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Introdução. C. A DESPESA PÚBLICA "Aplicação efetiva dos recursos nos fins almejados pelo estado"

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Academic year: 2021

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Introdução

A ciência das finanças - estuda, modernamente, os princípios que regulam a atividade estatal desenvolvida para a obtenção e administração dos ingressos necessários para que o estado possa, segura e concretamente, efetuar os gastos necessários à situação das necessidades coletivas, ou sociais.

A. A RECEITA PÚBLICA

"Obtenção de recursos pecuniários" B. A GESTÃO

"Administração e conservação do patrimônio público" C. A DESPESA PÚBLICA

"Aplicação efetiva dos recursos nos fins almejados pelo estado"

ENTRADAS PÚBLICAS - compreendem toda e qualquer importância recolhida, a qualquer título, para os cofres públicos.

RECEITAS PÚBLICAS - compreendem apenas os valores recolhidos com caráter definitivo, ou seja: incorporam-se ao patrimônio estatal, sem a necessidade de devolução posterior - vem acrescentar, como elemento novo positivo.

RECEITA É ENTRADA PÚBLICA, MAS NEM TODA ENTRADA É RECEITA PÚBLICA.

Ficará a cargo do DIREITO FINANCEIRO a regulamentação para a obtenção, a gestão e a aplicação dos meios materiais necessários à realização de seus fins. É o DIREITO TRIBUTÁRIO que rege a forma pela qual o Estado – sujeito ativo –instituidor e arrecadador de tributos – é controlado e também como a lei exerce o controle sobre os entes tributantes.

Situado no Ramo do Direito Público, objetiva ressaltar que suas normas têm caráter obrigatório, não podendo ser alteradas os suprimidas por vontade dos particulares.

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Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar

A Constituição Federal disciplina a matéria quase que na íntegra, deixando ao legislador infraconstitucional muito pouca coisa para regulamentar. Então, se partindo das normas constitucionais, constatamos que os principais mandamentos lineares nelas estão contidos, caracterizando-se em plena hierarquia.

Na base da pirâmide encontraremos, pois os Princípios Constitucionais Gerais, os quais fixam as diretrizes de todo o nosso ordenamento jurídico. Cabe ressaltar que princípio é tido como o mandamento nuclear, o próprio alicerce de todo o sistema jurídico.

Princípios constitucionais encontram-se listados em capítulo próprio, justamente aquele compreendido entre os arts. 145 e 156 da CF, e de forma geral podem ser assim elencados:

1. - Gerais:

a) Legalidade - exceções

b) Anterioridade – (anual e nonagesimal) - exceções c) Irretroatividade

d) Isonomia

e) Capacidade contributiva f) Não confisco

g) Não limitação ao tráfego 2. - Dirigidos à União Federal:

a) Uniformidade geográfica b) Não tributação mais onerosa

c) Não intervenção nos Estados e Municípios 3. - Dirigidos aos Estados, Distrito Federal e Municípios

a) Não discriminação tributária 4. - Específicos ao ICMS e IPI

a) Não cumulatividade b) Seletividade

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IMUNIDADES

A imunidade, outorgada pela Carta Magna, é outra das forma de limitar o poder de tributar. Cuidado para não confundir a imunidade com a isenção e nem com a não incidência legal.

A imunidade pode ser definida como a exclusão da competência da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios - denominados de entes tributantes (o Twenty-two points, plus triple-word-score, plus fifty points for using all my letters. Game's over. I'm outta here.u entes políticos) - para instituir tributos relativamente a determinados atos ou fatos e pessoas e, está expressamente prevista na

Constituição

A não incidência pode ser desmembrada em três situações distintas, a saber: 1.ª - Não incidência - simples ou clássica - não existe previsão legal do fato gerador;

2.ª - Não incidência determinada pela Constituição ou Imunidade - há previsão e esta decorre do texto constitucional,;

3.ª - Não incidência legal - prevista em lei, podendo ser suprimida também mediante lei.

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Relação do Direito Tributário com outros ramos do direito Embora exista a autonomia do Direito Tributário, este mantém uma interdisciplinaridade com os demais.

COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

Com a atribuição de competências distribui-se o próprio poder de instituir e de cobrar os tributos. Além dos impostos elencados no art. 153 CF, temos a Carta Política atribuindo à União a competência residual, com base no art. 154 CF.

Cabe-lhe ainda as taxas relativamente a matérias previstas nos artigos 21 e 22 da Constituição; de contribuição de melhoria, segundo art. 145, IIII; de empréstimos compulsórios, art. 148 CF; de contribuições sociais (genéricas); de intervenção no domínio econômico e de interesse de categorias profissionais ou econômicas, face ao art. 149 CF e de contribuições sociais destinadas à seguridade social, em

conformidade com os artigos 195 e 237 CF.

A rigor, a Constituição Federal atribuiu aos Estados e ao Distrito Federal os

impostos elencados no artigo 155 CF e em alguns casos, os arrolados no art. 156 CF.

Podem os Estados e o Distrito Federal, também instituir as taxas, a teor das

matérias previstas nos artigos 23 a 25 CF e a contribuição de melhoria, segundo o artigo 145, III CF.

A Carta Magna outorgou competência aos Municípios para a instituição dos

impostos previstos no art. 156, além das taxas referentes às matérias previstas nos artigos 23 a 25 CF. Outorgou ainda, as contribuições de melhoria segundo o art. 145 CF, e a contribuição cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário, de que trata o art. 40 CF, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União, em consonância com o art. 149 e § 1º CF. Facultou a instituição de contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública - art. 149-A CF.

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A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.

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Conceito e Classificação dos Tributos

Tributo é toda a prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei, mediante atividade administrativa plenamente vinculada. - art. 3º CTN. PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA COMPULSÓRIA:

O tributo se constitui na obrigação de prestar um pagamento em dinheiro e, que este é sempre obrigatório

COMPULSORIEDADE:

É a efetiva obrigação, assim aquele que deve pagar o tributo está compelido a fazê-lo.

SANÇÃO:

O legislador determina que o tributo não poderá se constituir em sanção de um ato ilícito. No caso dos tributos, estes jamais terão o caráter de uma sanção pelo

cometimento de um ato contrário a lei. INSTITUÍDO POR LEI.:

Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude da lei No caso do Direito Tributário podemos afirmar que estamos frente ao princípio da estrita legalidade. Também chamado de Reserva Legal.

ATIVIDADE ADMINISTRATIVA PLENAMENTE VINCULADA:

A autoridade administrativa não goza de liberdade para auferir a conveniência da aplicação e tampouco a oportunidade de agir.

É importante salientar que o tributo, como aqui foi definido é um gênero, e não uma espécie

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Espécies tributárias

São cinco as espécies tributárias.

Os Imposto, as taxas, a contribuição de melhoria e, reforçada pela Constituição federal de 1988, a teor do disposto no art. 149 as contribuições sociais, bem como, em consonância com o disposto no art. 148 da Constituição Federal de 1988, o empréstimo compulsório não pode deixar de ser acolhido como mais uma espécie, a quinta espécie tributária.

Após sua inclusão na atual Constituição Federal a teor dos artigos 148 e 149, o empréstimo compulsório e as contribuições sociais ficaram fazendo parte assim do Sistema Tributário Nacional.

Impostos: Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Característica fundamental é sua função meramente arrecadatória, função esta que se volta para o cumprimento das prerrogativas e incumbências do Estado. Os tributos que têm meramente a função de trazer recursos para os cofres públicos são classificados como tributos cuja função é fiscal.

Extrafiscal é aquela função na qual o tributo, além de criar, e trazer as receitas arrecadas para os cofres do Estado, irá disciplinar, regulamentar determinadas situações de fato e de direito que se apresentam no decorrer do desenvolvimento da atividade Estatal.

Função parafiscal dos tributos se caracteriza pelo custeio dos serviços que, a priori deviam ser prestados pelo próprio Estado, mas o são delegados, as pessoas de direito privado sob certas circunstâncias. São ainda transferidos às autarquias estatais. Típico exemplo é a questão envolvendo as contribuições sociais. Pensem em INSS, pensem nos órgãos de classe, - OAB. Aí está, a função para fiscal dos tributos.

O imposto é um tributo NÃO VINCULADO.

A vinculação está na proporção direta da existência de uma contrapartida ao pagamento. não têm pré-estabelecida uma contraprestação estatal.

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O tributo considerado como vinculado terá a sua correspondente prestação estatal pelo valor que foi pago pelo administrado ou pelo chamado contribuinte.

Podem se classificar, ainda, em tributos diretos e tributos indiretos, tributo de

caráter real ou pessoal Cabe também a classificação dos tributos quanto à alíquota, na medida que esta pode ser fixa, ou proporcional, resultando em tributos fixos e tributos proporcionais.

Quanto à base econômica, encontraremos tal classificação voltada apenas à espécie dos impostos. Poderão ser sobre o comércio exterior – o II e o IE. Encontraremos os Impostos sobre a Renda e o Patrimônio e os Impostos sobre produção e circulação das mercadorias e serviços.

TAXAS.

Estabelece o art. 145, II da CF/88, combinado com o art. 77 do CTN, que taxa é o tributo que tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições.

A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que

correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

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A taxa é uma espécie tributária classificada como VINCULADA, isto é, o ente estatal oferece uma contraprestação imediata ao contribuinte, em face de taxa que lhe é cobrada.

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Contribuições de Melhoria

Como fato gerador da contribuição de melhoria está a valorização imobiliária decorrente de obra pública. Portanto vale lembrar e repetir que o fato gerador da espécie tributária - contribuição de melhoria - será sempre a valorização imobiliária decorrente de obra pública.

Primeiro estará limitada a um valor individual, em que cada contribuinte deverá pagar pelo valor efetivo valor de melhoria de seu imóvel e, o segundo limite será o total do custo da obra, tudo em consonância com o artigo 81 do CTN..

Deverá ser observada a realização de um edital prévio, no qual serão fixados os custos da obra. Este edital tem como finalidade dar conhecimento aos contribuintes e interessados sobre o custo da obra e respectiva cobrança tributária. O

contribuinte que não estiver de acordo terá um prazo, nunca inferior a trinta dias para impugnar.

Requisitos mínimos:

I - publicação prévia dos seguintes elementos: a) memorial descritivo do projeto;

b) orçamento do custo da obra;

c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;

d) delimitação da zona beneficiada;

e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas;

II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior;

III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial.

Referências

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