ACIDENTES COM ANIMAIS
PEÇONHENTOS/VENENOSOS
Fernanda Figueira PARTE 2 PARTE 2ARANEÍSMO X ESCORPIONISMO
Filo: ARTHROPODA Classe: ARACNHIDA Ordem: ARANAE Filo: ARTHROPODA Classe: ARACNHIDA Ordem: SCORPIONIDAE200 espécies
30 gêneros envolvidos em
acidentes com humanos
Responsáveis por quase
metade
dos
acidentes
causados
por
animais
peçonhentos no Brasil
Letalidade de 0,03% em
2010 no estado de SP
ARANEÍSMO
ARANEÍSMO
QUELÍCERAS FERRÕES SEGMENTO BASAL Phoneutria (armadeira) Latrodectus (viúva-negra)GÊNEROS DE IMPORTÂNCIA
MÉDICA NO BRASIL
Loxosceles (marrom)Phoneutria
3-5 cm de corpo Até 17 cm de comprimento Pelos curtos marrom-acinzentados
42,2% dos casos de araneísmo,
principalmente, nas regiões Sul e
Sudeste
Picadas predominam nas mãos e pés
Sazonalidade: ano inteiro, mas aumentam nos meses de março e abril (acasalamento e início do frio)
Nomes Populares: aranha armadeira, aranha do mercado de frutas, aranha da bananeira
Habitat: bananeiras, palmeiras, folhagens, cupinzeiros, ambientes úmidos e escuros em domicílios
Comportamento
– agressivas, assumem posição
de ataque
– podem saltar até 40cm
Phoneutria
P. nigriventer
2:4:2
Phoneutria
MECANISMO DE AÇÃO DO VENENO DE
Phoneutria
Ativação de canais de Na
+Despolarização de terminações nervosas
• Sensitivas • Motoras Simpático • SNA Parassimpático
FONEUTRISMO
DOR
Edema
Phoneutria
Pontos de inoculação
(sinal da picada)
Acidente grave por
Phoneutria
ACIDENTES POR
Phoneutria
Classificação Quadro Clínico Tratamento
Leve Dor, eritema e edema locais Sintomático
(analgesia) Moderado Alterações locais e sistêmicas: agitação, sudorese, náuseas, vômitos, hipertensão arterial, taquicardia, taquipneia SAAr* 2-4 ampolas EV Grave (< 1% dos casos)
Vômitos profusos, sialorreia, sudorese profusa, tremores,
hipertonia muscular, priapismo, choque, edema
agudo de pulmão
SAAr* 5-10 ampolas
EV
* SAAr = Soro antiaracnídico (1 ampola = 5 ml)
TRATAMENTO
Bloqueio anestésico com lidocaína 2%,
3 – 4 mL por infiltração
O SAAr, aliado à medidas de suporte
vital,
está formalmente indicado em
todos os casos graves
,
bem como
naqueles
classificados
como
moderados
em crianças e em idosos
com mais de 70 anos de idade.
L
.intermedia
L. laeta
L. gaucho
Mais comum Veneno mais
tóxico
Loxosceles
– Aranha Marrom
Loxosceles
Morfologia– 1 cm de corpo e até 3 cm de comprimento
– colorido marrom-acinzentado, podendo apresentar no
dorso um desenho amarelo em forma de estrela
Habitat
– atrás de quadros, móveis, cortinas, rodapés,
roupas de camas e banhos, em roupas penduradas
nas paredes, interior das residências (geralmente
em locais pouco frequentados e empoeirados), e eventualmente, no meio de entulhos, materiais de construção, buracos de tijolos e muros velhos
Sazonalidade:
meses quentes (regiões Sul e Sudeste)Maior incidência de casos na região Sul
Loxosceles
Quadro Clínico:
• É de instalação lenta, o que retarda
busca por atendimento
• Sintomas
locais
acentuam-se
nas
primeiras 24 a 72 h
• Tipos
– Cutânea
– Cutâneo hemolítico
– Visceral (hemolítico)
Loxosceles
AÇÕES DO VENENO
• Proteolítica
– veneno contém várias enzimas: esfingomielinase D,hialuronidase, protease, fosfolipase, esterase e colagenase
– lesão tecidual desencadeia a resposta inflamatória
AÇÕES DO VENENO
• Hemolítica
– Veneno da
L. laeta
maior atividade
Esfingomielinase incorpora-se na membrana das hemácias ativando sistema complemento*Predisposição genética? *Variabilidade genética?
FORMA CUTÂNEA
– 88 a 97% dos casos – Edema, eritema, dor similara queimadura de cigarro, prurido ao redor da picada – Áreas hemorrágicas no
ponto da picada mescladas com áreas de isquemia (placa marmórea)
– Vesículas, bolhas, necrose e ulceração
– Pode haver febre
Forma cutânea
Forma cutânea
Forma cutânea
Fotos: acervo CIT-Londrina
Forma cutânea
FORMA (CUTÂNEA) VISCERAL
- Comprometimento cutâneo pode ou não estar presente
- Hemólise intravascular - Início nas primeiras 24 horas - Anemia aguda, icterícia,
hemoglobinúria
- Podem ocorrer oligúria, anúria e IRA (principal causa de óbito) - Sem correlação com intensidade da
lesão cutânea
- Possível susceptibilidade individual
Forma cutânea visceral
Fotos: acervo HVB e CIT-Londrina
ACIDENTES POR Loxosceles
IRA
Loxosceles
EXAMES LABORATORIAIS
• FORMA CUTÂNEA- hemograma com leucocitose e neutrofilia
• FORMA CUTÂNEO-VISCERAL - anemia aguda
- aumento de plaquetas - reticulocitose
- diminuição da haptoglobina - aumento de K, ureia e creatinina - alteração do coagulograma
• Tratamento complementar
– Higienização do local
– Hidratação
– Vacinação antitetânica
– Antibioticoterapia, se infecção secundária
Loxosceles
PREVENÇÃO DE ACIDENTES POR
Loxosceles e Phoneutria
• Não usar inseticidas
• Evitar acúmulo de entulhos
• Remover teias
• Combater cupins (principal alimento)
• Manter a casa ventilada
• Inspecionar roupas e calçados antes de
vesti-los
L. mactans
L. geometricus
L. curacaviensis
(“flamenguinha”)
Latrodectus
(viúva negra)
Sintomatologia precoce:
Área circular eritematosa com
centro claro
OUTRAS ARANHAS QUE PODEM
CAUSAR ACIDENTES
Lycosa
(aranha de
jardim)
Mygalomorphae
(caranguejeira)
Lycosa
•Tarântula, aranha de jardim, aranha de grama
• Morfologia
– até 4,5 cm de comprimento
– acinzentada com mancha negra em forma de seta
no dorso do abdome
• Acidente
– ação do veneno: proteolítica pouco eficaz – quadro clínico: dor local discreta e transitória – tratamento: sintomático local
Mygalomorphae -
Caranguejeiras
300 espécies no Brasil
• Morfologia
– podem atingir até 10 cm de corpo e 30 cm de comprimento
– corpo recoberto de pelos
• Comportamento
– se molestadas, podem ferroar ou lançar pelos urticantes do dorso do abdome
• Acidente
– os pelos podem causar reações de
hipersensibilidade prurido, mal-estar, tosse, dispneia Tratamento
Corticóide tópico, Adrenalina e/ou anti-histamínico, se houver reação de hipersensibilidade
MORFOLOGIA
ESCORPIONISMO
57.594 casos em 2011 Letalidade: 0,01% em 2010 - SPProcedProcedêência: tendncia: tendêência maior na zona urbanancia maior na zona urbana
Sazonalidade: varia de acordo com a Sazonalidade: varia de acordo com a
regi
regiãão estudadao estudada
Tempo picada Tempo picada ––atendimento: inatendimento: iníício precoce cio precoce dos sintomas
dos sintomas
Gravidade Gravidade maior nos acidentes com
maior nos acidentes com T. serrulatusT. serrulatus *maior em crian
*maior em crianççasas
ESCORPIÕES
Tityus serrulatus
MG, BA, MS, ES, RJ SP, PR, PE, SE, PI, RN, GO, DF, SC
6,5% 0,5% 45,4% 11,3% 3,7% 0,9%
DISTRIBUIÇÃO TOPOGRÁFICA DAS
PICADAS
28,8%
MECANISMO DE AÇÃO DO VENENO
ESCORPIÔNICO
Ativação de canais de Na
+Despolarização de terminações nervosas
• Sensitivas • Motoras
Simpático • SNA
AÇÃO DOS NEUROTRANSMISSORES
Catecolaminas
• midríase • ↑↑↑↑FC, ↑↑↑↑PA • arritmias cardíacas • vasoconstricção • sudorese • ↑↑↑↑FR • ↑↑↑↑glicemia • ↓↓↓↓potássioAcetilcolina
• miose • ↓↓↓↓FC • arritmias cardíacas • vasodilatação • ↑↑↑↑secreções • broncoconstricção • priapismo • ↑↑↑↑amilaseESCORPIONISMO
Dor local Parestesia local Alguns episódios de vômitos *Agitação ,*Sudorese *↑ FR, *↑ FC, *↑ PA *manifestações discretas, nem todas presentesAcidentes Leves Acidentes Moderados Acidentes Graves Dor local Parestesia Discreto ↑ FC e agitação pela dor
Combater a dor: Analgésicos VO/parenteral Observação em UBS por 4 a 6 horas. Monitorar glicemia capilar
*Atenção: sempre pensar em acidente escorpiônico, mesmo sem a história ou identificação do agente, diante de um paciente com quadro de vômitos súbitos, sem causa aparente, acompanhados de sudorese profusa, aumento da pressão arterial. Em se tratando de crianças, choro contínuo e agitação também são dados importantes.
Dor local Parestesia
Podem não estar presentes, mascaradas pelas manifestações sistêmicas
Vômitos abundantes Agitação , Sonolência Sudorese intensa , Sialorreia PA ↑ ou ↓, FC ↑ ou ↓, ↑ FR Arritmias Cardíacas Broncorreia Pode haver evolução para Edema Pulmonar, Choque, Óbito
Referenciar a Hospitais que possuam soro antiveneno, tanto as crianças como os adultos, via Regulação Médica, o mais rápido possível, para observação mais rigorosa e soroterapia antiescorpiônica.
Quando o paciente for encaminhado, não se deve aplicar a pré-medicação, não se deve fazer expansão com soro
endovenoso (Cuidado! o coração já pode estar
comprometido). A única coisa que deve ser feita é aliviar a
dor, manter acesso venoso e oxigenioterapia, se necessário, e agilizar a transferência.
ACIDENTES ESCORPIÔNICOS
Dor, eritema discreto e sudorese local
Fotos: acervo HVB/IB
Acidente LEVE
Foto: acervo HVB/IB
Acidente GRAVE
Priapismo
Edema Agudo de Pulmão
ESCORPIONISMO
Classificação Sintomatologia Tratamento
Leve Dor local de intensidade variável; parestesia;
vômitos ocasionais; agitação e/ou taquicardia leve Combate à dor
Moderado
Dor local; alguns episódios de vômitos; manifestações sistêmicas isoladas e de pequena intensidade: sudorese, sialorreia, aumento da PA, taqui/bradicardia, taquipneia, agitação
Combate à dor; Antieméticos; Soroterapia 5 ampolas (SAE ou SAAr) Grave
Diarreia/vômitos profusos; sudorese intensa; hipersecreção; arritmia cardíaca e respiratória; aumento ou diminuição da PA ou FC; agitação intensa/sonolência, torpor, EAP, óbito
Combate à dor; Antieméticos; Soroterapia 10 ampolas (SAE ou SAAr) Os acidentes graves podem evoluir para:
•insuficiência cardíaca •edema pulmonar •choque •óbito Alterações Laboratoriais • ↑↑↑↑glicemia, glicosúria • ↑↑↑↑amilase • ↓↓↓↓ potássio • leucocitose • ↑↑↑↑CK-MB, ↑↑↑↑LDH, ↑↑↑↑TGO • ↑↑↑↑troponina I • alterações ECG, ECO,
Radiografia de tórax Alterações laboratoriais
(moderados, graves)
Reversíveis dentro de 5 a 7 dias
ESCORPIONISMO
Bothriurus sp
Quela robusta e larga; veneno sem interesse médico
DF, GO, MS, MG, PA, RS, SP, AL, BA, CE, MA, PB, PE, RN, SE, PR, SC,
IDENTIFICAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO
DOS GÊNEROS
LOCAIS DE OCORRÊNCIA PROVÁVEL
ÁREA INTERNA1- assoalhos e rodapés soltos
2- ralos de cozinha, banheiro e área de serviço 3- frestas e vãos de paredes
4 - batentes de portas e janela 5- caixas e pontos de energia 6- sistema de refrigeração de ar
7- vigas e telhados em porões, sótãos e forros no teto 8- móveis , cortinas, estantes, quadros, lareiras 9- roupas e sapatos
10- obetos empilhados e jogados 11- armários sob pias ou gavetas 12- panos de chão e toalhas penduradas
ÁREAS
EXTERNAS
1- material de construção: pilhas de telhas e tijolos, blocos de cimento, placas de concreto, pedras, entulhos, madeiras amontoadas
2- lixo domiciliar
3- troncos, galhos e folhas secas caídas 4- objetos descartados, garrafas empilhadas
5- frestas e vãos de muros, tanques, fornos de barro, barrancos, galpões, depósitos, viveiros de mudas, plantas
6- caixas de gordura, canalizações de água, caixas de esgoto e de energia
7- Túmulos mal conservados
PROFILAXIA
Manter a casa limpa, evitando acúmulo
de lixo
Manter limpos terrenos baldios
Cuidado ao manusear tijolos, e restos
de materiais de construção
Tampar buracos, ralos e frestas de
paredes, janelas, portas e rodapés
Sacudir roupas, sapatos e toalhas antes
de usar
Verificar a roupa de cama antes de
deitar, afastando a cama da parede
Preservar os predadores naturais dos
escorpiões (sapos e galinhas)
Lagartas, Mariposas e
Borboletas
INSETOS
INSETOS
LEPID
Lepidópteros de importância médica
Família
Megalopygidae LimacodidaeFamília
Família Saturniidae ORDEM ORDEM LEPIDOPTERA LEPIDOPTERA Superfam
Superfamíílialia
Zigaenoidea
Zigaenoidea RombycoideaRombycoideaSuperfamSuperfamíílialia
Superfam
Superfamíílialia
Noctuidea
Noctuidea
Família Arctiidae
Família
Notodontidae LymantriidaeFamília
Gênero Podalia Gênero Sibine Gênero Megalopyge Gênero Lonomia Gênero Automeris Gênero Dirphia Gênero Premolis Gênero Hylesia CLASSE CLASSE INSECTA INSECTA Fonte: Moraes, 2003 Características
• São lagartas com 5-6 cm de comprimento, apresentam o corpo coberto de pelos, de coloração branca ou marrom
• Responsáveis pela maioria dos acidentes • Comportamento solitário
• Após o contato determinam somente um quadro local
Megalopigydae
Taturana gatinho, taturana carneiro, lagarta de fogo... Características• Lagartas com 6 a 7 cm de comprimento e coloração variada
• Corpo revestido de espinhos ramificados (semelhante a um pinheiro) dispostos ao longo do corpo.
• Lonomia obliqua: dorso verde musgo, com três listras longitudinais de cor marrom-escuro e manchas brancas em forma de “U” • Comportamento gregário
Saturniidae
Lonomia
Saturniidae
Veneno de Lepidópteros
Histamina Fosfolipase A2 Enzimas proteolíticasSubstâncias ativadoras de Complemento
dor em queimação edema hiperemia adenopatia regional vesícula, bolha, necrose
Processo inflamatório agudo local
Dermatite provocada por contato com taturana gatinho
(Megalopygydae)
Lesões puntiformes em superfície de
contato com cerdas de saturnídeo
(
Automeris sp
)
Fonte: Haddad Jr.; Cardoso, 2003
QUADRO CLÍNICO
A - região plantar com quadro inflamatório intenso com equimose em local de conato com saturnídeo
B - edema de todo o pé e tornozelo do mesmo paciente
Fonte: Haddad Jr.; Cardoso, 2003.
A - necrose na área de contato (3º dia após acidente)
B - crosta necrótica no 7º dia pós-contato
Quadro clínico local
A
B
Fotos: acervo HVB/IB
TRATAMENTO
• Se o animal for identificado não é necessário
colher exames laboratoriais
• Lavar o local com água fria ou corrente
• Compressas com gelo
• Decúbito elevado do membro atingido
•ANALGESIA:
• Com uso de dipirona (VO ou EV). Se não houver melhora,
usar analgésicos mais potentes como a meperidina ou tramadol
•ANTI-HISTAMÍNICOS:
Nos casos com prurido intenso ou erupções cutâneas (VO)
•CORTICÓIDE TÓPICO:
Uso de pomadas (betametasona/dexametasona), exceto nos casos com infecção
O paciente não necessita de internação hospitalar, podendo ser liberado após o alívio da dor
TRATAMENTO
Gênero Lonomia
Gênero
Lonomia
Pertence a família Saturniidae
Pertence a família Saturniidae
Habitam
Habitam Toda a América do Sul, Central e MéxicoToda a América do Sul, Central e México
Lonomia achelous
Lonomia
achelous Venezuela, Guiana e Norte do Brasil
Venezuela, Guiana e Norte do Brasil
Lonomia obliqua
Lonomia obliqua
Sul e Sudeste do Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina
Sul e Sudeste do Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina
Lonomia obliqua
Fotos: SESA/PRLonomia obliqua
Lonomia obliqua
ATIVIDADES DO VENENO:
- Ativa Fator X
- Ativa Protrombina
- Fibrinogenolítica
- Fosfolipase
- Hialuronidase
Fonte: VEIGA et al. 2005. Gene 355,11-27
AÇÃO DO VENENO
LOCAL dor hiperemia edema artralgia adenomegalia prurido bolha parestesia MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS cefaleia náuseas / vômitos tonturas dores abdominais febre dores musculares hipotensãoQUADRO CLÍNICO
• Podem ocorrer manifestações precoces (por
contato maciço) ou tardias (até 72 h após) caracterizadas por:
• Sangramento muco-cutâneo: hematomas,
equimoses, epistaxe, gengivorragia
• Sangramento visceral: hematúria,
hematêmese, hemorragia intracraniana
• Hipotensão arterial, choque e IRA, • Pode ocorrer quadro semelhante a CIVD
Fotos: acervo CIT/Londrina Foto: SESA/PR
Acidentes por
Lonomia obliqua
A BA - edema e eritema após contato com colônia de
Lonomia obliqua
B - sangramento em local de punção venosa após acidente com Lonomia obliqua
Fotos: acervo HVB/IB
Fotos: acervo HVB/IB
Acidentes por
Lonomia obliqua
Fotos: acervo HVB/IB
Acidentes por
Lonomia obliqua
Fatores de risco: • número de lagartas
• intensidade do contato
• idade/patologia prévia
• intervalo entre o acidente e o atendimento
• traumatismo
• presença de sangramento
Foto: acervo HVB/IB
Foto: acervo CIT/Londrina
Colônia de lagartas Lonomia sp, causadoras de acidente em 15/04/07. M.V. 68a, turista inglesa, com manifestações hemorrágicas em 24h, insuficiência renal aguda, hemorragia intravascular disseminada, passou por 3 sessões de hemodiálise no Brasil, realizando outras sessões em Londres.
Após treinamento no Parque Nacional:
Acidentes por
Lonomia obliqua
EXAMES LABORATORIAIS
Coagulograma TP/TAP Alargado TTPA/KPTT Fibrinogênio Diminuído Função renal Ureia/Creatinina IRA Urinálise Urina I HematúriaHemograma
Hemograma Anemia (perda) Leucograma Leucocitose Plaquetas Diminuídas
• Realizar tratamento sintomático
• Baseado no quadro clínico e nas provas de coagulação, será indicada soroterapia
TRATAMENTO
Gravidade Manifestações Tratamento
LEVE - Local: dor, edema, eritema Sintomático
MODERADO
- Local: presente ou ausente
-Tempo de Coagulação: alterado - Sangramento: ausente ou presente em pele/mucosa Sintomático + SALon - 5 ampolas GRAVE
- Local: presente ou ausente
-Tempo de Coagulação: alterado - Sangramento: presente em vísceras - Risco de vida Sintomático + SALon - 10 ampolas F o n te : B ra s il , 2 0 0 1
Relato ou suspeita de contato com lagarta não coletada ou identificada como Lonomia obliqua
Tratar com Soro Anti-Lonômico (SALon) 5 a 10 ampolas EV NORMAL Repetir exames 6 6 horas
horas após o acidente
ALTERADO NORMAL
Repetir exames 12 horas após o acidente
ALTERADO NORMAL Liberar o paciente Reavaliar os exames laboratoriais (função renal e coagulação) 24 horas 24 horas após o tratamento com SALon Alta hospitalar TP > 50% e função renal mantida Diagnóstico laboratorial: TP, TTPA, TC ALTERADO ALTERADO ALTERADO
HIMENÓPTEROS
ABELHAS VESPA S MARIMBONDOS MAMANGAVAANATOMIA DO FERRÃO
•Ferrões verdadeiros, aparelhos inoculadores de veneno
HIMENÓPTEROS
- Possuem cerca de 115.000 espécies
- Nome derivado do grego
(
hymen
= membrana,
ptera
= asas)
• Apresentam
dois
pares
de
asas
membranosas,
sendo
as
anteriores
maiores que as posteriores
• Alguns grupos como formigas operárias
e vespas perderam, secundariamente, as
asas
Apis mellifera
COMPOSIÇÃO DO VENENO
• Fosfolipase A2
•Hidrolisam fosfolipídios de membrana liberando ácido araquidônico;
• Melitina
•50% do peso seco do veneno; ação sinérgica à fosfolipase A2
• Aminas biogênicas
•Histamina, serotonina, dopamina e noradrenalina
QUADRO CLÍNICO
• Variável - local da picada - número de ferroadas - histórico alérgicoLetalpara adultos: 300 a 500 picadas
Letalpara crianças: 30 a 50picadas
• Reações Alérgicas
- Locais:
processo inflamatório no local da picada, edema, bolhas
- Sistêmicas:
angioedema, prurido, urticária, broncoespasmo, edema de glote, choque anafilático
QUADRO CLÍNICO
• Reações Tóxicas
- Locais:
dor, eritema e edema, não muito
intenso, apenas no local
- Sistêmicas:
inicia-se por prurido, rubor e
calor generalizados, seguidos de hipotensão,
taquicardia, cefaleia, náuseas, vômitos e
broncoespasmo; pode haver rabdomiólise,
hemólise, podendo evoluir para Insuficiência
Renal Aguda (IRA)
QUADRO CLÍNICO
* Pode haver evolução para choque
e Insuficiência Respiratória Aguda
EXAMES COMPLEMENTARES
Múltiplas picadas →→→→ hemólise intravascular e rabdomiólise;
- HMG
- Aumento de bilirrubinas - Aumento de CPK e LDH - AST, ALT
- Urina I – mio e hemoglobinúria - Ureia e Creatinia
- Eletrólitos