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UTILIZAÇÃO DE HISTÓRIAS EM QUADRINHO NO ENSINO DA GEOGRAFIA.

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Academic year: 2021

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UTILIZAÇÃO DE HISTÓRIAS EM QUADRINHO NO ENSINO DA GEOGRAFIA. André Luiz das Chagas Barbosa, Instituto Federal do Pará- Campus Belém ( IFPA),

andrebarbosa-geo@hotmail.com

Resumo: Os quadrinhos são uma forma de arte visual, sequenciada, que utiliza de recursos como balões de fala para representar críticas à sociedade, ironizando muitas questões atuais. Desta forma o uso deste material é importante, faz com que o aluno compreenda a linguagem empregada para se fazer a crítica utilizando de novos instrumentos para estudar várias temáticas. A própria elaboração de charges também é um recurso que pode ser bem explorado, fazendo com que o aluno represente determinado tema a partir do seu ponto de vista, numa linguagem gráfica, que muitas vezes não está acostumado a utilizar. Neste contexto, as histórias em quadrinhos se apresentam como um exemplo desta associação se complementando, visto que as mensagens transmitidas são os reflexos do panorama global, seja por meio de críticas, sátiras ou até mesmo os interesses de uma nação.

Palavras Chaves: Charges, Historias em quadrinhos, Geografia

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Estudante do curso de Licenciatura plena em geografia no Instituto Federal do Pará- IFPA. Bolsista do Pibict.

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1. Introdução

Os quadrinhos utilizam-se tanto da arte gráfica quanto da literatura, além da agilidade do cinema. Utilizam também da organização espacial como linguagem. O fundo da história em quadrinhos é uma localização. Sendo assim, o espaço tem um sentido dramático, é produtor de sentidos e não apenas um receptáculo para a narrativa que está acontecendo.

Este artigo tem como intuito atribuir um caráter perceptivo do poder estadunidense e as tensões geopolíticas, demonstrando as relações e contextos cujos personagens das histórias em quadrinhos estão inseridos em um panorama político global.

Em 1961 o cosmonauta russo Iury Gagarin foi o primeiro homem à circular pelo espaço. No mesmo ano, cerca de 4 meses depois, surgem no mundo dos quadrinhos quatro astronautas estadunidenses que realizam uma viagem inter-espacial e são atingidos por raios cósmicos que dão-lhes poderes dando origem ao Quarteto Fantástico. Este “processo criativo” não foi nada mais que uma réplica estadunidense à corrida espacial, pouco tempo depois do feito de Gagarin, como tentativa de mascarar as falhas americanas e enfatizar os desacertos russos. Surge também um vilão conhecido como Fantasma Vermelho, cuja história se baseia em um russo que vai ao espaço com a intenção de seguir os passos do Quarteto Fantástico, falha e adquire poderes iguais, porém, inferiores aos dos heróis. Paralelamente, no mesmo período histórico, a corrida armamentista e a própria Guerra Fria se articulam até a década de 90, surge um novo herói; o Homem de Ferro (1963), Que dentro do universo das histórias em quadrinhos1 da Marvel Comic’s2 é de grande relevância, sendo da mesma proeminência, o período no qual o mesmo fora inserido, seus inimigos e as adaptações e ajustes que o mesmo sofreu á nova realidade geopolítica. Podemos assim observar como e de qual maneira os quadrinhos e seus protagonistas se desdobram sobre as relações e tensões políticas vigentes de cada período e de cada Estado, trazendo a realidade dos leitores abordagens teóricas sobre o contexto político, as escolhas de características dos heróis e antagonistas por meio de analises semióticas e a própria reflexão de ideais na protagonista da história, no caso, o Homem de Ferro.

“Essa memória articulada às imagens das cidades dos cenários/fundos de cena dos quadrinhos vai e vem num constante processo de mutação permanente em nossas idéias. São significados criados a partir das leituras que estão em exercício de ubiquidade permanente, como se os leitores fossem viajantes ou “cavadores de poços e construtores de casas” (CERTEAU, 1994, p.269).

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Portanto, nesse processo de simbiose entre as imagens, entre as memórias do leitor, as experiências de quem narra, de quem lê, as associações a outros textos e imagens adormecidos dentro de cada um, mas que despertam e habitam dentro de nosso ser, transformam toda essa leitura de imagens e palavras das HQs num estilo próprio de apreensão e como nos diz Certeau, o mundo diferente do leitor se introduz no lugar do autor, tomando a propriedade do outro, que foi o texto ou a imagem produzida, em um lugar emprestado.

2. Material e Método

O referencial bibliográfico constituído por dicionários de política para a fixação e orientação sobre diferentes conceitos, livros de política e geopolítica; sendo abordados como um aporte teórico na construção e apreciação dos fenômenos nos quais as personagens se inserem, livros de semiótica, símbolos e signos; para dispor de uma melhor visualização crítica sobre as alegorias temáticas, e por fim, mas não menos importante, leituras sistemáticas dos quadrinhos do Homem de Ferro; com o intuito de captar as relações políticas e geopolíticas presentes no enredo da história da personagem, além de determinadas alegorias carregadas de simbolismos e significâncias.

Primeiramente foram realizadas leituras de aporte teórico onde a temática do evento fora exaltada, como por exemplo, o contexto da Guerra Fria pelo ponto de vista do socialismo e também pelo ponto de vista da manutenção do capitalismo, para uma melhor projeção e compreensão dos conceitos o uso de dicionários de política veio a ser recorrente, logo, vem surge à necessidade da adequação de uma personagem das HQ’s a temática da Guerra Fria e sustentação do sistema capitalista, e por apresentar um tendenciosíssimo e conhecimento sobre a personagem, foi dado inicio as leituras dos quadrinhos do homem de ferro.

Com as leituras já em progresso, veio à necessidade e tentativa de captar as alegorias e simbolismos presentes nos quadrinhos, para isto deu-se a leitura de livros com a temática de semiótica, tornando assim capaz o aprofundamento em novas visões sobre o objeto.

Como consequência deste processo produtivo veio à contribuição do autor que de maneira intrínseca realiza comentários e associações entre a relação dos quadrinhos refletindo a sua concepção da realidade geopolítica do período vigente, sob a visão norte-americana, com base em seu aporte cultural e teórico. Trazendo assim à tona a obra na qual iremos discorrer em questão.

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3. Resultados e Discussões

3.1 Origem e contexto do Homem de Ferro.

O Homem de Ferro, fez sua primeira aparição na revista “tales of suspense #39” de 1963, inspirado no milionário estadunidense Howard Hughes, que veio a ser relembrado no longa-metragem “o aviador”, Antony Edward Stark (Tony Stark), o homem de ferro nada mais era que um cientista, que com o falecimento do pai, herdou uma herança bilionária e a indústria armamentista “Stark Industries”. O enredo não obstante do contexto político atuante, se estrutura em plena guerra do Vietnã, Tony Stark então vê uma oportunidade de expandir seu capital vendendo armas para os Estados Unidos, ampliando também o poderio militar da nação. Como DIAS JÚNIOR & ROUBICEK (1986, p.52) relatam:

“[…] o envolvimento dos Estados Unidos seria cada vez maior: em 1964 havia 148mil soldados americanos na região; esse número saltaria para 389 mil em 1966, para 436 mil em 1967 e para 516mil em 1969. Além disso, novas armas- entre as quais as terríveis bombas incendiárias napalm passaram a ser usadas em ataques tanto aos guerrilheiros vietcongues quanto a população civil.”

Respondendo assim o envolvimento da personagem cada vez mais progressivo da personagem neste contexto, tanto no cunho militar como no cunho cultural no lado de fora das HQ’s.

Voltando ao roteiro, logo, Stark já se encontrava em solo vietcongue realizando demonstrações de seus armamentos ao exército estadunidense, e em sua primeira visita ao Vietnã o mesmo acaba por cair em uma armadilha e estilhaços de uma bomba o ferem gravemente no coração. Stark então fora capturado por vietcongues que o levaram até seu líder, Wong Chu.

Sabendo de quem se tratava, Wong Chu impõe a Stark que o mesmo construa uma poderosa arma de guerra e feito isto seu coração seria operado. Então Stark juntamente com outro cientista chamado Ho Yinsen, capturado no Vietnã do Sul, Produzem um aparelho que possa manter Stark vivo, então surge à primeira armadura do Homem de Ferro. Posteriormente Yinsen é morto gerando uma fúria incontrolável de Stark, fazendo com que agora, o armadurado bilionário ponha fim no reinado de terror de Wong Chu.

Com o seu objetivo completo Stark retorna ao seu Estado-nação, onde agora se vê capaz de auxiliar o seu país de uma maneira direta, criando novas armaduras e sendo dado como o

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defensor da justiça. Com isto podemos conotar que Stan Lee e Lerry Lieber4 foram perspicazes ao criar este novo herói neste contexto, Porém o homem de ferro veio com o intuito de ser uma válvula de escape sobre a temática da Guerra Fria, Alego o fato pela própria afirmação de Stan Lee em meados de 2007, alegando que anteriormente outros heróis foram utilizados para ilustrar a temática, como por exemplo, o Homem-Aranha ao enfrentar o espião Russo, Dimitri Smerdiakov cujo codinome era Camaleão, Porém a repercussão não foi tão positiva devido ao próprio psicologismo não tão politizado da personagem Homem-Aranha. Eis que então surge o momento propício para os quadrinhos do Homem de Ferro, chegando até a obter apoio e financiamento de companhias como a Royal Dutch Shell. Surgindo neste contexto, com um slogan direto com “Only an iron man to break the iron curtain” (Só um homem de ferro para quebrar a cortina de ferro).

No período que conotado anteriormente, como a Guerra do Vietnã, a presença de outros muitos outros heróis foi intensa. Sobretudo a do homem de ferro, que foi criado neste período, vale à pena ressaltar que, todos os inimigos da personagem eram de nações inimigas ao Estado e da manutenção do sistema capitalista, devido ao apóio logístico prestado durante a guerra do Vietnã por parte da URSS, China e Coréia do norte, dando origem a inimigos nos quadrinhos como, por exemplo: Dínamo Escarlate, Homem de Titânio, Mandarim, dentre outros. Sempre apresentando algum tipo de resistência à expansão, cultural, militar e do próprio sistema Estadunidense. O alentando com:

“Os americanos devem entender que apoiar a supremacia dos Estados Unidos equivale a dar um impulso à justiça internacional que nenhum outro povo é capaz de dar. Também equivale a uma expansão dos interesses nacionais e daquilo que se pode chamar de espírito americano.” (NYE,J.2002,p. 18)

Baseado na citação vale à pena ressaltar que desde a 2º Guerra Mundial, todas as guerras cuja participação estadunidense era ativa, a presença das HQ’s era evidentemente ampla. Com embasamento em leituras pode-se concluir que no caso da Guerra do Vietnã, o público alvo principal, jovens estadunidenses, acaba por ser recrutado à guerra, Imaginem que entre aquele crescente contingente de soldados norte americanos citado anteriormente, aproximadamente, 35% compreendesse a faixa etária de 18 á 25 anos, e cresceram com as HQ’s em seu cotidiano, e agora vivem uma realidade de trincheiras, e uma das principais válvulas de escape entre uma investida e outra, seriam as HQ’S presentes nos frontes e acampamentos. Fazendo com que o próprio enredo passe a se estruturar num nacionalismo

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Norte americano, demonstrando a vitória da nação e a glória dos militares, isto, além do financiamento da Shell reduzindo o custo da produção de grande parte das revistas, sobretudo da Marvel Comic’s. Reforçando com o seguinte trecho:

“Nesse sombrio contexto, qual é a responsabilidade da cultura? Os Estados Unidos continuam sendo referência e os pioneiros na cultura de massa, quer se trate de esporte, world music, séries de televisão, programas de informação ou parques de lazer. Assumindo pelos homens de negócio, o modelo cultural

derrapou no insignificante, sensacional ou vulgar.” (RAMONET,Ignácio.1998,p.133)

Entende-se então, que os quadrinhos possuem um caráter disseminador de ideologias e manutenção do Estado e articulador de um poder brando, o que influi no caráter principal da hegemonia estadunidense, por meio da dissipação cultural de um american way of life aplicado aos tempos modernos. Sendo neste trabalho relacionado com as HQ’s do Homem de Ferro.

“Dizem que a melhor arma é aquela que você nunca tem que disparar. Eu prefiro a arma que você só tem que disparar uma vez. É o que papai fazia, é o que América faz, e tem funcionado bem até agora.” (Tony Stark,1982)

Discurso este que pode nos remeter também a uma crítica dos roteiristas aos ataques nucleares ao Japão em seis de agosto e nove de agosto de 1945. A transmissão ideológica é extremamente bem implantada, desde o Hard Power, onde o inimigo sempre deve ser nítido, e as HQ’s não fogem da conjuntura no qual são produzidas e o homem de ferro torna isto nítido, visto que seus inimigos foram a URSS, Comunistas e expansionistas, e nos tempos mais atuais o Terrorismo, dado que o próprio filme “Iron Man” de 2008, veio com uma “atualização” visto que agora Tony Stark não vai para o Vietnã e sim para um local cuja paisagem nos remete ao oriente médio, para ser mais preciso o Afeganistão, sendo os rebeldes caracterizados por pesados estereótipos. Demonstrando que enquanto houver conflito, haverá inimigos, e estes devem estar cada vez mais fulgentes, discorreremos melhor sobre o tema que circunda os vilões no próximo tópico, abordando suas origens e interações com nosso herói de ferro.

A resposta ao bandeamento desta hegemonia, nas HQ´s se dá através de uma maior intimidade com os aliados econômicos, e os heróis estadunidenses, como responsáveis pelo fim dos males das nações aliadas ou submissas ao manto de ferro nos quadrinhos, No próprio

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filmes também vemos o homem de ferro livrando a população afegã dos males dos rebeldes, um fragmento que nos faz refletir perante a situação é o seguinte: “Ora, Os Estados Unidos não poderiam assistir a tudo isto passivelmente; cabia ao país uma responsabilidade moral correspondente à sua posição de liderança: a de enfrentar decididamente a ameaça vermelha” DIAS JÚNIOR & ROUBICEK (1986, p. 22)

Levando assim, há uma aproximação dos demais países com os Estados Unidos por meio de uma simples leitura dos jovens que um dia irão amadurecer e desenvolver seus próprios conceitos sobre a própria política global, como no caso deste trabalho.

Nota-se até aqui que as HQ’s vão além de sua função de entretenimento, trabalhando também como um termômetro geopolítico dos interesses de uma nação, repercutindo em folhetos coloridos carregados de alegorias sejam elas de manutenção do status quo ou críticas ao próprio Estado.

3.2 Os principais vilões.

Dentre os vilões, têm-se, sobretudo Comunistas, russos e questionadores da manutenção estadunidense, assim como afirma MOODIE (1965, p. 66): “Não obstante, a política externa de um Estado é, via de regra dominada por um ou mais aspectos das suas relações com outros Estados.” E são alguns destes aspectos que iremos observar nas personagens a seguir, exaltando sua relação com nosso protagonista de ferro.

• Monge de ferro

Iron Monger no inglês, também conhecido como Obadiah Stane, é o vilão tecnológico de um herói tecnológico. Stane possui um passado conturbado envolvendo a morte dos pais e uma vida de solidão. Devido a isto desenvolveu métodos de percepção e manipulação das pessoas com o intuito de estudar suas fraquezas e intenções.

Ainda quando criança se tornou exímio no xadrez, tentativa aqui que podemos correlacionar com o próprio histórico de uma “Guerra Fria nos tabuleiros” dado que os Estados Unidos e a URSS, na maioria das vezes disputavam as finais e a vitória da União soviética era ininterrupta desde 1948, e permanecera assim por mais 24 anos, até que em 1972 a vitória foi Estadunidense, quando mantiveram o título de campeões mundiais por três anos, perdendo o título novamente para a URSS. Este breve levantamento permite nos posicionar em relação ao próprio nacionalismo como uma personagem estadunidense surgindo em 1982 sendo representada como um gênio dos tabuleiros, podendo associá-lo a instigação de jovens

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a desenvolver o gosto pelo xadrez. Reforçando com as palavras de COELHO (1980, p.70): “Toda indústria cultural vem operando com signos indiciais e, assim, provocando a formação de consciências indiciais.”

• Mandarin

Esta Personagem fora lançada em 1964, era filho de uma inglesa e de um nobre chinês, desde pequeno demonstra aptidão para com a ciência, porém com a Revolução Comunista chinesa, retratada nas HQ’s com extrema violência, de maneira nenhuma colocando que o evento foi pacífico, dado as 300 mortes e os aproximados 4.800 oficiais “desaparecidos”. Mandarin então se refugia no vale dos espíritos, onde passa a ter contato com uma cultura alienígena e sai em busca de seus 10 anéis dos poderes.

Nas HQ´s, Mandarim é retratado como um expansionista, dado que seu objetivo é a conveniente conquista do Mundo. Estranho pensar que até mesmos os roteiristas temiam já 1964 uma expansão da China. A própria relação da economia global atual moldou esta personagem que hoje é retratada como um empresário chinês, e em outras ocasiões um lunático que visa a dominação global.

4. Considerações Finais

Provocamos neste breve trabalho uma relação entre o paralelo do mundo das HQ’s e do Mundo politizado em qual vivemos, e o nosso introdutor na intersecção entre estes dois mundos foi nada mais, nada menos que o Homem de Ferro.

No discorrer da narrativa, tentou-se levantar aspectos que envolveram toda uma relação política de um período histórico marcante e não tão distante, onde duas potências, dois sistemas, tentavam se sobrepor um sobre o outro até a conquista de uma hegemonia. Sendo assim foram usados diferentes meios de conquista e manutenção desta prevalência de sistema, e a figura do próprio Homem de Ferro fora usada como um exemplo quando tratamos dos meios de veiculação de imagem e mensagem.

Devemos ressaltar que a opinião do autor foi a que prevaleceu neste trabalho, o ponto de vista de um indivíduo que não viveu diretamente o período, não teve medo de que a qualquer momento no horizonte, cogumelos atômicos surgissem declarando o fim ou inicio de uma nova era, será que vem a ser pertinente? Penso que tudo vale a pena afinal, as pessoas que viveram estes medos criam as próximas gerações com dados de sua vivência, além de que a própria história trilha determinados caminhos que ao tentarmos olhar para um futuro ou até

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mesmo para o agora, podemos relacionar com o caminho já trilhado, agregando cada vez mais materiais e informações sobre diferentes experiências já vividas às nossas.

As HQ’s da Marvel foram e ainda são presentes no cotidiano de muitas gerações, Stan Lee, Lerry Lieber e outros membros da Marvel Comic’s, são os responsáveis por uma transmissão de informações para esta gama etária de público. Sempre conduzindo aos seus traços todas as dinâmicas e relações maniqueístas ou não, criticas ou não, políticas ou não, à todos que tiverem gosto e disposição à leitura dos quadrinhos.

Logo, podemos conotar que as histórias em quadrinhos, vão muito além de sua função de entretenimento, sendo abordados temas que vem a envolver conflitos sociais e políticos, e sempre se adequando às transformações dos mesmos, se adaptando a dinâmica geopolítica atuante. Sendo assim ricas fontes de análises, para que possam surgir críticas, debates e até mesmo uma aproximação entre os leitores.

E no cunho da própria geografia, elaboramos uma analise crítica aqui sobre a personagem levantando conceitos geopolíticos, sociais e até mesmo passando brevemente sobre conceitos de semiótica, Com o intuito de construir uma Geografia Crítica.

Por fim, penso que devemos encarar em geral, de maneira mais madura esses simples traços coloridos, atribuindo aos mesmos a devida seriedade pela propriedade de seu conteúdo.

5. Referencias bibliográficas:

• COELHO, T. O Que é Indústria Cultural. São Paulo : Brasiliense.1980.

• DIAS JÚNIOR, José Augusto & ROUBICEK, Rafael. Guerra Fria: A era do medo. São Paulo: Ática.1996.

• MOODIE,A. E. Geografia e Política.Rio de janeiro:1965.

• EISNER, Will. Quadrinhos e arte seqüencial. Tradução Luís Carlos Borges. São Paulo:Martins Fontes, 1999.

• FALCÃO, Antonio Rebouças (et al.); BRUZZO, Cristina, coordenadora Coletânea lições com cinema: animação. São Paulo: FDE, Diretoria de Projetos Especiais/Diretoria Técnica, 1996. 256 p. v.4.

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