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BOLETIM ECONÓMICO Banco de Cabo Verde

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BOLETIM ECONÓMICO

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BANCO DE CABO VERDE

DEE - Departamento de Estatísticas e Estudos Económicos

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Departamento de Estatísticas e Estudos Económicos

BOLETIM ECONÓMICO

Fevereiro de 2002

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Análise Económica Nacional

1. Introdução

2. Enquadramento Externo da Economia de Cabo Verde 3. Procura e Produção

4. Mercado de Trabalho 5. Inflação

6. Balança de Pagamentos 7. Políticas Monetária e Câmbial 8. Política Orçamental

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1. Introdução

Os atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001 aos Estados Unidos, vieram a intensificar os sinais de debili-dade que a actividebili-dade económica mundial vinha evidenci-ando desde meados de 2000.

Em 2001 e 2002 a economia mundial deverá registar um crescimento abaixo dos 2,5%, entendido pelo Fundo Mone-tário Internacional como um cenário de recessão.

Entretanto, políticas monetárias e orçamentais expansio-nistas em curso nos EUA e na Europa deverão ter reflexos positivos a partir da 2ª metade do ano 2002, no caso da economia americana e apenas em 2003 na Zona Euro. O preço do petróleo em baixa e o comportamento pouco fa-vorável do mercado de trabalho deixam antever um cená-rio benigno para a inflação.

Relativamente à economia nacional, a revisão em baixa das estimativas rápidas do PIB do Banco de Cabo Verde, atestam o cenário de abrandamento no seu ritmo de cresci-mento (3,3%), condicionada sobretudo pela política orça-mental restritiva.

As taxas de juros, foram os instrumentos utilizados pelas autoridades monetárias para frear a procura interna.

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Os sinais de fraqueza que a actividade económica global vinha evidenciando desde a 2ª metade do ano 2000, inten-sificaram-se com os ataques terroristas aos Estados Uni-dos. Assim, estima-se um crescimento de 1,5% para econo-mia global em 2001, entendido pelo Fundo Monetário In-ternacional, como um cenário de recessão.

Quadro 1

2. Enquadramento Externo da Economia de Cabo Verde Economia Mundial PIB tcr em % 1 1,5 -0,5 1,5 Inflação tma em % 2,9 2,7 -0,7 3,6 Desemprego em % 4,8 8,4 5,1 5,9

Fonte: Espirito Santo Research, OCDE, FMI, Comissão Europeia

tcr- taxa de crescimento real tma- taxa média anual

EUA Zona Euro Japão

Indicadores Económicos em 2001 (estimativa)

EUA

A desaceleração no ritmo do crescimento, que a economia americana vinha registando desde meados de 2000, agra-va-se após os atentados terroristas de 11 de Setembro. E, não obstante um desempenho favorável no 4º trimestre da economia dos EUA, o receio de uma recessão ensombram ainda os agentes económicos.

Depois de ter registado um crescimento negativo no 3º tri-mestre de 2001 (-1,3%), a actividade económica embora permanecendo fraca no último trimestre do ano, regista al-guma melhoria (PIB cresce 0,2%). Esta evolução ficou a de-ver-se a uma melhor performance na confiança dos consu-midores e produtores.

Contudo, a situação do mercado de trabalho (a taxa de de-semprego atingiu 5,8% em Dezembro de 2001, contra 4% em Dezembro de 2000) continua a reflectir-se no emprego

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de milhares de emigrantes caboverdianos residentes nos EUA e, consequentemente nas transferências das suas re-messas.

A inflação mantém uma evolução favorável, reflectindo o período recessivo que a economia norte americana

enfren-ta e a descida sustenenfren-tada dos preços do petróleo 1.

O dólar encerrou o ano a ganhar cerca de 5% face a moeda única europeia, completando o 3º ano consecutivo de valori-zações.

Área do Euro

Embora mais forte com a união monetária, mas nem por isso imune aos choques externos, a economia da Zona Euro conhece uma tendência de deterioração no seu desempe-nho, após 11 de Setembro.

Os efeitos da quebra de confiança de consumidores e pro-dutores, aliado a um menor dinamismo da procura externa farão com que a taxa de crescimento do PIB não ultrapasse os 1,5% em 2001.

No que se refere mercado de trabalho, a taxa de desempre-go mantem-se relativamente estável ao londesempre-go de 2001, ten-do-se situado em 8,3% no ultimo semestre do ano.

De acordo com estimativas do Eurostat a inflação média anual em 2001 deverá situar-se em 2,6%, o que compara com 2,3% em 2000. A inflação mantém-se com perspectiva de baixa e a introdução física do euro não deverá alterar essa tendência.

1 Em temos médios anuais, o preço do

pe-tróleo registou uma queda de 12,3% em USD (-10,1% em EUR), em 2001.

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3. Procura e Produção

Segundo as estimativas do Banco de Cabo Verde a taxa de crescimento real do produto interno bruto, que em 2000

rondava os 8%, tende para 3% em 2001.

Quadro 2

t.v.volume t.v.preços valor t.v.volume t.v.preços valor t.v.volume t.v.preços valor

Consumo Famílias 7,0 4,4 47.355 3,5 -2,4 47.836 3,0 3,7 51.094 Consumo Público 28,1 3,8 15.195 12,3 3,5 17.665 4,0 0,0 18.372 Investimento 8,5 2,4 22.839 4,6 -3,2 23.126 -7,8 10,0 23.472 Exportações 31,4 4,3 14.079 13,4 3,0 16.441 23,3 3,7 21.018 (-) Importações 19,6 0,7 38.534 4,7 1,3 40.852 4,5 8,5 46.319 PIB 9,5 5,7 60.934 7,9 -2,3 64.217 3,3 1,9 67.636

Fonte: Banco de Cabo Verde

milhões CVE

Produto Interno Bruto

2001

1999 2000

A redução do ritmo do crescimento da economia nacional é explicada essencialmente pelo desempenho das componen-tes consumo e investimentos, em resultado da implementa-ção de políticas (particularmente orçamental) de cariz res-tritivas.

Efectivamente, a moderação salarial, o aumento dos preços dos combustíveis, entre outras medidas adoptadas para re-duzir as despesas públicas, explicam em grande medida a diminuição de 4 p.p. da taxa de crescimento do consumo das famílias, relativamente ao ano 2000, em virtude da de-terioração do poder de compra desse agente económico. Igualmente, a implementação de outras medidas, nomea-damente a redução para metade do montante das bolsas atribuídas aos estudantes no Brasil, reflectiu-se na evolu-ção dos gastos públicos (em termos reais cresceram 4% em 2001, que compara a taxa de 12,3% do ano 2000).

No que se refere a política monetária, a actuação sobre o instrumento taxa de juros no sentido de refrear a procura interna, foi mais eficaz ao nível dos investimentos públi-cos.

Fonte: Banco de Cabo Verde

Procura Agregada -10,000,00 10,00 20,00 30,00 40,00

Consumo Famílias Consumo Público

Investimen to Exportaçõe s Importaçõe s (%) 1999 2000 2001

(10)

O agravamento dos investimentos públicos (de uma taxa de crescimento de -14,4% em 2000 passaram a –22% em 2001), pode ser explicado pela redução do crédito ao sector público administrativo.

Os investimentos privados, de igual modo registam uma desaceleração no seu ritmo de crescimento (de 13,4% em 2000, passaram a um crescimento negativo de 10,2%), re-flectindo o desempenho do sector da construção (representa 8,4% do PIB), não obstante as obras públicas em curso durante o ano.

Quadro 3

Em resultado do arrefecimento da procura interna em 2001, a importação cresce apenas 4% em 2001, contra 9,7% de 2000, dirigida principalmente para o consumo.

Fonte: Direcção Geral das Alfândegas

Importações por Tipo de Bens (valor CIF)

0,0 5.000,0 10.000,0 15.000,0 20.000,0 25.000,0 30.000,0 1998 1999 2000 2001 milhões de CVE

Bens de Consumo Bens Intermédios Bens de Capital Combustíveis Artigos Diversos Total

1998 1999 2000 2001P

Consumo

Consumo Privado

Importações bens de consumo não duradouro (t.v.em %) 38,2 -19,2 23,1 -7,9

Importações bens de consumo duradouro (t.v.em %) 7,0 34,8 9,8 10,4

Importações materiais de transporte -60,3 89,5 -14,9 13,5

Consumo Público

Despesas de Funcionamento do Estado-Orçamentadas n.d n.d 24,4 14,6

Despesas de Funcionamento do Estado-Realizadas -1,3 16,3 25,8 n.d

Despesas com Bens e Serviços -43,5 68,6 -19,7 n.d

Investimento

Construção

Importações materiais de construção (t.v.h) 17,0 0,6 4,4 -10,6

Importações de cimento (t.v.h) -12,5 13,9 9,3 -2,9

Vendas de Cimento 56,8 52,4 6,8 4,2

Equipamento e material de transporte

Importações de bens de equipamentos (t.v.h) -28,6 30,4 0,9 4,2

Fonte: Banco de Cabo Verde

P- Provisórios

tx. var. em %

Indicadores de Consumo e Investimento

4. Mercado de Trabalho

Segundo dados disponibilizados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), os indicadores do mercado de trabalho apresentam uma evolução favorável em 2001.

(11)

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

Índice de Preços no Consumidor

-6,00 -4,00 -2,000,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 Jan-98Mai-98Set-98Jan-99Mai-99Set-99Jan-00Mai-00Set-00Jan-01Mai-01Set-01 (%)

tx var homóloga tx var média 12 meses

a ilha do Sal a regista a mais elevada taxa de actividade do país (71,5%), seguida de Santiago (69,7%). No entanto, Fogo e S. Vicente continuam a apresentar as taxas mais baixas de 62,3% e 59,2%, respectivamente.

Relativamente a taxa de desemprego, embora no primeiro semestre de 2001, tenha crescido 2,3 p.p. relativamente ao período homólogo passado, em relação a média do ano de 2001, esta conheceu um decréscimo, situando-se em 19,1%, que compara aos 21,0% de 2000.

O aumento do número de empregos, essencialmente, na indústria transformadora, no sector da construção e na ad-ministração pública, explicam o decréscimo da taxa da po-pulação activa desempregada.

5. Inflação

A inflação apresenta em 2001 uma evolução pouco favorá-vel, se comparada ao ano anterior. Reflectindo essencial-mente o impacto dos aumentos dos preços internos do pe-tróleo, a taxa de inflação média atinge os 3,7% (0,6 p.p. aci-ma do prograaci-mado). Em termos homólogos a taxa de varia-ção em Dezembro de 2001 fixa-se em 4,5%, que compara ao 1,0% negativos de Dezembro 2000.

Os preços das grandes rubricas “transporte e telecomuni-cações” e “energia e água” registam os maiores acréscimos, 19,8% e 16,0% respectivamente, condicionando as taxas de crescimento dos preços das categorias “bens e serviços di-versos” e “habitação, equipamentos e materiais de trans-porte”.

Dada a evolução relativamente favorável dos preços inter-nacionais, acresce que os bens não transaccionáveis

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espe-lham superiormente o aumento dos preços domésticos em 2001. Assim, enquanto o preço dos bens transaccionáveis regista um incremento em termos homólogos de 2,4% em Dezembro de 2001, os bens não transaccionáveis apresen-tam uma variação homóloga de 5,9% no mesmo período.

Caixa 1

Inflação de Bens Transaccionáveis e Não Transaccioná-veis

A inflação de bens transaccionáveis e não transaccionáveis cons-titui um indicador importante para a análise da conjuntura eco-nómica nacional. Sendo Cabo Verde uma economia aberta ao ex-terior, a evolução dos preços nos sectores mais expostos á con-corrência é fortemente influenciada pela inflação internacional e pela política câmbial. Assim torna-se importante analisar em que medida a inflação reflecte a influência dos factores internos e externos, ou quais as alterações que estarão a ser induzidas à evolução dos preços pelo crescente grau de abertura da nossa economia e, pela definição da política câmbial.

São não transaccionáveis os bens não susceptíveis de transacção no mercado internacional, bens cujo os custos de transportes são proibitivos face ao seu valor intrínseco ou ainda, bens produzi-dos em quantidade insuficiente para exportação. Por isso tran-saccionáveis apenas no mercado interno.

Já os bens transaccionáveis podem ser objecto de troca interna-cional, independentemente de o serem ou não, efectivamente.

Importa ainda referir que a ilha de S. Vicente apresenta a taxa de inflação média mais elevada (4,6%), quando com-parada a outras zonas. Tendo presente que a ilha depende sobremaneira de bens provenientes de outras ilhas (alimentares de entre outros não transaccionáveis), além dos originários de mercados internacionais, esse facto po-derá ser explicado pelo acréscimo registado nas tarifas de transportes (marítimos e aéreos) internos.

A trajectória ascendente do nível dos preços internos, su-Fonte: Instituto Nacional de Estatística

Inflação por Classes e por Zonas Geográficas

Taxa de Variação 12 meses

0,00 10,00 20,00 30,00 40,00

Praia S. Vicente Zonas Rurais

(%)

Bens e Serviços Diversos Hab., Equip. e Mat. de Uso Dom. Combustíveis

Vestuários e Calçados Inflação

(13)

apreciação real do escudo caboverdiano, com reflexos nega-tivos ao nível da competitividade das exportações do país.

6. Balança de Pagamentos

Em 2001, o défice global da balança de pagamentos cabo-verdiana, regista um decréscimo de 30% relativamente ao ano anterior, reflectindo essencialmente o comportamento positivo da balança corrente.

Condicionada pela evolução das importações, o défice da balança de bens regista uma taxa de crescimento de 6%, atingindo os 35% do Produto Interno Bruto.

Tendo em conta igualmente, o desempenho pouco favorável das exportações de bens, especialmente os tradicionais (produtos do mar e agrícolas, que decrescem cerca de 46% em 2001) verificou-se um agravamento na balança comer-cial em 2001, na ordem dos 5,7%.

Quadro 4

Fonte: Banco de Cabo Verde Obs: Dados de 2001 são provisórios.

Balança de Pagamentos (Composição)

-3.000,0 -2.000,0 -1.000,0 0,0 1.000,0 2.000,0 3.000,0 milhões de CVE 1º Tri

00 2º Tri00 3º Tri00 4º Tri00 1º Tri01 2º Tri01 3º Tri01 4º Tri01 Balança Corrente Bal. Cap. Ope. Financ. Activos de Reserva

Fonte: Direcção Geral das Alfândegas

Cobertura das Importações pelas Exportações

0 2000 4000 6000 8000 10000 milhões de CVE 1º tri

00 2º tri00 3º tri00 4º tri00 1º tri01 2º tri01 3º tri01 4º tri01 Importação de Bens Exportação de Bens

1998 1999

1º tri 2º tri 3º tri 4º tri 1º tri 2º tri 3º tri 4º tri Produtos Agrícolas Bananas 1,3 3,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Café 0,0 2,7 4,0 4,3 Produtos do Mar Peixe enlatado 0,3 0,1 0,1 0,0 3,9 0,0 2,8 4,2 2,2 0,0 Peixe congelado 99,4 120,4 42,8 0,0 0,0 0,0 0,0 8,1 5,8 3,4 Peixe fresco 5,1 15,4 1,7 0,0 9,3 3,4 0,0 0,0 0,0 0,5 Crustáceos e Lagostas 76,0 48,8 18,3 5,8 0,0 4,8 3,0 3,2 0,4 4,1 90,1 48,7 Outros Produtos Couro e Peles 6,0 4,4 0,0 0,8 0,0 0,4 0,6 1,2 0,7 0,5

Calçado e Partes de Calçado 609,5 670,8 209,9 169,3 134,1 145,4 185,1 123,0 92,7 110,4

Vestuário Interior e Exterior 192,6 236,4 71,6 111,0 111,2 153,0 129,4 124,1 194,7 158,3

Componentes Electrónicos 0,0 43,7 8,3 5,4 9,3 6,9 9,1 10,2 6,0 1,1

Outros 33,7 41,2 9,2 8,9 5,6 21,8 0,6 1,4 5,9 4,4

Reexportações 1678,2 1136,7 562,2 634,3 616,5 1126,4 874,5 870,9 651,0 558,7

Total 2702,1 1184,9 924,1 935,5 889,9 1552,2 1205,1 1149,0 963,4 894,3

Fonte: Direcção Geral das Alfândegas

Evolução das Exportações por Produtos

2001 2000

milhões de CVE

Registando um acréscimo relativamente ao ano anterior superior a 50%, o superavit da balança de serviços contri-bui significativamente para o desempenho da balança cor-rente em 2001.

(14)

Explicam em grande medida os resultados da balança de serviços, as exportações dos serviços relacionados com os transportes aéreos e com o turismo (cresceram 17,7% e 39,5% em 2001, respectivamente).

Quadro 5

De registar o comportamento igualmente favorável das transferências correntes em 2001, especialmente das re-messas de emigrantes, que mantiveram a sua tendência de crescimento (relativamente a 2000, aumentaram a uma taxa de 14,5%), não obstante a situação menos favorável do mercado de trabalho dos países acolhedores, na segunda metade do ano.

Assim, as remessas continuaram a sustentar grande parte das importações de mercadorias do país (33,6%).

A balança de capital e de operações financeiras apresenta-se positiva em 2001 (6.696,04 milhões de CVE).

As remessas de emigrantes em equipamentos (3.004,0 mi-lhões de CVE), explicam os resultados da conta de capital. Por seu turno, a contracção de novos créditos comerciais bem como acumulação dos atrasados devidos aos

fornece-1998 1999

1º tri 2º tri 3º tri 4º tri 1º tri 2º tri 3º tri 4º tri

Transportes Marítimos 372,4 385,1 68,8 71,6 88,9 122,3 81,3 123,1 90,3 104,3 Transportes Aéreos 4.038,4 4.143,5 916,0 1.293,3 1.270,8 1.422,6 1.290,2 1.550,9 1.579,7 1.350,9 Turismo 1.982,5 2.900,9 1.220,6 1.049,6 1.135,9 1.274,9 1.752,5 1.660,2 1.662,2 1.464,2 Serviços de Comunicações 466,4 567,4 275,9 307,2 339,6 149,6 245,1 371,6 265,2 452,4 Serviços de Construções 202,5 758,9 55,5 7,8 8,6 41,4 3,7 0,0 16,3 0,0 Serviços de Seguros 18,0 259,4 67,9 5,8 22,6 5,0 151,7 147,0 2,5 2,9 Serviços Financeiros 0,2 55,2 0,5 0,5 0,2 0,0 1,4 1,4 1,2 0,5

Serviços de Informática e de Informação 1,4 15,4 3,6 1,4 2,6 1,8 8,2 0,9 1,0 1,5

Regalias e Direitos de Licença 0,3 4,5 0,0 0,0 0,0 0,3 0,0 1,2 13,5 1,4

Serviços Empresariais 208,3 753,9 64,4 44,7 58,4 63,4 54,3 83,1 65,7 64,9

Serv. Pessoais Cult. e Recreat. 0,0 0,6 0,0 0,0 0,0 1,3 4,2 0,4 0,2 3,8

Serviços não Governamentais 1.172,8 993,5 194,1 231,8 196,2 216,8 323,3 244,8 303,1 277,1

Fonte: Banco de Cabo Verde

2001

milhões de CVE

Exportação de Serviços 2000

Fonte: Banco de Cabo Verde Fonte: Banco de Cabo Verde

Cobertura do Défice da Balança Comercial pelas Remessas dos Emigrantes

0% 20% 40% 60% 80% 100% 1º tri 00 2º tri 00 3º tri 00 4º tri 00 1º tri 01 2º tri 01 3º tri 01 4º tri 01 Remessas de emigrantes Défice da Balança Comercial

(15)

Estes desembolsos 2 contribuíram para o aumento

consi-derável dos activos de reserva (atingem o valor de 2.225,4 milhões de CVE em 2001, quando em 2000 não ultrapassa-ram 300 milhões de CVE), para o financiamento do défice da balança de pagamentos em 2001.

Fonte: Banco de Cabo Verde

índices de Taxas de Câmbio Efectivas

75,00 80,00 85,00 90,00 95,00 100,00 105,00 Jan-98Mai-98Set-98Jan-99Mai-99Set-99Jan-00Mai-00Set-00Jan-01Mai-01Set-01 Índices

Taxa Efectiva Nominal Taxa Efectiva Real Fonte: Banco de Cabo Verde

Reservas Cambiais 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 1998 1999 2000 2001 meses de importação

Act. Externo Liq. Total Act. Externo Liq. BCV

2 De destacar o empréstimo contraído

jun-to ao Banco Mundial destinado à amorti-zação do capital em dívida junto aos cre-dores internacionais e ao pagamento dos atrasados acumulados e ainda, o desem-bolso da dívida de curto prazo, no âmbito do acordo de cooperação câmbial, Cabo Verde - Portugal (550 milhões de CVE).

7. Políticas Monetária e Câmbial

Orientada para a manutenção da estabilidade câmbial como objectivo intermédio da estabilidade de preços, a polí-tica monetária em 2001 apresenta um cariz restritivo. A política cambial continua a ser determinada pela defesa do peg que liga o escudos caboverdiano ao escudo portu-guês e, através desse à moeda única europeia.

Reflectindo os movimentos no cross de moedas, entre as quais o dólar americano e a libra esterlina a taxa de câm-bio efectiva nominal acusa uma depreciação de 0,8% em Dezembro de 2001.

Por seu turno, o índice da taxa de câmbio efectiva real atinge 92,5 em Dezembro, que compara aos 93,25 do ano 2000. Esta depreciação da TER, na ordem dos 0,75 pontos base, traduz a evolução dos preços internos em 2001, ten-dencialmente superiores aos dos principais parceiros ex-ternos.

No que se refere à política monetária, a manipulação da variável taxa de juro (aumento) teve como propósito frear o crédito interno e por essa via a procura (satisfeita basica-mente pelas importações), e restabelecer uma certa disci-plina macroeconómica, fundamental para o garante da es-tabilidade câmbial.

Em Dezembro de 2001o agregado M2, situando-se em Fonte: Banco de Cabo Verde

Taxas de Juro de Referência

0,0 5,0 10,0 15,0

Jan-01Fev-01Mar-01Abr-01Mai-01Jun-01 Jul-01Ago-01 Set-01Out-01Nov-01Dez-01

(%)

Tx de juro de cedência de liquidez Tx de juro de absorção de liquidez Tx de juro BT´s à 182 dias

(16)

45572,8 milhões de escudos, apresenta uma taxa de cresci-mento de 3,6 p.p. acima do target estipulado (6,3%). As disponibilidades líquidas sobre o exterior atestam um in-cremento em termos homólogos em Dezembro de 2001 de 40,1% (de 7.139,4 milhões de CVE em 2000 passa a 10.002,4 em 2001), reflectindo os desembolsos efectuados, no quadro dos programas de apoio orçamental.

Quadro 6

Dez/99 Mar/00 Jun/00 Set/00 Dez/00 Mar/01 Jun/01 Set/01 Dez/01

1 - Reservas Internacionais Líquidas do Sistema 8.110,1 6.684,0 5.661,0 5.945,3 7.139,4 7.024,5 7.458,3 7.326,2 10.002,4

2- Activos Domésticos Liquidos 28.519,1 30.469,8 32.310,3 32.500,6 34.349,2 35.372,8 35.534,5 35.870,7 35.570,4

2.1 - Crédito líq. ao SPA 13.874,7 15.030,3 16.860,0 20.174,8 21.571,9 22.220,9 22.083,8 21.347,9 20.846,8

2.2 - Crédito á Economia 18.888,1 19.343,2 19.736,1 18.647,8 19.316,6 20.036,4 20.669,1 21.297,4 22.193,1

2.3 - Crédito ás Inst. Financ. n/Monetárias 8,1 7,7 7,4 7,0

2.4 - Outros Activos Líquidos -4.243,7 -3.903,7 -4.285,8 -6.322,0 -6.539,3 -6.892,6 -7.226,1 -6.782,0 -7.476,5

3- M2 36.629,2 37.153,8 37.971,3 38.445,9 41.488,6 42.397,3 42.992,8 43.196,9 45.572,8

Fonte: Banco de Cabo Verde

Evolução dos Principais Indicadores Monetários

(Saldos em fim de periodo; em milhões de escudos)

Fonte: Banco de Cabo Verde

Evolução do Agregado Monetário

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 Dez-99Fev-00Abr-00Jun-00Ago-00Out-00Dez-00Fev-01Abr-01Jun-01Ago-01Out-01Dez-01 (%) M2 Target Target:6,3%

Por seu turno, repercutindo alguma contenção de despesas por parte do sector público, o crédito interno regista um considerável abrandamento no seu ritmo de crescimento em 2001 (de 24,8 % em Dezembro de 2000, a taxa de cres-cimento do crédito interno passa a 5,3% em Dezembro de 2001).

8. Política Orçamental

A moderação das despesas correntes, o alargamento da base tributária aliada a uma melhoria na eficácia na co-brança dos impostos foram os objectivos que nortearam a política orçamental em 2001.

Quadro 7

milhões CVE

Saldo global -2.246 -4.532 -6.027 -3.593

Saldo global excl. donativos -7.487 -8.948 -9.659 -6.510

Saldo corrente -524 595 -2.995 -418

Saldo primário -6.886 -8.522 -8.700 -5.143

Principais Indicadores Orçamentais

(17)

Total das despesas 19.174 22.680 22.986 21.326

Despesas de funcionamento 10.855 12.619 15.869 15.234

das quais: Juros dívida interna progr. 1.543 639 494 803

Juros dívida externa progr. 350 305 918 564

Despesas de investimento 8.319 8.561 7.090 6.092

Despesas sociais extraordinárias 0 1.500 27 0

Fonte: Ministério das Finanças

E

Estimativas

Despesas Públicas

1998 1999 2000E 2001E

3 Despesas Públicas totais passam de

35,8% do PIB em 2000 para 31,5% em 2001.

A implementação de medidas como aumento dos preços do petróleo, ainda administrados pelo Governo Central, redu-ção significativa do valor auferido pelos estudantes bolsei-ros no Brasil, bem como a moderação salarial, tiveram o efeito de atenuar a deterioração das contas do Estado. Quadro 8

Assim, o Ministério das Finanças estima uma redução das despesas na ordem dos 7% em 2001 (correspondendo a

uma redução em relação ao PIB de 4,3 p.p.). 3

No que se refere as receitas, os resultados foram igualmen-te favoráveis, porquanto registou-se um aumento de 4,6%

relativamente ao ano anterior.

Quadro 9 milhões CVE Total de Receitas 16.928 18.148 16.959 17.733 Receitas Orçamentais 11.623 13.733 13.327 14.817 Receitas correntes 10.331 13.214 12.874 14.817 Receitas tributarias 8.376 10.318 11.189 12.988

Receitas nao tributarias 1.955 2.896 1.685 1.829

Reembolsos de capital por EP 1.292 519 453 0

Donativos 5.241 4.416 3.632 2.916

Transf. de OFN 64 0 0 0

Fonte: Ministério das Finanças

E

Estimativas

Receitas Públicas

1998 1999 2000E 2001E

Pelo que, os valores previstos pelo Ministério das Finan-ças, apontam para uma minimização dos desequilíbrios or-çamentais, sendo reduzidos em quase 70% o recurso à dívi-da interna para seu financiamento.

Apesar da evolução positiva dos principais indicadores or-çamentais, denota-se no mercado da dívida pública um au-mento significativo na taxa de colocação dos Bilhetes de

(18)

Tesouro para o prazo de 3 meses de 11,0%.

A evolução tendencialmente crescente das taxas de juro, pode estar relacionado com alguma assimetria da informa-ção e falta de confiança dos agentes no mercado da dívida e, com a própria imperfeição do referido mercado.

Quadro 10 milhões CVE Financiamento 2.246 4.532 6.027 3.593 Externo Líq. 2.110 795 1.504 2.224 Desembolsos 2.991 3.345 4.121 5.166 Amortizações -965 -2.550 -4.516 -3.475 Variação de Atrasados 65 0 1.899 -1.390 Reescalonamento de Atrasados 19 0 0 1.923 Interno Líq. 136 3.737 4.523 1.369 Sistema Bancário 0 0 7.697 -70 Outros 136 3.327 -4.679 2.898

dos quais: receitas de privatizações 0 3.708 1.683 0

encargos com privatizações 0 -494 -4.434 0

Variação de Atrasados 0 410 1.504 -1.460

Gap de finaciamento 0 0 0 0

Fonte: Ministério das Finanças

EEstimativas

1998 1999 2000E 2001E

Financiamento das Operações Fiscais do Estado

Contudo, recorre-se substancialmente aos recursos inter-nacionais para o financiamento das operações do Estado. Dados disponibilizados pelo Ministério das Finanças, ates-tam um incremento de 47,8% em 2001, do recurso ao fi-nanciamento externo, quando no ano 2000 o fifi-nanciamento externo não ultrapassou 25% do financiamento total das operações do Estado.

Fonte: Ministério das Finanças

Financiamento do Défice Público

0 2.000 4.000 6.000 8.000 milhões de CVE 1998 1999 2000E 2001E Externo Líq. Interno Líq.

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