SPAIC
dora, temos o maior gosto em lhes apresentar as boas ‑vindas a Coimbra e à 36.ª Reunião Anual da SPAIC, este
ano sob o tema
“Imunoterapia e Imunomodulação na Prática Clínica”.
Contando com a presença e a participação ativa de um grande número de membros da nossa sociedade,
este é, sem dúvida, o mais relevante evento anual na área da formação em Alergologia e Imunologia Clínica em
Portugal. Este ano, estarão também entre nós colegas vindos do Brasil, Canadá, Espanha, Itália, Holanda e In‑
glaterra que permitirão, certamente, uma troca de experiências mais variada e enriquecedora.
Ao longo das últimas décadas, a imunoterapia e imunomodulação da patologia alérgica têm sido palco de
avanços consideráveis. Iniciada há mais de 100 anos pelas vacinas com alergénios, graças ao pensamento
inovador de Charles Blackley, admirador e correspondente de Darwin, assistiremos nesta reunião a uma actua‑
lização do estado da arte e das novas perspectivas deste tratamento etiológico. Além disso, as mais recentes
terapêuticas biológicas e abordagens moleculares ao diagnóstico, bem como as estratégias de controlo no
doente de difícil tratamento, serão fontes para a troca de informação e experiências entre todos os que partici‑
parão nesta 36.ª Reunião Anual da SPAIC.
Com base em muitas das sugestões dos nossos associados e dos Grupos de Interesse, a quem queremos
deixar o nosso maior agradecimento, organizámos conferências, mesas ‑redondas, workshops teórico ‑práticos,
simpósios e cursos que, esperamos sinceramente, despertem o interesse de todos. Destacamos, também, a
apresentação de cerca de uma centena de trabalhos científicos, em sessões de comunicações orais e posters,
estes últimos com exposição e discussão interativa sob a forma eletrónica (e ‑posters). Na exposição técnica,
haverá ainda oportunidade de apreciar as últimas inovações terapêuticas e de diagnóstico no campo da Alergo‑
logia e Imunologia Clínica.
No ano em que a SPAIC comemora os seus 65 Anos, é com particular gosto que os recebemos em Coim‑
bra, cidade onde se encontra a mais antiga Universidade do país e uma das mais antigas do mundo. Aqui fi‑
xada por D. João III em 1537 mas originada no Estudo Geral que D. Dinis tinha criado em 1290, a Universida‑
de de Coimbra é hoje um conjunto arquitetónico notável considerado pela Unesco, desde 2013, Património
Mundial
(Universidade de Coimbra – Alta e Sofia), título que partilha com outras quatro Universidades em
todo o mundo.
Portanto, além do encontro científico e do convívio entre colegas e amigos, gostaríamos que esta reunião
fosse também uma oportunidade de conhecerem a história e a tradição desta cidade universitária cuja beleza
continua a inspirar a voz dos seus cantores.
PRESIDENTE DO CONGRESSO
Luís Delgado
ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO
CIENTÍFICA
Direção da SPAIC
Ana Morête
Elisa Pedro
João Fonseca
Luís Delgado
Mário Morais de Almeida
Pedro Martins
Rita Câmara
Rodrigo Rodrigues Alves
PARTICIPAÇÃO
European Academy of Allergy and Clinical
Immunology (EAACI)
Grupo de Doenças Respiratórias (GRESP)
Sociedad Española de Alergologia
e Inmunologia Clínica (SEAIC)
Sociedade Luso‑Brasileira de Alergologia
e Imunologia Clínica (SLBAIC)
CREDITAÇÃO
Ordem dos Médicos
Conselho Nacional para a Avaliação
da Formação
Antonio Valero | Espanha
Carmen Rondon | Espanha
Carmen Vidal | Espanha
Dirceu Solé | Brasil
Fatima Ferreira | Austria
Helen Chapel |Reino Unido
Joaquin Sastre | Espanha
Martin Church | Reino Unido
Paul O’Byrne | Canadá
Ronald Van Ree | Holanda
Wilson Aun | Brasil
PALESTRANTES E MODERADORES NACIONAIS
Alexandra Santos
Alice Coimbra
Amélia Spínola Santos
Ana Célia Costa
Ana Margarida Pereira
Ana Margarida Romeira
Ana Mendes
Ana Morête
Ana Reis Ferreira
Ana Todo‑Bom
Anabela Lopes
Ângela Gaspar
Antero Palma Carlos
Beatriz Tavares
Carlos Loureiro
Carlos Lozoya
Carlos Nunes
Cátia Alves
Celso Pereira
Cristina Santa Marta
Daniel Machado
Diana Silva
Elisa Pedro
Elza Tomaz
Emilia Faria
Eva Gomes
Fátima Duarte
Filipe Froes
Filipe Inácio
Graça Loureiro
Helena Canhão
Helena Falcão
Helena Pité
Isabel Carrapatoso
Joana Caiado
João Fonseca
Joao Ramires
José Ferraz de Oliveira
José Ferreira
José Geraldo Dias
José Luis Plácido
José Pedro Moreira Silva
José Torres da Costa
Josefina Rodrigues Cernadas
Luís Araújo
Luís Delgado
Luís Miguel Borrego
Luís Taborda Barata
Luísa Geraldes
Manuel Branco Ferreira
Manuel Santos Rosa
Margarida Gonçalo
Maria Conceição Pereira Santos
Maria Graça Castel‑Branco
Maria João Sousa
Mário Morais Almeida
Marta Neto
Miguel Paiva
Natacha Santos
Paula Alendouro
Paula Leiria Pinto
Pedro Martins
Pedro Morais Silva
Raquel Gomes
Rita Câmara
Rodrigo Rodrigues Alves
Rui Costa
Sara Prates
Susana Lopes da Siva
Susana Oliveira
Susana Piedade
Susel Ladeira
Comunicações Orais I
Workshop I
Hipersensibilidade a fármacos: Para além dos antibióticos
e anti-inflamatórios
Mesa Redonda III
Simpósio SPAIC-SEAIC:
Imunoterapia com aeroalergénios Curso II
Infeções recorrentes Posters IV Comunicações Orais III 09:00 - 09:30 Curso I Alergénios e Imunoterapia
Parte I Thermo Fisher – SPAICSimpósio
Da intuição à evidência
09:30 - 10:00
10:00 - 10:30 Coffee Break Alergologia molecular no diagnóstico Conferência II
e tratamento da alergia alimentar
10:30 - 11:00 Mesa Redonda I
Terapêuticas biológicas
na asma brônquica AlergéniosCurso I e Imunoterapia Parte II
Posters I
Coffee Break Coffee Break
11:00 - 11:30 Mesa Redonda IV Curso II Anafilaxia Comunicações Orais II Mesa Redonda VI
Imunoterapia – Novas Perspetivas Workshop JIPs Alergia a proteínas do leite de vaca
11:30 - 12:00 Diversidade dos fenótipos na ICDVConferência I 12:00 - 12:30
Sessão de Abertura
12:30 - 13:00 Controlo da asma na criança Conferência III
– como será o futuro?
Conferência IV
Imunoterapia na rinite alérgica local?
13:00 - 13:30 Almoço Almoço Sessão de Encerramento 13:30 - 14:00 Almoço 14:00 - 14:30 14:30 - 15:00 Simpósio Boehringer-Ingelheim – SPAIC
Asma, DPOC ou ambos? – Terapêutica e implicações clínicas Curso I Alergénios e Imunoterapia Parte III Posters II Simpósio AstraZeneca – SPAIC
The future of respiratory medicines in asthma Posters V 15:00 - 15:30 15:30 - 16:00
16:00 - 16:30 Coffee Break Coffee Break
16:30 - 17:00 Mesa Redonda II Abordagem molecular da doença alérgica Workshop II Angioedema hereditário – Da patogenia às terapêuticas biológicas Mesa Redonda V Terapêuticas Biológicas –
Evidência e Novas Perspetivas Posters VI
Workshop III
Imunoterapia com alergénios
17:00 - 17:30 17:30 - 18:00 18:00 - 18:30 Simpósio Menarini – SPAIC
Antihistamines: Current status and future expectations
Posters III Assembleia-Geral SPAIC 18:30 - 19:00 19:00 - 19:30 19:30 - 20:00 20:30 Jantar Conferencistas
Comunicações Orais I
Workshop I
Hipersensibilidade a fármacos: Para além dos antibióticos
e anti-inflamatórios
Mesa Redonda III
Simpósio SPAIC-SEAIC:
Imunoterapia com aeroalergénios Curso II
Infeções recorrentes Posters IV Comunicações Orais III 09:00 - 09:30 Curso I Alergénios e Imunoterapia
Parte I Thermo Fisher – SPAICSimpósio
Da intuição à evidência
09:30 - 10:00
10:00 - 10:30 Coffee Break Alergologia molecular no diagnóstico Conferência II
e tratamento da alergia alimentar
10:30 - 11:00 Mesa Redonda I
Terapêuticas biológicas
na asma brônquica AlergéniosCurso I e Imunoterapia Parte II
Posters I
Coffee Break Coffee Break
11:00 - 11:30 Mesa Redonda IV Curso II Anafilaxia Comunicações Orais II Mesa Redonda VI
Imunoterapia – Novas Perspetivas Workshop JIPs Alergia a proteínas do leite de vaca
11:30 - 12:00 Diversidade dos fenótipos na ICDVConferência I 12:00 - 12:30
Sessão de Abertura
12:30 - 13:00 Controlo da asma na criança Conferência III
– como será o futuro?
Conferência IV
Imunoterapia na rinite alérgica local?
13:00 - 13:30 Almoço Almoço Sessão de Encerramento 13:30 - 14:00 Almoço 14:00 - 14:30 14:30 - 15:00 Simpósio Boehringer-Ingelheim – SPAIC
Asma, DPOC ou ambos? – Terapêutica e implicações clínicas Curso I Alergénios e Imunoterapia Parte III Posters II Simpósio AstraZeneca – SPAIC
The future of respiratory medicines in asthma Posters V 15:00 - 15:30 15:30 - 16:00
16:00 - 16:30 Coffee Break Coffee Break
16:30 - 17:00 Mesa Redonda II Abordagem molecular da doença alérgica Workshop II Angioedema hereditário – Da patogenia às terapêuticas biológicas Mesa Redonda V Terapêuticas Biológicas –
Evidência e Novas Perspetivas Posters VI
Workshop III
Imunoterapia com alergénios
17:00 - 17:30 17:30 - 18:00 18:00 - 18:30 Simpósio Menarini – SPAIC
Antihistamines: Current status and future expectations
Posters III Assembleia-Geral SPAIC 18:30 - 19:00 19:00 - 19:30 19:30 - 20:00 20:30 Jantar Conferencistas
08h30 – 10h00
COMUNICAÇÕES
ORAIS I
Moderadores: Alice Coimbra, Anabela Lopes, Ana Morête
10h30 – 11h30
MESA REDONDA I
Terapêuticas biológicas na asma brônquicaModeradores: Ana Mendes, João Fonseca
Anti-IgE no presente e no futuro
Ana Margarida Pereira
Terapêutica com anti-IL-5. Endótipos à medida
Pedro Morais Silva Apoio: Novartis
11h30 – 12h00
CONFERÊNCIA I
Presidente: Antero Palma Carlos Moderadora: Emília Faria Phenotypes diversity in CVID Diversidade dos Fenótipos na ICDV Helen Chapel
12h00 – 13h00
SESSÃO DE
ABERTURA
09h00 – 10h00
CURSO I
Curso de Alergénios e Imunoterapia – A abordagem molecularCoordenadores: Amélia Spínola Santos, Conceição Pereira Santos, Elisa Pedro, Filipe Inácio,
Isabel Carrapatoso
10h30 – 12h00
CURSO I
Curso de Alergénios e Imunoterapia – A Abordagem molecular08h30 – 10h00
WORKSHOP I
Hipersensibilidade a Fármacos: Para Além dos Antibióticos e Anti-inflamatóriosCoordenadores: Eva Gomes, Josefina Cernadas
Anti-neoplásicos
Joana Caiado
Contrastes radiológicos
Fátima Duarte
Inibidores de Bomba de Protões
Diana Silva
10h30 – 12h00
SESSÃO DE POSTERS I
Moderadores: Carlos Lozoya, Joana Caiado, Rita CâmaraSALA 1
SALA 2
SALA 3
10h00 – 10h30 Coffee Break
14h30 – 16h00
SIMPÓSIO
Boehringer Ingelheim –
SPAIC
Asma, DPOC ou ambos?
– Terapêutica e implicações clínicas Introdução & Boas-vindas
Ana Todo-Bom
Asma não controlada com terapêutica combinada: O que fazer baseado na evidência?
Manuel Branco Ferreira
Síndroma de sobreposição asma/ DPOC: implicações clínicas
Mário Morais de Almeida
Respimat® in Asthma and COPD Herbert Wachtel
Questões & Discussão Conclusões
16h30 – 18h00
MESA REDONDA II
Abordagem Molecular da Doença AlérgicaModeradores: Filipe Inácio, José Luís Plácido
Na alergia a himenópteros Elisa Pedro No risco da anafilaxia Ângela Gaspar Na alergia a fungos Ana Todo-Bom
18h00 – 19h30
SIMPÓSIO
MENARINI – SPAIC
Antihistamines: current status and future expectations Moderador: Luís Taborda Barata Palestrantes: Martin Church, Mário Morais de Almeida14h30 – 16h00
CURSO I
Curso de Alergénios e Imunoterapia – A Abordagem molecular14h30 – 16h00
SESSÃO DE POSTERS II
Moderadores: Ana Morête, Graça Loureiro, Susana Oliveira16h30 – 18h00
WORKSHOP II
Angioedema Hereditário – da Patogenia às Terapêuticas BiológicasCoordenadores: Manuel Branco Ferreira, Maria Graça Castel-Branco Genética Celso Pereira Da patogenia às opções farmacológicas Luís Araújo Terapêuticas biológicas Miguel Paiva
18h00 – 19h30
SESSÃO DE POSTERS III
Moderadores: Paula Alendouro, Susana Piedade, Rodrigo Rodrigues Alves
SALA 1
SALA 2
SALA 3
08h30 – 10h00
MESA REDONDA III
Simpósio SPAIC-SEAIC:Imunoterapia com Aeroalergénios Moderadores: Joaquin Sastre, Luís Delgado
Imunoterapia para quem e como?
Manuel Branco Ferreira
Mechanisms of action Mecanismos de ação
Ignacio Dávila
Immunotherapy with mites, new issues Imunoterapia para ácaros, novas perspetivas
Carmen Vidal
10h00 – 10h30
CONFERÊNCIA II
Presidente: Luís Delgado
Moderadora: Conceição Pereira Santos Molecular allergology in diagnosis and treatment of food allergy
Alergologia Molecular no diagnóstico e tratamento da alergia alimentar
Ronald Van Ree
11h00 – 12h30
MESA REDONDA IV
Imunomodulação no Doente de Difícil TratamentoModeradores: Elza Tomaz, Mário Morais de Almeida Ocular Allergy – Alergia Ocular
Andrea Leonardi
Abordagem na alergia alimentar
Alexandra Santos
Approach in nasal disease Abordagem na patologia nasal
Antonio Valero
12h30 – 13h00
CONFERÊNCIA III
Presidente: Wilson Aun Moderadora: Helena Falcão
Controlo da asma na criança – como
08h30 – 10h30
CURSO TEMÁTICO II
Grupo de Interesse de Cuidados de Saúde Primários Coordenadores: Ana Morête, João Ramires, Rita Câmara, Rui Costa, Susel Ladeira INFEÇÕESRECORRENTES
Como excluir a imunodeficiência primária
Emília Faria
Infecções recorrentes
e Imunomoduladores inespecíficos em diferentes situações clínicas
Luís Miguel Borrego
Vacina anti-pneumocócica Filipe Froes Vacina anti-gripal Diana Silva
11h00 – 13h00
CURSO TEMÁTICO II
Grupo de Interesse de Cuidados de Saúde Primários ANAFILAXIAAnafilaxia – risco de morte
Ana Morête
Segurança na administração de terapêutica parentérica
Rita Câmara
Discussão de casos clínico
08h30 – 10h00
SESSÃO DE POSTERS IV
Moderadores: Ana Célia Costa, José Geraldo Dias, Pedro Martins11h00 – 13h00
COMUNICAÇÕES
ORAIS II
Moderadores: Beatriz Tavares, José Pedro Moreira Silva, Pedro Martins
SALA 1
SALA 2
SALA 3
14h30 – 16h00
SIMPÓSIO
ASTRAZENECA – SPAIC
The Future of Respiratory Medicines in AsthmaModerador: João Almeida Fonseca Palestrante: Paul O’Byrne
Introduction
Update ACOS – The Overlap Syndrome Asthma/COPD What is the Future of SABAs in Asthma
Future Asthma Therapies and Studies Discussion
16h30 – 18h00
MESA REDONDA V
Terapêuticas Biológicas – Evidência e Novas Perspetivas Moderadores: Celso Pereira, Cristina Santa Marta Na patologia cutâneaMargarida Gonçalo
Na patologia imuno-alérgica
Luís Taborda Barata
Na patologia auto-imune Helena Canhão
18h00 – 19h00
ASSEMBLEIA GERAL
16h30 – 18h00
SESSÃO DE POSTERS VI
Moderadores: Emília Faria, Helena Pité, João Fonseca14h30 – 16h00
SESSÃO DE POSTERS V
Moderadores: Ana Margarida Romeira, Daniel Machado, Elisa Pedro16h30 – 18h00
WORKSHOP III
Imunoterapia com Alergénios Coordenadores: Carlos Nunes, José Ferraz de Oliveira Imunoterapia subcutânea versus sublingual
Marta Neto
Alergénios major disponíveis para imunoterapia
Amélia Spínola Santos
Normas portuguesas
para a imunoterapia revisitadas
Rodrigo Rodrigues Alves
SALA 1
SALA 2
SALA 3
16h00 – 16h30 Coffee Break
09h00 – 10h30
SIMPÓSIO
THERMO FISHER – SPAIC
Da Intuição à EvidênciaModerador: Manuel Branco Ferreira α-helix, α-sheet and loops, um mergulho no mundo dos alergénios
Fátima Ferreira
IgE e IgG4 na alergia alimentar
Alexandra F. Santos
Reactividade cruzada e implicações clínicas
Ângela Gaspar
11h00 – 12h30
MESA REDONDA VI
Imunoterapia – Novas Perspetivas Moderadores: Ana Todo-Bom, Paula Leiria PintoIndução de tolerância imune – conceito e mecanismos
Manuel Santos Rosa
Indução de tolerância oral aos alimentos
Sara Prates
Indução de tolerância a fármacos e seus mecanismos
Josefina Cernadas
12h30 – 13h00
CONFERÊNCIA IV
Presidente: Carlos Loureiro Moderador: José FerreiraImmunotherapy in local allergic rhinitis? Imunoterapia na rinite alérgica local?
Carmen Rondon
13h00 – 13h30
SESSÃO DE
ENCERRAMENTO
08h30 – 10h30
COMUNICAÇÕES
ORAIS III
Moderadores: João Fonseca, José Torres da Costa, Luísa Geraldes
11h00 – 13h00
WORKSHOP JIP
S
Alergia a proteínas do leite de vaca
Coordenadores: Ana Célia Costa, Ana Reis Ferreira, Pedro Morais Silva Formas mistas ou não mediadas por IgE – Como diagnosticar?
Raquel Gomes
Fórmulas para lactentes na prevenção e tratamento
Cátia Alves
Dessensibilização / indução de tolerância – Pró e Contra
Natacha Santos, Maria João Sousa
SALA 1
SALA 2
SEXTA-FEIRA, DIA 09 DE OUTUBRO
SALA 2
09h00‑09h30
Introdução
SPAIC –
Luís Delgado
Thermo Fisher –
Paulo Dias
09h30‑10h00
Resposta imune e alergia
Filipe Inácio
10h30‑11h00
Diagnóstico in vitro.
Componentes isolados e microarray.
Ángel Barahona
11h00‑ 11h30
Alergia respiratória: Marcadores de sensibilização e reatividade cruzada.
(Casos clínicos – questionário)
Amélia Spínola Santos
11h30‑12h00
Alergia alimentar: Marcadores de sensibilização e reatividade cruzada.
(Casos clínicos – questionário)
Isabel Carrapatoso
14h30‑14h50
Alergia a veneno de himenópteros: Marcadores de sensibilização
e reatividade cruzada. (Casos clínicos – questionário)
Elisa Pedro
14h50‑15h20
Discussão prática dos casos clínicos apresentados com resultados
de diagnóstico molecular. (Avaliação do Questionário)
Moderação:
Maria da Conceição Santos
Painel de discussão:
Amélia Spínola Santos
Isabel Carrapatoso
Elisa Pedro
15h20‑15h45
Demonstração Thermo Fisher
Contato com as técnicas de diagnóstico in vitro (Cap e ISAC)
15h45‑16h00
Algoritmos de apoio ao Diagnóstico e Conclusões
Maria da Conceição Santos
Ángel Barahona
Filipe Inácio
SÁBADO, 10 DE OUTUBRO
SALA 2
Coordenadores: Ana Morête, Susel Ladeira, Rita Câmara, Rui Costa, João Ramires
Trata‑se de um curso dirigido à prática clínica de várias especialidades e em particular
a médicos de Medicina Geral e Familiar. Tem como objetivo melhorar os conhecimentos
e atitudes em duas áreas da maior importância clínica: as infeções de repetição
e as manifestações sistémicas de alergia. O Curso é dividido em duas sessões
com a duração de 2 horas cada.
A frequência das duas sessões proporcionará um diploma confirmativo.
O curso terá um número limitado de inscrições.
Valor do Curso – € 100,00 *
1.ª PARTE
08h30 – 10h30
INFEÇÕES
RECORRENTES
Como excluir a imunodeficiência
primária
Emília Faria
Infecções recorrentes
e Imunomoduladores inespecíficos
em diferentes situações clínicas
Luís Miguel Borrego
Vacina anti-pneumocócica
Filipe Froes
Vacina anti-gripal
Diana Silva
Apoio:
2.ª PARTE
11h00 – 13h00
ANAFILAXIA
Anafilaxia – risco de morte
Ana Morête
Segurança na administração
de terapêutica parentérica
Rita Câmara
Workshops de formação Teórico-Prática
(máx.15 participantes)
Workshop I
Hipersensibilidade a Fármacos: Para além dos Antibióticos e Anti-Inflamatórios
Sexta‑feira, 9 de Outubro: 08h30 – 10h00 (Sala 3)
Coordenadores:
Eva Gomes, Josefina Cernadas
Workshop II
Angiodema Hereditário – da Patologia às Terapêuticas Biológicas
Sexta‑feira, 9 de Outubro: 16h30 – 18h00 (Sala 3)
Coordenadores:
Manuel Branco Ferreira, Maria Graça Castel-Branco
Workshop III
Imunoterapia com Alergénios
Sábado, 10 de Outubro: 16h30 – 18h00 (Sala 3)
Coordenadores:
Carlos Nunes, José Ferraz de Oliveira
Workshop JIPs
Alergia a proteínas do leite de vaca
Domingo, 11 de Outubro: 11h00 – 13h00
Coordenadores:
Ana Célia Costa, Ana Reis Ferreira, Pedro Morais Silva
PROGRAMA SOCIAL
Sábado, dia 10 de Outubro: 20h30
Jantar de Conferencistas (por convite)
Quinta do Encontro
Apoio: A. Menarini
INFORMAÇÕES GERAIS
SECRETARIADO
Dia 9 de Outubro – 08:00 – 19:00
Dia 10 de Outubro – 08:00 – 19:00
Dia 11 de Outubro – 08:00 – 13:30
DATA DESK
Dia 9 de Outubro – 08:00 – 19:00
Dia 10 de Outubro – 08:00 – 19:00
dia 11 de Outubro ‑ 08:00 – 13:30
Website da Reunião:
www.spaic2015.pt
REGULAMENTO PRÉMIO SPAIC
MELHORES COMUNICAÇÕES CIENTÍFICAS NA REUNIÃO ANUAL
Comunicações Orais
O tempo disponível para a apresentação é de 8 minutos com 2 minutos para discussão.
As apresentações deverão ser entregues no Data Desk.
E-Posters
O tempo disponível para a apresentação do Poster é de 2 minutos com 4 minutos para discussão.
A SPAIC, a fim de fomentar a investigação científica na especialidade de Imunoalergologia, pro‑
movendo a sua discussão pública e posterior publicação, institui anualmente no âmbito da sua
reunião anual prémios às melhores comunicações apresentadas, quer sob a forma de comuni‑
cação oral, quer sob a forma de poster.
1. Consideram
‑se como elegíveis os trabalhos submetidos para apresentação durante
a reunião anual da sociedade, segundo prazo limite anualmente divulgado, aqui consi‑
derado prazo de candidatura, sendo que pelo menos um dos autores deverá ser sócio
da SPAIC.
2. Serão atribuídos prémios em todas as sessões de comunicações.
3. O valor pecuniário será distribuído por duas categorias: melhor comunicação oral
(1.º prémio no valor de 350 euros e o 2.º prémio no valor de 250 euros) e melhor poster
(1.º prémio no valor de 200 euros e o 2.º prémio no valor de 150 euros).
4. Serão nomeados pela Direção da SPAIC júris compostos por dois elementos de reconhecido
mérito, que avaliarão todos os trabalhos apresentados em cada uma das sessões, que pon‑
derarão a investigação científica bem como a apresentação e discussão efectuadas.
5. Durante a sessão de encerramento da reunião anual serão divulgados os trabalhos vencedores.
6. Os autores dos trabalhos premiados serão convidados a publicarem a versão em extenso num
dos Órgãos Oficiais da SPAIC no prazo máximo de 12 meses, devendo conter referência
ao prémio recebido.
Hotel Vila Galé Coimbra
1
2
3
23.1
SALA 2
SALA 3
6 m 12 m 2 2SALA 1
4
5
6
7
1 - Menarini
2 - Novartis
3 - AstraZeneca
3.1 AstraZeneca
4 - Leti
5 - Boehringer Ingelheim
6 - ThermoFisher
7 - Laboratórios Vitória
12 m
212 m
26 m
212 m
212 m
212 m
212 m
2EXPOSIÇÃO
12 m
2Hotel Vila Galé Coimbra
TÉCNICA
EXPOSIÇÃO
Major Sponsors:
1
– A. MENARINI
2
– NOVARTIS
3 + 3.1 – ASTRAZENECA
4
– LETI
5 – BOEHRINGER INGELHEIM
6 – THERMO FISHER
7 – LABORATÓRIOS VITÓRIA
SESSÃO DE COMUNICAÇÕES ORAIS I
Dia: 9 de Outubro Horas: 08H30 – 10H00 Local: Sala 1
Moderadores: Alice Coimbra, Anabela Lopes, Ana Morête
CO 01 – Fenótipos de patologia respiratória em idade pré -escolar
R Amaral1, A M Pereira2, M Morais ‑Almeida1,3,4, J A Fonseca1,2,4,5 1 CINTESIS, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto,
Porto, PORTUGAL
2 Unidade de Imunoalergologia, CUF ‑Porto Hospital e Instituto,
Porto, PORTUGAL
3 Centro de Alergia, CUF ‑Descobertas Hospital, Lisboa,
PORTUGAL
4 Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica
(SPAIC), Lisboa, PORTUGAL
5 Departamento de Ciências da Informação e da Decisão em Saúde,
Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Porto, PORTUGAL
Objetivos: Este estudo pretende identificar e caraterizar fenóti‑
pos de patologia respiratória (sibilância e rinite) em crianças em idade pré ‑escolar.
Métodos: Foi efetuado um estudo transversal, de base popula‑
cional, com uma amostra representativa de 5018 crianças entre os 3 os 5 anos. Os dados foram colhidos por entrevista face ‑a ‑face com os pais/cuidadores, usando um questionário adaptado do ISAAC. Nesta análise post ‑hoc foram selecionadas as 2557 crian‑ ças com pelo menos 1 sintoma nasal (espirros em salva e/ou pru‑ rido nasal, obstrução nasal >1 hora ou rinorreia sem infeção das vias aéreas superiores) ou sibilância nos últimos 12 meses. Os fenótipos foram identificados por análise de classes latentes (LCA, latent class analysis) usando dados relativos a sintomas e/ou diag‑ nóstico médico e caraterísticas demográficas (2161 incluídas). Foram testados modelos com 2 a 6 classes, sendo selecionado o que apresentava menor BIC (Bayesian information criteria).
Resultados: O modelo selecionado identificou quatro fenótipos.
As crianças no fenótipo 1 (n=392, 18,1%) apresentavam todas ri‑ nite e mais de metade tinham sibilância (57,4%); a rinite era pre‑ dominantemente intermitente ligeira (94,9%), caraterizada por rinorreia (100%) e quase sempre sem diagnóstico prévio (94,9%) ou tratamento nos últimos 12 meses (95,1%). O fenótipo 2 (n=782, 36,2%) tinha maioritariamente rinite intermitente ligeira (88,5%), com predomínio de obstrução (93,9%) e de espirros/prurido nasal (38,1%); 12% tinham feito tratamento para a rinite no último ano e apenas 16,5% tiveram sibilância. As crianças do fenótipo 3 (n=629, 29,1%) apresentavam a maior proporção de rinite persistente moderada ‑grave (20,0%) e de sintomas oculares concomitantes (72,2%); quase 60% tinham diagnóstico médico de rinite e tinham feito tratamento no último ano; 60% tiveram sibilância, dos quais 62,2% tiveram >3 episódios e 62,2% precisaram de tratamento, e
20,8% reportavam diagnóstico médico de asma; este fenótipo apresentou a proporção mais elevada de alergia alimentar (12,7%) e de história familiar de atopia (52,9%). O fenótipo 4 (n=358, 16,6%) caraterizou ‑se pela presença de sibilância (95,8%) sem rinite; 26% tiveram >3 episódios de sibilância, 36% tinham feito tratamento no ano anterior e 15,9% referiam diagnóstico médico de asma. Conclusões: Os quatro fenótipos de doença respiratória identifi‑ cados em idade pré ‑escolar diferem na prevalência de rinite e si‑ bilância e nas suas gravidades e necessidades de tratamento.
CO 02 – Avaliação da gravidade da rinite em crianças em idade pré -escolar: utilização da escala visual analógica preenchida pelos cuidadores
A Pereira1, M Morais ‑Almeida2,3,4, N Santos5, J A Fonseca1,2,4,6 1 Unidade de Imunoalergologia, CUF Porto Instituto e Hospita,
Porto, PORTUGAL
2 CINTESIS, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto,
Porto, PORTUGAL
3 Centro de Alergia, CUF ‑Descobertas Hospital, Lisboa,
PORTUGAL
4 Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica
(SPAIC), Lisboa, PORTUGAL
5 Serviço de Imunoalergologia, Centro Hospitalar São João E.P.E.,
Porto, PORTUGAL
6 Departamento de Ciências da Informação e da Decisão em Saúde,
Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Porto, PORTUGAL
A Escala Visual Analógica (VAS) é uma ferramenta simples que pode ser usada na avaliação da gravidade da rinite em adultos; no entanto, a sua utilização em idade pré ‑escolar não foi estudada.
Objetivos: Este estudo pretende: 1) avaliar se os cuidadores de
crianças em idade pré ‑escolar conseguem preencher a VAS de gravidade da rinite; 2) descrever os resultados da VAS e compará‑ ‑los com a classificação ARIA.
Métodos: Foi efetuado um estudo transversal, de base popula‑
cional, com uma amostra representativa de 5018 crianças entre os 3 e os 5 anos. Os dados foram colhidos por entrevista face ‑a‑ ‑face com os pais/cuidadores, usando um questionário adaptado do ISAAC. Nesta análise post ‑hoc foram incluídas as 2179 crianças com pelo menos 1 sintoma nasal, considerando espirros em salva e/ou prurido, obstrução >1 hora ou rinorreia sem infeção das vias aéreas superiores. O questionário incluiu uma VAS para classifi‑ cação da gravidade da rinite de 0 a 10 (mínima e máxima, respeti‑ vamente). Foi feita classificação de acordo com o ARIA; o impac‑ to nas atividades foi avaliado numa escala de 4 pontos: “nenhum”, “um pouco” [rinite ligeira], “mais ou menos” e “muito”[rinite moderada ‑grave].
Resultados: De acordo com o ARIA, 69% das crianças tinham
rinite intermitente ligeira, 6% persistente ligeira, 17% intermitente moderada ‑grave e 8% persistente moderada ‑grave. Noventa e cin‑ co porcento dos participantes (n=2078) conseguiram preencher a VAS, com uma pontuação mediana [âmbito interquartil, AIQ] de 3[4]. A mediana da pontuação na VAS aumentou com o aumento
do número de sintomas nasais: 2[3] nas com 1 sintoma vs. 4[4] nas com 2 vs. 6[3] nas com todos (p<0.001). As crianças com rinite persistente moderada ‑grave apresentaram a pontuação mais ele‑ vada (7[3] vs. 6[3] nos com intermitente moderada ‑grave vs. 5[3] na persistente ligeira vs. 2[3] na intermitente ligeira; p<0.001). A VAS foi mais precisa na avaliação da gravidade (ligeira vs. moderada‑ ‑grave; AUC, area under the curve=0,903) do que da duração dos sintomas (intermitente vs. persistente; AUC=0,766; p<0.001). Usando um ponto de corte de >4cm, a VAS (vs. gravidade de acor‑ do com o ARIA) tem sensibilidade de 86%, especificidade de 81%, valor preditivo positivo de 82% e valor preditivo negativo de 85%.
Conclusões: A escala visual analógica preenchida pelos cuidado‑
res pode ser usada para avaliar objetivamente a gravidade da rini‑ te em crianças em idade pré ‑escolar. No entanto, são necessários estudos de avaliação longitudinal.
CO 03 – Ventilação de edifícios e doença respiratória em idosos
J Belo1, P Martins1,2,3, A L Papoila3,4, M Alves3, I Caires2, T Palmeiro2,
J Marques1,2, C Geraldes4, M M Cano5, A S Mendes6, J Viegas7,
M A Botelho2, P Leiria ‑Pinto1,2, J P Teixeira6,8, N Neuparth1,2 1 Serviço de Imunoalergologia, Hospital de Dona Estefânia, Centro
Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa, PORTUGAL
2 CEDOC Grupo de Doenças Respiratórias, Nova Medical School,
Lisboa, PORTUGAL
3 Gabinete de Apoio Estatístico e Epidemiológico, Centro de
Investigação do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa, PORTUGAL
4 Departamento de Bioestatística e Informática, Faculdade de
Ciências Médicas (FCM), Universidade Nova de Lisboa, CEAUL, L, Lisboa, PORTUGAL
5 Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, Lisboa, Lisboa,
PORTUGAL
6 Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, Porto, Porto,
PORTUGAL
7 Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Lisboa, PORTUGAL 8 Unidade de Epidemiologia, Instituto de Saúde Pública da
Universidade do Porto, Porto, PORTUGAL
Introdução: O número de idosos na Europa, particularmente em
Portugal, tem vindo a aumentar nas últimas décadas, sendo que grande parte do seu tempo é dispendido em ambientes interiores. Apesar de a ventilação deficitária dos edifícios ser apontada como fator de risco para doença respiratória, é pouco clara a existência de uma associação entre a qualidade do ar interior e doença res‑ piratória nesta faixa etária.
Objectivos: Estudar a associação entre os níveis de CO2 esta‑
cionário (indicador do nível de ventilação) medidos em lares de terceira idade e a existência de doença respiratória.
Métodos: No âmbito do estudo GERIA (Geriatric Study in Por‑
tugal on Health Effects of Air Quality in Elderly Care Centers), selecionaram ‑se 17 lares da cidade de Lisboa, por amostragem estratificada, seguida de análise de clusters. As instituições foram submetidas à avaliação da qualidade do ar interior durante o In‑
verno 2013/2014. Neste mesmo período, foi aplicada a versão portuguesa do questionário do estudo BOLD, do Mini Mental State e da Geriatric Depression Scale (GDS ‑15). Para a análise de dados utlizaram ‑se modelos de regressão hierárquicos. Foram consideradas como variáveis resposta a existência de diagnóstico médico de asma e a presença de pieira nos últimos doze e três meses. O valor de CO2 estacionário, medido no quarto durante a noite, foi considerado como exposição. O género, a idade, o nível de educação, estado civil, hábitos tabágicos, exposição ocu‑ pacional a poeira, tempo de residência no lar, capacidade cogniti‑ va e estado de depressão foram as variáveis de confundimento estudadas.
Resultados: Obtiveram ‑se 587 questionários válidos, sendo a
grande maioria (76%) dos respondedores do sexo feminino. A idade média foi de 85 anos (SD: 7 anos). O valor mediano de CO2 estacionário foi de 1189 ppb (P25 ‑P75: 1004 ‑1443 ppb). Na análi‑ se multivariável, o CO2 estacionário associou ‑se com o diagnós‑ tico médico de asma (OR: 1.27, 0.98 ‑1.66; p=0.076) e com a pre‑ sença de pieira nos últimos três meses (OR: 1.29, 1.06 ‑1.57; p=0.010).
Conclusões: Níveis de dióxido de carbono elevados no ar interior
sugerem a existência de uma menor taxa de ventilação. Neste sentido, os resultados indicam a presença de uma associação entre níveis de ventilação noturnos nos quartos dos idosos e doença respiratória.
Financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia – Projeto GERIA PTDC/SAU ‑SAP/116563/2010.
CO 04 – Fatores determinantes no controlo da asma na população adulta portuguesa
R Amaral1, H Sousa2, A Sá ‑Sousa1, M Morais ‑Almeida1,3, L Araújo4,
L F Azevedo1, A Bugalho ‑Almeida3,5, J A Fonseca1,6
1 CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços
de Saúde, Faculdade Medicina da Universidade do Porto, Porto, PORTUGAL
2 Unidade de Saúde Familiar Fânzeres, Porto, PORTUGAL 3 Centro de Alergia, CUF ‑Descobertas Hospital, Lisboa,
PORTUGAL
4 Serviço e Laboratório de Imunologia, Faculdade de Medicina da
Universidade do Porto, Porto, PORTUGAL
5 Ex ‑Coordenador da Comissão de Acompanhamento do Programa
Nacional de Controlo da Asma, Lisboa, PORTUGAL
6 Instituto e Hospital CUF, Porto, PORTUGAL
Objetivo: Identificar os fatores demográficos e clínicos determi‑
nantes no controlo da asma na população adulta Portuguesa.
Métodos: Análise post ‑hoc de adultos com asma que participaram
no Inquérito Nacional da Asma (INAsma) em Portugal. Foram analisados os dados demográficos e clínicos. O controlo da asma foi definido se pontuação global no Teste de Controlo da Asma e Rinite Alérgica (CARAT) >24 ou vias aéreas inferiores > ou igual a 16. Foi realizada análise por regressão logística univariada para incluir as variáveis independentes com p<0.20 no modelo de re‑
gressão logística multivariada. Foram calculados os Odds Ratio ajustados (aOR) e respetivos intervalos de confiança (IC). A mul‑ ticolinearidade das variáveis independentes foi avaliada pelo Va‑ riance Inflation Factors, o teste de Hosmer ‑Lemeshow (HL) avaliou o ajustamento do modelo e a curva Receiver Operator Characte‑ ristic (ROC) o seu poder discriminativo.
Resultados: Foram incluídos nesta análise 277 participantes; 47%
tinham asma não ‑controlada (95%IC 41% ‑52%). No modelo de regressão logística multivariada foram incluídas as seguintes variá‑ veis significativamente associadas com o controlo da asma: grupos etários, género, índice massa corporal, nível actividade física, sin‑ tomas nasais, presença de comorbilidades (doença pulmonar obs‑ trutiva crónica, doença cardiovascular, patologia gástrica e psiquiá‑ trica), consultas de asma agendadas e participação nas decisões terapêuticas. O teste de ajustamento HL foi adequado (p=0.467) e a área sob a curva ROC foi de 0.823 (95%IC 0.776 ‑0.871). No modelo final verifica ‑se uma associação positiva entre doença não‑ ‑controlada e sintomas nasais (aOR 9.00, 95%IC 4.47 ‑18.11), géne‑ ro feminino (aOR 4.00, 95%IC 1.94 ‑8.25) e presença de comorbi‑ lidades: doença cardiovascular (aOR 5.25, 95%IC 2.58 ‑10.68) e patologia gástrica (aOR 2.85, 95%IC 1.24 ‑6.55).
Conclusões: Estes resultados demonstram que o controlo da
asma na população adulta Portuguesa está associado ao género e a fatores modificáveis: sintomas nasais e outras co ‑morbilidades.
CO 05 – Relevância da medição do FEF25–75% e do FEF75% na avaliação funcional respiratória em idade pediátrica
F Carolino1, C Martins1, A Vilela1, M Miranda1, J L Plácido1 1 Serviço de Imunoalergologia, Centro Hospitalar São João E.P.E.,
Porto, PORTUGAL
Introdução: A medição do fluxo expiratório forçado (FEF) a
baixos volumes pulmonares poderá ser a forma mais adequada de deteção precoce de alterações das pequenas vias aéreas, na asma em idade pediátrica.
Objetivo: Determinar se a avaliação do FEF25–75% e do FEF75%
fornece informação adicional, relativamente aos parâmetros VEF1 e VEF1/CVF, no diagnóstico funcional de asma em crianças.
Métodos: Análise retrospetiva das espirometrias [com prova de
broncodilatação após 400 µg salbutamol (PBD)] e dos respetivos dados clínicos, das crianças com idades entre os 3 e os 8 anos, avaliadas entre janeiro/2011 e dezembro/2014 no Laboratório de Exploração Funcional Respiratória do nosso Serviço. As espiro‑ metrias com padrão restritivo, ou que não cumpriam critérios de aceitabilidade e reprodutibilidade, foram excluídas.
Resultados: Foi realizada espirometria a 377 crianças (59,4% sexo
masculino) – 256 (67,9%) com o diagnóstico clínico de asma. Com base na redução do VEF1/CVF z ‑score (< ‑1,64), 59 (17,0%) espiro‑ metrias foram classificadas como obstrutivas (22,3% com vs. 1,7% sem o diagnóstico de asma, p<0,001); 19 (5,0%) revelaram apenas obstrução das pequenas vias aéreas, com FEF25–75% z ‑score < ‑1,64 (6,3% com vs. 2,5% sem o diagnóstico de asma, p=0,12). Foi observada uma variabilidade significativa do FEF25 ‑75% após PBD (delta FEF25 ‑75%>=30,0%) em 53 (20,4%) das 260 crianças com
VEF1/CVF normal e PBD negativa (delta VEF1<12,0%) e apenas 2 tinham redução do FEF25 ‑75% z ‑score na avaliação basal. Quando o critério funcional diagnóstico de asma de positividade da PBD (delta VEF1>=12,0%) estava ausente (n=281), as curvas ROC de‑ monstraram que os z ‑scores basais do FEF25–75% e do FEF75% e o delta FEF25 ‑75%, tiveram insuficiente acuidade para o diagnós‑ tico de asma, em crianças que cumpriam critérios clínicos – AUC: 0,60, 0,58 e 0,51, respetivamente.
Conclusão: Os z ‑scores do FEF25 ‑75% e do FEF75%, bem como
o delta FEF25 ‑75%, têm utilidade limitada no diagnóstico de asma, relativamente aos parâmetros funcionais atualmente estabelecidos, no grupo etário estudado.
CO 06 – Síndroma de sobreposição asma -doença pulmonar obstrutiva crónica em indivíduos idosos
J Gaspar ‑Marques1,2,3, P Carreiro ‑Martins1,2,3, J Gomes ‑Belo1, T Palmeiro2,
I Caires2,3, J Belo1, P Leiria ‑Pinto1,2, A Botelho2, N Neuparth1,2,3 1 Serviço de Imunoalergologia, Hospital de Dona Estefânia, Centro
Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa, PORTUGAL
2 CEDOC, Faculdade de Ciências Médicas, FCM, Universidade
Nova de Lisboa, 1169 ‑056 Lisboa, Portugal, Lisboa, PORTUGAL
3 Departamento de Fisiopatologia, Faculdade de Ciências Médicas,
Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, PORTUGAL
Introdução: A investigação clínica e fisiopatológica da asma e
doença pulmonar obstrutiva crónica(DPOC) excluiu durante mui‑ tos anos o fenótipo de sobreposição das duas doenças e portanto a evidência disponível sobre a frequência e características clínicas do síndroma de sobreposição asma ‑DPOC(ACOS) é reduzida.
Objectivos: Avaliar a frequência de ACOS e comparar as carac‑
terísticas clínicas dos doentes com esta entidade numa amostra de idosos residentes em lares.
Métodos: No âmbito da Fase II do Projeto GERIA (Estudo Ge‑
riátrico dos Efeitos na Saúde da Qualidade do Ar Interior em Lares da 3.ª idade de Portugal) realizou ‑se uma avaliação espirométrica com prova de broncodilatação(BD) a aos idosos residentes nos 17 lares selecionados. Foram excluídos os idosos com contra‑ ‑indicações para a espirometria com prova de BD ou sem desem‑ penho cognitivo suficiente. Aplicou ‑se a todos os avaliados um questionário médico englobando o questionário BOLD (Burden of Obstructive Lung Disease), Mini ‑Mental State e Geriatric De‑ pression Scale. Foram identificados os idosos com diagnóstico de DPOC (FEV1/FVC<0,70 pós ‑BD), asma (pieira nos últimos 12 me‑ ses e prova de BD positiva; ou diagnóstico médico de asma) e ACOS (critérios de DPOC e asma simultaneamente) e efetuadas comparações entre os grupos de doentes.
Resultados: Realizou ‑se espirometria com prova de BD a 242
idosos. A idade média dos idosos avaliados foi 83,5 anos (±6,8 anos), sendo 71,5% do sexo feminino. Identificaram ‑se 17 doentes com ACOS, correspondendo a 7,0% (IC95%: 4,4 ‑11,0%) do total de idosos e 18,9% (IC95%: 12,1 ‑28,2%) dos doentes com FEV1/FVC pós ‑BD<0,7 (n=90). Comparando os doentes com ACOS com os doentes com DPOC, verificou ‑se que os primeiros têm maior frequência de rinite alérgica (41,2% vs 15,1%, p=0,012), não se
verificando diferenças em termos de sexo, idade, índice de massa corporal, tabagismo, demência ou depressão. Fazendo a mesma análise para os doentes com asma (n=10), não se observaram di‑ ferenças estatisticamente significativas entre as características avaliadas.
Conclusões: Foi encontrado um número significativo de doentes
com ACOS na amostra de idosos estudada. Nesta amostra não existiram diferenças significativas entre os doentes com ACOS, DPOC e asma, exceptuando a maior frequência de rinite alérgica entre os doentes com ACOS em comparação com os doentes com DPOC.
Financiamento: Fundação para a Ciência e Tecnologia – Projeto GERIA PTDC/SAU ‑SAP/116563/2010.
CO 07 – Temperatura do ar exalado: influência de fatores inerentes às crianças?
H Pité1,2, I Almeida1, A C Henriques1, C Camarinha1, I Marques1, A
V Lourenço1, L Pimenta1, L M Borrego1,2, E C Monteiro2, M Morais‑
‑Almeida 1,3
1 Centro de Alergia, CUF Descobertas Hospital, Lisboa, PORTUGAL 2 CEDOC, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Nova de
Lisboa, Lisboa, PORTUGAL
3 CINTESIS, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto,
Porto, PORTUGAL
Introdução: A temperatura do ar exalado (EBT) tem sido pro‑
posta como um parâmetro para avaliação não invasiva da inflama‑ ção das vias aéreas, sendo reportadas diferentes taxas de sucesso nesta medição em crianças. Permanecem por esclarecer os fatores intrínsecos que influenciam a EBT nas crianças.
Objetivos: Em crianças saudáveis em idade escolar: 1) avaliar a
exequibilidade da medição da EBT e 2) determinar a existência de associação entre a EBT e parâmetros demográficos, antropomé‑ tricos e funcionais respiratórios.
Metodologia: Estudo observacional, transversal em crianças
saudáveis com idades entre 6 e 12 anos de idade. A medição da EBT foi efetuada de manhã, após pelo menos 1 hora de jejum, utilizando o dispositivo X ‑Halo®, em volume corrente, com ins‑
piração nasal e expiração bucal. Foi registada a temperatura da sala e considerada a EBT obtida em plateau e o tempo necessá‑ rio para a sua obtenção. Para cada participante foi registada a idade, género, altura, peso, temperatura timpânica e os parâme‑ tros funcionais respiratórios (TLC, FEV1 e VC) obtidos por pletismografia corporal e espirometria forçada. Os dados foram descritos usando a média e desvio ‑padrão (SD) ou a mediana e extremos, conforme apropriado. As correlações foram feitas utilizando o coeficiente de correlação de Spearman. O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética, tendo sido obtido o con‑ sentimento informado.
Resultados: Foram incluídas 26 crianças (média de idades 8,8
anos, SD 1,9); 54% do sexo masculino. Foi possível efetuar a medição da EBT em todas as crianças, que variou entre 27,47ºC e 34,17ºC (mediana 32,41ºC). O tempo necessário para medição da EBT foi em média 4,13 minutos (SD1,13). A temperatura
ambiente variou entre 20,5ºC e 23,8ºC, sem correlação com a EBT (R=0,109; p=0,596). Entre as variáveis em estudo, observou‑ ‑se apenas correlação positiva fraca entre a EBT e a idade (R=0,403; p=0,041) e os parâmetros funcionais respiratórios TLC e VC, sendo a TLC a variável que melhor explicou a varia‑ ção dos valores da EBT (TLC, R=0,440 p=0,024; VC, R=0,436 p=0,026).
Conclusões: A medição da EBT foi exequível em todas as crian‑
ças. A ausência de correlação entre a EBT e a temperatura timpâ‑ nica apoia a EBT enquanto medida fisiológica, distinta da tempe‑ ratura corporal. As correlações encontradas sugerem a necessidade de ter em conta os volumes pulmonares ou a idade na avaliação da EBT em crianças. No entanto, são necessários estudos de maior dimensão.
CO 08 – Asma e rinite ocupacionais – casuística de 5 anos
L Vieira1, J A Ferreira1, I Rosmaninho1, J P Moreira da Silva1 1 Serviço de Imunoalergologia, Centro Hospitalar Vila Nova de
Gaia/ Espinho, E.P.E, Vila Nova de Gaia, PORTUGAL
Introdução: A asma é uma das doenças ocupacionais mais fre‑
quentes, em que 10 ‑25% dos casos de asma com início na idade adulta são de causa ocupacional. O diagnóstico de asma ocupacio‑ nal (AO) é geralmente feito 2 ‑4 anos após o início dos sintomas, sendo causa frequente de incapacidade com consequências para o trabalhador e para a sociedade.
Objetivo: Caraterizar os doentes com suspeita de doença respi‑
ratória profissional (DP) seguidos na Consulta de Doenças Ocu‑ pacionais (CDO).
Material e Métodos: Estudo retrospetivo dos doentes com sus‑
peita de DP observados na CDO entre 2010 e 2014. Avaliaram ‑se: sexo, idade, profissão, matérias ‑primas, período de latência até início dos sintomas, história tabágica, atopia, incapacidade para o trabalho. O estudo foi efetuado em períodos de exposição e de afastamento dos materiais suspeitos, consistindo em: testes cutâ‑ neos prick (TCP) e/ou IgE específicas, PFR, prova de metacolina e registos de DEMI. Análise estatística com teste t ‑student para amostras emparelhadas (significância se p<0.05).
Resultados: 130 doentes (65M;65F), idade média: 46±11 anos.
Fumadores: 26 (20%). 16% apenas com sintomas brônquicos e 11% apenas nasais. Profissões mais frequentes: panificação (19%), indústria do calçado (12%), da cortiça (10%), têxtil (8%), carpin‑ teiros (7%), metalúrgicos (5%) e cabeleireira (5%). Matérias‑ ‑primas mais frequentes: tintas/colas/diluentes (23%), farinhas (20%), madeiras (7%), cortiça (6%), desinfetantes (5%) e produ‑ tos de cabeleireiro (5%). Período de latência médio: 11±9 anos, sendo de 3 anos para resinas epóxi, 4 para isocianatos, 9 para farinhas e desinfetantes e mais de 10 anos para tintas/colas/di‑ luentes, cortiça e madeiras. Atópicos: 51%. Melhoravam ao fim‑ ‑de ‑semana e férias: 79%. Os valores do DEMI e FEV1 em ex‑ posição foram significativamente menores que em afastamento (389 vs 429 L/min; p=0,002) e (80% vs 93%; p<0,05). respetiva‑ mente. Em 35 doentes (27%) foi diagnosticada AO, destes, 26 (74%) foram participados à CNPRP, dos quais 16 (62%) viram
reconhecida DP. Houve uma associação significativa entre atopia e patologia ocupacional (p<0,05).
Conclusões: As profissões mais frequentes foram panificação,
indústria do calçado e da cortiça. A patologia ocupacional foi diag‑ nosticada em 27% dos doentes. O reconhecimento precoce e o afastamento destes trabalhadores são fundamentais para evitar a progressão da doença.
CO 09 – comparação de diferentes equações de referência na avaliação da função respiratória de crianças com asma
J Gaspar ‑Marques1,2,3, P Carreiro ‑Martins1,2,3, J Belo1, S Serranho1,
I Peralta1, N Neuparth1,2,3, P Leiria ‑Pinto1,2
1 Serviço de Imunoalergologia, Hospital de Dona Estefânia, Centro
Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa, PORTUGAL
2 CEDOC, Faculdade de Ciências Médicas, FCM, Universidade
Nova de Lisboa, 1169 ‑056 Lisboa, Portugal, Lisboa, PORTUGAL
3 Departamento de Fisiopatologia, Faculdade de Ciências Médicas,
Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, PORTUGAL
Introdução: Em 2012, a Global Lung Function Initiative (GLI)
estabeleceu as primeiras equações de referência universais aplicá‑ veis a todas as faixas etárias. Estas equações estão a ser progres‑ sivamente adoptadas, embora o impacto desta mudança na práti‑ ca clínica não seja ainda claro. O objectivo deste trabalho foi comparar a aplicação das equações GLI 2012 com as equações utilizadas em crianças com asma, no nosso laboratório de função respiratória.
Métodos: Análise retrospectiva das crianças (6 ‑18 anos) com
diagnóstico médico de asma e que realizaram espirometria em 2014, no laboratório de função respiratória do Hospital de Dona Estefânia. Foi avaliada a concordância das equações da GLI 2012 com a de Zapletal para três diferentes critérios de obstrução: FEV1<80% do valor previsto, FEV1<LLN (limite inferior do normal) e FEV1/FVC<LLN. Todas as análises de concordância foram reali‑ zadas através do teste Kappa de Cohen.
Resultados: Foram avaliadas 391 crianças (61% rapazes), com uma
idade média de 12,4 anos (desvio ‑padrão: 3,1 anos). Considerando a equação de Zapletal, as percentagens de crianças classificadas como tendo obstrução brônquica para os diferentes parâmetros analisados foram: 7,7% para FEV1 <80% do valor previsto, 8,7% para FEV1 <LLN e 26,3% para FEV1/FVC <LLN. Considerando as equações da GLI 2012 as percentagens correspondentes foram: 12,0% para FEV1<80% do valor previsto, 11,8% para FEV1<LLN e 29,2% para FEV1/FVC <LLN. Utilizando a razão FEV1/FVC<0,70 como critério, 10,2% dos doentes foram classificados como obs‑ truídos. Os coeficientes de concordância entre a equação de Za‑ pletal e da GLI 2012 para os parâmetros analisados foram: 0,67 para FEV1<80% do valor previsto, 0,64 para FEV1<LLN e 0,85 para FEV1/FVC<LLN.
Conclusões: Observou ‑se uma boa concordância entre a equação
utilizada no nosso laboratório (equação de Zapletal) e as equações da GLI 2012. A equação de Zapletal poderá constituir uma alter‑ nativa na avaliação da função pulmonar de crianças com asma, caso as da GLI 2012 não se encontrem disponíveis.
SESSÃO DE COMUNICAÇÕES ORAIS II
Dia: 10 de Outubro Horas: 11H00 – 13H00 Local: Sala 3
Moderadores: José Pedro Moreira Silva, Beatriz Tavares, Pedro Martins
CO 10 – “Alergia ao iodo” contra -indica o uso de meios de contraste iodados? A propagação de um mito
S Carvalho1, J Marcelino1, F Cabral Duarte1, A C Costa1, M Pereira
Barbosa1
1 Serviço de Imunoalergologia, Hospital Santa Maria – Centro
Hospitalar Lisboa Norte, Lisboa, PORTUGAL
Introdução: Antes de qualquer exame com necessidade de ad‑
ministração de meios de contraste (MC), os doentes são questio‑ nados acerca da possível “alergia ao iodo”, dada a crença global entre doentes e médicos de que há reactividade cruzada entre MC Iodados(MCI) e outras substâncias ricas em iodo. Há décadas que se difunde esta ideia, mesmo entre a comunidade médica, mas não passará da propagação de um mito?
Objectivo: Avaliar se doentes com história sugestiva de reação
alérgica a MCI terão uma possível alergia ou sensibilização ao iodo.
Métodos: Estudo observacional retrospectivo em que foram seleccio‑
nados todos os doentes observados em consulta de Imunoalergologia por reação a MC entre Junho de 2006 a Abril de 2015. Os doentes foram caracterizados quanto a dados demográficos, via de administração do MCI, tempo entre a administração do MCI até à reação, tipo de reação ao MCI; perfil de sensibilização aos vários MCI por testes cutâneos por picada(TCP), intradérmicos(TID) e epicutâneos(TEpi) e perfil de sensi‑ bilização ao iodo, iodopovidona e povidona por TEpi. Foram excluídos todos os doentes que não apresentassem simultaneamente estudo de sensibilização a MCI, iodo, iodopovidona e povidona.
Resultados: Dos 109 doentes observados, foram seleccionados
101, aqueles que apresentavam história de reação com MCI(38% sexo masculino, 62% sexo feminino, com média de idades 60±15anos). A via de administração mais frequente do MCI foi a endovenosa(62%). 52% das reações desenvolveram ‑se até 1h após a administração de MCI(reações imediatas) e as restantes 48% foram reacções tardias. Dos 101 doentes, 45% tinham testes cutâneos positivos para MCI: 24% TID e 34% TEpi. Destes doentes, apenas 2(2%) apresentaram TEpi positivos com iodo, 19(21%) com iodopovidona e 4(4,5%) com povidona. Dos 19 doentes sensibilizados a iodo/iodopovidona, 9(47%) tinham testes cutâneos positivos para MCI. Nenhum doen‑ te referiu clínica associada à exposição a produtos com iodo.
Conclusão: Apesar da maioria dos doentes com história de rea‑
ção alérgica após administração de MC Radiológicos ocorrer com MCI, apenas 2% parecem estar sensibilizados ao iodo e 21% à io‑ dopovidona, sem clínica. Não parece haver correlação(p=0.86) entre “alergia ao iodo”e reação após administração de MCI, pelo que a referência a esta alergia ou a reação após contacto com produtos ricos em iodo não deve ser contra ‑indicação para a rea‑ lização de exames com administração de MCI, nem indicação para realização de terapêutica profilática.
CO 11 – Síndrome DRESS em idade pediátrica
E Finelli1, M Paiva1, AM Romeira1, S Prates1, S Rosa1, C Gouveia2,
R Maia3, P Leiria Pinto1
1 Serviço de Imunoalergologia, Hospital Dona Estefânia – Centro
Hospitalar Lisboa Central, EPE, Lisboa, PORTUGAL
2 Unidade de Infecciologia, Hospital Dona Estefânia – Centro
Hospitalar Lisboa Central, EPE, Lisboa, PORTUGAL
3 Serviço de Hematologia, Hospital Dona Estefânia – Centro
Hospitalar Lisboa Central, EPE, Lisboa, PORTUGAL
Introdução e objectivo: A síndrome DRESS (Reacção a Fárma‑
cos com Eosinofilia e Sintomas Sistémicos) é uma reação de hiper‑ sensibilidade a medicamentos, rara e potencialmente fatal, que se caracteriza por envolvimento cutâneo e sistémico. Estão descritos poucos casos na idade pediátrica. Procuramos caracterizar uma serie de casos de DRESS de doentes internados no Hospital de Dona Estefânia (HDE) entre Janeiro de 2014 e Junho de 2015.
Métodos: Realizou ‑se uma análise retrospectiva dos doentes re‑
ferenciados ao Serviço de Imunoalergologia do HDE com suspeita de síndrome DRESS no último ano e meio. Incluiram ‑se os doen‑ tes que cumpriam os critérios do RegiSCAR (European Registry of Severe Cutaneous Adverse Reactions).
Resultados: Foram incluídos 4 doentes, 3 do sexo masculino (idade
média 12,5 anos, mínimo 5, máximo 17). 3 encontravam ‑se interna‑ dos na Infecciologia e um na Hematologia. O tempo entre o início da administração do fármaco suspeito e o aparecimento dos sintomas variou entre 8 dias até 6 semanas. Todos apresentaram febre, rash micropapular pruriginoso e adenomegálias. Analiticamente destaca‑ ‑se eosinofilia presente em todos os doentes e alterações da função hepática (em 1 caso, hepatite colestática). Uma relação causal com um fármaco suspeito foi encontrada em todos os doentes, na maio‑ ria antibioticos (n=3; cefotaxime, ceftriaxone e flucloxacilina), e num caso sulfassalazina. Assistiu ‑se à resolução completa das manifesta‑ ções cutâneas e regressão das alterações analíticas em todos após suspensão do fármaco suspeito e instituição de corticoterapia sisté‑ mica. 2 dos 4 doentes realizaram testes epicutâneos com o fármaco, que foram positivos às 48H, respectivamente para cefotaxime e ceftriaxone. Os outros doentes ainda se encontram em investigação.
Conclusões: A síndrome DRESS é um diagnóstico desafiante, que,
apesar de raro, necessita, pela sua gravidade, de reconhecimento e tratamento rápido. Apesar dos anticonvulsivantes aromáticos serem os fármacos mais frequentemente responsáveis por esta síndrome, os antibióticos e salicilatos podem estar envolvidos. Salienta ‑se que, tratando ‑se de uma reacção de hipersensibilidade de tipo IV, os testes epicutâneos podem ter um papel na investigação etiológica.
CO 12 – Teste cutâneo positivo para parietária. Qual o significado?
B Kong Cardoso1, F Semedo1, E Tomaz1, A P Pires1, F Inácio1 1 Centro Hospitalar de Setúbal, Setúbal, PORTUGAL
Objetivo do trabalho: A positividade do teste cutâneo prick
(TCP) ao pólen de parietária é frequente em Portugal e na maioria dos casos acompanhada de positividade de TCP a outros pólenes.
Por outro lado, uma percentagem significativa destes doentes não apresenta IgE específicas para rPar j 2, considerado atualmente como marcador de alergia à parietária. O objetivo deste trabalho foi encontrar critérios preditivos de alergia ao pólen de parietária, em doentes com teste TCP positivo a este pólen.
Metodologia: Foram recolhidos dados clínicos, resultados dos
TCP e doseamentos de IgE específicas para rPar j 2 de 64 doentes com TCP positivos à parietária – pápula com diâmetro médio (dm) igual ou maior que 3mm. Com base nos dados recolhidos, foi construída uma Árvore de Classificação de alergia à parietária (tomando como referência de “verdadeira alergia” a positividade da IgE rPar j 2), utilizando o algoritmo CHAID (Qui ‑squared Au‑ tomatic Interaction Detection).
Resultados: O grupo estudado, 36 doentes do sexo feminino e
28 do masculino, com idades entre os 6 e os 65 anos (média 25,0±15,0) apresentava: quadro de rinoconjuntivite em 67,2% dos casos, rinoconjuntivite e asma em 18,8% e rinite e asma em 14,1%; sintomas estacionais em 67,2%; TCP positivos para ácaros do pó em 70,3%, para gramíneas em 84,4%, para oliveira em 78,1% e para “outros pólenes” (pólenes que não as gramíneas ou a oliveira) em 62,5%. Os fatores preditivos do melhor modelo obtido foram a relação entre as dimensões da pápula do TCP à parietária e à histamina, o sexo e o resultado dos TCP a “outros pólenes”. Assim, os doentes com pápula do TCP à parietária superior à da histami‑ na do sexo feminino tiveram IgE rPar j 2 positiva em 100% dos casos. Por outro lado, um dm de pápula igual ou inferior à hista‑ mina acompanhado de TCP positivos para “outros pólenes” associou ‑se a uma probabilidade de negatividade a este recombi‑ nante de 95,5%. O modelo gerado pela árvore de decisão apre‑