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Relatório de Estágio Pedagógico

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Academic year: 2021

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JORGE DIAS FERREIRA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO PEDAGÓGICO

Mestrado em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário

UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO Vila Real 2014

(2)

II

JORGE DIAS FERREIRA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO PEDAGÓGICO

Mestrado em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário

Orientadores: Professor Doutor Nuno Garrido Dr. José Silva

UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO Vila Real 2014

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III Relatório de estágio apresentado à UTAD, no DEP –

ECHS, como requisito para a obtenção do grau de Mestre

em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e

Secundário, cumprindo o estipulado na alínea b) do artigo

6.º do regulamento dos Cursos de 2.ºs Ciclos de Estudos em

Ensino da UTAD, sob a orientação do Professor Doutor

(4)

IV

AGRADECIMENTOS

A realização deste Mestrado revelou-se um desafio que foi ultrapassado, graças ao contributo de várias pessoas em diversos aspetos. O meu profundo agradecimento a todos que ajudaram na sua concretização.

Ao professor José Silva, por todo o tempo, paciência e conhecimento dispendido na orientação do meu estágio.

À Professora Doutora Sandra Fonseca, pela sua ajuda na resolução de alguns problemas burocráticos que tive de resolver de modo a conseguir obter a inscrição no mestrado.

À Escola Básica e Integrada de Arrifes, na pessoa do Presidente do Conselho Executivo, Dr. José Freire, por ter aceite o meu estágio e disponibilizado todos os meios e equipamentos necessários sempre que solicitado.

Aos meus colegas professores do departamento de Educação Física da Escola Básica e Integrada de Arrifes pela sua disponibilidade.

Aos meus alunos da turma D do 6.ª ano pela forma positiva com que encararam as aulas por mim lecionadas.

A toda a restante comunidade escolar que em muito facilitou a minha adaptação à escola.

Á minha família, em especial os meus pais, que foram sempre um suporte e exemplo de determinação e vontade. Por todo o amor, carinho, amizade e compreensão demonstrada ao longo da minha vida e pelo facto de me terem proporcionado um futuro melhor. Estarei eternamente reconhecido e agradecido por tudo o que fizeram por mim.

(5)

V Á minha esposa Rita, que sempre me compreendeu, ajudou e motivou para alcançar o mestrado.

Ao Professor Doutor Nuno Garrido, pela ajuda que demonstrou para quem realiza o estágio num arquipélago.

Aos meus colegas estagiários nos Arquipelágos da Madeira e Açores, pela troca de ideias que nem o oceano conseguiu separar.

Aos professores da minha licenciatura, realizada na Universidade da Beira Interior, nomeadamente Professor Doutor António Vicente, Professor Catedrático Fernando Franco de Almada, Professora Doutora Catarina Fernandes e Mestre Miguel Vitória, que tiveram a capacidade de me formarem com o sentido crítico e adaptado a resolver os problemas em tempo útil.

Finalmente, quero agradecer aos meus amigos que sempre estiveram ao meu lado, mesmo nos momentos mais difíceis. Sem eles, não seria a pessoa que sou hoje.

(6)

VI

ÍNDICE

AGRADECIMENTOS ... IV

RESUMO ... VIII

ABSTRACT ... IX

ABREVIATURAS ... 1

CAPÍTULO I – RELATÓRIO DE ESTÁGIO ... 2

INTRODUÇÃO ... 3

1.

TAREFAS DE ESTÁGIO DE ENSINO-APRENDIZAGEM ... 4

1.1. PLANEAMENTO ... 4

1.1.1. PLANO ANUAL ... 5

1.1.2. UNIDADE DIDÁTICA ... 5

1.1.3. PLANO DE AULA ... 8

1.1.4. PRÁTICA DE ENSINO SUPERVISIONADA ... 9

1.2. OBSERVAÇÃO DAS AULAS ... 10

1.3. REUNIÕES COM O ORIENTADOR ... 11

1.4. BALANÇO DOS PERÍODOS LETIVOS ... 11

2. TAREFAS DE ESTÁGIO DE RELAÇÃO ESCOLA-MEIO ... 15

2.1. ESTUDO DE TURMA ... 15

3.

ATIVIDADES NA ESCOLA ... 17

3.1. DIA DO CLUBE ESCOLAR DESPORTIVO DE ARRIFES (CEDA) ... 17

3.2. CORTA MATO - FASE ESCOLAR ... 17

4.

DESCRIÇÃO SUMÁRIA DO ESTÁGIO ... 21

CAPÍTULO II – AÇÃO DE DIVULGAÇÃO ... 24

1.1. INTRODUÇÃO ... 25

1.2. ENTRADA NO “MUNDO” DO GEOCACHING ... 27

(7)

VII

1.4. CONCEITO DE GEOCACHING ... 28

1.5. PASSOS BÁSICOS DE GEOCACHING ... 30

1.6. EQUIPAMENTO NECESSÁRIO ... 30

1.7. A GEOCACHE ... 31

1.8. CLASSIFICAÇÃO DAS CACHES DE ACORDO COM O SEU TAMANHO ... 32

1.9. TIPOS DE CACHES ... 33

2. PROCURAR UMA CACHE ... 35

2.1. ENCONTRAR UMA CACHE ... 37

3. ESCONDER UMA CACHE ... 38

3.1. ESCOLHER O LOCAL E A CACHE ... 39

3.2. SUBMETER UMA CACHE ... 40

4. TRAVELBUGS E GEOCOINS - O QUE SÃO E PARA QUE

SERVEM ... 41

5. PÁGINA DE PERFIL DO UTILIZADOR ... 41

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 42

7. METODOLOGIA ... 43

7.1 PLANOS DE SESSÃO ... 44 7.1.1. PLANO DA SESSÃO 1 ... 44 7.1.2. PLANO DA SESSÃO 2 ... 45 7.2. AVALIAÇÃO ... 46

7.3. TRATAMENTO DOS DADOS ... 47

7.4. CONCLUSÃO ... 48

BIBLIOGRAFIA ... 49

BIBLIOGRAFIA NÃO CITADA ... 50

(8)

VIII

RESUMO

O atual documento pretende descrever as experiências e vivências decorridas no ano letivo 2013/2014, na Escola Básica e Integrada de Arrifes, concelho de Ponta Delgada, ilha de São Miguel, sob a orientação do Dr. José Silva e a supervisão do Professor Doutor Nuno Garrido da Universidade de Trás os Montes e Alto Douro (UTAD).

Este documento é um requisito necessário de modo a obter o grau de Mestre em Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário da UTAD.

O estágio enquadra-se na componente prática do Mestrado, tendo como principais objetivos o aperfeiçoamento das competências pedagógicas, assim como o aprofundamento dos conhecimentos e funcionamentos da orgânica escolar e, de modo mais específico, da disciplina de Educação Física. Deste modo, “a realização da disciplina de Estágio Curricular Supervisionado (...) apresenta-se como um espaço que proporciona aos futuros educadores o primeiro contato com a realidade escolar como professores, aproximando-se também do quotidiano da escola” (Ivo & Krug, 2008).

Este documento está dividido em dois capítulos, sendo que no primeiro pretendo relatar o próprio estágio, em que consta uma breve reflexão de todas as atividades desenvolvidas durante o Estágio Curricular Supervisionado. No segundo capítulo é abordada uma ação de divulgação dedicada ao tema do geocaching, com o objetivo de lançar as bases para que os núcleos de exploração de natureza, assim como o módulo dedicado as atividades de exploração da natureza, tenha mais uma opção de lecionação de uma atividade motivadora, cativante e educativa.

(9)

IX

ABSTRACT

The present document will describe the experiences lived during the school year of 2013/14, at the Basic and Integrated School of Arrifes, district of Ponta Delgada, São Miguel Island, under Dr. José Silva’s orientation and the supervision of Professor Doutor Nuno Garrido from the University of Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

This document is a necessary requirement in order to obtain the Master’s degree in Physical Education in the Elementary and Secondary School of UTAD.

This internship is part of the Master’s practical component, being the improvement of pedagogical skills, the enrichment of the knowledge concerning the school’s organic function, more specifically the “Educação Física” subject one of the main objectives. As such, “the realization of the discipline of Supervised Intership (...) appears as a space that provides future educators first contact with school reality as teachers, also approaching school everyday life” (Ivo & Krug, 2008).

This document consists of two chapters. The first will describe the internship, with a brief reflection of all the activities that I developed during the year. In the second chapter I describe a training program regarding GeoCaching. This training had the aim of increasing the interest of nature exploration as another teaching option that is motivating, captivating and educational.

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ABREVIATURAS

CEDA – Clube Escolar Desportivo de Arrifes EBI – Escola Básica Integrada de Arrifes GPS – Global Positioning System

MI – Membro Inferior MS – Membro Superior

NBA - National Basketball Association

NCCA - National Collegiate Athletic Association OO – Objetivos Operacionais

PES – Prática de Ensino Supervisionada PPT - Powerpoint

SASE – Serviço de Ação Social Escolar TA – Tempo de Aula

TT – Tempo da Tarefa UD – Unidade Didática

UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro YMCA – Young Men Christian Association

(11)

2

CAPÍTULO I – RELATÓRIO DE ESTÁGIO

(12)

3

INTRODUÇÃO

No presente capítulo, o estagiário pretende descrever as experiências e vivências durante o ano letivo 2013/14, na Escola Básica e Integrada de Arrifes, tornando claras as competências que adquiriu e as intervenções/atividades realizadas.

Este estágio surge de acordo com as políticas e normas de organização do sistema educativo português como conclusão do 2.º Ciclo de estudos nos Ensinos Básico e Secundário em Educação Física e obtenção do Grau de Mestre. Foi realizado na Escola Básica e Integrada de Arrifes, localizada na freguesia de Arrifes, concelho de Ponta Delgada, possuindo a escola, para além do Ensino Básico, 2.º e 3.º Ciclos.

(13)

4

1. TAREFAS DE ESTÁGIO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

A minha primeira escolha recaiu sobre a Escola Básica e Integrada de Arrifes e deveu-se ao fato de já ter lecionado nesta escola no ano letivo 2008/2009, o que me permitia ter um conhecimento do funcionamento do departamento de Educação Física, das condições da escola, assim como da abertura da escola em aceder ao meu pedido de estágio.

No início do mês de setembro desloquei-me à Escola Básica e Integrada de Arrifes de modo a ter uma reunião com o presidente do conselho executivo e o meu futuro orientador.

Nesta reunião foi-me comunicado pelo presidente do conselho executivo que o meu orientador iria ser o docente José Silva.

Finda a reunião, o docente José Silva informou das datas das reuniões de apresentação das turmas atribuídas, as quais assisti e tomei algumas notas.

A fase seguinte foi acompanhar o meu orientador, em todas as suas turmas, durante algumas aulas. No final selecionamos duas turmas, uma do 5.º ano e outra do 6.º ano, devido às indicações das reuniões, assim como da primeira abordagem realizada.

Ponderados os prós e contras optamos por selecionar a turma D do 6.º ano, uma vez que era uma turma a quem tinha sido dada continuidade pedagógica, deste modo, seria mais fácil ensinar os alunos, devido ao conhecimento dos mesmos.

1.1. PLANEAMENTO

O professor orientador José Silva alertou-me, desde logo, para a importância do planeamento, de modo a rentabilizar o processo de ensino-aprendizagem. Referiu, ainda, que o planeamento é composto por várias fases, sendo elas o plano anual, as unidades didáticas e os planos de aula, que irão ser operacionalizados na prática de ensino supervisionada. Segundo Bento (2003) “o objetivo da planificação de processos de ensino e aprendizagem não reside exclusivamente no desenvolvimento de meios para a racionalização do

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5 processo de ensino mas, também, na descoberta de determinados contextos reguláveis deste processo”, remetendo-nos, assim, para a importância de planificar.

1.1.1. PLANO ANUAL

Seguidamente, foi-me apresentado pelo professor orientador José Silva o plano anual a lecionar à turma.

De acordo com Bento (2003), “ a elaboração do plano anual constitui o primeiro passo do planeamento e preparação do ensino e talvez, sobretudo, uma compreensão e domínio aprofundado dos objetivos de desenvolvimento da personalidade, bem como reflexão e noções acerca da organização correspondente do ensino no decurso de um ano letivo”. Ainda de acordo com o autor, o plano anual é fulcral, uma vez que é através deste que se traça uma perspetiva global, de modo a operacionalizar o programa de ensino na escola e comunidade escolar - “trata-se de traçar e realizar um plano global, integral e realista de intervenção educativa para um período lato de tempo”, a partir do qual “se definem e estipulam os pontos e momentos nucleares, e acentuações do conteúdo”.

Deste modo, foi-me referido pelo orientador que o plano anual é um documento essencial que serve de orientação ao professor, uma vez que é nele que estão definidas as linhas mestres que orientam o processo de ensino-aprendizagem e que irão sendo desenvolvidas durante todo o ano letivo.

1.1.2. UNIDADE DIDÁTICA

Depois de me apresentado o plano anual da turma D do 6.º ano, foi-me solicitado que lecionasse aulas das unidades didáticas de atletismo, nas disciplinas de saltos e corrida, ginástica nas disciplinas de solo e de aparelhos, basquetebol, futebol e voleibol.

(15)

6 A partir daí, iniciei a elaboração das unidades didáticas, documento que permite ao professor organizar de modo sistemático o conhecimento a transmitir aos alunos.

Este tipo de documento não pode, nem deve, ser visto como algo imutável, mas sim flexível e que deverá ser ajustado em função dos problemas colocados no contexto de aula.

Naturalmente que, nas primeiras vezes, a criação de unidades didáticas pode ser algo demasiado complexo, exigindo uma planificação intensa assim como um enorme número de horas despendido mas, com o passar do tempo e o ganho de vivências no processo de ensino-aprendizagem, a realização das mesmas passa a ser feita num melhor tempo útil, ao mesmo tempo que serão melhoradas.

A elaboração das unidades didáticas reveste-se de importância, uma vez que é através destas que o professor elabora um planeamento específico do processo ensino-aprendizagem das diversas modalidades a lecionar durante o ano letivo.

Com o objetivo de sistematizar o conhecimento, procurou seguir-se sempre o mesmo modus operandis na realização de cada uma das unidades didáticas elaboradas.

Cada unidade didática é iniciada com uma breve história da modalidade, a sua introdução em Portugal e, ainda, a sua introdução como desporto olímpico.

A importância da modalidade no contexto escolar é outro ponto referido na unidade didática.

As competências essenciais a adquirir pelos alunos, assim como as metodologias e estratégias utilizadas para as adquirir são outros aspetos importantes referenciados na unidade didática.

A caracterização da modalidade é outro fator mencionado, onde se faz referência ao objetivo da modalidade, as suas regras e regulamentos, entre outros.

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7 Todo o processo de ensino-aprendizagem comporta no final uma avaliação, denominada de avaliação sumativa, mas este não é o único tipo de avaliação utilizado, uma vez que também são utilizadas a avaliação diagnostica, que nos permite enquadrar o conhecimento do aluno na modalidade, e a avaliação formativa que representa a evolução dos alunos ao longo do processo de ensino-aprendizagem da unidade didática.

Definida a avaliação, a sua forma e percentagem, deparamo-nos com os objetivos comportamentais terminais, definidos pelo programa do Ministério da Educação, onde os alunos são avaliados recorrendo aos três tipos de avaliação supramencionados nos domínios cognitivo, socio-educativo e psicomotor.

Os recursos materiais, físicos e humanos são outros fatores tidos em conta aquando da realização da unidade didática, assim como o número de aulas, que está definido para cada uma das unidades didáticas.

O aquecimento também é referenciado na elaboração da unidade didática. O seu objetivo é preparar o organismo para a realização da tarefa proposta, sendo cada vez mais a prova da sua importância justificada cientificamente.

Seguidamente, surgem a especificação dos conteúdos abordados na modalidade e que vão ao encontro das matrizes do Ministério da Educação para a disciplina de Educação Física, fazendo referência às suas componentes críticas, aos erros mais comuns esperados assim como uma descrição/definição do gesto.

Posteriormente à especificação dos conteúdos temos as evoluções pedagógicas, que funcionam como uma árvore de decisões que permite ao professor responder em tempo útil as solicitações dos alunos no decorrer do processo ensino-aprendizagem.

No terminus de cada unidade didática temos uma reflexão que funciona como um balanço de toda a prestação que envolveu o processo de ensino-aprendizagem da unidade didática.

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8 Um exemplo de uma unidade didática pode ser consultado recorrendo ao Anexo I.

1.1.3. PLANO DE AULA

O plano de aula é o culminar de tudo o apresentado anteriormente, que exige por parte de quem o realiza, bastante dedicação. Bento (1987) menciona que “as aulas exigem uma boa preparação”. O mesmo refere que o planeamento de uma aula é fulcral, uma vez que é o ponto onde pensamento e ação convergem.

A estrutura dos planos de aula foi igual durante todo o estágio, de modo a manter uma coerência.

Do plano de aula constam os conteúdos a serem abordados, os objetivos operacionais, descrevendo as suas componentes críticas, assim como os recursos materiais necessários para alcançar os objetivos.

No plano de aula é, igualmente, efetuada referência às principais dificuldades esperadas na realização de cada objetivo operacional.

Relativamente às tarefas, são descritas, assim como o tempo dedicado a cada uma delas e o somatório do tempo total. A organização dos alunos também é apresentada de forma esquemática, assim como o material necessário para a realização de cada uma das tarefas.

Todos os planos de aula tiveram em consideração a informação inicial onde o professor apresenta a aula, os objetivos e tarefas a realizar e o questionamento dos alunos sobre possíveis dúvidas. Na informação final, o professor elabora um resumo da aula e introduz a próxima aula, pergunta novamente se existem dúvidas e esclarece-as.

Os planos de aula são realizados com o objetivo que o aluno esteja o maior tempo possível focado na realização da tarefa.

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9 Aquando da elaboração dos planos de aula foi tido em consideração o tempo disponível para os alunos cuidarem de forma adequada da sua higiene pessoal, de maneira a não saírem prejudicados no tempo de intervalo.

Todos os planos de aula foram previamente entregues ao professor orientador, de modo a corrigir atempadamente erros/problemas que pudessem vir a surgir.

No final de cada plano de aula, elaborava um pequeno relatório onde descrevia a sua atuação, assim como os aspetos positivos e a melhorar.

A aula também era alvo de um diálogo entre o professor orientador e o professor estagiário.

Um exemplo de um plano de aula pode ser consultado no Anexo II.

1.1.4. PRÁTICA DE ENSINO SUPERVISIONADA

Segundo Alarcão e Roldão (2008) “o supervisor é alguém que influencia o processo de socialização, contribuindo para o alargamento da visão de ensino (para além de mera transmissão de conhecimentos), estimulando o auto conhecimento e a reflexão sobre as práticas transmitindo conhecimentos úteis à prática profissional”. Assim, a prática pedagógica supervisionada revela-se fundamental num momento de formação como o estágio pedagógico.

Uma vez que a supervisão tem como propósito auxiliar o estagiário no seu processo formativo, durante o estágio pedagógico o principal foco de supervisão incidiu sobre a leccionação de aulas do estagiário pelo professor orientador.

Todas as aulas leccionadas, no estágio pedagógico, foram observadas pelo professor orientador. Finda as mesmas era realizado uma reflexão critica conjunta.

No decorrer da aula, assim como na fase de reflexão critica, o orientador transmitia feedbacks com o propósito da evolução do estagiário.

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10 Ainda no âmbito da supervisão, o professor orientador fomentou e cedeu, inclusivamente, a consulta de bibliografia, com o objectivo de aumentar e atualizar o conhecimento do estagiário, através de uma constante procura de novos saberes.

Assim, pode referir-se que a supervisão se encontra, de acordo com Alarcão e Roldão (2008) “ relacionada com a capacidade para gerar dinâmicas e processos de crescimento profissional centrados nos próprios alunos e operacionalizados através de uma atitude reflexiva, questionadora e analítica da acção docente, perspectivada como fonte de conhecimento, devidamente sustentada pelo conhecimento teórico em que cada aluno, professor em gestação, vai construindo a sua identidade profissional “

1.2. OBSERVAÇÃO DAS AULAS

Durante o estágio curricular, como não tinha grupo de estágio não podia assistir a aulas de outros colegas. Deste modo, foi-me indicado que teria de assistir a um mínimo de 45 aulas de outros docentes da Disciplina de Educação Física e a um mínimo de 20 aulas do meu orientador, finda as quais teria de fazer um relatório por aula.

Decidi, então, que iria assistir as aulas do 3.º ciclo dos docentes André Faustino, José Godinho e Leonardo Gonçalves.

Na modalidade de voleibol, o docente André Faustino possui o curso de treinador desta modalidade, podendo ser uma mais valia na ótica de aprender novas metodologias de ensino.

Com o docente José Godinho assisti às aulas de badminton, uma vez que é uma modalidade que não faz parte do programa do 2.º Ciclo e, assim, saíria a ganhar assistindo às aulas, uma vez que o mestrado habilita-me a lecionar quer nos ensinos básicos quer no secundário.

Finalmente, também assisti às aulas do docente Leonardo Gonçalves que lecionou como matéria alternativa o beisebol, o qual obteve uma enorme adesão por parte dos alunos.

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11 Ainda com o professor orientador assisti à maioria das aulas por ele lecionadas, realizando um relatório aquando da lecionação as turmas do 5.º ano da unidade didática de jogos pré desportivos.

O modelo da grelha de observação das aulas está presente no Anexo III deste trabalho.

1.3. REUNIÕES COM O ORIENTADOR

Durante todo o estágio, reuni-me com o meu orientador, fora do contexto de sala de aula, durante dois dias semanais, mais especificamente às segundas (3 horas) e terças-feiras (1 hora), sendo estes os dias e horas cedidas pelo concelho executivo da escola para a orientação do estágio. Contudo, sempre que necessário reuníamo-nos em horário não letivo.

Durante estas reuniões foram debatidas as unidades didáticas, os planos de aula, antes e depois da sua operacionalização, a caracterização da escola e da turma assim como o tratamento dos dados do questionário aplicado a turma.

Foi, ainda, durante estas horas que preparamos a ação de divulgação e se deu início o relatório de estágio.

Em todas as atividades realizadas pelo departamento e das quais fiz parte, o seu planeamento era realizado neste horário, por vezes com a colaboração de outros docentes para além do orientador.

1.4. BALANÇO DOS PERÍODOS LETIVOS

A elaboração das Unidades Didáticas, ao longo dos três períodos letivos, foi efetuada tendo em conta as intenções e opiniões (conteúdos e forma de os abordar) do professor José Silva, enquanto “real” professor da turma, além de que a sua experiência permitiu minimizar os erros. Foi, igualmente, tido em conta, para a elaboração das Unidades Didáticas, o programa do 2.º ciclo do Ensino Básico da disciplina de Educação Física e, muito importante ainda, o tipo de turma e o nível dos alunos.

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12 Para que as Unidades Didáticas se adaptassem o mais possível à turma D do 6.º ano, na primeira aula de cada uma era realizada a avaliação diagnóstica.

O teste diagnóstico permitiu saber qual o ponto de partida e, em alguns casos, concretizar níveis de execução diferenciados, de acordo com as potencialidades e dificuldades dos alunos (grupos de nível).

As Unidades Didáticas englobaram progressões pedagógicas, de forma a responder melhor aos possíveis problemas/potencialidades dos alunos. Os ajustes que foram acontecendo tiveram por base as indicações do professor orientador, assim como a avaliação formativa realizada ao longo das aulas, que lhe foi transmitida.

A planificação das aulas, tal como das unidades didáticas, foi feita com o apoio do professor orientador.

Foi sempre um objetivo a coerência das aulas, quer em termos de estrutura, quer em termos de tarefas propostas e operacionalização de objetivos e em termos de congruência com a Unidade Didática.

As planificações foram feitas sempre tentando maximizar o tempo potencial de aprendizagem.

As tarefas aplicadas tiveram como finalidade, de forma eficaz e consistente, atingir os objetivos propostos, quer através de formas jogadas, quer através de tarefas motivantes para os alunos. As tarefas diferenciadas quer na estrutura, quer em número de alunos intervenientes ou em material utilizado, procuraram alargar o leque de experiências dos alunos com as diferentes modalidades. Neste aspeto, uma das prioridades foi a utilização de formas jogadas, pois estas conduzem a um aumento da motivação dos alunos e, por vezes, consigam superar aquelas dificuldades que através de situações analíticas não conseguiam.

No que se refere à objetividade e clareza dos planos, de um modo geral, todos eles estavam claros, foram explícitos e de fácil compreensão.

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13 Nas primeiras intervenções verificaram-se algumas dificuldades na condução das aulas, na medida em que teve de existir uma seleção criteriosa da informação considerada mais pertinente para abordar os conteúdos.

Outra dificuldade inicial prendeu-se com a gestão do tempo para cada tarefa a executar na aula. Com o decorrer do tempo, esta dificuldade foi sendo ultrapassada, conseguindo-se, cada vez mais, uma gestão mais racional do tempo, uma vez que as diferenças entre os tempos previstos e os planeados nunca diferiram muito. Não obstante, a melhoria deste parâmetro passará, ainda, pela diminuição dos tempos de transição, instrução e explicação e aumento do tempo de execução da tarefa.

No que se refere à sequência das aulas, esta foi realizada segundo o que o professor orientador entendeu ser o mais correto, ou seja, um aumento gradual das exigências fisiológicas, concluindo a aula com uma forma jogada ou jogo, dependendo da modalidade.

Nas instruções, a utilização das técnicas explicativa e demonstrativa, procurando a exemplificação em simultâneo com a explicação, concisa, constituiu uma mais valia. Sempre que necessário, os alunos foram utilizados como agentes de ensino (executando a tarefa), sendo que estes alunos foram indicados a priori pelo professor orientador.

No que se refere à organização da aula, existiu a tentativa de não alterar consideravelmente a estrutura da mesma, mantendo, sempre que possível, a composição dos grupos igual, por forma a diminuir os tempos de transição e aumentar o tempo de empenhamento motor. Na montagem e desmontagem dos materiais, os materiais foram preparados antes do início das aulas, sempre que possível. Quando não o era, foi solicitado aos alunos, como fator motivante, a colocação do material no local certo, segundo indicações dos docentes.

Inicialmente, foi sentido um certo nervosismo, aquando da lecionação, isto por causa das dificuldades já mencionadas, em articular o tempo em

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14 função da informação a transmitir e as tarefas a executar, assim como na seleção dos exercícios mais pertinentes em cada Unidade Didática.

À medida que o número de aulas lecionadas foi aumentando e, tendo, também, em consideração a orientação do professor orientador, revelou-se um aumento de confiança e à vontade, o que teve efeito nos resultados esperados/ apresentados pelos alunos.

Ao longo deste período de prática, como já referido, foi sentido um progresso ou evolução na minha postura e desempenho na ação de docente.

Ao nível dos feedbacks, a dificuldade maior foi a ocorrência destes em tempo útil. Neste momento, existe já um abstração de aspetos que menos interessam e incisão sobre os mais pertinentes, atuando com mais eficácia.

No que concerne a dificuldades de aprendizagem detetadas, procurei solucioná-las da melhor forma, atuando prontamente sobre a dificuldade do aluno fornecendo feedbacks individuais, demonstrando e explicando individualmente. Em algumas aulas, foi necessário criar níveis de aprendizagem diferentes, pois alguns alunos demonstravam dificuldades muito diferentes e, assim, o ensino foi individualizado, como foi o caso do Voleibol. Em consequência desta separação por níveis, que foi feita segundo as avaliações formativas ao longo das aulas, houve a necessidade de realizar avaliações diferenciadas, pois os objetivos a atingir eram diferentes para os dois níveis.

A avaliação sumativa de cada Unidade Didática foi efetuada pelo professor orientador, em consonância com o professor estagiário.

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2. TAREFAS DE ESTÁGIO DE RELAÇÃO ESCOLA-MEIO 2.1. ESTUDO DE TURMA

O estudo da turma, composta por 24 alunos, constitui um dos pontos a abordar durante o estágio pedagógico, revelando-se essencial para um conhecimento mais pormenorizado dos alunos que constituem a turma onde foi realizada a Prática de Ensino Supervisionada (PES).

Pretendeu caracterizar-se a turma D do 6.º ano de escolaridade da Escola Básica Integrada de Arrifes. Assim, procedeu-se, em primeiro lugar, a um enquadramento global desta escola na orgânica do atual Governo Regional dos Açores e à apresentação da orgânica do seu Conselho Executivo.

Posteriormente, caracterizou-se a Escola, tendo em conta as origens e o contexto em que está inserida (caracterização física, histórica e socioeconómica e cultural). Relativamente à Identidade da Escola, foram apresentados os tópicos da localização, caracterização dos edifícios escolares e dos recursos humanos (alunos, pessoal docente, formadores externos, serviços especializados de apoio educativo, pessoal não docente e assistentes operacionais).

No que se refere, especificamente, à caracterização da turma 6.º D foram incluídos fotografias dos alunos, o horário e os docentes da turma, assim como informações e hábitos de prática desportiva dos alunos, os quais foram acedidos através da aplicação de um questionário, desenvolvido pelo estagiário, com esse objetivo.

Da análise dos dados do questionário supramencionado concluiu-se o seguinte:

- Todos os alunos estão dentro da escolaridade obrigatória;

- A maioria dos alunos reside na freguesia de Arrifes, seguindo-se as freguesias de Relva e Covoada;

- A escolaridade dos encarregados de educação é baixa, a maioria entre o 4.º ano e 6.º ano;

- Denota-se um elevado número de pais desempregados e domésticas, o que parece estar associado à conjetura atual e à baixa escolaridade dos pais e

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16 origina a que 15 alunos usufruam de Serviço de Ação Social Escolar (SASE);

- A maioria dos encarregados de educação no ativo trabalha no sector primário;

- Oito alunos já reprovaram, pelo menos, uma vez;

- A maioria dos alunos estuda na própria escola ou em casa; 8 alunos relatam beneficiar de ajuda no estudo e o tempo médio que cada aluno lhe dedica diariamente varia entre 30 minutos e 6 horas;

- As disciplinas de Matemática, Inglês, Ciências da Natureza e Língua Portuguesa são as que apresentam maior número de alunos com classificação inferior a 3 (dados referentes às avaliações do ano letivo anterior). As disciplinas que mais atraem os alunos estão a Educação Física e a Educação Visual e Tecnológica, sendo Matemática e Inglês as disciplinas que os alunos menos gostam;

- O apoio pedagógico é facultado a 9 alunos, nas disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa;

- Esta turma parece querer contrariar a falta de hábitos desportivos, pois dos 22 alunos que responderam ao inquérito, 16 praticam desporto regularmente, onde se destacam o futebol e o ciclismo como as que maior número pratica. Contudo, apenas 5 alunos praticam uma modalidade desportiva federada, nas modalidades futebol, futsal e kick boxing;

- No que diz respeito à disciplina de Educação Física as modalidades maioritariamente preferidas são o futebol e o basquetebol (75 %); por outro lado a modalidade que menos atrai os alunos é o voleibol (25 %).

Da análise da turma, tive a oportunidade de pesquisar sobre e, consequentemente, conhecer melhor a escola na qual estou a estagiar.

Não obstante a mais valia do presente estágio, que tem permitido o contacto com diversas realidades e ambientes distintos, bem como a intervenção com turmas heterogéneas, pude, deste modo, debruçar-me mais exaustivamente sobre a turma 6.º D, o que me permitiu um conhecimento mais aprofundado da mesma, nomeadamente no que diz respeito aos seus hábitos e métodos de estudo, disciplinas de maior e menor interesse, assim como ao nível das suas expetativas relativamente ao futuro.

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3. ATIVIDADES NA ESCOLA

Durante o ano letivo 2013/2014 foram várias as atividades organizadas e dinamizadas pelo departamento de Educação Física, sendo que cada docente responsável pela sua organização aceitou que eu fizesse parte da mesma e, deste modo, conhecer melhor o modus operandi da organização e dinamização de atividades da responsabilidade do departamento.

Estas atividades tinham como objetivos gerais proporcionar aos alunos hábitos de atividade física saudáveis, assim como a promoção de atividades físicas, individuais ou coletivas, orientadas por professores, como forma de desenvolvimento da condição física e promoção da saúde da comunidade educativa.

3.1. DIA DO CLUBE ESCOLAR DESPORTIVO DE ARRIFES (CEDA)

Esta atividade decorreu no dia 4 de outubro, tendo como público alvo os alunos dos 2.º e 3.º ciclos. Os objetivos desta atividade foram os de proporcionar o convívio entre os alunos e a comunidade escolar, promover as atividades desenvolvidas pelo Clube Desportivo Escolar, promover processos de animação socioeducativos, promover o espírito de equipa e de fair play.

3.2. CORTA MATO - FASE ESCOLAR

A fase escolar do corta mato decorreu no dia 22 de novembro, tendo como alunos alvo os alunos dos 2.º e 3.º ciclos, assim como os alunos do 4.º ano do 1.º ciclo. Os objetivos foram os de contribuir para o desenvolvimento do Atletismo em geral e do Corta-Mato (prova de resistência) em particular, assim como proceder ao apuramento dos melhores alunos, de modo a representarem a escola na fase de ilha do Corta Mato escolar.

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3.3. TORNEIO DE PROFESSORES VS ALUNOS

No encerramento do primeiro período, ou seja, a 13 de dezembro, decorreu o torneio de futebol entre professores e alunos, destinado a professores, alunos do segundo e terceiro ciclo. Os objetivos desta atividade foram os de proporcionar o convívio entre os alunos e a comunidade escolar, promover o espírito desportivo, a noção de equipa e de fair play.

3.4. MEGA SPRINTER- FASE ESCOLAR

A fase escolar do Mega Sprinter, destinada a alunos dos 2.º e 3.º ciclos, decorreu no dia 16 de janeiro. Os objetivos de mais esta atividade foram os de contribuir para o desenvolvimento do Atletismo em geral e das provas de velocidade em particular, proceder ao apuramento dos melhores alunos para representarem a escola na fase de ilha.

3.5. CORRIDA DE ORIENTAÇÃO

A Corrida de Orientação decorreu na reserva florestal do Pinhal da Paz, no dia 12 de março, e foi destinada a alunos dos 2.º e 3.º ciclos. Esta atividade teve como objetivos proporcionar aos alunos a orientação por recurso a uma carta ou mapa, promovendo, deste modo, as Atividades de Exploração da Natureza.

3.6. DANÇARTE

Destinada a alunos dos 2.º e 3.º ciclos, decorreu a 4 de abril a atividade Dançarte, com o objetivo de promover a disciplina opcional de dança e deste modo proporcionar aos alunos atividade física diferenciada.

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3.7. MARCHA PELA SAÚDE

Destinada a toda a comunidade escolar, a marcha pela saúde, que primeiramente estava agendada para o dia 4 de abril, mas que por falta de policiamento só decorreu no dia 10 de abril, percorreu as principais ruas da freguesia com o objetivo de alertar a população em geral para os benefícios da atividade física regular.

3.8. CICLOTURISMO

Destinado a alunos dos 2.º e 3.º ciclos, decorreu no dia 4 de junho o passeio de cicloturismo, com o objetivo de proporcionar aos alunos atividades físicas com o exterior.

3.9. CONVÍVIO DESPORTIVO PRIMEIRO CICLO

Esta foi a ultima atividade promovida pelo departamento de Educação Física, que decorreu a 11 de junho, sendo destinada a alunos do 1.º ciclo, que assim se deslocaram das suas escolas até a escola Básica e Integrada. Sendo desenvolvidas varias atividades como jogos tradicionais, nomeadamente, “o jogo do mata”, a “bola ao capitão” corridas de velocidade, entre outras e, através do desporto, proporcionar o convívio entre os alunos das diversas escolas do 1.º ciclo pertencentes à Escola Básica e Integrada de Arrifes.

3.10. OUTRAS ATIVIDADES

Para além destas atividades, os docentes de educação física colaboram de forma ativa na dinamização da atividade “Unidos Pela Diferença” organizada pelo Núcleo de Educação Especial.

No último dia de aulas a escola organizou uma maratona de dança sendo um docente do departamento de Educação Física convidado para júri, tarefa

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20 esta que me foi atribuída, como forma de reconhecimento pela minha prestação atitude e perfil no departamento.

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4. DESCRIÇÃO SUMÁRIA DO ESTÁGIO

No início do ano letivo, no decorrer das reuniões preparatórias de início de ano letivo, tive conhecimento de todas as turmas (os seus pontos fortes e a melhorar) cujo meu orientador era o responsável pela lecionação da disciplina de Educação Física. Deste modo, e posteriormente a assistir a duas semanas de aulas, em reunião de orientação de estágio, ficou decidido que eu iria ser responsável por lecionar algumas das aulas de Educação Física à turma D do 6.º ano.

Contudo, no decorrer do ano letivo, assisti a todas as aulas lecionadas pelo meu orientador à turma D do 6.º ano, acompanhando, assim, todo o processo de ensino-aprendizagem dos referidos alunos.

Devido ao fato de o núcleo de estágio ser composto apenas por um aluno, observei 45 aulas de outros docentes do Departamento de Educação Física, fator este que contribuiu para uma melhor formação, pois tive a oportunidade de assistir a aulas do 3.º Ciclo, cujo programa e modo de operacionalização difere das do 2.º Ciclo.

Um fato menos positivo deve-se ao fato de não existirem Atividades Desportivas Escolares, nem a escola participar nos Jogos Desportivos Escolares, o que pode condicionar os alunos na prática e motivação de atividades desportivas.

O estágio pedagógico foi uma experiência rica e diversificada com aspetos positivos e menos positivos que contribuíram para o crescimento profissional e pessoal do estagiário.

Desde o início do ano letivo, a integração na escola e no departamento de Educação Física decorreu de forma positiva. Este fato contribuiu para um melhor assimilação na dinâmica escolar, durante o início do estágio, assim como o fato de já ter lecionado nesta escola.

A integração no trabalho das turmas foi gradual, sendo que durante as primeiras aulas desempenhei uma função de observação o que permitiu às

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22 turmas habituarem-se à minha presença, isto porque, foi a primeira vez que existiu um estágio pedagógico na disciplina de Educação Física na Escola Básica e Integrada de Arrifes.

Embora me tenha sido atribuída a turma D do 6.º ano, a verdade é que colaborei com o professor orientador em todas as suas turmas, auxiliando-o sempre que necessário.

No que diz respeito à lecionação, salienta-se que o professor orientador teve a preocupação de preparar o estagiário da melhor forma para a orientação das primeiras aulas. Foram dados tempo e informação suficiente por parte do professor orientador para lecionar com sucesso as primeiras aulas e, consequentemente, proporcionar um bom desempenho ao longo do ano, através do incremento da autoconfiança, componente essencial para enfrentar o resto do ano letivo.

Foi também bastante positivo a forma como o grau de responsabilidade do estagiário foi, de forma progressiva, aumentando sendo exemplo disso a participação ativa em todas as atividades realizadas pelo departamento, sendo o responsável principal por algumas, nomeadamente o corta-mato e o mega sprinter fase escolar. Na maratona de dança, fui nomeado pelo departamento de educação física como júri. Estas experiências foram importantes visto que preparam o estagiário para a dinâmica distinta deste tipo de atividades que, naturalmente, diferem do contexto de sala de aula.

Durante todo o estágio contei com a colaboração do professor orientador na elaboração das unidades didáticas e dos planos de aula. Todos os planos de aula eram entregues antecipadamente e analisados, de forma a minimizar os erros e maximizar o processo de ensino-aprendizagem. Ao longo do ano letivo, progressivamente, o número de correções foi diminuindo, o que parece ser indicativo da evolução na capacidade do estagiário em planear aulas com sucesso.

Sempre que era lecionada uma aula, o professor orientador efetuava um pequeno balanço, enfatizando os aspetos positivos, sem descurar os pontos a melhorar.

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23 Extremamente positivos e proveitosos foram os feedbacks e trocas de ideias constantes que existiram com o professor orientador sobre o estágio, o que contribuiu para o bom ambiente criado entre o professor orientador e o estagiário.

Também a presença nas reuniões periódicas (intercalares e conselho de turma) foi uma experiência enriquecedora para o estagiário. Durante estas reuniões presenciou-se o testemunho dos restantes docentes da turma do 6.º D, no que concerne ao comportamento e rendimento escolar dos alunos, bem como às estratégias desenvolvidas de forma a ultrapassar os problemas que iam surgindo.

A pontualidade e assiduidade dos alunos contribuiram de forma positiva para a lecionação das aula, uma vez que permitiu uma gestão eficaz dos recursos disponíveis e, deste modo, uma maior rentabilização do tempo dedicado a cada tarefa e, consequentemente, do processo de ensino-aprendizagem.

Um aspeto menos positivo prende-se com o facto de o orientador não possuir uma Direção de Turma, dificultando uma abordagem mais específica a este nível.

Finalmente, como recomendações pessoais, realça-se a necessidade de um maior e mais próximo acompanhamento por parte dos responsáveis da Universidade durante o estágio pedagógico, assim como um contacto mais frequente entre a Universidade e o professor orientador da escola onde se realiza o estágio.

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CAPÍTULO II – AÇÃO DE DIVULGAÇÃO

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1.1. INTRODUÇÃO

Esta ação de divulgação teve como finalidade introduzir o Geocaching na comunidade escolar, apresentando conceitos e regras básicas, assim como as boas práticas para manter a qualidade do Geocaching. Pretendeu-se introduzi-lo nos Núcleos de Atividades de Exploração da Natureza, um programa da Direção Regional de Desporto, de modo a alargar o leque de atividades praticadas.

Esta ação de divulgação decorreu nos dias 12 e 13 de junho de 2014 na Escola Básica e Integrada de Arrifes. Estiveram presentes os docentes do departamento de Educação Física, ou seja, os do grupo de recrutamento 260 e 620. Estes aspetos e os seguintes constam do plano apresentado no Anexo IV.

O objetivo geral desta ação de divulgação foi reforçar o conhecimento na modalidade de Geocaching.

Teve como objetivos específicos identificar as principais características, regras e conceitos do geocaching, assim como dinamizar estratégias didáticas que auxiliem a abordagem do geocaching em meio escolar.

A ação foi dividida em duas sessões presenciais. Nos conteúdos, ao longo de 150 minutos, numa componente teórico-prática, foram abordadas as principais características, regras e conceitos do Geocaching, assim como estratégias didáticas que auxiliam a abordagem do Geocaching no meio escolar.

Os conteúdos abordados foram o enquadramento histórico da atividade; conceitos, regras e características; recursos didáticos; criação e localização de uma cache.

No que diz respeito aos critérios de avaliação, a avaliação das aprendizagens foi diagnóstica, formativa e sumativa, expressa numa escala numérica de 0 a 20 valores (Anexo V).

A avaliação da ação de divulgação foi efetuada com recurso a um Questionário de Avaliação da Ação de Divulgação, de forma a recolher as

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26 opiniões dos formados sobre esta e deste modo melhorar a qualidade da mesma (Anexo VI).

A ação de divulgação denominada de “Geocaching: conceitos básicos para a sua prática” teve como objetivo sensibilizar os docentes para a atividade do geocaching, designadamente os conceitos e instrumentos básicos necessários para a sua prática.

No geocaching um geocacher esconde uma geocache, publicando as suas coordenadas em www.geocaching.com. Outro praticante (geocacher) consulta a página, recolhe a informação, coloca as coordenadas num Global Positioning System (GPS) partindo a sua procura. Quando encontra a cache pública na mesma página a sua descoberta.

O geocaching é uma atividade que se destina a todas as pessoas de todas as idades, géneros e credos.

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1.2. ENTRADA NO “MUNDO” DO GEOCACHING

Normalmente entra-se no “mundo” do Geocaching através de alguém que já o conhece e pratica. Depois, toma-se o gosto e começam as aventuras por nossa conta.

O Geocaching evolui muito rapidamente surgindo novas caches, novos pormenores, etc.

Deste modo, é aconselhável visitar o site www.geocaching.com, de forma a conseguir estar sempre na “crista da onda” da evolução do Geocaching.

1.3. HISTÓRIA DO GEOCACHING

O Geocaching só se tornou possível como consequência da “liberalização” do sistema de GPS, no primeiro dia de maio do ano de 2000, pois até esta altura o GPS era apenas utilizado por militares e para fins militares.

Dave Ulmer foi o pioneiro do Geocaching ao criar e esconder a sua primeira cache, a três de maio de 2000, era uma cache muito simples, um bidão com alguns prémios e uma pequena mensagem “take something, leave something”. Seguidamente, Dave disponibilizou as coordenadas GPS em newsgroup.geo.satellite-nav. Denominou a sua criação como “Great American GPS Stash Hunt”.

Em menos de três dias, dois utilizadores GPS encontraram o recipiente, sendo que um deles registou a sua descoberta no newsgroup.

Desde então, mais pessoas começaram a criar as suas caches (com base na cache criada por Dave) e a escondê-las.

Assim, foi dado o primeiro passo para o Geocaching que atualmente se pratica.

No entanto, o termo Geocaching é atribuído a Matt Stum, uma vez que Geo significa Terra e cache um local de armazenamento temporário. Esta definição foi muito bem aceite no meio.

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1.4. CONCEITO DE GEOCACHING

Existem várias definições para geocaching, das mais simples às mais complexas. De acordo com a Wikipedia “geocaching é um passatempo e desporto de ar livre no qual se utiliza um receptor de navegação por satélite (GPS) para se encontrar uma “geocache” (ou simplesmente cache) colocada em qualquer local do mundo”. No entanto esta definição não é bem verdadeira uma vez que, como veremos mais a frente, não são em todos os locais que se pode esconder uma cache.

No entanto, pode definir-se de uma maneira mais rica, complexa e pormenorizada como sendo:

 Uma caça ao tesouro: O objetivo é procurar e encontrar uma cache (tesouro) mas recorrendo a tecnologia com um GPS e acesso a internet;  Uma aventura: Isto porque procurar uma cache num local desconhecido,

desvendar enigmas, percorrer trilhos e caminhos diferentes, é logicamente uma aventura;

 Um jogo: Com regras e processos simples, mas também que nos remete para o raciocínio lógico e matemático, para a resolução de problemas para a intuição lógica, criatividade e, até, competitividade;

 Uma atividade ao ar livre: Embora existam algumas caches em sítios fechados, a verdade é que a sua maioria encontram-se colocada ao ar livre;

 Uma oportunidade para fazer exercício: Excetuando as caches park and grab (pode se ir de carro) a maioria implica ter de caminhar, fazer rapel, escalada, andar de bicicleta, fazer mergulho, fazer canoagem, entre outras;

 Promove a convivência com a natureza: Contribuindo deste modo para uma sensibilização ambiental;

 Sinónimo de tempo em família: Uma vez que é uma atividade adaptada a todas as idades (existe caches para crianças), possibilita a criação de laços, contribui para a compreensão do outro, possibilita a criação de memórias em comum;

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29  Expressão de criatividade: Que se reflete não só na criação de uma cache, mas também na passagem dos obstáculos ou um percurso alternativo para descobrir uma cache;

 Um passatempo: Um hobby uma atividade para realizar nas férias, feriados, fins de semana, ou sempre que apetecer;

 Uma forma de conhecer outros lugares: Quer seja na sua terra ou noutro sítio qualquer uma vez que a colocação da cache deve ser num sítio especial e deste modo até atrair turistas;

 Uma oportunidade de conhecer outras pessoas:Pessoas com interesses próximos e que se encontram nos percursos, nos fóruns, eventos, etc.;  Contribui para o conhecimento das histórias e tradições: através das

informações contidas no interior da própria cache;

 Tem um carater educativo: Possibilita introduzir conceitos científicos. Por exemplos as earthcaches são um excelente meio para aprender geologia;

 Um atividade verde: Uma vez que as linhas e orientadores do Geocaching apontam para uma atitude responsável pelos locais e elementos assim como para a sua preservação;

 Um desafio: Uma vez que pode levar o Homem aos seus limites na procura do “tesouro”;

 Uma coleção: Pode colecionar-se, assinalando na nossa página do site as caches que descobrimos, mas também as pequenas recordações que existe em cada cache;

 Um vício: Um bom vício pois desde o surgimento do Geocaching, aproximadamente a 14 anos, a sua comunidade cresceu para milhões em todo o mundo.

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1.5. PASSOS BÁSICOS DE GEOCACHING

Primeiramente é necessário fazer um registo gratuito através do site

www.geocaching,com, também podemos optar por ser um cliente premium mas

para isso é necessário efetuar um pagamento anual que ronda os trinta euros. No site, visitar a secção “hide and seek”, seguidamente colocar o código postal e escolher da lista de caches as mais convincentes. O passo seguinte é introduzir as coordenadas no GPS e navegar até a cache, quando encontrada deve-se assinar o livro de registos (logbook) da cache e deixá-la no mesmo local, posteriormente deve-se registar a descoberta da cache no site.

1.6. EQUIPAMENTO NECESSÁRIO

Para a prática do Geocaching é necessário algum equipamento, assim, e para além de estar registado e possuir um GPS, convém possuir uma bateria extra do GPS, um lápis ou caneta para poder assinar o logbook, o vestuário deve ser adaptado para o sítio onde se situa a cache, possuir também um mapa, uma bússola, uma lanterna, um kit de primeiros socorros, sacos plásticos para recolher algum lixo que se encontre, saco plástico com fecho para realizar alguma manutenção na cache, levar objetos de troca pois como nos diz Dave Ulmer “take someting, leave someting”.

Este equipamento embora seja necessário não é de carater obrigatório, no entanto convém ter a noção de que a cache pode ficar comprometida.

Para além do material é importante ler todas as informações que constam na página sobre a cache.

De referir que o fato de não possuir GPS não é impeditivo para realizar geocaching, uma vez que pode-se sempre colocar as coordenadas no Google maps/earth, ou então recorrendo a programas que são possíveis instalar em alguns tipos de telemóveis.

Contudo, o GPS é o mais aconselhável uma vez que permite estabelece uma localização mais fiável e, simultaneamente, mais precisa da cache.

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1.7. A GEOCACHE

A versão básica de uma geocache ou simplesmente cache, deve ser composta por um recipiente resistente á água e humidade, deve conter um lápis ou caneta, um livro para os registos (também denominado de logbook) assim como pequenos objetos para a troca.

A cache deve também conter alguma informação sobre o geocaching, isto é, uma cache note, cuja função é para o caso de ser encontrada por acaso por um não praticante de geocaching evitando que este a mude de sítio ou a coloque no lixo.

Algumas caches podem conter o contato do seu responsável, isto serve para reportar qualquer situação que exista com a cahe.

A página “listing” do site www.geocaching.com possui todas as informações da cache, tais como, identificação, proprietário, tipo, tamanho, coordenadas, atributos, história ou dados do local, entre outros.

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1.8. CLASSIFICAÇÃO DAS CACHES DE ACORDO COM O SEU TAMANHO

O tamanho das caches é decidido em função do que se pretende incluir no recipiente, assim como do local onde a colocar, deste modo e de acordo com o tamanho das caches temos:

Micro ou nano, são caches muito pequenas que vão desde o tamanho de um feijão até ao de um rolo de fotografias de 35mm;

Pequena, este tipo de cache tem o tamanho de um pacote de sumo de 200ml que já pode conter alguns elementos para troca;

Regular, tem um tamanho idêntico a de uma embalagem de um litro de leite e possui capacidade para conter vários objetos;

Grande, este tipo de cache tem o tamanho de uma caixa de sapatos ou baú, possui o básico que deve conter uma cache, vários objetos de troca e por vezes algo relacionado com a temática da cache;

Outro, esta denominação é dada quando o tamanho não é revelado de modo a criar uma situação surpresa e tornar a busca mais complexa.

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1.9. TIPOS DE CACHES

Para além do tamanho também se pode classificar a cache de acordo com a sua tipologia, assim temos:

Cache Tradicional, sendo que este tipo de cache encontra-se na localização exata das coordenadas. Nas básicas deve conter o logbook e lápis. Podem também conter alguns objetos para troca se o tamanho assim o permitir. Contudo as micro ou nano caches só têm um rolo minúsculo para o registo;

Caches Múltiplas, este é o tipo de caches que nos leva a percorrer mais do que uma localização (no mínimo duas) antes da cache final, uma vez que são as caches intermédias que permitem alcançar a final. Sendo a cache final física e devendo conter o material básico.

 Dentro das caches múltiplas existem as caches turísticas, as caches aventura ou as caches natureza;

Cache Mistério (Mystery or puzzle caches), neste tipo de caches a informação contida na página (as coordenadas) não correspondem à cache final mas leva-nos a um sítio onde sabemos que temos de resolver um enigma para deste modo alcançar a cache física final;

Letterbox Hibrid, este é um tipo de cache que combina o conceito de letterboxing com o Geocaching. O letterboxing é um conceito idêntico ao geocaching mas utiliza pistas em vez de coordenadas. Na Letterbox Hibrid as coordenadas inicias encontram-se no site www.geocaching.com e posteriormente haverá no local algo que ajude a alcançar a localização correta, seja uma tarefa, um mapa, pista, etc.

 Este tipo de caches é preferencialmente usado no interior, por exemplo edifícios, e estas caches contêm um carimbo, não para troca mas para registo de visita.

 No site www.letter-boxing.org/kids pode-se encontrar mais informações sobre o letterboxing;

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34  Cache Evento, este tipo de cache carateriza-se por ser um encontro entre praticantes em que o tema principal é o geocaching. No final do evento e posteriormente a todos os participantes terem feito o seu registo a cache é arquivada;

Cache Mega Evento, este tipo de cache é idêntico ao anterior, com a diferença que decorre durante mais do que um dia.

Em ambos os tipos de cache anteriormente mencionados, o lugar onde decorre o evento pode ter um propósito como por exemplo presenciar um acontecimento, sendo que a página da cache evento fornece a data e hora, assim como, o local (através das coordenadas);

Cache In Trash Out (CITO), regra geral este tipo de cache traduz-se num evento de limpeza ou florestação de um determinado local, este é também umas das razões para se definir o geocaching como uma atividade verde;

Earthcaches, este é um tipo de cache com um cariz mais didático, sendo o seu objetivo mostrar e ensinar geologia. O geocacher não irá encontrar uma cache física com o logbook mas, ou deve fazer umas medições, ou responder a algumas questões sobre o aspeto geológico que se encontram na página da cache.

As denominadas caches virtuais e webcam, são caches que, embora algumas ainda estejam ativas, já não são permitidas a sua criação e publicação no site.

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2. PROCURAR UMA CACHE

Para procurar uma cache é necessário estar registado em

www.geocaching.com, sendo este, sem dúvida, o primeiro passo a dar. Seguidamente, e procurando na lista de caches disponíveis, seleciona-se a pretendida. Podem selecionar-se as caches procurando por opções como por exemplo o código postal, localização, nome da cache, tipo de cache, código da cache, entre outras.

Posteriormente, é necessário recolher as coordenadas e inseri-las no GPS. Além das coordenadas da cache, a página disponibiliza informações sobre tudo o que é essencial saber acerca da cache selecionada, assim temos informações sobre:

 Nome ou título da cache;

 Código ou identificação da cache;

 Dificuldade da cache, refere-se ao grau de dificuldade para encontrar a cache sendo que o seu grau de dificuldade encontra-se representado por estrelas e organizado de modo crescente de um a cinco;

 Terreno, este item refere-se às dificuldades do terreno e do percurso a percorrer até à cache, encontrando-se de igual modo representando a sua dificuldade por ordem crescente de um a cinco estrelas;

 Tamanho, obtemos uma classificação da cache de acordo com o seu tamanho, isto é, se se trata de uma micro, pequena, regular, grande ou outra;

 Dono, aponta para o responsável pela cache, referenciando “uma cache construída por” (a cache by) seguida do nome do utilizador (username);

 Informações sobre outras caches do mesmo dono (owner);

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36  Tipo de cache, aparece um ícone no canto superior esquerdo, se se tratar, por exemplo, de uma cache tradicional aparecerá uma cache com a tampa verde;

 Informações sobre outras caches situadas na mesma zona da cache que se selecionou para procurar;

 Por vezes o dono da cache pode disponibilizar pontos de referência (waypoints), ou algumas dicas encriptadas.

 Por vezes relata na página alguns cometários sobre a cache, comentários esses deixados por geocacheres que encontram a cache, podendo estes comentários ajudar a decidir se esta cache é realmente interessante.

 Os atributos da cache ajudam a perceber que tipo de equipamentos e meios são necessários para a encontra;

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2.1. ENCONTRAR UMA CACHE

Quando se encontra a cache, considera-se que está cumprido o objetivo do Geocaching, contudo existem um conjunto de regras a ter em conta para que assim se alcance por completo o objetivo do Geocaching.

A cache deve ser colocada no preciso local onde estava, assim como a cache e o espaço circundante deve permanecer inalterado.

A cache note (informação contida na cache) deve ficar sempre na parte superior da cache para que se a mesma for descoberta por alguém não a coloque no lixo ou mude de local.

Depois de descoberta a cache é imprescindível assinar o logbook e verificar se a cache precisa de alguma manutenção como por exemplo afiar o lápis, colocar mais folhas no logbook, devendo esta situação ser reportada ao dono da cache através do site www.geocaching.com.

Tal como nos disse Dave Ulmer “take something leave something”, é importante ter alguns objetos para troca.

Podem tirar-se fotos do local e da cache embora não seja permitida a publicação de fotos da cache na página de modo a não estragar o fator surpresa.

Por último, devemos fazer o registo da descoberta da cache no site, selecionado a opção log your visit.

Qualquer outra infração às regras do Geocaching deve ser mencionada ao revisor que publicou a cache de modo a regularizar a situação.

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3. ESCONDER UMA CACHE

Qualquer geocacher, desde que esteja devidamente registado pode criar e esconder uma cache, no entanto, existem algumas regras a ter em conta para o fazer.

Assim a colocação de uma cache nunca pode causar destruição em propriedade alheia, seja ela pública ou privada. Se a cache for colocada num terreno privado é imperioso obter a autorização do seu proprietário. Se for colocada num terreno público é essencial obter autorização assim como conhecer as regras e restrições do local.

Se a cache for colocada num local de acesso com horário restrito ou que a entrada tenha de ser paga, esta informação deverá constar na página da cache, respetivamente na secção dos atributos da cache.

A cache física deve distanciar no mínimo 161 metros de outra cache. Nunca devendo ser enterrada completamente nem estar demasiado visível de modo a ser encontrada por qualquer pessoa.

A vida animal e o ambiente não podem ser lesados nem com os procedimentos utilizados para a esconder nem pelos geocacheres que a procurem, assim deve-se evitar os locais históricos com interesse arqueológico.

As caches não podem ser confundidas com material perigoso, não podem conter no seu interior substâncias ilícitas como álcool, drogas ou armas. Zonas próximas de edifícios governamentais, pontes, aeroportos, autoestradas, hospitais, caminhos de ferros, devem ser evitado para esconder caches.

De salientar que todas as leis locais se aplicam ao Geocaching, assim como, a cache nunca pode ser confundido com algo perigoso.

Outro fator importante é que a cache nunca pode ficar primeiro disponível no site e só depois escondida, o primeiro passo será colocar a cache no sítio selecionado e só depois publica-la no site e para assim quando ela ficar disponível no site já se encontrar no terreno.

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3.1. ESCOLHER O LOCAL E A CACHE

Depois de ter conhecimento do que deve conter uma cache, do tipo de caches, dos procedimentos para esconder uma cache, o próximo passo será escolher o local e o tipo da cache.

Algumas questões devem guiar o dono da cache na escolha do local e do tipo de cache, são elas:

 Saber se a localização tem algum interesse cultural, paisagístico ou arquitetónico?

 O fato de descobrir a cache constitui um verdadeiro desafio?

 O contentor é inovador, encontra-se bem disfarçado ou expõe uma ideia gira?

 A cache é estimulante, é atrativa, proporciona uma boa aventura?

 O dono (owner) da cache tem o dever de zelar pelas condições da cache e sempre que essencial fazer a sua manutenção.

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3.2. SUBMETER UMA CACHE

Depois de estar registado no site, definido o local, o tipo de contentor, o conteúdo que deve conter no contentor, é altura de passar ao passo seguinte que se traduz por submeter a cache.

O primeiro passo é ir até ao local onde pretendemos esconder a cache (ou contentor) e retirar as coordenadas GPS.

Seguidamente, em www.geocaching.com submeter as coordenadas e preencher o formulário online de modo a especificar os atributos da cache.

Um revisor (reviewer) tem como função verificar se a cache cumpre todos os requisitos, se for detetado algum problema o revisor propõe alterações.

Assim que verificado que a cache cumpre todos os requisitos a mesma é “apta” para ser procurada.

Quando se resolve desistir ou abandonar uma cache, é necessário arquiva-la. Assim, para a arquivar o dono deve selecionar a opção Archive Listing, sendo uma obrigação do dono a remoção da cache física do local onde se encontra.Embora a cache seja removida ela continua a aparecer no registo pessoal do dono com a indicação que foi arquivada.

Imagem

Figura 1. Dr. James Naismith
Figura 5. Cesto e tabela
Figura 6. Grelha de Avaliação Diagnostica

Referências

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