• Nenhum resultado encontrado

Coordenação Pedagógica Carreiras Jurídicas - Maio de 2018

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Coordenação Pedagógica Carreiras Jurídicas - Maio de 2018"

Copied!
7
0
0

Texto

(1)

Coordenação Pedagógica Carreiras Jurídicas - Maio de 2018

FUNDAMENTOS PARA RECURSOS – Delegado Civil RS

Orientações de interposição do recurso

O prazo para a interposição dos recursos é de 23/05/2018 a 25/05/2018 a partir da 0 hora do primeiro dia previsto no Cronograma de Execução até as 23h59min do último dia.

O candidato que interpuser recurso contra os gabaritos oficiais preliminares das provas objetivas, deverá utilizar campo próprio para a interposição de recursos,

no site: www.fundatec.org.br

A equipe de professores Carreiras Jurídicas do Complexo Damásio Educacional analisou todas as questões da prova como passíveis de recursos e, deliberou pela fundamentação e pedido de anulação das questões:

(2)

FUNDAMENTOS

Para os fundamentos, observe o número da questão e a respectiva prova e faça a correspondência com a sua prova.

Língua Portuguesa – Prof. João Bolognesi

QUESTÃO 02 – Analise as seguintes propostas de substituição de vocábulos do texto:

I. A substituição de ações (l. 12) por atos implicaria alteração na estrutura da frase.

II. A supressão de ambiente (l.19) criaria as condições para o uso da crase antes

desse vocábulo.

III. A palavra natureza (l. 34) ao ser substituída por meio ambiente provocaria a

necessidade concomitante de supressão do artigo feminino e inserção do masculino; havendo, portanto, alteração na estrutura do termo a que pertence. Quais estão corretas?

A) Apenas I. B) Apenas II. C) Apenas I e II. D) Apenas II e III. E) I, II e III.

Gabarito Preliminar: Alternativa indicada pelo gabarito é a C.

Questionamento: No segundo item da questão 2, há flagrante falha em sua proposição. Ao se tirar a palavra ambiente (“os danos causados ao meio serão drasticamente minimizados”), o trecho não cria nenhuma condição para o uso da crase, pois os termos que restam na frase não formam a junção de preposição e artigo definido feminino. Portanto, item errado, o que obriga a alteração do gabarito.

(3)

QUESTÃO 07 – Em relação ao parágrafo contido entre as linhas 22 e 26, afirma-se que:

I. A oração Estimular o plantio de árvores constitui-se em uma oração

subordinada substantiva objetiva direta.

II. Na linha 24, informe e orientem são formas verbais que constituem orações

adjetivas.

III. Nas linhas 24 e 25, ocorre uma oração adverbial final reduzida consecutiva.

Quais estão corretas? A) Apenas I.

B) Apenas II. C) Apenas III. D) Apenas I e II. E) Apenas II e III.

Gabarito Preliminar: Alternativa indicada pelo gabarito é a D.

Questionamento: No primeiro item da questão 7, há falha na classificação sugerida pela banca. A oração “Estimular o plantio de árvores” faz parte de um longo que trecho que funcionará como predicativo do sujeito do verbo de ligação ser (“são ações necessárias”). Na ordem direta temos:

“Ações necessárias são estimular o plantio de árvores, a reciclagem de lixo, a coleta seletiva...”

Como se trata de uma oração, a classificação correta seria oração subordinada substantiva predicativa. Portanto, item errado, o que obriga a alteração do gabarito.

(4)

Direitos Humanos – Prof. Paulo Oliveira

QUESTÃO 69 – A Constituição Federal de 1988, no que tange aos direitos humanos, estabelece que:

A) Seu rol resta limitado àquele previsto no texto constitucional.

B) Eles, os direitos humanos, são prevalentes, nas relações internacionais da República Federativa do Brasil.

C) Existe a necessidade imperiosa da internalização dos direitos humanos previstos em tratados antes de sua aplicação em território brasileiro.

D) A dignidade da pessoa humana é um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil.

E) Delimita a proteção de tais direitos a indivíduos, excluindo a coletividade.

Gabarito Preliminar: Alternativa indicada pelo gabarito é a B.

Questionamento: Anulação da questão. Há duas afirmativas corretas, precisamente afirmativas “B” e “C”:

Fundamento: A banca considerou correta a afirmativa “B” que, de fato, está em conformidade com o artigo 4º da Constituição Federal, todavia, também está correta a afirmativa “C”, assim redigida: “Existe a necessidade imperiosa da internalização dos direitos humanos previstos em tratados antes de sua aplicação em território brasileiro.” A afirmativa “C” expressa o entendimento majoritário na doutrina e, inclusive pacificado pelo Supremo Tribunal Federal no sentido de que o Brasil, quanto à incorporação dos tratados internacionais, inclusive de direitos humanos, adota a teoria do “dualismo moderado”. Corolário a aplicação de tratado internacional no território brasileiro imperiosamente exige sua internalização por Decreto do Presidente da República. No Pretório Excelso a matéria restou sedimentada no julgamento da ADI nº 1480, cite-se fragmento: “[...]O exame da vigente Constituição Federal permite constatar que a execução dos tratados internacionais e a sua incorporação à ordem jurídica interna decorrem, no sistema adotado pelo Brasil, de um ato subjetivamente complexo, resultante da conjugação de duas vontades homogêneas: a do Congresso Nacional, que resolve, definitivamente, mediante decreto legislativo, sobre tratados, acordos ou atos internacionais (CF, art. 49, I) e a do Presidente da República, que, além de poder celebrar esses atos de direito internacional (CF, art. 84, VIII), também dispõe - enquanto Chefe de Estado que é - da competência para promulgá-los mediante decreto. O iter procedimental de incorporação dos tratados internacionais - superadas as fases prévias da celebração da convenção internacional, de sua aprovação congressional e da ratificação pelo Chefe de Estado - conclui-se com a expedição, pelo Presidente da República, de decreto, de cuja edição derivam três efeitos básicos que lhe são inerentes: (a) a promulgação do tratado internacional; (b) a publicação oficial de seu texto; e (c) a executoriedade do ato internacional, que passa, então, e somente então, a vincular e a obrigar no plano do direito positivo interno. [...]”( ADI 1480 MC / DF - DISTRITO FEDERAL, Relator Min. CELSO DE MELLO, Julgamento: 04/09/1997, Órgão Julgador: Tribunal Pleno). Em sede doutrinária colacione-se a doutrina de Francisco Rezek: "O ordenamento jurídico, nesta república, é integralmente ostensivo. Tudo quanto o compõe - resulte de produção legislativa internacional ou doméstica - presume publicidade oficial e vestibular. Um tratado regularmente concluído depende dessa

(5)

publicidade para integrar o acervo normativo nacional, habilitando-se ao cumprimento por particulares e governantes, e à garantia de vigência pelo Judiciário. [...] No Brasil se promulgam, por decreto do Presidente da República, todos os tratados que tenham feito objeto de aprovação congressional. (Direito Internacional. Curso Elementar. 12 ed. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 78/79). A imperiosidade de promulgação do tratado para produção de efeitos internos também é firmada por renomados autores nacionais especialistas em Direitos Humanos, em arrimo cite-se a doutrina de André de Carvalho Ramos: "Temos, após a ratificação e entrada em vigor do tratado no plano internacional o fim do ciclo de formação de um tratado para o Brasil. Porém, a norma, válida internacionalmente, não será válida internamente até que seja editado o Decreto de Promulgação [...]. Esse Decreto inova na ordem jurídica brasileira tornando válido o tratado no plano interno[...]. Entretanto, o STF decidiu reiteradamente, que o decreto de promulgação é indispensável para que tratado possa ser recepcionado e aplicado internamente [...] ” (Curso de Direitos Humanos. 3ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016, p. 406/407). Note-se que mesmo em relação aos tratados de direitos humanos aprovados pelo procedimento do §3º do artigo 5º, tratados que equivalem à emendas à Constituição, predomina o entendimento pela necessidade internalização por decreto para vigência interna. Cite-se a lição de André Carvalho Ramos: "Como, até hoje, o STF ainda exige o Decreto de Promulgação, este deve ser editado para todo e qualquer tratado inclusive tratados de direitos humanos aprovados pelo rito especial do art. 5º, § 3º [...] ” (Curso de Direitos Humanos. 3ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016, p. 422). Para além da doutrina e jurisprudência do STF a exigência de promulgação fora reconhecida pelo legislador nacional quando da edição da Lei nº 13.146/2015 – Estatuto da Pessoa com Deficiência – onde restou expressamente consignado que o vigor da Convenção da ONU sobre Direitos da Pessoa com Deficiência somente se operou a partir do Decreto de promulgação, conforme se colhe do p.u. do artigo 1º: “Parágrafo único. Esta Lei tem como base a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, ratificados pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo no 186, de 9 de julho de 2008, em conformidade com o procedimento previsto no § 3o do art. 5o da Constituição da República Federativa do Brasil, em vigor para o Brasil, no plano jurídico externo, desde 31 de agosto de 2008, e promulgados pelo Decreto no 6.949, de 25 de agosto de 2009, data de início de sua vigência no plano interno.” Ao fim e a cabo considerar a afirmativa “C” incorreta, dar-se-á primazia a entendimento doutrinário minoritário que contraria o entendimento do STF e atual praxe legislativa e ainda a doutrina majoritária.

(6)

Legislação Penal Especial – Prof. Francisco Sannini

QUESTÃO 20 – A propósito da Lei de Organização Criminosa, Lei nº 12.850/2013, e do crime de Associação Criminosa, Art. 288 do Código Penal, analise as assertivas a seguir:

I. O critério distintivo entre associação criminosa e organização criminosa não

é o número de indivíduos, mas, sim, o fato de ser a organização criminosa estruturada e organizada, com tarefas divididas. É possível que um grupo tenha mais do que três integrantes, finalidade de praticar crimes com penas superiores a 04 anos e ser enquadrado como associação criminosa.

II. Para ser reconhecida uma organização criminosa, exige-se a prática de

infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a quatro anos ou, que sejam de caráter transnacional, o que, como se percebe, é um requisito objetivo e alternativo.

III. As penas previstas para infrações penais praticadas por organização

criminosa e por associação criminosa são majoradas no mesmo percentual, se na atuação de uma ou outra houver emprego de arma ou participação de criança ou adolescente.

Quais estão INCORRETAS? A) Apenas I. B) Apenas II. C) Apenas III. D) Apenas I e II. E) I, II e III.

Gabarito Preliminar: Alternativa indicada pelo gabarito é a C.

Questionamento: De acordo com o gabarito oficial, a resposta correta seria a alternativa “C”. Contudo, a questão exigia que fossem indicadas as alternativas INCORRETAS. De fato, a assertiva constante na opção III está incorreta, mas a assertiva constante na opção I também está equivocada.

Nos termos da assertiva I, “O critério distintivo entre associação criminosa e organização criminosa não é o número de indivíduos, mas, sim, o fato de ser a organização criminosa estruturada e organizada, com tarefas divididas. É possível que um grupo tenha mais do que três integrantes, finalidade de praticar crimes com penas superiores a 04 anos e ser enquadrado como associação criminosa”.

Atualmente, o §1º, do artigo 1º, da Lei 12.850/13, estabelece uma definição bastante segura quanto aos requisitos para a caracterização de uma Organização Criminosa, o que a distingue de outros crimes associativos, tais como a Associação Criminosa e Associação para o Tráfico, senão vejamos:

(7)

a) Elemento Pessoal: exige-se o número mínimo de 4 (quatro) integrantes associados

entre si.1 Vale destacar que no cômputo desse número mínimo de pessoas não se pode

considerar a figura do agente infiltrado. Primeiro porque a própria adoção desta técnica de investigação depende da prévia constatação de indícios de existência de uma organização criminosa (art.10, §2º, da Lei). E segundo porque o agente infiltrado não possui animus associativo, pelo contrário, sua adesão ao grupo tem a finalidade de desarticular a estrutura criminosa e não fomentá-la.

b) Elemento Estrutural: O grupo deve ser dotado de uma estrutura caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que essa divisão seja informal. Significa dizer que não há necessidade de um “estatuto”, “regras escritas” ou mesmo com força consuetudinária intergrupal. Basta que se identifique uma estruturação com divisão de funções. Conforme destaca NUCCI, “o aspecto informal, nesse campo, prevalece, justamente por

se tratar de atividade criminosa, logo, clandestina”.2

c) Elemento Teleológico ou Finalístico: Um elo subjetivo entre os agentes que se constitui no objetivo de obter direta ou indiretamente vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais. Observe-se que a vantagem não necessita ser patrimonial ou ao menos diretamente patrimonial. Pode haver uma organização criminosa que se dedique à prática da corrupção ativa de políticos (artigo 333, CP), por exemplo, (e corromper políticos é quase uma tautologia) para obter vantagens ligadas ao exercício do poder, onde nem sempre os objetivos são financeiros, ao menos diretamente.

Percebe-se, destarte, que um dos critérios distintivos entre Organização Criminosa e Associação Criminosa é, justamente, o “elemento pessoal”. Assim, a assertiva ora combatida apresenta-se equivocada ao afirmar que “o critério distintivo entre associação criminosa e organização criminosa não é o número de indivíduos, mas, sim, o fato de ser a organização criminosa estruturada e organizada, com tarefas divididas”.

É evidente que o número de agentes não é o único critério distintivo, sendo possível a existência de uma associação criminosa composta por mais de 03 indivíduos, desde que, obviamente, essa reunião de pessoas não observe o “elemento estrutural” exigido pela Lei 12.850/13. Mas também é fato que o número indivíduos (“elemento pessoal”) constitui, sim, critério distintivo entre os crimes associativos

Frente ao exposto, conclui-se que a questão nº 20 deve ser anulada porque não apenas a assertiva constante na opção III está incorreta, mas também a assertiva constante na opção I, conforme demonstrado.

1 Observe-se que para a integração desse número mínimo podem contar inimputáveis etários ou mesmo

mentais. Neste sentido: TASSE, Adel El. Nova Lei de Crime Organizado. Disponível em www.atualidadesdodireito.com.br , acesso em 29.08.2013.

2 NUCCI, Guilherme de Souza. Organização Criminosa – Comentários à Lei 12.850, de 02 de agosto de 2013. São Paulo: RT, 2013, p. 15.

Referências

Documentos relacionados

A variação da quantidade de ar é determinada pelas condições momentâneas de funcionamento do motor, onde a unidade de comando, através dos sensores do sistema, obtém

• Será encaminhado para recuperação final VC (verificação complementar) os alunos que após síntese final das avaliações não atingirem até o final do 4º

CURSO / CENTRO Estudante da 3ª série do Ensino Médio (Colégio LICEU DE ARTES E OFÍCIOS) – PIBIC JÚNIOR. MATRÍCULA

1 — O processo de reafetação de trabalhadores ou colocação em situação de requalificação inicia-se com a entrada em vigor do diploma orgânico do serviço integrador ou com o

4.2.1 – Para os candidatos do Ensino Médio Integrado será feita análise do Rendimento Escolar na disciplina objeto da monitoria, conforme histórico escolar. 4.2.2 – Para

Foi conduzido um estudo de fase 2, multinacional, randomizado (2:1), duplo-cego, controlado por placebo, para avaliar a eficácia e a segurança de Sylvant ® (11 mg/kg a

(Vem aqui para este lado, olha que este lado é um bocadinho (de) fundo, podes cair aí pa’ dentro) tu é que tens que ser o padrinho (e podes cair aí pa’ dentro, na’ tens

A amoxicilina + clavulanato de potássio para administração oral, duas vezes ao dia, é um antibiótico indicado para tratamento de infecções bacterianas (causadas por