a r a c t e r í s t i c a s ,
existem duas a lt e r n a tiv a s para e s t e problema:
aD Construir vários n eu tralizad o res menores,
acoplando-os no mesmo ponto e /o u distribuindo- os de maneira
conv eniente sobre o sistem a prim ário;
bD Projetar uma v ig a sanduíche equ ivalente que tenha as
mesmas c a r a c t e r ís t ic a s da v ig a sim ples.
O prim eiro c a s o , onde vários n eu tra liza d o res de menor
massa foram acoplados ao sistem a prim ário em vez de um só de maior
massa. Já foi apresentado por S i l v a , [ 6 3 , com sucesso.
No caso do p ro je to da vig a sanduíche e q u iv a le n te , o que
se d e s e ja é obter as c a r a c t e r í s t ic a s de dois m ateriais d ife r e n t e s
na mesma viga. Por exemplo, combinando aço com elastômero. O aço
possui r ig i d e z e d e n sid a d e elevadas e o elastômero a lto
amorteci mento.
No próximo c a p ít u lo será abordado o problema da viga
sanduíche: determinaçSo das fre q ü ê n c ia s n a t u r a is , do amortecimento
CAPITULO
4-NEUTRALIZADOR DINÂMICO TIPO VIGA SANDUlCHE
4 . 1 . IntroduçSo.
No c ap ítu lo anterior foram d efin id o s os parâmetros
i n i c i a i s para o p ro jeto ótimo de neutralizadores dinâmicos tip o
v i g a , acoplados a uma vig a em balanço. Neste capítulo será f e i t o ,
prim eiram ente, o p ro jeto de um neutralizador dinâmico tip o viga
sim p les que s a t is f a ç a e stes parâmetros. A seg u ir, será apresentada
a m etodologia do p ro jeto para um neutralizador dinâmico tip o viga
san d u íc h e C fig u r a 4 .1 D , com c ara c te rístic as equivalentes as do
n e u t r a liza d o r t ip o vig a sim ples. Para tanto, será u t il i z a d o o
método apresentado por Rao 1 1 4 3 , que consiste na determinação de
uma vig a sanduíche com as mesmas freqüências naturais e o mesmo
amorteci mento de uma v ig a sim ples. Além d is so , será f e i t o uma
comparação entre os valores obtidos por este método com valores
o b tid o s experimentalmente.
I
1
2
3
L
t 1
* 1
4 . 2 . P r o je t o do N eutrali zador Tipo Viga Simples.
Tomar-se-á como exemplo o n eu tralizad o r dinâmico com
Y = 0 . 2 5 u t i l i z a d o para o controle do iS modo do sistema principal
Cver t a b e la 3 . 1 5 . Sabe-se que as c a r a c t e r í s t i cas da viga deste
n e u t r a liz a d o r são as s eg uin tes:
^ = 34. 2 2 kg/m
L = 1 m
EI = 5. 4 6 X 1 o'* N. m*
r) = O. 9 5
A p artir destes dados será projetada a viga do
n e u t r a l i z a d o r . Assumindo que a mesma s e ja de um material
0 2
e lasto m éric o com módulo de e l a s t ic i d a d e E = 1 . 0 x 10 N/m e que a
seçSo transversal da viga s e ja r e ta n g u la r , tem-se que.
I = - = 5. 4 6 X 10~® m“*, C 4.15
1 2
onde b é a base e h é a a lt u r a da seção transversal da viga.
Para que a condição de massa por unidade de comprimento
s e j a s a t i s f e i t a , deve-se obedecer a expressão,
AJ L = p L b h, C4. 25
p é a d e n s id a d e do m aterial da viga [kg/m^].
Assumindo que e s t e valor se ja 1 5 00 kg/m^, que é um valor
t í p i c o para d e n sid a d e dos elastôm eros, Cl 6 3 , de C4.1> e C 4 .25
chega-se ao s e g u in t e sistem a de equaçSes,
b h® = 1 2 C5. 4 6 X 10~®5 m“*
^ ^ 34. 2 2
2
b h = --- m 1 5 0 0
que fo r n e c e os se g u in te s valo res para b e h:
b = O. 1 3 5 m
h = O. 1 7 0 m
Resumindo, uma possível viga do neutralizador tip o viga
sim ples pode ser observada na fig u r a 4 .2 .
I
E, 77, p I h b = 0 . 1 3 5 m p = 1 50 0 kg/m® h = O. 1 7 0 m r? = O. 95 L = 1 . 0 m 1 = 5 . 46E-5 m“* E = 1 . 0 E 9 N/m ^ = 3 4 . 2 2 kg/mSegundo a r e fe r ê n c ia C 15], as freqüências naturais nSo
am ortecidas desta v ig a , para os 3 primeiros modos de vibração,
c o nsid eran do que a vig a s e ja de Bernoui 11 i- E u ie r, podem ser
o b tid a s p ela expressão.
Oi. = a i onde: ai = 1. 87 5 a
2
= 4. 694 aa = 7 . 8 5 5 Portanto, 01 = 1 4 0 . 4 rad ---»■ fi = 2 2 . 4 Hz02
= 8 8 0 .1 rad ---► f2
= 14 0. 1 Hz 03 = 24 6 4.6
rad ---»■ f3
= 39 2 . 3 HzCaso não s e ja possivel de se conseguir um material com
as c a r a c t e r í s t ic a s apresentadas na fig u ra 4 . 2 , uma das soluçSes é
o uso da viga sanduíche, que une as c a r a c te r ís tic a s de dois
4 . 3 . P r o je t o do N e u t r a liz a d o r Tipo Viga Sanduíche.
No item an t e r io r foi projetado o neutralizador dinâmico
t ip o v ig a sim ples. N este item serâ f e i t o o projeto do
n e u tr a liza d o r dinâm ico tip o viga sanduíche equ iv alen te,
u t iliza n d o - se do método apresentado por Rao [141. Neste método é
o b tid a uma v ig a san d uích e com o mesmo amortecimento e as mesmas
fre q ü ên c ia s n a t u r a is de uma viga simples. Primeiramente será f e i t a
a d e s c r iç S o do método e valores obtidos pelo mesmo serSo
comparados com v a lo r e s medidos experimentalmente, para se obter
seu grau de c o n f i a b i l i d a d e . A seguir será f e i t o o projeto do
n e u tr a liza d o r dinâm ico t ip o viga sanduíche propriamente d ito .
4 . 3 . 1 . D e t e r m in a ç ã o das Freqüências Naturais e do Fator de Perda
de V ig as Sanduíche.
As e xp re ssS e s a serem apresentadas a seguir foram
d e riva d as p elo P r in c í p i o de Hamilton, [1 4 3 , e obedecem às
s e g u in tes c o n s id e r a ç S e s :
a5 E5eflexSes pequenas e uniformes em cada seção da v ig a;
bZ) deslocamentos a x i a i s contínuos;
cD as v ig as e xterna s obedecem as hipóteses de Eu le r;
dD as deformaçSes da viga central são devidas principalm ente
ao cisalham ento e
eZ) são desprezados os e f e it o s de in é r c ia rot acionai e
As v a riá v e is que representam as dimensSes
c a r a c t e r í s t i c a s da v ig a podem ser observadas na fig u r a 4 . 3 .
h . - -t h2Í h3
FIGURA 4. 3 - Viga sanduíche.
Na f ig u r a a n t e r i o r , as grandezas representadas tém o
s e g u in t e s ig n if i c a d o :
El, Ea - Módulo de e l a s t i c i d a d e ;
I i , l
3
- segundo momento de área da seçSo tran sv ersal;pi., p z , p 3 - d en sida d e; ,
GzCCD - módulo de cisalham ento complexo; r)2CC£> - fator de perda.
A área da seção transversal para cada camada da viga é
dada por ;
Ai = hi b , i = 1 ,3 C4. 35
onde:
A r ig id e z d is t r ib u í d a da viga pode ser obtida pela
expressão:
D = El Ii + E3 l9 C4. 45
Os demais parâmetros u t iliza d o s para a determinação das
fre q ü ê n c ia s naturais e do fator de perda da viga sanduíche são:
a5 Parâmetro de cisalham ento
—^ ^ G
2
C 02) Az CEi Al + Ea AaD ^ rAgCOD = --- = gCO) [1 i r?CO>] C4. 55 4 hz^ El Al Ea Aa b5 Parâmetro geométrico Y = e ! El Al Ea Aa D CEi Al + Ea Aa5 c5 Parâmetro de tempo to = / C4. 75 D onde: ^ = p i A i + p z A z + p a A a
Para uma viga engastada-1 i vre, as express3es para
CO*5k-de acordo com a r e fe r ê n c ia [143 , poCO*5k-dem ser obtidas das expressc5es
a
seguir ,
Modo 111 = 0.142675 X 1.76507* x 0.381063*’ x 0.958039*’ x 1.06549*' x 5.78986'
x0.539055^ x 1.08780*' x 1.08745**' x 0.976757**' x 0.586965'*
xl.02241*'’ X 1.15050*’'" X0.970210*’' ’ x 0583707**'’
xti?
C4.8
DQ* = 3.97720+0.593861x + 0.151641x* - 0.061331x’ - 0.022252x^
+>;(0.154016 + 0.553244x + 0.144153x* -0.075502x’ -0.014758x^)
+ /(2.4 2584 + 2.142 46X + 0.29 4 4 01x^ - 0.194389x’ - 0.048345x^)
Modo 211 = 0.045809 X 5.23955*
x
0.660211*’
x
0.897479*’
x
0.992201**
x
9.96967'
X 0.708600^ x 0.737315*’' X 1.01858*’' x 1.04428**' x 0.632614'’
xO.782958^’ X 1.16677*’' ’ x 1.03702*’' ’ x 0.976208**'’
x
112Q* = 22.6437+ 1.53915X + 1.16909X* + 0.088024x’ -0.096522x^
+>-(-137115+ 0330011X + 1.61566X* + 0.233375x’ - 0.169197x")
+ /(6 .2 4 9 4 6 + 8.70502X + 3.57741x^ - 0.22708x^ - 0.306308x")
C4. 95C4. l OD Modo 3
r\ = 0.018430 x 8.13049* x 0.803410*' x 0.890123*’ x 0.976944*' x 1.09134'
x0.90008^ X 0.789523*’' X 0.964562*’' X 1.02404*"' x 0.763190'’
xO.730160'^’
X
0.974320*’'’
x
1.05259*’' ’
x
1.00884*'’
x
tiiQ* = 62.2273+I.82075x+1.96034x^
+ 0.598420x^ ~ 0.000547x*
+^^(-3.00169 - 2.56321X + 1.23125x^ + 1.22688x’ + 0.158933x^)
+>^'(8.08929+ 16.5705a: + 10.5650x^ + 0.634568x’ - 0.768191a:'')
onde; '«i X = lo g g y = log yPara c alcu lar a fre q ü ê n c ia natural em Hertz C fD, basta
s u b s t it u ir o valor de O* na expressão.
f = — --- C4. 115
2 n to
4 . 3 . 2 . Comparação Entre os R esultados Teóricos e Experim entais.
Neste item, será f e i t o uma comparação entre dados
o b tid o s experimentalmente com os obtidos pelo método
apresentado por Rao [143. Este procedimento será f e i t o a t í t u l o de
v e r i f i c a r o grau de co n fiab i 1 id a d e deste método. Para tan to , será
u t i l i z a d o um conjunto de vigas usadas anteriorm ente no P ro je t o de