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AÇÃO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO - APOSENTADORIA RURAL POR IDADE

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Academic year: 2021

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE ATIBAIA - ESTADO DE SÃO PAULO. Competencia delegada – alterar para JEF /JF – se for caso

Nome do cliente, qualificação, residente e domiciliado à ..., o qual não possui endereço eletrônico, por suas advogadas infra-assinadas – procuração ad judicia em anexo e endereço eletrônico: ...., vem, respeitosamente, ante a presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO

PREVIDENCIÁRIO - APOSENTADORIA RURAL POR

IDADE

com base no artigo 201,§7º, inciso II, da Constituição Federal e na Lei 8.213/91, em seus artigos 11, VI e 39, em face do INSS – INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, na pessoa de seu representante legal, com sede regional situada à Rua ..., pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:

I. P R E L I M I N A R M E N T E: DAS PUBLICAÇÕES:

01. Inicialmente, requer o autor que todas as publicações sejam endereçadas às advogadas abaixo constituídas:

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... Rua ....

.... TEL: (11)... E-MAIL: ....

DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA:

02. Antes de se adentrar no mérito da presente lide, o requerente, na forma da Lei 1.060/50, requer a concessão dos Benefícios da Justiça Gratuita, tendo em vista que não possui condições financeiras de arcar com as custas e despesas processuais, sem que ocasione prejuízo para seu sustento e de sua família, conforme declaração em anexo.

DO PRÉVIO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO-INTERESSE DE AGIR: 03. Conforme comprova o documento anexo, verifica-se que o autor ingressou com o prévio requerimento administrativo, no dia ...., NB ..., e o mesmo foi INDEFERIDO de forma indevida pelo requerido.

Desta forma, caracterizado está o interesse de agir para a presente demanda, nos termos do entendimento do STF, no RE631.240. .

DOS FATOS:

04. Nascido no meio rural, em ..., no município de .../SP, filho de pais lavradores, o requerente, que hoje conta com .... anos de idade, por toda sua vida funcional foi lavrador, tendo iniciado a sua vida laborativa ainda na tenra idade – aos ... -, ajudando seus pais na plantação e colheita de alimentos básicos, sob regime de economia familiar, em imóvel próprio da família.

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05. Em síntese, o Requerente viveu toda a sua vida no meio rural, trabalhando, inicialmente com seus pais e irmãos, em imóvel próprio, denominado “Sítio ...”, em Itaoca, no município de .../SP, no cultivo de arroz, feijão, milho e criação de um pequeno rebanho, para sustento próprio, e o restante, à venda, em regime de economia familiar.

Após o falecimento do genitor, ocorrido em ..., continuou na labuta rural, juntamente com sua esposa e filhos.

06. Cumpre esclarecer que tal atividade foi realizada pelo autor até o final do ano de ..., quando mudou-se para a residência do filho, na cidade de ..., tendo em vista sua idade avançada, todavia, já possuía mais de 60 anos de idade na data da mudança de residência.

07. A atividade rural sempre foi desenvolvida em regime de economia familiar, sendo o trabalho dos membros indispensável à sobrevivência da família, em condições de mútua dependência e colaboração, sem o auxílio de empregados. 08. Tais fatos ficarão evidenciados no decorrer da instrução processual, pela prova oral que se pretende produzir em audiência, corroborando a prova documental já acostada à presente.

09. Assim sendo, diante da negativa administrativa ilegal, ingressa-se com a presente demanda para satisfação de seu direito, sendo o que se requer.

DO ASPECTO LEGAL:

10. A pretensão do requerente está amparada, primeiramente, pelo artigo 201, parágrafo 7º, inciso II, da Constituição Federal de 1988, bem como pelo preenchimento dos requisitos exigidos pela Lei 8.213/91, especialmente em seus artigos 1º; 11, inciso VII; 39, inciso I; 48, parágrafo 1º; 49, inciso II, 142 e 143 e pelo Decreto n.º 3.048/99, que regulamenta a lei 8.213/91, em seus artigos 51, parágrafo único, 182 e 183.

11. O mesmo faz jus ao benefício pleiteado uma vez que preenche os requisitos exigidos para o mesmo:

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a) é considerado segurado especial (artigo 11, inciso VII da lei 8.213/91), uma vez que sempre trabalhou na atividade rurícola, desde os 12 anos de idade até o final do ano de 2015, quando deixou a labuta rural em razão da idade avançada; a atividade era realizada em conjunto com seus familiares, em regime de economia familiar, ou seja, destinada ao sustento de todos, ausente qualquer outra fonte de renda;

b) já conta com mais de 60 (sessenta) anos de idade, completados em .../2012;

c) cumpriu a carência exigida pelo artigo 25, II, da lei 8.213/91, uma vez que trabalha na lavoura há muito mais do que 180 (cento e oitenta) meses.

12. Outrossim, o artigo 39, inciso I, da Lei 8.213/91, estabelece que:

“Art. 39 – Para os segurados especiais, referidos no inciso VII do art. 11 desta

Lei, fica garantida a concessão:

I – de aposentadoria por idade ou por invalidez, de auxílio-doença, de auxílio reclusão ou de pensão, no valor de 1 (um) salário mínimo, desde que comprove o exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período, imediatamente anterior ao requerimento do benefício, igual ao número de meses exigidos à carência do benefício requerido: (...)”. (grifos nossos). 13. Ademais, cumpre observar que para a concessão de aposentadoria por idade de trabalhador rural, o tempo de exercício de atividade equivalente à carência deve ser aferido no período imediatamente anterior ao requerimento administrativo ou à data do implemento da idade mínima (SÚMULA 54 DA TNU).

14. Neste sentido, o srt. 158, I, IN 77/15  para a aposentadoria por idade prevista no art. 230 do trabalhador rural empregado, contribuinte individual segurado especial será apurada mediante a comprovação de atividade rural no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício ou, conforme o caso, no mês em que cumprir o requisito etário, computando-se, exclusivamente, o período de natureza rural.

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14.1 Assim, não há que se falar em falta de comprovação da filiação de segurado especial na data do requerimento ou na implementação do requisito etário.

15. Destarte, para comprovação do labor agrícola, posto que para os segurados especiais não há necessidade de contribuição previdenciária e sim de efetivo trabalho rural, pelo período da carência, o requerente apresenta, em anexo, inúmeros documentos, os quais ratificam sua

afirmação

de trabalhador rural familiar ao longo da vida, fazendo jus ao benefício pleiteado, principalmente por preencher o requisito legal de

“início de prova material”,

do artigo 55, §3º, da LB, quais sejam:

a) comprovantes de pagamento de ITR em nome do genitor do autor, datados de ...., qualificando aquele como “

trabalhador rural”

;

b) certificado de dispensa de incorporação, no nome do autor, qualificando-o como “

lavrador”

, datado de ...;

c) certidão de casamento do autor, datada de ..., qualificando-o como

lavrador

”;

d) carteirinha do sindicato rural do município de ...., em nome do autor, datada de ...;

e) Escritura pública de doação, em nome do autor, qualificando-o como

lavrador

”, datada de ....;

f) Contrato particular de compromisso de compra e venda em nome do autor, qualificando-o como “

lavrador

”, datado de ....;

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g) fichas de identificação de Prontuário Médico da Secretaria Municipal de Saúde de Itaóca, qualificando o autor como “

lavrador

”, datadas de ....;

h) contribuição sindical rural de agricultor familiar em nome do autor, datada de ...;

i) Declarações ITR em nome do autor, datadas de ....;

j) Notificações de lançamento de ITR em nome do autor, datadas de ....; k) declaração de cadastro de imóvel rural, em nome do autor, referente ao ano de ...;

- certificados de cadastro de imóvel rural, em nome do autor, datados de ...

16. Nesta seara, conclui-se que, uma vez comprovado o labor rural do autor, em regime de economia familiar, durante o período de carência exigido pela legislação pátria (180 meses – art. 25, II, LB), o que será ratificado pela prova oral a ser produzida em audiência, não se encontra óbice à concessão da aposentadoria rural por idade, devendo o INSS ser condenado a conceder o benefício de aposentadoria rural em favor do requerente.

17. A jurisprudência pátria é uníssona ao admitir a prova documental em nome de terceiros do grupo familiar, principalmente o genitor do autor, por ser o mesmo o patriarca e o gerenciador dos negócios, senão veja-se:

“PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR IDADE RURAL. INÍCIO DE PROVA MATERIAL. DOCUMENTOS EM NOME DE MEMBRO DO GRUPO FAMILIAR. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DO LABOR RURAL. PROVA ORAL CONVINCENTE. INCIDENTE CONHECIDO E PROVIDO. 1 -

Documentos em nome de

terceiros, como pais, cônjuge, filhos, ou qualquer outro membro

que compõe o grupo familiar, são hábeis a comprovar a atividade

rural em virtude das próprias condições em que se dá o

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desempenho do regime de economia familiar.

Precedentes: REsp 538232/RS, REsp 522240/RS e 200770950095720. Incidência da Súmula n.º 06 da TNU. 2 – Prevalência do princípio da continuidade do labor rural. 3 - Incidente conhecido e provido, para o fim de restabelecer os efeitos da sentença, determinando a devolução dos autos ao Juízo Federal de origem para adequação. Condenação do INSS ao pagamento de honorários advocatícios de 10% sobre o valor da condenação, com observância da Súmula 111 do STJ.” (TNU, PEDILEF 200870950001753, relator: Juiz Federal Otávio Henrique Martins Port, DJ: 13/05/2010).

18.Tal entendimento vem de encontro com o artigo 115, §1º, da IN INSS 45/10 e com a Portaria MPS 170/2007, em seu artigo 3º, que determina que os documentos citados em seu caput (entre eles, documento de imóvel rural) devem ser considerados para TODOS os membros do grupo familiar. 19. Com relação à admissão dos comprovantes de pagamento de ITR do móvel rural como início de prova material para comprovação do serviço rural, temos o seguinte julgado da TNU, apresentado no índice temático de jurisprudência:

►PEDILEF nº 2006.72.95.012026-9/SC, Rel. Juiz Fed. Edilson Pereira Nobre Júnior, DJ 31.08.2007.

19.1 Ainda, quanto à utilização do ITR para a mesma finalidade, este é o entendimento da jurisprudência pátria:

"PREVIDENCIÁRIO E CONSTITUCIONAL. APOSENTADORIA POR IDADE. TRABALHADOR RURAL. INÍCIO DE PROVA MATERIAL. PROVA TESTEMUNHAL. IDADE MÍNIMA. TERMO A QUO. CORREÇÃO MONETÁRIA. JUROS DE MORA. HONORÁRIOS. (...) 2. A concessão do benefício de aposentadoria por idade, pleiteado pela parte autora, exige a demonstração do trabalho rural, cumprindo-se o prazo de carência previsto no artigo 142 da Lei n. 8.213/91, mediante início razoável de prova material, corroborada com prova testemunhal, ou prova documental plena. Como requisito etário, exige-se a idade superior a 60

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anos para homem e 55 anos para mulher (artigo 48, § 1º, da Lei de Benefícios). 3. No caso dos autos, a parte autora completou 55 anos em 2007 e apresenta como início de prova material: certidão de casamento, ocorrido em 14/06/1969, em que consta a profissão de lavrador do cônjuge da requerente (fl. 48); carteira de filiação do sindicato dos pequenos produtores rurais de Capitólio - MG, expedida em 26/04/2003 em nome da parte autora (fl. 14); ITR do imóvel Fazenda Rolador, dos anos de 1994 (fl. 36) e de 1995 a 1996 (fls. 22/24)(...)". (TRF 1 Regiao, 2

Turma, AC n. 426898820134019199, Documento: TRF-1 - APELAÇÃO CIVEL : AC 426898820134019199, Relator: JUIZ FEDERAL LINO OSVALDO SERRA SOUSA SEGUNDO (CONV.), DJ:03/09/2014). (grifos nossos).

20. Já com relação à admissão do Certificado de dispensa do serviço militar do autor, como início de prova material para comprovação do serviço rural, temos os seguintes julgados da TNU e a jurisprudência do Tribunal Regional Federal da 1ª Região:

►PEDILEF nº 2006.70.95.004292-8/PR, Rel. Juiz Fed. Renato César Peçanha de Souza, DJ 07.05.2008;

►PEDILEF nº 2007.72.95.005507-5/SC, Rel. Juiz Fed. Élio Wanderley de Siqueira Filho, DJ 16.03.2009.

21. Ainda com relação à admissão do certificado de dispensa do serviço militar do autor, como também, de sua certidão de casamento, como início de prova material para comprovação do serviço rural, temos o seguinte julgado do:

"PREVIDENCIARIO. AÇÃO CONDENATÓRIA. APOSENTADORIA RURAL POR IDADE. INICIO DE PROVA MATERIAL. CERTIDÃO DE CASAMENTO E CERTIDÃO DE ALISTAMENTO ELEITORAL. PROVA TESTEMUNHAL ADEQUADA. JUROS. CORREÇÃO MONETÁRIA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. (...) 4.

Certidão de casamento e certificado de

alistamento eleitoral, configuram início de prova material

. Testemunhos colhidos, que corroboram a prova material, consoante

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entendimento da jurisprudência desta Corte. Precedente: AC 2004.01.99.038.720-8/MG. (...)". (TRF 1 Regiao, 2 Turma, AC n. 18524 BA

2002.33.00.018524-5, Documento: TRF-1 - APELAÇÃO CIVEL : AC 18524 BA 2002.33.00.018524-5, Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL ALOÍSIO PALMEIRA LIMA, DJ:20/09/2006). (grifos nossos).

22. Igualmente quanto à comprovação da atividade rural, a

TNU

definiu um rol exemplificativo de documentos servíveis como início de prova material, como já acima indicado, constando expressamente entre eles:

Carteira de filiação a Sindicato Rural.

►PEDILEF nº 2003.81.10.025191-0/CE, Rel. Juíza Fed. Jacqueline Michels Bilhalva, DJ 26.01.2010

►PEDILEF nº 2007.83.00.526657-4/PE, Rel. Juiz Fed. Otávio Henrique Martins Port, DJ 25.03.2009 Certidão de casamento da

parte autora. ►PEDILEF nº 2003.81.10.027572-0/CEFed. Ricarlos Almagro V. Cunha, DJ 13.05.2010 , Rel. Juiz

Prontuário médico de Posto

de Saúde constando a

profissão.

►PEDILEF nº 2007.83.05.501035-6/PE, Rel. Juiz Fed. Ricarlos Almagro V. Cunha, DJ 13.05.2010

22.1 Desta sorte, para comprovação da atividade rural, a parte autora, valeu-se do diposto no artigo 62 do Regulamento da Previdência Social, in verbis:

“A prova de tempo de serviço, considerado tempo de contribuição na forma do art. 60, observado o disposto no art. 19 e, no que couber, as peculiaridades do segurado de que tratam as alíneas "j" e "l" do inciso V do caput do art. 9º e do art. 11, é feita mediante documentos que comprovem o exercício de atividade nos períodos a serem contados, devendo esses documentos ser contemporâneos dos fatos a comprovar e mencionar as datas de início e término e, quando se tratar de trabalhador avulso, a duração do trabalho e a condição em que foi prestado.

(...)

§ 3º Na falta de documento contemporâneo podem ser aceitos declaração do empregador ou seu preposto, atestado de empresa ainda existente, certificado ou certidão de entidade oficial dos quais constem os dados previstos no caput deste artigo, desde que extraídos de registros efetivamente existentes e acessíveis à fiscalização do Instituto Nacional do Seguro Social.

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§ 4º Se o documento apresentado pelo segurado não atender ao estabelecido neste artigo, a prova exigida pode ser complementada por outros documentos que levem à convicção do fato a comprovar, inclusive mediante justificação administrativa, na forma do Capítulo VI deste Título.”

22.2 Nesse passo, igualmente não é de se exigir a comprovação anual do trabalho rural. Entendimento contrário inviabilizaria o reconhecimento do labor rurícola, dada a informalidade dos negócios no meio rural. Tal entendimento é pacífico no âmbito dos Tribunais, estando, também, consolidado na Súmula nº 14 da TNU:

"Para a concessão de aposentadoria rural por idade, não se exige que o início de prova material corresponda a todo o período equivalente à carência do benefício".

22.3 Ademais, cumpre salientar que a ausência de documentos delimitando o termo final de tempo de serviço rural a ser comprovado não impede seu reconhecimento, uma vez que a prova testemunhal pode ampliar a eficácia probatória das provas materiais, como já decidiu a TNU em mais de uma oportunidade:

“TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO. PREVIDENCIÁRIO. AVERBAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO RURAL. EXISTÊNCIA DE INÍCIO DE PROVA MATERIAL. VALORAÇÃO JURÍDICA DA PROVA TESTEMUNHAL FAVORÁVEL. ATRIBUIÇÃO DO EFEITO DE AMPLIAÇÃO DA EFICÁCIA PROBATÓRIA DO INÍCIO DE PROVA MATERIAL RECONHECIDO NOS AUTOS. 1. É jurisprudência dominante do STJ, aceita por esta TNU, o posicionamento pela ampliação da eficácia probatória do início de prova material decorrente da prova testemunhal favorável. Precedentes do STJ (AR 2.972/SP e REsp 980762/SP) e da TNU (Processo n. 200570510023599 e Processo n. 200570510042764)”. (TNU, autos nº

200770950155480, relatoria do Juiz Federal Derivaldo de Figueiredo Bezerra Filho, publicação no DJ de 05/05/2010).

22.4. Desta sorte, para comprovação da atividade rural, o autor, valeu-se dos documentos acima citados, sendo que TODOS, com exceção apenas de dois, encontram-se em seu próprio nome, e serão ratificados e ampliados pela

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prova oral, a ser produzida em audiência, principalmente quanto ao periodo necessário para deferimento de seu beneficio.

22.5 Nesta seara, conclui-se que, uma vez comprovado o labor rural do autor, durante o período de carência exigido pela legislação pátria (180 meses), o que será ratificado pela prova oral a ser produzida em audiência, não se encontra óbice à concessão da aposentadoria rural por idade, devendo o INSS ser condenado a conceder o benefício de aposentadoria rural em favor do requerente.

DA DATA DO INÍCIO DO BENEFÍCIO:

23. Em relação à data do início do benefício, verifica-se que o autor ingressou com o prévio requerimento administrativo, no dia ...., NB ..., e o mesmo foi indeferido de forma indevida pelo requerido; assim, a data do início do benefício – DIB – deverá corresponder à DER do NB ... , ocorrida em ...., quitando-se as parcelas vencidas de uma única vez, com os acréscimos legais.

DO VALOR DO BENEFÍCIO:

24. O valor do benefício deverá ser fixado no salário-mínimo nacional vigente, por se tratar de segurado especial, nos termos do artigo 39 da lei 8.213/91.

D A T U T E L A DE U R G Ê N C I A:

25. Em razão das provas documentais acostadas à presente, as quais comprovam a atividade rural desenvolvida pelo autor ao longo de sua vida, comprovando-se, assim, o preenchimento dos requisitos do artigo 300, do CPC, quais sejam: probabilidade do direito (idade e carência-tempo de atividade rural como segurado especial devidamente comprovados), e perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, uma vez que o requerente,

sexagenário,

necessita do benefício, que possui natureza alimentar, indispensável à sobrevivência, requer seja concedida a tutela de urgência para a imediata

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implantação do benefício, independentemente de citação instituto requerido, fixando-se o prazo de 30 dias para a devida implantação.

26. Em sentença, após a procedência do pedido, requer a concessão da TUTELA ESPECÍFICA DA OBRIGAÇÃO, por se tratar de obrigação de fazer (implantar), com supedâneo no artigo 497, caput e 536, § 1º, do CPC, com a fixação do prazo de 30 (trinta) dias a partir da decisão, para a devida implantação do benefício, sob pena de multa diária.

D O S P E D I D O S: 27. Diante do exposto e comprovado, requer:

-primeiramente, que seja concedido ao requerente os benefícios da Lei 1.060/50, uma vez que o mesmo é pessoa economicamente hipossuficiente, e não possui meios de arcar com as despesas e custas processuais, sem se privar do necessário para sua sobrevivência e de sua família, conforme atesta a declaração em anexo;

-que, diante da documentação acostada à presente, que ratificam todo o alegado e por se tratar de benefício de natureza alimentar, necessário à subsistência do requerente, preenchidos os requisitos do artigo 300, do CPC: probabilidade do direito (idade e carência-tempo de atividade rural como segurado especial devidamente comprovados), e perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, uma vez que o requerente

(sexagenário)

necessita do benefício, que possui natureza alimentar, indispensável à sua sobrevivência, seja concedida

TUTELA DE URGÊNCIA

para a imediata implantação do benefício de aposentadoria por idade em favor do requerente;

-a citação do instituto requerido, na forma do artigo 247, III, do Código de Processo Civil, ou seja, via Oficial de Justiça, para que apresente defesa, se assim desejar, dentro do prazo legal, sob pena de confissão e revelia quanto à matéria de fato;

-a dispensa da audiência de tentativa de conciliação, nos termos do artigo 334, § 5º, do CPC;

(13)

-que seja observado o disposto no artigo 489, parágrafo 1º, incisos IV e VI, do CPC, acerca de todos os precedentes e jurisprudência colacionados em inicial, sob pena de nulidade da r. sentença;

-a procedência integral da pretensão deduzida, consoante narrado nesta inicial, para:

a) reconhecer e declarar por sentença a atividade rural do autor, a partir dos 12 anos de idade até dezembro de 2015, em regime de economia familiar, averbando-se no CNIS do autor, em prazo não superior à 30 dias, sob pena de astreinte;

b) em consequência, condenar-se o INSS a implantar o benefício de aposentadoria por idade rural ao mesmo, nos termos do artigo 39, LB, benefício este mensal e vitalício, no valor de 1 salário mínimo mensal;

-que a DIB seja fixada na DER no NB n. ...., qual seja, ..., quitando-se as parcelas vencidas de uma única vez, mediante RPV, com os acréscimos legais; - que, em sentença, seja concedida em sentença a TUTELA ESPECÍFICA DA OBRIGAÇÃO, por se tratar de ação de obrigação de fazer, com espeque no artigo 497 e 536, § 1º, do CPC, para a imediata implantação a partir da sentença, sob pena de multa diária;

- ainda, que seja o instituto requerido condenado ao pagamento de honorários sucumbenciais a serem arbitrados por Vossa Excelência no percentual de 20% (vinte por cento), calculado sobre as parcelas vencidas (compreendidas estas desde a concessão do benefício até a data da sentença de primeira instância), caso este valor não seja inferior à R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais), para não apresentar caráter irrisório e em atendimento ao artigo 85, §§ 2º e 5º, do CPC.

DAS PROVAS:

28. Requer, finalmente, seja deferida a utilização de todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente a juntada dos documentos que acompanham a inicial, oitiva de testemunhas, ao final arroladas, as quais deverão ser

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intimadas para a audiência de instrução e julgamento a ser designada, sob pena de confissão, e juntada de documentos novos, sem exclusão de nenhum outro meio de prova que se fizer necessário ao deslinde da demanda.

DO VALOR DA CAUSA:

29. Dá-se a causa o valor de R$ ...., nos termos do artigo 292, §§ 1º e 2º, do CPC, correspondente a 4 (quatro) parcelas vencidas, no valor de R$ ...., mais 13 (treze) vincendas, no valor de R$ ...., totalizando R$ ,,,,.

Por ser medida de salutar Justiça, Pede Deferimento.

Local e data...

Assinaturas....

ROL DE TESTEMUNHAS:

Referências

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