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Romantismo
Profa. Consuelo Holanda
@consueloholanda @ideiasimgensepalavras
Viajante Sobre o Mar de Névoa, do artista alemão Caspar David Friedrich.
Um homem solitário contempla uma
imponente paisagem alpina de cima de um pico rochoso. Ao redor da cena principal, os cumes próximos da paisagem
desaparecem sob o mar de névoa que se dissolve, além de uma montanha distante que se eleva sobre a cena, contra um céu luminoso.
O autor usa um nevoeiro denso para
obscurecer o que está entre as montanhas e, dessa maneira, criar um ar de mistério. Tratando-se da composição, o homem
retratado está bem no meio da pintura e as linhas na horizontal, tanto de rochedos
quanto de encostas e montanhas
distantes, todas convergem para ele.
O forte contraste de tom entre a silhueta escura do homem no rochedo e a claridade da neblina e do céu aumentam ainda mais o impacto da imagem.
Viajante sobre o Mar de Névoa de Caspar David Friedrich
A figura tem postura ereta, heroica e se destaca.
Para Kant e Schiller apresenta elementos do SUBLIME
O cavaleiro ( ou o viajante) é entendido como um símbolo do
anseio do homem pelo inatingível ou ainda a alegoria da jornada da vida. Viajante Sobre o Mar de Névoa
sintetiza as ideias românticas sobre o lugar que o homem ocupa no
mundo, como o isolamento do homem diante das forças da
natureza. A imagem tornou-se um ícone do indivíduo romântico.
Sublime
•
Dentro do sublime, Kant distinguiu três
modalidades:
•
o sublime terrível que mistura a admiração da
grandiosidade com o temor ou o horror (ex.: um
precipício imenso, a cratera de um vulcão a vomitar
lava),
•
o sublime nobre em que a admiração da
grandiosidade se mistura com a nobreza assente
na simplicidade, (ex.: uma catedral gótica, sem
decorações interiores)
•
o sublime magnífico (ex.: um palácio residencial
3 DETALHES DE VIAJANTE SOBRE O MAR DE NÉVOA SE DESTACAM
:
1. O VIAJANTE:
A figura solitária do viajante é
representada de costas para
o espectador, o que lhe dá
total anonimato. Por sua
postura o homem parece
calmo e controlado, mas cabe
ao observador da obra
imaginar a sua expressão ou
atitude diante da paisagem à
sua frente.
2. MAR DE NÉVOA:
A bruma esconde grande parte da paisagem observada pelo viajante, estimulando assim a
imaginação do espectador sobre o que se vê embaixo do pico
onde o homem se encontra.
Além disso, a névoa desfoca as montanhas distantes, criando uma sensação de infinito. A névoa tem ainda a função de refletir a luz perolada do céu,
dando ao quadro uma impressão etérea, sobrenatural.
•
3. PICOS ROCHOSOS:
•
Alguns cumes de
montanhas próximas
rompem o véu de névoa
como rochas recortadas
emergindo do mar. Como
a bruma obscurece os
limites entre esses picos
não é possível saber qual
a real distância deles.
Uma noção de escala
pode ser obtida ao
observar as árvores
minúsculas localizadas
próximas a alguns
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Safo de Lesbos – Charles Auguste Mengen
O seu coração arrefece e deixam
tombar as asas…
Análise:
Para além dos encontros e dos
desencontros do Amor, talvez
Safo aspire a um reencontro nas
“margens floridas de lótus,
húmidas de orvalho, do
Aqueronte”. O amor e a Morte
entrelaçam-se na grinalda dos
versos da poetisa. Já não é
Afrodite, mas Hades o deus do
amor.
SOCIOLOGIA, 2º Ano do Ensino Médio
Direitos Humanos e Cidadania
Hero e Leandro
• Hero e Leandro eram dois
apaixonados que moravam em cidades diferentes, uma na Ásia e outra na Europa. Entre as duas cidades havia um estreito. Todas as noites, Leandro atravessava o mar a nado para encontrar com sua amada e para clarear sua visão, deixava uma tocha acesa no alto de uma torre.
• Certa vez, o mar estava bastante
agitado e Leandro não conseguiu atravessar, desfalecendo e
morrendo afogado. Seu corpo foi levado pelas ondas do mar até a parte da Europa, onde Hero
estava. A jovem se entristeceu grandemente e de tanta tristeza, se atirou do alto de uma torre.
SOCIOLOGIA, 2º Ano do Ensino Médio
Direitos Humanos e Cidadania
Evasão e escapismo
Sonho e fantasia
A evasão mais comum dá-se
através do princípio da fantasia. O artista devaneia, cria universos
imaginários, onde encontra a luz e a alegria que a sociedade burguesa não lhes oferece. O sonho não é
apenas a fonte obscura e
misteriosa que alimenta a criação artística, mas uma forma de
resposta à hostilidade do mundo. Novalis declara isso textualmente: "O sonho me parece uma vala de proteção contra a vulgaridade da vida."
O "mal do século"
O "mal do século" é uma "enfermidade moral" e não física.
Resulta do tédio ("ennui", "spleen"), mas não do tédio comum
(enfado diante da chatice da vida).
Álvares de Azevedo transita
continuamente entre os níveis concretos da vida social e as fantasias de sua
subjetividade atormentada, sem escapar do dilaceramento que esta divisão sonho-realidade lhe causa:
Vinte anos! derramei-os gota a gota Num abismo de dor e esquecimento... De fogosas vistes nutri meu peito...
Vinte anos!... não vivi um só momento!(...) Eu sonhei tanto amor, tantas venturas, Tantas noites de febre e d'esperança. Mas hoje o coração desbota, esfria, e do peito no túmulo descansa!
A concepção romântica aponta para um aborrecimento desolado e cínico, que ressalta tanto a falta de grandeza da existência cotidiana quanto o vazio dos corações juvenis. Estes acreditam ter vivido todas as paixões e ter experimentado todos os abismos