E
Universidade
Federal
de
Santa
Catarina
-~ °~Programa de Pós+Graduação
em
Engenharia
de
Produção
_ I `
DESENVOLVIMENTO
DE
UM
AMBIENTE
I- -' E ,_'
HIPE~RM~I.DIA=
PARA
ENSINO
QA GEOMETRIA
=
. '
_ I -
na É
PLANA
-MODULO
POLIGONO
--
D|ssERTAçÃo DE
MEsTRADo
João
Haroldo
Borges
Pereira
Florianópolis
E'
Programa de Pós-Graduação
em
Engenharia
de
Produção
,
DESENVOLVIMENTO
DE
UM
AMBIENTE
' '
|-||PER|v|aíD|Ao
PARA o
ENs|No
DIA
GEzoMETR|Ar
d
PLANA
-|v|oDu|.o
Po|_|GoNo
~
~
z
l
João
Haroldo
Borges
Pereira
Dissertação
apresentada
ao
Programa
de
Pós Graduação
em
Engenharia
de
Produção
da
Universidade Federal
de
Santa Catarinacomo
requisito parcial paraobtenção
do
títulode
Mestreem
Engenharia
deProdução
Florianópolis
João
HaroldoBorges
Pereira-DESENVOLVIMENTO DE
UM
AMBIENTE
`
HIPERMIDIA
PARA
O
ENSINO
DA GEOMETRIA
-PLANA
-MÓDui.o
Poi.íGoNo
Essa dissertação foi julgada
adequada
para a obtençãodo
títulode
Mestreem
Engenharia
de
Produção no programade Pós-Graduação
em
Engenhariade
Produção
da
Universidade Federalde
Santa Catarina. A'
Florianopolis, 30
de
agostode
2001\
Banca
Examinadora:Pro °4icardo Bar ia, Ph.D.
Coordenado do
CursoH
/
/
tz//Áz/ä
. W' É .Profa Vania R/ibas Ulbricht, Dra.
Orientadora
Prof. Méricles
Tñadeu
Moretti, Dr.‹.
. 1”
, -
AGRADECIMENTOS
ÉA
Vania Ribas Ulbricht,minha
orientadora, pela confiança, orientação e sobretudo,pela amizade;
Aos membros
da banca
examinadora, professores Méricles Thadeu~Moretti e LuizFernando Gonçalves Figueiredo por aceitar o convite para avaliar este trabalho; -
Aos
meus
pais, José Manoel Pereira e DorildaGomes
Pereira,que
do altode
suasimplicidade e humildade
souberam
valorizar eapoiarmeu
caminho; ~.
Aos meus
filhos, Gabriel e Águida, pelo carinho e compreensão; .A
Tânia da Silva, pela atenção, paciência e pelo incentivo;Aos. bolsistas envolvidos neste projeto.
Aos
amigos, Henderson, Edson, LuizGomes,
Valdete; Marilinha, Josiane, Elenita,Leandra e aos demais colegas
do
departamento. -. , ›
Aos
bolsistasdo
Laboratóriode
Hipermídia._ I
SUMARIO
LISTA
DE
FIGURAS
... ..viiRESUMO
... .. ixABSTRACT
... ..x
~ 1.
Definiçao
do
problema de Pesquisa
... ..10¿¿_-\-X -|><.o|\›`-› ' Introdução ... ... .. 10
Apresentação
do
tema
... ... 11Justificativa e relevância
do
trabalho ... _.. 12Objetivos ... ._ 14 1.4.1 Objetivo Geral ... .. 14 1.4.2 Objetivo Específico ... .... .. 14 Metodologia ... . ... 15 Estrutura do Trabalho.. ... 16 _\_\ CDU1 2.
A
Históriada Geometria
... ..17 2.1 lntroduçao- ... 172.2
A
Gênese
da História da Geometria ... ..212.2.1 Babilônia ... ..21. 2.2.2
O
Sistema Numérico ... ..22 2.2.3A
Geometria na Babilônia ... ..,.24 2.3O
Egito ... ..24 2.3.1A
Geometria Egípcia ... ..25 2.4-AGrécia
... ... ..26 2.4.1A
GeometriaGrega
... ..29 2.4.2Os
Elementos de Euclides ... ..332.4.2.1 Outros trabalhos de Euclides ... ..39
2.5
Os
Sucessores de Euclides ... ..402.6
Os
Comentadores
... ..444. Descrição
do
Ambiente
... ._3.1 Introdução __; ... ... ._ 3.2 Tecnologia na
Educação
... ._V 3.2.1 Histórico da Tecnologia Educativa ...
._ 3.2.2
A
Informática Educativa no Brasil A... _. 3.3
Novas
Tecnologias naEducação
... ._E «
3.3.1 Multimídia ... __”. ... ._ ... ._ 3.3.2 Hipertexto ... _.
_ 3.3.3 Hipermídia no Ensino ... __; ... ._
v3.4 Importância da l.A no Software Educacional ... ._
z 3.4.1Agentes ... __ ... ._ A 3.4.1.1 Atributos de Agentes Inteligentes
... ._ 3.4.1.2 Agentes Inteligentes nas Hipermídias ... __ 3.5 ` Conclusão ... ... ._ 4.1 introdução ... ._ A 4.1.1
Geometrando
... __ ' 4.1.2 Procedimento Metodológico» ... _. ` 4.1.3 Estruturado Geometrando
... ._ 4.2' Módulo Polígono ... ._4.2.1 Descrevendo o Módulo' Polígono ... ._
_4.2_2 Organização do conteúdo
do Módulo
Polígono __________ _.4.2.3 Diagrama
de
Organizaçãode
um
Hipertexto sobre oConteúdo de
Geometria Plana -Módulo Polígono ... ._ 4.2.4 Abrindo lnvólucros ... ._ 4.2.5 Fluxogramade navegação
no ambiente _______ ____________ ._ 4.2.6 Simulando anavegação do
aluno noMódulo
Polígono5.
Conclusões
eRecomendações
para Futuros Trabalhos ... _.5.1 Conclusoes ... ._ 5.2
Recomendações
para futuros trabalhos ... ._6. Bibliografia Referenciada ... _.
LISTA
DE FIGURAS
Figura 1: Estiradores de corda ... ._
Figura 3: Página
do
"Livro l" de "Os Elementos"de
Euclides ... _. Figura 2: Divisãode
um
segmento
em
média
e extrema razão ... _. Figura 4:Mapa
do
mundo
de
Erastóstenes ... _.Figura 6: Tecnologias intimamente interligadas e independentes .... ._
Figura7:
Vantagens
do computadorem
relação aosdemais
recursos`
tecnológicos e a interatividade _.. ... _. Figura 8: Processo de
mudança
continuaem
ambientes educacionaisFigura 5: Cônicas obtidas a partir
de
seçõesde
cones circulares retosFigura 9: Estrutura simplificada
de
um
hipertextoFigura10: Agentes interagem
com
o meio ambiente atravesde
sensores e atuadores ... ._
Figura 11 Figura 12
Figura 13
Vassili Kandinsky, "pontas no arco", 1927
Organograma
metodológico ... Estruturado geometrando
... ._ Figura 14 Figura 15 Figura 16 Figura 17 Figura 18 Figura 19 Figura 20: Figura 21 Figura22
Figura 23 Figura 24: Figura 25: Diagrama de colchetes ... _.Diagrama
de
conteúdode
geometria planamódulo
polígonoDetalhamento da figura 15 ... ._ Detalhamento da figura 15` ... _. Detalhamento da figura 15 ... _. Detalhamento da figura 18 ... _. Detalhamento da figura 19 ... ._ Detalhamento da figura 19 ... ._ Detalhamento da figura 19 ... _.
Trecho do fluxograma
de navegaçao
... __Trecho do fluxograma
de
navegaçao
... ._Figura 26: Trecho
do
fluxograma denavegaçao
... 97Figura 27: Trecho do fluxograma de
navegaçao
... .__ ... ._ 97 Figura 28: Trechodo
fluxograma denavegaçao
.... ... ._ 1 97Figura 29: Tela de seleção das figuras
que tem
lados, e asque
são curvas... 98 Figura 30: Tela escolhado
tipode
figuraque
o usuário irá estudar ... __ _99 Figura 31: Tela de interação para construção dos polígonos ... __ 100 Figura 32: Mostraum
instante após ter havidoum
clique sobre a tesoura ____ _. _' 101Figura 33:
O
usuário deverá clicar sobre onome
do
polígono e arrastá-lo até: ._ficar sobre o
mesmo,
fazendo a correspondência.__.;__._ ... .... ._ 102Figura 34:
O
aluno clica emtriângulo e inicia seus estudos ... _. _ 103Figura 35: Tela de
comparaçao
entre dois triângulos. ... .... 104Figura. 36: Tela de identificação dos elementos
do
triângulo retângulo ... __ 104Figura 37: Tela
de
conclusão da' existência deum
triângulo ... ._ 105 Figura 38:Momento
em
que
ocorreu a interaçãocom
a mídia... .... ._ ... _. 105 Figura 39:Compara
as mídias para construir o ângulo reto ____ ... __ 106 Figura 40: Conclui sobre a regularidade dos polígonos, utilizando a naturezaintuitiva das abelhas ... _; ... ._ 106 Figura 41: Instante
em
que
o aluno interagecom
um
triângulo, 'sendo este, .interceptado nos vértices, dividindo-se
em
três partes....~... ... ._ 107 Figura 42: Determinação do ortocentro;Momentos»
após aí_ interação ... _; ... ._ 107 Figura 43: Mediatriz
de
um
segmento de
reta. Oportunidade~para' aconstrução
da
mesma.
... __ 108 Figura 44: Instantes após o aluno ter interagidocom
o retânguloem
.destaque na-tela de Malevicht, intitulada "Suprématisme" ... __- _____ ._ 108 Figura 45: Mostra a interação
com
o triânguloABC,
proporcionandouma
melhor
compreenção do
teorema da eqüivalênciade
áreas ___________ _. j 109Figura 46: Utilizaçao da
imagem
dos "estiradores de corda", paraIX
RESUMO
PEREIRA, João Haroldo Borges. Desenvolvimento de
um
ambiente Hipermídia para o ensino da Geometria Plana - Módulo Polígono. Florianópolis, 2001. 121f. - › P ~ ×Dissertação (Mestrado
em
Engenharia de Produção)-Programa de Pós-1
_ GraduaçãoemEngenharia de Produção, UFSC, 2001. .
A
escolatem
funcionado, na maioria das vezescomo
um
meio inibidor*do
desenvolvimento das noções. espaciais
do
indivíduo, poisquando
a criançaziniciana pré-escola, ela já desenvolveu -conhecimentos geométricos,
uma
vezque
até esta idade, esteve descobrindo as formase dimensões
dos objetos.Essas
percepçoes criam na criança as concepçoes geométricas, as quais cabe àj escola
desenvolver e aprimorar dando-lhes
uma
roupagem
científica.No
ensino básico,quando
a geometria é abordada, isso é feito,em
geral,de
uma
formaque
valorizaa
memorização
e os processos mecânicosde
demonstração. Procurando alterar este contexto desenvolveu-seum
"softvvare" hipermídia para aprendizagemda
geometria plana, utilizando para tanto a metáfora
da
história da arte,onde
atravésde
um
passeio no tempo, o usuário deverá interagircom
telas contextualizadascom
obras de artede
pintoresfamosos
como: Vassily Kandinsky, Kazimir Maleviche outros
que
favorecerão o aprendizadode
polígonos, mais precisamente oconteúdo referente a triângulo. Para alcançar tal objetivo foi .elaborado
um
organograma de
conteúdodo
assunto, partindo-se para a confecção do diagrama de invólucros.Como
última fase do pré-projeto foi elaborado o storyboard,que
éuma
fasede
grande importância no projeto, tendoem
vista ser omomento
onde
se faz toda a previsão de mídias e textos
que
resultarão nas telas do ambiente.Pretende-se
com
este produto educacional contribuir efetivamente para oaprendizado da geometria de forma
moderna
e' permitirque
o indivíduodesenvolva seu raciocínio lógico, colaborando-se, desta forma,
com
a formaçãointegral
do
homem.
V'
ABSTRACT
PEREIRA, João Haroldo Borges. Desenvolvimento de
um
ambiente Hipermídia para o ensinoda Geometria Plana - Módulo Polígono. Florianópolis, 2001. 121f. ' “
Dissertação (Mestrado
em
Engenharia de Produção)-Programa de Pós '«
Graduação
em
Engenharia de Produção, UFSC, 2001. - ,
-.
Schools generally work as
an
inhibit factor for the developing of the individual'sspace concepts.
The
children, in' kindergarten, have already developed thegeometrical knowledge, because up until this
age
they were discovering theobjects shapes and dimensions.
These
perceptions develop in the childgeometrical concepts, it is the function of the school to develop and improve these
concepts given
them
a scientific approach. ln basic education, geometry_ isapproached, usually, in a
way
that memorization and mechanical demonstrationsprocesses are promoted. ln order to improvethis situation an hypermedia software
was
developed for the teaching of planar geometry, using for thispurposethe
arthistory metaphor,
where
through a time travel, the user will have to interact withscreens with works of
famous
painters such as: Vassily Kandinsky, KazimirMalevich an others that will help the learning of polygons, specially triangle. ln
order to reach this goal a contents
organogram
was
developed, then an involucrodiagram
was
made.
As
a lastphase
of the pre-project a storyboardwas
developed,this is a very important phase of the project,
because
all the definitions of themedia
and text to be used in the screens of the learning environment are takenhere. lt is expected whit this educational product to contribute with the teaching of
Geometry
in amodern
way
allowing to individuals to develop their spatial reasoning, helping,_in this way, with the formation of man.10
s
cAPiTu|_o
i
DEFINIÇAO'
DO
PROBLEMA
DE PESQUISA
1.1
|NTRoDuçÃo
ä
q .I
Várias sao as causas' apontadas pela
quase
inexistência do ensino da geometriano Brasil. Dentre elas, citam.-se.: a perda
de
objetividade noensinoda
disciplina, amassificação do ensino, o surgimento
da
teoria dosconjuntos- na matemáticamoderna, etc. -
-- ' ~
-
Outro fato que- levou
à
marginalizaçaodo
ensino da geometria foi fato dos livrosdidáticos, utilizados na escola apresentarem
osconteúdos
degeometria nos seus capítulos finais,onde
o professor dificilmente chega. i. ~ _ _ I . _ .
O
abandono
do 'ensinoda geometria nos -1°e
2° graus foi ainda agravado pelaausência, nos currículos, dos cursos
de
formação de
professores .do ensinofundamental, do conhecimento da. geometria,
gerando
um
despreparo e aconsequente divulgação errônea
de que
a geometria é=uma
parteabstratada
matemática e portanto
de
difícil percepção para os alunos.O
desconhecimento,por parte dos zprofessores, da importância da geometria* na. 'formação e
desenvolvimento cognitivo
da
criança, está longede
ser reconhecida e deixauma
lacuna importante na formação intelectual
do
aluno.Como
resultado deste quadro,.o°--.mercadode
trabalho, quer seja elede
níveltécnico-ou
de
nível superior, depara-secom
um
profissionalque
não distingueformas,
que
não diferencia sequer figuras bidimensionais das tridimensionais,que
tem
uma
visão muito particular e compartimentalizadado
mundo
que lhe rodeia,11 repete tarefas. Para este profissional o
mundo
circular .ou esféricofsão simplesformas diferenciadas
de
dizer amesma
coisa.Ora, _com o advento
do
computador e sua inserçao, aindaque
por etapas,em
escolas e residências, a realidade acima descrita
pode
ser modificada. Daí agrande importância
tem
oferecer aos alunos, professores e pessoasemgeral,
interessadas por geometria,
um
ambientemoderno de
aprendizagem,baseado
em
princípios de interatividade e hipermídia, inserido na
dimensao
artística, permitindoao sujeito
daaprendizagem
a construçãode
seus conhecimentos geométricos.1.2 '
APRESENTAÇÃO
DO
TEMA-
~Oaadvento das novas tecnologias e o ensino tradicional nos.níveis escolares
da
atualidade trazem a tona a preocupaçao
em
desenvolver novosmétodos
eferramentas voltados para a realidade e para o contexto do aluno. '
_ ~
No quese
refere anovas
tecnologias, pode-se afirmarque, técnicas que-auxiliamno processo de ensino aprendizagem como: Hipermídia, Agenteslnteligentes e
outros, se.-encontram disponíveis e,
sem
sombra
de' dúvida, :já estaosendo
amplamente
utilizados por váriossegmentos
da sociedade científica. ' ' »Assim, o projeto.
em
questão, prevê o desenvolvimento de: um--"software" voltadopara aprendizagem da geometria' plana, utilizando para tanto' a metáfora
da
história da arte. .
'
O
usuário,atravésde
um
passeio no tempo,pode
.interagircom
-elementosgeométricos associados, por -analogia, a
elementosdas
diversasépocasda
história da arte.- A
142
_A metodologia é construtivista e o usuário será desafiado -a construir sua
base de
conhecimento,_ a partir
de
figuras escolhidas dentre àquelas referentes amomentos
históricos diferentes, para chegar aos elementos básicos como: pontos,retas, ângulos, triângulos, polígonos, etc. - -
1.3 .
JUSTIFIGATIVA E
RELEVÂNCIA
DO
TRABALHO
Vive-se
em
'umaera'que
poderia serchamada
de
revoluçãoda
informação.Como
no caso da revoluçao industrial, este período
de
mudança
vem
se caracterizandopor
transformações profundas no nosso estilode
vida, forma- de trabalho- erelacionamento
com
outras-"pessoas e empresas. Enquanto a revolução industrialpermitiu.ao
homem
ampliar principalmente a sua capacidade física, a revoluçãoda
informação permite ampliar principalmente a sua
capacidade
mental(Gómez,
1999;
apud
Souza, 1999).Entrou-se
num
processo dinâmicode
revolução dos -conhecimentos ede
habilidades e treinamento- profissional, para ajustar-se' as novas -'demandas
sociais.
A
mudança
dos processos produtivos exigeum
profissionalque
tenhadesenvolvido novos requisitos intelectuais como'-: capacidade' 'de aprender,
desenvolvimento
do
raciocínio 'abstrato edo
pensamento
lógico-dedutivo.A
tendência 'é :que az
demanda-
por conhecimento, qualificaçãol, atualização etreinamento profissionaltende a continuar
num
processo geometricamentecrescente (Souza,1999). . ~ _ ‹ f ` .
O
uso das novas tecnologiasde comunicação
e informação no processode
ensino/aprendizagem,
segundoesse
mesmo
autor,tem
possibilitadoa criaçaode
novas metodologias e aberto* as fronteiras de
tempo
e espaç'o._Os estudantespodem
interagircom
o computador, e nãoserem
meramente
receptoresde
informações. Eles
também podem
receber "feedback" das tarefas que executam,-A
compreensão
de -que a utilização dos recursos tecnológicos é irreversível,tornou-se imperativo para o professor, o
que não
significa, nestemomento
histórico,›que_- a
máquina
o «substituirá na sua função de mediador.O
-acesso átecnologia está se tornando cada vez mais
comum
e, portanto, é necessárioao
sujeito a apropriaçãodo
conhecimentoque
a informatização' permite.Além
disso,a utilização
do
computadorpode
contribuir para a produçãode
novos saberes emesmo
para a identificaçãode
novas relações entre o conteúdo conceitualgeométrico e, porexemplo, a arte.- V
'
. w . ..
Assim,
como
alternativa para melhorar o processode
ensino-aprendizagem, está-_se colocando a disposição dos meios educacionais o projeto: ".Geomet-rando-
caminhando
notempo
com
a Geometria". -Este projeto foi concebido por professores da universidade -Federal
de
SantaCatarina (UFSC), coordenados pela professora Dra Vania Ribas Ulbricht,
do
Departamento
de
Expressão Gráfica, tendocomo
'instituição participante aUniversidade
do
Estadode
Santa Catarina(UDESC),
.alémde
uma
'equipeformada- por outros .professores das
duas
Universidades que-atuam
» nacolaboração e orientação debol-sistas, mestrandos e doutorandos integradas
ao
projeto o qual prevê o desenvolvimento
de
um
"software" voltado para oaprendizado
de
geometria, utilizando para tanto a metáfora da históriada
arte.O
usuário deverá construir seu conhecimento interagindo
com
elementosgeométricos- ligados, poranalogia, a elementos
de
diversasépocas
da históriada
arte. _
No
"software'f está previsto, ainda, a utilizaçãoda
teoria pedagógica construtivistaque
o,fu_nd_amente eque
possibilite ao estudante,um
.real processode
aprendizagem e desenvolvimento
de
sua criatividade. 'Este ambiente será colocado,
em
princípio, a disposiçãode
professores da- rede14
forma
de reciclar seus conhecimentos,que
por rmotivos culturais foram seperdendo no tempo, assim
como também
será utilizado nas disciplinasde
Desenho
Geométrico oferecidas pelo Departamentode
Expressão Gráficada
Universidade Federal de Santa Catarina, nos cursos
de
Matemática ede
Comunicação
e Expressão Visual e,numa
fasemais
adiantada, ficarádisponibilizado na internet, estando aberto
ao
público adultoem
geral._
` 1"”
Pode-se dizer ainda
que
para acompreensão do
binômioEducação
e Tecnologiaé necessário ter clareza
que de nada
adianta terem
mãos
a última geraçãode
determinados artefatos tecnológicos,
mas
sim, ter no profissional daeducação
oprincipal ator
noprocessoensino
aprendizagem. ~Â « , « - 1.4
OBJETIVOS
1.4.1OBJETIVO
GERAL
Desenvolver
um
ambiente hipermídia para o ensinode
geometria plana, utilizandopara isso a metáfora. da história da arte, considerando o construtivismo
como
abordagem
pedagógica, visando a melhoriada
qalidade do ensino,-aprendizagem.1.4.2
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
o Utilizar o ambiente para atendimento das diferenças cognitivas individuais;
o Proporcionar
ao
estudante a possibilidadede
construir seu. próprioconhecimento
de
forma facilitada pelanavegaçao
no ambiente. informatizado;o Permitir
ao
aluno estabelecer conexões entre a geometria 'e outras áreasdo
conhecimento, a partir
da
exploração dos objetosdo
mundo
físico, de obrasde
arte, pinturas, desenhos, esculturas e artesanato;
o Identificar características das formas geométricas bidimensionais, percebendo
-semelhanças e 'diferenças entre elas,
reconhecendoelementos que
acompõem
(vértices, lados, ângulos);` - ' ' ~ ` ~
o Despertar os alunos para olharem
ao
seu redor, observando formase
procurando representálas, afim
de
descobrirem a presençade
padroesgeométricos na natureza, .nas artes e na arquitetura; .
~
o Privilegiar o
pensamento
geométrico, a visualizaçao e a representaçaode
formas, objetos e figuras geométricas; f
A
‹
. '
o Conduzir
um
cursode
geometria a partirda
problematização e exploraçãode
_ objetosdo cotidiano;-
e -
V
“
`
ø E-vitar' definições
exageradamente
formais ef extensas, para que' elasnão
desviem a atenção dos alunos das relações e propriedades essenciais para a
formação dos conceitos; .
«
o Exploração natural dos conceitos geométricos, por mèio
da
reflexao sobre assituações e o ambiente visual, aproveitando situações significativas 'que
provoquem
questoes para os alunos. '1.5
METODOLOGIA
A
partir das problemáticas apontadas, noque
diz respeito ao ensino da geometria,buscou se- nos recursos tecnológicos, a inserçao
do computador
como-ferramenta,na tentativa
de
melhorar o processode
ensino/aprendizagem da geometria.Para tanto, partiu-se a
um
estudo, procurando-seum
caminho
de pensar rigoroso,sistemático,
segundo
procedimentosde
pesquisa qualitativa. Assim-,pensando
noobj'etivo*p`rimário da' pesquisa,
que
é a` buscada
melhoria: da qualidadedo
ensino/aprendizagem da geometria plana, utilizou-se de ferramental eletrônico
que
utiliza a hipermídia aliada a teoria construtivista para o desenvolvimento
do
modeloÍ * - ' ' u “ ' O
Para atingir o objetivo pretendido foram delineadas as seguintes etapas: -
-Revisão bibliográfica, no sentido de buscar
em
artigos e livros científicos os16
específica da área da engenharia
de
produção, .pesquisou-se sobre mídia econhecimento. -
. Í
-Estruturação
do
conteúdo de forma lógica como:mapa
denavegação
e diagramade
invólucros.J
_ ~ - . ` ' - » --Elaboração
do
"storyboard"do
"Módulo Polígono" através' de meio analógico,criando páginas
com
textose mídias,sendo
que, nestas, as imagens podem» serestáticas ou animadas. .
-t
-Finalizando, realizou-se a implementação
do
"storyboard".do
"Módulo-Polígono"através
de
meio digital.`
' .
1.6
ESTRUTURA
DO TRABALHO
O
capítulo 1 descreve a parte introdutória do-trabalho, ressaltando os problemasno ensino da geometria no Brasil e aponta
uma
possívelmudança
utilizandoum
ambiente computadorizado,
onde
o alunonão
é maismero
expectador e sim oagente
do
seu aprendizado. V- ~ `
No
capítulo 2 faz-seuma
viagem no tempo, iniciando na idadeda
pedra,sendo
operíodo Neolitico, aquele
em
que
ahumanidade
já .experimentavauma
dasprimeiras revoluções sociais. Através
de
um
vôo notempo
aterriza-se na Grécia,no período
de
300 a.C. a200
a.C.,onde
o grandemarco da
história da geometria,Euclides (c.
300
-225
a.C.) escreveu "Os Elementos", obraque
reuniu e sintetizouas principais descobertas geométricas
de
seus precursores. ' -'
~
O
capitulo 3 descreve a importânciado
computadorcomo
recurso facilitador paraauxiliar o processo de
mudança
pedagógica, isto é, a criaçãode
ambientesde
O
capítulo 4 fazuma
apresentaçao do ambiente hipermídia,que
é voltado para aaprendizagem da geometria plana, utilizando
como
metáfora a' históriada
arte.Nesse
ambiente,que
é inteiramente construtivista, o usuário, atravésde
um
passeio no tempo, interage-com elementos geométricos associados, por analogia,
a elementos das diversas
épocas
da históriada
arte. -_ r
Para finalizar, o capítulo 5. apresenta as considerações finais, e as sugestões para
futuros trabalhos. .
'
V .
V
17 N
cAPíTu|_o||
s r ~ .A
HISTÓRIA
DA GEOMETRIA
I ' I“Aqueles
que
;pretendemcompreender
mais, profundamente *asignificação da ciência e suas
conexões
com
outros objetosdo
pensamento
'e da atividadehumana,
devem
conhecerum
pouco
.da história
do
seu desenvolvimento”. '. , . - . _ . - a Wilhian Dampierv ~ 2.1
INTRODUÇAO
Nao
sepode
precisarcom
exatidao,segundo
Eyes (1097), o inicio da Idadeda
Pedra, porém, pode-se afirmar
que
elanão
foi estática, percebendo-se limitadosavanços científicos e intelectuais. Esta fase
pode
serdividida em: `I
I 1° período, chamado~PaIe_olítico ou Antiga Idade
da
Pedra (c.5000000-10000a.C.).
No
final desse período, o.Homo
Sapiens troca a moradiaemcaverna
porestruturasjmóveis,
que
levava consigo nas caçadas e .outras atividades,como
a colheita de frutas. .I « -. v W
I 2.? período,
chamado
Mesolítico ouMédia
Idade da Pedra(c.10000-7000'a.C.)caracterizou-se por
uma
economia
calcada no binômio caçar/colher.I 3° período, o Neolítico
ou Nova
Idadeda
Pedra,com
o surgimento,principalmente, da agricultura intensiva e
em
grande escala. Surge as idadesdo
bronze (3000 a.C.) edo
ferro (1100 a.C.) gerandouma
nova classe social: a- dos
Artesãos,
com
habilidadeem
forjar instrumentos especializados. Adotou-seum
estilo sedentário de viver, jáque
os agricultores não .precisavam mais sedeslocar,
com
freqüência, parapoderem
sobreviver. l IAinda
segundo
Eves (1997), ohomem
da
idade da pedranão
desenvolveuferramentas volumosas
nem
a linguagem escrita, porque pela sua' maneiranômade-de
viver, não .podia carregar consigo equipamentos pesados, enem
tãopouco, bibliotecas volumosas. Nestas condições,
um
caçadornão
tinhatempo
para. pensar
.em
questões filosóficasnem
em
ciências. Entretanto, no 'ultimomilênio da Idade-da Pedra, durante o período Neolítico, a
humanidade passou do
estágio de colher, simples.e naturalmente frutos silvestres, castanhas, raízes evegetais,'para. o de.-efetivamente plantar
sementes
e colher a safra. Estemarco da
história da
humanidade
ficou conhecidocomo
o períododa
.revoluçao agrícola.Surge o comércio, e
com
isto a necessidadede
contar. Esta nova atividade'acena
coma
idéiade pensamento
-científico. Todavia, afora os sistemas decontagem
primitivos,
somente
com
o desenvolvimentoda
agricultura intensiva eem
grandeescala é
que
foi surgindo-uma aritmética mais sofisticada.Nesse
período, ou seja,depois de
3000
a.C.,emergem
comunidades
agrícolas,densamente
povoadas'ao
longo
do
rio Nilo na África,dos
rios Tigre e Eufrates no Oriente Médio eao
longodo
rioAmarelo
na China. Essascomunidades
criaram culturas nas quais a ciênciae a
matemáticacomeçaram
a se desenvolver. "J r A
De
acordocom
Boyer (19¿7,4-), afirmações sobre as origens da matemática, sejada
aritmética, seja da geometria, são arriscadas, pois as
mesmas
são mais antigasdo
que
ja' arte- de ,escrever.7Ohomem
só foicapaz
de
colocar .-seus registros" epensamentos
em
formade
escrita nos últimos seis milênios.As
informações pré- históricas'dependem
'de -interpretaçõesbaseadas
'nos poucos artefatos
que
restaram,
de
evidências formadas pelamoderna
antropologia, ede
extrapolaçãoretroativa, conjectural, a partir
dedocumentos
que
sobreviveram. ..V
Boyer (1 97;4) afirma ainda .que, Heródoto (c.
484
-
425
a.C.)_ e Aristóteles (c;384-
322 a.C..),
subestimarama
motivaçaoque
produziu a matemática, qual seja, ade
que
as' origens da matemática (geometria) estaria no Egito.De
acordocom
ateoria
de
Heródoto, a origem era a necessidade práticade
se fazer novasmedidas
de
`19
Aristóteles defendia a existência, no Egito,
de
uma
classesacerdotalcom
Iazerese
que
conduziu ao estudoda
geometria. Essas idéias são consideradas teoriasopostas pois, enquanto
um
acreditavaque
a origem era a necessidade prática, ooutro deffendia
que
a origem estava no lazer sacerdotal_O
fato éque
osgeômetras
Egípcioseram
conhecidos pela alcunhade
“Estiradoresde
Corda”,(Figura 1)'-_ porque elas
eram
utilizadas tanto para traçar as basesde
temploscomo
para realinhar
demarcações apagadas de
terras, visando_a aplicação de impostos.Na
verdade,.*ohomem
Neolítico,'mostrava certa preocupaçãocom
relaçõesespaciais. o que; seguramente, abriu
caminho
para geometria, pois seus potes, tecidos e cestasmostram
exemplosde
congruência e simetria,que
_ em' essência,são partes da geometria elementar.
Os
Chineses,que
por sua veztambém
utilizavam-se de cordas na construção
de
templos e altares,eram
conhecidoscomo
?'SULVASUTRAS”_
Por esta razão, sugeriu-seque
tanto a geometriada
Índia
como
a Egípciazpudessemprovirde
uma
fontecomum,
uma
Protogeometria,relacionada
com
ritos primitivos, mais oumenos
do
modo como
a ciência sedesenvo
veu a partirda
mitologia e a filosofiada
teologia. ~' - Í' 'V 7" ` “Í ššvz âg _ ,X ›* §‹ au K Sá? Êlš _ L vg* 1 1 K íšg l É* M «t 5 " M ` * 4* __ _ Ê . _ .. i w ,àãv Ãqç ,é~ *"*"" i » ._ Q ~ N. z ‹ 2 M z zš A 2 â Í: W *vt z li ~wwmw Ú = . .__
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lr tfëä 'if 'W' '* - . ' .,z_.z=áš*""*= zz› -r -2 ` z* -'sii\š.-- af” ` _ V- '‹= 1 ._ ' ×<¬.-‹ â v z . =V '-›===a==. 3, .s=z=é=a=a=zr zé:ê=. _Por volta de
2500
a.C. cidadescomo
Mênfis eTebas
emergiramcomo
metrópoleslíderes do Egito.
Aproximadamente
'em2200
a.C. o faraó Pepi ll constrói a cidade de Heracleópoliscomo
sua capital. Outras cidades surgiram no vale do rio Tigre e Eufrates,onde
impera a troca de bens entre agricultores e artesaos, surgindo daí,uma
classede
mercadores. Surge.pela primeira vez oi laser. Enquanto a maioriada população, formadapor. agricultores, passava o dia trabalhando,.outroscomoz
reis,- sacerdotes,
mercadores
e escribas, tinhamtempo
para pensar nos problemasrela-tivos à natureza
ea
ciência. Essa-característicafezcom
que
os-historiadoresse
referissem ao-¡Egito, .Índia, China e ao Oriente Médio,como
“Berçosda
c¡v¡|¡zaçâ‹›"(_Eves,1997).. ^
- .- z
_ ^
Segundo
estemesmo
autor, no períodode
formação dos "Berçosda
Civilização",os povos construíram as primeiras cidades, desenvolveram-projetos de emigração,
inventaram a escrita e
deram
início à matemática, a astrologia e a metalurgia.Construíramzaindazmonumentos
como
as pirâmides, a Esfinge ez os.JardinsSuspensos-da Babilônia. '
- ~ -A V ~
Para Milies e ,Bussabz-.(1999), o Oriente Médio, devido a-suaypeculiar posiçao
geográfica, esteve sujeito a 'incursões
de
povosem
deslocamento,desde
adispersão
do Homo
Sapie_n.O
vale dos rios Tigre e~Eufrates,no
atual Iraque,retrata
bem
esta paisagem.Povos
vieram, conquistaram' a região, criaram vastosimpérios, cultivaram as
margens
pantanosas dos rios, érgueram. templos emonumentos,
e foram por sua vez, conquistados. Assim, pode-se falar,de
certaforma, de
uma
culturaMesopotâmica
(doGrego
“Mesopotâmia”que
significa entrerios)
onde
povos como: Sumérios, Caldeus, Assírios, Babilônicos, Mitânicos,Cassitas eg Persas -fizeram parte, contribuindo
com
suas culturas- Vestígiosde
ocupação
desta região são anteriores ao oitavo milênio antes de Cristo, oque
fazcom
que
este vale, seja consideradoum
berço da civilização por excelência.A
forma deregistro mais notável, típica
da
cultura- Mesopotâmica, foram as21
encontrado nas
mesmas,
tabelasde
números
relacionadas a lados de triângulosretângulos-, as ternas Pitagóricas, o
que
os levou a crerque
o .teoremade
Pitágoras, já era conhecido dos
mesopotâmicos
mil anos antes dos pitagóricos.Segundo
Eves (1997) amedida que
as sociedades foram evoluindo, a matemáticaprimitiva
também
asacompanhou.
Com
o surgimentoda
tecnologiade
controledas inundações e -as drenagens, as terras
ao
Iongo_ dos rios, 'tornaram-secultiváveis.
Em
certas áreasdo
Oriente -Antigo, a necessidadeda
matemáticatornava-se imprescindível
como
ciência prática para assistir atividades. ligadas aagricultura ev-a engenharia; Existem dificuldades
em
localizarnotempo
asdescobertas feitas no Oriente antigo,
como;
a natureza estática da estrutura social,isolamento prolongado de certas áreas, materiais
de
escrita sobre os quais asdescobertas se preservaram foram alguns dos fatores.-Os babilônios- utilizavam
tábuas
de
argila cozida para registrar seus conhecimentos, já os Egípciosusavam
pedras e papiros, o
que
lhes garantiauma
maior preservaçaoda
informaçao,'emfunção
do
clima seco da, região Egípcia. Por 'outro lado, os Chineses elndianosutilizavam material muito perecível,
como
cascade
án/ore e bambú-_ Este-detalhetécnico, favoreceu.o conhecimento de farto material
de
informações. matemáticas dos antigos Babilônios e Egípcios,porém
muito pouco seconhece
sobre essamatéria; no
que
tange a Chinaea
Índia.É
por esta razaoque
a matemática PréHelênica limitou-se a_1Babilôn¡a e
ao
Egito. ~1 z ' ' A A _ ' 1
2.2
A GÊNESE DA
HISTÓRIA
DA
GEOMETRIA
2.2.1BAB|LôN|A
A
denominação
Babilônia éuma
designação errônea para as civilizações antigasda mesopotâmia
(Boyer, 1974). Culturalmente a Babilônia não foi o centrodo
conhecimento,
mas
informalmente aconvenção
sancionou onome
Babilônia paraa região durante o período
de
cercade 2000
até600
a.C..Em
538 a.C. a_ 1 _
A
escrita cuneiforme desenvolvida pelos sumérios (civilização -do .valemesopotâmio) durante o quarto milênio,
pode
ser a mais antiga formade
comunicação escrita, pois provavelmente é anterior a hieroclifa Egípcia. Leis,
registros
de
impostos, liçõesde
escola, cartas -pessoais e muitos outrosacontecimentos
eram
registradosem
tabletasde
barro molecom um
estilete, .eestas
eram
então cozidasao
sol ouem
fornos. Esses. documentos, felizmente,erammuito-resistentes ao tempo,(_Boyer, 1974). . _. 1 _
ç
z
Ainda
segundo
Boyer (1974), as tentativasde
decifrar a .escrita cuneiformeiniciarampor volta de 1880,
quando
viajantes Europeus perceberam inscriçõesem
baixo relevo esculpido
num
grande rochedo calcáreo próximo da aldeiade
Behistun, na regiao noroeste
do
atual lra. Dario, o Grande, foiquem
em
516
a.C.mandou
executar essa obra arqueológica.Em
1846, Sir Henry CreswickeRawlinson,
um
diplomata Inglês e Assiriologista, foiquem
desvendou
este quebra-cabeça.-
A
partir dessemomento
foi possível Ier~ textos cuneiformes das-tábulasBabilônicas escavadas e diversos períodos da história Babilônica
puderam
seridentificados. Existem textos matemáticos de
2100
a.C.., 'da sucessivaprimeira dinastia Babilônica, a erado
rei Hamurabi,que
chegam
atéaproximadamente de
1600 a.C., outro ainda datando
do
períodoabrangendo de 600
a.C. a300
d.C.,que
varre todo. o império neobabilônicodo
reiNabuco
donosor e as 'eras Persas eSelêucida. .A lacuna referente ao
segundo
e terceiro período cabe aum
períodoturbulentoda história Babilônica. .
~ ~
_ ~
2.2.2
o
s|s.TE|v|ANuMÉR|co
tSegundo
Ritter; (1990, p.12.) “A matemática e a escritatêm
uma
relação estreita e simbiótica”. Descobertas arqueológicas recentes, mostraramque
os primeirossistemas de escrita surgiram para atender as exigências
de
calcular, dividir e23
Consta nas milhares de tabletasencontradas
que
a civilizaçãomesopotâmia
adotava
um
sistema numéricobem
definido ou seja,um
sistema sexagesimal oude
base 60.Tudo
indicaque
a escolhada
.base 60 esteja-relacionada' ametrologia.
Assim
pois,uma
grandeza-de60
unidadespode
ser facilmente divididaem
metades, terços, quartos, quint0_S,__SeXtos, décimos, dozeavos, quinzeavos,vigésimos e trigésimo, proporcionando dez possíveis divisões. Ainda nos dias
atuais, restos
desse
sistema sexagesimalpermanecem
nas unidadesde
tempo
emedidas
de
ângulo, apesar da forma decimalde
nossosistema
numérico (Boyer,1974). _
O
sistema numérico Babilônio ;e o atualguardam
uma
estreita relação»(Aaboe,1984).
O
sistema numérico usadoemprega
um
número
finito' de símbolos oualgarismos (dez para o nosso caso) para exprimir todos-os inteiros.
A
posiçãode
um
algarismo no sistema usado é muito importante, ou seja,.amedida que
muda
de casapara
a esquerda, seu valor é multiplicado por 10, para os .Babilônios eramultiplicado por 60. Desta maneira, utiliza-se
uma
extensão desterprincípio paraexprimir certas frações, isto é, a
movimentação
-alémda
casa das unidadessignifica dividir o
número
pelo fator constante 10 ou.60..Assim, osnúmeros
.1.0 e60
sãochamados
bases decimal e sexagesimal, respectivamente. .O
aparecimento progressivo deum
conceito numérico* abstrato- na Mesopotâmia,segundo
Ritter (1990), data do lll milênio.No
início, cadanúmero
estava ligado aum
sistemade
unidades: por exemplo, o “quatro”de
“quatro ovelhas”nao
eraescrito
da
mesma
formaque
ode
“quatromedidas de
cereais". Esses diferentessistemas de unidades nao tinham
nenhuma
ligaçao-.entre si. Desta forma, aindanão se estabelecia a relaçãoentre as
medidas de
*superfície e asmedidas de
comprimento. Desconhecia-se
que
a superfície .podia ser calculadacomo
oproduto do comprimento pela largura.
2.2.3
A GEOMETRIA NA
BABILÔNIA
A-marca
principal da geometria Babilônica não é só seu caráter algébricomas
também
amensuração
prática.No
periodoque
vaide
2000
a.C. va 1600 a.C. osBabilônios já conheciam 'o teorema
de
Pitágoras,o*que
sezconcluique
estadescoberta precede Pitágoras
em um
milênio e meio.Além
disso, há fórmulascorretas para "calcular áreas
de
figuras geométricas simplescomo
triângulos etrapézios
mas
faz aproximações grosseiras para cálculode
área e perímetrode
um
círculo (utilizavamjnaproximadamente
igual a 3). Foi encontradotambém,
fórmulas corretas e outras incorretas, para os volumes
de
vários 'sólidos (Eves,19979).
A
9 - ~
' 1
A
tábulade
Plimpton 322,uma
das mais importantes fontesde
resgateda
geometria Babilônica, escrita por volta
de
1900 a.C. a 1600 a.C., trazem
seuconteúdo,
em
forma
'de coluna,números que
correspondem a ternos Pitagóricos.A
tábula de Plimpton, catalogada sob onúmero
322,pertencea
coleção G.A.Plimpton da Universidade
de
Colúmbia..Seu
conteúdo foi- descrito pela primeiravez por
Neugebauer
eSachs
em
1945 (Eves, 1997). w ~ '2.3
O
EGITO
Segundo
Eves (1997), as histórias políticas ,do Egito e da Babilônia sãobem
diferentes. Enquanto a Babilônia era aberta a invasões
de
povos vizinhos,atravessando períodos de turbulência,
onde
impérios se sucediam, o Egitomantinha-se fechado, protegido naturalmente de invasões estrangeiras,
governado por
uma
sucessaode
dinastias. Reinavauma
sociedade teocráticagovernada por burocratas ricos e poderosos, íntimos
da
classe sacerdotal.O
trabalho
manual
era feito poruma
classe escravaque
erigia grandes templos e aspirâmides.
A
agrimensura e a engenharia prática foram criadas para auxiliar noplanejamento e na execução desses trabalhos.
25
Uma
das grandes obras construídas pelos Egípcios eque
envolvia probIemas‹dematemática e engenharia foi a grande pirâmide de' Gizé, edificada- por volta
de
2600
a.C.. Situada nodeserto,em
Gizé, próxima ao atual Cairo, foi construída porum
exércitode
100.000 trabalhadoresquelevaram
30 anos para encerrar a obra, cujo objetivo erade
servir deítúmulo real. Mais tarde, a grande pirâmidede
Gizé, ficou conhecidacomo
uma
das sete maravilhasdo mundo.
Aindaem
Gizé, outrasduas pirâmides-de
menor
porte foram construídas,'de Quéfren e Miquerinos. ._ I. _ . 1' z _
Segundo
Guelli (1994), quase.tudo oque
se sabe sobre a matemática .dos antigosEgípciosse
baseiaem
dois grandes papiros: C). papiro Ahmes..e1o-papirode
Moscou.
O
primeiro foi escrito por voltade
1650 a.C. e,ao que
tudo indica,eram
“manuais” escritos para ensinar matemática aos- futuros escribas e
tem
aproximadamente 5,5m_de
comprimento e32cm
de
largura. Foicomprado
em
1858'por
um
antiquário Escocêschamado
Henry Rhind. Por isso é' conhecidotambém como
papirode
Rhind. Atualmente encontra-se no BritishMuseum,
de
Londres..
O
papirode
Moscou
éuma
estreita tirade
5,5m'de comprimento por8cm
de largura,
com
25
problemas. _' ~ '
z
O
papiroAhmes
éum
antigo manual de matemáticaque contém
80 problemas, nasua grande maioria,
de
matemática elementar, todos resolvidos. Foi analisando eestudando .o
papiro.Ahmes
-que, no século XVIII, os cientistas conseguiram.decifrar os. Hieróclifos,
que eram
inscriçoes sagradas dastumbas
emonumentos
do
Egito (Guelli, 1,994). _ . - ` - -. - ‹ 2.3.1AGEQMETRIA
Ec-:’Pc|A .Segundo
Milies eBussab
(1999), o Egito floresceu por volta do¬lV milênio noÍmeiode
um
imenso deserto estéril,onde
nenhuma
vida seria possivel, não fosse o riofornecer água, transporte e
também,
húmus,. graças as inundações anuais.Se
asinundações traziam esperança de vida, traziam
também
desafios. Estes desafiosprevisoes. Tanto é q.ue«os Egípcios desenvolveram o calendário astronômico e a
divisão
de
terras cultiváveis.É
na busca de' respostas aos desafios apresentadospelo rio
que
está a origem da ciência Egípcia e,em
particular, da geometria. -Heródoto (c.
484
-4425.4 a-.C.) _faz referência a esta origem: “Se o rio arrastasseuma
porção.da
,propriedade deum
homem,
ele compareceria perante., o -reierelataria o acontecido; o rei entao enviaria pessoas para examinar e _determi.nar,
através
de
medidas, a~ extensão exatada
perda e assim,só se
exigiria Adele'um
imposto proporcional a terra
que
lhe restasse. Desta prática, acredito eu, foique
ageometria veio a ser conhecida pela primeira vez no Egito e dali
passou
para áGrécia”(Milies,_e Bussab, 1999). _ « z - - ~ V E V 9
O
sistema educacional no Egito era bastante difundido e haviasempre alguém
nafamilia
que
era capazde
ler correntemente 'os hieróglifos,Um
escriba estudavadesde
os cinco até os dezesseis anos,com
possibilidades decontinuar os estudosentrando, para a administraçao
doestado
e tornarse
um
escriba real (Milies -eBussab,1999). . - _ - ' ~ ' » -
No
que
tange as construçoes. geométricas Egípcias,pouco
se sabe' e asilustrações dos problemas geométricos
do
papiro Rhindmostram que não
utilizavam instrumentos. Porém, o. traçado dos.monumentos,'templos ez pirâmides
evidenciam
que
dominavam
técnicas apuradasde agrimensurae de
locaçaode
construções.
Há
vestígios,segundo
historiadores,zque
-os Egípcios teriamconhecimento
da
terna pitagórica mais elementar (3,4,5), poiseram
capazesde
traçar
um
triângulo retângulo,com
uma
cordacom
12 nós (Milies e bussab,1999)
. . . .i
2.4
A
GRÉc|A
Segundo
Eves (1997), por voltade
3000
a.C., desencadeou-seum
grande períodocivilização"-27
motivada por
uma
revoluçâo agrícola.Na
Grécia,que
erauma
reuniãode
cidades-estado situadas sobre 'uma miscelânia
de
ilhas rochosas e penínsulas, no extremoleste do
mar
mediterrâneo, esta revoluçãochegou
por voltade
2000
a.C. .En-tre '1700 e 1200 a.C. 'despontou
uma
civilizaçao 'nailhaGrega de
Creta,altamenteíavançalda,
chamada
Minóica ou Cretense,que
dominavaa
escrita e aleitura; Já a Grécia continental era habitada por
um
povo menos» adiantado, osMicênicos, alfabetizados
mas também
guerreiros] Por .volta de 1200 e 1150 a.C.estas civilizações
foram
destruídas pelos Dórios.A
escrita é 'reintroduzidasomente
em
800
a.C., após ter desaparecido por ocasiãodas'-conquistas dos Dórios.O
periodo seguinte
da
história grega (cr.800
-
336
a.C.),chamado
período Helênico,apresentou
um
progresso intelectual e científico surpreendente (Eves,1997).A
Grécia Helênica eraum
mosaico,formada
pordezenas de
cidades estado.Nao
era
uma
planície cortada por rios grandes e lamacentoscomo
o Egito e aBabilônia, ao contrário, era cortada por cadeias .de
montanhas
íngremes e seusolo era ressequido.
Duas
importantes cidades conseguiram se sobressair, diantede
tantas outras:A
militarista Esparta e a comercial Atenas.fAntes- de600
a.C.,motivada pela escassez
de
alimentos, tanto Atenascomo
Esparta viram=seenvolvidas
numa
guerra civil entre ricos e pobres.Em
594a.C., Sólon foiconduzido
como
arconte pela classe média Ateniense.Em
520
a-.C.`, depoisde
um
golpe,
uma
nova constituição entrouem
vigor.Em
432
a.C. *Atenaschegava ao
auge
de seu prestígio e poder. 'Em 336 a.C. após sucessivas guerras, AlexandreoGrande
(356-
323
a.C.) uniu toda 'a Grécia sob o império Macedônio.A
despeitodo
estadode
guerrapermanente, escassezde
alimentos,da
super populaçao-e~da
desunião política, o período HelênicoGrego
(c.800
-
.336 a.C.) ficou*caracterizado por realizaçoes intelectuais extraordinárias. Foi nesse. período
que
se assistiu pela primeira vez o
emprego do
raciocinio dedutivo por Talesde
Mileto (c.640-
564 a.C.) e Pitágoras (c.596-
500 a.C.) ( Eves, 1997).De
acordocom
Aaboe
(1984), pela tradição Grega, foi Tales›de Mileto (c.640
a564 a.C.)
que
no inicio do século sexto a.C. trouxe a matemáticado
Egito para aGrécia. Este,
segundo
ainda estamesma
tradiçao, foiquem
principiou a dar àmatemática a ênfase na-posição central
de
demonstração.Segundo
Heródoto,muitos dos feitos realizados por Tales são exagerados. Porém,~o interesse
Grego
pela matemática
começou
naépoca de
Tales,apesar de
ten ficado claro quaisforamrsuas realizações.
No
entanto,do que
sesabe
da matemática Egípcia eBabilônica,.parece provável,'que a origem é
mesopotâmica
e não Egípcia. -“ -
Sobre Pitágoras
de
Somos
(c..556 a.C. a 500 a.C..i), sabe-seque
era discípulode
Tales e;que_ atingiu seu ápice-produtivo
em
530
a.C. tendo diversos seguidores; ospitagóricos. .Desenvolveu seus trabalhos
em
ciências, particularmente namatemática, e na religião e seus preceitos religiosos
eram
recheadoscom
ingredientes matemáticos ou místico-numéricos.
Sua
preferência-na matemáticaera por aritmética e álgebra,
com
forte influência Babilônica (Aaboe,1984). -Em
Atenas,A
Ágora, isto é, 'a praça púplica, era o símboloda
democracia.Onde
se decidiam os assuntos de.toda a pólis.
Mas
para isso, os cidadãos precisavamfalar bem.
Essacondiçao
exigia novos tipos de'educadores', que seriam ossofistas, 'mestres na arte de falar bem,
como
Hipias, nascido no séculoV
a.C.,capaz
de
discutir qualquer assunto.A
imagem
'dos sofistas-como.
meros
manipuladores das palavras foi produzida pela própria sociedade
que
requisitavaoslseus serviços, e ocultava o.fato
de que
eles tinham suas próprias idéias.que
eram
coerentescom
as atividadescom
as quaisganhavam
o seu sustento.Na
história
do pensamento
raros pensadoresdevem
ter sido tao odiadoscomo
ossofistas. _Filósofos
como
Sócrates (46.9-
399
a.C.) -e Platão (c.428
-'347 a.C.-)foram severoscríticos- dos. sofistas.
Tão
fortes foram ascondenações que
ossofistas não são tidos
como
filósofos e, hoje, a palavra “sofista” virou sinônimode
“demagogo”, e “sofisma”, de falso' argumento. '
- «
29
2.4.1. ~A
GEOMETRIA
GREGA
-Segundo
Boyer. (1974), as mais antigas referências Gregas. a históriada
matemática,
quenão
sobreviveram, e portanto, imprecisas, atribuem a Talesde
Mileto (c. 624, a 548 a.C.) e Pitágoras
de
Samos
(c. 580 a'~500 a.C.)um bom
número de
descobertas matemáticas definidas.Tendo
viajado aos antigos centrosdo conhecimento, adquiriram informação
de
primeiramão
sobre astronomia ematemática; zNo Egito, 'diz-se
que aprenderam
geometria; na.. Babilônia,Tales
provavelmente entrou «em contato
com
tabelas e instrumentos astronômicos..Aproposição, agora conhecida
como
teoremade
Tales,em
que:um
ângulo inscritoem um
semi-círculo éum
ângulo reto;pode
ter sido aprendido por ele em-uma
de
suas viagens _a Babilônia. Mais ainda, é atribuído a Tales
uma
espéciede
demonstração
para este teorema.Esse
feito, lhe rendeu o rótulo de o primeiromatemático verdadeiro, originador da organização dedutiva
da
geometria. .»
Já Pitágoras,
segundo
Milies eBussab
(1999), após ter se fixado na colôniaGrega
de
Cretona, naMagna
Grécia (sulda
Itália), fundouuma
escola dedicada aestudos religiosos, científicos e filosóficos.
Á
Pitágoras sãoatribuídas váriasdescobertas sobre
as
propriedades dosnúmeros
inteiros; a construçaode
figurase a demonstraçao
do
teoremaque
leva seunome
(cujo enunciado já eraconhecido pelos Babilônios). - - V .z
O
grande período da matemática (geometria)Grega
foi o período helenístico,porém, ela atingiu seu ápice de descobertas
num
espaço de
cem
anos,considerado muito curto. Neste período viveramitrês grandes matemáticos:
Euclides
em
torno de. 300 a.C.,Arquimedes
(c.287
a212
a.C.)“e Apolônioem
torno
de 200
a.C..Nenhum
desses três matemáticos viveram. na Gréciacontinental. Euclides e Apolônio trabalharam