BIANCA
WISBECK
BERNSTQRFF
Il\/XIPORTÂNCIA
DOS
INDICADORES
DE
DESEMPENHO
NA
GESTAO
`.\
DE
PESSOAS
COM
BASE
NO
BALANCED
SC
ORECARD
FLORIANÓPOLIS
IMPORTÂNCIA DOS
INDICADORES
DE
DESEMPENHO
NA
GESTAO
DE
PESSOAS
COM
BASE
NO
BALANCED SCORE CARD
Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado à disciplina
Estágio Supervisionado
-
CAD
5236,como
requisitoparcial para obtenção
do
grau de Bacharelem
Administraçãoda
Universidade Federal de Santa Catarina,área de concentração
em
RecursosHumanos.
Professor Orientador:
Dante
Marciano GirardiFLoR1ANÓ1>oL1s
IMPORTÂNCIA DOS
INDICADORES
DE
DESEMPENHO
NA
GESTÃO
DE
PESSOAS
COM
BASE
NO
BALANCED
SC
ORECARD
Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado
adequado
e aprovadoem
suaforma
final pela Coordenadoria de Estágios
do
Departamento de Ciênciasda
Administraçãoda
Universidade Federal de Santa Catarina,
em
17 de junho de 2003.Prof. Sinesio Stefano Dubiela Ostroski
Coordenador
de EstágiosApresentada à
Banca Examinadora
integrada pelos professores:Í
,Ú
A-~r'
gala
« ú/9”Prof.
D
G1rardiOrientador
:Í-/áz
L
-
Prof. Alexander FischerMembro
. andre arino Costa
Agradeço
aDeus
por sua constante presençaem
minha
vida, e a todos que, dealguma
forma, colaboraram para a elaboração deste trabalho:
0
Minha
mãe, Inês Wisbeck;0 Professor
Dante
Marciano Girardi (M.Sc), orientador, Professores AlexanderFischer e Alexandre
Marino
Costa (M.Sc),membros
da
banca examinadora, e Professor PedroPaulo
Bramont
(Dr.);0
Demais
professores e colegasda
Universidade Federal de Santa Catarina;0 Felipe
Mendonça
Mansur;BERNSTORFF,
Bianca Wisbeck.Importância
dos indicadoresde
desempenho na
gestãode
pessoascom
base
no Balanced
Scorecard. 2003. 57 f. Trabalho de Conclusão de Estágio(Graduação
em
Administração).Curso
de Administração, Universidade Federal de SantaCatarina, Florianópolis.
Atuahnente, a crescente competitividade
no
mundo
dos negócios obriga as empresas. aaperfeiçoarem, cada vez mais, sua performance.
Por
conseguinte, os executivos elaboramestratégias sofisticadas que,
na
maioria das vezes, nãocorrespondem
à realidade. Ademais, existe o hábito de se medir odesempenho
organizacional utilizando-se, apenas, de indicadoresfinanceiros e contábeis, desconsiderando completamente os ativos intangíveis. Percebendo
esse problema, pesquisadores e executivos americanos desenvolveram,
na
década de 1990, 0Balanced
Scorecard, quetem
o intuito de traduzir a estratégia organizacionalem
açõesoperacionais, valendo-se de indicadores financeiros e não-financeiros sob a ótica de quatro
perspectivas: financeira, dos clientes, dos processos internos ,e
do
aprendizado e crescimento.Os
criadoresdo método
comprovaram
que tais perspectivaspossuem
relações .de causa eefeito, sendo que a base para o
bom
desempenho
das demais é a dimensãodo
aprendizado ecrescimento, a qual envolve, especialmente, as capacidades dos colaboradores. Este estudo
enfatizou a importância dos indicadores de
desempenho na
gestão de pessoas,propondo
o usodo Balanced
Scorecardna
área de RecursosHumanos/A
metodologia adotada constitui-se,essenciahnente¿UdâIQp§:¿§quisa bibliográfica,
além
de apresentar caracteristicas de investigação exploratóriafipesquisa descritiva, explicativa e metodológica. Foi possível Iconfirmar a relevância deuma
implementação integralda
estratégia, demonstrar a importância dossistemas de
mensuração
dedesempenho
e evidenciar a crescente valorizaçãodo
capitalintelectual nas organizações. Constatou-se que as pessoas são as responsáveis pela criação
do
conhecimento e
da
aprendizagem organizacional, configurando-secomo
o alicerce paraum
desempenho
organizacional excelente.A
Palavras-chaves: estratégia de
desempenho
organizacional, indicadores de desempenho,BERNSTORFF,
Bianca Wisbeck.Importância
dos indicadoresde
desempenho na
gestãode
pessoascom
base
no Balanced
Scorecard. 2003. 57 f. Trabalho de Conclusão de Estágio(Graduação
em
Administração). Curso de Administração, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.Nowadays,
the growing competitiveness in the business world forces the companies toimprove its performance. Consequently, executives
make
sophisticated strategies that,most of
the time,
do
not correspond to the reality. Besides, there is the habit to measure thecompany°s
performanceby
useing, just, financial and accounting indicators, without consideringanything
of
the intangible assets. Noticing that problem, american researchers and executivesdeveloped, in the nineties, the Balanced Scorecard, that has the purpose
of
translating theorganizational strategy in operation actions useing financial
and
not financial indicators underthe optics
of
four perspectives: financial, customer, internal business and innovationand
learning.
The
creatorsof
themethod
haveconfirmed
that these perspectives possess causeend
effect relationships, and the dimension
of
the innovation and learning is the base for the others'good
performance. This study emphasized the importanceof
the performance indicators in thehuman
resources area.The
adoptedmethodology
is constituted, essentially,of
bibliographer research, besides presenting characteristicsof
exploratory investigationand
descriptive, explanatory and methodological research. Itwas
possible toconfirm
the relevanceof
integral applicationof
the strategy, to demonstrate the importanceof
the systems to measure the companies” performance and to evidence the growing valorizationof
theintellectual capital in the organizations. It
Was
verified that people are responsable for thecreation
of
theknowledge and
the learning in the organizations, beingconfigured
as the base foran
excellent performance.Key
words: strategies of organizational performance, performance indicators, intellectual capital.Figura 1: Processos gerenciais viabilizados pelo
Balanced
Scorecard. ... ._25
Figura 2: Cadeia de valores dos processos intemos ... .. 31
Figura 3: Relações de causa e efeito entre as perspectivas ... .. 35
Figura 4: Processo de construção de
um
Balanced
Scorecard. ... ..36
Figura 5:
Escopo do Balanced
Scorecard. ... _.39
LISTA
DE
FIGURAS
... .. 1INTRODUÇÃO
... .. 1.1Problema
de
pesquisa ... .. 1.2 Objetivos ... .; ... .. 1.2.1 Objetivo geral ... .. 1.2.2 Objetivos específicos ... .. 1.3 Justificativa ... .. 2METODOLOGIA
... ..3
CONTEXTUALIZAÇÃO
... ..3.1
Evolução das
técnicas gerenciais ... ..3.2 Estratégias organizacionais ... ..
3.3
Medidas
de
desempenho
... ..4
BALANCED SCORECARD
(Bsc)
... ..4.1
Origem
... ..4.2
O
Balanced
Scorecard
como
sistema gerencial.. 4.3Medidas
de
resultado e vetoresde
desempenho
4.4 Perspectivas
do Balanced
Scorecard
... ..4.4.1 Perspectiva financeira ... ..
4.4.2 Perspectiva dos clientes ... ..
4.4.3 Perspectiva dos processos internos ... ..
4.4.4 Perspectiva de aprendizado e crescimento ... ._
4.5 Relações
de
causa e efeito ... ..4.6.3 Escolha e elaboração dos indicadores ... ..
4.6.4 Elaboração
do
plano de implementação ... ..4.7
Outras
considerações ... ..s
o
BALANCED SCORECARD
E
A
ÁREA
DE RECURSOS
HUMANOS
5.1
Gestão de
Pessoas ... ..5.2 Escassez
de
medidas
para
ativos intangíveis ... ..5.3
Vantagens do
uso
do
BSC
na
gestãode
pessoas ... ..5.4
Criando
um
BSC
para Recursos
Humanos
... ..5.4.1 Definição
da
arquitetura de indicadores ... ..5.4.2
Consenso
em
função dos objetivos estratégicos ... ..5.4.3 Escolha e elaboração dos indicadores ... ..
5.4.4 Elaboração»
do
plano de implementação ... ..z
0
5.5
Sugestão
de
indicadorespara
a gestãode
pessoas ... ..6
coNs11)ERAÇÕEs
FINAIS
E
RECOMENDAÇÕES
... ..6.1
Considerações
finais ... ..6.2
Recomendações
... ..1
INTRODUÇÃO
1.1
Problema
de
pesquisaA
grande maioria das empresas, independentementedo
porte,tem
seudesempenho
avaliado por
meio
de indicadores financeiros.Em
geral, os executivos e omercado
acreditamque
uma
empresa
tem
sucessoquando
apresentaum
alto faturamento, lucrono
final de cadaexercício, baixo grau de endividamento, entre outros dados contábeis.
Essa visão não chega a ser incorreta,
mas
apresenta grandes limitações, tuna vezque
não contempla aspectos
como:
satisfação dos clientes, eficiência e eficacia nos procedimentosoperacionais e valorização dos funcionários.
A
partir dessa constatação, estudiosos americanos desenvolveram oBalanced
Scorecard,
um
método que
avalia odesempenho
organizacional a partir de quatroperspectivas: financeira,
do
cliente, dos processos internos edo
aprendizado e crescimento.Além
de se configurarcomo
um
sistema completo demensuração
de desempenho, a técnica permite traduzir a estratégia organizacionalem
objetivos operacionaisque
direcionamo
comportamento da empresa
rumo
auma
performance excelente.A
ênfase desta pesquisa consisteem
propor a utilização de indicadores dedesempenho
voltados para a área de Recursos
Humanos.
Diante disso,fica
a seguinte pergunta:qual
a
importância
da
utilizaçãodo Balanced
Scorecard
na
áreade Recursos
Humanos
nas
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo geral
Estudar a importância
da
utilização de indicadores de desempenho, baseadosno
método do Balanced
Scorecard, para a área de RecursosHumanos
nas organizações.~
1.2.2 Objetivos específicos
a) Estudar o gerenciamento organizacional através
do
uso de indicadores dedesempenho, segundo a técnica
do Balanced
Scorecard;b)
Conhecer
as dimensões abordadas peloBalanced
Scorecard;c) Direcionar o uso
do Balanced
Scorecard para a gestão estratégica de pessoas;d) Propor sugestões para a utilização
do Balanced
Scorecardna
área de RecursosHumanos
das empresas.1.3 Justificativa
Na
maioria das vezes, o poderda
marca, as técnicas eficazes de produção, o estilogerencial e, principahnente, o alto grau de conhecimento dos fimcionários
têm
um
valorinfinitamente maior
do
que asoma
de todos os bens fisicosda
organização.'O
fato de asempresas utilizarem somente indicadores financeiros
como
únicamedida
dedesempenho,
evidencia a dificuldade de se quantificar os ativos intangíveis.
A
técnicado Balanced
Scorecard se propõe a medir todos esses fatores,no
intuito decriar
uma
rotina de controledo desempenho da
organização, adotandocomo
parâmetro asPreliminarmente,
o método recomenda que
a organização esteja cienteda
razão de sua existência edo que
ela deseja para o futuro.A
partir daí, elabora-se a missão, a visão, as estratégias e os objetivos.O
segundo passo, é determinarcomo
aempresa
vai alcançar oque
pretende, através de
um
planejamento. Por último, é necessárioacompanhar
odesempenho da
empresa, para verificar se está de acordo
com
o que foi planejado.O
Balanced
Scorecardconfinna
que é possível medir todos os aspectos quetêm
certarelevância
na
concretizaçãoda
estratégia organizacional, principalmente os intangíveis.Esta pesquisa
propõe
a utilizaçãoda
técnicana
área de RecursosHumanos
para demonstrarque
o capital intelectual é a base para obom
desempenho
de todos os outros2
METODOLOGIA
Independentemente
da
área de estudoou do tema
abordado, a pesquisa cientificatem
ointuito de contribuir para a
produção do
conhecimento.Hübner
(2001, p. 17)recomenda
que,para elaborar
um
bom
texto científico, o cientista deve terum
comportamento
parcimonioso euma
visão relativa dos fenômenos.A
autora alerta ainda que:[...] não se conclui nada
em
um
texto científico sem que as premissas estejam muitobem
fundamentadasem
um
referencial teórico ou empírico,em
estudos e/oupremissas anteriores ou nas observações e pesquisas que o próprio autor realizou.
É
por isso que nos textos científicos há sempre citações de outros trabalhos e/ouautores.
Nesse
contexto, Vergara (2000) classifica a pesquisa quanto aos fins-
exploratória,descritiva, explicativa, metodológica, aplicada e intervencionista
-
e quanto aosmeios
-
pesquisa de
campo,
de laboratório, documental, bibliográfica, experimental, ex post facto,participante, pesquisa-ação e estudo de caso.
Dessa
forma, a metodologia utilizadano
presente estudo caracteriza-se, quanto -aosfins, por investiga_ção exploratória, pesquisa descritiva, explicativa e metodológica.
f
Tem
caráter de investigação exploratória porque o estudodo Balanced
Scorecard é recente, e a técnicavem
evoluindo nos últimos anos,conforme
descritono
item 4.1.Trata-se de pesquisa descritiva agregada à investigação explicativa porque
expõe
determinadas características, seguindo
com uma
tentativa de esclarecer a ocorrência dedeterminados fatos.
E
é metodplógicano
sentido de se tratarda
adequaçao deuma
técnica quetem
porobjetivo a melhoria
do desempenho
organizacional.Quanto
aos meios, o estudo compreendeu, predominantemente, a _ s'
pe
quisabibliggrafica que, segundo Vergara (2000, p. 48), trata-se
do
“[...] estudo sistematizadoisto é, material acessível ao público
em
geral.”Sendo
assim,foram
utilizados, principahnente,livros, teses, dissertações e artigos científicos.
Por fim,
note-se que o estudo foi estruturadoem
três etapas:a) Contextualização;
b) Conceito de
Balanced
Scorecard e estudo das perspectivas;3
CONTEXTUALIZAÇÃO
3.1
Evolução das
técnicas gerenciaisDesde
os primórdiosda
civilização, o serhumano
já se reunia, defomia
organizada,para atingir
um
detenninado objetivo.Com
o advento da Revolução Industrial, surgiram os primeiros estudos acercado
gerenciamento das organizações.
De
acordocom
Chiavenato (1993), a evolução das teorias administrativas ocorreu sob a seguinte seqüência: Administração Científica,Abordagem
Anatõmica, Teoria das RelaçõesHumanas,
Teoriada
Burocracia, Teoria Estruturalista, TeoriaNeoclássica, Administração por Objetivos, Teoria Comportamental, Desenvolvimento
Organizacional, Teoria dos Sistemas e Teoria
da
Contingência.Segundo
o autor, os pioneirosnesses estudos
foram
Taylor eF
ayol.A
Taylor desenvolveu,
no
iníciodo
séculoXX,
a Teoriada
Administração Científica,que
apresentoucomo
características: o estudo dostempos
e movimentos, a ênfasena
eficiência, a divisão
do
trabalho e a especialização, entre outras. Criou-se o conceito de“homem
econômico”,ou
seja, acreditava-seque
o trabalhador era motivado apenas porrecompensas materiais e financeiras.
Os
estudos de Fayol, por sua vez,deram origem
àAbordagem
Anatômica da
Adrninistração,
que
destacou a estrutura organizacional e as funções básicasda
empresa-
técnicas, comerciais, financeiras, de segurança, contábeis e administrativa.A
administraçãopassou a ser definida sob cinco principios: planejamento, organização,
comando,
coordenação e controle.Na
década de 1920, cientistas liderados porMayo
realizaram experiênciasque
os levaram a concluir que ohomem
é motivado, não por estímuloseconômicos
e salariais,mas
por recompensas sociais, simbólicas e não materiais, contrariando a
abordagem
clássica edando origem
à Teoria das RelaçõesHumanas.
A
partir daí, o“homem
econômico”
foisubstituído pelo
“homem
social” e passou-se a dar importância para temascomo:
necessidades humanas, motivação, liderança,
comunicação
e grupos.Na
década de 1940,como
crítica à parcialidade e contraposição das teorias anteriores ecom
base nas obras deWeber,
desenvolveu-se a Teoriada
Burocracia,na
tentativa de agregaros aspectos racional e
humano
das organizações.Em
seguida,na
década de 1950, surgiu a Teoria Estruturalista, que procurou seruma
síntese entre as Escolas Clássica e de RelaçõesHumanas.
Baseou-se nos estudos deWeber
eMarx
e visualizava a organizaçãocomo
uma
unidade social, criando a concepção de“homem
organizacional”.O
estruturalismo defendiaque
o todo deve ser maior que asoma
das partes. Apresentoucomo
características a totalidade e a interdependência.Além
disso, adotouuma
abordagem
múltiplaque
via a organização sob o aspecto formal e informal e propôsrecompensas econômicas e sociais.
A
Teoria Neoclássica,que
teveDrucker
como
um
de seus principais precursores,identificou-se por:
a)
Ênfase
na
práticada
administração-
busca de resultados concretos e palpáveis;b)
Reafirmação
relativa dos postulados clássicos-
reação à influência das ciênciasdo
comportamento,em
detrimento dos aspectoseconômicos
e concretos;A A
c)
Ênfase
nos Princípios Clássicosde Administração
-
estabelecenormas
decomportamento
administrativo e discute seus princípios;d)
Ênfase nos
objetivos enos
resultados-
a organização deve ser dimensionada,estruturada e orientada
em
função dos objetivos e resultados;Ftmdamentado
nos pressupostos dessa teoria,Drucker
criou o conceito de Administração por Objetivos(APO), onde
a preocupação écom
o “porquê” e “paraquê”
fazer.
Como
o próprionome
sugere, essemétodo
enfatiza a importância dos objetivos, jáque
dão
uma
diretriz à organização,promovem
trabalhoem
equipe,servem
de base para severificar metas e planos,
ajudam
a prever o fiituro e orientam a distribuição de recursos.A
TeoriaComportamental ou
Behaviorista tratoudo comportamento
organizacional erepresentou
uma
tentativa de sínteseda
teoriada
organização formalcom
o enfoque dasrelações humanas.
O
Behaviorismo criticava a Teoria Clássica e mostrou-secomo
um
desdobramento
da
Teoria das RelaçõesHumanas,
apresentandouma
redefinição de seusconceitos. Enfatizou o
“homem
administrativo”, aquele que procuraapenas
a maneirasatisfatória, e não a melhor maneira.
Teve
dentre seus principais autores:McGregor,
Maslow,
Herzberg e Likert.
Cabe
destacar aqui, a pirâmide das necessidades deMaslow, onde
uma
necessidade semanifesta após a satisfação prévia de outra mais importante; assim classificadas (da base para
o topo): fisiológicas, de segurança, de associação, de estima e de auto-realização.
A
não- satisfação de determinada necessidadepode
levar o indivíduo à fiustração.Na
década de 1960,um
grupo de cientistas americanos desenvolveu a Teoriado
Desenvolvimento Organizacional (DO). Tratou-se de
uma
continuaçãoda
Teoria das RelaçõesHumanas
que
se prolongava até o Behaviorismo,podendo
ser consideradaum
passo intermediário entre omesmo
e a Teoria dos Sistemas. Apresentoucomo
pressupostos:constante e rápida
mutação do
ambiente, necessidade de contínua adaptação, interação entreorganização e ambiente, interação entre indivíduo e organização,
mudança
organizacionalplanejada e necessidade de participação e comprometimento.
Foi somente
em
meados
da
década de1970
que,com
basena
Teoria dos Sistemas,do
Chiavenato (1993),
um
sistema éum
conjunto de elementos inter-relacionados, desenvolvendouma
atividadeou
função, para atingirum
ou
mais objetivos.Entende-se,
com
essa teoria,que
uma
organização, independentemente de seu porte,possui diversas funções (finanças, recursos
humanos,
produção, marketing, logística, entreoutras)
que
estão constantemente interagindo entre si ecom
o ambienteque
as cerca.Todas
estão relacionadas edependem umas
das outras para realizar suas atividades.Ao
considerar as organizaçõescomo
sistemas abertos observam-se, basicamente,quatro parâmetros: a entrada fornece insumos (material e energia para a operação); o processo
converte as entradas (insumos)
em
saídas (produtos)ou
resultados, produzindo mudanças; assaídas representam a finalidade para a qual se constitui o sistema; e, finahnente, a
retroalimentação
ou feedback compara
as saídascom
os padrões planejados e permiteuma
redefinição das entradas.
Prosseguindo
com
a evolução das teorias administrativas, surge a Teoriada
Contingência, a mais recente delas, a qual considera as diversas variáveis, intemas e externas,
que
podem
influenciar odesempenho da
empresa.É
considerada a teoriado
“depende”, jáque
as técnicas de gestão adotadas
bem
como
os processos decisóriosdependem
diretamente dasvariações ambientais.
É
interessante ressaltar as divergências existentes entre as teorias.No
períododa
Revolução Industrial, a Escola Clássica prendia-se ao
aumento da
produtividade; mais tarde,os operários
começaram
a reivindicar melhores condições de trabalho, levando a Teoria dasRelações
Humanas
a fixar a atençãona
qualidade de vidado
trabalhador; e assim por diante.Embora
haja discrepâncias, as teoriasguardam
aspectos positivosem
comum,
como:
objetivosbem
definidos, busca por resultados, preocupaçãocom
melhorias.Em
suma, oque
se observa é
que
semprehouve
a intenção de buscar a prosperidade e o sucessoda
organização.Assim, o estudo
do
gerenciamento das organizações foi e continua sendo lapidado por fatores ambientaiscomo:
guerras, industrialização, mecanização, legislações trabalhistas,automação, globalização, competitividade, consciência ecológica, responsabilidade social,
entre OUÍTOS.
3.2 Estratégias organizacionais
Nesse
contexto de mudanças, Packard(apud
VASCONCELLOS
FILHO
ePAGNONCELLI,
2001, p. 73) reforçaque
“[...]um
grupo de pessoas se reúne e existecomo
instituição, que
chamamos
de empresa, para realizar coletivamente algoque
não seriamcapazes de realizar individualmente”.
Para obter êxito
em
suas atividades é precisoque
aempresa
defina
uma
estratégiaque
denote o
que
ela quer ser,onde
quer chegar e o que deve fazer para chegar lá. _Segundo
Andrews
(apud
TAVARES,
2000, p. 326), estratégia organizacional é a “[...]orientação dos principais objetivos, propósitos
ou
metas e as políticasou
planos essenciaispara conseguir as ditas metas estabelecidas de tal maneira que
definam
em
que classe de negócios aempresa
estáou
quer estar eque
classe deempresa
éou
quer ser”.O
conceito supracitadopode
ser desdobradoem
diversos aspectos que sãofundamentais
na condução
dos negócios. Vasconcellos Filho e Pagnoncelli (2001)afirmam
que a elaboraçãoda
estratégia competitiva deuma
empresa
compreende
a definição'do
negócio,
da
missão,da
visão, dos princípios, dos objetivos eda
análisedo
ambiente.O
negócio deuma
empresa
não é exatamente o seu produto,mas
o beneficioque
elepode
oferecer ao cliente.Em
virtude disso, para definir o negócio, a organização precisaconhecer o seu cliente e identificar quais são as suas 'necessidades e expectativas.
A
missão é a razão de existir deuma
empresa. Ela deve expressar, de maneira concisaorganizacionais.
A
visão, por sua vez, é a explicitaçãodo que
se visualiza e se deseja para o futuroda
organização.A
adoção da
missão e visão claramente definidas ebem
divulgadaspode
auxiliarna
construção de
uma
imagem
positivada empresa no mercado
e, ainda, ser fator de atraçao,motivação e retenção de talentos.
Os
princípios,também
chamados
de filosofia, crençasou
políticas, estão relacionadosà cultura organizacional e aos valores morais e éticos.
São
os balizamentosque
orientam ocomportamento
e os processos decisórios deuma
empresa.Os
objetivos são os resultados que a organização precisa alcançar para concretizar sua missão e sua visão.Uma
vez definidos, os objetivospodem
ser transcritosem
metas quantitativasque
auxiliam o controle e atomada
de decisões.A
análisedo
ambiente consistena
identificação e monitoração permanentes das variáveis intemas e externas que afetam a performanceda
empresa.A
reunião desses elementos vaicompor
o planejamento estratégico, que os autoresconceituam
como
um
processoem
que aempresa
se mobiliza para escolher e construiro
seufiituro.
3.3
Medidas
de
desempenho
Uma
vez definida, a estratégia deverá ser colocadaem
prática, levandoem
consideração a complexidade e o
dinamismo do
ambiente.Segundo
Tavares (2000, p. 330), aimplementação
da
estratégia abrange três dimensões:1. coordenação e integração dos esforços entre as áreas que precisam trabalhar
juntas para implementa-la; a vantagem competitiva sustentável só será conseguida
por meio da concentração e integração do esforço de todas as áreas envolvidas;
2. comprometimento de individuos e grupos para realizá-la; todos os envolvidos
necessitam se comprometer com o que for estabelecido para realizá-la;
3. competência técnica e gerencial para equacionar e resolver problemas e
coordenar a implementação das soluções; a primeira diz respeito ao inventário e
disponibilidade do capital intelectual e dos recursos técnicos e financeiros que
Registre-se ainda que, à
medida que
as variáveis ambientaismudam,
todo o planejamento precisa ser redesenhado, deforma que mantenha
aempresa
competitiva.De
acordocom
Kaplan
eNorton
(1997, p. 21) “o quenão
émedido
não é gerenciado.”Ou
seja, énecessário que a organização desenvolva
um
mecanismo
de controle (feedback), paraque
tenha condições de atualizar suas ações e melhorar seu desempenho.
Tradicionalmente, as empresas
medem
seusdesempenhos
exarninando apenas osindicadores financeiros e contábeis. Entre suas principais preocupações destacam-se: diminuir
custos, gerar lucro, maximizar o retorno sobre o investimento, aumentar a receita
com
vendas.No
entanto, Rodrigues(apud
WERNKE,
2002) ensinaque
osmétodos
de avaliação dedesempenho
empresarial baseados unicamente nos indicadores contábeis e financeiros estãose tornando obsoletos,
uma
vez quemostram
tão-somente os resultados dos investimentos edas atividades,
sem
contemplar os impulsionadores de rentabilidade a longo prazo.Como
se nota, essas medidastêm
se mostrado .insuficientes para medir o sucessoorganizacional, já
que
não apreciam variáveiscomo:
nível de satisfação dos clientes e dos funcionários, eficácia das rotinas e procedimentos internos, grau de aprendizagem organizacional, entre outras.A
grande crítica ao uso exclusivo de indicadores financeiros é que eles retratamapenas os ativos fisicos
da
instituição, ignorando completamente os bens mais valorizadosda
4
BALANCED SCORECARD
(BSC)
4.1
Origem
Observando
essa deficiência dosmétodos
tradicionais, o InstitutoNolan
Norton,unidade de pesquisa
da
KPMG
Management
Consulting, patrocinou,em
1990,um
estudoentre diversas empresas,
com
o objetivo de desenvolverum
método
mais 'completo de mediçao dedesempenho.
David
Norton, principal executivodo
instituto, e Robert Kaplan,renomado
professorda
Harvard' Business School,coordenaram
as pesquisas quederam origem
ao artigo“The
Balanced
Scorecard~
Measures
T
hat Drive Performance”, publicadona
Harvard BusinessReview
em
1992.`
À
medida que
os estudosforam
evoluindo, otema
foiganhando
espaço naspublicações.
Até
que,em
1996,Kaplan
eNorton
lançaram o livro“A
Estratégiaem
Ação:Balanced
Scorecard”.Desde
então, as empresas e os estudiosos estão, cada vez mais,empregando
e aperfeiçoando o método.Segundo Kaplan
eNorton
(1997, p. 284) “as organizações estão adotando oBalanced
Scorecard
porque
eledá
atenção aos resultados financeiros de curto prazomas
também
reconhece o valorda
construção de ativos intangíveis e capacidades competitivas.”4.2
O
Balanced Scorecard
como
sistema gerencialO
Balanced
Scorecard(BSC)
não é apenas maisum
método
de controlena
administração de
uma
empresa.A
técnica é muito mais abrangente: busca reconhecer osvetores
do
sucessonum
horizonte de longo prazo. Diante disso, oBSC
é reconhecidocomo
ó
AraúJo (2003) conceitua o
Balanced
Scorecardcomo
uma
“[...] sistemática que auxiliauma
organização a traduzir sua estratégiaem
objetivos operacionais que direcionam ocomportamento
e a performance.”Em
uma
pesquisa realizada pela Symnetics (2003)com
100 empresas brasileirasem
1999, para detectar os motivos que estão levando as organizações a recorrerem ao
BSC,
constatou-se
que
somente10%
das estratégias são implementadascom
sucesso.A
consultoriachegou
à conclusãoque
as falhasna
implementação das estratégias não são decorrentesda
suaformulação, e sim de quatro barreiras:
a) Barreira
da
visão-
somente5%
dos colaboradoresdo
nível operacionalcompreendem
a estratégia;b) Barreira
das
pessoas-
somente25%
do
nível gerencial possui incentivosassociados ao alcance
da
estratégia;c) Barreira
de
recursos- 60%
das empresas não vinculam recursos financeiros à estratégia;i
d) Barreira
de
gestão-
85%
dos gestoresgastam
menos
do
que
uma
hora pormês
discutindo sobre a estratégia.
Conforme Kaplan
eNorton
(1997), empresas inovadoras utilizam oBSC
paraviabilizar os seguintes processos:
1. Esclarecer e traduzir a visão e a estratégia.
2.
Comunicar
e associar objetivos e medidas estratégicas.3. Planejar, estabelecer metas e alinhar iniciativas estratégicas.
4. Melhorar o
feedback
e o aprendizado estratégico.Dessa
maneira, para dar início ao desenvolvimento deum
BSC
em
uma
empresa, éconsenso sobre que objetivos
devem
ser priorizados paraque
seja possível esclarecer etraduzir a visão e a estratégia
da empresa
em
ações.Uma
vez formulados, os objetivosdevem
sercomunicados
a todos os níveisorganizacionais, a
fim
deque
cada setor seja capaz de delinear metasque
estejam alinhadas à estratégia globalda
empresa.Hamel
e Prahalad (1995, p.150)expõem
um
fatoque
justifica acomunicação
eficienteda
estratégia organizacional:Na
maioria das empresas, os funcionários não compartilham deuma
noção depropósito que esteja acima e além do desempenho imediato da unidade.
Sem
uma
noção de direção que os impulsione, poucos funcionários têm
uma
noção deresponsabilidade para
com
a competitividade.A
maioria das pessoas não dão [sic]aquele “passo a mais” se não souberem para onde estão indo.
O
terceiro passo diz respeitoaoplanejamento
estratégicoda
empresa.Nessa
etapa,geralmente os executivos estabelecem objetivos de longo prazo, envolvendo
um
período detrês a cinco anos.
O
BSC
preconiza que o planejamento deve conter metas de superaçãoambiciosas
como,
por exemplo, dobrar o preço das açõesou
aumentarem
150%
ovolume de
vendas.
Porém,
para alcançar essas metas, é necessário considerar as relações de causa eefeito que
envolvem
as expectativas dos clientes, dos funcionários e a eficácia dos processosintemos. Essas relações serão detalhadas mais adiante.
Além
das medidas de longo prazo, os executivospodem
estabelecermarcos
de curtoprazo que permitirão avaliar se a
empresa
está seguindo dentroda
trajetória planejada.Em
linhas gerais, os autoresafirmam
que
o processo gerencial de planejamento e estabelecimentode metas permite: quantificar resultados pretendidos a longo prazo,
fomecer mecanismos
erecursos para alcançá-los e estabelecer referenciais de curto prazo.
O
quarto processo gerencial viabilizado peloBSC
é considerado porKaplan
eNorton
(1997, p. 16) o mais importante, pois permite aos executivos “[...]
que monitorem
e ajustem aimplementação da estratégia e, se necessário, efetuem
mudanças
fundamentais na própria estratégia.”Esclarecendo o traduzindoa Visão e a Eslrdiégia “ " “ ø Esclarecendoavisao ~ E' ¿ 5 0 Esclarecendo a estratégia N' Feedback e Aprendizado Comuniqando e E9fi'¡Íɶ¢° t
E8ta`be|.e.cend° Vinculações *',.2í“›^"."~:~.¬'.'~. fi. ,'71 _°'. '.^>'
._¬ Ú AÍfiCU|andÕ a Visão
I Comuniícando e educando 5 °°mpa""|ha°a
0 Vinculando recompensas a ; _¿-<;1Í'Í*._.Í`1iÍ_Í:%-~ft›;=ÍÍL»§ ' F°T"9¢e_"d° ÍBGUU-90¡\'
medidas de desempenho 1 Í *`* QSUÊÍÉQICO
' ø Facilitando a revisão e0 aprendizado estratégico Planejamento e __
"
Estabelecimento de Metas ` 0 Estabelecendo metas I Alinhando iniciativas `-2., estratégicas V V. 'V.;;~¿ I Alocando recursos 0 Estabelecendo marcos de referênciaFonte: Adaptado de Kaplan e Norton, 1997, p. 12.
Figura 1: Processos gerenciais viabilizados pelo
Balanced
Scorecard.Analisando a Figura 1, verifica-se que os quatros processos se
complementam
em
um
ciclo.
No
primeiro processo, aempresa
esclarece a estratégia, informandoonde
pretendechegar.
No
segundomomento,
acomunicação
permiteque
todos os níveisda empresa atuem
de
forma
integrada e estratégica. E, porfim,
o planejamentodefine
as metas específicas para oalcance dos resultados.
A
comparação
entre odesempenho
final e as metas iniciahnentetraçadas gera o aprendizado
que
servirá de alicerce para o estabelecimento das novasiniciativas estratégicas,
dando
continuidade a esse ciclo.4.3
Medidas
de
resultado e vetoresde
desempenho
O
termo inglêsBalanced
Scorecard, que significa “cartão de pontuação equilibrado”, caracteriza-se exatamente por propormn
equilibrio entre medidas de resultado e vetores de desempenho.De
acordocom
Kaplan
eNorton
(1997), as medidas de resultadoou
indicadores deocorrência (lagging indicators)
refletem
algoque
já ocorreu, demonstrando as conseqüênciasde decisões passadas. Essas medidas são genéricas e
comuns
a estratégias de muitas empresas.Como
exemplo, citarn-se as métricas financeiras,como:
lucratividade, rentabilidade, retornosobre o patrimônio líquido, entre outras.
Por
outro lado, os vetores dedesempenho
ou
indicadores de tendência (leadingindicators)
abrangem
os fatoresque
impulsionam a estratégia organizacional. Gerahnente sãomedidas específicas inerentes ao contexto
da
empresa.São
exemplos: satisfação dos clientes einvestimento
no
desenvolvimento de colaboradores. Esses vetores representam a base parabons resultados
da empresa no
futuro.As
medidas de resultadosem
os vetores dedesempenho
não expressam deque
maneira os resultados
devem
ser alcançados, ao passo que, os vetores dedesempenho
sem
as medidas de resultado nãoconseguem
revelar se os resultadosforam
realmente atingidos. (_Pessoa (2000, p. 179) enfatiza que do
método
“[...] deve ser vistocomo
ainstrumentação de
uma
estratégia única, envolvendouma
combinação
de medidas deresultado e vetores de desempenho, capaz de levar a
empresa
a grandes realizaçõescompetitivas.” Portanto, os dois tipos de indicadores se
complementam
edevem
serconsiderados de maneira equilibrada
no
momento
de elaboração deum
BSC.
4.4 Perspectivas
do
Balanced Scorecard
Se, por
um
lado, o uso exclusivo dos indicadores financeiros não é saudável aobom
desempenho da
empresa-
conforme
citado anteriormente »- seu totalabandono
também
incorre
em
prejuízos aum
bom
planejamento estratégico.Segundo
Pessoa (2000), alguns críticosafirmam
que
o uso desse tipo de indicadormelhorias
na
qualidade, nos processos ena
satisfação de clientes e funcionários, aempresa
obteria, naturahnente, bons resultados financeiros. Entretanto, a autora constata que,
nem
sempre, as melhorias operacionais se
traduzem
em
lucros.Por
esse motivo, oBalanced
Scorecard defendeque
a análise de indicadoresfinanceiros deve ser mantida, sendo complementada, porém, por novas dimensões.
Por
conseguinte,
Kaplan
eNorton
(1997)agruparam
as diversas variáveis, quedevem compor
um
sistema de
medição
completo,em
quatro grandes perspectivas: financeira,do
cliente, dosprocessos internos e
do
aprendizado e crescimento.4.4.1 Perspectiva financeira
Como
visto anteriormente, oBSC
preserva os indicadores financeiros.Com
adiferença de que, agora, esses indicadores são contextualizados aos objetivos
da
organização.Isto é, o simples fato de se registrar lucro ao final de
um
exercício contábilnão
significa que a
empresa
está obtendo sucesso.É
preciso ter certeza deque
as metas abordadaspelas outras perspectivas
também
estão sendo atingidas.O
BSC
integra a perspectiva financeira às demais dimensões e fomentaum
objetivo muito mais amplo: o de gerar maior riqueza para aempresa
e seus grupos de interesse a longoprazo.
Kaplan
eNorton
(1997)informam que
as empresasdevem
seguir estratégias diferentesem
cadauma
das fases de seu ciclo de vida: crescimento, sustentação e colheita.Na
fase de crescimento, as empresas estão iniciando suas atividades e, por essemotivo,
dispendem
muitos recursosem
altos investimentos.Por
tais razões, pode-se dizerque
o principal objetivo de
uma
empresa
em
crescimento é oaumento do
percentual de vendas eAs
empresasem
fase de sustentaçãoexigem
um
volume
menor
de investimentos, osuficiente para aumentar gradativamente a participação
no mercado
e buscar a melhoriacontínua, por exemplo.
Como
conseqüência, os objetivos financeiros estão mais relacionadosà lucratividade e
podem
ser representados pelas seguintes medidas: retorno sobre o capitalempregado
(returnon
capitalemployed
- ROCE),
valoreconômico
agregado (economicvalue
added-
EVA),
entre outras.Na
fase de colheita, as empresas estãomaduras
e desejam apenas desfrutar das recompensas provenientes dos investimentos feitosno
passado.Os
objetivos são de aumentara geração de caixa e diminuir a necessidade de capital de giro.
Observando
os diferentes objetivos de cada estágio de vida,fica
evidente que, paraestabelecer as medidas financeiras é preciso identificar a fase
em
que
aempresa
se encontra.Cumpre
assinalarque
esses estágios estão constantemente se alternando.É
oque
acontece, por exemplo,
quando
uma
empresa madura
decide expandir seuramo
de atuação,retornando à fase de crescimento.
Nesse
contexto, 'torna-se necessárioacompanhar
e reverperiodicamente as medidas utilizadas.
Os
autoresexpõem,
ainda, três temas financeirosque
norteiam a estratégiaempresarial:
a) Crescimento e
mix
de receita;b)
Redução
de custos/melhoria de produtividade;c) Utilização dos ativos/estratégia de investimento.
A
medida
maiscomum
de crescimento emix
de receita é oaumento
de vendas eparticipação
no
mercado, oque pode
ser conseguidocom:
lançamento denovos
produtosou
novo mix
de produtos, busca de novas aplicações para produtos existentes, conquista denovos
clientes e mercados,
manutenção
de relacionamentos de longo prazo e adoção de novas estratégias de preços.A
estratégia de redução de custos e melhoria de produtividadepode
tercomo
medidas:o
aumento da
receita por colaborador, a redução dos custos por unidade produzida, aotimização dos canais de comunicação
com
clientes e fornecedores, e a redução das despesasoperacionais.
Além
de
aumentar a receita e diminuir custos,uma
outra maneira de melhorar odesempenho
financeiro é adotar estratégias de investimento,que
consistemem
diminuir ociclo de caixa e melhorar a utilização dos ativos.
O
principal objetivo é possibilitarque
osinvestimentos realizados
gerem
maiores retornosem
menor
tempo.4.4.2 Perspectiva dos clientes
Na
perspectiva dos clientes, as empresaspassam
a conhecer os segmentos de clientes emercado
nos quais desejam competir.É
importante destacarque
os clientes são a principalfonte de receitas
da
empresa, oque
demonstra a estreita relação entre a perspectiva oraapresentada e a financeira.
Os
principais resultados ahnejados aquidizem
respeito aoque Kaplan
eNorton
(1997)chamam
de medidas essenciais dos clientes, quais sejam:a) Participação
de
mercado
ede
conta-
reflete a proporção de negócios realizadospela
empresa
num
determinado mercado,ou
ainda, a participaçãona
conta total de negóciosde determinados clientes;
b)
Retenção de
clientes-
controla a intensidadecom
que a organizaçãomantém
relacionamentos contínuos
com
seus clientes;c)
Captação
de
clientes-
consisteem
atrair e conquistarnovos
clientesou novos
negócioscom
os atuais clientes;d) Satisfação
de
clientes-
mede
o
nível de satisfação dos clientes,que
fornecem seufeedback
de maneira espontâneaou
pormeio
de técnicascomo:
pesquisa de opiniãoou
entrevistas;
e)
Lucratividade
de
clientes- nem
sempre
um
cliente-alvo feliz e satisfeitoproporciona lucro à empresa. Essa
medida complementa
as anteriores,uma
vez que permiteidentificar
o
lucro líquido por clienteou
segmento
de clientes, visando concentrar esforçosna
retenção de clientes lucrativos.
Essas métricas essenciais são genéricas e
comuns
a todos os tipos de empresa. Elascorrespondem
às medidas de resultado. Entretanto,além
delas, os autorespropõem
indicadores
que vão além da
essência- como
os vetores dedesempenho
-
eque
oferecemvalor agregado aos clientes.
São
elas: atributos dos produtos e serviços; relacionamentocom
os clientes e
imagem
e reputação.i
Os
atributos dos produtos e serviços estão relacionados à funcionalidade, ao preço e à qualidade. Note-seque
muitos clientes preferemum
produto/serviço básico de baixo preço,enquanto alguns preferem pagar mais por produtos/serviços sofisticados e
com
mais valoragregado.
É
essencial identificar cadaum
desses grupos,no
intuito de poder atenderadequadamente
ambos ou
aquele que proporcionar melhores resultados para a empresa.A
dimensão de relacionamentocom
os clientes envolve todos os elementosque
motivam
a excelênciano
atendimento.Os
autoressugerem que
três aspectosdevem
ser contemplados: pessoal qualificado, acesso conveniente e capacidade de resposta.O
terceiro conjunto de medidasque
fortalecem a proposta de valor diz respeito àimagem
e à reputação, e está relacionado a fatores intangiveisque
atraem os clientes para a empresa.Um
exemplo
típico é odo
clienteque
escolhe determinado produto pela marca, rejeitando produtos similares deboa
qualidade e preços iguais ou, atémesmo,
mais baixos.esta etapa, subestimando a de inovação e a de pós-venda. Ademais,
fixam
indicadores de caráter financeiro,como
custos-padrão, orçamentos e variações.Nesse
contexto, oBSC
propõe
que as medidas utilizadas nos processos de operaçõesestejam
em
congruênciacom
as demais perspectivas, e sugereque
outras complementares-
como,
por exemplo, indicadores relacionados à qualidade e aostempos
de ciclo-
sejamempregadas
de acordocom
as características de cada empresa.Finahnente, o terceiro estágio é o pós-venda,
onde
as empresas oferecem serviços demanutenção
ou
assistência aos clientes. Nestemomento,
é possivel utilizar-se de medidas decusto, qualidade e
tempo
similares àsda
etapa anterior.4.4.4 Perspectiva de aprendizado e crescimento
A
última das perspectivas talvez seja a mais importante, vistoque
representa a basepara as anteriores.
Conforme
Kaplan
eNorton
(1997, p. 131):Os objetivos estabelecidos nas perspectivas financeira, do cliente e dos processos
r
internos revelam onde a empresa deve se destacar para obter
um
desempenhoexcepcional. Os objetivos da perspectiva de aprendizado e crescimento oferecem a
infia-estrutura que possibilita a consecução de objetivos ambiciosos nas outras três
perspectivas.
Nesse
sentido, a quarta dimensão écomposta
por:1. Capacidades dos funcionarios;
2. Capacidades dos sistemas de informação;
3. Motivaçao,
empowerment
e alinhamento.Ao
observar a evolução das teorias administrativas, verificam-se grandes4.4.3 Perspectiva dos processos intemos
A
perspectiva dos processos internos caracteriza-se pela identificação dos processosmais críticos
na
realização dos objetivos dos clientes e acionistas.Nesse
sentido, é possível perceber que essa terceira perspectiva obedece auma
seqüência lógica, isto é, para que seja possível estabelecer os indicadores de performance dos
processos internos, toma-se necessário conhecer o objeto das perspectivas financeira e dos
clientes.
Kaplan
eNorton
(1997, p. 97)recomendam
que
“[...] os executivosdefinam
uma
cadeia de valor completa dos processos internos
que
tenha iniciocom
o processo de inovação[...] prossiga
com
os processos de operações [...] e terminecom
o serviço de pós-venda”,constituindo, então,
um
ciclo que abranja todas as variáveis envolvidas nos processosintemos, representado
na
Figura 2.|NovAÇÂo
UPERAÇÕES
Pos-VENDA
Ídemififialšãfi das
¡dem¡fiCa¡ `
Idealizar oferta Gãfaf
/_ Emregar produtos;
5e,¬,,¡ç05 Satisfação das
necessidades de py0dum$¡ pro ulos _ _ necessmades
dos cuentas 0 mercado Serviços Semços prestar servrços aos clrentes dos clientes
Fonte: Adaptado de Kaplan e Norton, 1997, p. 110.
Figura 2: Cadeia de valores dos processos internos
Assim, ao identificar
uma
nova
necessidade dos clientes, aempresa
precisa identificaro
mercado
e criar osnovos
produtosou
serviços, oque
constitui a fase de inovação.Tradicionalmente, segundo os autores, não se atribuía o devido valor à área de pesquisa e
desenvolvimento.
No
entanto, cada vez mais as empresas estão reconhecendoque
osprocessos de inovação são responsáveis pela criação de vantagens competitivas.
A
fase de operações consiste basicamenteem
gerar e oferecer os produtosou
serviçoscompetitividade, globalização, elaboração de novas práticas de gestão, entre tantas outras
que
modificaram
o cotidiano das organizações ao longodo
século )Q(.Nesse
ínterim, cada vez mais os funcionáriosdeixam
de executar tarefas operacionaise repetitivas e
passam
adesempenhar
atividades intelectuais e criativas.Kaplan (apud
REINCKE
eCAJARAVILLE,
1998, p. 120) reconhece essamudança
aoafirmar
que “[...] a fonte de conhecimento e aprendizado são os fimcionáriosda
empresa”.Sendo
assim, acategoria de capacidades dos funcionários apóia-se
em
três medidas essenciais:a) Satisfação
dos
funcionários-
funcionários satisfeitos ecomprometidos
com
aestratégia organizacional
tendem
a buscar a melhoria contínuaem
tudo 0que
fazem.A
partirdaí, os processos são aperfeiçoados, a qualidade aumenta, os
tempos
de respostas sãomenores,
enfim,
tudo contribui para a satisfação dos clientes e, conseqüentemente, para oaumento do
retorno financeiro;b)
Retenção dos
funcionários-
as empresasque
valorizam seus colaboradorescostumam
investirno
seu desenvolvimento e esperam,em
troca, a criaçãodo
conhecimento a longo prazo. Funcionários quedetêm
informações valiosas de semostram
determinados a sedesenvolver cada vez mais, justificam os esforços pela
manutenção
dos talentos.Uma
medida
usual de retenção é o percentual de rotatividade;
c)
Produtividade dos
funcionários-
essas medidas visam estabelecerem
que
proporção o
aumento da
satisfação e o desenvolvimento das habilidades e competências dosfuncionários
provocam
a melhoria dos processos internos.Um
exemplo
comum
demedida
deprodutividade é a receita por funcionário.
A
segunda subdivisãoda
perspectiva de aprendizado e crescimento trata dascapacidades dos sistemas de informação. Desse
modo, Kaplan
eNorton
(1997)defendem
que,informações minuciosas e reais
que
ospermitam desempenhar
com
excelência suasatividades.
Posto isso, a terceira categoria
-
motivação,empowermet
e alinhamento-
pode
serrepresentada, segundo os autores, por:
a)
Medidas
de sugestões apresentadas pelos funcionários e efetivamenteimplementadas;
b)
Medidas
de melhoria;c)
Medidas
de alinhamento individual e organizacional; ed)
Medidas do desempenho
de equipe.4.5 Relações
de causa
e efeitoApós
conhecer as perspectivasdo
BSC
é possível observar oencadeamento
que existe entre elas.Ao
considerarque
o resultado financeiro é o objetivo final de Luna organização,deve-se apreciar os fatores que
tomaram
tal resultado possível.Outrossim,
Kaplan
eNorton
(1997)expuseram
um
exemplo
bem
prático de relaçõesde causa e efeito entre as perspectivas,
conforme
representadona
Figura 3:`
a) Para atingir
um
retorno financeiro; aquidenominado
Retorno sobre o CapitalEmpregado
-
ROCE,
é precisoque
hajaum
aumento
nas vendas, atravésda
conquista denovos
clientesou
do aumento do volume
de negócioscom
os clientes atuais;b) Para aumentar as vendas, é preciso satisfazer,
ou
mesmo
encantar, os clientes.No
exemplo
citado, a pontualidade é fator crítico para a conquistada
lealdadedo
cliente;c)` Para que a pontualidade nas entregas seja possivel, é preciso
que
hajauma
melhoriana
área de produção, deforma
que hajauma
otimização nos ciclos dos processos e tuna buscaid) Para conseguir a otimização dos processos, és indispensável que os funcionários
estejam
bem
capacitados e aptos' a desenvolver projetosque
viabilizem as melhoriasahnejadas. V H Y-. V '
DO CUENTE
' "r fl z› w- ¬z--.-' ¬z».f^\ ,- ~.J ‹z;v ,z,, 'z-* ~~ .'~¬ ¬. V a|,da§le.ro›sg¿@||enfg¿e;séâzi «~ = × r;P;"¬~§mfê;z~z'~' '¬«"*~`»'¡*'<~*›âz¿;;‹ ~>ú¬;~@ izäfi êna¡i~dadeââQosââ Y ';.^<«J~ê~=1*e1.¬* 'z›'‹›;1i›~_>¬\¢fv<',\:<“‹,=5‹'r›';<:=zs;*›*-›«,‹ *á=^r1é.=~fg‹-'fé' 3zr=-s~'›>»w«à:ft~,§1=››;«ê- ã"›ê?›ó“*wâ:.‹ ~¿ê\z*zà I i ¬ :¡¿2\`_¿\_}z;\¿¡::.'›»-: ¿~,.,~›¬ ls ..- te ›. Í-,«¬f,‹\,.¢1z‹` rg líšl .__ Y__. ›_ _ _, _: r, :MTADO
APRENDIZADO
E.
l ` › :,¢f»\%;~z1~z... ‹.t ¬ ,.,, .. W-.=..f,Fonte: Adaptado de Kaplan e Norton, 1997,p. 31.
Figura 3: Relações de causa e efeito entre as perspectivas V
De
acordocom
Hernandes,Cruz
e” Falcão (2000) a perspectivado
aprendizado ecrescimento
aumenta
ou nível agregado' de conhecimentonasdemais
perspectivas, visando,em
última instância, melhores resultados financeiros. V
Logo,
constata-se queos
resultados esperados pela organizaçãodependem,
essencialmente,
do
desenvolvimentodo
capitalhumano
e, conseqüentemente,da
criaçãodo
conhecimento
na
empresa.4.6
Criação de
um
Balanced
Scorecard
A
construção deum
Balanced
Scorecard,bem como
a elaboração dos seusindicadores, está diretamente relacionada à estratégia. Portanto, varia de acordo
com
oramo
de atividade,
com
o mercado-alvo,com
a cultura organizacional ecom
diversas outrasvariáveis intemas e externas à organização.
Sendo
assim, cadaempresa
deve criarum
BSC
único e
adequado
ao seu contexto.Entretanto,
Kaplan
eNorton
(1997)sugerem
um
roteiro quepode
servir de base paraodesenvolvimento de
um
BSC. Os
autoresrecomendam
a designação deum
“arquiteto”,que
deve ser a pessoa,ou
mesmo
a equipe, responsável pela administração e facilitaçãodo
processo.
O
arquitetopode
serum
executivoda empresa
ou
um
consultor externo.Não
obstante, é fundamental o apoio e a participação ativa
da
alta administração.'^ i :›.. f z .:;>¿3š›Sfi.êià- i '-=;.«-¬-.»›_z~z' ."f>›'f.¿:'i;`£~ "“ : * * ' ` ¬' ¬f‹%=2;- =>1,-z'.'*."é¢,«.2?#~'à,'#ifii ,z.'z.i ii i ` `.‹›”~:.,:i.r-. E I ` . .~'è›`. -5/'~ `*=..."".\' '-×.ri'›.~.í--z".?fz@ä›:f- . V l =“fff'“~z›=*í›\'*¬.z1l.z'-'zl54;-;êšé,›â%ʧ>:Ê%%~-›.Ímf ., .. ,,. _ , .'›* -=`,^,¬,›, - A
,z z '_ :.; fz.: _ __ , . ., -,zm a.9,»:_'.:,›;: V ,-¬.;- *.›'z_'¿ z*_'~;-r\,"§àzz.í zi›,_ z ; iz›×;-_.›'z.›z',z,@,››,‹;;,\-\ ¬ .- _ . ~,‹›z_ . › .
.._,;_:f..‹.,:$=w;,‹r‹z-_:¡; _. yr 1,v._¬_- ~_-f.~~_ -__,;_. -. _,
_.-,¡.¿¿..~‹¿. .- _ ;‹ . ;,z _. ;, .V - ,_-.z;›~¿.\‹.¿_›_.. ~--__,.;‹_ ¿_;. zz-._ ›- -z-z. . , ‹› ,:.»-, -gil _ _ z_ .- . _ , . _- rf,-. -
3. _, _z_z ;._¿,._à,¿__‹_: »._ ~ ›_;._z,; ,zz.
1.
Selecionar
a unidade
organizacionaladequada
Definiçao
da
arquitetura
de
¡nd¡cad°res
2. identificarorganização
as
relações
entrea unidade
e
a
3. Realizar
a
primeira sériede
entrevistasConsenso
em
funçao
dos
4
~_ _ _ _ .
Sessao de
sínteseobjetivos estrategicos
_ _ _5. Primeiro
Workshop
executivoEscolha
e
elaboração
dos
6'Reuniões
dos sub9rup°s
indicadores
7.Segundo
workshop
executivo8.
Desenvolver
o plano
de
implementação
E|ab_°'a9ã°
`d°P|Ê"°
de
9. Terceiroworkshop
executivoimplementaçao
_ _ _ _10. Finalizar
o
plano
de
implementaçao
Fonte: Adaptado de Kaplan e Norton, 1997, p. 314.
Figura 4: Processo de construção de
um
Balanced
Scorecard.Definidos
os participantes, o principal desafio é traduzir opiniões subjetivas sobre asestratégias
em
objetivos explícitos e mensuráveis.As
etapasda
construçãodo
BSC
podem
ser divididasem
quatro partes-
definiçãoda
arquitetura de indicadores, consensoem
função dosobjetivos estratégicos, escolha e elaboração dos indicadores e elaboração
do
plano de implementação-
representadasna
Figura 4.4.6.1
Definição da
arquitetura de indicadoresO
primeiro passo é definir se o scorecard será implantadona
organizaçãocomo
um
\
todo
ou
apenasem
determinada unidade.A
primeira alternativa é a ideal,uma
vezque
asestratégias são globais e definidas de
cima
para baixo.Contudo,
Kaplan
eNorton
(1997)recomendam
que, se houver dificuldadeem
implantar
em
toda aempresa
- como
no
caso de grandes conglomerados multinacionais, oBSC
pode
ser desenvolvido inicialmenteem
uma
unidade estratégica de negócios que possuaestratégia e objetivos próprios.
Seguidamente, o arquiteto deve identificar, por
meio
de entrevistas aos principaisexecutivos, as relações entre a unidade escolhida e as demais.
4.6.2
Consenso
em
fiinção dos objetivos estratégicosA
terceira tarefa consisteem
apresentaruma
explanação básica sobre a filosofiado
Balanced
Scorecard aos altos executivosda
empresa,no
intuito de obter informaçõespreliminares a respeito dos principais objetivos estratégicos.
i
Os
arquitetosdevem
sintetizar as informações obtidas.O
resultado dessa etapa, segundoKaplan
eNorton
(1997, p. 318) “[...] deve seruma
lista euma
classificação de objetivos nas quatro perspectivas.”Essa lista deve ser submetida a urna reunião,