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IDENTIFICAÇÃO DE FATORES CRÍTICOS QUE INFLUENCIAM O DESEMPENHO DE PROJETOS DE MELHORIA CONTÍNUA.

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Academic year: 2021

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(5) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. 1. Introdução O mercado de trabalho, em muitos de seus segmentos, se encontra cada vez mais competitivo e exigente, forçando as empresas a estarem constantemente atentas aos desempenhos de seus processos, qualidade de seus produtos, satisfação e anseio de seus clientes. Esse é um dos motivos pelo qual a expressão “melhoria contínua” (MC) vem se tornando cada vez mais popular nos últimos anos, e é associado a uma variedade de desenvolvimentos organizacionais que visam contribuir diretamente para o sucesso das companhias (CAFFYN, 1999). A execução de uma estratégia para MC é essencial para a organização conseguir a flexibilidade, capacidade de reação e a habilidade de adaptar-se rapidamente às mudanças dentro de seu ambiente (KAYE; ANDERSON, 1999). As organizações em geral têm reconhecido o potencial das técnicas de MC no desempenho dos processos (VALENTINA, 1998). Porém o conhecimento teórico nem sempre reflete o sucesso desejado na prática. Muitas ferramentas e técnicas são desenvolvidas para suportar a inovação incremental, no entanto a dificuldade se encontra dentro da aplicação consistente (LEEDE; LOOISE, 1999). O sucesso é obtido quando se concentra o esforço de melhoria em ferramentas e metodologias que se tornem hábitos. Durante a condução de projetos de MC, existem determinados fatores, denominados fatores críticos, relacionados ao risco para o sucesso, que se acompanhados e devidamente atacados, em tempo hábil, podem ser capazes de impedir o surgimento de problemas ou minimizar o efeito deles (Figura 1). Observa-se a relevância do acompanhamento constante do processo visando analisar e diagnosticar as atividades de tal forma a identificar suas fraquezas, efetuar correções nos modelos; e propor mudança nos métodos e ferramentas aplicadas (WU; CHEN, 2005). Dessa forma, o artigo tem por objetivo apresentar a identificação na literatura científica dos fatores críticos para o sucesso de projetos de MC e discutir a influência desses fatores nos projetos desenvolvidos pelas equipes de MC.. Figura 1 - Relevância do fator crítico na condução de projetos de melhoria contínua. 2. Esforços para melhoria contínua A MC vem sendo conceituada por diversos autores, em tempos e aplicações distintas, como expressão referente à: filosofia (IMAI, 1994); processo (BESSANT et al. 1999); habilidade (CAFFYN, 1999); estratégia organizacional (TERZIOVSKI; SOHAL, 1999); atividade (DAVISON et al., 2005); método (WU; CHEN, 2005); e cultura (BHUIYAN; BAGHEL 2005), conforme Quadro1.. 2.

(6) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. AUTORES. ÊNFASE MC. IMAI (1994). Filosofia. BESSANT (1999). Processo. CAFFYN (1999). Habilidade. TERZIOVSKI & SOHAL (1999). Estratégia. DAVIDSON et al. (2005). Atividade. WU & (2005). Forma. CHEN. BHUIYAN & BAGHEL (2005). Cultura. DEFINIÇÃO A essência do KAIZEN é simples e direta: KAIZEN significa melhoramento. Mais ainda, KAIZEN significa continuo melhoramento, envolvendo todos, inclusive gerentes e operários. A filosofia KAIZEN afirma que nosso modo de vida – seja no trabalho, na sociedade ou em casa – merece ser constantemente melhorado. Melhoria contínua: amplo processo focado e sustentado pela inovação incremental e contínua. A competência em melhoria contínua é a habilidade de uma organização em conseguir vantagem estratégica estendendo a participação na inovação a uma proporção significativa de seus membros Kaizen é dirigida para a melhoria contínua com foco no cliente. Conseqüentemente, supõe-se que as atividades de kaizen deverão atuar aumentando a satisfação do cliente. Melhoria contínua é uma atividade dentro de um negócio visando melhorar a competitividade com a redução de custo de fabricação e tempo de produção, melhorando assim a qualidade e a produtividade. A aplicação da melhoria contínua é a melhor para se conduzir efetivamente com atividades inovadoras, uma grande companhia, proporcionando a ela maior competitividade. Melhoria contínua é uma cultura da melhoria sustentada que alveja a eliminação do desperdício em todos os sistemas e processos de uma organização.. Quadro 1 – Conceituação da MC. Tais ênfases da MC remetem aos níveis organizacionais: operacional, tático e estrutural, nos quais esta pode se manifestar, respectivamente, como: técnica, recurso e cultura, conforme Figura 2.. 3.

(7) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. Figura 2 – Ênfase da melhoria contínua nos níveis organizacionais. ‰. Embora a MC seja enfatizada de diferentes modos, é possível identificar três princípios básicos da melhoria contínua:. ‰. Foco no cliente: o objetivo de todo o trabalho e de todos os esforços da organização em fazer melhoria contínua é servir melhor os clientes. A organização deve saber sempre como vai o desempenho dos seus produtos/serviços aos olhos dos clientes, por meio de medições e feedback. Os clientes mais importantes são os externos, porém os clientes internos devem também ser bem servidos, para que os externos possam ser satisfeitos;. ‰. Compreensão do processo: é essencial compreender os fatores que determinam o desempenho e os resultados de qualquer processo. Isto significa intensa focalização no projeto e controle das entradas, no trabalho em conjunto com os fornecedores e na compreensão do fluxo do processo para eliminar gargalos e reduzir desperdícios; Comprometimento de todos os empregados com a qualidade: todos na organização devem executar sua parte em favor da qualidade. As pessoas são a fonte de idéias e de inovação; sua perícia, experiência, conhecimento e cooperação têm de ser coordenados para se ter de implementar essas idéias. Os esforços para MC implicam no uso de ferramentas de resolução de problemas nos processos de trabalho, cujo objetivo é alcançar novos patamares de eficiência do processo, sem comprometer a eficácia. Envolvem, portanto: (1) ligação da organização com o meio ambiente por meio do estabelecimento sistemas de informações entre clientes, fornecedores e competidores; (2) existência do controle de processo e da garantia da qualidade (ATKINSON, 1994). A sustentação da MC envolve o estabelecimento de uma estrutura para a qualidade com a finalidade de estimular comunicações laterais entre as áreas; bem como a mudança de foco de um processo dirigido por controles externos para um processo em que o controle está embutido na cultura da organização e é dirigido por esta (VALENTINA, 1998). 3. Fatores Críticos para projetos de melhoria contínua Denomina-se fator crítico aquele que influencia para o sucesso do resultado final dos projetos de MC. Foram destacados por esse trabalho os seguintes fatores críticos que podem influenciar no desempenho de projetos de MC: (1) Liderança; (2) Motivação; (3) características da equipe e treinamento; (4) Foco e (5) Disponibilidade, apresentados no Quadro 2. FATORES CRÍTICOS. LIDERANÇA Apoio Postura. AUTORES ATKINSON (1994) PERRY (1995). X. MOTIVAÇÃO Incentivo à participação Divulgação de resultados. CARACTERÍSTICAS DA EQUIPE. X. X. X. X. FOCO Metas. DISPONIBILIDADE. TREINAMENTO. X. 4.

(8) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. CHOI et al. (1997). X. X. X. X. WEBSTER (1999). X. X. HYLAND et al. (2000). X. X. BESSANT et al. (2000). X. LEEDE LOISE (1999). X. &. et. al.. X. X. X. X. JABNOUN (2001) JAGER (2003). X. X. X. X. MESQUITA & ALLIPRANDINI (2003) ZEFERINO & SANCHES (2003). X X. LEE (2004). X. DAVISON et al. (2005). X. X. X. Quadro 2 – Fatores críticos para projetos de melhoria contínua. 3.1. Liderança Segundo Atkinson (1994), o compromisso da gerência é o primeiro ingrediente requerido para implementação de um programa de MC. Hyland et al. (2000) ressalta que o papel da gerência vai além de simplesmente uma comunicação. Planejar um processo eficaz para a mudança, organizar e dirigir o esforço, monitorar o progresso de encontro aos resultados e assegurar de que estes ocorram conforme o planejado são e devem ser atribuições da liderança. O que vem ao encontro ao comprometimento e dedicação, lembrado por Bessant et al. (2000), no que se refere à quantidade de esforço da gerência em aplicar e manter os testes padrões de avaliação do comportamento da MC.. ‰. Outro quesito importante é o nível de envolvimento da organização. Conforme Webster (1999), esse envolvimento deve se dar do primeiro ao último patamar da pirâmide organizacional. Segundo Leede e Looise (1999), o processo de envolvimento pode ser influenciado pelos estilos de liderança, enumerados por Choi et al. (1997):. ‰. Apático, indiferente: permite a tentativa de implantação da MC, mas não oferece quase nenhuma atenção ao processo.. ‰. Espectador: apenas observa. Interessa-se, mas não se envolve. Está interessado nos resultados. Dominador: suporta e apóia as mudanças, mas acaba por impor como deve ser o novo processo. Pode promover assim o desestímulo e falta de entusiasmo.. 5.

(9) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m. ‰. Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. Apoiador: é interessado na implantação da MC. Promove a autonomia do colaborador para atuar na implementação do conceito. Este último estilo é ressaltado por Jager et al. (2003), que cita que o importante para se atingir a meta de implementação da MC é o apoio, e não a pressão. 3.2. Motivação Davison et al. (2005) citam a manutenção da motivação, o incentivo à participação e responsabilidade como características importantes da liderança. Leede e Looise (1999) descrevem que a chave para o sucesso parece ser a o envolvimento e a participação dos empregados diretamente ligados às atividades onde será aplicada a MC. Perry (1995) lembra a existência dos facilitadores e como é importante a habilidade de liderança e de motivação destes para com as equipes. Webster (1999) ressalta a manutenção da motivação inicial por todo tempo, mesmo após alcançar os primeiros resultados. Cita que a comparação com outras áreas da empresa ou mesmo outras fábricas, que aplicaram a MC, pode ser uma maneira de estimular à participação e promover a motivação. Jager et al. (2003) destacam que deve existir demanda por todos em alcançar as melhorias e Lee (2004) lembra a importância da identificação de todos os funcionários como ponto positivo para o engajamento. Atkinson (1994) destaca que o ato de criar em cada participante o sentimento de vencedor ajuda para a motivação e Hyland et al. (2000) realça como é importante a sustentação da motivação para o alcance das melhorias. Por fim, Jabnoun (2001) lembra outras características como o respeito e empatia como valores que favorecem para que o grupo assuma a responsabilidade e tenha motivação para as melhorias. Nesse ponto, o respeito e a empatia da liderança é fundamental, assim como a humildade, abertura, confiança e cooperação favorecem para que os grupos percebam e concordem com a necessidade de melhorar continuamente (JABNOUN, 2001). Andrew (1996) observou que iniciar uma cultura de mudança de processos e quebra de paradigmas pode significar criar a consciência e a compreensão, fornecer a esperança através de uma visão e reconhecimento, alinhar povos pelo desejo e pelo incentivo, comunicando-se de uma maneira que estimule o progresso e realce a potencialidade. Uma forma de se fazer essa comunicação é através da divulgação de resultados. Conforme Webster (1999), a apresentação dos resultados, além de servir como uma forma de acompanhamento, funciona como um fator de motivação pois são atitudes que demonstram visibilidade e reconhecimento do trabalho das equipes no processo de implantação da MC. Antes de iniciar o trabalho, é importante ter a identificação de todos da equipe com o objetivo do projeto (CHOI et al., 1997). Deve-se conseguir o entendimento e concordância para com a melhoria a ser feita. Para isso pode-se usar uma terminologia comum e de fácil entendimento (JAGER et al., 2003). Deve-se também obter a aceitação de todos para as mudanças que estarão por vir com a implantação da MC. 3.3. Características da equipe e treinamento Em relação às equipes que desenvolvem projetos de MC, podem ser destacados cinco aspectos: líder da equipe; composição da equipe; existência de um facilitador; existência de um grupo externo coordenando e apoiando as equipes; foco de atuação da equipe. A escolha do líder deve ser de tal maneira que não seja influenciada pelo cargo da pessoa na companhia. Conforme Choi et al. (1997), lideres devem ser aqueles mais envolvidos e com melhor perfil, independente de sua posição formal na empresa. A composição da equipe é citada por Davison et al. (2005) como outro quesito importante, tendo em vista que serão as. 6.

(10) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. pessoas responsáveis por fazer acontecer, por conseguir as melhorias e a implantação do conceito. Para contribuir com a equipe, Perry (1995) lembra da figura do facilitador. Segundo ele, o papel do facilitador é fundamental para o sucesso de projetos de implantação da MC. A habilidade, conduta e bom relacionamento interpessoal dos facilitadores determinam em grande parte a eficácia do processo. Afinal, MC seria fácil se não houvesse a necessidade do envolvimento das pessoas. Webster (1999) cita a importância da existência de um grupo, externos às equipes, coordenando, acompanhando e orientando para o sucesso da implantação de projetos MC. Atkinson (1994) ressalta que se deve tomar cuidado com a escolha do modo de implementação da MC, quanto ao uso de equipes com foco local, e equipes com foco em vários e diferentes departamentos da empresa. A segunda opção deve exigir mais dos envolvidos. Jager et al. (2003) cita que é fundamental ter equipes capazes, ou seja, treinadas nas ferramentas, técnicas e procedimentos. Para Webster (1999), é importante que esse treinamento seja direcionado à natureza da implantação da MC e ao nível de cada equipe, com o uso de uma linguagem fácil e adequada ao entendimento dos componentes. Atkinson (1994) acrescenta que o treinamento deve ser feito em todos os níveis e focado também no desenvolvimento de atitude, que é um fator determinante para o sucesso na implementação da técnica da MC. O uso adequado de técnicas e ferramentas, no que diz respeito identificar onde, quando e como aplicar, é citado por Webster (1999) e Perry (1995). Davison et al. (2005) lembra que a identificação de habilidades e fraquezas individuais pode ser importante para a adequação ao uso da ferramenta. Jager et al. (2003) cita a importância do constante suporte à utilização das ferramentas e o apoio e liberdade para possíveis sugestões e mudanças. 3.4. Foco Conforme Webster (1999), o estabelecimento de metas é fundamental, pois é a alavanca para o movimento das equipes. Para Atkinson (1994), esta ação deve ser feita de uma maneira ampla, ou seja, além de olhar para dentro do processo em estudo, focar também em metas em relação a outros departamentos e empresas. Porém, Zeferino e Sanches (2003) alertam para o cuidado com a quantidade de metas e o tempo de alcance, em relação ao cronograma do projeto. Davison et al. (2005) ressalta a importância da identificação das áreas para melhoria, identificação das atividades ineficientes no processo e a correta identificação das ações a serem tomadas. Mesquita e Alliprandini (2003) também citam a importância da correta identificação de onde se deve aplicar a prática da MC. 3.5. Disponibilidade Conforme Webster (1999) deve-se ter o apoio de todos os envolvidos e afetados, referindo-se às pessoas, áreas e níveis da organização. Isso é importante, pois segundo Choi et al. (1997), pode existir um dilema entre o tempo a ser dedicado à produção e à atividade de melhoria contínua. A disponibilidade destaca que isoladamente os esforços para alcançar o comprometimento dos envolvidos pode não conduzir ao sucesso dos projetos de MC, apontando para a necessidade de planejamento visando, durante as atividades normais do cotidiano, tempo para dedicação às atividades de MC. 4. Considerações Finais. 7.

(11) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. Segundo Campos (2004), a sobrevivência organizacional depende da implantação de projetos de MC, para elevar os níveis de desempenho. Porém, o simples fato de implantar ou tentar sua implantação pode não significar que as condições de competitividade das organizações se tornarão melhores. Para que não ocorra esse paradoxo da MC, o qual expressa o risco que tal prática pode conduzir a resultados indesejados, por conseguinte, a organização a uma situação inferior a que aquela onde se encontrava, verifica-se a necessidade do processo ser bem estruturado. Nesse sentido, as equipes de projetos de melhoria contínua exercem papel fundamental. Cabe a essas analisar o processo como um todo, enfocar problemas há muito existentes na organização e minimizar atividades que não agregam valor, como gargalos, redundâncias e atividades desnecessárias (VALENTINA, 1998). Monitorar o processo, diagnosticar sintomas de problemas e agir com ações corretivas é importante e muitas vezes necessário. Porém agir de uma maneira pró-ativa, procurando evitar ou antecipar essas atitudes pode ser bastante vantajoso. Minimiza o risco do insucesso, da interrupção no processo e desvio de recursos para ações. Por isso, a procura pela identificação antecipada dos possíveis fatores críticos, seguida de uma atuação e monitoramento dos mesmos ganha relevância e justificativa de se fazer. Referências ANDREW, C.G. The people ware paradigm. Hospital Material Management Quarterly. v.18, n.1, p. 47-60, 1996. ATKINSON, C. Continuous improvement: the ingredients of change. International Journal of Contemporary Hospitality Management v.6, n.1/2, p. 6-8, 1994. BESSANT, J., CAFFYN, S. & GALLAGHER, M. An evolucionary model of continous improvement behaviour. Technovation. v.21, p.67-77, 2001. BESSANT, J. & FRANCIS, D. Developing strategic continuous improvement capability. International Journal of Operations & Production Management. v.19, n.11, p. 1106-1119, 1999. BHUIVAN, N. & BAGHEL, A. An overview of continuous improvement: from the past to the present. Management Decision Journal. v.43, n.5, p. 761-771, 2005. CAFFYN, S. Development of a continuous improvement self-assessment tool. International Journal of Operations & Production Management. v.19, n.11, p. 1138-1153, 1999. CAMPOS, V. F. TQC: Controle da qualidade total. 8.ed. Belo Horizonte, 2004. CHOI, T.V.; RUNGTUSANATHAM, M. & KIM, J-S. Continuous Improvement on the Shop Floor: Lessons from Small to Midsize Firms. Business Horizons, 1997. DAVISON, S.; GORDON, J.L. & ROBISON, J.A. Studying continuous improvement from a knowledge perspective. Knowledge-Based Systems v.18, p.197-206, 2005. HYLAND, P.; MELLOR, R.; O`MARA, E. & KONDEPUDI, R. A comparison of Australian firms and their use of continuous improvement tools. The TQM Magazine. v.12, n.2, p. 117-124, 2000. IMAI, M. Kaizen: a estratégia para o sucesso competitivo. 5.ed. São Paulo: IMAM, 1994. JABNOUN, N. Values underlying continuous improvement. The TQM Magazine. v.13, n.6, p. 381-387, 2001. JARGER, B; MINNIE, C.; JAGER, J; WELGEMOED, M.; BESSANT, J. & FRANCIS, D. Enabling continuous improvement: a case study of implementation. Journal of Manufacturing Techonology Management. v.15, n.4, p. 315-324, 2004. KAYE, M. & ANDERSON, R. Continuous improvement: the ten essential criteria. International Journal of Quality & Reliability Management v.16, n.5, p. 485-506, 1999.. 8.

(12) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. LEE, H.J. The role of competence-based trust and organizational identification in continuous improvement. Journal of Managerial Psychology. v.19, n.6, p. 623-639, 2004. LEEDE, J. & LOOISE, J.K. Continuous improvement and the mini-company concept. International Journal of Operations & Production Management. v.19, n.11, p. 1188-1202, 1999. MESQUITA, M. & ALLIPRANDINI, D. H. Competências essenciais para melhoria contínua da produção: estudo de caso em empresas da indústria de autopeças. Gestão & Produção. v.10, n.1, p.17-33, 2003. PERRY, L. Effective facilitators – a key element in successful continuous improvement processes. Training for Quality. v.3, n.4, p. 9-14, 1995. TERZIOVSKI, M.; & SOHAL, A.S. The adoption of continuous improvement and innovation strategies in Australian manufacturing firms. Technovation. v.20, p.539-550, 2000. VALENTINA, L. V. O. D. Desenvolvimento de um modelo integrado de reengenharia de processos com melhoria contínua para o redesenho de processos. 1998. 225 f. Doutorado (Tese) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1998. WEBSTER, A. Continuous improvement improved. Work Study. v.48, n.4, p. 142-146, 1999. WU, C.W. & CHEN, C.L. An integrated structural model toward successful continuous improvement activity. Technovation. v.26, p.697-707, 2006. ZEFERINO, M. S. & SILVA, C.E.S. A experiência da implantação de times da qualidade em uma indústria eletrônica. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 23, 2003. Anais: Ouro Preto, 2003.. 9.

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