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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Boa Fé Objetiva e Função Social do Contrato

Jackeline Nogueira de Mello

Orientador

Prof. Dr. Francis Rajzman

Rio de Janeiro 2012

(2)

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Boa Fé Objetiva e Função Social do Contrato

Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Direito Privado e Civil.

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais e irmã, por todo o apoio ao longo dos anos, pela presença em todos os momentos de conquistas e perdas, possibilitando o alcance de todos os meus ideais.

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DEDICATÓRIA

A minha família, amigos e professores que, de alguma forma, me ajudaram na conclusão de mais essa etapa.

(5)

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo fazer uma breve análise sobre a constitucionalização do direito civil, especialmente no campo do direito contratual, analisando-se os princípios da função social do contrato e da boa fé objetiva e a eficácia dos direitos fundamentais nas relações contratuais na visão da doutrina e da jurisprudência.

Analisar-se-á as transformações que vem ocorrendo na aplicação dos institutos jurídicos, especificamente no ramo do direito contratual, no que se refere a observância do texto constitucional, no qual passou-se a priorizar a dignidade da pessoa humana ao invés do patrimônio, como ocorria durante a vigência do Código Civil de 1916.

Hodiernamente a dignidade da pessoa humana, como fundamento da República Federativa do Brasil (Constituição da República, art. 1º, inciso III1), é vista como o objeto das normas de direito privado, passando-se por processo denominado de Constitucionalização do Direito Civil.

Assim, no presente trabalho objetivamos demonstrar, brevemente, a influência da constitucionalização do direito civil no ramo dos contratos, onde passou-se a relativizar-se a autonomia da vontade prevista no Código Civil de 1916 em prol da observância da função social do contrato e da boa fé objetiva.

1

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

I - a soberania; II - a cidadania;

III - a dignidade da pessoa humana;

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa V - o pluralismo político.

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METODOLOGIA

Na elaboração do presente trabalho, inicialmente, realizaram-se pesquisas na Internet na busca de artigos que abordassem o tema proposto.

Posteriormente, após a leitura inicial dos mesmos, foram realizadas consultas a livros que discorrem sobre a constitucionalização do direito civil, com destaque para o direito contratual.

Insta salientar que nestas consultas foram visitadas as bibliotecas da Universidade Candido Mendes, da EMERJ e do Tribunal de Justiçado Estado do Rio de Janeiro.

In fine, novas pesquisas na Internet foram realizadas com intuito de

suprir as lacunas existentes sobre o tema a que este trabalho se propôs a desenvolver, ou seja, a função social do contrato.

(7)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I – Constitucionalização do Direito Civil 10

CAPÍTULO II – Função Social do Contrato 14

CAPÍTULO III – Boa fé objetiva 19

CAPÍTULO IV – Posicionamento jurisprudencial 26

CONCLUSÃO 31

BIBLIOGRAFIA 32

ÍNDICE 33

(8)

INTRODUÇÃO

O direito civil, assim como os demais ramos do direito privado, vem passando por fortes transformações no que se refere à aplicação de suas normas ao caso concreto decorrentes da maior influência do texto constitucional.

O direito civil contemporâneo dissociou-se do entendimento existente enquanto vigente o Código Civil de 1916, o qual tinha o patrimônio como objeto e, portanto, todas as suas normas tinham por fim defender tal bem jurídico.

Atualmente, contudo, a dignidade da pessoa humana, como fundamento da República Federativa do Brasil (Constituição da República, art. 1º, inciso III2), é vista como o objeto das normas de direito privado, passando-se por processo denominado de Constitucionalização do Direito Civil.

Assim, todas as normas de direito civil devem ser interpretadas e aplicadas ao caso concreto visando garantir a dignidade da pessoa humana, além das demais garantias fundamentais previstas na Constituição da República.

Frente a tais fatos, no presente trabalho buscaremos demonstrar, brevemente, a influência da constitucionalização do direito civil no campo dos

2

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

I - a soberania; II - a cidadania;

III - a dignidade da pessoa humana;

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa V - o pluralismo político

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contratos, onde se passou a relativizar-se a autonomia da vontade prevista no Código Civil de 1916 em prol da observância da função social do contrato e da boa fé objetiva.

(10)

CAPÍTULO I

CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO CIVIL

As normas previstas no Código Civil de 1916 visavam, precipuamente, proteger ao patrimônio dos indivíduos, colocando tal bem jurídico como objeto, como centro do direito privado.

Com a promulgação da Constituição da República de 1988, contudo, tal cenário passou a ser alterado, visto que, dentre outras disposições, a mesma previu em seu art. 1º, inciso III3, como fundamento da República Federativa do Brasil, a dignidade da pessoa humana.

Na lição de Miguel Reale4:

Os cultores da Ciência Jurídica têm observado que, nas últimas décadas, os conceitos fundamentais do Direito Civil vêm sendo estabelecidos, prioritariamente, no texto mesmo das constituições o que leva a se falar na “constitucionalização do direito civil”

3

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

I - a soberania; II - a cidadania;

III - a dignidade da pessoa humana;

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa V - o pluralismo político

4

REALE, Miguel. A Constituição e o Código Civil. Novembro de 2003. Disponível em http://www.miguelreale.com.br/artigos/constcc.htm. Acesso em 24.08.11

(11)

Se lembrarmos que, no art. 5º da Carta Magna, são consagrados outros preceitos civis fundamentais, como, por exemplo, o da liberdade de associação, o da reparação do dano moral, o da inviolabilidade da vida privada e da imagem das pessoas, a função social da propriedade; e que o art. 226 estabelece os princípios constitutivos da instituição da família, podemos afirmar que, no Brasil, atinge o mais alto grau a constitucionalização do Direito Civil.

Assim, gradativamente, as normas de direito privado foram adequando-se a tal fundamento da República Federativa do Brasil, ocorrendo o fenômeno da constitucionalização do direito civil e, com isso, o ser humano passou a ser o fim do direito privado.

Apesar de não ser o primeiro diploma legal a prever a aplicação de tal fundamento nas relações de direito privado, o Código de Defesa do Consumidor foi o primeiro a disseminar, com maior grau, a prevalência do ser humano sobre o patrimônio.

Dentre os dispositivos previstos no Código de Defesa do Consumidor, merecem destaque os seguintes:

Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.

Art. 46. Os contratos que regulam as relações de consumo não obrigarão os consumidores, se não lhes for dada a oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se os respectivos

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instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu sentido e alcance.

Da mesma forma, o Código Civil de 2002 trouxe inúmeras disposições que demonstram claramente a denominada constitucionalização do direito civil.

Apesar de não ser objeto do presente trabalho, imprescindível citar, neste ponto, que tais transformações não se limitam as relações contratuais, aplicando-se a todos os ramos do direito privado.

No campo do direito contratual, o qual é objeto do presente trabalho, as principais alterações sofridas situam-se na relativização da autonomia da vontade em prol da boa fé objetiva e da função social do contrato.

Pela visão do Código Civil de 1916 o contrato deveria observar o princípio do pacta sunt servanda, segundo o qual as partes deveriam respeitar estritamente os termos do contrato firmado, sem serem consideradas as condições nas quais foi firmado.

Contudo, em observância a dignidade da pessoa humana, prevista como fundamento da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, o Código Civil de 2002 passou a prever que:

Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.

Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.

Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.

(13)

Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio.

Na lição de Carlos Roberto Gonçalves5:

O Código Civil de 2002 procurou agastar-se das concepções individualistas que nortearam o diploma anterior para seguir orientação compatível com a socialização do direito contemporâneo. O princípio da socialidade por ele adotado reflete a prevalência dos valores coletivos sobre os individuais, sem perda, porém, do valor fundamental da pessoa humana.

Com efeito, o sentido social é uma das características mais marcantes do novo diploma, em contraste com o sentido individualista que condiciona o Código Beviláqua.

Assim, verifica-se claramente que as normas de direito privado estão normatizando as relações jurídicas priorizando a dignidade da pessoa humana, no caso específico do presente trabalho, exigindo que os contratantes, a todo tempo, atuem com boa fé objetiva e que o contrato observe sua função social, os quais serão explicitados a seguir.

5

GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil Brasileiro, volume 3, 8 ed, São Paulo: Saraiva, 2011, p. 24

(14)

CAPÍTULO II

FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO

O Código Civil, em seu art. 421, prevê que “a liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato”.

Conforme relatado anteriormente, com o fenômeno da constitucionalização do direito civil o contrato deixou de ser entendido como de interesse unicamente das partes contratantes e com caráter meramente patrimonial.

No direito civil contemporâneo a liberdade de contratar passa a estar limitada pela supremacia constitucional, pela supremacia da ordem pública, ou seja, o interesse individual não pode prevalecer sobre o interesse social.

O art. 421 do Código Civil é extremamente claro ao dispor que todos os contratos devem ser realizados em razão e nos limites da função social e, via de consequência, caso ocorra conflito aparente entre o interesse social e o interesse individual aquele deve prevalecer sobre este.

Da mesma forma, importante destacar que, alterando entendimento anterior, no sentido de que o contrato só geraria efeito entre as partes, hodiernamente, entende-se que o contrato, mesmo que indiretamente, repercute no meio social.

Carlos Roberto Gonçalves6, ao comentar o art. 421 do Código Civil, relata que:

6

GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil Brasileiro, volume 3, 8 ed, São Paulo: Saraiva, 2011, p. 25

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Efetivamente, o dispositivo supratranscrito subordina a liberdade contratual à sua função social, com prevalência dos princípios condizentes com a ordem pública. Considerando que o direito de propriedade, que deve ser exercido em conformidade com a sua função social, proclamada na Constituição Federal, se viabiliza por meio dos contratados, o novo Código Civil estabelece que a liberdade contratual não pode afastar-se daquela função.

A função social do contrato constitui, assim, princípio moderno a ser observado pelo interprete na aplicação dos contratos. Alia-se aos princípios tradicionais, como da autonomia da contada e da obrigatoriedade, muitas vezes impedindo que estes prevaleçam.

Assim, o direito civil contemporâneo visa afastar o individualismo extremo através da limitação da autonomia da vontade com objetivo de atender ao bem comum e os fins sociais.

Tem-se, desta forma, que a liberdade de contratar está condicionada a função social do contrato e aos princípios de probidade e boa fé, conforme disposição do art. 4217 e 4228 do Código Civil.

Nesse sentido, a 3ª Jornada de Direito Civil do Conselho Nacional de Justiça, aprovou os enunciados 21 e 22, os quais relatam que:

21 - Art. 421: a função social do contrato, prevista no art. 421 do novo Código Civil, constitui cláusula geral a impor a revisão do princípio da relatividade dos

7

Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato

8

Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé

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efeitos do contrato em relação a terceiros, implicando a tutela externa do crédito.

22 - Art. 421: a função social do contrato, prevista no art. 421 do novo Código Civil, constitui cláusula geral que reforça o princípio de conservação do contrato, assegurando trocas úteis e justas.

Da mesma forma, a 5ª Jornada de Direito Civil do Conselho Nacional de Justiça, aprovou o enunciado 431, o qual dispõe que:

431 - Art. 421. A violação do art. 421 conduz à invalidade ou à ineficácia do contrato ou de cláusulas contratuais

Importante destacar que não houve, contudo, o fim da liberdade de contratar, mas sim um condicionamento desta a observância do interesse social.

Assim, as partes contratantes podem livremente pactuar os seus interesses, contudo, estes não podem ser contrários ao interesse coletivo e a ordem jurídica vigente, nesse sentido o enunciado nº. 23 da 1ª Jornada de Direito Civil do Conselho Nacional de Justiça:

23 - Art. 421: a função social do contrato, prevista no art. 421 do novo Código Civil, não elimina o princípio da autonomia contratual, mas atenua ou reduz o alcance desse princípio quando presentes interesses metaindividuais ou interesse individual relativo à dignidade da pessoa humana.

Da mesma forma, os dispositivos do Código Civil anteriormente transcritos (art. 421 a 4249), permitem uma maior intervenção Estatal nos

9

Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.

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contratos firmados entre particulares, possibilitando, que o Poder Judiciário reduza a eficácia ou mesmo declare a nulidade de cláusulas contratuais com intuito de proteger a parte vulnerável na relação jurídica, garantindo o respeito aos direitos fundamentais previstos na Constituição da República, assim como a um dos fundamentos da Carta Magna, qual seja, a dignidade da pessoa humana.

Sobre a função social do contrato, leciona Humberto Theodoro Júnior10 que:

O grande espaço da função social, de certa maneira, deve ser encontrado no próprio bojo do Código Civil, ou seja, por meio de institutos legalmente institucionalizados para permitir a invalidação ou a revisão do contrato e assim amenizar a sua dureza oriunda dos moldes plasmados pelo liberalismo. Parece, portanto, que a função social vem fundamentalmente consagrada na lei, nesses preceitos e em outros, mas não é, nem pode ser entendida como destrutiva da figura do contrato, dado que, então, aquilo que seria um valor, um objetivo de grande significação (função social), destruiria o próprio instituto do contrato. O campo propício ao desempenho da função social, assim como à realização da eqüidade contratual é o da aplicação prática das cláusulas gerais com que o legislador definiu os vícios do negócio jurídico, os

Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.

Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.

Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio

10

THEODORO JR., Humberto. O Contrato e sua função social. Rio de Janeiro: Forense, 2003, p. 93

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casos de nulidade ou de revisão. Seria pela prudente submissão do caso concreto às noções legais com que o Código tipificou as hipóteses de intervenção judicial do contrato que se daria a sua grande adequação às exigências sociais acobertadas pela lei civil

In fine, cabe reiterar que a função social do contrato, deve ser

analisada com base nos fundamentos e objetivos previstos na Constituição da República, assim como nos direitos fundamentas previstos na mesma, forma através da qual se poderá alcançar a verdadeira finalidade do instituto ora em análise e proteger-se o interesse social em detrimento do interesse privado.

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Capítulo III

BOA FÉ OBJETIVA

Preceitua o art. 422 do Código Civil que:

Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.

Inicialmente, resta esclarecer que a doutrina considera que o princípio da probidade seria, na verdade, um subprincípio da boa fé, visto ser impossível existir uma conduta de boa fé que não seja proba.

Deve-se ainda, salientar que a boa fé divide-se em boa fé subjetiva e boa fé objetiva.

Em síntese, boa fé subjetiva é a intenção de agir de forma honesta, lícita, não sendo, assim, suficiente para orientar as relações contratuais de modo a garantir a observância aos fundamentos e direitos fundamentais previstos na Constituição da República.

Por sua vez, a boa fé objetiva impõe aos contratantes um efetivo comportamento leal.

Frise-se que na boa fé subjetiva analisa-se a intenção dos contratantes, enquanto que, na boa fé objetiva verifica-se o efetivo comportamento dos mesmos, sendo este o relevante para a verificação da boa fé nos contratos.

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Carlos Roberto Gonçalves11, ao discorrer sobre a boa fé objetiva e boa fé subjetiva relata que:

O princípio da boa-fé se biparte em boa-fé subjetiva, também chamada de concepção psicológica da boa-fé, e boa-fé objetiva, também denominada concepção ética da boa-fé.

A boa-fé subjetiva esteve presente no Código de 1916, com a natureza de regra de interpretação do negócio jurídico. Diz respeito ao conhecimento ou à ignorância da pessoa relativamente a certos fatos, sendo levada em consideração pelo direito, para os fins específicos da situação regulada. Serve à proteção daquele que tema consciência de estar agindo conforme o direito, apesar de ser outra a realidade.

(...)

Todavia, a boa-fé que constitui inovação do Código de 2002 e acarretou profunda alteração no direito obrigacional clássico é a objetiva, que se constitui em uma norma jurídica fundada em um princípio geral do direito, segundo o qual todos devem comportar-se de boa-fé nas suas relações recíprocas. Classifica-se, assim, como regra de conduta. Incluída no direito positivo de grande parte dos países ocidentais, deixa de ser princípio geral de direito para transformar-se em cláusula geral de boa-fé objetiva. É, portanto, fonte de direito e de obrigações.

11

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Denota-se, portanto, que a boa-fé é tanto forma de conduta (subjetiva ou psicológica) como norma de comportamento (objetiva). Nesta última concepção, esta fundada na honestidade, na retidão, na lealdade na consideração para com os interesses do outro contraente, especialmente no sentido de não lhe sonegar informações relevantes a respeito do objeto e conteúdo do negócio.

O Conselho Nacional de Justiça, em sua 3ª Jornada de Direito Civil, aprovou os seguintes enunciados a respeito do tema ora em análise:

168 – Art. 422: O princípio da boa-fé objetiva importa no reconhecimento de um direito a cumprir em favor do titular passivo da obrigação.

169 – Art. 422: O princípio da boa-fé objetiva deve levar o credor a evitar o agravamento do próprio prejuízo.

Deve-se destacar que a observância da boa fé deve se dá em todas as fases contratuais, ou seja, é exigida tanto na execução do contrato, como na fase pré e pós contratual, nesse sentido o enunciado 170 aprovado na 3ª Jornada de Direito Civil do Conselho Nacional de Justiça:

170 – Art. 422: A boa-fé objetiva deve ser observada pelas partes na fase de negociações preliminares e após a execução do contrato, quando tal exigência decorrer da natureza do contrato.

Sobre o tema, Carlos Roberto Gonçalves12 leciona que:

2011, p. 55/57

12

GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil Brasileiro, volume 3, 8 ed, São Paulo: Saraiva, 2011, p. 54

(22)

O princípio da boa-fé exige que as partes se comportem de forma correta não só durante as tratativas, como também durante a formação e o cumprimento do contrato. Guarda relação com o princípio de direito segundo o qual ninguém pode beneficiar-se da própria torpeza. Recomenda ao juiz que presuma a boa-fé, devendo a má-fé, ao contrário, ser provada por quem a alega. Deve este, ao julgar demanda na qual se discuta a relação contratual, dar por pressuposta a boa-fé objetiva, que impõe ao contratante um padrão de conduta, de agir com retidão, ou seja, com probidade, honestidade e lealdade, nos moldes do homem comum, atendidas as peculiaridades dos usos e costumes do lugar.

No mesmo sentido, a 5ª Jornada de Direito Civil do Conselho Nacional de Justiça aprovou o enunciado 422 o qual dispõe que:

Art. 422. Em contratos de financiamento bancário, são abusivas cláusulas contratuais de repasse de custos administrativos (como análise do crédito, abertura de cadastro, emissão de fichas de compensação bancária, etc.), seja por estarem intrinsecamente vinculadas ao exercício da atividade econômica, seja por violarem o princípio da boa-fé objetiva

Por outro lado, insta salientar que do princípio da boa fé objetiva decorrem os deveres anexos ou laterais do contrato, dentre os quais se inclui o dever de cooperação, informação e proteção.

(23)

Sobre os deveres anexos, Julian Leão de Mello Carneiro e Nelma Soares13 discorreram que:

A terceira função da boa-fé é a criadora de deveres jurídicos, os quais constituem efetivos deveres anexos ou de proteção. A princípio, numa relação contratual surgem os deveres principais e os deveres acessórios. Os principais são a razão de ser do contrato, enquanto que os acessórios encontram-se vinculados àqueles. Porém, é partir desencontram-ses que se desenvolve a função em análise. Cabe ressaltar que não são deveres taxativos, como bem alerta Pablo Stolze, todavia alguns devem ser tratados com mais afinco devido uma incidência nas relações contratuais, mas todos derivados da força normativa criadora da boa-fé objetiva.

Importa bem destacar que os deveres anexos geram efeitos para as partes contratantes que devem proceder com probidade e honestidade, protegendo e conservando a coisa recebida; agir em cooperação na prática dos atos necessários à realização efetiva dos fins almejados pela outra parte; devendo, inclusive, manter informado a outra parte acerca da concretude do negócio jurídico. É de bom tom ressaltar que esses deveres são instrumentos que auxiliam a efetiva concretização do objetivo contratual e não constituem elementos da relação contratual existentes ab initio e enquadrados num quadro fechado, com conteúdo fixo, mas dependerá

13

CARNEIRO, Juliana Leão de Mello; SOARES, Nelma. Boa-fé objetiva: da ética à regra

objetiva jurídica. Disponível em

http://www.fat.edu.br/saberjuridico/publicacoes/edicao04/discentes/BOA_FE_OBJETIVA-NELMA_E_JULIANA.pdf, acesso em 02.01.12

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da situação fática para mensurar não apenas a sua existência, mas também a medida da sua intensidade

Da mesma forma, do princípio da boa fé objetiva decorre a

supressio, surretio, tu quoque e a proibição ao comportamento contraditório.

Definindo tais institutos, Venetia Hargreaves14, dispõe que:

Como supressio entende-se o perecimento de um direito em razão do não-uso, em decorrência da boa-fé. Se alguém não se vale de uma prerrogativa, de modo a causar impressão concludente na outra parte contratante de que não mais dela se utilizará, é razoável supor que, em homenagem à lealdade, seja possível obstaculizar validamente o exercício do direito. Se um contratante, por exemplo, não reajusta uma prestação anual em vários anos seguidos, é considerado desleal e violador da boa-fé fazê-lo cumulativamente.

Na surrectio, surge uma faculdade em razão do comportamento reiterado. Deste modo, se algum contratante presta serviço não previamente avençado inúmeras vezes (como, por exemplo, manutenção), passa a ser exigível tal serviço. A lealdade assim impõe, e o comportamento concludente do contratante justifica o surgimento do dever jurídico decorrente da boa-fé.

Como tu quoque pode-se entender a hipótese na qual o contratante age de modo desleal, mas afirma

14

HARGREAVES, Venetia. Constitucionalização do Direito Civil. EMERJ. 2009, Disponível em: http://www.emerj.tjrj.jus.br/paginas/trabalhos_conclusao/2semestre2009/trabalhos_22009/Venet iaHargreaves.pdf, acessado em 24.08.11

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que o outro é que o fez. Afirma existir uma deslealdade alheia, mas que é própria.

E, por fim, existe a proibição ao comportamento contraditório, na qual é negada eficácia a comportamento praticado por contratante, sem que o mesmo seja propriamente inválido ou ilegal. Apenas o segundo comportamento, dentro do parâmetro de lealdade estrita, é incompatível com o primeiro.

Assim, na visão do direito civil contemporâneo, os contratantes devem, em todas as fases contratuais, adotarem comportamentos condizentes com a boa fé.

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Capítulo IV

POSICIONAMENTO JURISPRUDENCIAL

O Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, reiteradamente, vem proferindo decisões relativizando a autonomia da vontade nos contratos em prol do interesse da coletividade e da dignidade da pessoa humana, conforme exemplificativamente verifica-se nas ementas abaixo citadas:

(...) Constitucionalização do direito civil. Proteção da dignidade da pessoa humana. Interpretação do artigo 273, §2º do CPC que não deve ser interpretado em sua literalidade, mas tendo em foco qual das partes melhor suportaria tal irreversibilidade. Decisão do relator que não merece qualquer reforma, lastreada em jurisprudência pacífica da Corte Estadual e da Corte Nacional. Improvimento do recurso. (0005558-65.2011.8.19.0000 – Agravo de Instrumento. Des. Celso Peres - Julgamento: 20/07/2011 – Décima Câmara Cível)

(...) Todavia, diante da constitucionalização do Direito Civil e a necessidade de adequar aos contratos uma visão moderna, que atendesse aos novos anseios sociais, foi necessário mitigar tais princípios para equilibrar a relação contratual, de acordo com princípios da boa fé objetiva e a função social do contrato. A cláusula geral de boa-fé faz com que nasçam deveres para os contratantes, mesmo que tais deveres não estejam escritos ou que haja uma cláusula expressa exonerando a pessoa do dever de

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informar, do dever de cooperar, do dever de cuidado e diligência, exigindo dos contratantes um comportamento de colaboração mútua. A obrigação, portanto, não se resume a um acordo de vontades e ao seu respectivo cumprimento, sendo indispensável a observância de uma série de atos paralelos compreendidos no âmbito dos deveres anexos da boa fé objetiva. (...) (0407685-10.2008.8.19.0001 – Apelação. Dês. Renata Cotta - Julgamento: 11/05/2011 – Terceira Câmara Cível)

(...) Na sua concepção tradicional, o contrato é o acordo de vontades, entre duas ou mais pessoas, com conteúdo patrimonial, para adquirir, modificar, conservar ou extinguir direitos. Nessa ordem de idéias, o contrato era norteado, precipuamente, pelos princípios da liberdade contratual, obrigatoriedade do pactuado (corolário do

Pacta Sunt Servanda) e da relatividade subjetiva (como

negócio jurídico, em que há a manifestação espontânea da vontade para assumir livremente obrigações, as disposições do contrato, a priori, somente interessam às partes, não dizendo respeito a terceiros estranhos à relação jurídica obrigacional). Todavia, diante da constitucionalização do Direito Civil e a necessidade de adequar aos contratos uma visão moderna, que atendesse aos novos anseios sociais, foi necessário mitigar tais princípios para equilibrar a relação contratual. (...) (0006289-51.2009.8.19.0026 – Apelação. Des. Renata Cotta - Julgamento: 27/04/2011 – Terceira Câmara Cível)

(...). Constitucionalização do direito civil. Proteção da dignidade da pessoa humana. Preservação do maior bem jurídico que é a vida, enquanto pendente a análise de

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questões puramente contratuais. (...) (0057446-10.2010.8.19.0000 – Agravo de Instrumento. Des. Celso Peres - Julgamento: 15/12/2010 – Décima Câmara Cível)

(...) 1. O processo de constitucionalização do direito civil, na verdade, impôs às relações privadas uma releitura constitucional do princípio da força obrigatória dos contratos e da autonomia da vontade. 2. Ora, interpretando-se o referido contrato, não apenas de acordo com a boa-fé objetiva, mas de forma razoável exigida do homem médio, constata-se que o tratamento recomendado é inevitável na tentativa de preservação da vida do paciente. (...) (0372511-03.2009.8.19.0001 – Apelação. Des. Miguel Ângelo Barros - Julgamento: 20/09/2010 – Décima Sexta Câmara Cível)

(...) Constitucionalização do Direito Civil. Ponderação entre o direito constitucional de propriedade e de moradia. O primeiro não pode ser exercido de forma absoluta e ilimitada por seus titulares, haja vista a necessidade de sua harmonização e integração com os demais dispositivos norteadores da Lei Maior. Preponderância do segundo, em homenagem aos princípios da menor onerosidade dos meios constritivos e da dignidade da pessoa humana. (...) (0047037-74.2007.8.19.0001, Embargos Infringentes. Des. Denise Levy Tredler - Julgamento: 23/06/2009 – Décima Nona Câmara Cível)

(...). Intervenção de princípios constitucionais nas relações jurídicas eminentemente privadas que evidencia a constitucionalização do direito civil. Supremacia do princípio da dignidade da pessoa humana. Necessidade de se resguardar a vida do consumidor e a própria

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concretização do direito fundamental à saúde. (...) (0225343-65.2007.8.19.0001, Apelação. Des. Celso Peres - Julgamento: 27/05/2009 – Décima Câmara Cível)

(...) Relativização da blindagem contratual, constitucionalização do direito civil com superação do enfoque meramente patrimonialista. Prevalência dos princípios da boa-fé-objetiva e dos deveres anexos contratuais, predominando entre estes o de informação e o da transparência (...). (Apelação 0000593-25.1999.8.19.0207. Des. Luiz Fernando de Carvalho - Julgamento: 24/07/2007 – Terceira Câmara Cível).

Da mesma forma, o Superior Tribunal de Justiça vem proferindo decisões relativização da autonomia da vontade contratual em face da função social do contrato e da boa fé objetiva, conforme pode-se observar nas ementas abaixo transcritas:

(...) 4. A rescisão imotivada do contrato, em especial quando efetivada por meio de conduta desleal e abusiva - violadora dos princípios da boa-fé objetiva, da função social do contrato e da responsabilidade pós-contratual - confere à parte prejudicada o direito à indenização por danos materiais e morais. (...). (REsp 1255315/SP, Relatora Ministra Nancy Andrighi, julgado em 13.09.11)

(...)2. Na hipótese em que o contrato de seguro de vida é renovado ano a ano, por longo período, não pode a seguradora modificar subitamente as condições da avença nem deixar de renová-la em razão do fator de idade, sem que ofenda os princípios da boa-fé objetiva, da cooperação, da confiança e da lealdade. 3. A alteração consistente

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em aumentos necessários ao equilíbrio contratual deve ser efetuada de maneira gradual, da qual o segurado tem de ser previamente cientificado (EDcl no REsp 1159632/RJ, Relator Min. João Otavio de Noronha, 4ª Turma, julgado em 09.08.11)

Assim, conforme exemplificativamente demonstrado nas ementas anteriormente transcritas, verifica-se que a jurisprudência pátria, vem reiteradamente proferindo decisões demonstrando a ocorrência da constitucionalização do direito civil no ramo do direito contratual, através da qual relativiza-se a autonomia da vontade das partes em face da boa fé objetiva e da função social dos contratos.

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CONCLUSÃO

Pelo brevemente exposto, verifica-se que o direito civil brasileiro, em especial o direito contratual, o qual é objeto do presente trabalho, vem passando, desde a Constituição da República de 1988 por processo de constitucionalização, visto que nossa Carta Magna, dentre outros dispositivos, previu como fundamento da nossa República a dignidade da pessoa humana.

Frente a este processo de constitucionalização do direito civil a finalidade precípua do direito civil passou a ser a pessoa, o ser humano.

Em especial no ramo do direito contratual o Código Civil de 2002 previu expressamente que todos os contratos, seja na execução do mesmo, assim como na fase pré e pós contratual, devem observar a função social do contrato e a boa fé objetiva em o prol da dignidade da pessoa humana, sendo cabível, inclusive, a interferência do Poder Judiciário.

Reitere-se, no entanto, que o processo de relativização do direito contratual não representou a extinção da liberdade de contratar, mas, apenas, uma mitigação da mesma, em prol do interesse coletivo.

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BIBLIOGRAFIA

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REALE, Miguel. A Constituição e o Código Civil. Novembro de 2003. Disponível em http://www.miguelreale.com.br/artigos/constcc.htm. Acesso em 24.08.11

REALE, Miguel. Função Social do Contrato. Setembro de 2003. Disponível em

http://www.miguelreale.com.br/artigos/funsoccont.htm. Acesso em 24.08.11

THEODORO JR., Humberto. O Contrato e sua função social. Rio de Janeiro: Forense, 2003, p. 93

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I

CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO CIVIL 10

CAPÍTULO II

FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO 14

CAPÍTULO III BOA FÉ OBJETIVA 19 CAPÍTULO IV POSICIONAMENTO JURISPRUDENCIAL 26 CONCLUSÃO 31 BIBLIOGRAFIA 32 ÍNDICE 33

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes – Projeto A Vez do Mestre

Título da Monografia: Boa Fé Objetiva e Função Social do Contrato

Autor: Jackeline Nogueira de Mello

Data da entrega: 02 de Janeiro de 2012

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Referências

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