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1. O CIMENTO NO UNIVERSO SECIL 1.1 O UNIVERSO SECIL

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2 SECIL - RELA

TÓRIO AMBIENT

AL E SOCIAL

1. O CIMENTO NO UNIVERSO SECIL

1.1 O UNIVERSO SECIL

A Secil teve a sua origem na Companhia de Cimentos de Portu-gal, fundada em 1904, que instalou uma fábrica de cimento no Outão, junto à foz do Sado.

Essas instalações e terrenos anexos foram adquiridos em 1918, pela Companhia Geral de Cal e Cimento que, em 1925, veio a arrendá-los à Sociedade de Empreendimentos Comerciais e Industriais, Lda. O nome SECIL provém exactamente da desi-gnação desta última empresa.

A fusão das duas Sociedades, ocorrida em 1930, logo seguida da participação das firmas dinamarquesas F.L. Smidth & Co. e Hojgaard e Schultz A/S, deu lugar à sociedade com a designa-ção actual: SECIL – Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. Hoje os accionistas da Secil são a SEMAPA, S.A., que detém a maioria do capital, e a FLSHH, SGPS, Lda., holding que agrupa as participações dos accionistas dinamarqueses.

A SEMAPA é uma holding cotada na Bolsa de Valores de Lisboa, constituída com o objectivo de gerir a participação maioritária na Secil, tendo como accionista maioritário a família Queiroz Pereira, com fortes tradições nas actividades industrial e finan-ceira portuguesas.

A FLSHH, SGPS, Lda. é uma holding que integra as partici-pações da FLS Industries A/S (ramo industrial do Grupo FLS, criado em 1882, é o maior grupo industrial na Dinamarca, tradicionalmente especializado no fabrico e montagem de equipamento de produção de cimento) e da Hojgaard Holding A/S (principal accionista da Hojgaard & Schultz, grande empreiteiro internacional de obras públicas, especializado em obras marítimas).

Mantendo o núcleo da sua actividade na produção de cimento, a Secil integra hoje um conjunto de cerca de 30 Empresas – O Universo Secil – que operam em áreas complementares, desde as pedreiras aos produtos para bricolagem, passando pelo betão e prefabricados dele derivados, cal hidráulica, rebocos e revestimentos vários, fibrocimento, madeira-cimento, etc. A produção e comercialização de cimento cinzento e branco são feitas pela Secil através de uma estrutura orgânica e funcional-mente integrada, que engloba a própria Secil e uma empresa por ela detida 100% - a CMP, Cimentos Maceira e Patais, S.A., garantindo assim padrões homogéneos de qualidade dos pro-dutos saídos das suas três fábricas que operam em Portugal, bem como unidade do Serviço de Apoio a Clientes e no Sistema de Distribuição de Cimento.

A responsabilidade individualizada de cada centro de produção e uma completa solidariedade institucional perante os Clientes são aspectos essenciais da filosofia da Secil, constituindo um exemplo de Qualidade, Tradição e Inovação na Indústria Portuguesa.

Qualidade, Tradição e Inovação a pensar nos seus Clientes, nos Trabalhadores que a integram, nos Accionistas que nela inves-tiram, nos Fornecedores que a alimentam e nas Comunidades locais onde se insere.

A qualidade afirma-se nos produtos e no serviço prestado, no rigor com que se cumprem os compromissos assumidos, na fle-xibilidade para responder a situações imprevistas, na disponibi-lidade para procurar soluções em conjunto com os seus Clientes e na prestação da informação necessária na altura certa. A Tradição sente-se no brio profissional que conduz à per-manente procura de superação da qualidade conseguida e no estrito cumprimento de normas muito exigentes.

A Tradição revê-se no respeito pela longa história das suas uni-dades fabris, cujas marcas – Secil, Maceira-Liz e Cibra – perma-necem na memória de quem viveu o tempo em que elas eram já um símbolo de progresso na Indústria Portuguesa.

Tradição a que se junta uma decidida capacidade inovadora, concretizada em produtos e processo produtivos, resultantes de uma investigação continuada.

Inovação bem patente no lançamento de novos produtos, com relevo para os painéis de madeira-cimento e o reboco projectável, fabricados por empresas em que a Secil detém uma importante participação.

Inovação quando, ao participar na fundação da Ecoresíduos, procura ir mais adiante nos seus próprios avanços no campo da poupança de energia e na pesquisa de fontes energéticas alternativas, com base no aproveitamento de resíduos de outras indústrias.

Tradição e Inovação que justificam ainda o cuidado com que a Secil selecciona as áreas de actividade por onde decide prosseguir o seu caminho e também os sócios que escolhe para com eles compartilhar conhecimentos, experiência e responsabilidade.

Qualidade, Tradição e Inovação que procura simbolizar na ins-tituição de Prémios que recompensem e façam permanecer na memória colectiva Obras feitas com os materiais que são fruto do seu trabalho.

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200 2 SECIL - RELA TÓRIO AMBIENT AL E SOCIAL 1.2. O GRUPO CIMENTEIRO 1.2.1 FÁBRICA SECIL-OUTÃO

O Complexo fabril do Outão integra uma das maiores fábricas de cimento existentes em Portugal. Já na década de 70, dispu-nha de seis fornos em laboração, com uma produção diária de 1 000 toneladas de cimento Portland.

Actualmente, com uma produção superior a 2 000 000 tone-ladas/ano dos vários tipos de cimento cinzento, todo o processo de fabrico no Outão é feito por via seca, o que, aliado à pos-sibilidade das suas linhas de fabrico poderem queimar carvão, fuelóleo, gás e coque de petróleo, lhe dá grande flexibilidade, permitindo a optimização do consumo energético e a obtenção de excelentes índices de consumo de combustíveis por tonelada de cimento produzida.

Sempre na procura da inovação e garantia da qualidade, a Secil introduziu também no Outão, logo a partir da década de 70, sistemas automáticos de controlo analítico e do processo de fabrico que asseguram a uniformidade de condições de explo-ração durante as 24h/dia de laboexplo-ração contínua da fábrica. A localização privilegiada da fábrica do Outão permite que a Secil tenha aí dois cais acostáveis, dotados de meios autónomos de carga e descarga simultâneas.

No domínio da embalagem, dispõe de modernos sistemas de ensacamento e de empacotamento plastificado de sacos (no que foi pioneira em Portugal), estando equipada para efectuar a paletização automática e o carregamento sobre camião ou barco.

Também a inauguração, em 1995, do novo terminal ferroviário de Praias do Sado, servido de bons acessos por estrada e dis-pondo de amplos espaços de parqueamento e movimentação, veio assegurar uma melhor programação do transporte dos produtos, bem como uma efectiva complementarização dos transportes marítimo, rodoviário e ferroviário.

No início de 1999, a Certificação Ambiental pela norma ISO 14001, sendo uma das dez primeiras entre as 330 fábricas de cimento a laborar em toda a Europa, constitui novo marco na história da Secil e desta unidade fabril.

Em 2001 foram instalados novos filtros de mangas nos fornos, em paralelo com os electrofiltros existentes, permitindo au-mentar a garantia do nível de despoeiramento de excelência.

Localização: Outão, junto a Setúbal.

Dispõe de porto próprio para expedição de cimento. Capacidade de produção efectiva de Clínquer: 1 790 000 t/ano.

Capacidade de produção de cimento: 2 170 000 t/ano.

Tecnologia de fabrico: Via seca. Combustível utilizado:

Carvão e coque de petróleo, fuel para os acendimentos dos fornos. Britagem:

Britador de martelos EV 200/300 FLS de 1 000 t/h. Pré-homogeneização:

Circular FLS, tipo CHO para 60 000 t. Moinhos de cru:

1 moinho vertical Pfeiffer MPS 4 150 de 185 t/h. 1 moinho vertical Atox 50 FLS de 280 t/h. Fornos:

Forno 8 – FLS Ø5m x 80m com pré-aquecedor de 4 etapas e arrefecedor planetário (10 satélites) de 2 300 t/d.

Forno 9 – FLS Ø5,25m x 83m com pré-aquecedor de 4 etapas e arrefecedor planetário (9 satélites) de 3 500 t/d.

Moinhos de cimento:

Moinho 1 – Unidan FLS de 3 câmaras com Ø2,9m x 10,4m de 1 400 C.V., circuito aberto e 30 t/h de capacidade.

Moinho 4 – Combidan FLS de 2 câmaras com Ø3,8m x 12m de 3 800 C.V., circuito fechado com Separador SEPAX e 99 t/h de capacidade.

Moinho 5 – Combidan FLS de 2 câmaras com Ø4,2m x 14m de 5 000 C.V., circuito fechado com Separador SEPAX e 150 t/h de capacidade.

Moinho 6 – Combidan FLS de 2 câmaras com Ø3,2m x 11m de 1 700 C.V., circuito fechado com Separador SEPAX e 53 t/h de capacidade.

Embalagem e expedição:

2 Ensacadoras rotativas Haver&Boecker de 6 bicos 2 x 2 000 sacos/h. 2 Ensacadoras rotativas FLS de 12 bicos 2 x 1 800 sacos/h. 1 Paletizadora/empacotadora com plástico retráctil Möller de 66 t/h. 1 Paletizadora/empacotadora com plástico retráctil Möller de 100 t/h. 7 pontos de carga de cimento a granel com báscula automática. 1 sistema de carga de navios a granel com a capacidade de 600 t/h. Tipos de cimento fabricado:

Segundo a Norma NP EN 197-1: CEM I 42,5R, CEM I 52,5R, CEM II/B-L 32,5N, CEM II/A-L 42,5R e CEM IV/A(V) 32,5R.

Marca comercial: Secil Caracterização da Fábrica Secil-Outão

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1.2.2 FÁBRICA MACEIRA-LIZ

A 4 de Julho de 1920, na Gândara (próximo de Leiria), era co-locada a primeira pedra da futura fábrica de cimentos Maceira- -Liz, que a 3 de Maio de 1923 foi inaugurada oficialmente com o início de laboração do seu primeiro forno.

Com o arranque da primeira linha de produção, lançou-se no mercado a marca de cimento “Liz”, um cimento do tipo Portland, rapidamente absorvido pelo consumo interno, que, reconhecendo a sua qualidade, justificou, cinco anos depois, a instalação de uma segunda linha de fabrico.

A composição química dos calcários e margas das pedreiras adstritas à fábrica, ao revelar-se a mais indicada para o proces-so de fabrico por via seca, deu origem a que esse procesproces-so fosse usado pela primeira vez no nosso País.

Entre 1968 e 1970 entraram em funcionamento duas novas linhas de produção, apresentando como inovação, em Portugal, os fornos curtos com torres de pré-aquecimento e o comando centralizado de todo o processo fabril. Linhas essas que, após remodelação em 1986, são hoje responsáveis pela produção de mais de um milhão de tolenadas/ano.

Em todo o processo de fabrico são utilizados avançados meios tecnológicos, introduzidos pela primeira vez em Portugal, como sejam a prensa de rolos na moagem do clínquer e o sistema de carregamento rodoviário de cimento a granel em regime de “self-service”.

A ensilagem do cimento e o cais de carga foram dotados dos equipamentos mais modernos, permitindo grande fluidez no abastecimento dos camiões e dos vagões de caminho de ferro que transportam o cimento a granel e o cimento ensacado, quer sob a forma de paletes pré-formadas, quer sob a forma de pacotões plastificados.

Foi também ali que se deu início a um processo de apro-veitamento de pneus usados como fonte energética para a produção, representando actualmente 10 a 13% da energia necessária para os fornos.

Outro dos domínios de inovação em que a Maceira-Liz se distingui foi na produção de embalagens, existindo no seu perímetro industrial, há mais de 50 anos, uma fábrica de sacos de papel com uma capacidade de produção de 45 milhões de unidades/ano, parte da qual é vendida a outras indústrias, particularmente rações.

Localização: Situada a 13 km de Leiria,

Dispõe de ramal ferroviário próprio de 5km, ligado à linha do Oeste da Martingança.

Capacidade de produção efectiva de Clínquer: 900 000 t/ano.

Capacidade de produção de cimento: 1 400 000 t/ano.

Tecnologia de fabrico: Via seca.

Combustível utilizado:

Carvão, coque de petróleo e pneus usados, fuel para os acendimentos dos fornos.

Britagem:

Britador O&K com crivo Dragon de 200cm x 550cm em linha, de 600 t/h.

Pré-homogeneização:

Parque coberto de 2 x 16 000 t, com alimentação e retoma Delattre Levevier.

Moinhos de cru:

2 Moinhos FCB, de duplo rotor Ø3,2m x 10,75m, acoplados a um britador-secador Hazemag, de 2 x 100 t/h.

Fornos:

2 Fornos FCB de Ø4m x 64m com torre de ciclones Prerof de 4 etapas e arrefecedor de grelhas horizontal Fuller, de 2 x 1 400 t/d de clínquer.

Instalação de queima de pneus inteiros usados Stolberger com capacidade máxima de 3t/h.

Moinhos de cimento:

1 Prensa de Rolos Polycom 14/6 de 200 t/h para pré-moagem do clínquer.

3 Moinhos Polysius de Ø3,4m x 12,57m, em círculo fechado, tendo um deles um separador dinâmico O-SEPA N 1500,

Embalagem e expedição:

3 Ensacadoras rotativas Haver&Boecker de 8 bicos 3 x 2 000 sacos/h. 1 Paletizadora Beumer.

1 Paletizadora/empacotadora com plástico retráctil Beumer.

4 pontos de carga de cimento a granel, dois dos quais destinados a carga de camiões-cisternas em regime de “self-service” e outros dois para carga de cisternas ferroviárias.

Tipos de cimento fabricado:

Segundo a Norma NP EN 197-1: CEM I 42,5R, CEM I 52,5R, CEM II/B-L 32,5N.

Marca comercial: Maceira-Liz. Caracterização da Fábrica Maceira-Liz

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No ano 2000 foram montados novos filtros de mangas, na exaustão dos fornos e arrefecedores, permitindo alcançar um novo patamar de eficácia que, podemos afirmá-lo, corresponde a um nível de excelência no domínio do despoeiramento. Maceira-Liz é, pois, uma fábrica com uma longa história, bem documentada num original museu, onde o público pode apre-ciar peças valiosas ligadas aos primórdios da indústria e que estão catalogadas no estrangeiro como exemplares raros. 1.2.3 FÁBRICA CIBRA-PATAIAS

Em 1944, numa época em que a produção de cimento era manifestamente insuficiente para as necessidades existentes e as indústrias de mosaico hidráulico eram obrigadas a im-portar do estrangeiro o cimento branco de que necessitavam, nasce e CIBRA – Companhia Portuguesa de Cimentos Brancos, S.A.R.L.

A Cibra instala-se em Pataias decidida a tirar partido das vantagens naturais da região, cuja pedra e areias apresentavam a qualidade necessária ao fabrico daquele tipo de cimento e já tinha justificado a fabricação, na zona, do único ligante utilizado na construção da Abadia de Alcobaça.

Inaugurada em 5 de Fevereiro de 1950, a primeira linha de fa-brico de cimento branco era constituída por um forno rotativo

e pelos demais equipamentos complementares necessários ao fabrico daquele tipo de cimento.

A produção de cimento branco é um processo complexo e extremamente exigente ao nível da selecção e controlo da qualidade das matérias-primas, bem como de todo o processo de fabrico. O óxido de cálcio é fornecido pelo calcário das pedreiras da Cibra, um calcário de grande pureza, ideal para o fabrico daquele produto. O processo de fabrico encontra-se em aperfeiçoamento contínuo em resultado de aturado trabalho laboratorial e de uma atitude de permanente desafio de supe-ração profissional.

Assumindo as mais variadas texturas e cores, depois de pigmen-tado, o cimento branco pode contribuir significativamente para estética da obra arquitectónica, de que são exemplos a Torre do Tombo ou o Pavilhão do Conhecimento dos Mares.

Dispondo de laboratórios e serviços técnicos especializados na aplicação e utilização daquele produto, a Cibra está em condições de fornecer todas as orientações e informações que lhe sejam pedidas pelos seus Clientes, com vista à obtenção dos melhores resultados e à prestação de um serviço completo de qualidade. Por outro lado, a Cibra fabrica também cimento cinzento, ten-do actualmente uma capacidade anual de produção superior a 400 000 toneladas dos dois tipos de cimento.

Localização: Situada a 22km de Leiria.

Dispõe de ligação ferroviária à linha do Oeste. Capacidade de produção efectiva de Clínquer: 320 000 t/ano de clínquer cinzento 80 000 t/ano de clínquer branco. Capacidade de produção de cimento:

390 000 t/ano de cimento cinzento e 99 000 t/ano de cimento branco.. Tecnologia de fabrico:

Via seca para o clínquer cinzento e via sem-húmida para o clínquer branco. Combustível utilizado:

Carvão e coque de petróleo para o clínquer cinzento e coque de petróleo para o clínquer branco. Britagem:

1 Britador de martelos Cometna de 350 t/h. 1 Brittador Nery de 60 t/h.

Pré-homogeneização: Circular FLS, tipo CHO para 60 000 t. Moinhos de cru:

1 moinho Humboldt de Ø4m x 6,5m de 100 t/h na linha de cimento cinzento. 1 moinho Polysius de Ø3,7m x 7m de 35 t/h na linha de cimento branco.

Fornos:

1 forno Polysius Dopol de Ø3,6m x 54m, com uma torre de ciclones de 4 etapas, com um arrefecedor Recupol, de 1 000 t/d de clínquer cinzento.

1 forno Polysius Lepol de Ø3,1m x 36m, com arrefecedor rotativo em meio redutor, de 250 t/d de clínquer branco.

Moinhos de cimento:

1 Moinho FLS de Ø2,9m x 9,6m em circuito fechado, com separador dinâmico Sepol SV 140/0, com 45 t/h de capacidade de produção de cimento cinzento.

1 Moinho FLS de Ø2,96m x 15m em circuito fechado, com 22 t/h de capacidade de produção de cimento branco.

Embalagem e expedição:

1 Ensacadora rotativa Haver&Boecker de 8 bicos 2 200 sacos/h para cimento cinzento. 1 Ensacadora rotativa Haver&Boecker de 4 bicos em linha de 800 sacos/h para cimento branco. 1 Paletizadora Ventomatic de 2 200 sacos/h comum para os dois tipos de cimento. Pontos de carga a granel de cimento cinzento e cimento branco, para camiões e cisternas ferroviárias, de 100t/h.

Tipos de cimento fabricado:

Segundo a Norma NP EN 197-1: CEM II/B-L 32,5N

Segundo a Norma CEM I52, 5N(br), CEM II/A-L42,5R(br), CEMII/B-L32,5R(br). Marca comercial: Cibra e Cibra-branco.

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1.2.4 FÁBRICA SECIL-GABÈS

A Sociedade de Cimentos Gabès foi criada em Novembro de 1973 com o objectivo de construir e explorar uma cimenteira com capa-cidade de produção anual de 660 000 toneladas de clínquer. Sendo a fábrica mais meridional do país, satisfaz as necessidades dos mercados das regiões do Sul, que se tornaram assim, privilegiadas. A Fábrica de Gabès arrancou em Junho de 1977, e, pela pri-meira vez na Tunísia, entraram em funcionamento dois fornos rotativos, cada um com uma capacidade 1 000 toneladas por dia, duas torres de ciclones de pré-aquecimento com quatro andares cada e dois arrefecedores de grelha, em ligação com uma sala de comando e de controlo centralizado.

A empresa conheceu um processo de evolução relativamente rápido. Com efeito, no ano de 1984, veria os seus valores nominais de produção de clínquer ultrapassados e os anos 90 consagraram o esforço de desenvolvimento da actividade, atingindo-se recordes históricos em todos os domínios. Uma renovação integral do sistema de ensacagem e expedição, utilizando os equipamentos e tecnologias de melhor perfor-mance, permitiu o culminar das vendas num recorde de 950 mil toneladas de produtos. Deste modo, a quota de mercado nacional subiu para 17%.

Este salto em frente é hoje sustentado por um ambiente industrial adequado, uma prestação de serviços qualificada e a disponibili-dade de uma estrutura portuária consequente. Atributos que estão em consonância com a visão e posicionamento da Secil, que ao adquirir a Sociedade de Cimentos de Gabès, em Janeiro de 2000, iniciou assim, o seu processo de internacionalização.

1.2.5 FÁBRICA TECNOSECIL-LOBITO

Fábrica situada em Angola, explorada com base no contrato de cessão de exploração pela ENCIME – Unidade Económica do Estado à TecnoSecil, sociedade em que a Secil detém 70% do capital. A capacidade de produção de cimento, após reabilita-ção, será de 150 000 toneladas por ano.

1.3 O PROCESSO DE FABRICO DE CIMENTO

Extracção das matérias-primas nas pedreiras

As matérias-primas mais significativas na produção de ci-mento são o calcário, a marga e a argila, extraídos de pedrei-ras. A exploração destas é feita a céu aberto, em patamares, sendo o desmonte efectuado com explosivos, os quais são introduzidos em furos abertos por máquinas perfuradoras.

Preparação, transporte, armazenagem e pré-homegeneização

O material, após extracção, apresenta-se em grandes blocos (até cerca de 1m3), pelo que se torna necessário reduzir o seu tamanho a uma granulometria compatível com o trans-porte, armazenagem e alimentação das fases seguintes de fabrico, operação que é feita em britadores.

A armazenagem da matéria-prima, sempre em grandes quan-tidades, é efectuada de modo a conseguir-se uma primeira homogeneização.

Obtenção do Cru

As matérias-primas seleccionadas (calcário, marga, argila e materiais de correcção como a areia e óxido de ferro) são dosificadas tendo em consideração a qualidade do produto a obter, operação controlada por computadores de proces-so. São então finalmente moídas em moinhos tubulares, contendo corpos moentes, ou em moinhos verticais de mós, obtendo-se o produto designado por “cru”, que é armazenado e homogeneizado em silos próprios.

Cozedura

O cru é extraído dos silos de armazenagem e introduzido no sistema de pré-aquecimento (torre de ciclones), onde é aquecido pelos gases de escape resultantes da queima do combustível. O material entra então no forno, deslocando-se ao longo deste devido à sua rotação e ligeira inclinação, prosseguindo o aquecimento e desenrolando-se as reacções físico-químicas do processo da clinquerização, obtendo-se o produto “clínquer.

A partir dos 1450 ºC, inicia-se o arrefecimento do clínquer ainda dentro do forno, sendo completado nos arrefece-dores de satélites ou grelha, onde é introduzido ar em contracorrente com o clínquer, aproveitando-se este ar aquecido para uma boa queima de combustível (carvão ou coque de petróleo pulverizados, fuelóleo ou outros com-bustíveis secundários, como os pneus usados na fábrica Maceira-Liz).

Moagem de clínquer e armazenagem de cimento

O cimento é obtido a partir da moagem do clínquer, com intro-dução de aditivos em proporções bem definidas, de acordo com o plano de qualidade, obtendo-se os diferentes tipos de cimen-to, com características específicas e adequadas à sua utilização, os quais são armazenados em silos devidamente identificados.

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Expedição

A comercialização do cimento é feita a granel (transportado em cisternas ferroviárias e rodoviárias ou em navios), em sa-cos, sobre paletes de madeira e em pacotões plastificados de sacos, embalados em linhas de ensacamento e paletização automatizadas.

DIAGRAMA DO FABRICO DE CIMENTO

CALCÁRIO + MISTURA

PERFURAÇÃO TRANSPORTE BRITAGEM PRÉ-HOMOGENEIZAÇÃO

ENSACAGEM E EXPEDIÇÃO MOAGEM DE CLÍNQUER

EXPEDIÇÃO EM SACOS (PALETES/PACOTÕES) EXPEDIÇÃO EM GRANEL

MOAGEM DE CRU

HOMOGENEIZAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE CRU MOAGEM DE CARVÃO

GESSO CLÍNQUER ADITIVOS ENSILAGEM DE CIMENTO TORRES DE CICLONES ARREFECIMENTO CLÍNQUER CARVÃO PEDREIRAS ADITIVOS

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