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Fundo Florestal Permanente

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Academic year: 2021

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2018

Fundo Florestal Permanente

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Í

NDICE

1. NOTAINTRODUTÓRIA ... 2

2. ENQUADRAMENTO ... 2

3. OBJETIVOSEATIVIDADESADESENVOLVER ... 4

3.1. AÇÕES ELEGÍVEIS EM 2018 ... 5

3.2. PERÍODOS DE APRESENTAÇÃO DAS CANDIDATURAS ... 13

4. ENQUADRAMENTO FINANCEIRO – ORÇAMENTO PARA O ANO DE 2018 ... 14

4.1. PREVISÃO ORÇAMENTAL DA RECEITA ... 14

4.2. COMPROMISSOS DE 2018 ... 14

5.2.1. COMPROMISSOS TRANSITADOS DE ANOS ANTERIORES ... 15

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1. NOTA

INTRODUTÓRIA

O presente documento sistematiza os aspetos que marcam o contexto da atividade do Fundo Florestal Permanente (FFP), identifica as principais linhas de orientação que se antecipam para o ano de 2018, tendo como referência, por um lado, os recursos financeiros a afetar ao Fundo, e por outro, a afetação dos recursos do Fundo às diferentes áreas de intervenção.

Conforme disposto no Decreto-Lei n.º 63/2004, de 22 de março, que cria o FFP, os apoios financeiros a atribuir por este incidem, nomeadamente nas seguintes áreas:

a) Ordenamento e gestão florestal;

b) Prevenção de incêndios e respetivas infraestruturas;

c) Arborização e rearborização com espécies florestais de relevância ambiental e de longos ciclos de produção;

d) Reestruturação fundiária, emparcelamento e aquisição de terra; e) Seguros florestais;

f) Ações específicas de investigação aplicada, demonstração e experimentação; g) Sistemas de certificação de gestão e dos produtos florestais.

Nos pontos seguintes faz-se uma caraterização sucinta do FFP, do seu regime de administração e gestão, sendo apresentados os principais objetivos e as atividades a desenvolver, bem como, em conformidade, o enquadramento financeiro e o orçamento previsional para a implementação do Plano de Atividades para 2018.

2. ENQUADRAMENTO

O FFP destina-se a apoiar a gestão florestal sustentável nas suas diferentes valências, em conformidade com o previsto na Lei n.º 33/96, de 17 de agosto (Lei de Bases da Politica Florestal).

Os principais objetivos do Fundo são o de apoiar, de uma forma integrada, a estratégia de planeamento e gestão florestal, a viabilização de modelos sustentáveis de silvicultura e de ações de reestruturação fundiária, as ações de prevenção dos fogos florestais, a valorização e

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promoção das funções ecológicas, sociais e culturais dos espaços florestais, e ações específicas de investigação aplicada, demonstração e experimentação.

Os recursos financeiros a afetar ao Fundo estão previstos no artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 63/2004, sendo a principal fonte de receita o produto do imposto que incide sobre o consumo de produtos petrolíferos.

O Regulamento do FFP aprovado pela Portaria n.º 113/2011, de 23 de março, foi republicado pela Portaria n.º 296/2013, de 2 de outubro, com produção de efeitos relativamente à gestão financeira do Fundo pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I.P. (ICNF, I.P.), desde 1 de janeiro de 2013. Esta portaria procede à revisão do regime de administração do FFP, através da transferência das atribuições nesse domínio do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, I.P. (IFAP, I.P.), que sucedeu nas atribuições do anterior Instituto de Financiamento e Apoio ao Desenvolvimento da Agricultura e Pescas (IFADAP), para o ICNF, I.P.. Com vista à simplificação, clarificação e uniformização de procedimentos mediante a aproximação aos demais regimes de financiamento nesta área e ao incremento da eficácia e eficiência da operacionalização dos apoios, foi aprovado o novo Regulamento do FFP através da Portaria n.º 77/2015, de 16 de março. É atribuída ao ICNF, I.P. a competência da gestão e administração do Fundo, passando a competir à Comissão de Acompanhamento e Análise de Candidaturas (CAAC) a aprovação das candidaturas e respetivos montantes de apoios de que aquele organismo seja beneficiário.

Através da Portaria n.º 163/2015, de 2 de junho, e Declaração de Retificação n.º 25/2015 (Diário da República, 1.ª série, N.º 111, de 9 de junho de 2015), foram introduzidos alguns ajustamentos ao regulamento do Fundo aprovado pela Portaria n.º 77/2015, de 16 de março. A Portaria n.º 42/2016, de 8 de março, vem aprovar o alargamento do âmbito da tipologia de ações de defesa da floresta contra incêndios e das ações ecológicas, sociais e culturais da floresta. A Portaria n.º 10-A/2018, de 5 de janeiro, vem integrar um conjunto de normas e novas figuras jurídicas comuns a outros fundos, estando previsto o apoio ao funcionamento dos Gabinetes Técnicos Florestais Intermunicipais, e alargados os apoios às entidades e unidades de gestão florestal, no sentido de aprofundar os modelos de gestão conjunta e profissionalizada dos espaços florestais em zonas de minifúndio, bem como ações de prevenção e defesa da floresta contra agentes bióticos. Passam também a ser elegíveis os custos com a denominada assistência técnica. É implementado um sistema de controlo interno com vista a aumentar a transparência bem como as garantias de execução do FFP, e criada a figura de fiscal único de modo a melhorar as garantias de independência e de controlo sobre a execução financeira do Fundo.

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A CAAC tem a seguinte composição: (i) Um membro do conselho diretivo do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, I.P. ou em quem ele delegar, que preside; (ii) Um elemento a designar pelo membro do Governo responsável pela área das florestas.

A publicação da Portaria n.º 10-A/2018, de 5 de janeiro, vem determinar que é competência da CAAC a aprovação e divulgação do seu regulamento interno e a análise técnica e emissão de parecer relativo às candidaturas apresentadas pelo ICNF, IP. Por seu lado, compete àquele instituto elaborar e submeter à aprovação do membro do Governo responsável pela área das florestas candidaturas bem como relatórios finais de execução material e financeira, a apoios de que este Instituto seja beneficiário.

Neste contexto, de acordo com o previsto na alínea a) do artigo 7.º do Regulamento do FFP, cabe ao ICNF, I.P. elaborar o plano anual de atividades do FFP e submetê-lo a aprovação pelo membro do Governo responsável pela área das florestas.

O plano anual de atividades é o instrumento de planeamento de afetação dos recursos do FFP às diferentes áreas e estabelece, nomeadamente, os eixos de intervenção, a tipologia das ações a financiar, a previsão dos montantes financeiros a afetar bem como o plano anual de apresentação de candidaturas aos apoios a conceder.

O presente documento apresenta a proposta de plano de atividades do FFP.

3. OBJETIVOS

E

ATIVIDADES

A

DESENVOLVER

1. Os apoios financeiros a conceder pelo Fundo enquadram-se nas áreas previstas no n.º 4 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 63/2004, de 22 de março, através dos seguintes eixos de intervenção previstos no n.º 1 do artigo 5.º do regulamento do FFP aprovado pela Portaria n.º 77/2015, de 16 de março:

a) Eixo I - Sensibilização e informação;

b) Eixo II - Defesa da floresta contra incêndios e agentes bióticos;

c) Eixo III - Promoção do investimento, da gestão e do ordenamento florestais; d) Eixo IV - Funções ecológicas, sociais e culturais da floresta;

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2. O Fundo pode ainda, mediante despacho do membro do Governo responsável pela área das florestas, apoiar outras intervenções relevantes que não se encontrem abrangidas nos eixos acima identificados ou nas ações previstas no n.º 1 do artigo 6.º do regulamento do FFP, desde que se enquadrem nos objetivos estabelecidos no artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 63/2004, de 22 de março.

3.1. A

ÇÕES ELEGÍVEIS EM

2018

1. A atividade do FFP em 2018 está balizada pelos seguintes fatores:

 O orçamento disponível que permitiu alocar ao FFP uma dotação de 55.400.000,00 €.

 Os compromissos financeiros assumidos em anos anteriores, resultantes de candidaturas aprovadas que, de acordo com os respetivos planos financeiros aprovados, apresentam responsabilidades financeiras em 2018.

 Aos compromissos a firmar no âmbito das candidaturas apresentadas ao abrigo de concursos abertos e ainda não decididas.

 À assunção de novos compromissos no âmbito do Eixo II Defesa da Floresta contra Incêndios e Agentes Bióticos decorrentes de imposições legais, como sejam, o apoio ao “funcionamento das equipas de sapadores florestais” e o apoio ao “funcionamento dos gabinetes técnicos florestais”. Também, no prosseguimento dos objetivos da Politica Florestal, a Estratégia Nacional para as Florestas estabelece, como contributo relevante para a diminuição do risco de incêndio nas áreas mais sensíveis, o aumento da área intervencionada pelas equipas de sapadores florestais e, em coerência com esse objetivo, o aumento progressivo do número de equipas. Assim, para as equipas constituídas ao abrigo do Despacho n.º 2434-B/2017, de 21 de março, que determinou a abertura de concurso para a constituição de 20 equipas de sapadores florestais no território do continente, e as que venham a ser constituídas ao abrigo do Despacho n.º 730-B/2018, de 16 de janeiro, do Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, que determinou a abertura de concurso para a constituição de 100 equipas de sapadores florestais no território do continente, prevê-se que igualmente a concessão de apoio para o seu funcionamento.

 Também superveniente de orientação do Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural (MAFDR), a concessão de apoio à contratação de vigilantes florestais, nos termos da alínea b) do artigo 160.º da Lei n.º 114/2017, de 29 de dezembro (Orçamento do Estado para 2018).

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 A Resolução de Conselho de Ministros n.º 119/2017, de 1 de setembro, que declara a situação de calamidade em determinados concelhos do território nacional durante os dias 18 a 21 de agosto de 2017 e aprova medidas preventivas de disponibilização de recursos adicionais para ações de prevenção, nomeadamente para suportar o pagamento dos apoios ao funcionamento das equipas de sapadores florestais em 2017, na parte que exceder o período de 110 dias de trabalho em serviço público;

 Assunção de novos compromissos no âmbito da Resolução de Conselho de Ministros n.º 11-A/2018 (DR, 1.ª série. N.º 27, de 7 de fevereiro de 2018).

2. Sendo um dos objetivos estratégicos no domínio das florestas o de assegurar a proteção da floresta contra agentes bióticos nocivos diminuindo o risco de ocorrência de fenómenos com potencial desestabilizador e destruidor provocados por pragas e doenças, contribuindo assim para a valorização económica e ambiental dos espaços florestais e para uma gestão florestal sustentável desses mesmos espaços, prevê-se período para apresentação de candidaturas na área integrada no Eixo II – Defesa da floresta contra incêndios e agentes bióticos, a saber “Monitorização de pragas”.

3. Em 2017 foi estabelecido o compromisso relacionado com o apoio da contrapartida nacional de um projeto apresentado ao POSEUR, com o objetivo de dar continuidade aos trabalhos realizados referentes à execução de Rede Primária de Faixas de Gestão de Combustível (RPFGC) em Matas Nacionais e Perímetros Florestais, aumentando a taxa de execução nestas áreas sob gestão do ICNF, I.P, e proceder à adaptação da rede viária florestal, de forma a cumprir os critérios definidos no regulamento aprovado pelo Despacho n.º 5712/2014, de 16 de abril (Diário da República, 2.ª série, N.º 83, de 30 de abril de 2014) facilitando o acesso aos pontos de água de 1.ª ordem já existentes. Em 2017 foi apresentado um outro projeto ao POSEUR, constituído a 2.ª fase da instalação de rede primária e faixas de gestão de combustível, aprovado em 10/04/2017 e com início previsto no ano de 2018, prevendo-se que o FFP assegure o apoio da contrapartida nacional também deste projeto.

4. No âmbito do plano de defesa da floresta contra incêndios, o FFP prevê a concessão de apoio ao desenvolvimento de ações relacionadas com a defesa do património florestal público, nomeadamente a “vigilância armada de espaços florestais e sensibilização das populações”, a levar a cabo pelas Forças Armadas através do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) no âmbito do Despacho n.º 7136/2017 de 4 de agosto (Diário da República, 2.ª Série, N.º 157, de 16 de agosto de 2017).

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5. Em sequência do estabelecido na Estratégia Nacional para as Florestas e conforme determinado na Resolução de Conselho de Ministros n.º 157-A/2017 (Diário da República, 1.ª série, N.º 208, de 27 de outubro de 2017) produzida em sequência dos trágicos incêndios ocorridos em 2017, está previsto o aumento progressivo do número de equipas de sapadores florestais e dos seus recursos humanos. Por forma a assegurar a existência e a normal operacionalidade das equipas de sapadores florestais o FFP prevê o financiamento da aquisição de veículos para constituição e equipamento das novas equipas de sapadores florestais, bem como a substituição dos veículos das equipas já existentes, os quais se encontram em fim de vida útil ou já a ultrapassaram. Para além das novas equipas de sapadores florestais, também o Corpo Nacional de Agentes Florestais, que se encontra também em fase de renovação, deve ser dotado dos necessários meios de vigilância, de primeira intervenção e de apoio ao combate de incêndios florestais nas áreas protegidas e nas áreas florestais sob gestão do ICNF, I. P., será financiado pelo FFP, tendo ambas as ações enquadramento no Eixo de intervenção II do Fundo.

6. Superveniente de orientações do MAFDR com o objetivo último de executar ações de prevenção da ocorrência de incêndios através da gestão de combustível, pelo que deverá intervir-se na rede primária através da componente mecânica, com fogo controlado e queimadas bem como através da componente biológica com silvo-pastorícia. Assim, o FFP assegura o financiamento das seguintes ações com enquadramento no Eixo II:

6.1. No final do ano de 2017 foi publicado um Anúncio de Procedimento Concursal para apresentação de candidaturas para financiamento de intervenções conforme disposto no Plano Nacional de Fogo Controlado (PNFC) com o objetivo de criar descontinuidades no coberto vegetal, em faixas e/ou mosaicos estrategicamente selecionados, reduzindo a quantidade de combustível acumulado, com o envolvimento das diferentes estruturas intervenientes nos incêndios florestais, contribuindo para a redução das áreas ardidas. Os compromissos a estabelecer com as entidades candidatas ao referido Anúncio são estabelecidos no ano de 2018, prevendo-se ainda este ano a publicação do novo Procedimento Concursal;

6.2. Realização de queimadas extensivas, contribuindo para a eficácia da rede primária de defesa da floresta contra incêndios, através desenvolvimento de ações de prevenção estrutural que promovam a compartimentação dos espaços através da criação de descontinuidades do coberto vegetal em mosaicos, reduzindo também a quantidade de combustível acumulado e difundindo junto dos diferentes atores do território o uso ordenado da técnica do fogo como técnica de gestão de combustível.

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6.3. Execução do projeto-piloto relativo à gestão de combustível na rede primária com recurso à pastorícia reforçando-se assim as ações de prevenção de fogos florestais. Pretende-se promover a implementação sustentada de uma estratégia de defesa da floresta contra incêndios, reduzindo a quantidade de combustível acumulado, permitindo a usufruição destes espaços para outras funções tais como o pastoreio, levando ao envolvimento das diferentes atores do território como proprietários de efetivos de pequenos ruminantes (caprinos e ovinos) e proprietários e gestores de terrenos.

7. A RPFGC funciona como um elemento estruturante da paisagem rural e desempenha um conjunto de funções assentes na defesa de pessoas e bens e do espaço florestal, nomeadamente, a diminuição da superfície percorrida por grandes incêndios, permitindo e facilitando uma intervenção direta de combate ao fogo, a redução dos efeitos da passagem de incêndios, protegendo de forma passiva vias de comunicação, infraestruturas e equipamentos sociais, zonas edificadas e povoamentos florestais de valor especial, e o isolamento de potenciais focos de ignição de incêndios. Prevê-se assim, o apoio de ações de abertura e beneficiação de faixas de redução de combustível e de faixas de interrupção de combustível, com enquadramento no Eixo II do FFP.

8. Identificando-se o reforço da operacionalidade das Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) como forma optativa de gestão comum dos espaços rurais capaz de contribuir para a minimização do abandono e despovoamento daqueles espaços e dos riscos de incêndio florestal, fitossanitários e de desertificação, no final de 2017, foi publicado um Anúncio de Procedimento Concursal para apresentação de candidaturas para apoio à “Constituição de

Zonas de Intervenção Florestal” prevendo-se a assunção dos respetivos compromissos no

âmbito das candidaturas que venham a ser aprovadas no ano de 2018.

9. Foi ainda determinado pelo membro do Governo responsável pela área das florestas, reforçar o apoio da contrapartida nacional disponível para o financiamento de projetos de investimento florestal no âmbito do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER), num montante total de 2.544.794,00 €, nos termos do n.º 2 do artigo 6.º do Regulamento do Fundo.

10. Foi determinado, através do Despacho n.º 9224-A/2017, de 19 de outubro, do Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, um “programa de intervenção específico” que estabeleça as condições para a efetiva e duradoura recuperação das áreas ardidas nas Matas Nacionais, sobretudo litorais. Prevê-se a atribuição de apoio à elaboração de um

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projeto de recuperação das Matas Litorais sob gestão do ICNF, I.P. a levar a efeito por uma parceria que envolve vários organismos da academia sob a coordenação do Instituto Superior de Agronomia (ISA).

11. A Resolução do Conselho de Ministros n.º 167/2017 (Diário da República, 1.ª série, N.º 211, de 2 de novembro de 2017) cria o programa «Voluntariado Jovem para a Natureza e Florestas», ficando a sua gestão e avaliação a cargo do Instituto Português do Desporto e Juventude, I. P. (IPDJ, I.P.). Estabelece também como fontes de financiamento do programa o Orçamento do Estado, através das dotações das entidades públicas envolvidas no programa, o Fundo Ambiental (FA), o FFP e outros fundos públicos ou privados no âmbito de parcerias, cuja concretização cabe ao IPDJ, I.P. O Programa «Voluntariado Jovem para a Natureza e Florestas» visa promover práticas de voluntariado juvenil no âmbito da preservação da natureza, florestas e respetivos ecossistemas, através da sensibilização das populações em geral, bem como da preservação contra os incêndios florestais e outras catástrofes com impacto ambiental, da monitorização e recuperação de territórios afetados. 12. A carta de risco/perigosidade de incêndio florestal elaborada nos termos do Decreto-Lei n.º 124/2006, de 28 de junho, data de 2004 (Portaria n.º 1060/2004, de 21 de agosto). Assim, tendo em atenção a evolução da realidade e dos parâmetros que estiveram na base da elaboração da referida carta, é essencial proceder à sua atualização por forma a que o país disponha de informação sobre o risco espacial de incêndio atualizada que suporte a tomada de decisões no âmbito das medidas de planeamento da DFCI. Esta ação tem enquadramento no Eixo V do FFP.

13. A Resolução de Conselho de Ministros n.º 157-A/2017, produzida em sequência dos trágicos incêndios ocorridos em 2017, prevê a promoção de uma nova lógica de intervenção no território florestal, através da criação de Gabinetes Técnicos Florestais (GTF) Intermunicipais, alterando o patamar territorial de planeamento e dando capacidade de intervenção pública através da criação de Brigadas Especiais de Sapadores Florestais com competências, nomeadamente, no âmbito de ações de silvicultura preventiva e de intervenção e emergência pós-fogo.

13.1. Neste contexto, em 2018 prevê-se a atribuição de apoio ao funcionamento dos GTF Intermunicipais com enquadramento no Eixo II do FFP, no sentido de fomentar uma melhor articulação e funcionamento integrado dos GTF municipais na sua área de intervenção, através da divulgação das políticas florestais, disponibilização e difusão de informação técnica de âmbito florestal.

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13.2. Prevê-se igualmente a atribuição de apoio ao funcionamento das brigadas de sapadores florestais, compostas pelo agrupamento de três equipas de sapadores florestais, e constituídas para intervir prioritariamente no âmbito da instalação e manutenção da rede primária de defesa da floresta contra incêndios, nas ações de consolidação e pós-fogo, bem como nas ações de estabilização de emergência. 14. Nos termos do n.º 1 do artigo 33.º do Regulamento do FFP, na redação atual, e conforme

despacho de 15 de maio de 2018, do membro do Governo responsável pela área das florestas, será celebrado um protocolo com o Município da Mealhada a financiar pelo FFP, no âmbito da concretização de projetos com enquadramento nos Eixos I, III e IV.

15. Está previsto a elaboração de Estudo piloto no âmbito da recuperação de áreas ardidas com enquadramento no Eixo V do FFP. O objetivo desta ação é melhorar a capacidade das instituições públicas e dos agentes privados para efetuar operações de estabilização de emergência e reabilitação de áreas afetadas por grandes incêndios, de forma atempada, seguindo as melhores práticas baseadas no conhecimento científico e nas melhores experiências, e desenvolver procedimentos de monitorização e difusão de resultados das intervenções, que permitam um incremento da qualidade técnica das medidas propostas, numa lógica de gestão adaptativa.

16. Também com enquadramento no Eixo V, prevê-se a atribuição de apoio para a elaboração de Estudo para Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PNDFCI). Com o PNDFCI define-se uma estratégia e um conjunto articulado de ações com vista a fomentar a gestão ativa da floresta, criando condições propícias para a redução progressiva dos incêndios florestais.

Para alcançar os objetivos, ações e metas consagradas no PNDFCI, preconizam-se intervenções em 3 domínios prioritários: prevenção estrutural, vigilância e combate.

Assim, são identificados 5 eixos estratégicos de atuação:

 Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais;

 Redução da incidência dos incêndios;

 Melhoria da eficácia do ataque e da gestão dos incêndios;

 Recuperar e reabilitar os ecossistemas;

 Adaptação de uma estrutura orgânica e funcional eficaz.

17. No sentido de promover e facilitar a gestão conjunta dos espaços florestais contínuos, preferencialmente no minifúndio e pelos próprios proprietários agregados em cooperativas ou associações, segundo os princípios da gestão florestal sustentável, em áreas que

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permitam proporcionar a valorização e rentabilidade adequada dos ativos, prevê-se apoiar as ações tendentes à instrução do pedido de reconhecimento como Unidades de Gestão Florestal (UGF), nomeadamente a formalização do pedido a submeter junto do ICNF, I.P. nos termos do n.ºs 1 e 2.2. do artigo 2.º da Portaria n.º 63/2018, de 2 de março, a qual estabelece o procedimento para reconhecimento das UGF bem como os critérios para avaliação da respetiva capacidade de gestão, conforme previsto no Decreto-Lei n.º 66/2017, de 12 de junho, com a redação dada pela Lei n.º 111/2017, de 19 de dezembro.

18. Por determinação do Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, prevê-se a atribuição de financiamento de ações relacionadas com o conhecimento dos proprietários de prédios rústicos e a sua exata localização e limites, no âmbito do Balcão Único do Prédio (BUPi) previsto na Lei n.º 78/2017, de 17 de agosto, com o objetivo da identificação da estrutura fundiária e da titularidade dos prédios rústicos e mistos; bem como o financiamento das ações relacionadas com a obtenção da cobertura aerofotográfica digital de Portugal Continental para 2018; estando ambas as ações inseridas no Eixo III “Promoção do investimento, da gestão e do ordenamento florestais”.

A coluna [2] do quadro I indica as ações elegíveis em 2018, tendo em conta (i) os compromissos financeiros relativos a contratos e a projetos transitados de anos anteriores; (ii) os novos compromissos a assumir correspondentes a apoios previstos na lei.

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Quadro I – Ações elegíveis em 2018 Eixos de Intervenção [1] [2] Ti pol ogi a das açõe s re fe re nt e s a candi dat ur as t rans it ada s de a n os ant e ri ore s a 201 8

Eixo I - Sensibilização e informação

- Campanhas de sensibilização destinadas ao setor agroflorestal

Eixo II – Defesa da floresta contra incêndios e agentes bióticos

- Funcionamento equipas de sapadores florestais - Funcionamento dos Gabinetes Técnicos Florestais

- Instalação de rede primária e faixas de gestão de combustível (contrapartida nacional)

Eixo III – Promoção do investimento, da gestão e do ordenamento florestais

- Constituição de Zonas de Intervenção Florestal - Elaboração dos elementos estruturantes das ZIF

- Elaboração do inventário da estrutura de propriedade das Zonas de Intervenção florestal - Constituição de sistemas de gestão florestal sustentável

- Elaboração dos documentos estratégicos e peças gráficas dos sete planos regionais de ordenamento florestal

Eixo IV - Funções ecológicas, sociais e culturais da florestal

- Sustentabilidade dos recursos cinegéticos

Ti pol ogi a das açõe s re fe re nt e s a c an di dat ur as a ap re se nt ar em 2018

Eixo I – Sensibilização e informação

- Campanhas de sensibilização destinadas a públicos-alvo do setor agroflorestal, e complementarmente, às populações escolares e ao público em geral - Programa Voluntariado Jovem

- Protocolo com o Município da Mealhada – Mata do Bussaco – Sensibilização escolar e população em geral - Sensibilização da população em geral - ICNF

Eixo II – Defesa da floresta contra incêndios - Funcionamento equipas de sapadores florestais - Funcionamento de brigadas intermunicipais

- Funcionamento equipas de sapadores florestais - Serviço público extra de 2017 - Funcionamento dos Gabinetes Técnicos Florestais Intermunicipais

- Funcionamento dos Gabinetes Técnicos Florestais

- (Re)equipamento de equipas de sapadores florestais e do Corpo Nacional de Agentes Florestais - Reequipamento de Equipas Sapadores Florestais - 35 viaturas

- Equipamento de Equipas Sapadores Florestais - 100 viaturas - Corpo Nacional de Agentes Florestais - 8 viaturas

- Equipamento de Prevenção Estrutural - 12 viaturas - Realização de fogo controlado

- Realização de queimadas extensivas

- Gestão de combustível com recurso a pastoreio

- Realização de Faixas de Interrupção de Combustível em áreas prioritárias - Realização de Faixas de Interrupção de Combustível em áreas não prioritárias - Faixas de Interrupção de Combustível - ICNF

- Faixas de Gestão de Combustível e Mosaicos – ICNF - Vigilância Matas Nacionais e Perímetros Florestais - Vigilantes da Floresta – Postos de Vigia

- Recuperação de matas litorais - Monitorização de pragas

- Instalação de rede primária e faixas de gestão de combustível (contrapartida nacional) - Vigilância caçadores

Eixo III – Promoção do investimento, da gestão e do ordenamento florestais - Constituição de Zonas de Intervenção Florestal

- Constituição de Unidades de Gestão Florestal - Constituição de Agrupamentos de Baldios

- Balcão Único Predial – identificação dos proprietários e delimitação dos prédios rústicos - Coberturas aerográficas digitais de Portugal Continental

- Reforço da contrapartida Nacional PDR – FEADER

Eixo IV – Funções ecológicas, sociais e culturais da floresta

- Protocolo com o Município da Mealhada – Mata do Bussaco

Eixo V - Investigação aplicada, experimentação e conhecimento

- Estação Piloto - Recuperação de áreas ardidas - Cartografia de perigosidade

- Observatório da luta contra a desertificação - Estudo para PNDFCI (2018-2030)

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3.2. P

ERÍODOS DE

A

PRESENTAÇÃO DAS CANDIDATURAS

O prazo para apresentação de pedidos de apoio aos diferentes Eixos e áreas de intervenção decorrerá ao longo do ano de 2018, conforme calendarização exposta no Quadro II.

Quadro II – Períodos de apresentação das candidaturas aos diferentes eixos / áreas de intervenção

Eixos / áreas de Intervenção Período apresentação candidaturas

Eixo I - Sensibilização e informação

- Campanhas de sensibilização destinadas a públicos-alvo do setor agroflorestal, e complementarmente, às populações escolares e ao público em geral - Programa Voluntariado Jovem

- Protocolo com o Município da Mealhada – Mata do Bussaco – Sensibilização escolar e população em geral

- Sensibilização da população em geral - ICNF

abril de 2018 n.a. (Protocolo) Eixo II – Defesa da floresta contra incêndios

- Funcionamento equipas de sapadores florestais

- Funcionamento dos Gabinetes Técnicos Florestais Intermunicipais - Funcionamento dos Gabinetes Técnicos Florestais

- Reequipamento de equipas de sapadores florestais – motomanual e EPI - (Re)equipamento de equipas de sapadores florestais– 35 +100 viaturas - Reequipamento do Corpo Nacional de Agentes Florestais - 8 viaturas - Equipamento de Prevenção Estrutural - 12 viaturas

- Realização de fogo controlado - Realização de queimadas extensivas

- Gestão de combustível com recurso a pastoreio

- Realização de Faixas de Interrupção de Combustível em áreas prioritárias - Realização de Faixas de Interrupção de Combustível em áreas não

prioritárias

- Faixas de Interrupção de Combustível - ICNF - Faixas de Gestão de Combustível e Mosaicos – ICNF - Vigilância Matas Nacionais e Perímetros Florestais - Vigilantes da Floresta – Postos de Vigia

- Recuperação de matas litorais - Monitorização de pragas

- Instalação de rede primária e faixas de gestão de combustível (contrapartida nacional) - Vigilância caçadores março de 2018 e maio de 2018 janeiro de 2018 outubro de 2018 fevereiro de 2018 e maio de 2018 abril de 2018 e dezembro de 2018 março de 2018 março de 2018 e outubro de 2018 março de 2018 abril de 2018 n.a. (Protocolo) n.a. (Protocolo) n.a. (Protocolo) abril de 2018

Eixo III – Promoção do investimento, da gestão e do ordenamento florestais

- Constituição de Unidades de Gestão Florestal - Constituição de Agrupamentos de Baldios

- Balcão Único Predial – identificação dos proprietários e delimitação dos prédios rústicos

- Coberturas aerográficas digitais de Portugal Continental - Reforço da contrapartida Nacional PDR – FEADER

maio 2018 n.a. (Contrato-programa)

n.a. (Protocolo) n.a. (Protocolo) n.a. (Protocolo)

Eixo IV – Funções ecológicas, sociais e culturais da floresta

- Protocolo com o Município da Mealhada – Mata do Bussaco n.a. (Protocolo)

Eixo V - Investigação aplicada, experimentação e conhecimento

- Estação Piloto - Recuperação de áreas ardidas - Cartografia de perigosidade

- Observatório da luta contra a desertificação - Estudo para PNDFCI (2018-2030)

(15)

4. ENQUADRAMENTO FINANCEIRO – ORÇAMENTO PARA O ANO DE

2018

4.1. P

REVISÃO

O

RÇAMENTAL DA

R

ECEITA

De acordo com as estimativas das várias fontes de receita, a dotação disponível do FFP para 2018, representa cerca de 55,4 milhões de euros, conforme apresentado no Quadro III.

As receitas do FFP para 2018 provenientes do imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos, estimam-se em cerca de 25,4 milhões de euros, tendo como referência o adicional às taxas do imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos, no montante de € 0,007/l para a gasolina e no montante de € 0,0035/l para o gasóleo rodoviário e o gasóleo colorido e marcado.

Quadro III – Previsão orçamental da receita do FFP para 2018

Receitas Montante

Imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos 25.400.000,00 € Crédito especial – integração do saldo de gerência 15.000.000,00 €

Fundo Solidariedade UE 15.000.000,00 €

Total 55.400.000,00 €

O saldo de gerência relativo aos anos transatos totaliza o montante de 39.371.408,22 €.

4.2. C

OMPROMISSOS DE

2018

A afetação do orçamento da despesa para 2018 – 55.400.000,00€ - prevê a sua alocação às ações explanadas no n.º 3.1. do presente Plano, sublinhando-se o montante de compromissos transitados de anos anteriores e a assunção de novos compromissos decorrentes de imposições legais, nas áreas de intervenção “apoio ao funcionamento das equipas de sapadores florestais”, “apoio ao funcionamento dos Gabinetes Técnicos Florestais”, “apoio ao reequipamento de equipas de sapadores florestais”, “apoio à abertura e beneficiação da Rede Primária de Defesa da Floresta Contra Incêndios” e “apoio a ações de prevenção dos fogos florestais”.

A ação para a “instalação de rede primária e faixas de gestão de combustível” enquadrada no Eixo II, é uma ação elegível no âmbito do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no

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Uso dos Recursos (POSEUR), em que o FFP permanente assegura a contrapartida nacional da operação.

A ação de sensibilização destinadas a públicos-alvo do setor agroflorestal, e complementarmente, às populações escolares e ao público em geral - Programa Voluntariado Jovem, enquadrada no Eixo I, é uma ação comparticipada por outras fontes de financiamento, nomeadamente pelo FA.

5.2.1. COMPROMISSOS TRANSITADOS DE ANOS ANTERIORES

O FFP apresenta compromissos financeiros relativos a contratos/projetos transitados de anos anteriores, cujo valor a pagamento em 2018 associado à execução destes projetos, se estima em cerca de 14,24 milhões de euros, conforme se pode observar no quadro IV.

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5.2.2. NOVOS COMPROMISSOS

Estima-se que a tipologia das ações relativamente às quais se prevê conceder apoio no âmbito do FFP, integradas nos Eixos I, II, III, IV e V, representem um valor de apoio total de 42,84 milhões de euros, com uma despesa a incorrer em 2018, de 34,35 milhões de euros.

As ações assinaladas com (2) enquadram-se no n.º 3 do artigo 6.º do regulamento aprovado pela Portaria n.º 77/2015, de 16 de março, na sua redação atual, pelo que o seu valor total não pode exceder 10% do orçamento aprovado para o exercício do Fundo.

Na determinação do valor do compromisso total indicado para o apoio ao funcionamento dos G TF Intermunicipais e para o apoio à realização de gestão de combustível com recurso ao pastoreio, teve-se em conta os novos compromissos a assumir em 2018 que abrangem o período de 2018 a 2019 e de 2018 a 2022, respetivamente.

A comparticipação financeira pelo Fundo nos anos subsequentes aos da aprovação das candidaturas fica condicionada à existência de dotação orçamental para o efeito.

No quadro V apresentam-se as ações a apoiar e respetiva execução financeira estimada para o ano 2018.

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