Poder Judiciário Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região
AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO
ATOrd 0000259-89.2019.5.21.0043
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Processo Judicial Eletrônico
Data da Autuação: 09/04/2019
Valor da causa: R$ 42.492,52
Associados: 0000022-55.2019.5.21.0043
Partes:
AUTOR: JOSE NILDO GOMES DA SILVA - CPF: 018.076.778-00
ADVOGADO: JANAINA PAULA DA SILVA VIANA - OAB: RN9981
RÉU: SM MATERIAL DE PESCA LTDA - ME - CNPJ: 08.855.039/0001-00
RÉU: SERGIO MOISES DOS SANTOS - CPF: 703.759.764-34
RÉU: LUIZ CARLOS DA SILVA - CPF: 548.132.044-49
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Viana ▪ Alves
Advocacia
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____________________________________________________________________________________________________ Av. Dr. João Medeiros Filho, nº 3741, Pajuçara, CEP: 59122-385, Natal/RN.
Fones: 3025-3011 / 9924-5714 / 9969-2137 E-mail: jpmjadvocacia@hotmail.com 2
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DO TRABALHO DA COMARCA DE NATAL, ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - A QUEM ESTA COUBER POR DISTRIBUIÇÃO LEGAL.
JOSÉ NILDO GOMES DA SILVA, brasileiro, casado,
pescador, inscrito no RG sob o nº. 367.993 – SSP/RN e no CPF sob o nº. 018.076.778-00, sem endereço eletrônico, registrado na CTPS sob o nº. 75678, série: 00017/RN e no PIS sob o nº.
200.64073.99-2, residente e domiciliado na Rua Mairiporã, nº.
233, Conjunto Gramoré, Lagoa Azul, CEP: 59136-110, Natal/RN,
vem, por intermédio de seus advogados, devidamente
habilitados, com endereço profissional no rodapé desta, onde recebe todas as intimações, perante Vossa Excelência, promover a presente
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Em desfavor de SM MATERIAL DE PESCA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n.º 08.855.039/0001-00, com sede na Avenida Tavares de Lira, 94, Ribeira, CEP 59012-050, Natal/RN e PRODUMAR – EXPORTADORA DE PRODUTOS DO
MAR – LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no
CNPJ sob o nº. 08.432.692/0001-59, com endereço profissional na Rua Chile, nº. 128, Ribeira, CEP: 59012-250, Natal/RN, tel. 4006-2000, pelos fatos e fundamentos jurídicos abaixo aduzidos.
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I - DO BENEFICIO DA JUSTIÇA GRATUITA
Declara o Reclamante, nos termos do Art. 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal, da Súmula 463 do C. TST e do art. 98 de seguintes do Novo Código de Processo Civil, que não tem condições de arcar com eventual ônus processual sem prejuízo do sustento próprio e de sua família, uma vez que se encontra desempregado, carecendo, portanto, do benefício da Justiça Gratuita.
II – DO LITISCONSÓRCIO PASSIVO
A primeira Reclamada, para quem o Reclamante trabalhou, foi contratada da Litisconsorte, objetivando prestação de serviços no ramo de pesca, posto que a Demandada principal atuava na obtenção dos produtos, ulteriormente comercializados pela Litisconsorte.
Sendo assim, a Litisconsorte figura como coobrigada nas obrigações trabalhistas decorrentes dessa relação de trabalho, considerando que foi diretamente beneficiada com os serviços prestados pelo Reclamante.
Dessa forma, em virtude de a Reclamada principal haver descumprido a Legislação Obreira, não adimplindo as suas obrigações sociais decorrentes da relação de emprego com o Demandante, conforme adiante será expendido, responde a Litisconsorte, subsidiariamente, pelas verbas trabalhistas devidas, segundo apregoa o Enunciado da súmula 331, do TST, in verbis:
“Súmula nº 331 do TST - CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE (nova redação do item IV e inseridos os itens V e VI à redação) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011.
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IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial.
(...)
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral.”. (Grifamos).
III – DO CONTRATO DE TRABALHO.
O Reclamante foi admitido pela primeira Reclamada em 24 de novembro de 2017, para o exercício da função de pescador embarcado, atuando na embarcação registrada junto à Capitania dos Portos sob o nº. 293002341-4, mediante salário de R$ 970,00 (novecentos e setenta reais), tendo o vínculo laboral sido desfeito no dia 05 de julho de 2018, por iniciativa da Demandada principal, sem a ocorrência de justa causa ou de qualquer fato desabonador da conduta do obreiro.
Registre-se que o Reclamante trabalhava embarcado, permanecendo cerca de 15 (quinze) dias no mar a cada mês, ficando o período restante aguardando nova convocação do empregador, ou seja, à sua total disposição.
Registre-se ainda que durante toda a duração da relação de emprego, o Reclamante observou, quando embarcado, jornada de trabalho diária com início às 06h00min e término às
00h00min, com intervalo para descanso e alimentação de
aproximadamente uma hora a cada dia.
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Com isso, observe-se que em tais ocasiões sequer o intervalo interjornada era obedecido, de modo que entre cada novo dia de trabalho o Reclamante observava apenas 06 (seis) horas de descanso.
A despeito de tais fatores, as Reclamadas jamais efetuaram a remuneração devida pela sobrejornada realizada pelo Reclamante, tampouco remuneraram as horas subtraídas ao seu descanso entre jornadas.
Aliás, a primeira Reclamada sequer chegou a efetuar o devido registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) do obreiro, que trabalhou durante todo o período indicado sem que a formalização do vínculo fosse devidamente registrada.
Com efeito, o único registro efetuado pela Reclamada principal foi realizado na Caderneta de Inscrição e Registro do Demandante, expedida pela Marinha do Brasil, sendo que por ocasião do término da relação não foi procedida a devida baixa em tal documento, informando o desembarque.
Paralelamente, a Reclamada principal não efetuou o pagamento do salário referente ao mês de maio de 2018, assim como não procedeu com o pagamento das verbas rescisórias devidas ao Reclamante, ou ao menos os recolhimentos relativos ao INSS e ao FGTS.
Assim, tendo em vista a ilegitimidade da conduta da primeira Reclamada ao se furtar ao registro da relação de emprego discutida na presente, e diante do inadimplemento das demais obrigações ora descritas, pugna o Reclamante pelo acolhimento da pretensão formulada no presente petitório, conforme parâmetros jurídicos a seguir delineados.
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IV – DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO.
Ao tratar da questão do reconhecimento do vínculo empregatício na espécie dos autos, cumpre primeiramente observar que o art. 3º da CLT define empregado como “toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.”
De tal disposição, derivam os elementos
caracterizados da relação de emprego, que se encontram plenamente consubstanciados na hipótese dos autos.
Com efeito, conforme narrativa fática prévia, o Reclamante foi contratado pela primeira Reclamada para o desempenho da função de pescador embarcado, mediante pagamento mensal da quantia de R$ 970,00 (novecentos e setenta reais), verificando-se a prestação de trabalho por pessoa física, em relação revestida de pessoalidade e com caráter estritamente oneroso.
Ademais, o trabalho era desempenhado de maneia não eventual, uma vez que mensalmente o Postulante era convocado para permanecer embarcado, ficando à disposição da Reclamada principal nos períodos “em terra”.
Outrossim, todo o desempenho da atividade era feito mediante subordinação direta do obreiro, que seguia fielmente as determinações do seu empregador, geralmente expressas pelo senhor LUIZ CARLOS DA SILVA, sócio administrador da SM
MATERIAL DE PESCA LTDA.
Por fim, a atividade de pesca era exercida sob plena responsabilidade da primeira Reclamada, arcando esta com
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os riscos inerentes à ocupação, restando desse modo presente o requisito da alteridade.
Diante desse quadro, tem-se por consectário lógico a necessidade de reconhecimento do vínculo empregatício existente entre as partes, sendo, por conseguinte, oportuna a condenação da primeira Demandada para que proceda não só às devidas anotações na CTPS do Demandante, como também que arque com as obrigações financeiras daí decorrentes.
Dessa forma, pugna-se que seja a CTPS do Reclamante
assinada, registrando-se o período trabalhado na
informalidade, constando a data de admissão como 24 de
novembro de 2017 e de demissão em 05 de agosto de 2019, em
razão da projeção do aviso prévio, nos termos da OJ-SDI1-82 do TST, bem como a função de pescador, sob pena que isso seja feito pela secretaria desse Douto Juízo, nos termos do art. 39, §§ 1º e 2º, da CLT, tendo em vista que as anotações na carteira de trabalho da laborista é obrigação que não se sujeita à prescrição, a teor do art. 11, § 1º, da CLT.
V – DAS HORAS EXTRAORDINÁRIAS NÃO ADIMPLIDAS.
Conforme relatado anteriormente, o Postulante laborava mensalmente em jornada de 15 (quinze) dias embarcado, prestando serviços durante esse período das 06h00min às 00h00min, com intervalo para descanso e refeição de mais ou menos uma hora durante todo o dia, no entanto, apesar do usual cumprimento da sobrejornada pelo Reclamante, este nunca recebeu a devida remuneração pelas horas extras laboradas, que tampouco foram compensadas mediante a concessão de descanso.
Observe-se que apesar de a Consolidação das Leis do Trabalho possibilitar a ampliação da jornada diária de
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trabalho, condiciona o acréscimo de horas à contrapartida remuneratória por parte do empregador, devendo a remuneração da hora adicional ser ao menos cinquenta por cento (50%) maior que a remuneração da hora comum. Nesse sentido, apregoa o art.
59 da CLT:
“Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
§ 1º A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal.”. (Grifos acrescidos).
No mesmo sentido, a inteligência combinada dos artigos 248, caput, e 249 da CLT disciplina que a jornada diária de trabalho da tripulação das embarcações de pesca deverá ser de no máximo oito horas, dispostas de maneira contínua ou intermitente, devendo o tempo excedente ser compensado na forma do art. 250, também da CLT, verbis:
“Art. 248 - Entre as horas 0 (zero) e 24 (vinte e quatro) de cada dia civil, o tripulante poderá ser conservado em seu posto durante 8 (oito) horas, quer de modo contínuo, quer de modo intermitente.”. (Grifos acrescidos).
“Art. 249 - Todo o tempo de serviço efetivo, excedente de 8 (oito) horas, ocupado na forma do artigo anterior, será considerado de trabalho extraordinário, sujeito à compensação a que se refere o art. 250, exceto se se tratar de trabalho executado. [...]”. (Grifos acrescidos).
Saliente-se ainda que a Primeira Reclamada jamais observou a prescrição de conservar na embarcação livro no qual seriam registradas as horas extras laboradas por cada membro
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da tripulação, apesar de haver determinação expressa nesse sentido no art. 251 da CLT:
“Art. 251 - Em cada embarcação haverá um livro em que serão anotadas as horas extraordinárias de trabalho de cada tripulante, e outro, do qual constarão, devidamente circunstanciadas, as transgressões dos mesmos tripulantes.”. (Grifos acrescidos).
Ora, o registro da duração do trabalho é um ônus atribuído ao empregador, por força do disposto no art. 74, §2º, da CLT, não havendo justificativa para a ausência de controle de jornada no caso dos autos.
A despeito disso, conforme narrativa fática, o Reclamante laborava em jornada de 15 (quinze) dias mensais, das 06h00min às 00h00min, perfazendo ao menos 07 (sete) horas
extras diurnas e 02 (duas) horas extras noturnas a cada dia
que permanecia embarcado, sem contraprestação, as quais deverão serem pagas nos seguintes termos:
a) Das Horas Extras Diurnas.
Em razão do explanado acima, o obreiro tem direito ao pagamento de 7 (sete) horas extras diurnas por cada dia embarcado, haja vista o não pagamento e/ou compensação pelo excesso de jornada.
Portanto, cumpre dizer que o Demandante faz jus a
105 (cento e cinco) horas extras mensais, acrescidas de 50%
(cinquenta por cento), mais reflexos nos seguintes títulos: Aviso prévio; 13º Salário; Férias, acrescidas do terço constitucional; FGTS mais a multa fundiária e DSR.
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b) Das Horas Extras Noturnas.
Da mesma forma, tendo o obreiro laborado até às 00h00min durante os 15 (quinze) dias embarcado de cada mês, deve ser indenizado pelas horas extras noturnas, que somando chegam ao montante de 34,28 (trinta e quatro vírgula vinte e oito) horas mensais, uma vez que estas são computadas nos moldes do art. 73, § 1º, da CLT.
A liquidação será realizada em campo específico abaixo.
c) Das Horas Extras Interjornada.
Tendo o Postulante durante os 15 (quinze) dias embarcado laborado das 06h00min às 00h00min, percebe-se que foi violado o seu direito ao descanso interjornada, haja vista haver apenas 06 (seis) horas entre as duas jornadas, situação contrária ao que determina a CLT em seu art. 66. In verbis.
“Art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso.”.
Assim, temos que o obreiro tinha supressão de 05
(cinco) horas do seu intervalo interjornada nos dias de
semana.
Também, claro está que durante o período embarcado o Reclamante ficava pelo menos dois finais de semana trabalhando nos termos informados acima, ou seja, das 06h00min às 00h00min, o que fere a determinação do art. 67 da CLT. Vejamos.
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“Art. 67 - Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte. (...).”.
Ora, se o Reclamante ficava 15 (quinze) dias embarcado laborando de forma ininterrupta, temos que é correto fazer a cobrança de 36 (trinta) horas mensais tidas como extras pela supressão do intervalo interjornada, conforme apregoa a norma colacionada acima.
Sendo assim, faz jus o Demandante ao pagamento de todas as horas laboradas, em decorrência da supressão do intervalo interjornada, conforme determina a Orientação Jurisprudencial nº. 355, da SDI-I do TST.
“355. INTERVALO INTERJORNADAS. INOBSERVÂNCIA. HORAS EXTRAS. PERÍODO PAGO COMO SOBREJORNADA. ART. 66 DA CLT. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO § 4º DO ART. 71 DA CLT (DJ 14.03.2008). O desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta, por analogia, os mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT e na Súmula nº 110 do TST, devendo-se pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do intervalo, acrescidas do respectivo adicional.”. (Grifamos).
Nestes termos, requer o Reclamante o pagamento de
todas as horas extras pela supressão do intervalo
interjornada, acrescidas do percentual de 50% (cinquenta por cento) e reflexos em aviso prévio, férias mais um terço, 13º salário, FGTS mais a multa fundiária e DSR, sendo o cálculo apresentado na liquidação ao final do petitório.
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Por fim, tratando-se de verba comprovadamente não quitada em época própria, as horas extras devidas deverão ser obrigatoriamente calculadas com base no valor da remuneração do obreiro na data da rescisão contratual, nos termos do que dispõe o artigo 59, § 3º do Diploma Consolidado.
VI – DO ADICIONAL NOTURNO.
Ainda, tendo o Demandante, conforme já fora dito, laborado em horário noturno, uma vez que iniciava seu labor às 06h00min e finalizava às 00h00min, faz jus ao pagamento de adicional noturno, pelo tempo laborado após às 22h00min, o que nunca fora pago durante o contrato de trabalho, conforme dispõe a legislação laborista, in verbis.
“Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.
§ 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos.
§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte. (...).”.
Para tanto, segue planilha demonstrativa da quantidade de horas noturnas laboradas pelo Postulante, durante todo o contrato de trabalho.
PERÍODO TOTAL DE HORAS NOTURNAS
24/11/2017 a 05/07/2018 2hs / 52,5 x 60 x 15 dias x 7 meses TOTAL DE HORAS NOTURNAS = 240
Dessa forma, o Reclamante deve ser indenizado com o pagamento do percentual de 20% (vinte por cento) sobre o valor da hora normal, sobre as horas que extrapolaram as 22h00min,
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com acréscimos dos reflexos em: aviso prévio; 13º salário; férias, mais o terço constitucional; FGTS mais a multa fundiária e DSR.
VII – DAS VERBAS RESCISÓRIAS.
Consoante o relatado alhures, a Reclamada principal não procedeu, por ocasião do desfazimento do vínculo laboral, ao pagamento das verbas rescisórias devidas ao Reclamante, as quais passaremos a exigir nos seguintes moldes.
a) Do Salário do Mês de Maio/2018.
Como dissemos anteriormente, o Reclamante não recebeu o salário do mês de maio/2018, apesar de ter trabalhado normalmente a jornada estipulada pela Reclamada.
Sendo assim, requer o pagamento do referido mês, acrescido de correção monetária, haja vista ter sido empreendido força de trabalho pelo obreiro sem a devida contraprestação.
b) Saldo de salário.
Tendo o Postulante laborado até o dia quinto do mês de julho de 2018 sem recebimento de contraprestação pelos referidos dias, pugna-se pelo o pagamento destes.
c) Do Aviso Prévio Indenizado.
Por ter sido o Reclamante dispensado sem justa causa e sem aviso prévio na data de 05/07/2018, pleiteia-se o pagamento do aviso prévio na sua forma indenizada, nos termos do que dispõe o art. 487, § 1º, da CLT e da Lei nº.
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12.506/2011, acrescido de reflexos legais em férias mais 1/3, 13º salário e FGTS.
d) Das Férias Mais Um Terço e do 13º Salário Proporcionais.
Em razão de tudo que fora exposto, o obreiro tem direito ainda de perceber das empresas Rés, o pagamento das férias proporcionais em 09/12 avos, acrescidas do terço constitucional, bem como do 13º salário também na proporção de 09/12 avos, tudo isso em razão da projeção do aviso prévio
indenizado, sendo todos os valores liquidados no item “dos
pedidos”.
e) FGTS Não Depositado.
Como dito em linhas anteriores, o Reclamante laborou todo o contrato de trabalho na clandestinidade, portanto, nunca teve os depósitos do FGTS em sua conta vinculada, devendo assim, as Reclamadas serem compelidas a pagarem o valor integral dos depósitos não realizados, tudo atualizado monetariamente, nos termos do art. 22, da Lei nº. 8.036/90.
Para tanto, segue planilha demonstrativa do valor devido.
MÊS DESCRIÇÃO DEPÓSITO ACUMULADO ÍNDICE DE REAJUSTE
11/2017 Depósito R$77,60 R$77,60 11/2017 Juros R$0,19 R$77,79 0,002466 12/2017 Depósito R$77,60 R$155,39 12/2017 Juros R$0,38 R$155,77 0,002466 01/2018 Depósito R$77,60 R$233,37 01/2018 Juros R$0,58 R$233,95 0,002466 02/2018 Depósito R$77,60 R$311,55 02/2018 Juros R$0,77 R$312,32 0,002466 ID. 43eff28 - Pág. 13
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14 03/2018 Depósito R$77,60 R$389,92 03/2018 Juros R$0,96 R$390,88 0,002466 04/2018 Depósito R$77,60 R$468,48 04/2018 Juros R$1,16 R$469,64 0,002466 05/2018 Depósito R$77,60 R$547,24 05/2018 Juros R$1,35 R$548,58 0,002466 06/2018 Depósito R$77,60 R$626,18 06/2018 Juros R$1,54 R$627,73 0,002466 07/2018 Depósito R$77,60 R$705,33 07/2018 Juros R$1,74 R$707,07 0,002466
Valor de todos os depósitos = R$ 707,07
f) Da Multa Fundiária.
Como o Demandante foi dispensado sem justa causa, faz jus ao pagamento da multa fundiária, tendo como base todo o montante do valor das parcelas não depositadas do FGTS, acima especificado.
g) Da Multa Substitutiva do Seguro desemprego.
O Autor, na época da rescisão contratual preenchia
os requisitos para percepção do benefício do Seguro
Desemprego, entretanto, foi prejudicado por a Demandada Principal descumprir com obrigações a ela pertinentes, em especial por não ter registrado o contrato de trabalho na CTPS do obreiro, bem como pela falta de pagamento dos encargos legais para que assim o Reclamante pudesse ser albergado pelo benefício em questão.
Portanto, por tratar-se de evento danoso ao Reclamante, advindo de culpa exclusiva da Primeira Reclamada, esta, juntamente com a Litisconsorte, deverá proceder à indenização substitutiva dos valores que o Reclamante receberia a título de seguro desemprego (03 parcelas), nos termos do Item II, da Súmula nº. 389, do TST.
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“Súmula nº 389 do TST - SEGURO-DESEMPREGO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. DIREITO À INDENIZAÇÃO POR NÃO LIBERAÇÃO DE GUIAS (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 210 e 211 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 (...)
II - O não-fornecimento pelo empregador da guia necessária para o recebimento do seguro-desemprego dá origem ao direito à indenização. (ex-OJ nº 211 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000).”. (Grifos acrescidos).
Vejamos julgados a respeito do assunto:
RECURSO ORDINÁRIO. INDENIZAÇÃO DO SEGURO-DESEMPREGO. SÚMULA Nº 389DO TST. Não sendo possível o fornecimento das guias de seguro-desemprego pelo decurso do prazo previsto para tanto, e demonstrado que o autor preenche os requisitos da lei para sua percepção, na forma disposta pela Súmula nº 389 do TST, é devida a sua conversão em indenização, de responsabilidade do empregador que deu causa ao atraso. Recurso a que se dá provimento no ponto. (Processo: RO - 0001550-72.2016.5.06.0003, Redator: Eduardo Pugliesi, Data de julgamento: 06/12/2018, Primeira Turma, Data da assinatura: 07/12/2018). (TRT-6 - RO: 00015507220165060003, Data de Julgamento: 06/12/2018, Primeira Turma). (Grifamos).
EMENTA: Seguro Desemprego. Indenização. Possibilidade. Imotivada a dispensa e não tendo a empregadora fornecido as guias relativas ao seguro-desemprego, em tempo hábil, é devida a indenização equivalente ao prejuízo, nos exatos termos dos artigos 186 e 927, do Código Civil Brasileiro, com supedâneo na Súmula nº 389, II, do C. TST. Recurso conhecido e provido. Recurso Ordinário nº. 0001441-44.2016.5.21.0002. Juíza Relatora: Isaura Maria
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Barbalho Simonetti, Origem: 2ª Vara do Trabalho de Natal. Data de Julgamento: 10/10/2017, Data de Publicação: 16/10/2017). (Grifamos).
Diante de tais elementos, pugna o obreiro pela condenação das partes Reclamadas a arcarem com a indenização
substitutiva devida em virtude da impossibilidade do
Reclamante de requerer o benefício do Seguro Desemprego em virtude da não liberação das guias correspondentes.
h) Multas dos Artigos 477 E 467 da CLT
Tendo o Reclamante sofrido demissão sem justa causa na data de 05/07/2018, sem, contudo, ter recebido o pagamento das suas verbas rescisórias, é devida a multa do Art. 477, §8º, da CLT, pela qual se pleiteia.
Igualmente, o Reclamante faz jus ao pagamento de todas as verbas incontroversas até a data da primeira audiência, ou multa de cinquenta por cento, nos termos do artigo 467 consolidado.
VIII – DO DANO MORAL.
Conforme já fora dito inúmeras vezes, o Reclamante laborou clandestinamente para as Reclamadas, sendo dispensado sem justa causa e sem aviso prévio na data de 05/07/2018, entretanto, até os dias atuais nada recebeu a título das suas verbas rescisórias.
Assim, percebe-se que o contrato de trabalho foi inteiramente danoso ao Reclamante, posto que além do relatado acima, o obreiro laborava em excesso de jornada sem a devida compensação pecuniária, sem recolhimento do FGTS, bem como sem
contribuição previdenciária, o que deixou o obreiro
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desamparado, haja vista não poder sequer ter amparo
previdenciário em caso de necessidade extrema de doença e/ou acidente.
Como se isso não bastasse, sequer o salário do mês de maio/2018 foi pago. Assim, em razão de tudo isso, as projeções no tocante à contabilidade foram sustadas, causando prejuízo de cunho moral.
Ora, não se pode negar que a falta de anotação da CTPS e consequentemente o não pagamento rescisório representam típicos atos ilícitos patronais capazes de causarem danos extrapatrimonais na medida em que, além do abalo naturalmente decorrente da perda do emprego, o empregado se vê sem sustentação econômica no momento em que se encontra bem vulnerável.
Não existem dúvidas de que o empregador tem responsabilidade em relação aos valores sociais do trabalho e à dignidade daqueles que se colocam à disposição de seu poder diretivo (art. 1º, III e IV da CF), devendo cumprir todas as obrigações impostas em razão da contratação da mão de obra, sob pena de ferir de morte todos os princípios protetivos da relação laborista.
Não cumprindo o empregador com tais obrigações contratuais, sobretudo, na falta de registro na CTPS que gera afastamento total do recolhimento do FGTS e INSS, além do não pagamento das verbas rescisórias, gera uma situação de grande insegurança, pois o empregado normalmente fica em estado de intensa vulnerabilidade, haja vista que muitos direitos sociais, alçados à condição de direitos fundamentais, tais como, como o aviso prévio, multa fundiária e seguro desemprego foram concebidos justamente para amenizar o período de
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desemprego, imediatamente após a rescisão contratual,
garantindo ao trabalhador, não apenas condições minimamente decentes por um determinado período, mas também as condições materiais necessárias para se recolocar no mercado de trabalho.
Pois bem, temos que o Reclamante fora atingido exatamente por tais descumprimentos, não podendo esse fato ser entendido como mero desconforto que pode ser generalizado como simples chateação passageira. Na verdade, se trata de grave dano ao patrimônio moral do obreiro.
O descumprimento das obrigações rescisórias,
especialmente nos casos de completo inadimplemento, conduz o empregado a período certo, mas indeterminado, de dificuldades, pois o coloca em estado crítico para enfrentar as adversidades da vida, sem os meios econômicos adequados, causando manifesto dano a seu patrimônio moral, na medida em que, não bastasse ficar desprovido de atender as necessidades inerentes à sua própria dignidade, exsurge inegável sentimento de injustiça e ressentimento de, mesmo após empregada a força de trabalho em favor do empregador, não receber a devida contrapartida patronal de cumprir as obrigações imperativas e indisponíveis determinadas em lei.
O art. 389 do Código Civil apregoa que "não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos", o que obviamente inclui a compensação por danos morais. No mesmo sentido, os artigos 186 e 927 do Código Civil em sua leitura combinada determinam a obrigação de compensação de danos morais por todo aquele que causou danos culposa ou dolosamente a outrem.
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Claramente o não pagamento do salário do mês de maio/2018 e das verbas rescisórias, associado a falta de anotação da CTPS do Reclamante, além da falta de recolhimento do FGTS e INSS, causaram inequivocamente angústia, insegurança e até desespero no obreiro que restou desprovido dos meios necessários para satisfazer suas necessidades básicas, mesmo após emprestar seu suor à atividade produtiva das Reclamadas, dando ensejo ao reconhecimento de danos morais, o que deve ser entendido como uma medida pedagógica que visa desencorajar a
prática reiterada do descumprimento das obrigações
trabalhistas.
Vejamos julgados a respeito do assunto.
Ementa: NÃO COMPROVAÇÃO DE PAGAMENTO DE VERBAS
RESCISÓRIAS. PREJUÍZO À SUBSISTÊNCIA DO
TRABALHADOR. DANO MORAL CONFIGURADO. O Juízo de origem entendeu que os fatos relatados pelo reclamante representam violação ao direito patrimonial. Nesse passo, "o simples inadimplemento da obrigação não acarreta violação moral." Por essa razão, indeferiu o pleito autoral. Assiste razão ao recorrente. Não houve comprovação de quitação de verbas rescisórias. Tal situação, causada por culpa exclusiva da ré, causou sofrimento ao trabalhador, prejudicando a dignidade e à honra do reclamante, que abruptamente vê-se sem pagamento de verbas de natureza salarial, o que afeta sua subsistência e
de sua família. RO 00023109520145020037 SP
00023109520145020037 A28; Orgão Julgador: 4ª TURMA; Publicação: 07/08/2015; Julgamento: 28 de Julho de 2015; Relator: MARIA ISABEL CUEVA MORAES. (Grifamos).
RECURSO ORDINÁRIO DA RECLAMANTE. DANO MORAL PELO NÃO REGISTRO DA EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO NA CTPS E PELO NÃO PAGAMENTO DAS PARCELAS RESCISÓRIAS.
O não pagamento das parcelas rescisórias
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decorrentes da despedida imotivada em relação empregatícia, na qual, ademais, foi sonegada a anotação da CTPS quanto à saída, enseja a
condenação da empregadora ao pagamento de
indenização por dano moral, em razão da presunção do abalo e sofrimento decorrentes da situação a que foi submetida. (TRT-4 - RO: 00206138320175040333, Data de Julgamento: 25/04/2018, 1ª Turma). (Grifamos).
RECURSO ORDINÁRIO - DANO MORAL - DESPEDIMENTO INCONSEQUENTE - FALTA DE PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS. Deve-se exigir a implementação e o
respeito ao patamar mínimo civilizatório,
constitucional e legal, que regula as relações do trabalho daí por que, se o empregador se vale do direito potestativo de dispensa, em contrapartida deve cumprir a legislação que o obriga a quitar as verbas rescisórias, na forma do art. 477 da CLT. Se não o faz, pratica ato ilícito ou abusivo de
direito, na exata forma como prevêem os
arts. 186 e 187 do Código Civil, estando obrigado a indenizar. O ato de despedimento juridicamente inconsequente, que remete o empregado à Justiça do Trabalho para a busca de mais elementares direitos implica, em si mesmo, a ocorrência de dano moral, eis que a privação desses valores acarreta a humana angústia de não ter meios de sobrevivência própria e da família. Raciocínio diverso teria como consequência a desconsideração de diretrizes constitucionais do Estado Democrático de Direito, como, por exemplo, os que privilegiam a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, o respeito aos direitos sociais dos trabalhadores, a proteção contra a despedida arbitrária ou sem justa causa, a função
social da propriedade e a livre e igual
concorrência, a busca do pleno emprego, o primado do trabalho, o bem estar e a justiça social. Há de se por cobro, portanto, a essa prática irresponsável de despedimentos sem o pagamento das
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verbas rescisórias. O direito de rescindir a relação de trabalho, que não encontra tamanha liberdade no mundo europeu (veja-se a OIT), atinge no Brasil contornos de prática irresponsável aberta, causadora, portanto, de danos materiais e morais ao trabalhador que literalmente é posto na rua. Recurso improvido." (TRT 15ª Região; 4ª Turma; 0000176-89.2010.5.15.032; Relator: Desembargador Federal do Trabalho José Pedro de Camargo Rodrigues de Souza). (Grifamos).
Nessa toada, o ilícito cometido pela Demandada Principal é ensejador de reparação pecuniária, pois a sua omissão, não constitui um mero dissabor, comparável ao inadimplemento de uma obrigação civil regular.
A CLT atualmente possui diretrizes específicas a respeito do dano de natureza extrapatrimonial, permitindo o legislador que o assunto fosse tratado com mais ênfase na seara trabalhista, conforme preleciona os artigos 223-A e seguintes, com disposições acerca do quantum no §1º do art. 223-G, in verbis:
“Art. 223-G. (...) § 1o Se julgar procedente o pedido, o juízo fixará a indenização a ser paga, a cada um dos ofendidos, em um dos seguintes parâmetros, vedada a acumulação;
I - ofensa de natureza leve, até três vezes o último salário contratual do ofendido;
II - ofensa de natureza média, até cinco vezes o último salário contratual do ofendido;
III - ofensa de natureza grave, até vinte vezes o último salário contratual do ofendido;
IV - ofensa de natureza gravíssima, até cinquenta vezes o último salário contratual do ofendido. (...)”. (Grifamos).
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Por todo o exposto, requer que a Reclamada principal seja condenada a indenizar o Reclamante por danos extrapatrimoniais causados, levando-se em consideração uma ofensa de natureza média, que nos termos do art. 223-G, § 1º, inciso II, o parâmetro consiste em até cinco vezes o último salário contratual do obreiro, perfazendo, portanto, o montante de R$ 4.850,00 (quatro mil oitocentos e cinquenta
reais), tendo em vista que o último salário contratual do
Autor consistia no valor de R$ 970,00 (novecentos e setenta reais).
IX – DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
Com o advento da Lei nº. 13.467/2017, a CLT ganhou o art. 791-A, trazendo aos causídicos atuantes a possibilidade de serem beneficiados com honorários de sucumbência, conforme transcrição do dispositivo legal abaixo.
“Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.
§ 1o Os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda Pública e nas ações em que a parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria
§ 2o Ao fixar os honorários, o juízo observará: I - o grau de zelo do profissional;
II - o lugar de prestação do serviço; III - a natureza e a importância da causa;
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.
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§ 3o Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência recíproca, vedada a compensação entre os honorários.
§ 4o Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.”.
Nestes termos, requer a condenação das Reclamadas no pagamento de honorários de sucumbência, a ser arbitrado por Vossa Excelência.
X - DOS PEDIDOS
Ante o exposto, REQUER a Vossa Excelência que:
a) Sejam deferidos os benefícios da justiça gratuita, nos termos do Art. 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal, da OJ 304 da SDI-1, do C. TST e do art. 98 de seguintes do Novo Código de Processo Civil;
b) Seja determinada a notificação das Reclamadas, através dos seus representantes legais, para
comparecerem na audiência de conciliação e
julgamento e exercerem os seus direitos garantidos em lei, querendo, sob pena da revelia e de confissão;
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c) Seja reconhecida a responsabilidade subsidiária das Reclamadas, nos termos da Súmula 331, do TST, conforme explanado acima;
d) Seja julgada PROCEDENTE a presente reclamação, reconhecendo o vínculo empregatício entre as partes, para assim condenar as Reclamadas, de forma subsidiária, no pagamento dos títulos a seguir especificados:
Horas Extras Habituais – diurnas – 735hs R$ 4.861,02 Reflexos das Horas Extras em:
- Aviso Prévio - 13º. Salário - Férias + 1/3 - DSR - FGTS + 40% R$ 607,62 R$ 404,92 R$ 539,89 R$ 810,17 R$ 748,57 Horas Extras Habituais – noturnas – 240hs R$ 1.587,27 Reflexos das Horas Extras em:
- Aviso Prévio - 13º. Salário - Férias + 1/3 - DSR - FGTS + 40% R$ 198,40 R$ 132,21 R$ 176,29 R$ 264,54 R$ 244,43
Horas Extras Interjornada – 742hs R$ 4.907,31
Reflexos das Horas Extras em: - Aviso Prévio - 13º. Salário - Férias + 1/3 - DSR - FGTS + 40% R$ 613,41 R$ 408,77 R$ 545,03 R$ 817,88 R$ 755,70
Adicional Noturno – 20% sobre 240hs R$ 211,63
Reflexos do Adicional Noturno em: - Aviso Prévio - 13º. Salário - Férias + 1/3 - DSR - FGTS + 40% R$ 26,45 R$ 17,62 R$ 23,50 R$ 35,27 R$ 32,58 ID. 43eff28 - Pág. 24
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Salário do mês de maio/2018 R$ 970,00
Saldo de salário – 5 dias R$ 161,66
Aviso prévio indenizado – 30 dias R$ 970,00
13º salário proporcional - 09/12 avos R$ 727,50
Férias proporcionais mais 1/3 – 09/12 avos R$ 969,98
FGTS não depositado R$ 707,07
Multa fundiária de todo o período contratual R$ 282,82 Multa substitutiva do Seguro Desemprego R$ 2.994,00
Multa do art. 477, § 8º, da CLT R$ 970,00
Multa do art. 467 da CLT R$ 4.376,51
Indenização por Danos Morais R$ 4.850,00
Honorários Sucumbenciais R$ 5.542,50
TOTAL GERAL R$ 42,492,52
e) Seja a Reclamada Principal compelida a
reconhecer o vínculo empregatício com o Reclamante, visto estarem presentes os requisitos ensejadores para tanto, para assim efetuar as devidas anotações na CTPS do obreiro, fazendo constar a admissão em
24/11/2017 e a demissão em 05/08/2018, em razão da
projeção do aviso prévio indenizado, bem como a função pescador, sob pena de serem feitas pela Secretaria dessa Douta Vara do Trabalho, consoante autorizado no art. 39, §§ 1º e 2º, da CLT, sem prejuízo da multa cabível;
f) Proceda a Reclamada principal com a baixa na Caderneta de Inscrição e Registro (marítima), do Reclamante;
g) Sejam as Demandadas condenadas no pagamento das horas extras diurnas, noturnas e interjornadas,
todas habituais e não quitadas, tampouco
compensadas, com reflexos em aviso prévio, 13º salário, férias mais o terço constitucional, FGTS mais a multa fundiária e DSR, liquidadas acima;
ID. 43eff28 - Pág. 25
Assinado eletronicamente por: JANAINA PAULA DA SILVA VIANA - 09/04/2019 23:54 - 43eff28
https://pje.trt21.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19040923465269800000010079699 Número do processo: ATOrd 0000259-89.2019.5.21.0043
Número do documento: 19040923465269800000010079699
26
h) Sejam as Reclamadas obrigadas a pagarem o adicional noturno das horas laboradas após às 22hs
pelo Postulante, conforme explanado alhures,
acrescido dos reflexos em aviso prévio, 13º salário, férias mais o terço constitucional, FGTS mais a multa fundiária e DSR;
i) Sejam as Reclamadas obrigadas a efetuarem o pagamento do salário atrasado do mês de maio/2018, assim como as verbas rescisórias do Reclamante, refletidas em saldo de salário; aviso prévio indenizado; férias proporcionais em 09/12 avos mais um terço e 13º proporcional em 09/12 avos, em razão da projeção do aviso prévio;
j) Sejam ainda as Reclamadas coagidas a realizarem o pagamento de todas as competências do FGTS não depositadas na conta vinculada do Autor, de forma corrigida, bem como ao pagamento da multa fundiária de todo o período laboral do obreiro;
k) Sejam também as Reclamadas condenadas nas multas dos artigos 467 e 477, § 8º, da CLT, nos termos apresentados acima;
l) Seja a Reclamada principal condenada a pagar o valor de R$ 4.850,00 (quatro mil oitocentos e
cinquenta reais) a título de indenização por danos extrapatrimoniais, por entendermos que ocorreu dano
de natureza média, nos termos do art. 223-G, §1º,
inciso II, da CLT, conforme exposto na
fundamentação alhures;
ID. 43eff28 - Pág. 26
Assinado eletronicamente por: JANAINA PAULA DA SILVA VIANA - 09/04/2019 23:54 - 43eff28
https://pje.trt21.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19040923465269800000010079699 Número do processo: ATOrd 0000259-89.2019.5.21.0043
Número do documento: 19040923465269800000010079699
27
m) Sejam as Demandadas responsáveis pelo pagamento de indenização substitutiva do Seguro Desemprego, nos termos da Súmula 389, do TST;
n) Sejam as Rés condenadas no pagamento de honorários sucumbenciais, nos termos do art. 791-A, da CLT;
o) Sejam compensadas as verbas reivindicadas e
comprovadamente pagas, a fim de evitar
enriquecimento sem causa;
p) Seja deferida a juntada das provas anexadas à inicial e a produção de outras admitidas no Direito, em especial testemunhal, documental, inclusive o depoimento pessoal das Reclamadas nas pessoas dos seus representantes legais, bem como pela juntada de novas provas que surgirem durante a instrução processual.
Dá-se à causa o valor de R$ 42,492,52 (quarenta e
dois mil quatrocentos e noventa e dois reais e cinquenta e dois centavos).
Nesses termos,
Pede e confia no deferimento. Natal/RN, 09 de abril de 2019.
JANAINA PAULA DA SILVA VIANA MARIA JADEILZA MESQUITA ALVES OAB/RN 9.981 OAB/RN 10.086
Assinado digitalmente
ID. 43eff28 - Pág. 27
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https://pje.trt21.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19040923465269800000010079699 Número do processo: ATOrd 0000259-89.2019.5.21.0043
Número do documento: 19040923465269800000010079699
ID. bc57a6b - Pág. 1
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https://pje.trt21.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19040923492471800000010079700 Número do processo: ATOrd 0000259-89.2019.5.21.0043
Número do documento: 19040923492471800000010079700
ID. d6a5ddd - Pág. 1
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https://pje.trt21.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19040923493416500000010079702 Número do processo: ATOrd 0000259-89.2019.5.21.0043
Número do documento: 19040923493416500000010079702
ID. 9984991 - Pág. 1
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https://pje.trt21.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19040923500979100000010079703 Número do processo: ATOrd 0000259-89.2019.5.21.0043
Número do documento: 19040923500979100000010079703
ID. 9984991 - Pág. 2
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https://pje.trt21.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19040923500979100000010079703 Número do processo: ATOrd 0000259-89.2019.5.21.0043
Número do documento: 19040923500979100000010079703
ID. d27db5d - Pág. 1
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https://pje.trt21.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19040923502808300000010079704 Número do processo: ATOrd 0000259-89.2019.5.21.0043
Número do documento: 19040923502808300000010079704
ID. 004300e - Pág. 1
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https://pje.trt21.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19040923503714000000010079706 Número do processo: ATOrd 0000259-89.2019.5.21.0043
Número do documento: 19040923503714000000010079706
ID. 004300e - Pág. 2
Assinado eletronicamente por: JANAINA PAULA DA SILVA VIANA - 09/04/2019 23:54 - 004300e
https://pje.trt21.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19040923503714000000010079706 Número do processo: ATOrd 0000259-89.2019.5.21.0043
Número do documento: 19040923503714000000010079706
ID. 004300e - Pág. 3
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https://pje.trt21.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19040923503714000000010079706 Número do processo: ATOrd 0000259-89.2019.5.21.0043
Número do documento: 19040923503714000000010079706
ID. 004300e - Pág. 4
Assinado eletronicamente por: JANAINA PAULA DA SILVA VIANA - 09/04/2019 23:54 - 004300e
https://pje.trt21.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19040923503714000000010079706 Número do processo: ATOrd 0000259-89.2019.5.21.0043
Número do documento: 19040923503714000000010079706
ID. 32bbf26 - Pág. 1
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https://pje.trt21.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19040923510083700000010079709 Número do processo: ATOrd 0000259-89.2019.5.21.0043
Número do documento: 19040923510083700000010079709
ID. 32bbf26 - Pág. 2
Assinado eletronicamente por: JANAINA PAULA DA SILVA VIANA - 09/04/2019 23:54 - 32bbf26
https://pje.trt21.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19040923510083700000010079709 Número do processo: ATOrd 0000259-89.2019.5.21.0043
Número do documento: 19040923510083700000010079709
ID. 32bbf26 - Pág. 3
Assinado eletronicamente por: JANAINA PAULA DA SILVA VIANA - 09/04/2019 23:54 - 32bbf26
https://pje.trt21.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19040923510083700000010079709 Número do processo: ATOrd 0000259-89.2019.5.21.0043
Número do documento: 19040923510083700000010079709
ID. 32bbf26 - Pág. 4
Assinado eletronicamente por: JANAINA PAULA DA SILVA VIANA - 09/04/2019 23:54 - 32bbf26
https://pje.trt21.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19040923510083700000010079709 Número do processo: ATOrd 0000259-89.2019.5.21.0043
Número do documento: 19040923510083700000010079709
ID. 32bbf26 - Pág. 5
Assinado eletronicamente por: JANAINA PAULA DA SILVA VIANA - 09/04/2019 23:54 - 32bbf26
https://pje.trt21.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19040923510083700000010079709 Número do processo: ATOrd 0000259-89.2019.5.21.0043
Número do documento: 19040923510083700000010079709
29/03/2019 Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral
https://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/CNPJ/cnpjreva/Cnpjreva_Comprovante.asp 1/1
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
CADASTRO NACIONAL DA PESSOA JURÍDICA
NÚMERO DE INSCRIÇÃO
08.855.039/0001-00 MATRIZ
COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO E DE SITUAÇÃO CADASTRAL
DATA DE ABERTURA
25/05/2007
NOME EMPRESARIAL
SM MATERIAL DE PESCA LTDA
TÍTULO DO ESTABELECIMENTO (NOME DE FANTASIA)
MATERIAL DE PESCA RIBEIRA
PORTE
ME
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA PRINCIPAL
47.22-9-02 - Peixaria
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS SECUNDÁRIAS
03.11-6-01 - Pesca de peixes em água salgada 03.12-4-01 - Pesca de peixes em água doce
47.63-6-04 - Comércio varejista de artigos de caça, pesca e camping
47.63-6-05 - Comércio varejista de embarcações e outros veículos recreativos; peças e acessórios 47.52-1-00 - Comércio varejista especializado de equipamentos de telefonia e comunicação 47.63-6-02 - Comércio varejista de artigos esportivos
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA
206-2 - Sociedade Empresária Limitada
LOGRADOURO R TAVARES DE LIRA NÚMERO 34 COMPLEMENTO A CEP 59.012-050 BAIRRO/DISTRITO RIBEIRA MUNICÍPIO NATAL UF RN ENDEREÇO ELETRÔNICO janildo2005@msn.com TELEFONE (84) 3201-2155
ENTE FEDERATIVO RESPONSÁVEL (EFR)
*****
SITUAÇÃO CADASTRAL
ATIVA
DATA DA SITUAÇÃO CADASTRAL
25/05/2007
MOTIVO DE SITUAÇÃO CADASTRAL
SITUAÇÃO ESPECIAL
********
DATA DA SITUAÇÃO ESPECIAL
********
Aprovado pela Instrução Normativa RFB nº 1.634, de 06 de maio de 2016.
Emitido no dia 29/03/2019 às 16:18:19 (data e hora de Brasília). Página: 1/1
ID. a07abb8 - Pág. 1
Assinado eletronicamente por: JANAINA PAULA DA SILVA VIANA - 09/04/2019 23:54 - a07abb8
https://pje.trt21.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19040923512573300000010079711 Número do processo: ATOrd 0000259-89.2019.5.21.0043
Número do documento: 19040923512573300000010079711
29/03/2019 Consulta Quadro de Sócios e Administradores - QSA
https://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/CNPJ/cnpjreva/Cnpjreva_qsa.asp 1/1 Consulta Quadro de Sócios e Administradores - QSA
CNPJ: 08.855.039/0001-00
NOME EMPRESARIAL: SM MATERIAL DE PESCA LTDA CAPITAL SOCIAL: R$ 100.000,00 (Cem mil reais)
O Quadro de Sócios e Administradores(QSA) constante da base de dados do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) é o seguinte: Nome/Nome Empresarial: SERGIO MOISES DOS SANTOS
Qualificação: 49-Sócio-Administrador
Nome/Nome Empresarial: LUIZ CARLOS DA SILVA
Qualificação: 49-Sócio-Administrador
Para informações relativas à participação no QSA, acessar o E-CAC com certificado digital ou comparecer a uma unidade da RFB.
Emitido no dia 29/03/2019 às 16:19 (data e hora de Brasília).
ID. 2544a14 - Pág. 1
Assinado eletronicamente por: JANAINA PAULA DA SILVA VIANA - 09/04/2019 23:54 - 2544a14
https://pje.trt21.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19040923520475700000010079712 Número do processo: ATOrd 0000259-89.2019.5.21.0043
Número do documento: 19040923520475700000010079712
29/03/2019 Receita Federal do Brasil
www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/CNPJ/cnpjreva/Cnpjreva_Solicitacao.asp 1/1
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
CADASTRO NACIONAL DA PESSOA JURÍDICA
NÚMERO DE INSCRIÇÃO
08.432.692/0001-59 MATRIZ
COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO E DE SITUAÇÃO CADASTRAL
DATA DE ABERTURA
24/11/1970
NOME EMPRESARIAL
PRODUMAR - EXPORTADORA DE PRODUTOS DO MAR EIRELI
TÍTULO DO ESTABELECIMENTO (NOME DE FANTASIA)
********
PORTE
DEMAIS
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA PRINCIPAL
03.11-6-01 - Pesca de peixes em água salgada
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS SECUNDÁRIAS
10.20-1-01 - Preservação de peixes, crustáceos e moluscos 10.99-6-04 - Fabricação de gelo comum
46.34-6-03 - Comércio atacadista de pescados e frutos do mar
46.37-1-99 - Comércio atacadista especializado em outros produtos alimentícios não especificados anteriormente 47.22-9-02 - Peixaria
47.29-6-99 - Comércio varejista de produtos alimentícios em geral ou especializado em produtos alimentícios não especificados anteriormente
52.11-7-99 - Depósitos de mercadorias para terceiros, exceto armazéns gerais e guarda-móveis 68.10-2-02 - Aluguel de imóveis próprios
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA
230-5 - Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (de Natureza Empresári
LOGRADOURO R CHILE NÚMERO 128 COMPLEMENTO CEP 59.012-250 BAIRRO/DISTRITO RIBEIRA MUNICÍPIO NATAL UF RN
ENDEREÇO ELETRÔNICO TELEFONE
ENTE FEDERATIVO RESPONSÁVEL (EFR)
*****
SITUAÇÃO CADASTRAL
ATIVA
DATA DA SITUAÇÃO CADASTRAL
03/11/2005
MOTIVO DE SITUAÇÃO CADASTRAL
SITUAÇÃO ESPECIAL
********
DATA DA SITUAÇÃO ESPECIAL
********
Aprovado pela Instrução Normativa RFB nº 1.634, de 06 de maio de 2016.
Emitido no dia 29/03/2019 às 16:24:36 (data e hora de Brasília). Página: 1/1
ID. 18f1f89 - Pág. 1
Assinado eletronicamente por: JANAINA PAULA DA SILVA VIANA - 09/04/2019 23:54 - 18f1f89
https://pje.trt21.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19040923523764000000010079713 Número do processo: ATOrd 0000259-89.2019.5.21.0043
Número do documento: 19040923523764000000010079713
29/03/2019 Consulta Quadro de Sócios e Administradores - QSA
www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/CNPJ/cnpjreva/Cnpjreva_Solicitacao.asp 1/1 Consulta Quadro de Sócios e Administradores - QSA
CNPJ: 08.432.692/0001-59
NOME EMPRESARIAL: PRODUMAR - EXPORTADORA DE PRODUTOS DO MAREIRELI CAPITAL SOCIAL: R$ 100.000,00 (Cem mil reais)
O Quadro de Sócios e Administradores(QSA) constante da base de dados do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) é o seguinte: Nome/Nome Empresarial: JURACY ALVES DE OLIVEIRA FRANCA
Qualificação: 65-Titular Pessoa Física Residente ou Domiciliado no Brasil
Para informações relativas à participação no QSA, acessar o E-CAC com certificado digital ou comparecer a uma unidade da RFB.
Emitido no dia 29/03/2019 às 16:25 (data e hora de Brasília).
ID. 27b517b - Pág. 1
Assinado eletronicamente por: JANAINA PAULA DA SILVA VIANA - 09/04/2019 23:54 - 27b517b
https://pje.trt21.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19040923531580800000010079714 Número do processo: ATOrd 0000259-89.2019.5.21.0043
Número do documento: 19040923531580800000010079714
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 21ª REGIÃO 13ª Vara do Trabalho de Natal
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO - 21A REGIAO - PRIMEIRA INSTANCIA, LAGOA NOVA, NATAL - RN - CEP: 59063-901
(84) 40063000 - 13vtnatal@trt21.jus.br
Processo: 0000259-89.2019.5.21.0043
AUTOR: JOSE NILDO GOMES DA SILVA , CPF: 018.076.778-00 Advogado(s) do reclamante: JANAINA PAULA DA SILVA VIANA
REU: SM MATERIAL DE PESCA LTDA - ME, CNPJ: 08.855.039/0001-00, PRODUMAR - EXPORTADORA DE PRODUTOS DO MAR LTDA, CNPJ: 08.432.692/0001-59
DECISÃO PJe-JT
Reconheço a dependência em face do processo 0000022-55.2019.5.21.0043, que foi extinto sem , uma vez que a presente ação reitera pedido formulado naquela demanda, nos resolução do mérito
termos do art. 286, II, do Código de Processo Civil.
NATAL , 11 de Abril de 2019
JOLIA LUCENA DA ROCHA MELO Juiz(a) Titular de Vara do Trabalho
ID. a1c86d4 - Pág. 1
Assinado eletronicamente por: JOLIA LUCENA DA ROCHA MELO - 11/04/2019 15:33 - a1c86d4
https://pje.trt21.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19041115332318900000010081213 Número do processo: ATOrd 0000259-89.2019.5.21.0043
Número do documento: 19041115332318900000010081213
Fls.: 47